VIAGENS de TREM pelo mundo
Viajar de trem sempre fora um programa especial a que poucos tiveram o prazer de usufruir. O editor deste site já tivera oportunidade de circular pela Europa de trem, várias vezes, desde o tempo em que se comprava no Brasil o Eurail Pass, que era emitido por períodos de sete a 90 dias ininterruptos, bem como experiências ferroviárias nos Estados Unidos e África do Sul. Este texto era um apanhado do que de melhor acontecia pelo mundo ferroviário, com destaque para viagens turísticas normais e outras de supremo luxo. Veja o que mais lhe desperta a atenção e inclua em sua próxima viagem...
Trem pela Europa
O app Trainline era uma ferramenta eficiente para a compra de bilhetes de trens na Europa. Possibilitava comparar preços, horários e rotas de várias companhias ferroviárias européias, como SNCF (França), Trenitalia (Itália), Deutsche Bahn (Alemanha) e muitas outras, facilitando a escolha da melhor opção para sua viagem. Algumas vantagens incluiam:
1. Comparação de preços: O app mostrava diferentes tarifas, incluindo ofertas promocionais, ajudando a encontrar a passagem mais barata;
2. Cobertura extensa: Abrangia trens de alta velocidade, regionais e intermunicipais em vários países europeus;
3. Bilhetes digitais: Facilitava armazenar os bilhetes no próprio celular, eliminando a necessidade de impressão;
4. Atualizações em tempo real: Informava sobre atrasos ou alterações nos trens;
5. Facilidade para pagamentos: Oferecia várias opções de pagamento, incluindo cartões de crédito e PayPal.
O Trainline tornava o planejamento de viagens de trem mais prático e rápido, seja para turistas ou residentes na Europa.
Al Ándalus – Espanha
Possuía quatro jóias ferroviárias, seus quatro vagões restaurantes, construídos nos anos de 1928 a 1930. As 12 suítes standard dispunham de duas camas baixas, cofre, frigobar, armário e banho. As 20 suítes superiores ofereciam de cama de casal, frigobar, cofre, armário e um excelente banheiro. Durante o dia, as suítes apresentavam uma configuração diferente, quando as camas se transformavam em sofás, com espaço para leitura ou desfrutar da paisagem. Todas as suítes eram climatizadas e com controle independente. À noite, o trem permaneceria estacionado na Gare e era possível descansar confortavelmente. Existiam sete vagões-suíte construídos na França, no final da década de 1920, vagões que originalmente a monarquia britânica utilizava, para viajar nas suas férias, de Calais para a Riviera francesa. A capacidade do trem era de 64 passageiros, distribuídas em 32 suítes de dois tipos: luxo e super luxo. Roteiro de viagem: Mérida/Sevilha/Lisboa e Cidade do Porto. Para datas de saída consulte a Operadora: contato@ttoperadora.com.br ou pelo fone ( 11 ) 5094.9494.
Belmond Royal Scotsman - Escócia
Este trem de luxo proporcionava uma ocasião única para andar pelas terras Alta da Escócia. Fora criado em 1985 e depois de cinco anos de sucesso, os vagões originais foram aposentados e substituídos por um novo conjunto de carros Pullman, até 2007, quando recebera o nome de Royal Scotsman. Oferecia 16 opções de excursões, e a viagem mais barata custava 4 mil libras e a mais cara chegava a 12 mil libras. Além de aproveitar as confortáveis acomodações, tinha SPA, jantar ao ar livre, visitas a destilarias de uísque e até se poderia passar por uma experiência de jogar golfe num Green ao longo do percurso.
Bernina Express - Chur / Davos / St.Moritz – Bernina Pass – Poschiavo – Tirano e Lugano – Suíça
Atravessava os Alpes de norte a sul (e vice-versa) passando por viadutos, galerias, túneis, elevados, montanhas, geleiras e belos jardins. Oferecia excelentes vagões panorâmicos nas 1ª e 2º classes. O trem subia 2.253m no Bernina Pass e a viagem inteira era narrada em três idiomas. No verão, um ônibus opcional fazia a conexão entre Tirano e Lugano. O trajeto era considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, pelas lindas paisagens e por ser considerada uma relíquia da engenharia, chegando até Ospizio Bernina, Estação de maior altitude na região – 2.000 metros acima do nível do mar.
Comboio Histórico do Douro – Portugal
Percorrer a linha do Douro no comboio histórico da CP era como fazer uma viagem ao passado. A locomotiva a vapor modelo 0186, construída em 1925 pela Henschel & Son e as 5 composições percorriam a distância que ia da Estação da Régua à Estação do Tua, numa viagem única ao passado. As viagens aconteciam desde o primeiro sábado de junho até o ultimo sábado de outubro e aos domingos a partir do primeiro de julho até o primeiro domingo de outubro. Comportava um total de 254 lugares.
Darjeeling Himalaya Railway - India
Sua criação, em Darjeeling, começara em 1828 com explícito interesse britânico. Em 1835, Darjeeling fora separada de Sikkim para estabelecer um Sanatório para os Servos inválidos, da Companhia das Índias Orientais. Criaram um Mosteiro na colina do Observatório, agrupado com cerca de 20 cabanas e uma população em torno de 100 pessoas. O planejamento começara em 1839, para traçar a cidade de Darjeeling e construir uma estrada de colina ligando Siliguri, Pankhabari, Kurseong e Darjeeling. Em 1840, a cidade de Darjeeling tinha cerca de 30 prédios e algumas casas respeitáveis. Madre Teresa de Calcutá participara na criação da primeira escola do Convento, fundada em 1846. As mudas de chá foram trazidas da China pelos britânicos e as plantações começaram a se espalhar rapidamente a partir de 1857 e os resultados foram promissores e proporcionaram um novo ritmo de vidas para seus moradores.
Expresso Eastern & Oriental Express – Malásia/Tailândia
O trem percorria 1.262 milhas entre Singapura e Bangkok, na Tailândia. Para conhecer o sudeste asiático de um jeito diferente, essa era a melhor opção. O Expresso passava por Singapura, Malásia e Tailândia. Das janelas do vagão-restaurante os passageiros tinham as melhores vistas panorâmicas. Se quiser fazer esse passeio com os amigos, precisava levar no mínimo mais 11 pessoas, para pagar tarifa para viagem em grupo.
Ghan Raylway - Austrália
Seguindo a rota do Explorador John McDouall Stuart, atravessava a Austrália de norte a sul num trajeto que se estendia ao longo 2.979 km, transportando passageiros por dois dias inteiros, para lugares que pareciam ter parado no tempo. Aproveite a travessia do deserto, com pinceladas de arte aborígene australiano. Era uma das maiores viagens ferroviárias do mundo, The Ghan (em homenagem aos cameleiros afegãos que, da década de 1860 ao início do século XX, ajudaram a explorar e construir infra-estrutura no interior) atravessava os amplos espaços abertos da Austrália e as cidades de Alice Springs e Katherine.
Dava para realizar metade da viagem entre Alice Springs e Adelaide ou Darwin. Se viajar de Darwin a Adelaide, entre abril e outubro, a viagem levaria um dia e uma noite a mais e era chamada de The Ghan Expedition. A jornada da Expedição Ghan incluia uma parada extra em Manguri, no sul da Austrália, para uma viagem de um dia à capital mundial da mineração de opala, Coober Pedy, onde muitos oradores viviam no subsolo.
Glacier Express – Suíça
Era a rota entre St. Moritz e Zermatt, uma viagem panorâmica entre os Alpes suíços orientais e ocidentais. A viagem durava aproximadamente 7 horas e meia, passando por 91 túneis, 291 pontes e o Oberalp Pass, de 2.033 m. de altura. Partia diariamente no verão e inverno e oferecia vagões panorâmicos de 1ª e 2ª classes, vagão-restaurante, ar condicionado, acesso para cadeirantes e eram extremamente silenciosos. As informações turísticas eram transmitidas em alemão, francês, inglês, italiano, japonês e chinês, através de fones de ouvido.
Não havia melhor opção para conhecer de perto os Alpes Suíços, que através de suas janelas panorâmicas. Era um trem moderno que oferecia excursões de vários dias, dormindo em diferentes hotéis em cidades como St. Moritz ou Zermatt. Era conhecido como trem expresso mais lento do mundo. A viagem completa demorava 8 horas para os 291 quilômetros. Com lugar garantido na janela, bar exclusivo, entretenimento a bordo, serviço de Concierge e acompanhamento personalizado: a Excellence Class do Glacier Express elevava o luxo a um nível superior.
Golden Eagle Danúbio Express - Europa
Era um belo trem que oferecia diferentes viagens pela Europa, a principal ia de Londres a Istambul. Era um trem moderno e com todos as serviços à sua disposição, com uma equipe atenta e um mordomo para cada cinco passageiros. Tinha doze vagões luxuosamente decorado e construído no estilo dos grandes vagões de luxo dos anos cincoenta. Uma das rotas ligava Budapeste a Istambul.
Golden Eagle Transiberiano - de Moscou a Vladivostok
A rota Transiberiana servia de referência quando o assunto era viagem de trem. Seu trajeto completo – o maior do mundo – contemplava oito fusos horários, mais de 160 horas de viagem e 9.289 km de extensão, ligando a Rússia à Mongólia, China e o Mar do Japão. Alguns escolhiam não fazer todo o percurso, mas apenas uma parte. Entre diversos roteiros e locomotivas disponíveis, um dos mais luxuosos era o Golden Eagle Transiberiano, que proporcionava uma viagem glamourosa, com refeições da cozinha tradicional russa e elegantes acomodações. O pacote de Moscow a Vladivostok com paradas em Kazan, Yekaterinburg, Novosbirsk, Irkutski e Utan Ude durava 13 noites e em 2022 tinha preços a partir de US$ 17.800, contando com passeios guiados, traslados, estadias em dois hotéis cinco-estrelas e demais dias a bordo, com suítes que iam da categoria Silver à Imperial, com pensão completa.
Hiram Bingham - Perú
Tinha esse nome em homenagem a Hiram Bingham, o arqueólogo norte-americano que descobrira as ruínas de Machu Picchu e levava da cidade de Poroy até Cusco, e até Águas Calientes, numa viagem de três hora e meia em seus belos e luxuosos vagões coloridos de azul e ouro. O trem normalmente partia da Estação Poroy, mas durante a estação chuvosa (de dezembro a abril), a viagem começava na cidade de Urubamba (Vale Sagrado dos Incas). O trem em Urubamba partia da frente do Belmond Hotel Río Sagrado.
La Robla Express - Espanha
Era uma versão do espanhol El Transcantábrico, também operado pela RENFE - Trenes Turísticos de Lujo. Realizava algumas viagens ao longo do ano entre Bilbao e Leon e com extensão opcional a Oviedo. Conheça o Norte de Espanha, também chamada Espanha Verde, em um comboio clássico com a nostalgia dos grandes mitos, mas moderno, restaurado e adaptado ao nosso tempo, com todos os avanços técnicos e tecnológicos. O trem permanecia parado durante as noites nas estações, para que os viajantes pudessem sair e entrar quando desejassem e visitar os lugares e seus restaurantes.
Maharajá`s Express – Nova Delhi a Agra e Jaipur –
Descubra a Índia, a bordo do mais luxuoso comboio do país, o Maharaja`s. Pelas janelas de fantástico trem de luxo, além da paisagem inesquecível, conheceria o famoso país de todos os contrastes. O passeio começava na Estação de Calcutá e, depois de parar em 9 estações localizadas nos destinos mais representativos da Índia, terminava em Nova Delhi. Sua capacidade era limitada a 88 passageiros, que podiam viajar confortavelmente em seus 23 carros, equipados com as melhores comodidades: banheiros ecológicos, sistemas de controle individual de temperatura, transmissão de TV ao vivo, DVD, Internet, telefone direto e alimentos e bebidas incluídos.
Em suas viagens, havia um mordomo exclusivo para cada cabine que dava conta de tudo, da acomodação às refeições e aos passeios terrestres – e em cada parada havia uma recepção com flores. No programa de três noites, com valores que custavam a partir de US$ 4.700 na cabine de luxo, as janelas panorâmicas mostravam as paisagens de Delhi, Agra, Ranthambore e Jaipur, contemplando o Taj Mahal, os animais do Parque Nacional Ranthambore e o esplendoroso Triângulo de Ouro e suas Fortalezas Reais. A bordo também havia opções de cabines Júnior e Presidencial. Visite o lago cintilante de Udaipur, o majestoso Forte de Jodhpur, mergulhe na cidade cor de rosa de Jaipur, veja de perto os tigres lendários, em Ranthambore e conheça uma das Sete Maravilhas do Mundo, o Taj Mahal.
Rocky Mountaineer - Canadá
Explore o Montanhas Rochosas canadenses a bordo do Rocky Mountaineer em uma de suas cinco rotas . A maioria das viagens começa em Vancouver e passava por área desértica em Moab, Utah, Denver e Colorado. Havia três partidas semanais de Vancouver para Banff e Lake Louise e de Lake Louise e Banff para Vancouver. Operava de meados de abril a meados de outubro de 2023. Partia de Vancouver para Banff e Lago Louise, todas as segundas e sextas-feiras, começando em 17 de abril de 2023 e terminando em 13 de outubro de 2023. O trem também partirá às terças-feiras de 9 a 30 de maio de 2023 e de 4 de julho a 26 de setembro de 2023. Em outubro haveria quatro partidas de Vancouver para Banff e Lake Louise; e todas as quartas e domingos de 19 de abril de 2023 a 15 de outubro de 2023. Também partia de Banff e Lake Louise às quintas-feiras de 11 de maio a 28 de setembro de 2023. O último trem da temporada sairia em 13 de outubro de 2023.
Em outubro de 2023 partiria de Banff e Lake Louise para Vancouver nos dias 1, 4, 8, 11, 15 e em 15 de outubro seria o último trem no sentido oeste (Banff ou Lake Louise para Vancouver) da temporada. O trem não começava nem terminava em Calgary. Começa ou terminava em Banff ou Lake Louise. As transferências estavam disponíveis, entre Banff/Lake Louise e o Aeroporto de Calgary ou o centro de Calgary. Os passageiros podiam viajar entre Calgary e as Montanhas Rochosas canadenses de ônibus regular, ônibus de turismo ou carro.
Rovos Rail – África do Sul/Tanzânia
Da Cidade do Cabo a Dar es Salaam, viajar nesse trem era uma oportunidade para conhecer entre nove destinos diferentes, como por exemplo, ir até a Cidade do Cabo ou visitar um dos três safáris, de Durban, de Golfe e da Namíbia. A duração da viagem variava de 48.00h a 15 dias, e os trens transportavam no máximo 72 passageiros acomodados em confortáveis 36 suítes.
A gastronomia a bordo era impecável e vinha acompanhada de uma excelente seleção de vinhos sul-africanos. Os trajes durante a noite eram formais (exigia-se terno e gravata). Outro diferencial era o vagão Mirante, que se encontrava na última unidade e proporcionava uma visão ampliada das paisagens ao longo do trajeto. O trajeto básico era: Cidade do Cabo/Kimberley/Pretória/Zâmbia/Victoria Falls/Tanzania e Dar es Salaam.
Shangri-Lá Express – China
Faça uma viagem de trem pela China até o Tibet e a mística capital de Lhasa, a bordo do confortável Shangri-La Express. À sombra do Himalaia e conhecido como o Teto do Mundo, devido à sua altura média de 4.060m acima do nível do mar, o Tibet abrigava mais picos do Himalaia do que em qualquer outro lugar. O Monte Everest ficava na fronteira com o Nepal. Como convém a uma terra tão notável, Lhasa abrigava uma incrível coleção de palácios e templos espetaculares. No entanto, o Tibet era praticamente inacessível por terra. Isso mudara com a construção da ferrovia Golmud, para Lhasa. Com mais de 960 km e a uma altitude de mais de 4.000 m. e grande parte desta espetacular linha percorria o permafrost. Com o cume Tangula Pass, a 5.072 m, era a ferrovia mais alta do mundo.
Dos 1.956 km, cerca de 500 atravessavam áreas congeladas no inverno e lama no verão. Sobre esse território fora construída uma ponte de 11.7 km. A ferrovia Qinghai-Tibet começava na cidade de Xining e terminava em Lhasa, passando pelas principais Estações: Delingha, Golmud, Ando, Nagchu e Damxung. Os pontos turísticos ao longo da rota incluiam: Lago Qinghai, Cordilheira Kunlun, Hoh Xil, Ulan Moron, Estepe Qiangtang no norte do Tibete, Lago Tso, montanha Nyenching Tanggula, zonas de preservação nacional, tais como: Hol Xil, Sanjiangyuan (região de três rios), Qiangtang e a Montanha Tanggula, onde ficava a Estação Ferroviária mais alta do mundo, a 4.100 metros.
Tram Lusitano -
Era um trem especial que partia de Lisboa para o Porto ou vice-versa. Apresentava este pequeno roteiro:
Dia 1 – Cidade do Porto
Chegada ao Porto e alojamento em hotel de livre escolha;
Dia 2 - Porto - Lisboa
Café da manhã no hotel. Recepção dos viajantes a bordo do trem Al Ándalus, na Estação Ferroviária, às 10.00h. Brinde de boas-vindas e acomodação a bordo. Começava o primeiro dia com um passeio de barco pela Ribera del Duero, para terminar em uma Adega, às margens do rio. Almoço em um restaurante no Porto. À tarde, visita ao bairro superior e sua Catedral. Jantar a bordo do trem enquanto iniciava-se a jornada para Lisboa. Pernoite em Lisboa.
Dia 3 - Lisboa - Mérida
Depois do café da manhã saída para visitas pela cidade, começando pelo Mosteiro dos Jerônimos, a Torre de Belém e o Monumento aos Descobridores. A seguir, uma vista panorâmica da cidade e almoço em restaurante típico. À tarde, visitas a área central da cidade. Jantar a bordo do trem e prosseguimento para Mérida, onde seria o pernoite.
Dia 4 - Mérida - Sevilha
Após o café da manhã, visitas a Mérida, a antiga Emerita Augusta, com um dos mais importantes e extensos sítios arqueológicos da Espanha. Almoço em um restaurante típico da Extremadura. À tarde, continuação das visitas e tempo livre. Jantar a bordo e prosseguimento da viagem para Sevilha, onde seria o pernoite.
Dia 5 - Sevilha
Após o café da manhã, despedida da tripulação, check inn em hotel de livre escolha e início das visitas a capital da Andaluzia.
Transcantábrico - Espanha
Este luxuoso trem era uma verdadeira jóia que atravessa o norte da Espanha, com a possibilidade de ir de León a Santiago de Compostela ou passear pela cornija do Golfo da Biscaia, de San Sebastian a Santiago. Havia duas opções para a viagem: clássica e Gran Luxo. Todos os quartos, com camas de casal, banheiro privativo com hidrossauna, turbo massagem e banho a vapor, além de ar condicionado, aquecimento e música ambiente. Para evitar os possíveis desconfortos de chocalho do comboio durante as horas de descanso, a travessia era projetada para passar a noite com o trem estacionado na Estação e para quem quisesse poderia aproveite a vida noturna das cidades.
Transiberiano – Rússia/Mongólia/China
A rota da Transiberiana era a mais longa ferrovia do mundo, saindo da Rússia rumo a Mongolia e China, enfrentando nada menos do que sete fusos horários. O percurso clássico ia de Moscou, na Estação Yaroslav até Vladivostok, cidades separadas por 9.288 km. A rota ficara ainda mais interessante quando se juntara à Ferrovia Transmongol e também à Transmandchuriana, para ter como destino Pequim e uma imponente atração pelo caminho, a Grande Muralha da China.
Era possível fazer a rota no sentido Leste ou Oeste. Atravessava 3 países de geografias incríveis, culturas diferentes em uma rota de 7.865km, dentro de um trem que andava em média 60km/h. Dentre suas incríveis paisagens, os viajantes eram levados às margens do maravilhoso Lago Baikal, as estepes mongóis e os encantadores cenários da Sibéria e Ásia.
A Ferrovia Transiberiana também era servida pelo trem privativo Grande Expresso Transiberiano. O roteiro era parecido com o do Zarengold, porém não havia parada na cidade de Kazan, e havia uma parada em Krasnoyarsk. O roteiro das cidades em que o Grande Expresso Transiberiano fazia parada, era em:
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Moscou
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Ecaterimburgo
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Novosibirsk
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Krasnoyarsk
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Irkutsk e Lago Baikal
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Ulan-Ude
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Ulan Bator e Deserto de Gobi
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Pequim
Dicas importantes
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O visto de turista brasileiro para Rússia não era necessário. Bastava ter Passaporte válido por até 6 meses, após o término da viagem que era permitido ficar no país por até 3 meses;
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O Visto da Mongólia era fornecido na fronteira da Rússia com a Mongólia;
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O Visto para a China, deveria ser solicitado 1 mês e meio antes da viagem, pois após a emissão era válido apenas por 3 meses;
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Era possível viajar sozinho através da Transiberiana, em um trem regular.
No entanto, era muito mais trabalhoso e incerto, sem falar dos problemas enormes de comunicação;
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As categorias de serviço dos trens: O Golden Eagle era o trem de luxo, o mais completo e com serviço de primeira classe. Em seguida, havia o Zarengold que era classificado como Premium, tendo um serviço de excelência com o melhor custo-benefício. Já o Grande Expresso Transiberiano e o Imperial Russia eram considerados trens de categoria Standard, com preços e serviços mais em conta. Todos possuíam cabines de luxo, porém o diferencial mesmo estava no serviço;
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Entre as cidades de Moscou e Pequim existiam 5 horas de diferença de fusos horários. Na Transiberiana dentro do território russo, o horário de chegada e partida dos trens era regido pelo fuso horário local de cada cidade. Essa mudança era de agosto de 2020, por isso devia-se estar sempre atento ao fuso horário local. Já na Mongólia e na China os horários utilizados em trens eram nacionais.
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Recomendava-se o uso de duas malas menores em vez uma mala grande. Elas eram mais fáceis de acessar a bordo do trem. Também iria precisar de uma pequena mala de cabine, para os pernoites em hotel em Irkutsk e Ulan Bator;
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No verão, as temperaturas poderiam subir e o sol podia ser intenso – especialmente na Mongólia, China e nos passeios de barco na Rússia.
Não se esqueça de levar protetor solar com um fator de proteção médio ou alto. Insetos irritantes, como mosquitos, tendiam a sair apenas alguns dias por ano, também era recomendado levar repelentes contra mosquitos;
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Em parte dos trens privativos, eram aceitos a bordo: rublos, euros e dólares americanos. Na Rússia, só poderia pagar com rublos.
Na Mongólia, a moeda era o Tugrik, e normalmente não era necessário trocar dinheiro. Era possível usar dólares americanos. -
Na China deveria pagar com Yuans. Recomendava-se levar notas novas em boas condições e que não tivessem marcações, rabiscos, carimbos. Notas velhas e em más condições não eram aceitas
Velho Expresso da Patagônia - Argentina
Viajar nesse trenzinho mais conhecido pelos moradores como La Trochita ou El Trencito, era conhecer o passado de um dos mais belas áreas da Argentina, a Patagônia, seu povo e sua tradições. No início do século e com coragem e esforços, foram construídos apenas 283 kms. na Província de Santa Cruz e 197 km. em Chubut. O trem seguia seu curso sobre trilhos muito estreito e com apenas 75 cm de bitola. Começava em Esquel e seguia em direção a El Maitén, no norte da Patagônia argentina.
Trem Azul – África do Sul
Era um dos poucos trens de luxo do mundo. Com origem em Pretória, percorria mais de 1.600 km até a Cidade do Cabo passando por Kimberly e Johannesburgo. As suítes eram equipadas com um enxoval imperial e os banheiros eram de mármore. Tudo isso tinha seu preço: as duas noites a bordo custavam a partir de US$ 1.400 na cabine De luxe. Um mordomo à sua disposição 24 horas por dia horas do dia, tornaria sua viagem uma experiência incomparável. Também era possível fazer a viagem no sentido inverso.
Trem das Nuvens - Argentina
Era um dos trens mais incríveis do mundo, partia de Salta ao noroeste da Argentina, e atingia 4.200 metros de altura em um passeio de mais de 400 km. Uma viagem espetacular para quem não teme o mal altura ou sofria de vertigem. No percurso atravessava vinte e nove pontes e dezenove túneis, enquanto ganhava altura em um ângulo menor que 5%. A necessidade de ganhar mais altura em curtas distâncias, resolvia-se duas vezes usando o sistema Zeta. O mais interessante era o chamado ziguezague de El Alisal, onde o formação se movia para frente e para trás no mesma inclinação do morro, mudando de estradas sempre subindo.
O trem saia de San Antonio de los Cobres e retornava ao mesmo local, em aproximadamente 2.30h. O tour poderia incluir um trajeto de ônibus a partir da cidade de Salta e durvaa o dia inteiro. Para quem fizer o passeio, uma sugestão era a hospedagem em Salta, no Hotel Solar de La Plaza. A cidade era um ótimo ponto de partida para vários outros passeios no norte do país, como a região vinícola Cafayate e o Salar Salinas Grandes.
Trem do Chocolate – Montreux – Suíça
Os queijos e chocolates, sempre foram a marca registrada da Suíça. Imagine aliar estas duas delícias a uma das mais belas rotas ferroviárias do país, a Montreux-Oberland-Bernois Railway (MOB). Era o Trem do Chocolate, que percorria o trecho entre Montreux e Broc, para o deleite dos chocólatras. Se estiver dirigindo por esta região, deixe o carro estacionado em Montreux, e faça esse passeio de dia inteiro. Com certeza não se arrependerá!.
O trem que fora construído em 1915, saia da Gare de Montreux e atravessava as áreas vinícolas da região, subindo em direção à cidade de Gruyères, famosa pelo queijo que produzia. Em Gruyères Os passageiros trocavam o trem pelo ônibus, que os conduzirá à fábrica de queijos La Maison du Gruyère. Depois de experimentar a especialidade regada ao bom vinho da região, os turistas visitavam o Castelo medieval e retornavam ao trem para ir até Broc, onde a fábrica Cailler-Nestlé, fundada em 1898, se encarrega de completar a farra gastronômica com degustação de chocolates e venda de seus produtos.
Trem do Recuerdo - Chile
Era um passeio de 110Km percorridos em 3.30h e com mesma duração na viagem de volta, que ligava a capital chilena Santiago à San Antonio. As locomotivas eram datadas da metade do século XX e alguns vagões eram ainda mais antigos, dos anos 1920, com interior em madeira, proporcionando uma viagem não apenas entre dois destinos, mas também uma volta aos bons tempos do passado.
Trem do Vinho – Chile
A programação para 2024 previa saídas aos sábados pela manhã, desde a Estação Central de Santiago, com destino a cidade de San Fernando, cruzando os Vales de Maipo e Cachapoal e de Colchagua. Ao chegar, os visitantes eram levados a Vinícola Santa Cruz para visitação, degustação de vinhos e passeio de teleférico. Em ônibus seguiam até a cidade de Santa Cruz para almoço e visita ao Museu de Colchagua e em continuação até San Fernando para pegar o trem de retorno a Santiago, onde a chegada era prevista para as 20.30 h. Este programa era um dos quatro roteiros ferroviários vinícolas que partiam da capital chilena.
Trem Jacobita - Escócia
Era o trem que fora usado para retratar o Expresso de Hogwarts, nos filmes de Harry Potter, saindo de perto de Ben Nevis, a montanha mais alta da Grã-Bretanha, e circulando pelo interior da Escócia. Em uma viagem de quase 300 km, ida e volta, o passageiro visitava o Fort William, a maior cidade das Highlands situada no extremo sul do Great Glen, atravessava o viaduto Glenfinnan, de 21 arcos, com vista para o Loch Shiel e o monumento Jacobita.
Trem Sete Estrelas - Kyushu - Japão
Era a linha ferroviária super luxuosa do Japão, chamada de Sete Estrelas, atravessava a ilha montanhosa de Kyushu e fazia uma parada na cidade rústica de Yufuin, um destino famoso por suas fontes termais. As paredes das suítes apresentam treliças Kumiko, feitas por artesãos locais em Okawa, sem o uso de pregos. As pias foram criadas pelo falecido Sakaida Kakiemon XIV, um famoso artesão japonês. As viagens trem duravam de uma a duas noites ou três a quatro noites, conforme o programa escolhido pelo viajante.
Trem Turístico Cremalheira de Nuria - Espanha
Era o único meio para acessar ao Vale de Núria, e caracterizava-se pelo seu sistema de zíper que percorria 12,5 km e superava uma diferença de altitude de mais de 1.000 metros, preservando o meio ambiente ambiente do Vale de Nuria, no Pireneu da Catalunha, na Província de Girona. No período do inverno, entre dezembro e abril, a viagem era um bate-volta para brincar na neve, esquiar e contemplar as montanhas nevadas. No período do verão, entre maio e outubro, era a época para passear pelas montanhas e contemplar o verde que dominava a paisagem.
Trem Turístico Lima-Huancayo - Perú
Sua construção tivera início em 1851 e era considerado a segunda linha de trem mais alta do mundo, depois do trem Transiberiano do Tibet. A viagem ao longo de seus 535 km de extensão atravessava as mais belas paisagens montanhas do Peru, economizando subidas e ziguezagueando, passando por 68 pontes, 71 túneis da costa para as montanhas, e no seu ponto mais alto atingia cerca de 4.800 metros de altitude.
Venice Simplon Expresso do Oriente – Inglaterra/Europa/Ásia
Inaugurado em 1833, quando fizera sua primeira viagem de Paris a Istambul. O objetivo de seu criador, o empresário belga Georges Nagelmackers, era que o trem fizesse o percurso em torno de 75 horas. Para decorar os vagões, Nagelmackers se inspirara em apartamentos parisienses. O resultado ficara tão luxuoso, que os preços das passagens eram muito altos e só os membros das classes mais elevadas podiam pagar.
As cabines do Expresso do Oriente, tinham lavabos e mudavam de acordo com o período do dia. Durante a noite, elas eram compostas por duas camas; pela manhã, era transformada em salas ricamente decoradas. Os espaços comuns do trem, também prezavam por muito luxo e glamour. Grandes chefes, garçons experientes e músicos talentosos se esforçavam para proporcionar experiências incomparáveis aos passageiros. Ao longo das décadas de operação, a rota do Expresso do Oriente passara por diversas alterações, por conta do desenvolvimento da malha ferroviária européia e dos conflitos entre os países do continente.
O fim da Segunda Guerra Mundial fora particularmente difícil para a companhia. Com o desenvolvimento da Cortina de Ferro, vários países do Leste resolveram se desligar do Expresso do Oriente, e criaram suas próprias linhas de trens. A companhia nunca se recuperara completamente desse impacto. Mesmo assim, resistira por mais de três décadas: a última viagem entre Paris e Istambul, acontecera em 20 de maio de 1977. Em 1982, o empresário norte-americano James Sherwood, fundara a Companhia Venice-Simplon, com a intenção de preservar o legado do Expresso do Oriente. Para tanto, reformara vagões das décadas de 1920 e 1930, que ficaram mais elegantes para atender o público da classe alta. Assim como antigamente, os viajantes do atual Expresso do Oriente dispunham de três vagões restaurantes, com gastronomia impecável, vagão bar com pianista e mordomos à disposição 24 horas por dia.
Os vagões do Venice-Simplon Oriente Express, hoje eram ainda mais confortáveis que os originais. Além da cabine dupla, a companhia oferecia cabine Suíte dupla, com dois dormitórios. Independentemente da sua escolha, ambas se transformavam em charmosas salas durante o dia! A elegância, romantismo e mistério eram palavras que traduziam o Venice Simplon - Orient-Express –onde era possível reviver o charme nostálgico e todo o esplendor da Europa do início do século XX, e que vinha transportando um público sofisticado e exigente durante décadas.
Velho Expresso da Patagônia - Argentina
Viajar nesse trenzinho mais conhecido pelos moradores como La Trochita ou El Trencito, era conhecer o passado de um dos mais belas áreas da Argentina, a Patagônia, seu povo e sua tradições. No início do século e com coragem e esforços, foram construídos apenas 283 kms. na Província de Santa Cruz e 197 km. em Chubut. O trem seguia seu curso sobre trilhos muito estreito com apenas 75 cm de bitola. Começava em Esquel e seguia em direção a El Maitén, no norte da Patagônia argentina.