VALENCIA - Museus e afins - parte 2/3
Os museus e afins
Museu Antiquario – Plaza de la Encarnación s/n.
As obras do Metropol Parasol revelaram vestígios visíveis de grande parte do período romano, desde Tibério até ao século XVII. e uma casa islâmica almóada, dos séculos XII e XIII. Além disso, preservara informações de períodos que abrangiam a Idade Média, Moderna e Contemporânea. Os vestígios arqueológicos situavam-se num espaço aberto de 4.879 metros quadrados, estando os vestígios da cidade romana a uma cota de -5,45 metros e uma altura livre de 3,95 metros. O Antiqvarivm contemplava uma membrana de vidro que envolve todo o espaço, com a capacidade de modificar a nossa percepção graças à sua qualidade mutável, quase camaleônica, para variar as suas propriedades: ser transparente ou translúcido, passando por todos os graus intermédios; deixe uma imagem ser vista ou refletida, deixe a luz passar ou refleti-la. Este efeito, juntamente com as paredes suspensas (construídas com tecidos metálicos) e as lanternas de luz, tinham como objetivo reconstruir as sensações dos espaços em que viveram os seus antepassados.
Museu Arqueológico de Sevilha – Plaza de América s/n. –
Ocupava um pavilhão de estilo neo renascentista construído para a Exposição Ibero-Americana de 1929 seu acervo arqueológico fora transferido para este centro em 1942. A visita começava no Paleolítico Inferior e terminava na Idade Média, com materiais árabes e mudéjares; passando por interessantes fases intermediárias, como a do mundo romano. No andar térreo poderiam ser vistos, em ordem cronológica, os materiais procedentes dos sítios arqueológicos pré-históricos da província de Sevilha. Destaque para o Tesouro do Carambolo, da época dos Tartesos, que contava com uma sala monográfica no primeiro andar. Na coleção era exibida uma reprodução do impressionante tesouro de ouro em relação ao seu contexto original: Um santuário dedicado às divindades fenícias.
Museu Arqueológico La Almoina – Plaza Decimo Junio Bruto -
Reunia vestígios da história de Valência desde sua fundação até o século XIV. No ano 138 a.C., o Cônsul Décimo Júnio Bruto fundara a cidade de Valentia . Mas a alegria durara pouco, pois em 75 a.C., ela fora atingida pela guerra entre Pompeu e Sertório e fora saqueada, ficando com pouco ou nada e ninguém até… Em 25 a.C., os romanos refundaram Valentia, marcando o início de seu período Imperial. Cinco séculos depois, por volta de 500 d.C. os Visigodos expulsaram os romanos, inaugurando o período visigótico ou cristão , que durara até a chegada dos muçulmanos. Isso ocorrera em 711 d.C., quando eles avançaram para o território, derrotando os Visigodos e tomando Balansiya, como chamavam Valência. Os cristãos conquistaram a cidade em 1238 d.C. , quando Jaime I tomara Balansiya durante sua conquista do território, o início da era cristã e o que hoje era a Comunidade Valenciana. Desde então, no dia 9 de outubro de cada ano, celebram a entrada de Jaime I em Valência. Abria diariamente das 10.00 às 19.00h. Aos domingos abria das 10.00 às 14.00h.
Museu Blas Infante - Calle Carreras, 51 –
A proposta era promover a vida e a obra deste famoso andaluz. A casa museu estava instalada na antiga casa de Blas Infante. Tinha dois pisos, uma sala de exposições, uma sala de consulta de todo o tipo de documentos, um arquivo e uma sala de conferências. As obras completas de Blas Infante podiam ser encontradas aqui. Existiam originais e cópias de muitas das revistas mais lidas da sua época que continham artigos sobre ele, bem como documentos relevantes que escrevera ou assinara, como o Regulamento Interno do Centro Andaluz de Sevilla, que presidia, cópias dos documentos de fundação do Centro Andaluz de Casares e dos registros acadêmicos do proprietário original da casa. Havia também uma coleção de fotografias que retratavam lugares e momentos essenciais de sua vida. As cenas apresentadas iam desde a Assembleia de Ronda, de 1918, até ao hasteamento da bandeira da Andaluzia em Sevilha, durante a Segunda República. As visitas eram das 10.00 às 17.00h.
Museu Boutique Lladró – Ctra de Alboraya S/N Tavernes Blanques
Era um local que expunha a coleção artística da conhecida empresa de porcelana decorativa Lladró, localizada na cidade de Tabernes Blanques ( Valência ). O museu tinha duas exposições permanentes: porcelana histórica e porcelana pictórica. A primeira consistia em peças que já foram retiradas do catálogo comercial e estavam em exposição para apreciação do público. Essas peças cobriam um período entre a década de 1950, quando a empresa fora fundada, e a década de 1990. Organizava visitas guiadas gratuitas às oficinas da Cidade da Porcelana, onde os interessados poderiam aprender com os próprios artesãos sobre o processo de criação das peças. Abria de segunda a sexta das 9.30 às 18.00h e aos sábados até as 14.00h.
Museu Casa da Ciência – Avenida María Luisa s/n - Pavilhão do Perú –
Era um espaço aberto de divulgação científica, lazer educativo e cultural para todos os cidadãos. Pertencia ao Conselho Superior de Investigação Científica (CSIC), e a experiência, formação e qualidade de investigação desta instituição eram inspiradores de seu conteúdo. Tinha exposições permanentes que abordavam alguns dos temas universais da Ciência, como as grandes espécies que povoam os nossos mares, ou o longo percurso de transformações geológicas que a Terra sofrera, especialmente a Província de Sevilha.
Museu Casa Jose Benlliure - Calle Blanquerias 23 – El Carme
A casa e o estúdio do pintor José Benlliure tinham três partes distintas; a casa (de pouco interesse artístico), o estudo vitoriano e o jardim encantador, todos ainda cheios de romantismo. A casa fora comprada por José Benlliure, em 1912, em seu retorno de Roma, onde fora Diretor da Academia Espanhola, desde 1903. Mudanças importantes foram feitas neste ponto, notavelmente no jardim, que foi decorado em estilo valenciano com bancos de calcário e vielas de tijolos. No interior, havia peças de mobiliário italiano e austríaco e pinturas de Benlliure e outros artistas. Abria de terça a sábado das 10.00 às 14.00 e das 15.00 às 19.00h. Aos domingos abria das 10.00 às 14.00h.
Museu Concha Piquer - Calle Ruaya, 23 -
Era homenagem a uma mulher de grande caráter e pioneira em muitos aspectos. O térreo era dedicado a ela e com alguns de seus objetos doados por sua filha, como fotos, ternos, escrivaninha, algumas capas de seus álbuns. Um museu modesto e simples, que servia de homenagem à grande cantora Concha Piquer. O piso superior servia de recriação da casa natal de Dona Concha e também para dar uma ideia de como era uma humilde casa da época em Valência. O que contrastava com a simplicidade do ambiente era que as informações eram todas na lingua valenciana, o que dificultava o melhor entendimento.
Museu da Inquisição – Plaza del Altozano -
Situado no bairro de Triana, próximo às margens do Rio Guadalquivir, o Castillo San Jorge fora sede da Inquisição Espanhola de 1481 a 1785. O castelo do século XII fora demolido no século XIX, para dar lugar a um mercado e hoje ruínas subterrâneas do castelo abrigavam o Museu da Inquisição. Fundado em 2009, o museu narrava os expurgos religiosos que ocorreram durante um dos períodos mais sombrios da história espanhola. Os visitantes conheceriam sobre como ocorrera a Inquisição, desde acusações e inquéritos a detenções e torturas, bem como sobre a vida diária no castelo para prisioneiros e carcereiros. No entanto, nenhum dispositivo de tortura era exibido. Os desenhos mostravam suspeitos usando gorros pontudos e túnicas marcadas com um X, e os mapas mostravam os outros locais importantes relacionados à Inquisição, em Sevilha. Abria de segunda a sexta das 11.00 às 18.30h e sábados, domingos e feriados das 10.00 às 15.00h. Entrada gratuita.
Museu da Música Africana – Calle Automoción, 16 - Polígono Calonge –
O museu e espaço multifuncional sevilhano, promoviam diversas atividades incluía sessões de cinema com filmes africanos e oficinas diurnas e noturnas de percussão africana, além de visitas ao museu, que contava com centenas de instrumentos antigos africanos originais.
Museu da Semana Santa Marinera – Calle Rosario, 3 –
O carácter marítimo da cidade de Valência, aliado à devoção dos seus habitantes durante a Semana Santa, é a principal motivação para reunir um centro artístico ou conjunto de estandartes, imagens e trajes tradicionais das festas que se celebram nas localidades marítimas. A exibição dos seus trajes, a riqueza simbólica e a singularidade das suas celebrações só podiam ser percebidas nas imagens e acervo de trajes e elementos expostos no Museu e que, durante as celebrações da Semana Santa, percorriam as ruas dos dois bairros marítimos de Cabanyal, Canyamelar e Grau.
Museu das Carruagens – Plaza de Cuba, 10 -
Inaugurado em outubro de 1999 com o propósito de integrar o circuito cultural da cidade, dando a conhecer ao público o fascinante mundo das carruagens puxadas por cavalos. Existiam alguns museus semelhantes em Espanha, mas este é provavelmente o maior e o mais interessante. Não havia muitas carruagens, mas as que havia em exibição eram lindas e estavam em bom estado de conservação, e classificadas por diferentes tipos. Abria de segunda a sexta das 9.00 às 14.00h e fechava domingos e feriados.
Museu das Ilusões
Era uma das atrações para incluir no roteiro de famílias que viajavam com crianças. O ambiente educativo e sensorial, desafiava a lógica e realizava o impossível por meio das ilusões. Embora focado nas crianças, muitos adultos se divertiam experimentando as atividades que revelavam como o nosso cérebro interpretava a realidade, portanto, o atrativo poderia ser um ótimo passeio em família ou entre amigos.
Museu de Arte e Costumes Populares - Plaza de America – Parque Maria Luiza, 3 -
Criado em 1972, era dedicado ao patrimônio etnológico da Andaluzia, tanto material como humano. Os objetos e utensílios expostos documentavam os costumes, saberes e modos de vida da cultura tradicional da região. Estava instalado no Pavilhão Mudéjar projetado pelo arquiteto Aníbal González, para a Exposição Hispano-Americana de 1929. As suas coleções mais importantes eram dedicadas à cerâmica, ao vestuário e ao artesanato andaluz. Outras coleções importantes incluíam a coleção Aguiar, de pintura costumbrista, a coleção Soria de marfim e cerâmica oriental, a coleção de cerâmica Gestoso e, em particular, a coleção de rendas e bordados Díaz Velázquez, uma das mais importantes da Europa, as 6.000 peças de que poderiam ocupar sozinhos um museu especializado.
A Câmara Municipal de Sevilha também depositara no museu a sua colecção de cartazes originais da Feira da Primavera da cidade. As novidades da última década incluíam a aquisição da Coleção Loty, composta por mais de 2.000 peças de vidro antigo, com detalhes da cidade e do modo de vida andaluz, do início do século XX a 1936, duas coleções de brinquedos e uma de mais de 7.000 cartões postais. A sala central do piso térreo era dedicada a exposições temporárias. Além das exposições, as instalações abertas ao público incluíam a recriação de uma adega de Huelva, uma sala audiovisual onde os visitantes poderiam assistir a documentários sobre os estilos de vida tradicionais andaluzes, uma sala para atividades educativas e uma biblioteca, especializada em antropologia e museus. Abria diariamente das 10.00 às 17.00h.
Museu de Belas Artes - Calle San Pio V, 9 –
Instalado no antigo Convento da Merced Calzada, dos princípios do século XVII, seu acervo incluía obras que iam desde o gótico até o século XX. Sua coleção começara a ser reunida ao longo de sua história, graças a bens eclesiásticos liberados, doações particulares e aquisições públicas. Em suas várias salas, era possível contemplar obras de pintores como El Greco, Pacheco, Velázquez, Alonso Cano, entre outros. Em seu interior destacavam-se o espaço dedicado a Murillo e a Escola Sevilhana, do século XVII e os quadros religiosos de Zurbarán. A riqueza, o poder e a influência de Sevilha — construídas, em boa medida, com a rapina das Américas — não poderiam ter passado em branco pela fisionomia da cidade. O Barroco Sevilhano, era uma das escolas mais significativas do chamado Século de Ouro espanhol. No tempo em que o sol não se punha sobre as terras do Império, artistas, arquitetos e artesãos se esforçavam, naquela beira do Rio Guadalquivir, para traduzir em fachadas, pátios e altares todo o esplendor sustentado pelos carregamentos que cruzavam o Atlântico, em seus navios.
Bons exemplos desse esplendor, estavam expostos no Museu aberto em 1841, no antigo Convento de la Merced Calzada. Era a segunda Pinacoteca mais importante de toda a Espanha — perdia apenas para o Museu do Prado. A visita ao museu, era fundamental para entender Sevilha. Bastava andar pelas ruas da cidade, para perceber a febre de beleza que consumia a então capital do Atlântico, durante os tempos áureos do Império Espanhol. Os poderosos competiam para ver quem tinha o solar mais vistoso, ou doava a peça mais bonita para decorar sua igreja de devoção. Isso fizera de Sevilha um rico mercado para mestres e artistas, que chegavam de todas as partes da Europa — não bastasse a cidade ter a honra de ser local de nascimento de Murillo e Velázquez, e lar adotivo de Zurbarán, que até hoje emplacavam fácil os lugares de destaque, em qualquer antologia da pintura espanhola.
Museu do Baile Flamenco – Calle Manuel Rojas Marcos, 3 – bairro Santa Cruz -
Oferecia diariamente apresentações de flamenco com o espetáculo Pátio Flamenco. O pátio central do museu fora especialmente concebido para receber espetáculos para um pequeno número de espectadores. Sob a direção da senhora Cristina Hoyos, as exposições atraiam alguns dos melhores talentos de Sevilha e de Espanha. Exposições interativas mostravam as origens e a evolução do flamenco, abrangendo os diversos estilos de música e dança. Oferecia uma grande variedade de exposições e oficinas, como exposições focadas no flamenco que incluíam pinturas, desenhos e fotografia. Aulas de dança e percussão eram uma amostra das oficinas oferecidas no museu.
O museu tornara-se um local de referência do bom flamenco em Sevilha. Após uma breve introdução, o espetáculo de uma hora Pátio Flamenco, demonstrava a dedicação do museu em levar aos seus visitantes um espetáculo de flamenco autêntico e único. A performance acontecia no pátio do prédio histórico com um elenco de artistas que mudava a cada dia. Um dia o espetáculo poderia apresentar Alegrias, outro pode ser uma Seguiriya solene, Solea por Bulerías, um Taranto trágico, Tangos emocionantes ou outro estilo de flamenco. As visitas ao museu podiam ser feitas a qualquer hora do dia a partir do horário estipulado no seu bilhete, sempre das 11.00 às 18.00h exceto na primeira segunda-feira de cada mês, quando abriria às 16.00h.
Museu do Corpus Casa das Rochas - Calle de Las Rocas, 3 –
Sua origem remontava a 1434, criado com a finalidade de guardar as pedras e objetos utilizados nas festas, como estandartes, flâmulas, trajes, cavaletes de Corpus Christi, águias, gigantes e anões e outros itens típicos das festividades públicas. Atualmente abrigava os carros alegóricos chamados Rochas, as três águias e as molduras dos gigantes. A fachada era notável pela porta excepcionalmente alta, por onde saiam as carruagens monumentais. Seu nome fazia referência à configuração desses carros, nos quais os mistérios eram representados. Deve ter sido no início do século XV que fora decidido que eles apareceriam na procissão.
Museu dos Soldadinhos de Chumbo - Calle Caballeros 20-22 – Palácio dos Marqueses de Malferit - bairro El Carme
Era uma proposta original que apresentava ao público mais de 95.000 miniaturas, entre as quais se destacavam as relacionadas com Exércitos. O acervo contava com um milhão de peças, embora apenas 95 mil estivessem expostas, e era considerado o mais importante do mundo em sua especialidade. Centrava-se principalmente nos soldadinhos e através das miniaturas refletia, por exemplo, a história da guarda dos Chefes de Estado de Espanha, desde o século XV até aos dias de hoje. Destacava-se também a representação da Batalha de Almansa. Também podem ser apreciadas coleções de miniaturas relacionadas com a pré-história, a Idade Média e a procissão de Corpus Christi, entre outros temas.
Museu dos Tesouros da Catedral - Avenida da Constituição -
Era um museu religioso onde se poderia ver todas as relíquias da Catedral de Sevilha. O espaço era também conhecido como Tesouro da Catedral abrigando importantes obras de Murillo, Zurbarán, Luis de Morales e Francisco Herrera el Mozo. A maravilhosa coroa da Virgem dos Reis, que se conservava no tesouro, foi feita em 1904 e por ocasião da coroação canônica da Virgem. Era recomendado reservar o seu lugar online alguns dias antes da data prevista da visita. A Catedral estava repleta de pinturas e preciosos objetos eclesiásticos. Algumas obras eram facilmente visíveis, outras ficavam em capelas com grades que não permitiam ver as obras de perto. Era uma bela visita a um lugar incrível em sua escala, mas de acesso não tão fácil quanto a um museu.
Museu da Cerâmica – Calle Poeta Querol, 2 -
Em homenagem à indústria cerâmica valenciana, o Museu Nacional de Cerâmica González Martí estava localizado no que era considerado o melhor exemplo de arquitetura barroca na Espanha, o Palacio del Marqués de Dos Aguas. O museu abrigava a maior coleção nacional de cerâmica, datando do século XVIII até o período contemporâneo, e incluía peças de Picasso. Um museu no qual também poderia encontrar mercadorias da Rota da Seda e descobrir como eles viviam em uma das famílias nobres valencianas mais icônicas da época. Abria de terças a sábados das 10.00 às 14.00h e das 16.00 às 20.00h. Aos domingos e feriados abria das 10.00 às 14.00h.
Museu da Cidade – Plaza del Arzobispo, 3 –
Estava instalado, desde 1989, no Palácio do Marquês de Campo, localizado na Plaza do Arcebispo, no centro histórico da cidade. Originalmente era um prédio do século XVII, ampliado e remodelado em meados do século XIX por José Campo y Pérez, memorável Prefeito da cidade e Marquês de Campo. O prédio era um interessante exemplo da arquitetura senhorial valenciana e fora declarado Bem de Importância Local, em 1973; passando para a categoria BIC (Bite of Cultural Interest) em outubro de 2007. De aparência monumental, convivia com sobrevivências barrocas, visíveis nos detalhes ornamentais da fachada principal, do pátio ou na escadaria coberta por uma cúpula decorada com coloridos esgrafitos, e o ecletismo classicista do corpo principal da fachada, projetado pelo mestre construtor Manuel Ferrando.
Em 1973, o prédio, então propriedade dos Condes de Berbedel, fora adquirido pela Câmara com o objetivo de abrigar as coleções artísticas municipais e outros fundos de interesse municipal. Expunha em suas diversas salas interessantes coleções de natureza histórica, artística, arqueológica e etnográfica, todas pertencentes ao patrimônio municipal e ligadas, direta ou indiretamente, ao desenvolvimento sociocultural da cidade. Destacava-se o conjunto de pinturas, composto em sua maioria por obras de artistas valencianos que representavam um longo período de tempo, desde o século XVI. XV até os dias atuais, razão pela qual se caracterizava por uma grande variedade de temas, estilos, autores e tendências. Outras coleções artísticas como escultura, gravura, pesos e medidas, serralharia artística e mobiliário complementavam o interesse que uma visita ao Museu da Cidade tinha para os valencianos e para os visitantes. Abria de terça a sábado das 10.00 às 19.00h e domingo das 10.00 às 14.00h.
Museu da Ciência - Calle Prof. Lopez Piñero, 17 –
Este grande museu do século XXI possibilitava aos visitantes conhecer sobre a evolução da vida, da ciência e da tecnologia de uma forma educativa, interativa e divertida. Estava rodeado por 13.500 metros quadrados de cortinas de água. Um prédio de grandes proporções que abrigava uma infinidade de atividades e iniciativas relacionadas com a evolução da vida e a divulgação de informação científica e tecnológica. A interação era sua principal atração, que tinha como lema: É proibido não tocar, não sentir, não pensar. O museu tornava-se assim uma verdadeira ferramenta educativa, capaz de reativar as capacidades críticas do público. A par de um extenso conteúdo expositivo, promovia atividades e publicações relacionadas com a ciência e a educação, atuando como transmissor de conhecimento entre o mundo científico educativo e a sociedade como um todo. O seu valor como complemento e apoio à atividade educativa de escolas, empresas e instituições fazia dele um museu vivo que mantinha um diálogo constante com a sociedade que o rodeava.
Museu de Bellas Artes – Calle Sant Pius V, 9 –
Ocupava um notável prédio barroco do século XVII, o Colégio Seminário de San Pío V. A Pinacoteca era composta principalmente por obras de autores valencianos, entre os quais cabia destacar Vicente López, Juan de Joanes, os Ribalta, Pinazo e Joaquín Sorolla. Também havia quadros de artistas como Andrea del Sarto, Van Dyck, Murillo, Velázquez e Goya. Abrigava uma interessante mostra de arte contemporânea e conservava valiosos restos arqueológicos, como O Leão de Bocairent e o sarcófago paleo cristão de San Vicente Mártir. Também merecia destaque por sua qualidade a coleção completa de tábuas góticas. Além do mais, abrigava um dos pátios renascentistas mais importantes do século XVI, o pátio do Embaixador Vich, que fora reconstruído aqui em 2006. Abria de terça a domingo das 10.00 às 20.00h.
Museu de Ciências Naturais – Av. del Professor López Piñero, 7 - Jardins de Vivers –
Era um dos espaços que compunham o Complexo da Cidade das Artes e das Ciências. O Museu das Ciências era um prédio desenhado pelo famoso arquiteto espanhol Santiago Calatrava. Constava de três plantas, cada uma delas com cerca de 8.000 metros quadrados de superfície expositiva. Através das diferentes oficinas, atividades e painéis interativos, o visitante poderia compreender de uma forma atraente os princípios da ciência e da tecnologia, e o modo em que conseguiam melhorar a qualidade de vida. Abria de terça a domingo das 10.00 às 19.00h.
Museu de Pré-historia – Calle de La Corona, 36 –
Este museu era um dos mais completos e prestigiados da Espanha. Traçava a história de 8.000 anos da presença humana em Valência e o atual território da Comunidade Valenciana. A coleção permanente incluia salas dedicadas ao Paleolítico, com os primeiros restos fósseis humanos da Caverna de Bolomor e as gravuras da Caverna de Parpalló, e ao Neolítico, com a coleção excepcional de cerâmica de Cardium, da Caverna de l'Or de Beniarrés, e às Idades dos Metais. Também estavam expostos materiais da cultura ibérica, com destaque para o famoso conjunto de vasos pintados com decorações figurativas de Sant Miquel de Llíria, o Guerreiro de Moixent e os livros de chumbo ibéricos, e objetos do mundo romano, como o mosaico de Font de Mussa e o Apolo de Pinedo. As salas dedicadas à história do dinheiro e seus conteúdos deveriam ser visitadas. Elas mostravam como as moedas eram feitas nos tempos antigos, com exemplos em exposição de tesouros numismáticos resgatados por arqueólogos e particulares. Abria de terça a domingo das 10.00 às 20.00h.
Museu do Arroz - Carrer de la Diagonal del Palau, 9 -bairro El Cabanyal-El Canyamelar –
Estava instalado no Molino de Serra, construído no início do século XX e que funcionara comercialmente até a década de 1970. O visitante poderia ver como o arroz era processado e produzido nos primeiros anos do século. O prédio tinha três andares que exibiam o maquinário utilizado, comparando-o com a tecnologia mais moderna e dando uma visão geral da história e da influência do cereal na cultura valenciana por mais de mil anos. Abria de terça a sábado das 10.00 às 14.00h e das 15.00 às 19.00h. Aos domingos e feriados abria das 10.00 às 14.00h.
Museu do Patriarca – Calle da Nau, 1 – bairro Xerea -
Era um Monumento Nacional desde 1962 e um Monumento de Interesse Cultural desde 2007, e um dos melhores exemplos da arquitetura renascentista. De especial destaque estavam pinturas de Caravaggio, El Greco, Van Der Teyden, Benlliure, Ribalta e Pinazo, e também o manuscrito original da obra póstuma de Sir Thomas More. O Patriarca, Real Colégio e o Seminario do Corpus Christi eram uma igreja, um Seminário e uma Faculdade, respectivamente. O trabalho nos prédios começara em 1586 e terminara em 1610. Era estruturado em torno de um grande claustro renascentista que envolvia a igreja, a capela da comunhão, a biblioteca, os dormitórios e as salas de aula. Havia um pátio nos fundos e um pequeno Campanário instalado no canto da praça. O museu exibe valiosas obras de arte de El Greco e algumas pinturas flamengas primitivas. Permanecia fechado e as visitas somente com agendamento. Cobravam ingresso de 7 Euros por pessoa.
Museu Fallero – Plaza Monteolivette, 4 –
Era a oportunidade perfeita para conhecer o Festival Fallas em qualquer época do ano, principalmente quando não era possível visitar a cidade durante as férias. Quem já vivera a incrível experiência das Fallas saberia que quando chegava a noite de 19 de março, todas as Fallas eram incineradas no tradicional cremá com suas cinzas e muitas sensações. Todos os anos dois ninots privilegiados (aqueles das figuras que compunham o monumento Falla) sobreviviam ao incêndio e no museu era possível ver todos aqueles que foram resgatados das chamas, desde 1934.
Chamavam-se ninots indultats e hoje em dia eram escolhidos por voto popular entre os selecionados pelas falleras mayores (a presidente) de cada uma das 800 fallas instaladas em Valência. Era também um convite para descobrir como era construído um desses ninots e saber como foram elaborados ao longo do tempo, desde os primeiros, feitos de cera, até os atuais, de materiais ecológicos.
Também era possível testemunhar as surpreendentes mudanças nas técnicas de montagem das fallas monumentais; comparar a evolução gráfica dos cartazes de divulgação do festival e contemplar fotografias de fallas que ganharam o primeiro prémio de um festival que também era concurso. Outra visita recomendada era o Museu do Grêmio Artesano de Artistas Falleros, que mergulhava nos ofícios ancestrais, únicos no mundo, que davam vida às Fallas e reunia as figuras perdoadas do fogo, de acordo com o seu valor artístico.
Museu Histórico Médico - Avenida Blasco Ibanez, 17 – Faculdade de Medicina – Universidade -
Subordinado a Faculdade de Medicina da Universidade, seus eram o estudo da atividade científica espanhola e latino-americana desde a antiguidade, o estudo dos sistemas médicos, a elaboração de repertórios bibliográficos e documentais, a obtenção de indicadores da atividade científica e sanitária, a criação de bases de dados (incluindo o IME, índice médico espanhol), o desenvolvimento de sistemas de informação médica, o estudo da terminologia científica e o estudo das necessidades de informação científica e médica.
Os Cadernos Valencianos de História da Medicina e da Ciência, foram criados em 1962 por José María López Piñero. A coleção era dividida em quatro séries. Atualmente, foram publicados um total de 58 volumes, distribuídos em três séries: série A, monografias diretamente vinculadas às diferentes linhas de pesquisa do Instituto; série B, repertórios bibliográficos, como a Bibliografia Medica Hispânica, composta por oito volumes; e série C, edições de textos clássicos sobre medicina e ciência e catálogos da Biblioteca Médica Histórica Joan Peset, e 10 volumes da revista Cronos, que constituía a série D da coleção e que fora incluída tanto como edições completas quanto como artigos individuais. A marca editorial desta coleção tem origem no brasão ou marca tipográfica da viúva de Juan de Mey, família de impressores valencianos, que mostrava a influência do humanismo: um cetro terminado em flor-de-lis passava por uma coroa, símbolo de poder e autoridade. Acima, a exatidão e a precisão da bússola, controlada pela mão do homem, dominavam o todo
Museu Histórico Militar – Calle General Gil Dolz, 6 –
Criado em maio de 1995 estava instalado no Quartel San Juan Rivera, localizado na Alameda, no coração de Valência. O prédio fora construído em 1898 e fora sucessivamente sede das Unidades de Infantaria, Intendência e Logística. O que mais chamava a atenção em sua construção, com estrutura típica da época para abrigar unidades militares, era seu belo pátio interno revestido de azulejos e com um mural dedicado à Espanha, representando uma árvore gigantesca cujas raízes penetravam em todas as suas regiões. Suas coleções vinham principalmente do antigo Parque de Artilharia e do Grupo de Manutenção V/31. No local foram recuperados diversos tipos de facas, fuzis, pistolas, armas pesadas e outros materiais relacionados ao Exército. Também foram recolhidas as bandeiras, e estandartes de Unidades já dissolvidas da Região Militar do Levante e Centro. Abria de terça a sábado das 10.00 às 14.00h e das 16.00 às 20.00h. Aos domingos abria das 10.00 às 20.00h.
Museu Histórico Municipal – Plaza do Ajuntamento, 1 –
Entre as peças expostas estavam a Senyera, o Pendón de la Reconquista; a espada de Jaume I, o Conquistador; uma planta de Valência de 1704; a pintura flamenga do Juízo Final, do século XV; tapeçarias de Zariñena, Orrente, Espinosa, López, Sorolla e outros; livros de valor inestimável como Consolat del Mar, Llibre dels Furs e La Taula de Canvis, edições incunábulos, encadernações maravilhosas e inúmeras peças de interesse artesanal. Está fechado temporariamente e ainda sem data para reabertura.
Museu Nacional de Cerâmica e Arte Suntuária - Calle Poeta Querol, 2 –
Inaugurado em 1954 em homenagem à indústria cerâmica valenciana, estava localizado no que era considerado o melhor exemplo de arquitetura barroca na Espanha, o Palacio del Marqués de dos Aguas. O museu abrigava a maior coleção nacional de cerâmica, datando do século XVIII até o período contemporâneo, e incluía peças de Picasso. Um museu poderia encontrar mercadorias da Rota da Seda e descobrir como eles viviam em uma das famílias nobres valencianas mais icônicas da época. O acervo incluía uma mostra representativa da tradição ceramista de localidades como Manises, Paterna e Alcora. Abria de terça a sábado das 10.00 às 14.00h e das 16.00 às 20.00h. Aos domingos abria das 10.00 às 14.00h.
Museu Naval Torre de Ouro – Passeio de Colombo -
Era uma torre defensiva datada do século XIII, da qual uma espessa corrente se estendia até à outra margem do rio, impedindo o acesso aos navios inimigos. A torre tinha 36 metros de altura e ficava na margem esquerda do Rio Guadalquivir. Possuía três troços, sendo os dois primeiros dodecagonais: o primeiro deles fora construído pelos almoadas, enquanto o segundo fora construído por Pedro I - o Cruel. A terceira seção era cilíndrica e encimada por uma cúpula, datada do século XVIII. A torre defendia a entrada do rio até a ponte das Barcas e o acesso terrestre ao Arenal, sede da atividade industrial. A torre estava ligada à Torre de la Plata através de troços de muralha conhecidos como coracha, que também se estendiam até ao Alcázar de Sevilha.
Abrigava hoje um pequeno e interessante museu naval, com dois andares de exposições e um terraço panorâmico. Antes de ser convertido em museu, o monumento servira de capela, prisão de nobres, depósito de pólvora e sede da Autoridade Portuária e do Comando Naval. Juntamente com a Giralda, era um dos símbolos mais representativos de Sevilha. Fora tombado como monumento histórico artístico em 1931. Abria de segunda a sexta das 9.30 às 18.45h e aos sábados e domingos das 10.30 às 18.45h. Fechava nos feriados.
Museo Paleontologico de Alpuente – Avenida São Blas, 17 - Alpuente –
Os Dinossauros viveram há milhões de anos, durante uma era da história da Terra conhecida como Mesozóica. Naquela época, o planeta era muito diferente de como o conhecemos hoje. A terra, o mar e o céu foram povoados por inúmeras espécies de animais e plantas que hoje não existem; até a forma dos continentes era diferente. Este fora concebido como um espaço ativo, com capacidade de informar e ao mesmo tempo entusiasmar todos os que o visitam. De forma lúdica, clara e simples, eram apresentados alguns conceitos básicos para melhor compreender as descobertas e o trabalho realizado pelos paleontólogos e tinha como objetivo dar a conhecer o mundo da paleontologia em Alpuente e na região da Serranía.
Museu Romano da Plaza de la Almoina
Este museu reunia 18 prédios que mostravam como era a Valência romana. Suas ruas principais, seus armazéns de trigo e também a cela de San Vicente Ferrer (Padroeiro de Valência) e os banhos termais. Incluía vários itens de mesa e objetos também do período muçulmano.
Museu Valencia de Etnologia - L´Etno - Calle de la Corona, 36 –
Sua missão era coletar, estudar e divulgar a cultura popular e tradicional valenciana. Recebera o prêmio EMYA - Prêmio Museu Europeu do Ano – 2023, fazia parte do Fórum Europeu de Museus, que este ano contava com 33 centros aspirantes de 18 países europeus. L'ETNO foi nomeado vencedor porque era uma instituição com um forte princípio ético e um forte compromisso, que corajosamente confrontava o passado e buscava abordar o direito das comunidades locais de entender seu passado e reconhecer suas experiências. A organização também destacara seu trabalho para manter um diálogo aberto e inclusivo e oferecer acesso universal aos visitantes.
O museu, que compartilhava o Edifício Beneficência com o Museu da Pré-História, estava muito distante do conceito convencional de museu comercial. Em sua essência, a vocação deste projeto era servir a sociedade, e suas coleções buscavam fornecer aos cidadãos conhecimento e bem-estar. Sua exposição permanente intitulada Não é fácil ser valenciano abordava o debate da identidade por meio de objetos, documentos, fotografias e testemunhos pessoais. Um debate permanente entre um mundo cada vez mais homogêneo culturalmente e o desejo de manter costumes e práticas que eram considerados pessoais e que estavam enraizados em uma terra e uma sociedade. Abria de terça a domingo das 10.00 às 22.00h.
Museu Valenciano de Ilustração e Modernidade - Calle Guillem de Castro, 8 -
O MuVIM era um espaço que promovia a interação cívica e a reflexão sobre os problemas e características da nossa sociedade atual, através de exposições permanentes e temporárias, ciclos de conferências e projeções audiovisuais. Também contava com uma biblioteca e centro de estudos e oferece oficinas educativas. O seu bar e Cafeteria tinham um terraço que se abria para um belo jardim com árvores, roseiras e esculturas. Abria de terça a domingo das 10.00 às 14.00h e das 16.00 às 20.00h.


