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WASHINGTON  - D.C.  -  3/3

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Cemitério Nacional de Arlington

 

Era o maior cemitério militar do país e servia como o local de descanso final para mais de 400.000 veteranos militares e suas famílias, próximas das frentes do Iraque e Afeganistão, assim como as Guerras Mundiais I e II, o conflito coreano, Vietnã, a Guerra Fria e a Guerra Civil Norte Americana. O cemitério realizava entre 20 e 30 funerais, todos os dias. O local permanecia aberto ao público o ano todo, com entrada gratuita. ​

Era considerado lar de vários locais históricos conhecidos, incluindo o Túmulo do Soldado Desconhecido, que era uma homenagem a soldados caídos e não identificados, que lutaram na Primeira Guerra Mundial, na Segunda Guerra Mundial, na Coréia e no Vietnã. Era um grande sarcófago branco guardado 24 horas por dia, por sentinelas da Guarda, da Tumba do 3º Regimento de Infantaria dos EUA. O ritual de Troca da Guarda - uma cerimônia elaborada e singela, em que uma Sentinela assumia a guarda da Sentinela anterior - acontecia a cada hora de outubro a março e a cada meia hora de abril a setembro.

O túmulo do Presidente John Fitzgerald Kennedy também estava à vista neste Cemitério Nacional. Em seu funeral em 25 de novembro de 1963, Jacqueline e Robert Kennedy acenderam uma chama eterna que permanece acesa. Dois dos filhos de Kennedy e Jacqueline Bouvier Kennedy Onassis, também estavam enterrados ao lado do Presidente. ​Além da família Kennedy, o Presidente William Howard Taft, os Senadores Robert F. Kennedy, Edward Moore "Ted" Kennedy, o Juiz da Suprema Corte Thurgood Marshall, o campeão mundial de boxe Joe Louis, Albert Sabin, Hiram Bingan, Robert McNamara, Maureen Ohara,  Grace Murray Hoopper, os sete astronautas do Space Shuttle Challenger e os pilotos de Tuskegee também estavam enterrados no Cemitério Nacional de Arlington.

A Arlington House, a antiga residência de Robert E. Lee estava sobre uma colina com vista para o Cemitério. Originalmente construído para ser um Memorial vivo para George Washington, em 1864 os terrenos foram tomados pelo Governo federal para servir como um local de enterro para os soldados da Guerra Civil. Com o passar dos anos, a Arlington House foi usada como fazenda e lar de 63 escravos, um Quartel-general militar, uma comunidade de escravos emancipados e um Cemitério Nacional. A casa histórica preservada estava aberta para visitação. 

 

​​Para chegar ao Cemitério Nacional, use o Metrô através da parada direta do Cemitério de Arlington, na Linha Azul. As rotas do Metrobus também paravam no local e eram acessíveis por várias vias principais, incluindo a George Washington Parkway. Depois de chegar, comece pelo Centro de Boas-vindas, que oferecia uma visão geral do local. Aqui dava para ir de ônibus, que parava em vários locais ao longo do Cemitério, que ficava  em uma colina e requeria uma boa caminhada se optasse por não usar o ônibus. Reunia nada menos do que 34 referências históricas ou memoriais, que poderiam ser visitadas pelos turistas e que listamos neste texto. Dentre elas, selecionamos algumas localizadas pelas seções onde estavam instaladas.

 

Seção 1

 

Memorial do vôo 103 da Pan Am

O Lockerbie Memorial Cairn comemorava as 270 vidas perdidas no atentado terrorista do vôo 103 da Pan American Airlines, em 21 de dezembro de 1988, sobre Lockerbie, na Escócia. Consistindo de 270 blocos de arenito vermelho escocês, o cairn foi um presente do povo da Escócia para o povo dos Estados Unidos, financiado inteiramente por doações privadas. Um cairn era um monumento tradicional escocês que homenageava os mortos. Em 21 de dezembro de 1988, o vôo 103 estava a caminho de Frankfurt, Alemanha, para Nova York, via Aeroporto de Heathrow, em Londres. Às 19.02h, 27 minutos depois de deixar Londres, o avião explodiu, fazendo chover fragmentos sobre a cidade de Lockerbie. Onze dos 270 mortos estavam no chão. Os 259 passageiros e tripulantes incluíam cidadãos de 21 países. Entre eles estavam 190 americanos, incluindo 15 militares da ativa e 10 veteranos.

 

Em 1993, o Congresso aprovou por unanimidade a Resolução Conjunta 129 do Senado, designando o Cemitério Nacional de Arlington como o local do Memorial, e o Presidente Bill Clinton assinara o projeto de lei em 24 de novembro de 1993. Em 21 de dezembro de 1993, no quinto aniversário do desastre,  o Presidente Clinton fizera o discurso principal na cerimônia de abertura. Os blocos de arenito que compunham o cairn vieram de Corsehill Quarry, perto de Annan, Escócia, cerca de 13 quilômetros a sudeste de Lockerbie e abaixo da trajetória de vôo 103. Corsehill Quarry, operando desde 1820, fornecera pedras para muitos prédios nos Estados Unidos, como a base da Estátua da Liberdade.

As seguintes palavras estão gravadas na base do marco: "Em 21 de dezembro de 1988, uma bomba terrorista destruiu o vôo 103 da Pan American Airlines sobre Lockerbie, na Escócia, matando todos a bordo e 11 no solo. As 270 pedras escocesas que compunham este marco Memorial comemoram aqueles que perderam suas vidas neste ataque contra a América." Uma placa de bronze ao lado do cairn dizia: Em memória das duzentas e setenta pessoas mortas no atentado terrorista do vôo 103 da Pan American Airways sobre Lockerbie, Escócia, em 21 de dezembro de 1988. Apresentado pelo Lockerbie Air Disaster Trust aos Estados Unidos da America.

Seção 4

Dois episódios trágicos na história da Guarda Costeira dos EUA, ambos ocorridos durante a Primeira Guerra Mundial, levaram à construção deste Memorial. Em 16 de setembro de 1918, dezenove membros da tripulação do cortador Sêneca se ofereceram para uma equipe de salvamento para resgatar o navio a vapor britânico Wellington, que havia sido torpedeado por um submarino alemão. Onze desses voluntários perderam a vida quando o Wellington explodiu e afundou. Apenas dez dias depois, em 26 de setembro de 1918, um submarino inimigo afundou o cortador Tampa no Canal Britânico, matando todos os 131 a bordo.

A Guarda Costeira fora criada em 1915, quando o Revenue Cutter Service se fundira com o U.S. Life-Saving Service. Os navios, Tampa e o Sêneca foram determinados a operar como parte da Marinha, quando os Estados Unidos entraram na Primeira Guerra Mundial, em abril de 1918. O Memorial da Guarda Costeira dos EUA fora dedicado em 23 de maio de 1928. O arquiteto George Howe e o escultor Gaston Lachaise capturaram o espírito da lendária firmeza da Guarda Costeira, na fundação rochosa do monumento e no design da pirâmide. Acima do lema da Guarda Costeira Semper Paratus (Sempre Pronto), uma gaivota de bronze parecia pronta para decolar em vôo. A gaivota simbolizava a vigília incansável da Guarda Costeira sobre o território marítimo do país. Os nomes dos navios Sêneca e Tampa e seus tripulantes, bem como todo o pessoal da Guarda Costeira que perderam a vida durante a Primeira Guerra Mundial, estavam inscritos nas laterais do monumento. O Memorial da Guarda Costeira dos EUA ficava em um terreno triangular entre Jessup e Dewey Drives, perto da borda sul do Cemitério.

Seção 18

A Cruz de Argonne – Primeira Guerra Mundial

Comemora a ofensiva de Meuse-Argonne, de 1918 (26 de setembro a 11 de novembro de 1918), a massiva campanha da Frente Ocidental dos Aliados que ajudou a concluir a Primeira Guerra Mundial. Envolvendo cerca de 1.2 milhão de soldados americanos, Meuse-Argonne foi a maior campanha das Forças Expedicionárias Americanas - bem como a campanha militar mais mortal da história dos EUA, resultando em mais de 26.000 americanos mortos em ação e mais de 120.000 baixas no total.

Militares americanos que morreram na Primeira Guerra Mundial foram inicialmente enterrados na Europa, mas durante e imediatamente após a guerra, os restos mortais de muitos foram desenterrados. A política do Departamento de Guerra era repatriar, para novo enterro nos Estados Unidos, todos os restos solicitados pelos parentes mais próximos; aqueles cujas famílias não solicitaram a repatriação, ou que não foram identificados, seriam re-enterrados em Campos de Honra, administrados pelos americanos na Europa. A Comissão Americana de Monumentos de Batalha, encarregada de administrar cemitérios estrangeiros, foi criada em 1923. Sob esta política de repatriação, os restos mortais de aproximadamente 2.100 vítimas da Primeira Guerra Mundial foram re-enterrados no Cemitério Nacional de Arlington, especificamente na Seção 18.

Em 1921, a Legião das Mulheres Americanas da Unidade Argonne, solicitara com sucesso ao Departamento de Guerra que erguesse uma cruz de mármore branco simples, na Seção 18, para honrar sua memória. As organizações de mulheres lideraram esses esforços para estabelecer memoriais da Primeira Guerra Mundial. Comemorar os sacrifícios da nação em tempos de guerra tornara-se uma maneira pela qual as mulheres americanas – que tinham acabado de ganhar o direito ao voto – poderiam reivindicar seus direitos de participar da vida cívica pública.

Dedicado em 13 de novembro de 1923, o Argonne Cross ficava na Seção 18, perto da borda sudoeste do Cemitério (sul do Memorial Chapel Gate). Um bosque de 19 pinheiros circundava seus lados norte, oeste e sul, simbolizando a Floresta Argonne, onde tantos militares lutaram e perderam suas vidas. Uma águia e uma coroa foram esculpidas na junção do braço e da haste da cruz. A inscrição no lado leste da base dizia: Em memória de nossos homens na França 1917/1918. A inscrição no lado oeste da base dizia: Erguido através dos esforços  de O Argonne, Unidade Americano Feminino Legião.  Em agosto de 1981, a Cruz de Argonne fora destruída acidentalmente. O monumento atual, uma réplica do original, datava de junho de 1982.

Seção 26

Monumento ao Soldado Desconhecido

Próximo de Arlington House, no que já fora parte do Jardim de Rosas ficava um monumento dedicado aos soldados desconhecidos que morreram na Guerra Civil. O monumento, criado em setembro de 1866, ficava no topo de uma abóbada de alvenaria contendo os restos mortais de 2.111 soldados reunidos nos campos de Bull Run (Manassas, VA) e na rota para o Rio Rappahannock. Os restos foram encontrados espalhados pelos campos de batalha ou em trincheiras dentro de um raio de aproximadamente 25 milhas de Washington, D.C. Quase 1.800 restos vieram apenas de Bull Run.

A carnificina em massa da Guerra Civil rapidamente superou a capacidade dos cemitérios existentes – especialmente no norte da Virgínia, onde muitas das primeiras batalhas da guerra foram travadas. Enquanto os oficiais da União procuravam uma solução para este problema, o General Intendente do Exército dos EUA, Montgomery Meigs, propunha que a propriedade de Arlington House, que o Exército ocupava desde maio de 1861, pudesse ser usada como Cemitério. Este foi o primeiro Memorial em Arlington a ser dedicado a soldados que morreram em batalha e cujos restos mortais não puderam ser identificados. O cofre provavelmente continha os restos mortais de soldados Confederados, bem como de tropas do Exército dos EUA.

A lateral do memorial apresenta esta inscrição:

Debaixo desta pedra repousam os ossos de 2.111 soldados desconhecidos reunidos depois da Guerra dos Campos de Bull Run, e do caminho para o Rappahanock,cujos restos mortais não puderam ser identificados. Seus nomes estão registrados nos arquivos do país e seus cidadãos gratos, honra-os como seu nobre Exército de mártires. Que descansem em paz. Setembro d.c. 1866.

 

​Seção 35

Pilotos de helicópteros do Vietnã e monumento de tripulantes e árvore memorável. Este monumento criado em 18 de abril de 2018 e a Árvore Memorial, criada em 28 de agosto de 2015, homenageavam os pilotos de helicóptero e membros da tripulação que morreram enquanto serviam no Sudeste Asiático, de 1961 a 1975. O Vietnã fora chamado de Guerra de Helicópteros da América, porque os helicópteros forneceram mobilidade em toda a zona de guerra, facilitando o transporte rápido de tropas, apoio aéreo aproximado, reabastecimento, evacuação médica, reconhecimento e recursos de busca e salvamento. Além disso, o Cemitério Nacional de Arlington fora o local de descanso final das tripulações de helicópteros cujos restos foram recuperados muitos anos após o fim da Guerra do Vietnã e das capacidades de busca e salvamento.

A Associação de Pilotos de Helicóptero do Vietnã (VHPA) estimava que mais de 100.000 pilotos de helicóptero e membros da tripulação serviram durante a Guerra do Vietnã. Mais de 4.800 pilotos de helicóptero e membros da tripulação foram mortos em ação, e mais de 300 estavam enterrados no Cemitério Nacional de Arlington. Além disso, o Cemitério era o local de descanso final das tripulações de helicópteros, cujos restos foram recuperados muitos anos após o fim da Guerra do Vietnã.  Helicópteros UH-1N Iroquois sobrevoaram o Memorial Amphitheatre e a Árvore Memorial durante a cerimônia de criação do Memorial da Árvore Viva da Associação de Pilotos de Helicóptero do Vietnã, no Cemitério Nacional de Arlington, em 28 de agosto de 2015. 

Seção 46

Memorial da Missão de Resgate do Irã

Comemorava o papel dos membros do serviço dos EUA durante uma crise de reféns que ocorrera em meio à Revolução Iraniana de 1979. Em janeiro de 1979, o líder iraniano Mohammed Reza Shah Pahlavi fugiu para o exílio após um ano de protestos crescentes. O novo líder do Irã, o aiatolá Khomeini, declarou o país uma República Islâmica, e seu regime fundamentalista encorajava o sentimento anti americano. Em 4 de novembro de 1979, um grupo de várias centenas de estudantes iranianos tomava a Embaixada dos EUA em Teerã, fazendo 66 de seus funcionários reféns. Os captores libertaram mulheres e reféns afro-americanos durante as duas semanas seguintes, mas 53 americanos permaneceram em cativeiro.

Na primavera de 1980, as negociações diplomáticas chegaram a um impasse, e o Presidente Jimmy Carter autorizara uma operação militar secreta, com início em 24 de abril, para resgatar os reféns restantes. Durante os preparativos da missão, no entanto, um helicóptero colidiu com um avião de transporte, matando oito militares americanos. A missão de resgate foi abortada. O Irã não libertara os reféns até 20 de janeiro de 1981 - dia 444 de seu cativeiro e o dia da posse do Presidente Ronald Reagan.

Em homenagem aos membros do  Forças Armadas dos Estados Unidos que morreram durante uma tentativa de resgate. Dedicado em 1983, o Memorial da Missão de Resgate do Irã, consistia em uma coluna de mármore branco com uma placa de bronze listando os nomes e classificações daqueles que perderam a vida durante a missão. Três dos homens — major Richard Bakke, major Harold Lewis Jr. e sargento Joel Mayo – estavam enterrados em uma sepultura marcada por uma lápide comum, localizada a poucos metros do memorial do grupo.

Seção 48

Ônibus Espacial Challenger

Em 28 de janeiro de 1986, o ônibus espacial Challenger explodira apenas 73 segundos após a decolagem, matando todos os sete membros da tripulação – incluindo a professora do ensino médio Christa McAuliffe, que havia sido selecionada entre mais de 11.000 candidatos para se tornar a primeira professora no espaço. Demoraram quase dois meses para recuperar os restos do fundo do Oceano, cerca de 18 milhas da costa do Cabo Canaveral, na Flórida. Em 20 de maio de 1986, os restos cremados dos sete astronautas Challenger foram enterrados no Cemitério Nacional de Arlington, na Seção 46, Sepultura 1129. Dois Oficiais também tinham túmulos individuais: o tenente-coronel Francis R. "Dick" Scobee (Seção 46, à esquerda do Memorial) e Comandante Michael J. Smith (Seção 7ª - Túmulo 208).

Os membros da família e a NASA trabalharam juntos para erguer o Memorial na Seção 46, perto do Memorial Amphitheatre. Aproximadamente 400 pessoas participaram da cerimônia de dedicação na manhã de 21 de março de 1987, incluindo o Vice-Presidente e a Sra. George Bush. Os rostos e nomes dos astronautas estavam gravados no marcador memorial: Comandante Michael J. Smith; Comandante Francis R. 'Dick' Scobee; Ronald E. McNair, especialista em missão; Ellison Onizuka, especialista da missão; S. Christa McAuliffe, especialista em carga útil; Gregory B. Jarvis, especialista em carga útil; Judith A. Resnik, especialista em missão. A parte de trás do marcador apresentava o poema aeronáutico High Flight, escrito pelo piloto da Royal Canadian Air Force, John Gillespie Magee Jr. em 1941.

​Memoriais e monumentos do Parque Arlington

  • Anfiteatro Tanner

  • Avenida Memorial

  • Batalha do Bulge

  • Cavaleiros grosseiros

  • Cruz canadense

  • Cruz de Argônio

  • Debulhadora USS

  • Desafiante de ônibus espacial

  • Desconhecidos da Guerra Civil

  • Enfermeiras de Guerra Hispano-Americanas

  • Enterros em grupo

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