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Sudeste da  ÁSIA - roteiro de viagem - parte 1/2

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Maya Bay Beach

Budda Gigante - Hongkong

​​Imagine propor a alguém arrumar as malas para visitar a Ásia. Porque a Ásia e não a Europa, e vamos pra onde? O que tinha de interessante? Como era que se chegava até lá? Era mais ou menos isso que um brasileiro diria ao ser convidado, para um passeio pelos principais países do sudeste asiático.

Empreender uma viagem de turismo pelo Sudeste da Ásia, era um programa que nunca poderíamos imaginar, que um dia iríamos realizar. Foi tudo muito de repente, depois de uma reunião em família, decidimos que faríamos essa viagem, por um período de dois meses, para justificar o investimento nas passagens aéreas, até porque não é uma região que se possa visitar todos os anos. A não ser que você esteja muito bem financeiramente e tenha tempo livre para viajar quando bem desejar.

O nosso quase desconhecimento, dessa importante região global, é muito grande. Tanto assim, que circulando pela região, quando perguntávamos nos hotéis como era a frequência de brasileiros, as respostas eram quase sempre as mesmas: brasileiros por aqui é muito raro! De fato, foi o que podemos constatar, ao longo de 54 dias passeando por Bangkok, Hong Kong, Macau, Manila, Boracay, Krabi, Phi Phi, Pukhet, Ho Chi Minh, Hanoi, Siem Reap e Singapura.

 

Com base nesta experiência, sugerimos que se faça um planejamento, criando um roteiro lógico, para os deslocamentos. Em geral, os custos com hospedagens e passagens aéreas são baixos e até surpreendem, desde que não queira se deslumbrar com hotéis de quatro ou cinco estrelas. A alimentação também é barata e para quem não se dá bem com a culinária asiática, sempre aparece um ristoranti italiani, um Mc Donalds, um Burger King, uma pizzaria ou uma cafeteria pra quebrar o galho. Comentaremos o que nos surpreendeu e o que mais admiramos,  durante essas visitas. Embora possa parecer, que foi muito tempo para o passeio, achamos até que foi um pouco corrido, porque há lugares que o ideal seria permanecer  mais tempo, curtindo as belezas das praias, o encanto de algumas cidades, o agradável contato com seu povo e a surpreendente modernidade de algumas grandes cidades, como a grande Singapura.    

 

Swaadeka!  Bem vindos a Bangkok!

​Começamos por Bangkok, a capital tailandesa, considerada um dos principais destinos turísticos do mundo.  Foi nomeada a Melhor Cidade do Mundo pela revista Travel + Leisure por quatro anos consecutivos, de 2006 a 2010. Na avaliação de 2017 ficou em segundo lugar com o registro de 21.200 milhões de visitantes. ​As mais importantes atrações turísticas incluem palácios e os templos reais, museus históricos e culturais, os vários shoppings, bares e restaurantes com suas peculiaridades, também são vistos como atrações turísticas, além das atividades noturnas. Embora a prostituição seja considerada ilegal na Tailândia, com pouco reconhecimento e discussão pela população e governo, o turismo sexual em Bangkok é praticado, sendo chamada de Sin City of Asia, pelo nível de turismo sexual existente.

 

Aeroportos de Bangkok

A cidade tem dois grandes aeroportos, o internacional Suvarnabhumi, inaugurado em 2006, que é gigantesco, bonito e luxuoso, tem até tapete vermelho para recepcionar os turistas. É fácil circular por ele, porque todas as placas indicativas são em tailandês e em inglês. Aqui começamos a sentir a diferença entre o primeiro e terceiro mundo. Chegando de países vizinhos ou de low-coast, o desembarque será pelo Aeroporto Internacional Don Mueang, o antigo Aeroporto Internacional de Bangkok. Agora considerado Terminal Doméstico, foi reformado e também é excelente, bonito, limpo e fácil de circular. A grandiosidade e a modernidade dos principais aeroportos da Ásia causam surpresa e espanto, quando comparados com os nossos maiores aeroportos, agora terceirizados e em franca modernização.  

 

As atrações da cidade

Começamos pelo Grand Paláce Wat Phra, onde estav o Buda de Esmeralda;  Kaew, Wat Pho e Wat Arun,  eram  prédios sagrados para os tailandeses, locais de fé e oração, que apesar da imensa multidão de turistas, diariamente, não podemos  esquecer  a função religiosa do Grand Pálace. Era uma visita obrigatória. Chame um táxi e vá bem cedo, porque abria às 9.00 horas e já tinha uma fila enorme. O Grande Palácio, era uma antiga residência da Família Real tailandesa, e ocupava uma área de mais de 2.000 metros quadrados, cercada por muros, erguidos em 1782 e fica ao lado de um moderno shopping.  O visitante poderá conhecer de perto pontos interessantes, como o Wat Phra Kaew, o templo sagrado do Buda de Esmeralda.

​Wat Arun Ratchawararam  - Templo do Amanhecer

Localizado do outro lado do rio Chao Phraya, era o maior cartão-postal da cidade e talvez a imagem mais famosa da capital da Tailândia. Fora construído em 1768, pelo Rei Taksin, no lugar onde já existia um Templo que hoje era conhecido como o Templo do Amanhecer, porque o Rei assistiu a um amanhecer no local e se encantara com o visual proporcionado. O Templo tinha uma torre principal, um chedi, com 82 metros de altura, era todo revestido com conchas e pequenos pedaços de porcelana colorida, além de várias figuras religiosas e de guerreiros defendendo e sustentando a sua base. Para chegar pegue a balsa na Estação Tha Tien Pier ( número 9 ), perto do Wat Pho, e cruze o rio Chao Phraya.

Faziam parte do roteiro de relíquias históricas e religiosas o Wat Benchamabophit - Templo de Mármore, Wat Pho - Templo do Buda Deitado, Wat Benchamabophit  - o Templo de Mármore, Wat Traimit, Casa de Jim Thompson, o bairro Chinatown, a Khao San Road ( a rua onde vendiam insetos no palito );  o Mercado Chatuchak, o Mercado Flutuante Damnoen Saduak e alguns de seus quase 3 dezenas de grandes e modernos shoppings, como Siam Paragon ( que tem a maior e melhor Praça de Alimentação que conhecemos ); Central Embassy,  EmQuartier, Terminal 21, Siam Square, MBK Center, Siam Center, Siam Discovery Center, Emporium e o Centerpoint of Siam Square.

​​Recomendações

  • Durante uma circulada pelo Sudeste Asiático,  leve em seus passeios, na mochila ou na bolsa, algo para cobrir pernas e ombros, como calças, saias longas e lenços ou camisas de manga ou  meia manga.

  • Nos templos budistas, as blusas de alcinha, chamadas de spaghetti blouses, eram as mais proibidas, juntos com saias, shorts curtos, decotes e barrigas de fora;

  • Uma sugestão era comprar calças de algodão,  bem populares entre os turistas. Eram calças baratas e confortáveis, ou então,  comprar calças que viram bermuda, e que seriam muito práticas durante a viagem.

  • Era proibido entrar nos templos usando sapatos. Dê preferência a uma sandália aberta e fácil de tirar; leve um saco plástico para guardá-las antes de entrar nos templos. Leve um pano umedecido ou lenços de papel para limpar os pés quando deixar o templo.

  • Na maioria dos banheiros públicos não havia papel higiênico nem sabão para lavar as mãos, e nessas horas os lenços descartáveis e álcool gel, ajudavam a manter a higiene pessoal. Eles usavam o chuveirinho, e por isso o chão estava sempre com poças de água e muito sujo. Os sabonetinhos dos hotéis eram muito bem vindos.

  • Não alugue um carro, porque a mão de direção era no sistema inglês, e isso vai confundir sua maneira de dirigir. Além disso, o volume de carros circulando é muito grande, o que torna a necessidade de atenção redobrada e muito mais cuidados.

​As ilhas

Entre as principais atrações da Tailândia, suas ilhas se destacam. Partindo de Bangkok seguimos em busca desses paraísos e fomos conhecer Krabi, Ko Phi Phi e a enorme Pukhet, que tinha mais de 860 meios de hospedagens.

KRABI

A Província de Krabi era uma das mais visitadas da Tailândia e também a principal porta de entrada para algumas das ilhas e suas praias mais famosas como Ko Phi Phi, Ao Nang, Railay,  Ko Lanta e Phuket. Chegava-se em Krabi, por via aérea vindo de Bangkok ou via marítima, a partir de Phuket ou Phi Phi.

 

Suas praias eram três: Railay West, Railay East Phra Nang. Essa última era provavelmente a mais fotografada e onde fica a Phra Nang Cave ou Princess Cave, uma caverna cheia de objetos fálicos que ali eram depositados em homenagem a uma pretensa deusa da fertilidade. Ao Nang era a praia com melhor estrutura, sendo uma excelente base para conhecer os arredores. Contava com bons hotéis, restaurantes, lojinhas de câmbio, agências de turismo, escolas de mergulho e Kitte Surf, mercados e muitas lojinhas de artesanatos e souvenir. Ficava a 15 minutos de barco de Railay e de fácil acesso pra quem chegava em Krabi Town.

 

PHI PHI

A ilha de Ko Phi Phi. ficava no meio do Mar de Andaman, a 42 km. de Krabi e 48 km. de Phuket e integrava um conjunto de seis ilhas,  e as principais eram Phi Phi Don Phi Phi Leh. A Phi Phi Don, era maior e a única habitada, atrai centenas de visitantes para suas lindas praias, enquanto, Phi Phi Leh só tinha um prédio, que era a casa onde os guardas do parques dormiam, e onde ninguém poderia se hospedar ou acampar. Apresentava baías e praias deslumbrantes, incluindo a famosa   Maya Bay , que servira de cenário para o filme The Beach, estrelado por Leonardo Di Caprio, e que desde julho tivera o acesso proibido por decisão do Governo por um período mínimo de um ano, para recuperação das algas marinhas afetadas pela grande demanda diária de turistas.

​​​PUKHET

EraÉ a maior ilha da Tailândia e ficava ao sul do país, também no Mar de Adaman. Possui uma forte influência chinesa, notadamente pelos vários templos e restaurantes. Eram mais de 15 praias próximas entre si e consideradas algumas das melhores do mundo, com areia fininha, água cristalina e temperatura excelente. E tinha para todos os gostos: enquanto Patong Beach, no bairro mais turístico de Patong, era a mais agitada, com infraestrutura de bares e esportes aquáticos; outras praias ainda se mantêm mais tranquilas, como Hat Karon, Nai Thon e Kamala. Dentre as praias urbanas, recomendamos Kata, Kata Noi e Karon, muitos próximas entre si e de fácil acesso a pé ou de Tuk Tuk.

Na alta temporada, que vai de dezembro a março, as principais praias tinham seu público preferido. Em Kata, predominam os russos, ucranianos, sérvios e poloneses. Em Karon ficava um público misto, num lugar menos agitado e agradável. Em Patong, ficavam os chineses e onde tinha um alto agito, principalmente à noite na Bangla Street, o que tornava o lugar menos aconselhável para quem quisesse curtir a natureza e não ser importunado pela gritaria dos frequentadores. Uma praia recomendada eraNai Harn Beach,  pequena, e pouco urbanizada, situada logo após Kata Noi, tinha alguns hotéis e condomínios de luxo, era fechada por árvores e a água é transparente e morna e recebe poucos turistas. Para se ter uma ideia do tamanho da ilha de Pukhet, seu Aeroporto ficava a 45 km. de Patong.

CAMBODJA

Deixando Pukhet, embarcamos num voo da Air Ásia com destino a Siem Reap, no Cambodja. Quando recebi  de meu filho a informações de que nosso próximo destino seria Siem Reap, questionei por não ter a mínima ideia onde ficava e o que teria de interessante para mostrar aos turistas. Sua resposta fora simples: espere chegar lá prá ver a grandiosidade que nos aguarda!. De fato, lá estava o Sítio Arqueológico de Angkor Wat, fantástico, surpreendente, místico e misterioso, recepcionando turistas do mundo todo que chegam e saem diariamente, lotando seus hotéis e agitando seu aeroporto. Era a segunda cidade do Cambodja, cuja capital era Pnom Phem.

​​​Milhares de turistas visitavam anualmente Siem Reap, para ter a chance de conhecer um dos mais incríveis monumentos do mundo, eleito em 1992 pela Unesco Patrimônio da Humanidade: o Sítio Arqueológico  de Angkor e Angkor Thom -  a última capital do Império Khmer - que reunia mais de 100 templos e fora descoberto a pouco mais de 20 anos. O lugar é herança do Império Khmer, civilização que dominara grande parte do Sudeste Asiático entre o século IX e XV d.C,  estava instalado sobre uma área de floresta com cerca de 400 Km².

Os tours para conhecer os monumentos começavam bem cedo, a tempo de assistir ao nascer do sol em Angkor Wat, o principal templo. Era tão importante, que estava estampado na bandeira e no dinheiro do país. Construído no começo do século XVII, teria levado mais de 30 anos para ficar pronto e fora erguido com objetivos hinduístas. Esse era o maior prédio de todo o Complexo, assim como o mais famoso e o que mais atraia os milhares de visitantes. A partir de Angkor Wat, negocie com o motorista do táxi ou do Tuk Tuk, para visitar os locais que desejasse ou então, deixar que ele sugira o roteiro. Bayon era um dos lugares mais procurados, com os rostos e corpos, esculpidos nas rochas de seus templos, que impressionam pela bela e a riqueza de detalhes. Como conseguiram aquela perfeição? Que instrumentos utilizaram para criar tanta beleza sobre a rocha? Que escola de arte eles frequentaram para manifestar tanta criatividade?

As pessoas com quem falamos a respeito, e perguntamos sobre o povo que habitara Anghor Wat, responderam que têm poucas informações sobre o que acontecera com seus moradores e porque simplesmente sumiram, sem deixar vestígios. A cidade de Siem Reap tinham mais de 800 meios de hospedagem entre pequenos, médios e Resorts, dentre os quais se encontrava-se um dos dez melhores Resorts do mundo. Já imaginou se hospedar num Resort de luxo e pagar tão somente uma diária de 500 reais, para duas pessoas? Era essa a tarifa média para um hotel 4 ou 5 estrelas.

VIETNAM

Começamos a visita ao Vietnam por Hanoi, a antiga capital do Vietnã do Norte comunista, apoiada pela China e URSS, que se tornou capital da atual República Socialista do Vietnã, depois de vencer o Vietnã do Sul,  que era apoiado pelos Estados Unidos, na Guerra do Vietnã. Atualmente, com mais de seis milhões de habitantes, era uma das cidades mais fascinantes do Sudeste Asiático, um lugar vibrante que transpira história e um povo batalhador, comunicativo e ávido pela busca da modernidade.

​Em pleno coração da cidade, e um dos pontos mais agradáveis, o Lago Hoan Kiem servia de elemento apaziguador para o forte calor vietnamita, de ponto de encontro dos moradores da cidade e  referência para o visitante que se dispunham a caminhar por conta e risco. Em suas margens estavam Cafés, bares e restaurantes, além das melhores opções de hospedagem, porque  este era o centro turístico. ​No meio do lago Hoan Kiem, em uma pequena ilha, fica Tháp Rùa ( Torre da Tartaruga), um dos símbolos da cidade erguido entre os séculos XVII e XVIII, antigo local de pesca do Rei Le Thanh Tong. Dos cerca de 600 templos e Pagodas, o mais visitado era o Templo Ngoc Son, também no Lago Hoan Kiem, construído no século XVIII e que pode ser acessado por meio da charmosa Ponte Huc,  conhecida como Ponte Vermelha.​

O bairro antigo era um emaranhado de ruas sinuosas e caóticas, onde o comércio vendia de tudo, principalmente materiais de construção. Era o Old Quarter, considerado o centro nervoso de Hanói. Chamar essa região de loucura é elogio. Como as milhares de motos passavam o dia estacionadas sobre as calçadas, sobram as ruas para os ônibus, caminhões, vans, táxis, motos, tuk tuk, bicicletas e  um  tal  de pedestre. Nesse  emaranhado  de veículos e pessoas, não se via nenhuma batida, mas ouve-se buzinas o dia inteiro. O vietnamita era fissurado numa buzina. As surpresas não param: Era comum encontrar pessoas cozinhando suas comidinhas em plena calçada nas ruas centrais, mulheres em trajes típicos e com seus chapéus cônicos vendendo frutas, verduras e legumes, pendurados em varas apoiadas em suas costas. Para complementar, dê uma chegada ao Mercado Bem Thahn, onde a bagunça estaria no seu auge e veja como a coisa funcionava.  

​As principais atrações turísticas era, o Mausoléu, o Museu e a residência do líder Ho Chi Minh, personagem admirado e cultuado pelo povo vietnamita; o Palácio Presidencial, o Pagode de um só pilar, o Pagode Tran Quoc, a Hoa Lo Prison,  ( que eles chamam de Hilton Prision ); o Museu de Etnologia,  Museu da História do Vietnam,  Museu da Revolução, o Templo Ngoc Son, o Pagode Ly Quoc Su, a Ópera House, e os shoppings Trang Tien Plaza e Lotte Centre Hanoi.

Deixando Hanoi, fomos para a Cidade de Ho Chi Minh City  ou Saigon - como era conhecida antes da Guerra do Vietnã - uma cidade que chamava a atenção por uma série de contrastes. Era um destino do Sudeste da Ásia onde construções antigas e cheias de história disputam espaço com modernos arranha-céus. Eram prédios imponentes que abrigam, em geral, luxuosos hotéis, restaurantes e centros de negócios. Batizada em homenagem ao venerado Presidente Ho Chi Minh (1890-1969), a cidade situada no núcleo do Delta do Mekong,  era um dos destino mais baratos para turismo na Ásia.

​​Pelo caminho, o turista encontrará um povo muito simples e receptivo, mas ainda marcado pelo passado de Guerra que culminou com a morte de milhares; e, muitos mercados, museus, lojas variadas, e os mais diversos restaurantes. A exemplo da cidade de Hanói, o trânsito aqui também era caótico, obrigando o pedestre a fazer malabarismo para desviar da enorme quantidade de motocicletas, caminhões, ônibus, carros e tuk tuks.

​​​Principais atrações turísticas

​​Fazer um tour de Vespa, pode ser uma boa maneira de explorar as áreas mais interessantes,  já que esse era o meio de transporte preferido entre os locais. No Vietnam Vespa Adventures, por exemplo, o passeio era guiado por residentes muito experientes, que durava 4.30h começando ou terminando com um almoço. Esse passeio incluia o ​​Bitexco Financial Tower, a ​​Bùi Wien Street, a ​​Catedral de Notre Dame, a ​​Central dos Correios, Le Loi Street, o Mercado Bem Thanh, o Museu da Guerra, a Pagoda do Imperador de Jade  e o Palácio da Reunificação.

Fake

​O turista que pouco sabia sobre a Ásia, em geral, tinha como verdadeira a informação de que no Vietnam, o povo também se alimentava de insetos. Nada disso! A estória começava quando a TV apresentava imagens de rua, onde uns espertinhos vendiam espetinhos com insetos, principalmente escorpião, besouros e lagartas, uma atração para o turista. No seu dia-a-dia, o povo vietnamita passava longe desse tipo de comida, mas não rejeitava as comidinhas de rua!

​Diziam que tudo começara quando o povo vietnamita passara privações e fome, por conta da Guerra, que quase acabara com o país. Nessa época, qualquer coisa que se mexesse e passasse pela frente, virava comida. Era uma questão de sobrevivência. Hoje era apenas folclore e até mesmo em Bangkok, na Kao San Road, onde existiam barraquinhas com essas especialidades para satisfazer a curiosidade e interesse do turista, os locais não tomavam conhecimento dessas ofertas.    

​Nosso próximo destino era Manila, a capital das Filipinas, um país que já foa colônia espanhola, americana e japonesa e apresentava toda essa história, relatada nas paredes de seus museus e  pelas ruas de cada cidade. Bastava andar por Manila, num Jeepney, prestar atenção nos nomes das ruas ou visitar a ilha de Corregidor, para se deparar com toda uma história por nós ainda desconhecida. ​​Uma boa parte dos filipinos, tinha nomes espanhóis e falava o inglês e o tagalo, o idioma mais usado no arquipélago. Era um povo católico e apaixonado pelo basquete. A origem do nome Filipinas era em homenagem ao Rei Felipe II, da Espanha, que dominara a região durante alguns séculos e deixara uma forte influência no país, assim como os americanos, que durante a Guerra tomaram conta das Filipinas. Também ajudaram a mesclar o país, a China e o Japão, que durante bom tempo também dominaram a região.

Manila - Filipinas

​A chegada acontecia no Aeroporto Ninoy Aquino, em homenagem ao então Senador Benigno Simeon Aquino Jr. que fora feroz inimigo do casal Ferdinand e Imelda Marcos, que durante anos dominara e fez uso do país em causa própria. Será que alguns políticos brasileiros se inspiraram no casal Marcos? No auge de sua campanha contra Ferdinand e sua deslumbrada mulher, Ninoy Aquino sofrera um infarto, fora levado aos Estados Unidos para tratamento e quando retornara, dia 21 de agosto de 1983,  fora morto quando descia do avião da China Airlines, com um tiro à queima roupa, no Aeroporto que hoje levava seu nome. O criminoso fora preso no ato e confessora ter agido por encomenda de Ferdinand Marcos, o que resultara a seguir na deposição do ditador.

O que visitar

Comece pelo Ayala Museu, que relata a vida de Imelda Marcos, mulher do antigo ditador Presidente corrupto e cleptocrata, Ferdinand Marcos. O distinto casal curtia uma vida de marajá, roubando tudo o que podiam, enquanto a população vivia em  situação de absoluta pobreza. Imelda era conhecida por seus pares de sapatos, contavam os locais que ela chegara a ter mais de 8.000 pares de  sapatos de luxo em seu simplório closet. Nas Filipinas, tinha até um adjetivo que fora batizado em função dessa mulher: Imildic, ou seja, algo exageradamente fútil ou inútil. Quando uma coisa ou pessoa, não valia nada, era chamada de Imildic. Aqui no Brasil, nós temos uma mulher inteligentíssima, que bem merecia esse tipo de referência!

As demais atrações eram o Forte Santiago e o Museu José Rizal, a região de ​Intramuros onde estava o Santuário em homenagem a Rizal, a região mais antiga e mostrava o passado colonial da cidade, e onde os  espanhóis construíram o Forte de Santiago, que, embora quase destroçado e mal conservado, ainda era referência turística com seus largos e altos muros. Em seu interior estavam masmorras, câmaras de torturas e o Santuário Rizal, um Museu construído numa homenagem a José  Rizal, que defendia a Independência das Filipinas e hoje era considerado herói nacional.   Se andar por lá, visite a Igreja de Santo Agostinho, único prédio que resistira ao terremoto de 1863, quase destruira a capital. Hoje era disputado para servir de local para casamentos. Depois, siga para o ​Chinatown, situado na margem oposta ao Forte; e ao Parque Rizal, o maior parque urbano da Ásia, com seus 60 hectares, e considerado o pulmão verde da cidade.

O Memorial Americano, que estava localizado na área interna da Embaixada Americana era  uma homenagem aos soldados americanos e filipinos que morreram em território filipino, durante a Segunda Guerra Mundial. Era impressionante ver a representação da quantidade de soldados que morreram nessa guerra, detalhes sobre a batalha do Pacífico e o registro com os nomes de cada soldado. ​A Tagaytay,  uma pequena cidade situada a 60 km. de Manila e a mais de 2 mil metros de altitude. Era onde estava o vulcão Taal, cuja ultima erupção havia acontecido em 1977. Tinha o lago Taal, na ilha de Luzon, que ficava dentro do vulcão e dentro dele estava a ilha do vulcão, cuja cratera formava um lago com uma pequena ilha. Era tudo tão confuso que até os moradores se atrapalhavam ao explicar aos visitantes. E por falar no vulcão Taal, ele entrara novamente em erupção no começo de janeiro de 2020, complicando a vida da população ao redor, principalmente os moradores de Manila.

​Os bairros

A cidade tinha bairros marcantes, que por suas características se distinguiam dos demais. O Manila City, por exemplo, é onde ficava um lugar denominado Intramuros; ​Makati City era a ilha de riqueza de Manila. Tudo em Makati, era diferente do restante da cidade, com seus mega prédios, lojas, restaurantes, e o Centro Comercial Green Belt Malls, que permite uma agradável caminhada entre lojas e pavilhões climatizados, parques e restaurantes ao ar livre. Era por aqui que estavam os melhores e mais luxuosos hotéis; e, Bonifácio Global City,  uma região comercial e de negócios, também repleta de bares e restaurantes e nada menos do que 4 hotéis cinco estrelas.

Era considerada também uma área de agito noturno, segura e freqüentada pelos turistas; Mandaluyong-Pasig e Ortigas Center, era a área que concentrava alguns hotéis de luxo como o EDSA Shangrilá Hotel, The E-Hotel Makati, Mercure Manila Ortigas, Malayan Plaza Hotel e o Marco Polo Ortigas Manila Hotel; ​​Em Manila Bay, ficava um Complexo hoteleiro conhecido com Resort World Manila, administrado sob a bandeira Marriot. Era um lugar agradável e bonito que lembrava as fantasias de Orlando ou de Dubai. Além de hotelaria, tinha vários bares, restaurantes, clubes noturnos, teatro e um Cassino; ​​Corregidor Island,  era um passeio para dia inteiro de visitação à ilha,  que ficava a 1 hora de distância da capital, e estava situada na entrada da Baía de Manila.

​​​​Passeio de Jeepney

O Jeepney era o principal e popular meio de transporte em Manila, um jipão americano adaptado, herança da Segunda Guerra Mundial. As pessoas entravam pelos fundos no Jeepney e avisavam ao motorista onde queriam descer, em qualquer ponto ao longo do trajeto. Entrar e sair de dentro de um Jeepney era um exercício e tanto para nós ocidentais. Como eles eram de porte pequeno, subiam e desciam com a maior facilidade O Governo estava estudando opções para retirar esses veículos de circulação por serem poluentes, desconfortáveis, exóticos e feios.

 

As chinesas vieram a Boracay só para fotografias

Boracay

Deixando Manila, seguimos para  uma das mais badaladas praias  das Filipinas, dentre as mais de sete mil pequenas, média e grandes ilhas que compunham o país do sudeste asiático. A ilha de Boracay ficava na Província de Aklan, com suas águas de um azul-turquesa e com uma temperatura agradável, fazia a alegria dos milhares de turistas que chegavam e saiam diariamente, procedentes principalmente do norte da Europa, da Rússia, Ucrânia, Polônia,  China e Japão.

​Chegar era fácil, mas havia praticamente um único caminho que começava no Aeroporto Ninoy Aquino, em Manila e levava a  Caticlan ou Kalibo. Chegando ao Aeroporto de Caticlan, um ônibus levava ao Terminal Marítimo, para uma travessia até Boracay, feita numa embarcação chamada bangka. Daí em diante até o hotel, o transporte era feito numa Van ou num tuk tuk.Uma imensa demanda de turistas o ano todo, criara um problema para a ilha: excesso de lixo, ruas mal cuidadas, caminhos esburacados e esgotos que não davam conta de tanta gente consumista. Por conta disso, a administração local criara uma forte restrição, proibindo o acesso de turistas por um período de seis meses a contar de abril de 2018. Durante a vigência da proibição, fizeram o que precisava ser feito, para melhorar a condições de utilização e de uma melhor recepção aos visitantes. 

Restrições foram impostas a partir de agora, como a proibição de festas ( Luau ) na beira da praia, proibição para fumantes à beira mar, proibição ao comércio ambulante,  consumo de bebidas em embalagens plásticas, embalagens plásticas seriam proibidas em hotéis e Resorts e a quantidade de turistas chegando à ilha, diariamente, também seria reduzida para dois terços do volume médio, que vinha sendo registrado. A taxa de turismo, que era cobrada informalmente, agora seria obrigatoriamente cobrada no Pier de acesso a ilha.

​As autoridades de turismo e de saúde  descobriram 21 pontos clandestinos de esgotos que eram jogados diretamente no mar. Todos os negócios foram obrigados a se adequar às novas exigências de limpeza, e todos hotéis, resorts e micro-hotéis passaram por severa inspeção de higiene e saúde, principalmente os localizados próximos ao mar. A reabertura acontecera dia 25 de outubro de 2018, mas ainda de forma parcial, porque o Governo afirmava que ainda faltava recuperar 50% dos estragos cometidos na ilha, pelos turistas e por quem explorava o negócio.

​A ilha de Boracay estava dividida em cinco áreas que eles chamavam de Estação. Então vamos a elas:

​Estação Um – White Beach e Boat Station -

Era onde estavam alguns dos melhores hotéis e Resorts. Também reúne alguns bons restaurantes. Era uma área mais tranquila. Aqui ficavam os Resorts Muse, Astoria e Willy`s;

 

Estação Dois – White Beach – Estação de barcos 2 -

Tinha vários Resorts, muitas lojinhas de varejo, Cafés, restaurantes e Supermercados. Aqui aconteciam os agitos. Para uma boa hospedagem experimente o Hennan Sands Resort, que ficava no miolo e tinha um excelente restaurante, com serviço de buffet.

 

Estação Três – White Beach – Estação de barcos 3 -

Era aonde ficava a maior oferta de bangalôs e acomodações mais acessíveis. As baladas e outros agitos também aconteciam por aqui. Um pouco mais além estava o charmoso Cameela Resort Hotel, que recomendamos principalmente para casais em lua de mel.

Estação Quatro – Oferecia bons alojamentos em bangalôs.

Estação Cinco - Áreas das extremidades -

Eram duas as áreas denominadas Cinco. Ambas situavam-se nos extremo norte e sul da ilha. Eram espaços mais tranquilos e ofereciam alguns poucos hotéís e Resorts com piscinas privativas. As praias mais procuradas eramBanyugan e Punta Bunga.

​Curiosidade 

 

Circulando pelas cidades no Cambodia, Vietnam e Philipinas  era comum encontrar biroscas que vendiam gasolina em garrafas de cervejas e garrafas pet. O comércio de combustível era tão liberal, que tinha até restaurantes com bomba de combustível na calçada em frente. Quem mais se beneficivaa dessas facilidades, era o pessoal das motos e dos tuk tuk.

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