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VERONA  -  Terra de Dante Alighieri e Romeu e Giulietta Itália - parte 1/2 

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ETIAS - Autorização para entrar na Europa em 2023

 

Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido, a partir de novembro de 2023. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não é um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.

As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta histórica e charmosa cidade do norte da Itália. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...

Verona está localizada na região de Vêneto, no norte da Itália, e no meio do caminho para quem vai a Veneza por via terrestre. Tem também como destaque, um bairro medieval antigo, erguido às margens do rio Ádige. Além de linda, reserva uma quantidade de monumentos e atrações, que podem ser apreciados ao longo de um simples passeio. Assim como a maioria das cidades italianas, sua estrutura não é muito diferente, apresentando diversas ruelas estreitas, repletas de lojas e galerias para a delícia dos visitantes. É também famosa por ter servido de cenário da peça "Romeu e Julieta", de Shakespeare.

As referências históricas e turísticas

 

A cidade de Verona, embora relativamente pequena, tem muita história para contar e personagens famosos. Então, vamos a eles...

Arca de Cangrande I –  Via Arche Scaligere, 1 -

O túmulo de Cangrande I fica sobre a porta da Igreja de Santa Maria Antiga, que era a preferida da família Scaligeri e vários integrantes estão em grandes túmulos ou Arcas, no pequeno adro da igreja. A magnífica Arca di Cangrande I (o patriarca da família) está posicionada acima da porta lateral da igreja. É um sarcófago sustentado por três cães e com o seu estandarte. A estátua mostra-o deitado, provavelmente morto, mas ainda sorrindo, vestido com mantos curiais e uma espada de duas mãos a seu lado.  A fachada frontal da arca de Cangrande é tripartida, e no centro de cada painel há uma pequena estátua, enquanto nos cantos dos dois painéis laterais, há baixos-relevos com os territórios mais famosos conquistados pelo Príncipe de Veronese. Os nomes das principais cidades de seu reino também estão gravados: Vicenza, Pádua, Feltre, Belluno, Marostica, Treviso e Verona. No topo do túmulo há uma cópia da estátua equestre de Cangrande, atribuída a Giovanni di Rigino.

Arca de Cansignorio -   Via Arche Scaligere, 1 - 

No ano de 1364, devido ao seu precário estado de saúde, Cansignorio della Scala começou a preocupar-se com seu enterro e chamou excelentes escultores e arquitetos para prepararem seu túmulo em mármore. Este último, concebido como relicário gótico, foi feito a partir de um projeto de Bonino da Campione  e custou mais de 10.000  florins, uma quantia enorme porque a Ponte de Navi teria custado apenas o três vezes mais. O túmulo tem uma base hexagonal, e os pilares, também hexagonais, ficam ao lado do recinto e sustentam seis tabernáculos góticos que abrigam seis santos guerreiros: Louis d`Anjou, Martin, Sigismond, Georges e Louis, então Rei da França.

Arca de Mastino II - Via Arche Scaligere, 1 -  

Consta que Mastino II della Scala decidira construir seu mausoléu, ainda em vida (ao contrário de Cangrande I , que foi construído como um túmulo após sua morte). Seu túmulo é o segundo dos três que foram construídos aqui, mas é considerado o mais valioso. De base quadrangular, apresenta, nos tímpanos do tabernaculo de segunda ordem onde se encontra o sarcófago, preciosos altos-relevos e baixos-relevos ilustrando cenas da história sagrada: a tentação de Adão e Eva, a obra dos antepassados, a o assassinato de Caim e a zombaria de Noé, lembretes do drama que a humanidade vive como resultado do pecado.

 

O mastim é retratado deitado na tampa do sarcófago, com o rosto sereno, e abaixo ele reaparece ajoelhado e suplicante diante da Virgem Maria, invocando as palavras da inscrição fúnebre (que o espírito do Senhor alcance o céu e goze a paz eterna ). Acima da arca, está a estátua equestre de Mastino, que é representado deitado sobre a tampa do sarcófago, sereno, no plácido sono da morte. Abaixo, no mesmo sarcófago, ele está ajoelhado diante da Virgem Maria e parece implorar-lhe, como indica a inscrição do funeral, que seu espírito alcance o céu e nele goze da paz eterna.

 

Arco do Gavi – Corso Cavour

Por volta de meados do século I dC, o Arco foi construído para homenagear alguns membros da Gens Gavia, uma ilustre família de origem veronesa. O local foi cuidadosamente escolhido, em uma importante via de trânsito, a Postumia, à beira dos postes sobre os quais a cidade poderia se desenvolver: o ponto exato onde estava localizada é aqui marcado por um retângulo de mármore cinza.

 

Arcos Scaliger – Via Arco Scaliger

Aparecem entre os monumentos mais famosos da arte gótica de Verona. Ao final do século XVI as arcas apresentavam graves problemas de conservação. Esta é uma questão que será levada ao conhecimento dos responsáveis ​​pelos assuntos públicos. Embora uma restauração completa do peito do mastim tenha sido realizada em 1786, vale lembrar que um projeto de restauração não dura centenas de anos. Ainda hoje continua na espera de novas obras.

 

​Arena Verona -   Piazza Bra, 1 -

​Entre seus principais monumentos, destaca-se a Arena de Verona, aonde se chega facilmente a partir da Piazza Brà, um animado ponto de encontro do centro da cidade. É o anfiteatro romano mais bem preservado do mundo, e um dos mais famosos, junto ao Coliseu, em Roma. É um daqueles lugares que um turista não pode deixar de visitar. Apesar de seus dois mil anos, das invasões bárbaras, do terremoto do século XII e das guerras e batalhas, é um local que ainda atesta o que foi a grandeza dos romanos e o bem-estar de Verona e seus moradores. Construída na primeira metade do século I, no ano 30 a.C., marcando o fim do reinado de Augusto e iniciando o de Claudio, a Arena de Verona, também chamada de mini Coliseu, é um dos maiores pontos turísticos da cidade. No século XII, teve um terremoto na Itália, e a Arena manteve-se de pé e está mais bem preservada que o Coliseu de Roma.

Área arqueológica da Corte Sgarzerie -  Corte Sgarzarie, 8 -

​Próxima a Piazza delle Erbe, esta área arqueológica é o destino ideal para quem deseja mergulhar a fundo na história de Verona. Neste pequeno templo romano, algumas ruínas do século XII estão expostas em seu subsolo, e toda a história por trás delas, é narrada em um vídeo bem explicativo. A visita é curta, porém bem interessante!

 

Anfiteatros

​Aqui está um dos maiores anfiteatros romanos da Itália, que também é o emblema da cidade. Um festival de ópera, acontece entre os meses de junho e agosto. Outro ponto histórico que foi transformado em espaço de espetáculos é o Teatro Romano, o prédio mais antigo da cidade. Hoje, suas ruínas são palco do Festival Shakespeariano, e do Verona Jazz Festival.​

Catedral - Duomo - Piazza Duomo, 21 –

Dedicada a Santa Maria Assunta, acaba por ser um Complexo arquitetônico articulado, que inclui San Giovanni em Fonte, Santa Elena, a Biblioteca Capitular, o Claustro dos Canones, um Museu Canônico e o Bispado. Fortes vestígios do piso de mosaico, das duas primeiras basílicas cristãs, são visíveis sob a igreja de Santa Elena e no Claustro Canônico. A segunda Basílica cristã primitiva entrou em colapso, provavelmente no século VII, devido a um violento incêndio e ao terremoto de 1117. Sua reconstrução, que durou cerca de 20 anos, foi liderada pelo Arquidiácono Pacífico, entre os séculos VIII e IX. A Catedral original, conhecida como Santa Maria Matricolare, foi deslocada para o sul, na área em que hoje está o atual prédio. Consagrada por San Zeno, Bispo de Verona, entre 362 e 380, era pequena demais e, poucas décadas mais tarde, uma Basílica maior foi construída no mesmo local. Há escavações arqueológicas e um Batistério, em seu interior.

 

Estátua de Dante Alighieri - Piazza dei Signori

Dante Alighieri (1265-1321) era escritor, poeta, nascido em Florença, Alighiero di Bellincione, político de tendência Guelph (favorável ao Papa) e Bella degli Abati. Seu casamento com Gemma, é negociado assim que ele completa 12 anos, e eles teriam muitos filhos. No entanto, em Vita Nuova, que se acredita ser autobiográfica, ele sublima seu amor por Beatrice, que ele conhecera muito jovem. Ele participou de batalhas contra os gibelinos (partidários do Imperador), e tornou-se um alto magistrado. Entretanto, ocorreu uma divisão entre os guelphs negros que apoiavam o poder absoluto do Papa e os guelfs brancos, que apoiavam a autonomia. Dante é expulso da cidade e despojado de seus bens. Então vagueia de cidade em cidade, e luta contra a miséria, mas é a partir dessa situação que se torna fértil e escreve sua obra-prima: Divina Comédia. Ele também defende a criação de uma linguagem vulgar, que possa ser entendida por todos e usada na literatura. Durante sua jornada, passa pela cidade de Verona e se instala no Palácio do Podestat. Sua estátua em mármore, feita em 1865 por Ugo Zannoni, lembra esse período. 

 

​Galleria d’Arte Moderna Achille Forti -  Cortile Mercato Vecchio, 6 –

Localizada no centro histórico, a Galeria está instalada no interior do Palazzo della Ragione, e conta com obras assinadas por Vittorio Avanzi, Giacomo Balla, Ettore Beraldini, Umberto Boccioni, entre outros artistas. O acervo pertencia anteriormente ao Palazzo Forti, que hoje abriga o Museu AMO, dedicado à ópera. 

 

Giardino Giusti - Via Giardino Giusti, 2 –

Do centro histórico ao Jardim, a caminhada leva uns 15 minutos por um caminho fácil, atravessando a Ponte Nuovo e continuando pela Via Giosué Carducci, até encontrar a Via Giardino Giusti. Um espaço verde em meio às construções históricas de Verona, o Giardino Giusti merece ser visitado com calma, para desvendar as alamedas e apreciar as gárgulas, fontes e grutas. O mascherone no final da alameda de ciprestes, se torna menos assustador quando se descobre que ele é um Mirante, com uma linda vista sobre o antigo palácio e o centro da cidade.

 

Criado por Agostino Giusti, um nobre italiano colecionador de pinturas e que foi presidente da Academia Filarmônica de Verona, o Jardim traz uma sensação de tranquilidade. O desenho do parterre, foi projetado em 1570, e fez o palácio da família Giusti se tornar mundialmente famoso. Caminhar pelas alamedas do Giardino Giusti, é saber que figuras ilustres como Goethe e Mozart também passearam por aqui e se encantaram com a beleza do lugar. Imperadores, artistas e escritores da época, todos queriam conhecer o famoso jardim de Verona. Abre ao público todos os dias de 9h às 19h, com 1 hora a mais durante o verão. Custava € 8 o ingresso comum, era de € 6, para quem tivesse o Verona Card.

Basílica de Sant'Anastasia – Praça Santa Anastasia

É  o monumento religioso mais importante do estilo gótico em Verona. A construção da igreja começou por volta de 1290, durou mais de um século e foi apoiada pelos Scaligeri. O local escolhido para a construção fica muito próximo da Piazza dei Signori, onde a família della Scala tinha seus palácios. Embora externamente não seja tão espetacular quanto o Duomo ou San Zeno, internamente a igreja é um verdadeiro tesouro. Sua fachada de tijolos nunca foi terminada e o portal é especialmente bonito, feito de mármore de três cores: vermelho, branco e preto.  Considerada a maior Basílica da cidade, o prédio foi construído em 1280 sobre as ruínas da igreja que levava o mesmo nome, em homenagem ao dominicano San Pietro da Verona Martire. Seu estilo gótico, conta com colunas de mármore em branco e vermelho e um órgão revestido em ouro, e a estátua do Corcunda, sustentando a pia de água benta, entre outras ricas obras de arte.

Basílica de San Fermo Maggiore - Via Dogana, 2 -

São duas igrejas sobrepostas:  a igreja inferior é românica, de origem beneditina, a superior é retrabalhada em estilo gótico. No início de 1300, os franciscanos que sucederam aos beneditinos em 1261, iniciaram uma grandiosa transformação da igreja superior românica, em igreja gótica, numa extraordinária coexistência de estilos que a tornam única. O belo interior do século XIV da igreja superior, luminoso e espaçoso, feito pelos franciscanos com uma nave única para facilitar a pregação, recolhe, sob o belo teto de madeira em forma de navio, afrescos do melhor acabamento. O piso inferior (românico) é escuro e íntimo, e quase misterioso. Observe logo na entrada da Catedral, a enorme porta toda em cobre, e os detalhes da arte sacra que se estendem por todo seu interior, e o deslumbrante altar posicionado no centro do prédio, e os túmulos de Aventino Fracastoro e de Giovanni da Tolentino, suspensos na parte externa.

Basílica de São Zeno – Praça São Zeno, 2 –

San Zeno foi o oitavo Bispo de Verona e esta Basílica a ele dedicada, é uma das obras-primas de toda a arte românica na Itália. Entre os séculos IX e XIII, a Abadia foi o Mosteiro mais rico e poderoso de Verona, onde vários imperadores se alojaram. A praga de 1630 dizimou a comunidade monástica, que praticamente se extinguiu. O Mosteiro foi suprimido pela Serenissima, em 1770.

Casa de Giulietta - Via Cappello, 23 –

​Localizada na Via Capello, entre a Piazza delle Erbe e a Piazza dei Signori, Verona ainda saúda a família Montecchio, com os chamados peregrinos shakespeareanos, quem chegam à cidade, para visitar as ruas que protagonizaram a luta entre as famílias Capuleto e Montecchio – respectivamente, as famílias de Romeu e Giulieta, que embora seja uma história plausível, são personagens fictícios da tragédia concebida por Sir William Shakespeare.

​Ao visitá-la,  atravessa-se um pequeno corredor para chegar ao pátio, que fica em frente ao pátio e onde há uma estátua da personagem, obra de Nereo Costantini. Os visitantes apaixonados, costumam deixar bilhetinhos de amor, colados na estátua ou nas paredes. Se quiser, poderá visitar a casa, hoje transformada em museu, e chegar até o balcão. Como o marketing no entorno dessa trágica história, não para por aí, há um suposto túmulo de Julieta no Monastério de San Francesco al Corso (Via del Pontiere 35) e, na igreja ao lado, seria o local onde o casal iria casar.

 

​A sacada famosa

A sacada da Casa de Giulietta, foi adicionada mais tarde ao prédio original, em 1935, mas o charme da história continua, e é difícil visitar Verona sem identificar-se com a estória dos dois amantes mais famosos da literatura mundial. É simples, mas o refinado pátio da Via Cappello, 23, vive cheio de jovens e adultos celebrando a força do sentimento amoroso, ou simplesmente recordando algum amor perdido. É de costume, também, tocar o seio direito da estátua de bronze de Giulieta, no pátio.

Castelo de São Pedro – Praça Castelo São Pedro

Instalado sobre uma colina em uma posição estratégica, foi habitado desde a época da Verona romana e continuou a ser habitado durante o período das invasões bárbaras, por Alboíno e Rosmundo, por Pepino, por Berengário, então Rei da Itália. Foi construído sobre ruínas da fortaleza construída por Berengário entre finais do séc. IX e início do X, e perto da antiga igreja românica de San Pietro.

 

Castelo Velho – Corso Castelvecchio

Era uma residência Scaliger alternativa ao Palazzo, na Piazza dei Signori, sendo construído por Cangrande II della Scala, entre 1354-1355 junto com a ponte que completou sua função defensiva e que, então com acesso apenas por dentro do castelo, garantia uma saída de escape para a cidade. Serviu como uma espécie de palácio-fortaleza, constituído por duas partes: a área destinada aos soldados, com um verdadeiro campo de desfile, e a verdadeira casa do senhor, luxuosa e espetacular em seu interior. O conjunto é reforçado por seis torres e uma guarda, que é a torre principal que servia tanto de mirante como de último local de refúgio e defesa. Assim como a ponte de tijolos,  servia como rota de fuga do castelo: obra-prima da engenharia, com 120 metros de comprimento, distribuídos por três arcos. Muito forte e fortificado, infelizmente foi demolido pelos alemães em retirada em 1945, mas felizmente reconstruído escavando as pedras do leito do rio. 

 

Após a revolta liderada por seu meio-irmão Fregnano, Cangrande II não se considerava mais seguro dentro da cidade: atravessando as muralhas da cidade, construiu um castelo e uma ponte sobre o Adige. A nova casa tinha de ser ao mesmo tempo um palácio, uma fortaleza, e uma garantia de fuga. A construção do castelo, confiada a Guglielmo Bevilacqua, começou por volta de 1354. O Castelo tornou-se um museu desde 1925, reunindo obras que contam a história de Verona e da própria Itália. Anexa ao castelo, a Ponte Scaligero serve de acesso ao castelo, e uma fortificação construída ainda na idade. Abriga hoje o Museu Civico di Castelvecchio, o mais importante monumento militar da Signoria Scaligera. Atualmente distinguem-se três partes: a Corte della Reggia Scaligera, a Corte d’Armi e a Corte del Mastio, hoje bastante transformada. Entre a Corte del Mastio e a Corte d’Armi, erguem-se muralhas que se estendem da Torre dell’Orologio à margem do Ádige, próximo da Ponte Scaligero.

 

Igreja de Santa Maria Antiga – Via Santa Maria em Chiavica

É de estilo românico e foi instalada no local de uma pequena igreja do século VII. Reconstruída e consagrada em 1185 pelo Patriarca de Aquileia, Gotifredo, a atual igreja tornou-se a capela privada da família della Scala, que construiu a área do cemitério familiar em seu adro. Por volta de 1630, seu interior foi modificado no estilo barroco. A igreja teria uma fundação lombarda (século VIII), mas reconstruída em forma românica após o terremoto de 1117, foi adotada pela família Della Scala como sua própria igreja e, no pátio adjacente, os túmulos monumentais dos membros da família foram construído, conhecido por todos como Arche Scaligere. Eles representam uma das mais altas expressões da escultura do século XIV no norte da Itália. Embora aparentemente todos se pareçam, cada um tem sua forma particular, desde o mais simples e belo de Cangrande I até o mais espetacular e complexo do ambicioso Cansignorio. No topo, as estátuas equestres dos Lordes enterrados sublinham ainda mais o efeito maravilhoso do conjunto. 

Igreja de Santa Maria do Órgão – Pracinha de Santa Maria

É um Mosteiro beneditino, construído na época lombarda, seria o mais antigo mosteiro conhecido da cidade de Verona. Juntamente com sua igreja, foram reconstruídos após o terremoto de 1117 e reconstruídos novamente entre meados do século XV a meados do século XVI, pelos olivetanos que, depois das esquadras Scaliger e Visconti, eram assim denominados.

 

Igreja de São Fermo – Estrada São Fermo

É um dos templos mais bonitos de Verona e seus primeiros vestígios datam do século VIII. De particular importância, foram as reformas beneditinas do século XI, aparentemente iniciadas em 1070: as igrejas superiores e inferiores, foram concluidas e a construção da torre sineira começou e não fora concluída até o século XIII.

 

Igreja de São Giorgio em Braida – Porta de São Giorgio

Por volta de 1046, um mosteiro beneditino foi construído nas margens do Rio Adige, e que teria sido quase totalmente demolido nas primeiras décadas do século XIX. Uma igreja românica foi construída ao lado do mosteiro, da qual hoje nada mais resta. A testemunhar a sua presença, está a torre sineira, datada do séc. XII. Em 1442, o mosteiro foi cedido aos cónegos de San Giorgio in Alga.

 

Igreja de São Giovani do Vale – Via São Giovani

Concentra a história de três igrejas: a cripta remonta aos séculos V e VI e foi construída sobre um antigo cemitério paleo-cristão; a segunda igreja foi construída pelos lombardos, nos séculos VI e VII e foi destruída pelo terremoto de 1117; a igreja atual data de 1120,  foi construída sobre as ruínas da anterior e transformou-se numa paróquia batismal.

 

Igreja de São Giovanni no Foro – Corso Porta Borsari

É um interessante prédio religioso no Corso Porta Borsari, que remonta pelo menos ao século XII. A igreja, nascida do Decumanus Maximus, ficava diretamente ligada ao Fórum, daí o seu nome e que, por sua proximidade com o Fórum, tinha também o título de Basílica. A igreja foi danificada pelo incêndio que destruiu grande parte de Verona em 1172.

 

Igreja de São Lourenço – Corso Cavour, 28 –

A atual igreja foi construída no início do século XII, sobre os restos de um prédio paleocristão, erguido por volta do século V ou VI e restaurado após 793. A nova igreja de estilo românico, foi construída por volta de 1110, reaproveitando parcialmente materiais da construção anterior. Após o terremoto de 1117, as paredes do perímetro e a abside foram erguidas.

 

Igreja de São Estéfano – Pracinha São Estéfano

O núcleo primitivo da igreja, o desenho e suas paredes laterais, remontam provavelmente ao século V, quando o culto do santo protomártir Estêvão chegou à comunidade cristã, e cujas relíquias foram encontradas em 415. Até o século VIII, a igreja românica de Santo Stefano serviu como Catedral de Verona.

Mosteiro de San Francesco -  Via Shakespeare, 37122 -

​A última parada do passeio romântico pela cidade de Romeu e Giulieta, é o túmulo do casal, instalado dentro do Mosteiro de San Francesco, em Corso. Foi o único mosteiro fora das muralhas da cidade, durante o período da história, e o único acessível ao exilado Romeu. O Mosteiro foi construído em 1230, e no local onde, segundo a tradição, São Francisco de Assis vivia. Foi onde ocorreu o trágico fim do casal, e, em uma sala escura da cripta, entre as lápides dos monges, está um sarcófago de mármore vermelho vazio, identificado como o túmulo de Julieta.

 

Museu Arqueológico –  Rigaste Redentore, 2 –

Está localizado dentro do recinto do Teatro Romano, perto da Ponte de Pedra e também das igrejas de Santo Stefano e San Giorgio in Braida. A exposição sobre ruínas romanas, é muito interessante, especialmente para os que apreciam a arqueologia. A entrada para o museu é válida também para o teatro. Os portadores do Verona Card não pagam a entrada. Desde o pátio do Museu, se tem uma vista maravilhosa da cidade. ​Instalado originalmente nas salas do antigo Convento de San Girolamo, no século XV, com vista para o Teatro Romano, o Museu Arqueológico coleciona vasos, mosaicos, esculturas, objetos de vidro e utensílios de várias necrópoles, inscrições sagradas e sepulcrais, partes do aqueduto romano traçadas na Ponte Postumio, e elementos antigos que formavam as preciosas e elaboradas decorações do teatro.

 

Museu Castelvecchio -  Corso Castelvecchio, 2 -

Abriga coleções importantes de arte medieval, achados arqueológicos, estátuas e uma esplêndida galeria de arte com obras importantes de mestres famosos. O belo restauro-preparação de Carlo Scarpa, ajuda-nos a apreciar melhor as obras de arte, ora isolando-as do que as rodeia, ora inserindo-as integralmente na sala que as acolhe. Provavelmente a obra mais famosa é a estátua de Cangrande I , retirada da Arca de Santa Maria Antica e aprimorada ao máximo, com uma estrutura absolutamente particular em aço e concreto. O percurso de visita serpenteia pelas muralhas e caminhos antigos , passando por torres austeras e encantadores jardins suspensos.

Palácios de Cansignorio e Cangrande  -  Piazza dei Signori -

Este encantador canto medieval de Verona, está rodeado por prédios que remetem aos tempos dos cavaleiros de armadura. Estes dois prédios imponentes foram construídos pelos Scaligeri, durante seu reinado. A de Cangrande é a mais famosa desde que Dante foi hospedado, que dedicou os três trigêmeos no Paraíso a Cangrande; e Boccaccio, um convidado ilustre que colocou aqui também um pouco da história de seu Decameron. Coroado pelas típicas ameias gibelinas, o palácio foi ricamente decorado em seu interior e uma sala foi pintada pelo grande Giotto, mas as pesadas intervenções de reestruturação apagaram os vestígios da construção Scaligera. Na época veneziana foi sede do Podestà, quando o belo Portal de Sanmicheli foi adicionado à fachada . Hoje é a sede da Prefeitura. 

 

Ponte de Castelvecchio

É celebrada pelos historiadores como a obra mais ousada e admirável da Idade Média em Verona. Concluída em três anos, quase certamente entre 1354 e 1356, foi construída por ordem de Cangrande Il, que assim pretendia assegurar uma rota de fuga (ou recepção) autónoma para o Tirol, onde reinava o seu genro Ludovico, o Bávaro.

 

Ponte de Pedra

Está localizado em um dos pontos mais panorâmicos da cidade. Apesar das dificuldades e renovações que sofreu, continua a ser um dos maiores monumentos da Verona romana. É legítimo voltar a antes de 89 a. C., ano em que Verona se tornou colônia latina, primeira obra construída nas margens do Rio Adige.

 

Ponte Scaligero 

Construída em tijolo vermelho (como todos os monumentos medievais de Verona) e em mármore branco na parte inferior, a ponte, que faz parte da Fortaleza de Castelvecchio, foi construída entre 1354 e 1356 por ordem de Cangrande II para diminuir o caminho que o mesmo levava para o lado campestre. Como muitas pontes, igrejas e castelos, esta ponte foi totalmente destruída na 2ª guerra mundial, pelos alemães, e restaurada fielmente nos anos seguintes, com exceção da torre do lado esquerdo, que já havia sido destruída pelos franceses séculos atrás.

Porta Borsari – Corso Porta Borsari

É uma das antigas portas da cidade, que mesmo remonta a época da Roma antiga, é mantida em perfeito estado e é um principal acesso ao centro histórico da cidade. Construído em meados do século I dC, foi inicialmente chamado de Porta Iovia, em homenagem ao templo vizinho de Júpiter Lustral. Na Idade Média era chamado de Porta San Zeno e, portanto, Porta Borsari, provavelmente porque aqui os chamados Bursari, ou seja, os cobradores de impostos com a mala, cobravam os direitos de entrada e saída das mercadorias.

 

Praça da Erbe e Torre de Lamberti

Neste espaço funcionava o Fórum Romano e hoje é uma praça bem movimentada, onde têm uma arquitetura diversificada, feiras diárias e comerciantes vendendo souvenirs, e comidinhas para todos os gostos. Na praça está o Palazzo Maffei, com deuses gregos no topo; o leão com asas, símbolo da República de Veneza; a Casa Mazzanti, com afrescos do século XIV e preservados na fachada; e a Fontana di Madonna Verona, datada de 380 d.c. Próximo a Piazza delle Erbe, está a Torri del Lamberti com seus dois sinos. O primeiro servia como uma espécie de alerta quando acontecia um incêndio. O segundo sino tocava para convocar os cidadãos à batalha. Outro monumento interessante é o Capitello ou Tribuna, datado do século XIII.

Saindo dos monumentos e apreciando os prédios, o lado norte da praça é ocupado pelo antigo Palazzo del Comune que foi sede da prefeitura e por um longo tempo, Corte de Assis. Em 1447, foi construída a Scala della Ragione embaixo da torre dei Lamberti, uma torre medieval com 84 metros de altura, permitindo uma visão panorâmica de 360° de toda a cidade; a casa dos Juízes a Casa dos Mazzanti. Pelo lado oeste é fechado pelo barroco Palazzo Maffei, adornado com diversas estátua gregas (Giove, Ercole, Minerva, Venere, Mercurio e Apollo). Do lado sul, surge a Casa dos Mercantes, onde hoje é a sede da Banca Popolare di Verona.

Teatro Romano – Lungadige Re Teodorico, 2 -

Foi construído no último quartel do século I aC, no sopé do Colle di San Pietro. O canteiro de obras do teatro permaneceu aberto por algumas décadas, como era natural dada a imponência do prédio. As poucas ruínas visíveis hoje certamente não documentam seu antigo esplendor. Com o tempo, o prédio sofreu a devastação do tempo, cataclismos e até um certo abandono por parte da administração local.

 

Torre Gardello - Piazza delle Erbe

Localizada ao lado do atual Palazzo Maffei, na parte inferior da praça, foi construída por Cansignorio della Scala, em 1370, e quem colocou o primeiro relógio de sino da cidade (o mostrador do lado de fora, foi instalado em 1421). Com 40 metros de altura, era a torre mais alta da cidade, enquanto o sino marcava um dos momentos iniciais em Verona na aplicação da mecânica. 

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