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Viajando de trem - parte 1/2 

Viajar de trem era o máximo em matéria de viagem por via terrestre.

 

Era eficiente, charmoso, democrático, tradicional e em permanente modernização. No trem, viajava-se anônimo (só havia check-in nos trens AVE espanhóis e no Eurostar, e a conferência de Passaporte, só ocorria quando se ultrapassava a fronteira do Tratado de Schengen, e ninguém implicava com o que se  levava na bagagem de mão. Embora a partir de 2016,  a fiscalização tenha mudado muito por conta de atentados, passando a ser mais rigorosa. Para viajar, bastava chegar com alguma antecedência nos primeiros embarques, e logo iria utilizar o trem, com a mesma naturalidade dos viajantes europeus.

 

Quando utilizar

O trem era o meio mais rápido de chegar a qualquer lugar, que se situasse entre 3 a 5 horas de distância. Para comparar: um vôo de uma hora de duração, costumava resultar (pelo menos) nas mesmas três/cinco horas de viagem, contando os procedimentos para deslocamento, check-in, despacho e recolhimento das bagagens. (Para comparar tempo de voo x tempo de trilhos, acrescente sempre três horas, à duração do voo.) As Estações de trens, ficavam sempre num dos melhores pontos de cada cidade, e em algumas vezes até próximas de seu hotel.

Quando não utilizar

Na hora de cobrir grandes distâncias, o trem perdia para o avião. Oito ou dez horas num trem poderiam, ser ainda mais desgastantes do que o mesmo tempo no ar. Os trens também não eram interessantes como se imaginava, para apreciar paisagens, a não ser quando existiam paisagens maravilhosas pelo caminho, como nas rotas suíças e pelos Alpes.

Preparando a viagem

Quanto tempo leva o trem entre Paris e Viena? Quais são as paradas intermediárias entre Frankfurt e Roma? Para começar a preparar seu roteiro de trem pela Europa, consulte o  site da Deutsche Bahn, a rede ferroviária alemã. Era o melhor banco de dados sobre as ferrovias, em todo território europeu.

As bagagens

Com exceção do trem Eurostar que cruzava o Canal da Mancha, nos trens europeus não se despachava as malas, nem haviam nenhuma restrição de peso para transporta-las. A limitação estava no tamanho de bagagem que consiguisse carregar sozinho para dentro do trem e depositar nos compartimentos apropriados, situado logo na entrada de cada vagão. Se as prateleiras já estiverem ocupadas, teria que coloca-las no compartimento acima do seu assento. A experiência levava os passageiros de trem a viajar com pouca bagagem. Procure levar uma mala de rodinhas, tamanho M (65 centímetros de altura, em pé). Leve também um cadeado de bicicleta para prender a mala, ao gradil da prateleira.

Viajando em Segunda Classe

Era bem mais confortável que a classe econômica nos aviões e onde os europeus costumavam viajar. A primeira classe tinha assentos mais confortáveis e com um pouco mais de espaço, tem também menor disputa de espaço para colocar malas ( até porque grande parte dos ocupantes eram Executivos que não viajavam com bagagem de turista ). Em algumas ferrovias o wi-fi estava disponível.

Reserva de lugar

Em trens rápidos de Espanha, França e Itália, ou em trens internacionais, como o multinacional Thalys e o alemão ICE-Sprinter, as reservas eram compulsórias. Embarcava somente quem tinha reserva. Nos trens regionais IC,  em toda a Europa, não era preciso reservar lugar, sendo possível até viajar em pé. Na Alemanha (com exceção do ICE-Sprinter), na Holanda (com exceção do Thalys) e no Leste Europeu, os trens levavam passageiros com e sem reservas. Os assentos reservados, tinham uma sinalização específica, que na maioria das vezes informava o trecho para o qual o assento fora reservado. Mesmo sem reserva, se poderia ocupar esses assentos, nos trechos em que não estivessem reservados. Um bom lugar para viajar sem reserva, nos trens em que era permitido viajar sem reserva, era nos vagões restaurantes.

Viagens noturnas

Não era uma boa!, porque os trens chacoalhavam um pouco, faziam barulho, paravam em Estações pelo caminho (ocasiões em que sobiam e desciam passageiros). Quem não estava acostumado, poderia acabar pagando para passar a noite em claro. Chegar cedo demais ao destino, também poderia não compensar: poucas cidades funcionavam antes das 9.00 ou 10.00h, e era quase certo que o quarto do seu hotel, só estaria disponível a partir do meio-dia, quando aconteceria o seu check-inn.

Os Passes

Lembram-se  dos Eurailpass, que era vendido por períodos de sete, quinze, trinta e até 45 dias, no passado? Hoje não eram mais emitidos por dias corridos, e sim por dias estanques de viagem. Na ponta do lápis, só valeria a pena, quando envolvessem longos deslocamentos – justamente aqueles trechos que eram melhores, quando feitos de avião. Comprando com antecedência, trechos ponto a ponto, diretamente nos sites das companhias ferroviárias européias, conseguia-se tarifas com bons descontos. Para compras de última hora, quando os descontos já se esgotaram, os Passes poderiam se justificar economicamente.

A maior vantagem do Passe, era poder mudar o itinerário (dentro da área de abrangência do Passe). A parte ruim, era ter que fazer reservas de assentos para os trens rápidos ou internacionais, e pagar entre €4 e €22 de taxa suplementar por viagem. Nos trens noturnos, os suplementos eram de €25 (beliche, num compartimento de seis) a €105 (cabine individual). Os passes mais vantajosos, eram o German Pass (válido na Alemanha, com direito a ir até Salzburgo, na Áustria e Basel, na Suíça) e o Swiss Pass que dava direito também a barcos e ônibus para várias cidades da Suiça.

Passagens avulsas

O melhor negócio, era comprar trechos ponto a ponto, diretamente nos sites das companhias ferroviárias. Comprar com antecedência, no site do país no qual se originava o trecho poderia garantir descontos de até 70%. Na Deutsche Bahn (Alemanha), trechos de €19 e €29 apareciam 80 dias antes da data. Na Voyages-SNCF (França), as tarifas Prem e Loisirs, apareciam com 90 dias de antecipação. Na Trenitalia (Itália), as tarifas Mini (60%) dos trechos de alta velocidade, apareciam com 60 dias. Na Renfe (Espanha), as tarifas Web e Estrella, começavam a aparecer entre 90 e 120 dias antes da viagem. Também poderia buscar ofertas nos sites do Thalys ( Paris-Bruxelas-Amsterdã, com um braço Bruxelas-Colônia ), NS Hispeed ( Holanda ), ÖBB ( Áustria ), SBB ( Suíça ), CP ( Portugal ), CD ( República Tcheca) e The Trainline (Reino Unido ). Para comprar passagens no Eurostar, saindo de Londres, use Eurostar.co.uk.

Não compre com muita antecedência: antes dos prazos descritos no capítulo anterior, os trens (e os descontos) poderiam ainda não estar inseridos no sistema. (Isso era ainda mais verdadeiro, no fim do ano, quando todos os sistemas meio paravam, à espera da mudança de horário de inverno, que acontecia dia 10 de dezembro.) No Voyages-SNCF,  não saia da versão francesa; se mudar para a versão inglesa, vai ser redirecionado ao site do TGV internacional, onde os descontos mais vantajosos não apareciam.  Na Deutsche Bahn, as passagens com origem fora da Alemanha (por exemplo: Praga-Berlim) não davam direito a e-ticket; e a entrega seria pelos Correios, que levaria pelo menos três semanas, até chegar ao destino.

Na Trenitalia, reserve os trechos em alta velocidade, separadamente dos trechos regionais ( não oferecem descontos grandes, porque já eram baratos. O mesmo valia para passagens a Bruges; para conseguir desconto, compre a passagem até Bruxelas (o trecho regional quase não variava de preço e podia ser comprado na hora. Não havia reservas neste trecho). O maior problema, eram os sites das companhias ferroviárias européias, porque muitos deles (Renfe e Trenitalia, por exemplo) encrencavam com cartões emitidos no Brasil, aceitando apenas o Diners Club. Quem não tiver esse cartão, poderia tentar os trechos espanhóis mais importantes, no site de reservas atrapalo.com

Comprando em português

Se não quiser perder tempo com sites estrangeiros, e estiver disposto a pagar pelo serviço, havia ferramentas próprias para brasileiros. A própria RailEurope (o consórcio de companhias ferroviárias liderado pela SNCF francesa) tinha um site em português brasileiro; a TT Operadora era outro revendedor tradicional. Ambas aplicavam sobretaxas aos trechos vendidos, mas de um tempo para cá já emitiam passagens online para algumas ferrovias européias.

Algumas empresas ferroviárias européias e trechos mais concorridos

 

        FRANÇA

        Eurostar - De Paris e Lille a Londres, além da ligação Lille-Bruxelas;

        Thalys Paris a Amsterdam e Paris-Colônia;

        ICE -  Paris a Frankfurt e Munique;

        TGV -  Paris a Luxemburgo; Paris a Turim e Milão; Paris à Côte d’Azur e a Straburgo; Informações completas sobre o   

        sistema ferroviário da França no site da SNCF.

  

        HOLANDA

        NS ( Intercity ) - Amsterdam-Haia-Roterdam e outras cidades da Holanda (não necessita de reserva)

        Thalys -  Amsterdam-Bruxelas/ Amsterdam-Paris

        Ice - Amsterdam-Frankfurt/Amsterdam-Berlim. Informações sobre o sistema ferroviário da Holanda no site da NS.

        ESPANHA     

        AVE - Liga Madri a Barcelona em menos de 3 horas;

        Alaris - Liga Madri a cidades espanholas como Sevilha, Valência, Córdoba, e outras;

        Elipsos - (trem noturno): Conectava Madri e Barcelona a Paris. Mais informações sobre o sistema ferroviário da Espanhano

        site da  RENFE.

        ALEMANHA

        RailJet -  Ligava Munique a Viena, na Áustria, e Budapeste, na Hungria.  Mais informações sobre o sistema ferroviário da  

        Alemanha  no site da DB;

RegioJet - operava os países do leste europeu.

        SUIÇA  

        Bernina Express Ligava as cidades de Chur e Lugano;

        Glacier Express - Interligava St. Moritz a Zermatt. Mais informações sobre o sistema ferroviário da Suíça entre no site

        da SBB.

        O Swiss Pass - De Trem pela Suíça     

    

Tipos de passes

O mais tradicional era o Swiss Pass, que lhe proporcionava acesso a trens, barcos, ônibus e trams (por um valor fixo) e por um período de tempo estimado. Dá para comprar o Passe direto no site da, RailEurope Swispass, ou em qualquer estação de trem na Suíça. Se optar por comprar pela internet, deverá ser com antecedência pois o ticket era enviado pelo Correio. Também era necessário pagar uma taxa para o envio e outra taxa para reserva dos trens (tanto para quem comprasse pela internet, quanto na Estação de trem). As reservas poderiam ser feitas direto no site RailEurope Swisspass, ou na Estação de trem, Na Estação de trem, bastava mostrar o Swiss Pass e falar que queria reservar assento no trem. Quando reservar os trens, seriam emitidos bilhetes, que deveriam ser apresentados juntos com o seu Swiss Pass e o Passaporte (válido para os trens panorâmicos!) Os brasileiros que moravam menos de seis meses na Suíça, também poderiam comprar este Passe.

O Swiss Pass era um Passe bem abrangente, e poderia utilizá-lo em trens, ônibus, barcos e inclusive no transporte (ônibus/tram) dentro das cidades. Para quem se deslocar muito entre as cidades (bate-voltas) ou experimentar os trens panorâmicos, a compra do Passe, geralmente valeria a pena. Se for se deslocar pouco, ficar pouco tempo na Suíça ou não visitar alpes ou trens panorâmicos, vale compras os passes avulsos. Em março de 2013, foi introduzido o Supersaver Tickets  passagens com desconto, quando compradas com antecedência! Com um Swiss Pass válido, poderá se deslocar a vontade pela Suíça, sem precisar fazer reserva ( era necessário reservar em trens panorâmicos!).

Poderá utilizá-lo nos barcos nos lagos Léman ( Montreux, Vevey, Lausanne e Genebra ), Lucerna (levando ao monte Rigi), Brienz e Thun (Interlaken); oferece 50% de desconto em passeios de barco, no lago de Lugano e ainda oferecia 25% de desconto no trecho final da Jungfraubahn (Interlaken). Os filhos, entre 6 e 15 anos, viajavam de graça na companhia do pai ou mãe, com Swiss Pass válido. Crianças até 5 anos, não pagavam passagem em nenhum transporte público na Suíça.

Como usar o Swiss Pass

Ao receber o bilhete, seu nome será impresso ou preenchido por um atendente, caso opte por comprar nas Estações de trem na Suíça. Havia duas modalidades: dias corridos e dias avulsos ( flexi ). Todo passe vinha com prazo de validade (8 dias corridos, quatro dias avulsos, ou outras modalidades). O Passe para dias corridos, já vinha com a data de início e a data de validade impressos no bilhete e ele seria valido somente nos dias que compreenderem estas datas (dias válidos). 

No Passe de dias avulsos ( flexi ), precisaria anotar (a mão mesmo) a data de cada dia que usar o passe antes de embarcar no primeiro trem  que utilizaria neste dia (valide apenas quando for utilizar pois se anotar o dia e não utilizar o trem, iria perder este dia!). Lembre-se se anotar o dia que usará, antes de subir no trem, pois se o fiscal passar e o Swiss Pass não estiver registrado,  levará multa! Não era preciso carimbar o Passe ou registrá-lo em nenhum terminal – bastava anotar a data de uso (nos passes flexi) e subir no trem. O fiscal sempre passava, conferindo os tickets de todos os passageiros. Quando ele passar, apresente seu Passe devidamente preenchido  ( flexi ) ou o Passe válido ( dias consecutivos ). Nos trens panorâmicos, que necessitem de reserva de assento, ou nos trens em que havia somente o desconto, antes de viajar vá a bilheteria, solicite o tipo de passeio e apresente o Swiss Pass, para pagar a diferença no valor ou registrar o assento. No trem do passeio solicitado, quando o fiscal passar, apresente o Swiss Pass, juntamente com o ticket da viagem.

Os trens na Suíça,  o meio de transporte mais prático entre as cidades. Os trens possuem vagões de 1ª e 2ª classe, e todos proporcionavam uma boa visão do trajeto. Não havia assentos marcados, mas geralmente os trens eram grandes e havia regularidade nos horários, então sempre havia lugares disponíveis. Havia lugares para as malas. A 2ª classe era confortável, e a diferença entre as duas, era que na 1ª classe as poltronas eram maiores e os espaços entre elas também. A diferença no preço, ficava entre 40 e 50% a mais para tickets na 1ª classe.

 

As plataformas eram divididos em setores de A a D, e nos painéis indicadores, estavamilustrados os setores onde os vagões de 1ª ou 2º classe estacionariam. Os avisos de quais vagões eram de 1ª ou 2º classe, estavam marcados nas portas dos vagões com os números 1 e 2. Já no trem, sempre fique com os tickets em mãos, pois os Fiscais passavam e checavam a validade e se estaria no vagão certo (1ª ou 2ª classe). Em cada parada, havia avisos sonoros, em inglês, alemão e francês (Na parte italiana da Suíça, havia também avisos em Italiano). Fique atento, pois nem sempre seu destino final era o destino final do trem. E muitas vezes o trem iria realizar paradas antes de chegar na sua. Preste atenção aos avisos, para não descer na parada errada.  Para comprar o ticket direto na Estação ou através do site: http://mct.sbb.ch/mct/

Se não tiver a intenção de fazer paradas, em lugares entre a cidade de partida e de chegada,  os trens paravam cerca de 5 minutos nas Estações e então precisar estar preparado antes da parada, para descer. Em trens que conectavam cidades maiores, havia uma vagão restaurante. Ele era bem sinalizado,  mas sempre passam pelos vagões com um carrinho de lanches e cafés. Nos trens de rotas entre cidades menoresm não havia vagões restaurantes, apenas o carrinho com lanches e cafés.

 

As duas categorias de Passes:

Para dias consecutivos de viagem: 4 dias, 8 dias, 15 dias, 22 dias ou 1 mês de viagens ilimitadas; 

Para 3, 4, 5 ou 6 dias de viagem dentro de 1 mês ( flexi ).

Bônus especiais para viagens

O Swiss Pass é válido como um Swiss Museum Pass, e oferecem entrada grátis a mais de 470 museus e exposições na Suíça; 50% de desconto em teleféricos e trens de montanha não incluídos nos Passes do Swiss Travel System;  Transporte público grátis em 40 cidades suíças;

City Tours guiados: Basel (50% de desconto), Berna (20% de desconto), Genebra (20% de desconto), Lausanne (20% de desconto), Lucerna ; (20% de desconto), Schaffhausen (50% de desconto), Zurique (50% de desconto). Além do Swiss Pass para dias consecutivos de viagem (4 dias, 8 dias, 15 e 22 dias ou 1 mês de viagens ilimitadas) e o Swiss Pass Flex (para 3, 4, 5 ou 6 dias de viagem dentro de 1 mês), há o Swiss Pass Saver para viajar em dupla mas só era válido quando duas pessoas viajam juntas! Se uma delas era  pega sozinha, pagará multa! Era uma ótima opção para casais com filhos entre 6 e 16 anos que viajariam de graça. Havia ainda o Swiss Pass Young para passageiros entre 16 e 26 anos – mas disponível apenas para dias corridos e consecutivos.

 

Distâncias entre as principais cidades

Os trens eram rápidos, mesmos os menos sofisticados que interligam pequenas cidades. Veja o tempo básico de viagem entre algumas das principais cidades, a partir da capital Berna.

  •  Basel ..................... 50 minutos

  •  Genebra .................. 1 h 50 m.

  •  Interlaken..............   45 minutos

  •  Lausanne................  60 minutos

  •  Lucerna..................  45 minutos

  •  Spiez.....................  30 minutos

  •  Thun .....................  20 minutos

As Rotas dos trens cênicos

Eram cinco as rotas de trens cênicos:

Bernina Chur / Davos / St.Moritz – Bernina Pass – Poschiavo – Tirano e Lugano;

Centovalli Railway Locarno a Domodossola;

Golden Pass Lucerna – Interlaken - Montreux;

Glacier Express Davos – St. Moritz - Zermatt – Brig – Disentis – Chur – St. Moritz;

Wilhelm Tell Express Lucerna a Locarno.

Algumas rotas dava para fazer durante em um dia, outras seriam necessários dois dias, porque faziam paradas em algumas cidades.

Glacier Express - entre St-.Moritz e Zermatt,

Era a rota entre St-Moritz e Zermatt, uma viagem panorâmica entre os alpes suíços orientais e ocidentais. A viagem durava aproximadamente 7 horas e meia, passando por 91 túneis, 291 pontes e o Oberalp Pass, de 2033 m de altura. Partia diariamente no verão e inverno e ofereciam vagões de 1ª e 2ª classes,panorâmicos, vagão-restaurante, ar condicionado, acesso para cadeira de rodas e são extremamente silenciosos. As informações turísticas eram transmitidas em alemão, francês, inglês, italiano, japonês e chinêsatravés de fones de ouvido

Tarifas

Primeira classe:     custava 160 euros

Segunda classe:      custava 90 euros

Bernina  Express - Chur / Davos / St.Moritz – Bernina Pass – Poschiavo – Tirano e Lugano.

Atravessava os Alpes de norte a sul (e vice-versa) passando por viadutos, galerias, túneis elevados, montanhas, geleiras e jardins encantadores. Era outra viagem maravilhosa e surpreendente!  Oferecia vagões panorâmicos nas 1ª e 2º classes. O trem sobia 2253m no Bernina Pass e a viagem inteira era narrada. No verão, um ônibus opcional fazia a conexão Tirano (Itália) a Lugano. O trajeto era considerado Patrimônio da Humanidade pela  UNESCO, pelas lindas paisagens e por ser considerada uma relíquia da engenharia chegando até Ospizio Bernina, estação de maior altitude na região – 2.000 metros acima do nível do mar.

Golden Eagle Transiberiano -  de Moscou a Vladivostok

A rota transiberiana era referência quando o assunto era a viagem de trem. Seu trajeto completo – o maior do mundo – contempla oito fusos horários, mais de 160 horas de viagem e 9.289 km de extensão, ligando a Rússia à Mongólia, China e o Mar do Japão. Alguns escolhiam não fazer todo o percurso, mas apenas uma parte. Entre diversos roteiros e locomotivas disponíveis, um dos mais luxuosos era o Golden Eagle Transiberiano, que proporcionava uma viagem glamourosa, com refeições da cozinha tradicional russa e elegantes acomodações. O pacote de Moscow a Vladivostok com paradas em Kazan, Yekaterinburg, Novosbirsk, Irkutski e Utan Ude dura 13 noites e tinha  preços a partir de US$ 17.808, contando com passeios guiados, traslados, estadias em dois hotéis cinco-estrelas e demais dias a bordo com suítes que iam da categoria Silver à Imperial, com pensão completa.

Tipos de Cabines


Silver Classic
1 ou 2 pessoas por compartimento. 7 vagões-dormitórios com 6 compartimentos cada um. Cada um com 5,5 m²contendo uma cama baixa (120 x 190cm) e uma cama superior (85 x 190 cm),mesinha e DVD/CD player com tela LCD. O compartimento pode ser ocupado para uso exclusivo garantido por uma só pessoa (algo quase impossível de se conseguir em trens de passeio regular). Banheiro ecológico de uso privado, lavatório e chuveiro dentro do compartimento. Tomada de 220v para carregar baterias, etc. Os vagões tinham ar condicionado enquanto o trem estivesse em movimento. Por isso as janelas dos vagões-dormitórios “Silver Classic” não podiam ser abertas e permaneceriam fechadas durante toda a viagem.


Gold Comfort
1 ou 2 pessoas por compartimento. 5 vagões-dormitórios com 5 compartimentos cada um. Cada compartimento era de 7m² com uma cama baixa (135 x 190 cm) e uma cama superior (85 x 190 cm), mesinha, armário, DVD/CD player com tela LCD. O compartimento pode ser ocupado por uso exclusivo garantido para uma só pessoa (algo quase impossível de se conseguir em trens de passeio regular). Banheiro ecológico de uso privado, lavatório e chuveiro dentro do compartimento. Tomada de 220v para carregar baterias, etc. Os vagões tinha ar condicionado enquanto o trem está em movimento. Por isso as janelas dos vagões-dormitórios “Gold Comfort” não podem ser abertas e permanecerão fechadas durante toda a viagem.

Imperial Suite
1 ou 2 pessoas por compartimento. Espaço total: 11,1 m² - Largura da cabine: (3,6m); Comprimento da cabine: (2m); Largura da cama: (1,5m); Comprimento da cama: (1,9m); Cabines por carro: 1 (mais 3 cabines Gold Class); Acomoda até 2 pessoas em cama King Size; Conta com  Sala de estar, com a opção de jantar na cabine, ar condicionado e aquecedor por controle remoto, Iluminação e armário embutidos, penteadeira, cofre pessoal, minibar, banheiro privativo com chuveiro e piso aquecido, roupões, chinelos e artigos de higiene pessoal fornecidos, aparelho de DVD/CD com tela de LCD, toalhas e lençóis trocados diariamente, chá, café e água minerais disponíveis a todo tempo, dedicado serviço de mordomo, bebidas do bar car incluídas, dos cardápios  Standard à Premium (excluindo o cardápio de vinhos Premium);serviço de lavanderia incluído; Upgrade de quarto de hotel para a categoria seguinte disponível.

Serviços incluídos: Serviço diário da limpeza, cada vagão dispõe de duas camareiras trabalhando em turno. Chá e café são servidos sem custo durante todo o trajeto. A roupa de cama se troca duas vezes durante a viagem. Chá , café e uma garrafa de água mineral são servidos gratuitamente nas refeições. 
O trem oferece o serviço da Lavanderia com custo extra.  


Vagão Restaurante
Havia 2 vagões restaurante no trem que servem café da manhã, almoço e jantar como parte da pensão completa  que todos os passageiros do Transiberiano Golden Eagle Express desfruta a bordo. Um esmerado e variado menu, elaborado pelos prestigiosos chefs, o qual proporcionará deleite durante toda a travessia. Havia dois turnos estabelecidos de comidas. 

Bar
O coração social e possivelmente o vagão mais popular do trem. Abria
 a todos os passageiros até tarde. Venha, sente-se e desfrute da paisagem enquanto degustava sua bebida favorita.

As tarifas

Condições especiais de reserva e cancelamentos: 

  • Pagamento de US$ 2.000 para Silver Classic, US$ 3.000 para Gold, US$ 6.000  para Imperial Suite  por pessoa na inscrição, não reembolsável.

  • Os cancelamentos geram as seguintes despesas da totalidade da viagem

  • Entre 180- 92 dias 25%

  • Entre 91-42 dias 50%

  • Menos de 41 dias 100%

Blue Train –  da Cidade do Cabo a Pretória

A bordo do Blue Train, a premissa era uma viagem de Rei, pelas diversas paisagens da África do Sul, com a elegância e conforto dos melhores hotéis de luxo do país. Em duas noites, o itinerário passava por Cape Town, com recepção de boas vindas, Kimberly, com parada para visitar sítios arqueológicos e, por último, Pretória. Atendentes serviam bebidas e comidas, acompanham nos passeios e, ficavam à disposição para qualquer pedido – as cabines eram arrumadas diariamente e até mesmo a mala é feita por eles para desembarcar. As suítes eram equipadas com um enxoval imperial e os banheiros são de mármore. Tudo isso tinha seu preço: as duas noites a bordo custavam a partir de US$ 1.400 na cabine Deluxe.

 

Rocky Mountainer - de Vancouver a Calgary

As belas paisagens das Montanhas Rochosas Canadenses ganhavam temperos especiais: excelentes vinhos, pratos requintados do chef e tetos transparentes para contemplar o destino. Desembolsando desde US$ 3.400 por um pacote de quatro noites, que passava pela cidade de Kamloops, seguida pelo Parque Nacional de Banff, e finalizava com um tour panorâmico de helicóptero por Calgary. Não havia pernoite dentro do vagão e os hotéis inclusos no pacote variavam de três a quatro estrelas. O café da manhã e almoço eram servidos no assento e as bebidas não alcoólicas e lanches durante a tarde eram cortesia.

 

Maharaja´s Express - de Nova Délhi a Agra e Jaipur

 

O Maharaja`s deu o tom aos demais trens de luxo do mundo, e seus diversos prêmios se devem não só às locomotivas requintadas, mas à experiência como um todo. Em suas viagens, havia um mordomo exclusivo para cada cabine que dava conta de tudo, da acomodação às refeições e aos passeios terrestres – e em cada parada havia uma recepção com flores.

 

No programa de três noites, com valores que custavam a partir de US$ 4.700 na cabine de luxe, as janelas panorâmicas mostravam as paisagens de Délhi, Agra, Ranthambore e Jaipur, contemplando o Taj Mahal, os animais do Parque Nacional Ranthambore e o esplendoroso Triângulo de Ouro e suas Fortalezas Reais. A bordo também havia opções de cabines Júnior e Presidencial.

     

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