TORONTO - A Torre CN e as Cataratas do Niágara - Canadá - parte 1/2
As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta bonita e importante cidade canadense. Como há muito o que visitar, escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...
Toronto, a capital da Província de Ontário, era uma grande cidade canadense localizada ao longo da costa noroeste do Lago Ontário. Era uma metrópole dinâmica e com um centro de arranha-céus imponentes, ofuscados pela famosa Torre CN. Toronto também tinha muitos espaços verdes, incluindo desde o oval Queen’s Park até o High Park, com 400 acres de área, com trilhas, instalações esportivas e um jardim Zoológico..
A cidade tinha jeito de uma Nova York, com mais de 140 etnias, que deram origem à metade de seus 2,930 milhões de moradores que, somados aos 25 milhões de turistas que anualmente aqui desembarcavam, criaram um mix de sotaques e feições. A atmosfera estava nas largas vias, como a York Street, na reluzente e movimentada noite e nos prédios modernos avistados logo na saída da Union Station, de onde se chegava ao melhor da cidade, em agradáveis caminhadas. A sensação de caminhar por aqui, era similar a de um shopping normal, onde havia uma imensa variedade de lojas e empreendimentos, praças de alimentação, mercados, restaurantes, bancos e outros serviços. Difícil era caminhar sem se perder, pois as ruas subterrâneas não obedeciam, necessariamente, as ruas regulares. Porém tudo era muito bem sinalizado e com um pouco de atenção, aos poucos iamos nos acostumando com esta verdadeira cidade subterrânea.
Para se localizar, lembre-se das letras PATH- cada uma tem uma cor e representa uma direção cardinal: P (vermelho) representa a direção sul; a (laranja) representa o oeste, a T (azul) representa o norte e H (amarela) representa a direção leste. Para quem buscava comprar alguma coisa mais em conta, vá até o Vintage, que ficava na Queen St. West, a rua da mítica casa roqueira Horseshoe.
Ao lado da Estação, estava o Air Canadá Centre, um cover do nova-iorquino Madison Square Garden, ambos eram palcos de grandes eventos, shows e jogos dos times locais, de basquete e hóquei – o Raptors e o Maple Leafs. Aproveite e visite o Real Sports Bar, um point hidráulico, com centenas de telões focados em esportes pelo mundo à fora. Por conta disso, viviaa lotado. A poucos passos daqui, visite o Ripleys Aquarium, a CN Tower e o Toronto Railway Museum. Para um pit stop, emende um happy hour na cervejaria vizinha, a Steam Whisti.
As atrações históricas e turísticas
Aga Khan Museum - Wynford Drive North York, 77 –
Todos os anos, uma legião de indivíduos de todas as partes do planeta, chegava na cidade em busca de qualidade de vida e oportunidades profissionais. Não seria de espantar que um dos principais museus da cidade seja uma homenagem à cultura muçulmana, disposta em 2 andares, 1 teatro, além de restaurante, Café, lounge, entre outros espaços. Uma dica era conhecer o local às quartas-feiras à tarde, quando a entrada era gratuita.
A Prefeitura
O antigo e o moderno entravam em contraste nessa região. De um lado a Old City Hall, o prédio que foi sede da Prefeitura de Toronto, até a década de 60, e de outro, o moderno City Hall, com duas torres curvas, diferentes em suas alturas e atual Prefeitura da cidade. A construção do prédio da Prefeitura gerou alguns desentendimentos, já que o então Prefeito da cidade, Nathan Phillips, queria algo moderno e futurístico e abrira uma concorrência internacional para atrair arquitetos de todo o mundo. Entretanto, alguns dos membros do seu Conselho, achavam que um arquiteto Canadense deveria ser escolhido. No fim, um arquiteto finlandês – Viljo Revell – ganhou a competição.
Enquanto a base do prédio era retangular, suas duas torres eram curvas, transversalmente, e com diferentes alturas. A torre leste, possuia 27 andares (99,5 metros de altura e um Observatório no topo), e a torre oeste, era de 20 andares e tem 79,4 metros. No meio das torres, ficava a Câmara do Conselho. Do alto, o prédio era visto como um olho gigante aberto, e por isso tem o apelido de Olho do Governo.
Avenida Spadina
Começava na Bloor Street, junto a Estação de Metrô do mesmo nome, e seguia sentido sul terminando no lago Ontario. Para o Norte, seguia a Spadina Road (não se confundir). A Spadina, como todos a chamavam, era famosa por ser a rua principal do bairro Chinês, com seus letreiros em chinês e lojas que vendiam quase de tudo. Por ela circulava o Streetcar, o que facilitava a circulada para quem não quizesse perder tempo caminhando, mas não deixaria de visitá-la.
A partir da Estação de Metrô Spadina e caminhando no sentido sul até a College Street, chegava-se a Universidade de Toronto, onde se destacava um prédio em estilo de castelo, instalado no centro de uma rotatória da Spadina Street. Caminhando no sentido norte-sul e entrando em qualquer uma das ruas à direita, encontraria com Kensignton Market. Se continuar caminhando pela Spadina, chegaria ao coração do Chinatown, área conhecida como Spadina-Dundas, que no passado concentrava famílias israelitas. A partir dos anos 60, os chineses começaram a tomar conta do pedaço e não pararam de crescer. Embora existam mais cinco outros locais, também denominados de Chinatown, este era o maior e mais popular. Um pouco mais adiante estava a Spadina-Queen, uma área mais sofisticada, onde lojas de grifes, cafeterias e restaurantes disputam os turistas mais afortunados.
A Torre CN - Bremner Boulevard, 290 -
Era um dos símbolos de Toronto, com seus 553 metros de altura, de onde era possível ter uma vista incrível da cidade, seja de dia ou de noite. A torre tinha quatro níveis de observação e já fora considerada a mais alta do mundo. Em um de seus níveis, destacava-se o Piso de Vidro onde, olhando para baixo, era possível se ter a dimensão da altura do Observatório. Tudo fora pensado, com foco em acessibilidade e não existiam barras nas janelas. Era possível chegar bem perto e até tocá-las, possibilitando a participação e integração para portadores de necessidades especiais. Um chão de vidro também foi instalado nesse andar, bem acima do chão de vidro instalado em 1994, no andar inferior.
Casa Loma - Austin Terrace, 1 -
Era um castelo em estilo medieval, com 98 cômodos, uma das maiores residências do Canadá, com uma área de 20.000 m2 com jardins, muito bem conservados. Foi a residência um dos mais importantes e ricos industriais na época, Henry Mill Pellattt que, junto com sua esposa, desfrutava dos 98 cômodos, além de uma biblioteca que reunia mais de dez mil títulos, um luxuoso estábulo e seus belos jardins. Era um dos pontos turísticos mais visitados. Henry Pellatt, que fora um dos responsáveis por trazer eletricidade e os bondes a Toronto, escolhera para a construção do castelo o arquiteto E.J. Lennox, o mesmo que fez o design da Prefeitura Velha, da cidade. A construção teve início em 1911, contando com cerca de 300 trabalhadores e a um custo de $3.5 milhões, uma fortuna para a época.
O estilo extravagante de Pellatt, sempre causava polêmica, e ele não tinha tanta sorte. A construção do castelo (principalmente o terceiro piso), foi interrompida em 1914, devido ao início da Primeira Guerra Mundial, o que também gerara uma crise na economia do país e aumento dos impostos. Sem condições de arcar com as despesas, o industrial foi obrigado a deixar o castelo com sua família, em 1923, com a frustração de ter vivido menos de dez anos na sua tão sonhada morada. Desde então, o Casa Loma tem se tornado uma encrenca para a cidade. Em 1927, foi reaberta como hotel, que terminou fechando um ano mais tarde. Houve também uma tentativa de fazer do local, um ambiente para apresentações de músicos e orquestras, mas também não vingou. Somente em 1937, o Kiwanis Club assumiu a responsabilidade pela administração e reabriu o prédio, como atração turística. Em 2018, a Prefeitura concordou em operar a atração turística, pagando cerca de $1.45 milhão pelos artefatos e a marca registrada de Casa Loma.
O nome Casa Loma ( casa na colina, em espanhol ) não era por acaso. O castelo foi construído em uma elevação, e estava situado no Austin Terrace, próximo ao cruzamento da Davenport Road com a Spadina. No térreo da casa, o visitante encontraria a impressionante biblioteca, a sala de jantar, o grande salão (que possuia uma janela com uma sacada de 12 metros), o escritório de Henry Pellattt (com uma passagem secreta) e o Conservatório. A visitação era das 9.30 até ás 16.30h. O ingresso custava CAN 30 para adultos, era 25 para idosos e jovens entre 14 e 17 anos e 20 para crianças de 4 a 13 anos.
Cataratas do Niágara
As cidades gêmeas, fronteiriças das Cataratas – uma nos Estados Unidos, a outra no Canadá – dividiam o nome de batismo e eram uma das atrações mais famosas dos dois países. As quedas eram extensas e volumosas, tinham uma área imensa, separada da área urbana por um calçadão. Em alguns pontos, ficavam tão próximas da via, que provocavam uma chuva contínua. Um jeito interessante de apreciá-las, era a bordo do barco Maid of the Misty. Outras boas alternativas era o Observatório Skylon Tower e a Roda-gigante Clifton Hill Skywheel.
Localizadas a 130 quilômetros de Toronto, as Cataratas canadense possuiam alguns hotéis e cassinos. A melhor pedida era pernoitar em Niagara-on-the-Lake, principal pólo vinícola do país, situado a apenas 26 quilômetros. A maioria das vinícolas, era aberta à visitação e tinham restaurante, entre eles a Inniskillin, na qual era possível degustar bebidas, como a icewine, o vinho de sobremesa, feito com uvas congeladas, e o Chateau dês Charmes, que servia uma ótima comida caseira.
Centro de Ciência de Ontário - Don Mills Road, 770 - North York –
Inaugurado em 1969, apresentava uma série de exposições e atividades interativas onde era possível aprender desde ciência e natureza a geologia e anatomia humana. O espaço era grande, com três prédios principais conectados por pontes, elevadores e escadas rolantes, que abrigvaam 10 grandes salas com mais de 500 atividades práticas e demonstrações, além de apresentações ao vivo pelos funcionários, sobre as maravilhas científicas. Entre os destaques, um Planetário moderno, meteoritos de Marte, raios cósmicos e buracos negros. Em uma caverna, era possível ficar pertinho de baratas gigantes e sapos venenosos. A proposta de sua criação era ser um espaço onde a ciência fosse tratada como arte pura, para o agrado de crianças e adultos, que se perdiam em seções como o The Living Earth, Science Arcade, o Gerador de Van Graff, KidSpark, Human Body, o Great Hall, entre outros. Abria diariamente, das 10.00 às 16.00h e até as 17.00h, nos finais de semana.
Centro Rogers - fica próxima da Torre CN -
Era também conhecido como Scky Dome, recebendo diversas atrações durante o ano, além dos jogos de Baseball, o esporte tradicional do país. Desde sua abertura, em junho de 1989, o Rogers Centre recebera mais de 2.000 eventos e cerca de 60 milhões de visitantes. Tinha capacidade para 50 mil pessoas sentadas e sua cúpula era totalmente retrátil. Era a casa do time de futebol americano Toronto Argonauts, e do Toronto Blue Jays, time de Baseball. Havia um tour guiado, com duração de 1.30h. que mostrava todo o Complexo e custava 15 CAN. O Rogers Centre poderia até parecer apenas mais um estádio, em uma cidade grande, mas seu calendário era constantemente ocupado por atividades diversas; ele sediava cerca de 200 eventos por ano, incluindo shows com artistas renomados e vários eventos esportivos. Era um lugar onde sempre tinha alguma coisa acontecendo, e uma das melhores formas de conhecê-lo,eraé comprando um ingresso para assistir a um jogo de Baseball-os ingressos estavam disponíveis nas bilheterias do estádio por preços bem acessíveis.
Chinatown
Na Spadina Avenue cruzando com a Dundas St W, localiza-se a Chinatown. Com diversas lojas, que remetem ao mundo asiático, o turista pode encontrar os mais variados produtos e preços mais baratos. Quem gostasse da culinária chinesa, também encontraria várias opções de restaurantes e casas de chá. Na Chinatown o cenário não era dos mais agradáveis, com ruas sujas, artigos vendidos na própria rua, além de ter grande movimentação de pessoas, em busca de produtos mais baratos.
Compras
O Toronto Eaton Centre e as lojas de departamento Hudson’s Bay e Saks Fifth Avenue formavam o triângulo das compras em Downtown.. Com quase 50 milhões de visitantes por ano, o Eaton Centre se espalhava por mais de um quarteirão. Havia sete restaurantes e uma farta opção de comidas. Confira o Pusateri’s, empório que existia na cidade desde 1963 e que mantinha outras lojas, como a de Yorkville. O Path era outro destino de compras: 1.200 pontos comerciais se espalhavam por corredores subterrâneos, que conectavam prédios e estações de Metrô.
Distrito da Distilaria
Era bairro comercial e exclusivo para pedestres, com muitas lojas, Galerias de arte, bares e restaurantes. Era considerado como um dos lugares mais charmosos de Toronto. Foi desenvolvido em um lugar que antes abrigava a Gooderham and Worts Distillery, uma das maiores destilarias da América do Norte. Era um lugar interessante para conhecer tanto durante o dia como também à noite, quando ficava ainda mais movimentado. Era bem fácil de chegar com o transporte público ou caminhando desde o centro de Toronto.
Eaton Centre - Yonge Street, 220 -
Para quem procurava por lojas variadas e preços para todos os bolsos, em um ambiente agradável, este era o local certo. Com mais de 200 marcas internacionais e canadenses, além de restaurantes e serviços, o mais famoso Shopping da cidade estava em um local de fácil acesso, próximo à várias estações de Metrô. As ruas ao redor, além de uma arquitetura moderna e atraente, estavam repletas de lojas e restaurantes. O Shopping estava ligado ao PATH, o sistema de Shopping subterrâneo, e também ao Metrô, e além de ser um lugar para passear e para fazer compras, era também um ponto de passagem para aqueles que não quizessem enfrentar o frio que fazia em Toronto durante o inverno. O horário de funcionamento era o convencional; das 10.00 às 21.30h e aos sábados e domingos das 10.00 às 19.30h.
Galeria de Arte - Dundas Street West, 317 -
Era a mais antiga Galeria de Arte do Canadá, e um dos maiores museus de arte na América do Norte. Com espaço físico de 55 mil metros quadrados, abrigava mais de 79 mil obras, algumas produzidas em períodos anteriores a Cristo. Outros destaques eram quadros dos grandes mestres da arte européia: Anthony van Dyck,, Auguste Rodin, Claude Monet, Edgar Degas, Thomas Gainsborough, Pablo Picasso, Paul Cézane, René Magritte e Vincent van Gogh,.
O prédio já era uma atração e considerado um dos mais bonitos da cidade. Ficava próximo de Chinatown, e da parte cultural da cidade. Para chegar pegue o Metrô até a Estação Spadina, continue por um Streetcar Southbpound, desça na Dundas Street e faça uma breve caminhada no sentido leste até o local. Funcionava das 10.00 às 18.00h. e nas quartas-feiras a entrada era gratuita, no horário das 18.00 às 20.30h. O ingresso custava 25 dólares canadenses.
Gardiner Museu - Queen's Park Bloor - St and Avenue Road, 111 –
O Museu de Arte e Cerâmica de Gardiner foi inaugurado em 1984, por George e Helen Gardiner para abrigar sua coleção de artefatos americanos antigos, e cerâmica e porcelana européia. Entre 1987 e 1996, foi administrado pelo Museu Real de Ontário, mas uma doação generosa de George Gardiner permitira que recuperasse sua independência. A freqüência, o número de membros e a participação no programa mais do que dobraram nos sete anos seguintes, e o Museu tornarau-se um importante centro de cerâmica na América do Norte.
O Museu possuia uma coleção permanente em expansão, uma programação completa de exposições e programas, e um público crescente. Com exposições permanentes e temporárias, ainda oferecia atividades bastante curiosas, como a tradicional Family Sundays – atividades realizadas aos domingos, cujo principal objetivo era estimular pais e filhos a manipularem a argila, com a qual eram elaboradas diversas peças. Abria diariamente, das 10.00 às 17.00h e sexta até às 21.00h.
Hall da Fama do Hockey - Está localizado na 30 Yonge Street -
Era um museu dedicado ao Hóquei no Gêlo, e aos principais jogadores desse esporte do Canadá. Inaugurado em 1943, suas instalações eram compostas por exposições sobre jogadores, clubes, registros da National Hockey League (NHL) e troféus da NHL. Contava com a maior coleção de objetos históricos, relacionados ao hóquei, como uniformes, troféus e tacos, além de tributos aos grandes jogadores. Anualmente, uma Comissão composta por ex-jogadores, técnicos e executivos se reunia para escolher aqueles que seriam homenageados no museu, por sua contribuição ao hóquei. Abria das 10.00 às 17.00h. e o ingresso básico custava 18 dólares canadense. Era de fácil acesso, próximo da Union Station do Metrô, e abria 362 dias por ano, a atração, na verdade, era simultaneamente um museu e um hall da fama.
High Park
Era o maior parque da cidade, se estendia da Bloor Street até a Gardiner Expressway e consistia em uma lagoa, bosques, trilhas, áreas para piquenique abertas ao público e várias instalações recreativas. Para quem acessasse pelo lado norte, de Metrô, deveria saltar na Estação High Park, localizada na Bloor Street West. Circule pelo Caminho das Cerejeiras, aonde foram plantadas mais de 100 mudas de Cherry Blossoms, doadas pelo Governo Japonês. As árvores floresciam no final de abril/início de maio. No parque havia um grande lago denominado Grenadier, implantado pelo lado leste. Veja também os Jardins Hillside, em formato que imita a folha da bandeira do Canadá. Para uma boa imagem, suba no Hill, que ficava logo adiante. O parque também tinha seu Zoológico, uma atração a mais para levar as crianças. Permanece aberto o ano todo e o acesso é gratuito. Para quem prefere mais comodidade para visitar o parque, há um trenzinho, que faz um trajeto no entorno, com duração de 30 minutos. Funciona de abril a setembro e custavam 4,50 dólares canadenses por pessoa.
Mercado de Kensington - Baldwin Street, 160 -
Era um bairro boêmio que atraia artistas e turistas por suas lojas independentes, boutiques vintage e espaços de arte, reunidos a partir a oeste da Avenida Spadina e ao sul da Rua do Colégio. O bairro também abrigava uma grande variedade de mercearias, padarias e lojinhas de queijo. As casas vitorianas, que se espalhavam pelas ruas arborizadas, serviam de lar das famílias e dos estudantes, que formavam a maioria dos residentes. Contrastando com a oferta do Market, o bairro era feio, encardido, sujo e reunia um povinho chamado de alternativos. Aqui também esse tipo de"gente".
Mercado de St. Lawrence - Front Street East, 93 -
Contava com uma grande variedade de produtos, desde carnes, doces, sanduíches, frutas e muito mais. Instalado em um belíssimo prédio de 1851, no coração de Old York, reunia mais de 70 lojas e estandes espalhados por dois mercados, o Norte e o Sul. A National Geographic elegera em 2012 o St. Lawrence Market, como o melhor mercado de comida no mundo. Aos domingos, mais de 80 antiquários se reuniam na praça para exibir seus produtos. Entre eles, uma grande variedade de produtos antigos como livros, revistas, discos e objetos de arte. O horário de funcionamento desse evento aos domingos é até as 17 h. Nos demais dias, o Mercado Norte funciona das 5 às 15 e o mercado Sul opera de Terças à Quintas, das 8 às 18, nas Sextas das 8 às 19 e aos Domingos, das 5 às 17 h.
Museu Bata Shoe - Bloor Street West, 327 –
As amantes de moda não podiam deixar de visitar este museu que era inteiramente dedicado aos sapatos, com mais de 13 mil itens, entre calçados, meias e acessórios, distribuídos em quatro galerias. Em suas exposições dáva para saber mais sobre diferentes calçados, suas histórias e também a relação com as religiões. Tudo isso em uma viagem no tempo, já que no museu eles expunham desde os primeiros calçados até os mais modernos. Entre os modelos, encontrava-se praticamente de tudo, desde sandálias egípcias até amarrações que eram usadas para forçar os pés a ficarem pequenos, que na época era sinal de feminilidade. Os visitantes também podiam ver sapatos de famosos, inclusive vários modelos como a simplicidade de Dalai Lama até o luxo de Marylin Monroe. O ingresso era pay-what-you-can, ou seja, pague o que puder. Abria nas quintas-feiras das 17.00 até as até as 20.00h e o preço sugerido para o ingresso era $5.
Museu da Canoa Canadense - Monaghan Road - Peterborough, 910 –
A canoa fazia parte da história do Canadá. Pesquisas afirmavam que no século XV, elas eram utilizadas por nativos, franceses e ingleses, durante a saga da colonização canadense, para enfrentar os arriscados rios e corredeiras pelo país. E como o respeito ao passado era uma das marcas desse gigante da América do Norte, era óbvio que esse artefato mereceria uma exposição permanente, que mostrasse como ele fora responsável por influenciar o modo de ser de um povo. Para completar, na Galeria de Habilidades, era permitido ao visitante ensaiar a construção da sua própria réplica, além de receber instruções semelhantes às que recebiam os exploradores daquele período.
Museu da Ferrovia - Bremner Boulevard, 255 - Unit 15 –
A cidade orgulhava-se de possuir uma das 10 maiores ferrovias do mundo: a Toronto-Vancouver Railway. Eram 4.466 km de extensão e um verdadeiro colosso, que ligava as cidades de Toronto e Vancouver. Essa característica da cidade não poderia passar despercebida — e sem uma homenagem à altura. E ela veio com a criação de um dos mais importantes museus da cidade: o Toronto Railway Museum, que exibia várias peças relacionadas às ferrovias canadenses em todas as suas fases, além de réplicas de locomotivas que podiam ser visitadas em seu interior.
Museu Real - Queens Park, 100 -
Sua construção começou em 16 de Abril de 1912, abrindo dois anos mais tarde. Devido ao aumento constante de suas coleções de arte, teve de ser expandido três vezes. O ROM, como era mais conhecido, era um dos maiores museus do Canadá, com mais de seis milhões de peças e 40 galerias. Dividido em vários níveis, o lugar era um convite para conhecer um pouco mais da história do país. Proporcionava contato com réplicas e peças originais de várias culturas.
Comece a visita pelo nível 2, onde estava a Galeria dos Dinossauros, em um salão próximo da Galeria Vermelha da Era dos Mamíferos, que resgatava através de fósseis, as diversas espécies de mamíferos que viveram na era glacial. Os destaques eram o hyracotherium (criatura parecida com um cavalo, do tamanho de um cachorro e que vivera no Hemisfério Norte, há 50 milhões de anos) e outras espécies de mamíferos que viveram na região de Ontário. Ainda no nível 2, estavam algumas atrações interativas do museu, como a Galeria dos Pássaros, uma coleção de réplicas de centenas de pássaros, onde era possível observar ninhos de diversas espécies. Logo adiante, estava a Caverna do Morcego, uma cópia de uma caverna jamaicana, com morcegos mecânicos que se movimentam e emitiam sons. Outra seção muito interessante, era a Galeria das Mãos, onde o visitante poderia testar diversos equipamentos usados pelos pesquisadores, na exploração da biodiversidade. Entre as atrações, estavam alguns animais empalhados, gavetas cheias de insetos e vitrines com animais que se moviam, dando a impressão de serem reais.
Na Galeria da Vida em Crise, estavam diversas réplicas de animais em extinção, como o rinoceronte branco, o panda gigante e a tartaruga de casco de couro. No Estúdio dos Ranger da Terra da Guarda Florestal, aberto de terça-feira a sábado, instrutores forneciam explicações sobre diversos animais existentes no país, e seu modus vivendis. As Suites Teck das Galerias, era onde estavam expostos os Tesouros da Terra, uma série de minerais, pedras preciosas e alguns tipos de meteoritos de todas as cores e tamanhos. Essa área era realmente impressionante, devido a algumas raridades, como o Tagish Lake Meteorite ( um tipo raro de meteorito, que continha um dos mais velhos e primitivos materiais orgânicos, relacionados com a formação do sistema solar).
Um muito de história
No nível 3 do museu, encontrava-se a Galeria da África: Egito, onde estavam as múmias, entre elas a Djedmaatesankh. Havia uma hipótese de que essa pessoa tenha morrido há mais de 3 mil anos, em decorrência de uma dor de dente. Só que ninguém apareceu ainda para informar quem teria registrado essa ocorrência com o Faraó. Havia também raros objetos, como um busto da Rainha Cleópatra, todo feito em granito. Outros destaques no nível 3, era a Galeria de Roma, com mais de 500 peças que mostravam a influência da Roma Antiga, em diversas culturas; a Galeria do Oriente Médio, que explorava a história daquela região e a Galeria da Grécia, onde diversos objetos, como vasos, moedas e jóias revelavam a riqueza e criatividade histórica grega.
Retornando ao nível Um
As galerias situadas no nível 1, também eram extremamente interessantes e não podiam deixar de serem visitadas. Na Galeria do Canadá: Primeiros Povos, uma série com mais de mil objetos, mostrava como viviam e o que faziam os primeiros habitantes do Canadá. Objetos de arte, vestimentas e armas que usavam para se defender, eram alguns dos destaques em exposição. Aproveite para visitar a Galeria dos Tecidos & Costumes, instalada no nível quatro, que reunia mais de 50 mil modelos desde o século I A.C. até o século XXI D.C. Os destaques, eram as roupas usadas no Império Chinês e durante o período Barroco. Aqui também se encontravam várias galerias, com temas relacionados à China, como pinturas, esculturas e arquitetura. A Galeria do Japão apresentava conjuntos de peças em cerâmica, objetos usados nas cerimônias do chá e esculturas religiosas adoradas pelos japoneses. Outro espaço que merecia ser visitado, era a Casa do Espírito, que apresentava cadeiras de cristal criadas pelo arquiteto Daniel Libeskind, oportunidade em que o visitante escutaria vozes e sons, como as primeiras notas musicais do Hino Nacional Canadense. O ROM, estava situado no número 100 da Queen`s Park. Abria diariamente das 10.00 às 17.30 h. O ingresso custava 20 dólares para adultos, 16 para estudantes e idosos e 14 para crianças com idade de 4 a 14 anos.
Monumentos e homenagens inseridos no Queen`s Parque
Brasão de Ontário
Acima da entrada norte do prédio estava uma escultura em arenito, do brasão de Ontário. Recebido o Mandado Real em 1909, o escudo de armas consistia em três folhas de bordo e a Cruz de São Jorge. Imagens de animais comuns em Ontário constituiam a crista - o urso preto acima do escudo e os alces e veados, em ambos os lados. O lema latino abaixo, Ut incepit fidelis sic permanet, era traduzido como leal ela começou, leal ela permanece.
Canhões russos
Os dois canhões russos do lado de fora da entrada do prédio do Legislativo, foram capturados pelos britânicos durante a Guerra da Criméia e enviados a Toronto em 1859, como um presente da Rainha Vitória. Alguns canhões como esses foram derretidos para fornecer metal às medalhas Victoria Cross, a mais alta condecoração militar concedida pelo Governo britânico, por atos de bravura em batalha. Os canhões foram posicionados originalmente na extremidade sul do parque, onde o monumento de Sir John A. Macdonald estava agora e foram movidos em frente ao prédio Legislativo, após sua conclusão em 1892.
Escada para lugar nenhum
Estava localizado no canto nordeste do prédio principal e era um conjunto de escadas que levava a uma entrada bloqueada. Essa entrada fornecia acesso público ao Departamento de Imigração de Ontário.
Memorial a Sir James Pliny Whitney -
Eleito o Premier de Ontário quatro vezes, Sir James Pliny Whitney servira no cargo de 1905 a 1914. A eletricidade pública foi introduzida em Ontário durante sua administração. A estátua fora esculpida por Hamilton Mac Carthy e inaugurada em 1927. O Whitney Block, um prédio do Governo localizado no lado leste do Queen's Park Crescent, levava o nome do ex-Premier. Foi construído durante a década de 1920 com materiais de Ontário, como calcário, dolomita e mármore, para mostrar os recursos naturais da Província.
Memorial da Polícia de Ontário
Criado em 2000, homenageava os policiais da Província, que perderam suas vidas enquanto serviam ao público. O monumento consistia em duas estátuas de bronze retratando oficiais do sexo masculino e feminino, em trajes de serviço, em pé no topo de um pedestal de granito. Desenhado pelo artista Siggy Puchta, o Memorial ficava do outro lado da rua do Legislativo, no terreno do Bloco Whitney.
Memorial do Afeganistão
Instalado ao lado do Memorial dos Veteranos de Ontário, em 2020, o Memorial do Afeganistão homenageava os mais de 40.000 canadenses que serviram durante a missão no Afeganistão de 2001 a 2014. O Memorial incluia um componente de bronze dobrado em forma de fita. Quando visto do lado norte, o monumento aparecia como uma silhueta das montanhas a leste de Panjwai, Afeganistão, que os soldados canadenses viram como pano de fundo da Base Operacional Forward, em Masum Ghar. O Memorial também incluia uma pedra de um Inukshuk, dedicado aos soldados mortos, que foi erguido por soldados canadenses no campo de aviação de Kandahar, no Afeganistão.
Memorial dos Bombeiros
Situado na esquina nordeste de Queen's Park Crescent e College Avenue, foi inaugurado em 2005 e era dedicado aos Bombeiros de Ontário, que morreram no cumprimento do dever. Desenhado pelo escultor Siggy Puchta, a base do Memorial tinha a forma de uma Cruz de Malta vermelha, um símbolo internacional de combate a incêndios.
Memorial dos Veteranos de Ontário - Discovery Ln,
Inaugurado em 2006, comemorava a participação dos cidadãos da Província, em campanhas militares da Confederação Canadense (1860) às recentes missões de manutenção da paz. O Memorial de 30 metros de comprimento tinha cenas gravadas em granito. A parede também estava inscrita com texto escrito pela poetisa Jane Urquhart e pelo historiador militar Jack Granatstein.
Monumento a George Brown
Ele foi um dos Padres da Confederação do Canadá e fundador do jornal Globe. Fora um político reformista, cujas visões políticas diferenciavam muito das de Sir John A. Macdonald. Esta estátua, esculpida pelo artista inglês CB Birch, foi colocada no local em 1884, antes da construção do prédio do Legislativo.
Monumento a John Graves Simcoe -
Foi o primeiro Vice-Governador do Alto Canadá (mais tarde Ontário), de 1791 a 1796. Criou a legislatura em Newark ( Niagara-on-the-Lake ), posteriormente transferindo-a para York ( Toronto ). Durante sua breve estada na nova colônia, estabelecera o sistema judicial, abolindo a escravidão e abrira assentamentos em áreas ao norte de York, construindo a Yonge Street.
Monumento a John Sandfield Macdonald
O primeiro Premier de Ontário, John Sandfield Macdonald, liderara um governo de coalizão conhecido como Patent Combination, de 1867 a 1871. Embora nomeado para o cargo por Sir John A. Macdonald, seu partido vencera as primeiras eleições gerais de Ontário, derrotando os Reformadores de George Brown.
Monumento a Rainha Vitória
Sua Majestade a Rainha Vitória, governara de 1837 a 1901. Com quase 64 anos, seu reinado continuava sendo o segundo mais longo de qualquer Monarca britânico, depois de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II. O Queen's Park foi criado em sua homenagem, em setembro de 1860, por seu filho, o Príncipe de Gales (mais tarde Eduardo VII). Em 1902 a Província de Ontário comprava este monumento, projetado por Mario Raggi.
Monumento a Sir John A Macdonald
Foi o primeiro Primeiro-ministro do Canadá. Como Pai da Confederação, seu trabalho na Lei da América do Norte Britânica, aprovada em 1867, ajudara a transformar o Canadá em uma nova nação.
Monumento a Sir Oliver Mowat -
No cargo por 24 anos, de 1872 a 1896, Sir Oliver Mowat fora o Premier por mais tempo em Ontário. Defendera os direitos provinciais e introduzira várias reformas sociais. Também atuara por pouco tempo no Senado, antes de ser nomeado Vice-governador de Ontário, em 1897.
Monumento a William Lyon Mackenzie
As demandas frustradas de William Lyon Mackenzie por mudanças democráticas no Alto Canadá, durante a década de 1830, o levaram a organizar uma rebelião contra o Governo do Alto Canadá, em 1837. Sua luta pela reforma, mais tarde, inspirara outros a introduzir mudanças de forma menos radical.
Monumento Notre Place
O primeiro monumento dedicado aos franco-ontarianos da Província, foi inaugurado no Queen's Park, em 2018. Intitulado Notre place o monumento reconhecia o papel fundamental desempenhado pela comunidade francófona, na formação da história de Ontário e na construção de um prédio moderno, sociedade aberta e inclusiva. O monumento era um espaço público, onde uma série de colunas finas de formato longo, e de vários comprimentos simbolizavam o conceito de viagem e de local de encontro.
Monumento Post One
Foi inaugurado em 1967 pelo Governo de Ontário, para comemorar o centenário do Canadá. Também funcionava como um marcador de levantamento geodésico, localizado com precisão, usado por topógrafos para fazer medições. Aterrada na passarela em frente ao monumento estava uma cápsula do tempo que deverá ser aberta em 2067.
Pinheiro Branco Oriental
Em 1984, o pinheiro branco oriental foi declarado árvore oficial de Ontário e se tornara um símbolo Provinciano. Escolhido por ser uma importante fonte de renda e comércio para os primeiros colonos da Província, continuava sendo um recurso valioso até hoje.
The White Trillium - Jardim Trillium
Uma flor silvestre que florescia no final de abril e início de maio, em bosques em toda a Província, o trílio branco também era o emblema floral oficial de Ontário. Possuia três folhas e pétalas distintas e não deveria ser colhida devido ao seu delicado sistema radicular.