TOSCANA - parte 2/2

MONTALCINO
Na altura de Buonconvento, vire à direita e siga as indicações.Quem não ouviu falar do famoso vinho toscano Brunello de Montalcino? Pois é, essa é a terra dele: uma minúscula cidade do século X, fincada no topo de uma colina, cheia de construções medievais, deliciosa para um passeio a pé. Ela conserva suas muralhas do século XIII, com torres de defesa e uma fortaleza do século XIV, La Rocca. A 40 km a sudeste de Siena pela S2. Para quem aprecia um bom vinho, aqui é OBRIGATÓRIO o consumo de um Brunello. Não me faça passar vergonha !
SAN GIMINIANO
A pequena e encantadora San Gimignano, tem sua origem no século III a.C., quando era apenas um povoado etrusco, situado em uma elevação entre Florença e Siena. Muito bem preservada e famosa por suas enormes torres, San Gimignano é considerada a cidade “mais medieval”, de toda a Itália. Grande centro comercial durante a Idade Média, chegou a receber Dante Alighieri como embaixador fiorentino. Muito afetada pela epidemia de peste, que provocou sua decadência, caiu sob o domínio de Florença, na segunda metade do século XIV. Linhas regulares de ônibus, alguns diretos, outros com baldeação em Poggibonsi, ligam San Gimignano a Florença e Siena.
A viagem dura cerca de 70 minutos. O ponto de parada dos ônibus, fica do lado de fora das muralhas, junto do estacionamento de automóveis, na porta em frente à Via San Giovanni. Visitantes não podem entrar de carro, em San Gimignano. Deixe o veículo do lado de fora das muralhas. Está localizada a 40 km de Florença. Patrimônio da UNESCO, ainda é completamente medieval, com ruelas, praças, igrejas, palácios e, o que é muito curioso, diversas torres construídas pelas grandes famílias rivais, o que faz com que seja conhecida como a Nova York da Idade Média. (A diferença é que as torres gêmeas de San Gimignano, que ficam na Piazza del Duomo, têm resistido melhor aos acontecimentos históricos que as nova-iorquinas…) As torres eram dezenas; hoje, as poucas existentes se destacam pela altura em relação aos demais prédios, criando um cenário incomum quando vistas de longe.
Além de visitar as principais atrações, o melhor a fazer em San Gimignano, é simplesmente passear a pé. A cidade é minúscula: entrando nela pela Porta San Giovanni chega-se à Via San Giovanni, longa e estreita rua que leva ao “centrinho”, que nada mais é que Piazza della Cisterna e a Piazza del Duomo, uma ao lado da outra. Em todo esse trajeto, e também na Via San Matteo, ao norte da Piazza del Duomo, há restaurantes, cafés e muitas lojas de produtos locais, como o Vernaccia, excelente vinho branco fabricado em San Gimignano, o delicioso salaminho de javali e irresistíveis doces típicos. San Gimignano foi uma cidade fortificada, mas Fortaleza ( a Rocca ) e as torres de defesa foram destruídas, provavelmente pelos florentinos. Atrás do Duomo dá para ver um pouco do que restou. Nos limites da cidade ainda existem as antigas Porta San Matteo (a noroeste) e Porta delle Fonti (a nordeste).
Duomo - Piazza del Duomo -
Construido em estilo românico, é antiquíssimo (1148) e foi sede de uma das mais importantes e ricas paróquias da Toscana, na época em que a cidade era uma poderosa república independente. Seu interior, tem belas e interessantes obras de arte; veja os afrescos que retratam o Juízo Universal, de Taddeo di Bartolo (sua visão do inferno chega a ser divertida; confira pessoalmente); o Martírio de São Sebastião, de Benozzo Gozzoli, e São Gregório, de Domenico Ghirlandaio. Há ainda esculturas de Jacopo della Quercia. Nessa igreja estão as relíquias de San Gimignano, o santo padroeiro da cidade, que a teria salvo de uma invasão de bárbaros. Ele é festejado no dia 31 de janeiro.
Piazza della Cisterna -
Para quem não sabe, cisterna, é poço. Nessa pracinha rodeada de torres e outras construções medievais, as pessoas iam buscar água; isso tornou-a um ponto de encontro dos habitantes, que iam lá também para saber das novidades, fofocar (pois não existiam jornais nem TV!) e trocar seus produtos.
Palazzo Comunale -
É também chamado de Palazzo del Popolo, é um lindo prédio medieval, construído em 1288. Nele funciona o Museu Civico, com obras de grandes artistas dos séculos XIII e XIV. Entrando nesse palácio, os mais decididos poderão encarar os 54 metros de subida até o topo da Torre Grossa, de 1311. É menos cansativo do que se imagina, pois há trechos planos que ajudam a recuperar o fôlego… A vista é esplêndida; dá para observar bem a cidade, apreciar sua arquitetura, avistar os campos que a rodeiam e registrar boas imagens.
Sant’Agostino -
Localizada no extremo norte da cidade, pela Via San Matteo, chega-se a uma igreja de arquitetura bem singela, construída em uma só nave, famosa pelos afrescos da segunda metade do século XV, de Benozzo Gozzoli, (um mestre nessa arte, embora pouco conhecido pela maioria dos brasileiros). O Claustro medieval, ao lado da igreja, bem típico, é muito interessante.
PIENZA
Foi planejada pelo Papa Pio II, no século XV e nunca chegou a ser concluída. Hoje possui menos de três mil habitantes. Embora essa Brasília renascentista não tenha ido para a frente, a bela Catedral e o Palácio Piccolomini, ainda existem. A 50 km de Siena, pela S2 e, em seguida, pela S146.
MONTEPULCIANO
Pequena cidade de origem etrusca, dominada pela Florença dos Medici, conta hoje com 14.300 mil habitantes, desde 2017. Para chegar ao seu centro histórico e à Piazza Grande, com prédios em diferentes estilos – o centro monumental da cidade –, entre pela Porta al Prato. Nessa praça está o Palazzo Comunale, do século XV, de cuja torre se tem uma vista espetacular da cidade e do vale. Na Via di Voltaia nel Corso, há belos prédios medievais e renascentistas. O Duomo, do século XVI, também merece uma olhada. A cidade é famosa por seu vinho Nobile de Montepulciano. Fica a alguns quilômetros depois de Pienza.
CHIUSI
Fica logo depois de Montepulciano, pela mesma estrada. É outra cidadezinha agradável, em estilo semelhante a Montepulciano. Perto dali está a igrejinha renascentista de San Biaggio, do famoso arquiteto Antonio de Sangallo.
AREZZO
Remonta ao tempo dos etruscos. Com a ascensão de Roma, tornou-se uma das mais importantes cidades do Império Romano, e um grande centro comercial, famoso por suas cerâmicas. Era toda poderosa durante a Idade Média, quando passou a ser governada pelos florentinos, em 1384.
Duomo - Piazza Duomo. -
Construido em estilo misto românico-gótico-toscano, o Duomo de Arezzo, fica a noroeste da Piazza Grande. Sua construção se estendeu de 1278 até o começo do século XVI. O Campanário alongado, bem mais recente, só foi terminado em 1937.
Giostra del Saracino -
É na Piazza Grande, que acontece todos os anos, em junho e em setembro, um tradicional torneio medieval com músicas de época e cavaleiros reunidos em grupos que representam os diversos bairros da cidade. Sua meta é atacar um boneco giratório vestido de sarraceno, de braços abertos, que pode derrubar os cavaleiros menos ágeis.
Os afrescos de Piero de Francesca -
Muita gente visita a cidade só para ver os afrescos de Piero della Francesca, na igreja de San Francesco, mas Arezzo oferece muito mais. A destruição na Segunda Guerra - Apesar de ter sido danificada durante a Segunda Guerra Mundial, Arezzo conserva ricos testemunhos de seu passado, como belas igrejas e construções medievais e renascentistas em seu centro histórico, que podem ser apreciadas em um passeio a pé. Da Fortezza Medicea, tem-se uma bela vista panorâmica. A cidade também é conhecida por suas joalherias e pela gastronomia. As especialidades locais incluem o faisão com trufas e as alcachofras recheadas com presunto e cogumelos.
Museo Archeologico Mecenate - Via Margaritone, 10 -
Funciona em um antigo convento do século XIV e reúne peças desde a pré-história até o tempo dos etruscos e romanos, principalmente bronzes, terracotas e mosaicos. A cidade figura entre as mais ricas da região, toda orgulhosa em uma colina, no cruzamento de quatro vales. Localizada na Via Cassia, sempre teve um papel importante e de destaque na história da Toscana. A atração principal da cidade é a Basílica de São Francisco, localizada no centro da cidade. Dentro da Igreja está a Capela Bacci, onde se encontra o maravilhoso conjunto de afrescos da Lenda da Vera Cruz, obra-prima da pintura renascentista de Piero della Francesca. Abre todos os dias das 8.30 às 19.30h.
Na parte mais alta da cidade, se encontra sua majestosa Catedral dedicada a São Donato. Erguida sobre uma antiga igreja cristã primitiva, a Catedral é admirada por seus lindos vitrais. As sete janelas, obras-primas da arte em vidro, foram produzidas no século XVI pelo mestre francês Guillaume de Marcillat. No interior da Catedral há um pequeno afresco de Piero della Francesca representando Madalena, e algumas imagens de Andrea della Robbia.
Museo Statale d’Arte Medievale - Via San Lorentino, 8 (Palazzo Bruni Ciocchi) -
Fazem parte do acervo desse museu, esculturas, terracotas, cerâmicas maiólicas, móveis, joias, armas e pinturas toscanas do século XIII, além de pinturas neoclássicas e dos macchiaioli, do século XIX. Abre de terça a domingo das 09.00 às 19.00h e aos domingos e feriados das 09.00 às 13.00h.
Piazza Grande -
É um dos lugares mais movimentados da cidade, esta majestosa praça consegue reunir história, cultura e entretenimento em um mesmo lugar. Passear por aqui é inspirador é até divertido, porque reserva uma série de atrações que encantam a qualquer visitante. Dentre as atrações estão palácios, torres, feiras de antiguidades, galerias, cafeterias, restaurantes, lojas e muito mais. Destaca-se a beleza da praça, que além de muito conservada é inovadora. A principal praça do centro histórico de Arezzo, encanta pelo seu charme. Ela é rodeada por predinhos medievais geminados e por grandes obras como as Logge del Vasari, projetadas por Giorgio Vasari, um dos ilustres artistas nascidos em Arezzo. Na mesma praça vê-se a Pieve di Santa Maria e, nas proximidades, há agradáveis ruelas de traçado medieval.
Pieve di Santa Maria - Corso Italia, 7 -
Estando em Arezzo, não deixe de ver este importante exemplar da arquitetura românica. Erguida no século XI, possivelmente sobre um templo paleo-cristão, ela é uma das mais antigas igrejas da Itália. Um tanto desgastada pelos anos, conservou sua estrutura original. A fachada em estilo pisano, acrescentada posteriormente, chama a atenção por seus três andares sobre colunas, cada qual com uma decoração diferente. O Campanário, é de 1330.
San Francesco/Cappella Bacci - Piazza San Francesco -
Essa igreja do século XIII, composta por uma só nave, passou por diversas reformas nos séculos seguintes. Seu aspecto atual apresenta alguns detalhes barrocos. É famosa pelos afrescos da Cappella Bacci, que retratam a Leggenda della Vera Croce, do mestre Piero della Francesca, uma das maiores obras-primas da Renascença italiana. Iniciados em 1452, os afrescos só foram terminados 14 anos depois. Sua longa e trabalhosa restauração foi concluída em 2000. É preciso comprar o ingresso com antecedência.
As pontes de Florença e o rio Arno

