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MILÃO  - A Galeria, o Duomo e o Teatro Scala -  Itália - 1/2 

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Atenção: Os fãs do famoso bastão de selfie podem desistir da ferramenta caso desejem fazer algumas fotos no centro de Milão. Recentemente, a cidade proibiu este hábito, bem como garrafas de vidro e food trucks. A medida será uma tentativa de evitar o lixo nas ruas e comportamentos antissociais por parte dos turistas.

ETIAS 2025 - Autorização para entrar na Europa

Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido a partir  de 2025, ainda sem data para início dos procedimentos.. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.

As referências históricas e turísticas

Museus, igrejas, praças e agradáveis bairros residenciais eram alguns exemplos de atrações existentes em Milão, a charmosa capital da região da Lombardia. Na igreja Santa Maria delle Grazie, por exemplo, o visitante poderia ver de perto a obra A Última Ceia, do gênio italiano Leonardo da Vinci, além de outras obras pertencentes a grandes nomes da arte que estavam espalhadas por vários pontos da cidade. O que não faltava nesta atraente cidade eram Galerias de Arte, museus e referências históricas para serem visitadas e admiradas.

Armani Silos -  Via Bergognone, 40 –

Comemorando em 2022 o 40º aniversário do Empório Armani, Armani/Silos apresentava The Way We Are, uma exposição com Curadoria pessoal de Giorgio Armani, transformando o espírito unificador da marca em uma experiência única, relembrando mais de quatro décadas de uma marca inovadora e transversal, em uma forma não nostálgica. Concebida como uma aquisição de 360 ​​graus dos espaços, a exposição era uma mistura de roupas e acessórios de assinatura, com imagens e iconografia únicas desenvolvidas ao longo dos anos, bem como a história de Milão, vista através das páginas da revista Empório Armani. Os espaços da Armani/Silos estavam ocupados por fotografias gigantes, vídeos, roupas,  objetos, filmes, fotos e emoções que se materializavam em cada dependências do museu. 

A Vinha de Leonardo – Corso Magenta, 65 –

O mesmo vinhedo que Ludovico - Il Moro, Duque de Milão, dera de presente a Leonardo, em 1498, era um vinhedo cercado de lendas envolvendo Leonardo, suas obras e seus seguidores. Hoje a Vinha renascia dentro das fileiras originais e com a cepa original. Da Florença de Lorenzo de Medici, Leonardo mudara-se para Milão sob o governo de Ludovico Maria 'Il Moro' Sforza, em 1482. Em 1495, Ludovico incumbira Leonardo de pintar a Última Ceia, no refeitório de Santa Maria da Graça. Em 1498, Ludovico concedera a Leonardo a propriedade de um Vinhedo com 16 fileiras, plantado e cultivado no campo ao fundo do jardim da Casa Atellani, a última casa de 1490 de uma aldeia criada pelo Duque. Quando as tropas do Rei da França derrotaram e aprisionaram Il Moro, em 1500, Leonardo abandonava Milão mas nunca deixara de cuidar de sua Vinha. Quando os franceses confiscaram o Vineyard, Leonardo finalmente conseguira recuperá-lo e em seu leito de morte o mencionava, deixando parte dele para o Servo e outra parte para seu pupilo, Gian Giacomo Salaì Capri. Abria de terça a domingo, das 9.00 as 18.00h, e a última entrada era as 17.30h. 

 

Basílica Sant’ Ambrogio - Piazza Sant'Ambrogio, 15. 

Uma visita à belíssima Basílica que homenageava Ambrogio, o Bispo preferido dos habitantes da cidade, era uma verdadeira viagem no tempo. Em sua fachada, destacavam-se dois belos e imponentes Campanários, e a área existente após o portão de entrada, chamada de  Atrio di Ansperto, era repleta de relíquias, algumas delas pertencentes à época romana. No interior da igreja, que começara a ser erguida em 1129, chamavam a atenção o Cibório, depositado no local no século V, e também o Altar de Ouro. Estava aberta para visitas de segunda-feira a sábado, das 9.00 as 12.00h e das 14.30 as 18.00h. Aos domingos, abria das 15.00 as 17.00h. Para chegar use o Metrô linha 2 (verde) - e desça na Estação San Ambrogio. 

Biblioteca e Pinacoteca Ambrosiana -  Piazza Pio XI, 2 -

Fundada pelo Cardeal Federico Borromeo, em 1609, fora uma das primeiras bibliotecas públicas da história - abrigava um acervo artístico de grande valor, tornando-se um local imperdível para os apaixonados pela arte. A coleção privada do religioso era composta por trabalhos de artistas de renome, como Caravaggio, Leonardo da Vinci e Botticelli, entre outros. ​Entre os 30 mil manuscritos do acervo, que variam de grego e latim ao hebraico, siríaco, árabe, etíope, turco e persa, o destaque era o fragmento muratoriano, de cerca de 170 d.C., o primeiro exemplo de um Cânone Bíblico, e uma cópia original (ilustrada por Leonardo da Vinci), da De Divina Proporcione, do matemático e pai da contabilidade moderna Luca Pacioli. O visitante poderia ver de perto a exposição de trabalhos originais de Leonardo da Vinci, intitulada Codex Atlanticus. Abria de terça-feira a domingo, das 10.00 as 18.00h. A entrada custava € 10.00. Como chegar: Metrô linha 1 (rosso), Estação Dante Cordusio; os ônibus 50 e 58; ou pelos bondes elétricos nº 1, 2, 3, 4 ou 12. 

Casa de Alessandro Manzoni – Via Gerolamo Morane, 1 – Centro Histórico

Adquirida por Manzoni em outubro de 1813, tinha a fachada neo-renascentista de tijolos aparentes, inspirada na arquitetura renascentista lombarda, e fora projetada pelo arquiteto Andrea Boni, entre os anos de 1962 e 1963. Abrigava o Centro Nacional de Estudo Manzoni que oferecia aos bolsistas o uso de uma biblioteca contendo mais de 300.000 volumes. Entre seus recursos de maior prestígio estavam os livros que pertenceram ao próprio Manzoni e seu enteado Stefano Stampa, as doações de Treccani e Viganò, e as traduções – a mais antiga datando de 1827 e 1828 – em albanês, árabe, armênio, catalão, tcheco, croata, dinamarquês , hebraico, esperanto, estoniano, finlandês, francês, japonês, grego, inglês, latim, letão, holandês, polonês, português, romeno, russo, sérvio, eslovaco, espanhol, sueco, alemão, turco, húngaro e, mais recentemente em mandarim.

Casa de Omenoni – Via de Omenoni, 3 -

O termo omenoni significava grandes homens. Oito estátuas  omenoni caracterizavam a fachada sóbria dessa elegante residência típica do final do século XVI, que pertencera a Leone Leoni, escultor de Carlos V. Sua construção devia-se ao escultor e cinzelador de Arezzo, Leone Leoni, escultor Imperial a serviço de Carlos V, de Habsburgo e Filipe II, de Espanha. O artista nomeado escultor da Casa da Moeda de Milão, em 1542, comprara a propriedade em 1549, e em 1565 iniciara sua reforma, tornando-a sua residência e do filho Pompeo Leoni, também escultor. Ambos eram colecionadores famosos e negociantes de arte. Abrigava uma coleção famosa e eclética de arte antiga e obras dos principais artistas da época, incluindo obras de Tiziano e Correggio, a coleção de desenhos de Leonardo da Vinci, herdada de seu aluno Francesco Melzi, moldes de gesso de estátuas clássicas incluindo a estátua eqüestre de Marco Aurélio do Campidoglio. Da coleção, posteriormente dispersa, algumas obras se fundiram com a Ambrosiana, incluindo o Codex Atlanticus, de Leonardo da Vinci.

 

Casa Fontana Silvestri – Corso Venezia, 10 -

De propriedade da família Fontana, era um dos poucos exemplares milaneses de palácios renascentistas ainda em condições de visitação. Fora construída no século XII, mas a sua aparência atual remontava ao final do século XIV. Também era chamada de Ca' del Guardian, porque em 1476 Ângelo Fontana,  vivia aqui como guardião da adjacente Porta Oriental. O ápice do estilo renascentista estava na decoração da fachada com afrescos, hoje praticamente apagados, que escondiam algumas assimetrias e deixavam o prédio mais suntuoso.

Casa  Milan F.C. – Via Aldo Rossi,  8 –

Desde maio de 2014, o Clube Rossonero contava com uma nova sede moderna e funcional: a Casa Milan, que recebia não só os funcionários da empresa, mas também os torcedores e aqueles que desejavam conhecer a história e os valores do clube. Um lugar capaz de satisfazer as novas necessidades de crescimento comercial, entretenimento e desenvolvimento social e esportivo.

 

Casa Museu do Bosque de Stefano – Via Giorgi Jan, 15 –

Estava aberta ao público desde fevereiro de 2003, com salas antigamente habitadas pelo casal Antonio Boschi e Marieda Di Stefano,  estavam expostas cerca de trezentas peças selecionadas de todo o acervo, doadas à Prefeitura de Milão, em 1974. A coleção com cerca de duas mil obras, entre pinturas, esculturas e desenhos, era um testemunho extraordinário da história da arte italiana do século XX, desde a primeira década até o final dos anos sessenta e incluia artistas como Lucio Fontana, Giorgio Morandi, Mario Sironi, Giorgio de Chirico, Piero Manzoni, Arturo Martini, Emilio Vedova, Piero Marussig, Umberto Boccioni, Filippo de Pisis entre outros.

​​Catedral - Domo e Piazza -

Instalado no centro da capital da região da Lombardia, estava um dos templos religiosos mais belos e imponentes do mundo: a Catedral de Milão, considerada a terceira maior do mundo (perdia apenas para a Basílica de São Pedro, no Vaticano, e a Catedral de Sevilha, na Espanha), realmente impressionava à primeira vista, com seus 157m de comprimento, 92m de largura (transepto) e 108m de altura no ponto mais alto, onde estava a estátua de Nossa Senhora. ​O templo, que começara a ser erguido em 1386 e 1965, tinha um total de 3,4 mil estátuas em sua área externa. Assim como a fachada, seu interior em estilo gótico também era impressionante. Eram inúmeros os  pilares, vitrais e uma nave central lindíssima.

​Todos os detalhes de sua história poderiam ser vistos no Museu do Duomo, que ficava no Palácio Real, ao lado direito da Piazza del Duomo. A entrada na Catedral era franca e a visitação acontecia diariamente, das 7.00 às 19.00h e a última entrada era  às 18h45h. Possuia mais estátuas em estilo gótico, do qualquer outra igreja no mundo: eram cerca de 3.400 estátuas, 135 gárgulas e mais 700 outras figuras variadas decorando. Uma das principais atrações era a visita aos telhados, de onde era  possível ver de perto os detalhes arquitetônicos de seus pináculos e ter uma linda vista da Praça do Duomo. O acesso podia ser feito diariamente das 8.00 as 19.00h e o acesso aos telhados era das 9.00 as 19.00h. A bilheteria encerrava as 18.00h. O visitante poderia subir ao topo da Catedral, pelas escadas  pagando € 10 ou pelo elevador pagando € 15 e desfrutar de uma das vistas mais belas da cidade.

​Cenáculo Vinciano  - Igreja Santa Maria da Graça -  Piazza Santa Maria delle Grazie, 2. 

Para visitar, adquira ingressos com pelo menos um mês de antecedência ou correrá o risco de não conhecer de perto uma das obras-primas mais importantes do mundo: A Última Ceia (Cenáculo), a extraordinária obra de Leonardo da Vinci, que retratava os últimos momentos de Jesus com os 12 apóstolos. ​O local onde o Cenáculo se encontrava - o refeitório do Convento dos Dominicanos, anexo à igreja Santa Maria delle Grazie -, não comportava um grande número de pessoas e por isso os ingressos se esgotavam rápido. O local, considerado um dos mais belos de Milão, era de autoria de Guiniforte Solare e Bramante. O museu abria de terça a domingo, das 8.15 as 19.00h. Não era permitido fotografias! Como chegar: Use o bonde elétrico nº 18 (desça na Corso Magenta) ou Metrô (estações Conciliazione ou Cadorna).

​Codex Atlanticus: Leonardo da Vinci - Piazza Santa Maria delle Grazie, 2 - 

A exposição Codex Atlanticus, assim intitulada devido ao formato do material (típico de um atlas geográfico), poderia ser vista em dois lugares distintos: a Sacristia de Bramante, na Igreja Santa Maria da Graça (local onde estava A Última Ceia, e na Biblioteca Ambrosiana, que ficava na Piazza Pio XI​Era a maior coleção do mundo, de desenhos e escritos de Leonardo da Vinci, e vinha sendo preservada desde 1637, na Biblioteca Ambrosiana, uma das primeiras bibliotecas do mundo a ser aberta ao público. A coleção consistia em 1.119 páginas que retratavam a vida intelectual de Leonardo, por um período de mais de quarenta anos, variando entre os mais diversos assuntos: a partir de esboços e desenhos preparatórios para pinturas, pesquisas matemática, astronomia e ótica, de devaneio filosófico às fábulas e receitas, até projetos curiosos e invenções futuristas, tais como bombas hidráulicas, paraquedas e máquinas de guerra.

​Permanecia aberta de terça a domingo, das 10.00 as 18.00h e o ingresso custava € 16; na Sacristia del Bramante, a Codex Atlanticus poderia ser vista às segundas-feiras das 9.30 as 13.00h e das 14.00 as 18.00h. De terça a domingo abria das 8.30 as 19.00h e os ingressos custavam € 10. Era possível adquirir ingressos combinados, com A Última Ceia. Como chegar: Use o bonde elétrico número 18 (descer na Corso Magenta) ou Metrô ( Estações Conciliazione ou Cadorna). 

Fabrica do Vapor -  Via Procaccini, 4 -

A antiga fábrica de bondes e locomotivas fora transformada num laboratório de idéias e experiências criativas, objetivando motivar os jovens e proporcionar a oportunidade de desenvolver o talento e a criatividade. Mostras, eventos e iniciativas culturais ocorriam na Fabbrica del Vapore ao longo do ano.

 

Fundação Prada -  Largo Isarco, 2 –

Instalada num espaço de 19.000 m² onde no século passado funcionava uma Distilaria, o projeto do arquiteto holandês Rem Khoolas, que também projetara algumas lojas Prada pelo mundo e cuidava da cenografia de alguns desfiles, aproveitava os espaços de diferentes tamanhos e altura do Complexo para compor um conjunto dinâmico e ao mesmo tempo harmonioso.  A história começava em Milão, no início do século XX, quando a marca era dirigida pela neta da fundadora Miuccia Prada. A marca decolara em 1979 e se transformara em uma grande empresa, de simples loja de couro em Milão. Desde 1995, ano do seu início, a Fundação trabalhava com diversas disciplinas e produtos culturais: arte, ciência, literatura, cinema, música e filosofia.

Galeria Civica d'Arte Moderna – Via Palestra, 16 – Villa Realle –

Conhecida também como GAM, abrigava uma coleção imperdível de obras de arte dos séculos XIX e XX, obras de artistas como Paul Cézanne, Giovanni Fattori, Vincent van Gogh, Giovanni Segantini, Edouard Manet, Giacomo Balla, Paul Gauguin, Pablo Picasso, Amedeo Modigliani e Umberto Boccioni. O prazer da visita era duplo: de um lado admirava-se a arquitetura externa da Villa Reale e o seu belo jardim, do outro, a decoração interna e centenas de pinturas e esculturas de uma das mais completas coleções italianas dedicadas à arte do século XIX. O percurso expositivo começava com Neoclassicismo, passava pelo Romantismo, pelo Realismo e pela Scapigliatura, e terminava com o Divisionismo. Entre as obras de pintura e escultura do Novecento, destacavam-se artistas italianos como Modigliani, Gino Rossi, Pio Semeghini, Filippo De Pisis, Arturo Tosi, Carlo Carrà, Giorgio Morandi, Mario Sironi e estrangeiros como Picasso, Matisse, Renoir, Vuillard, Rouault e Dufy.

 

Galeria Italia – Piazza da Scala, 6 -

Os palácios Anguissola e Brentani abrigavam quase 200 obras, provenientes das coleções da Fondazione Cariplo e da Intesa Sanpaolo, em um percurso expositivo intitulado Da Canova a Boccioni. A Galeria eras voltada às produções artísticas italianas dos séculos XIX e XX. Os destaques ficavam por conta das obras de Antonio Canova, Umberto Boccioni, Francesco Hayez, Gerolamo Induno, Lucio Fontana, Fausto Melotti e Bruno Munari.

​Galeria Vittorio Emanuele II

Construída em 1865 em forma de uma cruz, era uma passarela coberta que ligava Praça do Duomo à Praça alla Scala. A imponência do prédio - inaugurado pelo próprio homenageado, o Rei Vittorio Emanuele - ficava evidente já na entrada, através de um majestoso Arco do Triunfo. ​Cerca de 200 metros conduziam o visitante, do início da Galeria até a Piazza della Scala, do outro lado. Em seu interior dava para ver a imensidão de detalhes como o octógono central, onde havia uma abóbada de 47 metros de altura. No interior, o visitante  encontraria algumas lojas de luxo, restaurantes e refinadas Cafeterias.

Hangar Bicocca – Via Chiese, 2 -

Era um espaço dedicado à produção, exposição e promoção da arte contemporânea. Dispunha de um calendário repleto de eventos gratuitos: HB Kids, que compreendia percurso criativo, filme e atividades para as crianças; HB Public, que propunha exibição de filmes, visitas guiadas, encontros com diretores e artistas e passeios de bicicleta para explorar a região; HB School, com atividades didáticas disponíveis para todas as escolas.

​Igreja de São Maurizio - Corso Magenta, 15 -

Conhecida como Capela Cistina de Milão, esta igreja renascentista datada de 1503, exibia um grande número de afrescos coloridos e belíssimos, de Bernardino Luini e era um dos templos religiosos mais bonitos da cidade. O interior era impressionante: belíssimos afrescos do século XVI nas paredes, pinturas, além de vários detalhes em ouro. O Coro dos Monges Beneditinos e o órgão, datado de 1554, também eram destaques. ​Um Mosteiro Beneditino, construído anexo à igreja, fora demolido anos mais tarde, porém os claustros ainda estavam conservados e em um deles estava instalado um Museu de Arqueologia. Estava aberta para visitação de terça-feira a sábado, das 9.30 as 17.30h. A entrada era gratuita.

 

Quadrilátero da Moda  -

Era um espaço delimitado pelas Vias Alessandro Manzoni, Corso Venezia, della Spiga, e Monte Napoleone onde ficavam as ais importantee boutiques e lojas de moda internacional como Dolce & Gabbana, Gucci, Prada e Versace.  Havia um tour dedicado a compras que levava os turistas até o Serravalle Designer Outlet, o maior outlet da Europa, com suas 240 lojas.

Leonardo3 - O Mundo de Leonardo -  Piazza da Scala e entrada pela Galeria Victorio Emanuelle II –

Era uma exposição imperdível que permitia descobrir o verdadeiro Leonardo da Vinci como artista e inventor, graças a reconstruções inéditas de suas máquinas e restaurações de suas pinturas em estréia mundial. Desde o submarino mecânico, à máquina do tempo, à libélula mecânica e à máquina voadora de Milão juntavam-se a restauração digital da Última Ceia e a reconstrução do monumento Sforza. Estas eram apenas algumas das muitas novidades de uma exposição inovadora não só em termos de conteúdo, mas também em termos de utilização. As experiências multimídia permitiam que o público interagisse com as máquinas, obras de arte e códigos de Leonardo. Mais de 200 reconstruções 3D interativas tornavam a exposição acessível a um público de todas as idades.

Memorial da Shoah de Milão – Piazza Edmond Jacob Safra, 1 – Via Ferranti Aporti, 3 –

Os turistas e italianos que embarcavam e desembarcavam com pressa na  Central de Milão, geralmente não reparavam na beleza da construção da Estação de trens mais bonita da Itália. Inaugurada em 1931, fora projetada pelo arquiteto Ulisse Stacchini   era um dos monumentos da arquitetura fascista de Milão, com elementos de decoração art decô, como os belíssimos lustres e luminárias. Ela fora palco de um dos episódios mais triste da história recente: O subterrâneo da plataforma 21 era usado desde o início da inauguração da Estação pelos Correios, para carregar as correspondências e encomendas nos trens sem atrapalhar os passageiros que embarcavam no andar de cima.

Os vagões eram carregados com a mercadoria e depois de cheios, um sistema de elevador subia o vagão para o nível das plataformas de embarque e desembarque. A partir de dezembro de 1943, esse mecanismo começou a ser utilizado para carregar, sem que ninguém visse, os hebreus e opositores do governo fascista e deportá-los para os campos de trabalho forçado e extermínio da Itália (Fossoli e Bolzano) e na Polônia, Austria e Alemanha (Auschwitz, Bergen-Belsen, Mauthausen). Os vagões que compunham os trens eram feitos de madeira, sem janela e iluminação e eram os mesmo utilizados para o transporte de animais. As viagens duravam cerca de uma semana com uma única parada para comer, geralmente em Bolzano. A plataforma escondida fora usada até janeiro de 1945 e dali partiram 23 trens levando milhares de deportados para a morte. O comboio número 6, por exemplo, levara no dia 30 de janeiro de 1944  cerca de 600 hebreus para o campo de Auschwitz, dos quais somente 22 sobreviveram.

A idéia do projeto para a realização do Memorial da Shoah nascera em 2002, envolvendo associações, centro de documentação e as comunidades hebraicas italianas. Mas fora em 2010 que começara a reestruturação do espaço embaixo da Plataforma 21, e dois anos depois, no dia 27 de janeiro 2013 o Memorial da Shoah de Milão era inaugurado, com 7.000 mt2 e logo na entrada um enorme muro com a palavra INDIFERENÇA recebe os visitantes. Segundo uma das sobreviventes milanesas, foi o sentimento que contribuiu para que a tragédia continuasse acontecendo. Na plataforma do Memorial, um trem de animais com os vagões de madeira e sem janelas ficam expostos e a guia convida os visitantes a entrar e imaginar uma viagem de cerca de sete dias, em pé, sem luz, comida e aquecimento em direção a morte.

 

Museu Bagatti Valsecchi – Via Santo Espírito, 10 – Via Jesus, 5 –

Instalado num palácio neo-renascentista, adquirido pelos irmãos Fausto e Giuseppe, em 1883, fora reestruturado no final do século XIX, tendo como inspiração os palácios renascentistas milaneses do século XVI.

 

Museu Cívico Arqueológico – Corso Magenta, 15 –

Destaca-se pela atividade científica e pela publicação precisa de suas coleções: testemunhos arqueológicos, da Milão romana e medieval, seção etrusca, seção grega, seção medieval (alta Idade Média) e um percurso dedicado à música.

Museu Cívico de História Natural – Corso Venezia, 55 –

Conhecido também como Museu Público de História Natural, fora fundado em 1838. Alguns anos antes, o naturalista e colecionador Giuseppe De Cristóforis, legava as suas coleções à cidade de Milão com a obrigação de fundar um museu cuja direção seria do seu amigo Giorgio Jan. Este, por sua vez, também legara as suas próprias coleções à cidade. O museu fora quase que totalmente destruído por um bombardeio em 1943, que provocara a perda da metade das coleções. Fora reconstruído após a guerra e reabrira suas portas em 1952. A sede do museu apresentava 23 salas de exposições e conservava quase que três milhões de objetos. Possuia um conjunto de aproximadamente cem dioramas, considerado o mais rico da Itália. A biblioteca possuia 120.000 volumes e recebia 4.000 revistas anuais.

Museu Coleção Branca -  Via Resegone, 2 –

Inaugurado em 2009, estava instalado no Complexo Industrial da Destilaria Fratelli Branca. Era um museu empresarial mas também um testemunho da história da comunicação inovadora, na forma e nas técnicas usadas, expressão de uma época, de meados do século XIX até o final do século XX. Durante a visita guiada, os visitantes teriam a oportunidade de reconstituir a história da realidade industrial da família Branca e poderiam visitar as mais de 500 barricas que tornavam os produtos Branca únicos e inconfundíveis, visualizando-os através de pinturas, documentos, desenhos, croquis, objetos e fotografias históricas.

 

Museu Diocesano -  Corso da Porta Ticinese, 95 -

A coleção do museu era composta por mais de 700 obras desde o século IV até os dias de hoje. Entre os inúmeros tesouros artísticos destacavam-se a Coleção Fondi Oro, aproximadamente 40 quadros pintados nos séculos XIV e XV, a maioria na Toscana, e as esculturas de Lucio Fontana.

Museu do Duomo – Piazza do Domo, 12  -

Fora inaugurado em 1953, respeitando o projeto inicial de valorizar e de não desperdiçar o material relacionado à história e à construção da Catedral. Reunia um extenso patrimônio histórico-artístico, assim como testemunhos das obras da Catedral e uma ampla exposição de esculturas, vitrais, peças de tapeçaria, pinturas e grandes obras arquitetônicas do século XV ao século XX. O percurso (cronológico) englobava 26 salas expositivas e revelava todas as fases de construção da Catedral, desde a sua fundação, em 1386 até o século XX.

Museu do Novecento – Via Marconi, 1  – Palácio do Arengario -

Fora inaugurado em dezembro de 2010, surgindo do desejo de apresentar ao público, permanentemente, a pintura e a escultura italiana do século XX. Dispunha de uma coleção de quase 400 obras. A exposição começava com Il quarto stato de Giuseppe Pellizza da Volpedo e com algumas obras de arte contemporânea, destacando-se nomes como Picasso, Braque e Kandinskij, passando por Umberto Boccioni e pelos futuristas: Giacomo Balla, Carlo Carrà, Ardengo Soffici, Mario Sironi, Achille Funi e Gino Severini. Prosseguia com a arte no período entre as duas guerras mundiais, a arte monumental, a arte abstrata, a arte conceitual e terminava na chamada arte pobre.

Museu do Resurgimento – Via Borgonuovo, 23 –

Uma enorme coleção de quadros, gravuras e relíquias, ilustrava o período histórico que compreendia a primeira campanha de Napoleão Bonaparte, na Itália em 1796, até a anexação de Roma ao Reino da Itália em 1870. O percurso expositivo estava organizado cronologicamente através de 15 salas temáticas e 2 salas temporárias, destacando-se: o manto da coroação de Napoleão Bonaparte, na Itália e o estandarte da Legione Lombarda Cacciatori a Cavalo, o primeiro tricolor italiano.

Museu Interativo do Cinema - MIC  - Viale Fulvio Testi, 121 -

Visitar o MIC significava ter a oportunidade de assistir filmes e desenhos animados, de montar, desmontar e dublar sequências de filmes, de aprofundar o conhecimento cinematográfico, escolhendo o tema por autor, por título ou por época e de conectar-se com as cinematecas e com os arquivos de filmes de todo o mundo. O foco era o cinema milanês e os grandes autores e artistas de Milão.

Museu Inter e Milan - Estádio San Siro -  Piazzale Angelo Moratti -

Era o primeiro museu italiano a funcionar em um estádio, contava a história das duas equipes milanesas, através de uma coleção única: camisas históricas, taças e troféus, chuteiras, objetos de arte e lembranças de todos os tipos que entraram na lenda do futebol mundial e, sobretudo, no coração dos torcedores. Era o outro nome do Stadio Giuseppe Meazza, o principal estádio de futebol, em Milão e sede dos grandes clubes Internazionale de Milão e o A.C. Milan. Inaugurado em 1926, fora sede de jogos importantes da Copa do Mundo de 1990 e jogos do campeonato europeu. Contava com um museu que relatava a história de sucesso das duas importantes equipes milanesa. Para visitar o estádio e o museu, havia Guia falando espanhol e português, era preciso reservar com antecedência. Horários para visitação eram diariamente, de março a setembro, das 09.30 as 17.30h, menos em dias de jogos. Os ingressos: Museu + Tour: eram € 18 - Somente Museu: era € 8.

Museu Nacional de Ciência e Tecnologia Leonardo da Vinci - Via San Vittore, 21-

Fundado em 1953, o local era considerado o maior da Itália, no segmento: 40 mil metros quadrados abrigavam 14 mil objetos, sete departamentos: materiais, transportes, energia, comunicação, Leonardo da Vinci – Arte e Ciência, novas fronteiras, e ciência para os jovens, mais 16 áreas de exibição, 13 laboratórios e duas bibliotecas. ​Uma parte do espaço era totalmente interativa, a exemplo dos laboratórios, onde o visitante poderia participar de diversos experimentos. As coleções nas áreas de transporte, comunicação e energia são simplesmente imperdíveis, além dos modelos de máquinas, baseadas nos desenhos de Da Vinci e a visita ao submarino Enrico Toti. Funcionava de terça a sexta das 9.30 as 17.00h - sábados, domingos e feriados, das 9.30 as 18.30h. O ingresso custava € 10 e € 7 – Como chegar: Metrô linha 2 (verde), desça na Estação San Ambrogio; ônibus 50, 58, 94 –

Museu Pietà Rondanini – Piazza Castelo Sforzesco –

Apresentava uma escultura em mármore, trabalhada por Michelangelo por volta da década de 1550 até os seus últimos dias de vida, em 1564. Dada como inacabada, retomava o tema da Virgem Maria diante da morte de Jesus Cristo, que o artista havia elaborado anos antes em sua famosa Pietá, de 1499. A escultura fora produzida na época dos seus últimos desenhos de  Crucifização e também da Pietá, de Florença, que ele havia criado para sua própria tumba. Michelangelo começara a trabalhar na Pietà Rondanini antes da de Florença, porém em seus últimos dias ele cortara o bloco de mármore até que o braço direito desmembrado de Cristo sobrevivesse da peça originalmente concebida.

 

Museu Poldi Pezzoli – Via Alessandro Manzzoni, 12 –

Era uma organização sem fins lucrativos, fundada pelo colecionador Gian Giacomo Poldi Pezzoli, em 1881. Era uma das casas-museus mais importantes da Europa. Abrigava uma refinada coleção artística do século XIX. A residência aristocrática do nobre Pezzoli era palco de exposição de uma coleção de quadros italianos Renascentistas e de uma coleção única de objetos decorativos: armas, porcelanas, vitrais, têxteis, relógios e jóias.

Museu Studio Francesco Messina -  Via São Sisto, 4/A -

Aberto em 1974, o museu instalado na antiga Igreja São Sisto expunha cerca de 80 esculturas em gesso, barro, bronze e cera e em torno de 30 obras em papel, criadas pelo artista Francesco Messina.

Castello Sforzesco - Piazza Castello, 3.

É uma imponente fortaleza erguida na Piazza Castello, um dos pontos imperdíveis de ser visitado. Construída a mando de Galeazzo II Visconti, no ano de 1368, o local teve vários donos e também passou por diversas transformações estruturais ao longo dos anos. No período em que pertenceu à família Sforza, o castelo viveu sua melhor fase, quando gênios como Leonardo da Vinci e Bramante, imprimiram suas marcas nesse que é considerado um dos símbolos da cidade. ​Em seu interior o visitante encontrará um verdadeiro templo dedicado à arte e à cultura.

 

Diversos museus (são mais de 10 espaços) abrigam obras-primas como a Pietà Rondanini - a última escultura de Michelangelo (Museu de Arte Antiga); pinturas de Tintoretto, Mantegna, Tiziano (Pinacoteca), entre outras relíquias. Poderá admirar a espaçosa Praça das Armas, acessada a partir da Torre de Filarete, e de onde se pode chegar até a Biblioteca Trivulziana, que preserva manuscritos importantes, tais como a famoso Código de Leonardo Da Vinci. Abria diariamente das 7.00 as 18.00h e no verão fechava as 19.00h e a entrada era gratuita; os museus abrem de terça a domingo, das 9.00 as 17.30h, e os ingressos custavam € 5.00 (inteira) e € 2.50 (meia-entrada). Como chegar:  Metrô - linhas 1 (vermelha) e 2 (verde), estação Cadorna; ônibus 18,50,37,58,61,94.

Museus do Castelo Sforzesco –

Arquivo fotográfico: com 600.000 imagens, desde 1840 até os dias de hoje, era uma das mais importantes coleções fotográficas da Itália;

 

Arquivo Histórico e Cívico: conservava arquivos históricos civis, desde 1385. Dispunha de uma biblioteca especializada em literatura, arte, história e tradições locais;

 

Biblioteca Arqueológica e Numismática: fundada em 1808, especializada em arqueologia e numismática, contava com 33.000 livros modernos, 1125 antigos, 700 jornais e arquivos históricos e pessoais de célebres arqueólogos e numismáticos;

 

Biblioteca de Arte: com aproximadamente 91.000 livros, era uma das mais importantes instituições italianas especializadas no setor artístico;

 

Biblioteca Trivulziana:  era uma biblioteca especializada em literatura e história do período humanístico-renascentista;

 

Centro de Estudos Avançados em Artes Visuais – IL CASVA: entre as coleções do CASVA destacavam-se arquivos importantes de arquitetura e desenho do século XX;

 

Coleção de Gravuras de Achille Bertarelli: dedicada ao milanês Achille Bertarelli, contava com cerca de 1 milhão de gravuras históricas, populares e religiosas, entre elas mapas, monumentos, uniformes, retratos, calendários, postais, cardápios e cartões de vista;

 

Coleção Vinciana: entre manuscritos e fotografias, constituai o maior centro de estudos de Leonardo da Vinci;

Museu da Pré-história e Proto-história: dotado de painéis didáticos que contextualizam o material das coleções e ajudavam a compreender a função e as técnicas de fabricação dos objetos expostos, o percurso mostrava as principais culturas da Lombardia, a partir do período neolítico;

Museu de arte Antiga: com quase 2000 peças, entre elas Pietà Rondanini, de Michelangelo, era a coleção de esculturas da Antiguidade, da Idade Média e do Renascimento mais importante da Lombardia;

Museu de arte decorativa: abrigava peças excepcionais que mostram o trabalho dos mestres da escultura, da cerâmica, da ourivesaria, da tapeçaria e da tecelagem do século XI ao XVIII;

Museu do Móvel: ilustrava os seis séculos de história dos móveis com peças produzidas entre o final do século XV e o século XX;

Museu dos instrumentos musicais: era a segunda maior coleção de instrumentos musicais europeus e de outras partes do mundo da Itália e uma das mais completas da Europa;

Museu Egípcio: apresentava os aspectos fundamentais da cultura egípcia; 

 

Pinacoteca: com cerca de 1.500 obras, era uma das pinacotecas mais importantes da cidade. ​

 

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