V I E N A - Sissi, o Quartier dos Museus e o Palácio Schönbrunn - Austria - parte 1/3
As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta charmosa, elegante e histórica capital austríaca. Como há muito o que visitar, escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...
Segurança
Fora eleita a quinta cidade mais segura do mundo pelo Global Peace Index Report 2022.
Melhor cidade para viver
O jornal britânico The Economist realizara uma pesquisa para indicar qual as melhores cidades no mundo para viver. E a capital austríaca ficara com o primeiro lugar na pesquisa de 2023.
A cidade de Viena fora o principal território da Dinastia dos Habsburgo, a poderosa família que comandava o Império Austro-Húngaro, de 1279 a 1918. A cidade ainda respirava os ares dos tempos da bela Imperatriz Sissi, celebrava a música clássica com entusiasmo, em suas óperas maravilhosas. Hoje o passado nobre convivia em harmonia com o presente, nessa metrópole de quase 2 milhões de habitantes, que era uma das mais ricas do mundo e que tinha um dos mais elevado padrão de qualidade de vida. A história de Viena remontava ao primeiro século, depois de Cristo, quando os romanos fundaram o acampamento militar Vindobona. Atualmente, a imagem da cidade estava marcada, principalmente, pelo barroco, especialmente o do período da Regência da Imperatriz Maria Teresa e do Imperador Francisco José, que mandara construir a Alameda Ringstrasse.
A suntuosidade Imperial do Palácio de Schönbrunn, antiga residência de verão do Imperador, seduzia com seu belo parque, a Casa das Palmeiras, a praça e o Jardim Zoológico. No Palácio de Hofburg, de onde o Império dos Habsburgo comandava seus súditos, se poderia conhecer como era o fascinante dia-a-dia da família Imperial. Puro luxo e muita ostentação. O Palácio de Belvedere, construído em estilo barroco, acolhe a Galeria da Áustria, que apresentava a maior coleção de obras de Klimt e Kokoschka, além de proeminentes obras de Schiele. Os símbolos de Viena, eram a Catedral de São Estevão, situada no centro histórico, a Roda Gigante instalada no Wiener Prater, seu tradicional parque de diversões, e a Escola Espanhola de Equitação, onde apresentava a famosa dança dos cavalos Lipizanos
A cidade possuia museus e coleções internacionais de obras de artes, como o Museu de Belas Artes, que abrigava a maior coleção do mundo de quadros de Bruegel. No Bairro dos Museus, estavam localizados o Museu Leopold, que reunia uma grande coleção de obras de Schiele, entre outras obras-primas modernas; o Museu de Arte Moderna, o Centro de Arquitetura e a Kunsthalle, considerados alguns dos lugares culturais mais importantes. A Albertina abrigava a maior coleção gráfica do mundo (60.000 desenhos e um milhão de obras gráficas) e o Museu Liechtenstein, que possuia uma coleção de jóias barrocas.
A cidade também era conhecida como a cidade da música e de compositores, como Strauss, Mozart, Beethoven e Haydn que aqui deixaram a sua marca. A Orquestra Filarmônica de Viena, era uma das melhores do planeta, a Ópera do Estado era uma das mais importantes do mundo e o Coral das Crianças Cantores de Viena, impressionava e cativava os amantes da música. Em 2018, Viena celebrara o Modernismo e quatro de seus protagonistas mais importantes, todos falecidos em 1918. Eram eles, os pintores Gustav Klimt e Egon Schiele, o arquiteto Otto Wagner e o artista Koloman Moser, que tinham exercido forte influência sobre a cena vienense, desde o início do século XX. Ao longo do ano, aconteceram eventos e exposições em sua memória. Assim como naqueles tempos, Viena seguia sendo uma metrópole que reunia a arte e a criatividade. Ao longo de 2018, mais de 30 exposições aconteceram na cidade, tendo como temática o Modernismo em Viena e o seu legado até os dias atuais. O Museu Vienense de Sigmund Freud, oferecia um novo tour guiado, chamado Sigmund Freud e o modernismo Vienense. O Museu estava sendo reformado e ampliado, e a partir de 2021, deveria receber os visitantes, com uma nova aparência. Outras instituições no Museu Quartier: Centro de Arquitetura, Museu Infantil Zoom, um teatro para crianças e o Design Forum.
As referências históricas e turísticas
Arquivo da Resistência Austríaca - Wipplingerstrasse, 6/8 –
Era uma exposição permanente de acervo histórico, com visitas guiadas em inglês e alemão. Abre das 9.00 as 17.00h.
Biblioteca Nacional – Sala de Gala – Josephplatz, 1 – Abria diariamente, das 10.00 as 18.00h.
Burgtheater - Universitätsring, 2 -
Desde 1776, quando o Imperador Joseph II criara a Corte e o Teatro Nacional, a instituição que antecedera o atual Burgtheater e sua equipe, ocupava uma posição de liderança nas artes dramáticas dos países de língua alemã. O visitante terá uma visão extraordinária da tecnologia utilizada na construção, arquitetura, organização e história deste teatro de renome mundial. Cerca de 13.000 pessoas participavam das visitas guiadas e caminhadas pelo prédio, anualmente. O passeio incluia grandes escadarias com pinturas de teto, de Gustav Klimt e seus associados Franz Matsch e Ernst Klimt, uma coleção de esculturas com bustos de dramaturgos renomados, como Hauptmann, Schnitzler, Raimund e Nestroy, uma Galeria de Retratos de partes eminentes e às instalações técnicas do maior teatro da Europa.
Cripta Imperial - Tegetthoffstrasse, 2 -
Acolhia os restos mortais dos Imperadores austríacos, em caixões opulentos e com ornamentos, como caveiras, ossos cruzados, entre outros. Remontava à primeira metade do século XVII, e continha os restos de cerca de 140 pessoas ditas ilustres, incluindo 12 Imperadores e Imperatrizes, 19 Rainhas, entre elas a grande Maria Teresa, a quem fora dado o maior sarcófago. O nome Cripta Imperial, era apenas uma tradução livre do original alemão Kaisergruft, que era o nome oficial do local - embora fosse mais conhecido como o Kapuzinergruft.
Palácio Auersperg – Auerspergstrasse, 1 – Josefstadt –
A música sempre fora o centro invisível deste palácio, muito antes de Richard Strauss escrever sua ópera, tendo um Rofrano como herói. Em 1760, por exemplo, o Marechal de Campo Imperial Príncipe Joseph Friedrich Wilhelm, da Saxônia-Hildburghausen mudarau-se como inquilino. Ele era um amante da música, experiente e de grande sensibilidade e bom gosto, e contratara ninguém menos que Christoph Willibald Gluck como diretor musical de seus famosos concertos em casa. Este foi definitivamente um destaque na história musical do palácio, mas não o único. Em março de 1786, foi palco de uma apresentação privada da ópera Idomeneo, de Mozart. O conjunto era composto exclusivamente por membros da alta sociedade de Viena e incluía nomes famosos como o Barão Pilini e o Conde Hatzfeld. Fora Mozart quem revisara as partes vocais para adequar às cordas vocais de seus nobres intérpretes, compuzera uma scena con rondo, especial para solo de violino para esta ocasião.
Outra figura famosa da nobreza austríaca também participara de uma performance amadora neste prédio: o Príncipe herdeiro Rudolf, quatro anos antes de seu trágico fim. Naquela época, o palácio havia sido comprado pelo Príncipe Auersperg, cujo nome ainda hoje se mantinha. Sob a posse da família Auersperg, o palácio tornara-se um centro da alta sociedade, palco de festas e noites de gala. Fora aqui, por exemplo, que uma neta do Rei Gustavo Adolfo, da Suécia, casara-se com o Rei Alberto, da Saxônia. E três anos depois, em outubro de 1856, fora realizado um baile que contara com a presença do Imperador Franz Joseph, de 26 anos, sua esposa Elisabeth e todos os demais membros da Família Imperial.
Palácio Belvedere - Prinz-Eugen-Strasse, 27 -
Este Complexo, situado no bairro dos museus, tinha dois formidáveis palácios, construído para ser a residência de verão do Príncipe Eugênio de Savoia, hoje abrigava o Museu de Arte Barroca ( Palácio Belvedere Superior ), o Museu de Arte Medieval ( Estufa ), além de exposições da Galeria Austriaca, na parte inferior do palácio. Destaque para obras de Gustav Klimt ( O Beijo ), de Kokoschka e Schiele. O Bairro dos Museus, era uma área de artes em Viena, nas proximidades do Palácio Imperial, não atraia somente por seus excepcionais museus, como o Museu Leopold, com suas inúmeras obras de Schiele, o Museu de Arte Moderna, ou o Pavilhão Kunsthalle Viena. Um cenário dos mais animados tornava o Bairro dos Museus ainda mais atraente, onde as pessoas o visitavam para verem, serem vistas e, principalmente, para se divertirem. O Bairro era um dos dez maiores espaços culturais do mundo, situado onde acabava o centro antigo, e onde ficavam os estábulos imperiais, com uma área de 60.000 m2, reunindo instalações com os mais diversos gêneros artísticos, restaurantes, Cafés e lojinhas, em prédios que misturam a arquitetura barroca e moderna.
Depois de visitar a Schiele, passe pelo Café Leopold que, em algumas noites, contava com um DJ próprio. No Café-restaurante Halle, havia uma belíssima decoração dos famosos bares Eichinger e Knechtl, feita pelos dois designers vienenses. O local Il Museo, dava às boas-vindas aos visitantes do Museu de Arte Moderna. Aproveite para ver a criação de Milo, no Centro de Arquitetura, de Anne Lacaton e Jean-Philippe Vassal. A Cantina, que ficava bem ao lado de uma livraria, era também um lugar interessante para dar uma olhada nos livros. E o Café Biológico Unter'm Hollerbusch procurava – segundo declarações dos proprietários – o valor artístico de produtos biológicos.
Palácio Erzherzog Wilhelm - Deutschmeister-Palais – Parkring, 8 –
Fora projetada entre 1864 e 1868 pelo arquiteto dinamarquês-austríaco Theophil von Hansen, como residência do Arquiduque Wilhelm Franz, da Áustria, que na época era Grão-mestre dos Cavaleiros.
Palácio Fries-Pallavicini – Josefsplatz, 5 –
Pertencera à nobre família Pallavicini. Fora anteriormente construído para servir como residência para a família bancária Fries e, portanto, também era conhecido como Palácio Fries.
Palácio Hardegg - Freyung, 1 –
Vários prédios de prestígio cercavam o Freyung, no centro histórico de Viena. A primeira casa de número 1, por exemplo, fora construída por um Conde. O Palais Hardegg remontava a 1847 e marcava a entrada da praça, à medida que o visitante se aproximava do centro da cidade. Fora o primeiro exemplo de uma casa aristocrática, construída para alugar, tanto quanto para o próprio prazer do proprietário. Aqui também encontravam-se o Palácio Ferstel, o Palácio Harrach e o Palácio Kinsky.
Palácio Lobkowitz – Lobkowitzplatz, 2 -
Era um palácio barroco que fora propriedade da nobre família Lobkowitz. Hoje, abrigava o museu do teatro, que fazia parte do Museu Kunsthistorisches.
Palácio Modena - Herrengasse, 7 -
Fora construído para propriedade dos Habsburgos, do ramo Modenese, da mesma família. Hoje abrigava escritórios do Ministério Federal do Interior.
Palácio Schönbrunn - Schönbrunner Schlosstrasse, 47 -
Construído como residência para a Imperatriz Leonor Gonzaga, entre 1638 e 1643, fora severamente danificado durante o segundo cerco turco a Viena, em 1683. Em 1687, Leopoldo I encomendou a Johann Bernhard Fischer, um novo prédio representativo para o seu sucessor, José I. O palácio e o parque, só foram reconstruídos e expandidos para a sua forma atual, em 1743, sob a Imperatriz Maria Teresa, por Nikolaus von Pacassi e Johann Ferdinand Hetzendorf von Hohenberg.
O palácio barroco fora residência de verão da Família Imperial austríaca, desde meados do século XVIII, até ao final da Segunda Guerra Mundial. Nesse período, o prédio fora habitado por várias centenas de pessoas da vasta Corte, tornando-se num centro cultural e político do Império Habsburgo. Aqui vivera até 1817, data de seu casamento com o futuro Imperador brasileiro Pedro I, a Arquiduquesa Dona Leopoldina de Habsburgo, que teve grande papel na Independência do Brasil. Fora neste Palácio que o Imperador Francisco José (que governou de 1848 a 1916) nascera, em 1830, e também onde passara os últimos anos de sua vida.
Em 1918, o Palácio, o Parque e o Zoológico passaram a ser propriedade da nova República, e desde então faziam parte das atrações turísticas mais visitadas de Viena, por sua relevância histórica, sua belíssima localização e sua magnífica arquitetura. Eram considerados Patrimônio Cultural da Humanidade, desde 1996. Dos 1141 quartos, apenas 40 podiam ser visitados. O belíssimo Parque barroco do Palácio, tinha uma extensão de 1,6 km2. A parte do Palácio conhecida como a Grande Galeria, originalmente era um salão de festas. Mas, como o Palácio fora construído para ser uma residência de verão e os bailes aconteciam no inverno, o salão acabou se transformando numa sala de audiência e local dos banquetes oficiais.
Demais atrações de Schönbrunn:
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Casa das Palmeiras
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Fonte de Netuno
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Gabinete Redondo chinês
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Gloriette
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Grande Sala Rosa
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Labirinto Clássico e o Labirinto Novo
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Museu das Carruagens
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Ruínas romanas
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Sala Vieux-Lacque
Palácio Schönborn - Renngasse, 4 -
Era um Palácio relativamente pequeno para o padrão local, mas impecavelmente limpo e organizado. Celebravam concertos no espaço com bastante virtuosidade e alegria na música. Adicionalmente também se desdobrava em Galeria de Arte. Importava não confundir este palácio com o grande Schönborn (que ficava mais afastado da cidade).
Palácio Schwarzenberg - Prinz Eugen-Strasse, 5 -
Era um palácio barroco situado em frente à Schwarzenbergplatz, Landstraße, o 3º distrito de Viena. Era propriedade da família principesca Schwarzenberg. Sua construção começara em 1697, com o arquiteto Johann Lucas von Hildebrandt e terminara com alterações em 1728, sob orientação de Johann Bernhard Fischer von Erlach.
Palácio Strozzi - Josefstädter Strasse, 39 –
Fora construído entre 1699 e 1702 para a Condessa Maria Katharina Strozzi, uma aristocrata da família Khevenhüller, que casou com um nobre florentino da família Strozzi.
Parlamento - Dr. Karl Renner Ring, 3 -
Fora desenhado em estilo chamado historicismo, com a intenção de que sua construção lembrasse a antiga Grécia, como berço da democracia. O prédio contava com duas grandes salas de sessões, unidas por um grande pórtico central, sendo uma delas a sede do Conselho Nacional, e a outra era ocupada pelo Conselho Federal. Depois da queda do Império dos Habsburgo, em 1918, o Parlamento passara por um dos seus momentos mais importantes, quando os deputados proclamaram a transição da República.
Durante a II Guerra Mundial, a metade do prédio fora destruída pelos bombardeios. As obras de reconstrução se prolongaram até 1956, criando um aspecto similar ao original, exceto a sala de sessões do Conselho Nacional, que fora redesenhada para ter um aspecto mais moderno e funcional. Havia visitas guiadas, diariamente, de meados de setembro até meados de julho, visitas guiadas em inglês e alemão, de segunda a quinta as 11.00, 14.00, 15.00 e 16.00 horas. Nas sextas: 11.00, 13.00, 14.00, 15.00 e 16.00 horas. Sábados: 11.00, 12.00, 13.00, 14.00, 15.00 e 16.00 horas. De meados de julho até meados de setembro, havia visitas guiadas em espanhol, inglês, francês, italiano e alemão de segunda a sábado as 11.00, 12.00, 13.00, 14.00, 15.00 e 16.00 horas.
Monumento a Johann Strauss
Quartier dos Museus –
Era uma enorme área, que reunia vários museus: Museu de Arquitetura, Fórum de Design, Kunsthalle de Viena, Museu Leopold, Museu de Arte Moderna da Fundação Ludwig, Museu do Tabaco, Museu Infantil ZOOM, Casas de Beethoven, Casa Haydn, Mozarthaus Viena, Mumok – Museu de Arte Contemporânea, Tumba de Mozart e a casa natal de Schubert.
MAK – Museu Austríaco de Arte Aplicada e Arte Contemporânea – Stubenring, 5 – Visitas das 10.00 as 22.00h.
MUSA – Museu Galeria de Promoção Artoteca – Felderstraase, 6/8 –
Museu Austríaco do Cinema – Augustinerstrasse, 1 ( Albertina ) – Apresentava projeção de filmes clássicos austríacos e internacionais em sessões diárias.
Museu da Abadia dos Escoceses – Freyung, 6 – Aberto a visitas de terças a sábados das 11.00 as 17.00h.
Museu da Catedral – Stephanplatz, 6 –
Acesso das 10.00 às 18.00h. As catacumbas por debaixo da Catedral, levavam a dois cemitérios subterrâneos interligados. A parte mais antiga, estava diretamente sob a Catedral, a outra estava sob a praça do lado da igreja. Com milhares de ossos empilhados e caveiras, este era outro dos destinos para os apreciadores do chamado turismo macabro.
Museu da História da Arte – Maria-Theresien Platz –
Abrigava a Pinacoteca, Câmara Artística, Coleção de Antiguidades, Coleção Egípcio-oriental, e Coleção Numismática - É um museu de belas-artes e artes decorativas e um dos mais antigos museus do gênero no mundo. O acesso era de terça a domingo, das 10.00 as 18.00h.
Museu da História do Exército – Ghegastrasse Objekt, 18 -
O prédio parecia uma Fortaleza, e estava localizado nas instalações militares chamadas Arsenal, lugar que abrira pela primeira vez suas portas, em 1856, o que fazia dele o museu mais antigo de Viena. No hall de entrada, estavam expostas 56 estátuas de comandantes do Exército, talhadas em mármore e em tamanho natural. As exposições seguiam uma ordem cronológica histórica, começando no primeiro andar, com o assédio turco, as guerras do século XIII e a vitória de Napoleão, sobre a Áustria. Em cada sala, havia folhetos com informações que explicavam cada uma das épocas. No pavimento térreo, estavam os objetos pertencentes aos séculos XIX e XX, como uniformes, carros e armamento, além da artilharia pesada, usada durante a Primeira Guerra Mundial. Uma das salas mais importantes, era onde estavam alguns objetos pessoais do Arquiduque Francisco Fernando, além do carro em que foi assassinado, em 1914, durante uma visita a Sarajevo. O assassinato daquele que havia sido herdeiro do trono teve graves repercussões, provocando uma crise internacional, que finalmente acabou por ocasionar a II Guerra Mundial. Abria todos os dias das 9.00 as 17.00h. Fechado: 1º de janeiro, Domingo de Páscoa, 1º de maio, 1º de novembro, 25 de dezembro e 31 de dezembro. Para chegar: Tram Heinrich Drimmel Platz, linha 18 ou o ônibus Ghegastrasse - linha 69.
Museu da Literatura – Johannesgasse, 6 - Grillparzerhaus -
Johann Nestroy, Arthur Schnitzler, Franz Kafka, Ilse Aichinger, Ingeborg Bachmann, Thomas Bernhard e Friederike Mayröcker eram apenas alguns dos nomes de escritores austríacos cuja obra era apresentada no Museu de Literatura da Biblioteca Nacional Austríaca. Fontes originais únicas e vários portais de mídia destacavam a variedade da literatura austríaca do século XVIII até os dias atuais. Estava instalado nos antigos arquivos da Corte Imperial e Real, cujo diretor foi o famoso dramaturgo Franz Grillparzer? Seu estúdio estava preservado em seu estado original e fazia parte do museu. Uma sala especial exibia objetos surpreendentes, como o roupão de Heimito von Doderer, um chapéu da lendária coleção de chapéus de Elfriede Gerstl, o ralador de repolho de Adalbert Stifter ou uma mecha de cabelo de Arthur Schnitzler. Funcionava diariamente das 10.00 as 18.00h. Continha cerca de 650 exemplares de mais de 200 autores e autores;
• Mais de 60 unidades multimídia;
• Uma sala de cinema;
• O manuscrito do fragmento do romance de Franz Kafka Os Desaparecidos (América) (a única página encontrada na
Áustria escrita pelo autor de Praga;
• As cartas originais em movimento entre Ingeborg Bachmann e Paul Celan.
Museu das Carruagens Imperiais -
Situado nos jardins do Palácio Schönbrunn, abrigava mais de 170 veículos, entre os quais estavam algumas carruagens, cadeiras, trenós e outros veículos que pertenceram a conhecidos personagens históricos. Através das carruagens, o museu convidava seus visitantes a passear pela história austríaca, conhecendo a vida de algumas figuras históricas às quais pertenceram os veículos, como Napoleão, Maria Teresa, Francisco José e a Imperatriz Sissi. Algumas das peças mais importantes, eram os carros fúnebres da Corte vienense, a carruagem que era utilizada pela Imperatriz Sissi, o minúsculo carro de crianças, do filho de Napoleão, e um automóvel Imperial, datado de 1914. Funcionava até 2019, de 15 de março a 29 de novembro, das 9.00 ss 17.00 horas. De 30 de novembro a 31 de dezembro, das 10.00 as 16.00 horas. Para visitar poderia utilizar o Metrô Schönbruun (Linha U4 ), o Tram Schloss Schönbrunn ( linhas 10 e 58 ) ou o ônibus das linhas 10A e 63A.
Museu de Arte Contemporânea – Arsenalstrassse, 1 –
Apresentava a arte austríaca inserida no contexto internacional, desde 1945 até a atualidade. Abria das 11.00 as 18.00h.
Museu de Éfeso - Heldenplatz -
A cidade de Éfeso, localizada na atual Turquia, fora uma das cidades mais importantes da antiguidade. Era aqui que ficava o Templo de Ártemis, uma das Sete Maravilhas do Mundo; a cidade também fora o lar de Heráclito, bem como de uma das maiores comunidades cristãs primitivas. Os tempos romanos viram Éfeso se tornar capital da Província da Ásia, com cerca de 200.000 habitantes. Desde 1895, arqueólogos austríacos escavavam as ruínas de Éfeso. Até o ano de 1906, inúmeros objetos recuperados de alta qualidade foram removidos para Viena, objetos que podiam ser vistos no Museu de Éfeso, anexo à Coleção de Antiguidades Gregas e Romanas.
Os destaques incluiam o Monumento Parta, a Amazônia do Altar da Artemísia, a estátua de bronze do Atleta e o Menino com Ganso. Ao lado dos artefatos de Éfeso, o museu também abrigava espécimes arquitetônicos e esculturas do culto Santuário dos Grandes Deuses, do Mistério na ilha grega de Samotrácia, que fora explorado por arqueólogos austríacos em 1873 e 1875. Desde recentemente, uma prévia do Heroon de Trysia estava em exibição no Museu de Éfeso. O Heroon era um túmulo de um soberano Lício que tinha mitos antigos, sagas heróicas e cenas de sua própria vida retratadas em mais de 200 metros de frisos de alívio por volta de 380 aC. O monumento funerário fora redescoberto em 1881 e os painéis do friso foram adquiridos para as coleções imperiais de Viena. Uma instalação completa do monumento espetacular estava planejada para um futuro próximo.
Museu de Pompas Fúnebres – Cemitério Central – Simmeringer Hauptstrasse, 234 -
O próprio nome explicava a razão de sua existência. Também conhecido como Museu do Funeral, era o primeiro do mundo dedicado a este tema, e fora fundado em 1967. Em 1987 fora remodelado pelo seu Curador, que desde então era o responsável pelo museu. Durante vários anos, só podia ser visitado sob reserva ou com Guias turísticos. Mas atualmente isso mudara. Não só estava aberto ao público, como também se modernizara.
Museu do Crime – Grosse Sperlgasse, 24 –
Era extremamente gráfico, onde a criminalidade e o assassinato, podiam assustar até os mais fortes. Os textos estavam somente em alemão, por isso aconselhava-se o utilizar Guia em inglês, antes da visita. A primeira seção do museu, remontava a tempos antigos, finais da Idade Média, e não era tão gráfica como as restantes. No entanto, prepare-se! O primeiro encontro, seria com a cabeça mumificada de um criminoso executado. A visita continuava aterrorizando, com mais cabeças, algumas com buracos de balas, facas ainda espetadas nos corpos.
Museu do Esperanto – Herrengasse, 9 – Palais Mollard -
Era dedicado à língua do idioma. Abria das 10.00 as 18.00h.
Museu do Globo Terrestre – Herrengasse, 9 – Palais Mollard - Abria das 10.00 as 18.00h.
Integrava a Biblioteca Nacional Austríaca, era o único museu do mundo, que se dedicava à exposição de globos terrestres. O nome do museu não deixava muito espaço para a imaginação, já que no Palácio Mollard, também estavam expostos globos terrestres. Alguns dos globos, eram verdadeiras obras de arte, feita a mão havia mais de cinco séculos. Expunha ao redor de 250 objetos, entre os mais de 600 que faziam parte da coleção. Entre as peças mais interessantes, estavam esferas terrestres, celestiais, lunares, de Marte, alguns planetários, além de instrumentos científicos. Abria diariamente das 10.00 as 18.00h. Para chegar use o Metrô Herrengase – Linha 3.
Museu dos Móveis Imperiais - Andreasgasse, 7.
Era o Depósito de Móveis Imperiais, criado em 1747, pela Imperatriz Maria Teresa, para armazenar os móveis da família Habsburgo. Com o passar do tempo, foi sendo ampliado, até se tornar a maior coleção de móveis clássicos, do mundo. A primeira exposição, foi inaugurada apenas em 1924. Desde então, o depósito ainda conservava sua função original, como armazém dos móveis reais e imperiais, além cuidar da restauração, manutenção e exposição dos móveis da época Imperial. O museu foi redesenhado e ampliado em 1993, chegando a adquirir uma superfície de exposição de 6.000 metros quadrados e tornando-se uma das coleções mais atrativas do mundo.
Reunia uma grande parte do mobiliário que fora utilizado nos palácios Schönbrunn, Hofburg, Belvedere e no Schlosshof. Expunha cerca de 6.000 objetos dos mais de 160.000 que formavam a coleção, entre os quais estavam alguns tronos imperiais, os berços de alguns príncipes, ou diferentes recriações dos quartos dos palácios, se destacando uma grande coleção do período Biedermeier. Funcionava em 2019, de 10 de janeiro a 14 de março, de terça a domingo, das 10.00 às 18.00h. De 15 de março a 29 de novembro, abria diariamente, no mesmo horário. Para chegar: utilize o Metrô: Zieglergasse e Neubaugasse - linha U3, ou o ônibus Neubaugasse - linhas 13A e 14A.
Museu do Papiro – Heldenplatz – Neue Burg – Funcionava diariamente das 10.00 as 18.00h.
Instalado junto a Biblioteca Nacional Austríaca, exibia cerca de 400 objetos genuínos de 3.000 anos de cultura egípcia. Além dos livros dos mortos e dos retratos das múmias, eram sobretudo os textos em muitas línguas preservados em papiros que contribuiam para a fama mundial do Museu. De um feitiço de doença inscrito em um amuleto a um arrendamento para um lagar de azeite, os textos documentavam a variedade de culturas nas margens do Nilo, desde o século XV aC. C. até ao século XV da nossa era. Destaquem também para o retrato de múmia de uma mulher do século II dC, preservado na íntegra, pintado em madeira com uma técnica especial de encáustica, o livro dos mortos de Taruma, do século II aC. C. Os dois pergaminhos com escrita hierática, totalizando 8,6 metros de comprimento, destacavam tanto as ideias religiosas quanto as normas sociais do antigo Egito.
Museu do Relógio – Schulhof, 2 -
Instalado no Palácio Obizzi, um histórico prédio que datava de 1690, possuia uma das coleções de relógios mais elogiada de toda Europa. Criado em 1917, como parte da coleção do Museu de Viena, documentava a forma de medir o passo do tempo, desde o século XV até hoje. Exibia modelos de relógios de diferentes épocas, procedentes de todas as partes do mundo. Um dos exemplos mais pesados, era o mecanismo do relógio da torre da Catedral de São Estevão, de 1699, assim como relógios especiais fabricados na belle époque, alguns relógios de bolso, outros fabricados com velas, relógios Cuco e até alguns relógios incrustados em quadros.
Uma das estrelas do museu, era o relógio astronômico, do século XVIII que, além de mostrar a hora, era capaz de indicar os eclipses solares e lunares, a longitude dos dias e as fases orbitais dos planetas, entre outras curiosidades. A cada hora em ponto, os três andares do museu se transformam no cenário de um concerto, em que os relógios eram os protagonistas. Os relógios de cuco, carrilhões, desde os menores até os maiores, surpreendiam os visitantes, com sons especiais. Abria de terças e domingo, das 10.00 as 18.00h. Para chegar, use o Metrô na Stephansplatz, linhas U1 e U3 ou ônibus Brandstätte e Bognergasse, das linhas 1A, 2A e 3A.
Museu do Som – Sellerstaete, 30 -
Era um interessante museu interativo, onde se poderia conhecer um pouco mais da vida de famosos compositores. Abria diariamente, das 10.00 as 22.00h. Seu restaurante Cantino, era muito bem recomendado e proporcionava uma linda vista do centro histórico.
Museu do Terceiro Homem – Pressgasse, 25 – Servindo a três propósitos diferentes, o museu O Terceiro Homem, oferecia uma perspectiva sobre o pós-guerra em Viena, no início da Guerra Fria, a criação de filmes na década de 1940 e 50, e ainda apresenta peças do famoso filme homônimo, O Terceiro Homem, um filme britânico rodado em Viena e lançado em 1949, com o espião Harry Lime. O filme fizera grande sucesso e impulsionara a carreira de Orson Welles - que fez o papel principal - e do compositor da famosa música tema, Anton Karas. O museu de propriedade privada, nasceu da ideia de Karin e Gerhard Strassgschwandtner, que colecionavam mais de 2,5 mil relíquias do filme, incluindo cartazes, roteiros, câmeras usadas nos estúdios, a cítara original que Karas tocava para o filme e as imagens em branco-e-preto, que ilustravam a vida na Áustria dividida durante a Guerra Fria.