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ST. GALLEN  - A encantadora cidade dos bordados - Suíça

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Era fácil afirmar que St. Gallen era a cidade mais bonita da Suíça e que, por ser predominantemente católica, o restante dos suíços de maioria protestantes não gostavam muito da cidade,  a ponto de esquecê-la em suas referências históricas e turísticas. Quando estiver circulando pela região do Lago de Konstaz, aproveite e visite a interessante e charmosa cidade de St. Gallen, que ficava distante somente 45 km. O nome e a criação da cidade provinham do monge missionário irlandês de nome Gallus, que aqui fundara um eremitério, por volta do ano 612. No ano 747, o Mosteiro de St. Gallen já obedecia a Regra de São Bento, que exigia o estudo contemplativo de livros e previa a existência de uma biblioteca exclusiva. Na Idade Média, a cidade desenvolvera-se como um importante pólo europeu de cultura e educação. Mais tarde, os bordados de St.Gallen ganharam reconhecimento internacional, trazendo turistas e prosperidade para a cidade.

Era também uma cidade universitária, com ênfase para as ciências econômicas. Era a cidade natal do renomado grupo de teatro Mummenschanz, e oferecia uma variada oferta cultural, com teatros e museus. No verão, a romântica piscina art-nouveau ao ar livre, de Dreilinden-Weiher, proporcionava uma excelente vista sobre a cidade,  e convidava os visitantes a um banho refrescante. A excelente localização, no canto de quatro países, Suíça, Alemanha, Áustria e o Principado de Liechtenstein, faziam de St. Gallen o melhor ponto de partida para passeios na Appenzellerland com o Säntis e ao Lago de Konstanz. Para os caminhantes, o Caminho das Pontes, passava por mais de 18 pontes no Sittertobel, perto de St.Gallen. A experiência permitia aprender sobre a concepção e construção de pontes durante o passeio.

O trem Voralpen-Express, que passava por St. Gallen fazia o trecho Lago Konstanz-Lucerna, em 2.45h. Era uma viagem de 149 km, cruzando o contraforte dos Alpes, muito interessante do ponto de vista técnico-ferroviário e também impressionava por suas paisagens deslumbrantes, como o Toggenburg, o Lago Zurique e a região do monte Rothenturm. Próximo da Estação Ferroviária ficava o centro antigo da cidade, onde estava Biblioteca Municipal e a Catedral do século IX, e ao redor estava o Mosteiro onde fora enterrado o monge Gallus, no ano de 640.  Ainda sobre a história da Catedral, em 1526, o então Prefeito Joachim von Watt, determinara que a religião na cidade de St. Gallen deixaria de ser católica para ser Protestante. Mesmo com esta mudança, a Catedral permanecera católica. Em 1803, St. Gallen voltava a ser uma cidade católica e a mantêm até hoje, contrariando o restante dos suíços. Quando estiver em  Zurich  e quiser passear em St. Gallen, da Estação Central de Zurique  partiam trens a cada 20 minutos. A média do tempo de viagem era de 1.10h.   e o valor da passagem de ida e volta, ficava em torno de 70  francos suíços. 

 

Aeroporto São Galo-Altenrhein

A cidade tem seu aeroporto, a 10 km do centro, às margens do lago de Konstanz e atende a demanda da região, com voos das companhias aéreas Lufthansa, British Airway e Tyrolean Airways, entre outras da área low cost.

 

Abtwil Säntispark –  Wiesenbachstrasse, 9 -

É um parque aquático e de lazer multi-facetado, com piscina de ondas, tobogãs aquáticos, banhos salgados e áreas para sauna.

Biblioteca Abbey – Klosterhoff, 6D – Abadia

Exibe a nota de venda, do século VIII, da propriedade da Abadia; um Evangelho de João, por volta de 800 d.C;  e as exposições temporárias que mostram textos manuscritos e iluminados, incluindo Bíblias, obras litúrgicas, livros de orações e biografias de santos, desde o século 8 d.C; e obras que retratam a vida cotidiana dos monges residentes, que fornecem informações sobre a vida da Abadia, desde o século IX até a Idade Média. Algumas primeiras obras são escritas em irlandês, evidência das raízes irlandesas do mosteiro.

 

Biblioteca da Abadia – Notkerstrasse, 22 -

Foi fundada pelos monges por volta do século VII, que se reuniam na cidade antes de existir o Mosteiro e a Catedral, no ano 612. Em 719, a Biblioteca foi anexada à antiga Abadia e desde essa época já apresentava uma coleção impressionante de escritos à mão, livros e publicações da idade média. Aos visitantes é exigido o uso de uma pantufa para percorrer o recinto. Guarda cerca de 170.000 trabalhos e dentre os 2.100 manuscritos, mais de 400 datam de antes dos anos 1000 d.C, o que coloca a biblioteca entre os mais importantes repositórios de manuscritos do mundo.  Possui  escritos que formaram a base da cultura e história intelectual do mundo ocidental, incluindo textos religiosos, literatura, música, história, leis, medicina, línguas e outros assuntos. Na adega abobadada da biblioteca, está o Lapidarium, cuja visita também está incluída no ingresso, mantêm exposições sobre a arquitetura do local e da formação cultural da Abadia de St. Gallen, além de outros objetos históricos.  Aberta todos os dias das 10.00 as 17.00h e o ingresso cobrado era de 10 Euros.

Casa de Pesagem – Bohl, 14 -

É um imponente prédio construído no século XIV para ser a Casa de Pesagem e armazém das mercadorias comercializadas pelos produtores regionais, funcionando até o século XIX. Localizado na Marktplatz, o prédio tem hoje um papel importante no cotidiano do transporte da cidade. Uma passagem no térreo conecta as ruas do entorno e Praça do Mercado, preservando assim o transporte público e os pequenos comércios de produtos alimentícios. No segundo andar do prédio, está localizado o Salão do Conselho, para as reuniões do parlamento da cidade

 

Catedral  - Klosterhof - 

Saindo da Estação Ferroviaria pela entrada principal, atravesse a rua e caminhe pela esquerda em direção ao centro histórico, e de longe poderá avistar a Catedral. Eram vários os nome da Catedral, para muitos era  Abadia, o Mosteiro e Catedral. O nome oficial era Abadia, mas como as abadias foram extintas, hoje o nome era uma referência histórica e a Catedral já fora também um Mosteiro, onde os Monges se dedicavam a estudos no local, mas o Mosteiro também foi extinto, em 1805.

Atualmente era a Catedral, que tinha suas origens no século VIII.  O prédio original foi construído em 719 e era possível conhecer um museu com os primeiros esboços da Abadia e algumas pedras do começo da  construção. O que se via hoje era um prédio que começara a ser construído em 1755, considerado uma das obras primas do Barroco.  Aproveite também para observar a lateral da Catedral onde encontrará quatro estátuas: Gallus: monge beneditino eremita, adorado como um santo. Foi  quem fundou eremitério no local, dando origem mais tarde à Abadia e à cidade de St. Gallus; Otmar von St. Gallen,  importante Abade da Abadia de St. Gallen, canonizado e era venerado como São Otmar; São Pedro, o apóstolo de Jesus e também São Paulo.

Centro Cultural Lokremise - Grünbergstrasse 7 -

A proximidade  com o cinema e a dança/teatro abre sinergias em termos de conteúdo, enquanto o caráter bruto do interior, permite exposições orientadas para o processo, bem como projetos artist-in-residence. Ocupa um prédio pioneiro da infra-estrutura ferroviária suíça, projetado por Carl Moser, originalmente utilizado para a manutenção de locomotivas a vapor. O prédio, que juntamente com o balneário (1902) e a torre de água (1906) de Robert Maillart, formam um conjunto único, e hoje é considerado um monumento industrial de importância nacional. Em 2008, os eleitores de St.Gallen aprovaram a aquisição da Lokremise e  seu uso como centro cultural.

Centro histórico

O destaque era o Distrito da Abadia, com sua Catedral barroca e a exclusiva biblioteca, que desde o século V abrigava milhares de obras e manuscritos e seu salão rococó que era considerado o mais belo da Suíça. Ainda no centro histórico era possível observar uma característica única e simbólica nas casas dos nobres da cidade: as janelas oriel. Eram sacadas proeminentes e minuciosamente  ornamentadas, legado arquitetônico dos casarios da burguesia do século XV , uma época de grande prosperidade por conta dos famosos bordados de St. Gallen. Ainda hoje existeiaexatos 111 oriéis preservados, esculpidos e ricamente decorados, adornando as fachadas dos prédios do centro histórico.

Festivais

Entre junho e julho acontecia o OpenAir St. Galen, um festival de música que era realizado ao ar livre e onde os participantes costumvaam armar suas barracas e ali pernoitar. Também promovia o  Saint Galler Festspielle, dedicado à música clássica, que era realizado também ao ar livre e em frente a Catedral.

Gallusplatz

É uma das maiores e mais importantes praças da cidade e onde se encontram  vários prédios históricos construídos pela técnica enxaimel, característicos de cidade antiga. Aqui fica a Gallusbrunnen, a fonte com a estátua em homenagem ao fundador da cidade – o Monge Gallus, que fundou um eremitério no ano de 612, que evoluiu para a construção da Abadia, no século VIII. A Abadia prosperou no século seguinte e acabou se tornando um local de peregrinação.

No entorno da praça, além do distrito da Abadia, dois prédios se destacavam merecendo a atenção dos visitantes: O Haus zum Greif, que traduzindo seria algo como a Casa do Grifo, localizada no número 22 da Gallusstrasse. A casa foi construída por famílias nobres, antes de 1500, e tempos depois recebera a pintura de dois grifos logo acima de sua janela oriel e que também era ornamentada com animais entalhados na madeira. Os grifos, animais míticos da antiguidade, originalmente agiam como guardiões do ouro e foram pintados por volta de 1897, pelo artista Josef Simon Schmitz-Speck.

Igreja St. Laurenzen – Marktgasse, 25  -

Os registros históricos davam conta de que a igreja foi mencionada pela primeira vez como a igreja paroquial da cidade independente de St. Gallen, em 1235. Sua importância para a cidade crescera à medida que se afastava da governança da Abadia, especialmente após a Reforma Protestante. Especialmente porque sua localização fazia fronteira com o Distrito da Abadia, que durante o período da Reforma, era separada da cidade pelo Schiedmauer, o muro divisor.

Visual e estruturalmente, a igreja passara por várias mudanças ao longo dos séculos. A partir da última reconstrução em 1850 passava a ter fachadas góticas que preservavam o estilo arquitetônico do século XV. Isso ocorrera graças aos esforços dos arquitetos da época que tinham por objetivo preservar os monumentos da cidade mantendo o estilo medieval. Na parte interna, o destaque era para o seu visual único, com paredes decoradas por formas geométricas e em cores bem sóbrias. O belo órgão em estilo neogótico, instalado em 1856 acima do Coro também se destacava na composição.

Janelas Oriel

Uma característica marcante do centro histórico eram as muitas casas burguesas, construídas entre os séculos XVI e XVIII. Eram casas com uma característica especial – as janelas oriel – que eram aqueles avanços nas fachadas dos prédios semelhantes a uma sacada, era um atributo arquitetônico importante nesta região, para demonstrar status. Eram ornamentadas com detalhes  pintados à mão e entalhados em madeira.

Quarteirão Vermelho

Era uma zona moderna e interessante, criada com um conceito único e original e surgida da necessidade de redesenhar o distrito financeiro da cidade, o bairro de Bleicheli, por meio de um concurso público. A proposta de Pipilotti Rist e do arquiteto Carlos Martínez, foi a vencedora, com um projeto chamado Stadtlounge. Com essa proposta eles criaram a Roterplatz, com uma sala de estar gigante ao ar livre, completamente coberta de vermelho, num espaço para que as pessoas pudessem desfrutar e relaxar enquanto se sentiam sobre um verdadeiro tapete vermelho. Eram vários os ambientes neste distrito, entre eles uma sala de estar, uma recepção, uma zona de café, um ambiente de negócios moderno ao ar livre.

Muro Divisor - Schiedmauer – Zeughausgasse, 2 -

A importância do Schiedmauer – o Muro Divisor, na história de St. Gallen remontava o período da Reforma Protestante, no século XVI. Como já mencionamos ao falar do portão Karlstor, o então Prefeito da época introduziu a reforma e a cidade se convertera à nova religião permanecendo apenas a Abadia de St. Gallen fiel à religião católica romana. Ela ficava protegida como uma fortaleza por um muro que a separava da cidade independente de St. Gallen, que passara a ter outra religião além do Governo próprio. O Schiedmauer era um símbolo de St. Gallen, já que a história era permeada por essa dualidade entre a cidade e a Abadia, desde a sua fundação. O muro que séculos antes foi construído como uma medida de proteção, acabara ganhando outra função ao ser erguido entre cidade e a Abadia. Uma força simbólica única ligada às disputas entre religião e política a partir da Reforma e nos anos que se seguiram.

 

Museus

 

Ainda que fossea considerada uma cidade pequena, tinha vários museus e Pinacotecas, que encantavam os visitantes por seus passados históricos e pela beleza de seus interiores muito bem conservados.

 

Museu de Arte – Museumstrasse, 32 – 

Continha esculturas contemporâneas internacionais, bem como pinturas e esculturas dos séculos XIX e XX. A coleção concentrava-se na arte holandesa, alemã e francesa. O prédio neoclássico foi projetado pelo arquiteto Johann Christoph Kunkler. Tinha um atraente programa de exposições com apelo internacional e, como tesouro da região do leste da Suíça, abrigava uma rica coleção que era mostrada em apresentações em mudança. Além de gravuras importantes de Dürer, Rembrandt e Callot, a coleção apresentava destaques artísticos na pintura holandesa do século XVII. A pintura alemã e francesa do século XIX era representada com obras-primas do Romantismo ao Impressionismo. A arte da virada do século também poderia ser documentada graças a importantes grupos de obras de Hodler e seus sucessores. A seção de arte moderna incluia obras de destaque de Kirchner, Taeuber-Arp, Klee e Warhol, assim como importantes instalações de Merz, Serra, Paik, Signer e Rist.

 

Monumento de Vadian – Neugasse, 2 -

Era uma estátua monumental, de Joachim Von Watt, o Prefeito que introduzira a Reforma Protestante na cidade. A sua importância histórica era tamanha que este Prefeito, escritor humanista, médico e reformador, era a única pessoa em St. Gallen a ser homenageada com um monumento. Von Watt nascera aqui em uma família de comerciantes de linho, ricos e influentes, o que lhe proporcionara a oportunidade de estudar em Viena e outras cidades da Europa. Entre os muitos registros em seu currículo, que passava pela primeira escalada documentada ao monte Pilatus, em Lucerna, estava a sua dedicação à escrita de vários textos teológicos para disseminar as visões reformatórias. Vadian faleceu aqui,  deixando em seu testamento sua grande biblioteca particular para a cidade. Seu acervo poderia ser encontrado na Biblioteca da Abadia, cuja coleção era chamada de Vadiana.

Museu da História Natural - Rorschacher Strasse, 263 –

Instalado numa área de 2000 m2, oferecia descobertas no mundo animal e mineral local. A apresentação da exposição aberta, com fotografias da sala, convidava os visitantes a tornarem-se, eles próprios ativos - agora também com o guia do museu digital em três línguas (D,E,F). A peça central era o maior relevo paisagístico da Suíça dos cantões de St. Gallen e ambos Appenzell com o mundo animal diverso, entre o Lago Constance e Ringelspitz. No reino do urso, grandes predadores nativos, formigas vivas da floresta e o urso das cavernas esperavam pelo visitante. O andar superior convidava  a uma viagem pela história evolutiva da vida: a exposição mais importante era o esqueleto original de um dinossauro de bico de pato. As invenções técnicas modeladas na natureza também eram um tema. Aqueles fascinados pelos cristais encontrariam o que procuravam na fenda da rocha artificial. O Café do museu, com terraço no jardim e o parque onde estavam os moldes fósseis, proporcionava um final de dia agradável.

Museu de História e Etnologia – HMV - Museumstrasse, 50 -

Possuia uma das mais importantes coleções de história cultural do leste da Suíça. Um dos focos era a história da cidade e da região, a história da medicina em St. Gallen, a porcelana suíça no século XVIII e fantasias. Os sotaques especiais eram definidos pelas salas históricas originais. A secção etnológica permitia aos visitantes encontrar grupos étnicos em todo o mundo. Um número considerável dos objetos eram doações de residentes. Com Han Coray e Eduard von der Heydt, dois colecionadores internacionalmente conhecidos estavam representados. A Arqueologia Fascinante oferecia uma introdução à arqueologia do Cantão e da cidade. Um tópico principal eram as escavações dos últimos anos (Rapperswil, Weesen, St. Gallen Old Town).

Museu do Ponto Amarelo  – Linsebühlstrasse, 77 –

Num processo que poderia ser experimentado chamado pós-postismo, o Point Jaune Museu combinava métodos históricos de transmissão de informação como a impressão manual em papel de xilogravura, tipografia de chumbo, etc. com a sua função na arte contemporânea examinava a eficácia destas técnicas culturais, libertadas da rentabilidade.  Ao colocar as instalações do Alte Post Linsebühl num contexto concreto e social, o museu questionava criticamente o conceito burguês do museu.

Museu do Sabonete Rorschacherstrasse, 135 -

Seu diretor, Vasco Hebel ( então com17 anos ) era o mais jovem diretor de museu da Suíça. Desde a infância Vasco colecionava sabonetes e aos 12 anos transformou sua coleção de mais de 3000 peças, em um museu que apresentava a história do sabonete. A exposição mudava anualmente e era sempre dedicada a um novo tema. As portas estavam abertas todos os domingos, das 11.00 as 16.00h. O museu contava também com uma lojinha, cujos sabonetes eram feitos pelo próprio Vasco e também havia a opção de fazer workshop de 3 horas,, onde o visitante aprenderia a fazer seu próprio sabonete. Além da exibição de sabonetes da coleção, Vasco também tinha sua própria linha de sabonetes, O gato, baseada na linha francesa Le chat. A Mostra  explicava o que era o sabonete e surpreendia com a variedade de cores, formas e usos. Uma velha máquina de fazer sabonetes era utilizada para ilustrar a produção. Antigos anúncios transmitiam uma imagem da publicidade ao sabão no passado, e ferramentas que ainda se encontravam em todas as casas havia duas gerações, forneciam uma visão sobre a história cultural da limpeza.

Museu dos Bombeiros – Burgstrasse, 61 –

Os fogos eram uni presentes na Idade Média. Mas o medo do fogo também tornara as pessoas inventivas quando se tratava de combater os incêndios. No museu dos bombeiros do DEPOT61, havia uma interessante coleção de parafernália dos bombeiros de várias épocas,  incluindo a buzina de alarme manual, os motores de incêndio manuais puxados por cavalos, uma bomba extintora, a bomba de incêndio do século XVIII, a bomba de carro Saurer Helene,  de 1909 e muitas exposições únicas. Abria à visitação aos sábados das 10.00 as 17.00h.

Museu e Biblioteca Textil -  Vadianstrasse,  22.

A cidade tinha uma longa tradição de produção e processamento de têxteis, que se originara na Idade Média e continuava até hoje. Durante a Idade Média, destacava-se na produção de linho, matéria-prima para as roupas íntimas, próspera na região do Lago de Konstanz e, como resultado, a atividade tornara-se crescente. Os tecidos de linho de St. Gallen eram conhecidos por sua alta qualidade e, na época, já eram exportados para todo o mundo.

No início do século XVIII, ocorrera uma mudança estrutural no mundo têxtil: a partir de 1730, o linho ia sendo cada vez mais substituído pelo algodão. Apareceram na região, moinhos para fiar e tecer algodão. Até a decoração com bordados, se tornava mais popular. Antes da introdução da máquina de bordar, o trabalho era feito à mão. A revolução industrial também afetara a indústria têxtil suíça: em 1828/29, Josse Heilmann, nascido na Alsácia, conseguira desenvolver a máquina de bordar, em primeira mão, entre outras invenções. A máquina,  bordava utilizando mais de 300 agulhas simultaneamente e, portanto, era capaz de transferir com mais precisão, o designer desejado sobre o tecido. Antes desta invenção, as mulheres bordavam a mão, enquanto a máquina era manuseada por alguns homens, que faziam bordados finos, em quantidades industriais.

Inovação tecnológica e de alta qualidade, foram importantes fatores de sucesso para a indústria têxtil no leste da Suíça. Também se aplicava ao design de tesouros têxteis. Somente aqueles que eram capazes de produzir continuamente, novos projetos poderiam sobreviver na imprevisível indústria da moda. Fontes de inspiração incluiam rendas artesanais históricas. Estes eram deliberadamente, coletados por fabricantes de têxteis e disponibilizados para designers, como modelos. O Museu Têxtil de St. Gallen, que fora inaugurado em 1886, também continha uma coleção que servia para inspirar e treinar designers de tecidos. Ainda hoje, a renda no Museu Têxtil, continuava sendo um dos principais elementos da coleção. Horário de funcionamento: abria diariamente das 10.00 as 17.00h. O ingresso adulto custava 12 francos e para crianças e jovens até 18 anos era gratuito também para quem tivesse o Swiss Travel Pass.

Museu têxtil – Vadianstrasse, 2 -

Demonstrava as famosas rendas de St. Gallen e algumas curiosidades mais. Mostrava as máquinas antigas e o modo como se produziam as rendas artesanais no passado. Desde a fundação do museu em 1878, a coleção crescera para mais de 40.000 itens. Além de máquina de bordar, a empresa possuia extensas coleções de bordados à mão, rendas, padrões de tecido, materiais de impressão e outras técnicas têxteis. No século XV, a cidade ficara conhecida por produzir tecidos de alta qualidade. Em 1714, chegara ao auge, com uma produção anual de 38.000 peças de tecido. No início do século XIX, as primeiras máquinas de bordar foram desenvolvidas aqui e por volta de 1910, sua produção de bordados fora o maior segmento de exportação da economia suíça, mais de 50% da produção mundial provinha de St.Gallen. No entanto, a Primeira Guerra Mundial e a Grande Depressão, geraram uma crise severa aos bordados e mais tarde devido à concorrência e à prevalência de máquinas de bordar operadas por computador, apenas uma reduzida parte da indústria sobrevivera. No entanto, as rendas de St. Gallen ainda eram muito populares como matéria-prima para criações de alta costura e estavam entre os têxteis mais famosos do mundo.

Multergasse -    

Era uma rua de pedestres e onde estavam as principais lojas da cidade. Como os preços na Suíça não eram nada convidativos e esta era uma região de tríplice fronteira entre Alemanha, Áustria e Suíça, a sugestão para compras era visitar as cidades alemãs que ficavam na fronteira, como Konstanz e Lindau.

Natureza

Eram vários parques espalhados na cidade, dentre eles estava o Wildpark Peter & Paul, um lugar perfeito para caminhadas e observação de animais, como as  marmotas. Os suíços adoravam este tipo de passeio, e fazer trilhas era o esporte oficial do país. A subida até o topo, podia ser cansativa, mas se o dia estivesse bonito dava para avistar o Lago de Konstanz e um pouco do panorama do Cantão de St. Gallen.

Portão de Charles - Klosterhof 10 -

O Karlstor é o último portão histórico que ainda existe na muralha medieval da cidade. Os detalhes e elementos decorativos ainda estão preservados. É possível ver belos relevos na parede externa, esculpidos na pedra, como o brasão de armas do antigo império alemão e o brasão de armas do Papa. Além disso, estão presentes duas figuras históricas da Abadia de St. Gallen: o monge Gallus e abade Otmar, respectivamente o fundador do eremitério e o fundador da Abadia.

A história do Karlstor é peculiar: quando se iniciou a Reforma Protestante no século XVI, a cidade de St. Gallen se converteu à nova religião. Entretanto, a Abadia de St. Gallen permaneceu católica romana, protegida como uma fortaleza e um muro que a separava da cidade. Era o chamado Muro Divisor.  Foi então que o abade responsável e então Príncipe da região que incluía a Abadia, mandou construir o Karlstor, o Portão de Charles. Assim ele poderia alcançar toda a área sob sua governança que além dos domínios dentro da muralha, também incluía a paisagem circundante, do Lago Constança a Toggenburg. Dessa forma ele conseguia exercer sua autoridade católica sem que tivesse que se aventurar na cidade reformada. O nome Karlstor deriva do relato de que o Cardeal Karl Borromäus, um representante significativo da Contra-Reforma, foi o primeiro a atravessar o portão. 

Praça do Mercado

É um dos locais de maior movimento e aonde os comerciantes vinham vender seus produtos,  tornando-se nos tempos modernos um hub de transporte da cidade, por onde  circulam os trans ônibus e fica o acesso à Estação de Trens. A praça ostenta alguns prédios históricos como o Waghaus e mais uma das obras urbanas do arquiteto espanhol Santiago Calatrava: uma estação de tram e ônibus.

Rua do Mercado

A Marktgasse é uma das principais vias do centro da cidade, uma rua para pedestres e onde os veículos só entram para fazer entregas e em determinados horários. É onde acontece o concorrido Mercado de Natal.

Säntis

É um Mirante a 2.502 metros de altura, instalado no paraíso itinerante do Alpstein que proporciona uma vista do Alpenkranz, e de seis países ao redor. O teleférico para chegar  até lá, parte de Schwägalp.

Sitterwerk – Sittertalstrasse, 34 -

Instalado no local de uma antiga tinturaria têxtil, é um lugar animado, caracterizado pela arte e produção. A biblioteca de arte com 25.000 volumes e o arquivo de materiais com amostras de material da produção artística, estão abertos ao público. Também estava aberto ao público o Kesselhaus Josephsohn, como espaço permanente de exposição e armazenamento das esculturas e rebocos do escultor Hans Josephsohn. As suas obras são apresentadas, conservadas, vendidas a exposições e coleções. Na Kunstgiesserei, no laboratório de fotografia e nas instituições do Sitterwerk, a produção, pesquisa, conservação, apresentação e mediação da arte interpenetram e enriquecem-se mutuamente de muitas maneiras.

Wildpark Peter & Paul – Kirchlistrasse, 92 -  

É um lugar perfeito para fazer caminhadas e observar animais típicos como camurça, javali, marmotas, lince, gato selvagem, e veado,  desconectando um pouco da vida urbana. Os suíços adoram este tipo de passeio, uma vez que fazer trilhas é o esporte principal do país. A subida até o topo pode ser cansativa, mas se o dia estiver bonito poderá avistar o Lago de Constança e um pouco do panorama do Cantão de St. Gallen. Vale a caminhada.

Zum Schlössli – Zeughausgasse, 17 -

é um dos prédios históricos e emblemáticos remanescentes do período pós Idade Média de St. Gallen. Foi construído entre 1586 e 1590 sendo atualmente considerada a maior residência particular da cidade. Sua história remonta ao auge da produção comercial da indústria de tecidos que fazia de St. Gallen uma das mais prósperas cidades no ramo, no século XVI. Os ricos comerciantes têxteis de St. Gallen, para imitar um estilo de vida da aristocracia européia, costumavam ter casas de campo semelhantes a um castelo, além de ter suas casas na cidade. Mas a rica família têxtil Zollikofer resolveu construir sua enorme residência no centro da cidade, como um castelo que ficou conhecido como Schlössli, que em livre tradução seria algo como pequeno castelo. O prédio localizado a poucos passos da Klosterhof está bem conservado e pode ser visitado! Este histórico prédio abriga um dos restaurantes mais tradicionais de St. Gallen, o Gaststuben Zum Schlössli.

Onde dormir

Hotel am Spisertor - $$$ - Moosbruggstrasse, 1 –

Está localizado ao lado da área comercial de pedestres,  no centro. Os quartos são  modernos, com TV a cabo e o banho é completo e com amenidades. Em frente ao hotel fica a Parada de trans da linha Trogenerbahn. Tinha estacionamento cortesia. O restaurante funcionava das 12.00 até as 18.30h.  

Hotel Sorell City Weissenstein – $$$$ - Davidstrasse, 22.

Tem localização tranquila, na zona de pedestres perto do centro histórico e da principal estação de trem. Os quartos amplos e modernos incluem TV via satélite, comodidades para fazer chá e café e banheiro privativo. Oferecia acesso grátis a internet e estacionamento privativo ao lado do hotel. Tinha quartos para famílias, para não fumantes e para PNEs.

 

Hotel Walhalla – $$$$ - Banhofplatz –

Dispõe de quartos ótimos, com camas grandes e confortáveis, TV de tela plana, banho completo  e com amenidades, uma máquina de café expresso e acesso a internet grátis.  Serve um ótimo café da manhã e oferece regime de meia pensão, com escolha de dois tipos de comidas para o jantar, com oferta de pratos típicos suíços. O Serviço de Recepção funcionava 24 horas.

 

Romantik Hotel Metropol - $$$ - Bahnhofplatz, 3 -

Está localizado no centro da cidade, em frente à Estação Ferroviária Principal de St. Gallen. Oferecia quartos elegantes, cozinha gourmet e WiFi gratuito. Os quartos estão equipados com televisão por cabo. A refinada cozinha local com um toque mediterrâneo era servida no restaurante O'Premier, que oferece vista panorâmica da praça em frente à estação. O jantar de 3 pratos era preparado com produtos locais e acompanhado por bons vinhos da adega do Metropol.

 

Gastronomia

Aproveite para provar a que é considerada a salsicha mais famosa da Suíça: a bratwurst,  produzida com leite, bacon e baby beef. Na comemoração do Dia Nacional da Suíça é servida em barraquinhas armadas pelas ruas e praças, assadas sobre grelhas recebendo cortes, transversal que as tornam mais saborosas. 

Onde comer e beber

Brattwurst & Co. - Schmiedgasse Street, 34 -

Servem o melhor bratwurst da cidade –

Pizzeria Piccolla  - Burggraben Street, 25 -

É recomendado, como onde são servidas as melhores pizzas da região.   

Restaurante Acquarello – Davidstrasse, 38 -

Como o próprio nome confirma, trata-se de um vero italiano que além de bem freqüentado e movimentado, prepara deliciosos pratos da cozinha do país da bota e servem ótimos vinhos da mesma origem. Confira que não vai se arrepender!

Restaurante  Fondue Beizli – Brühlgasse, 26 –

Instalado num bonito chalé, numa rua meio escondida, garante que serve a melhor fondue da região, como a fondue aux fines herbes, a Herrenfondue, a Jägerfondue e mais outras sete  combinações maravilhosas. Para quem não é chegada a uma fondue, havia outras opções como a raclete, o Chäsknöpfli e o Späetzel, com várias opções de queijos para acompanhamento.

Restaurante Gallusplatz – Gallusstrasse, 24

O prédio originalmente construído para servir de estábulo para a cavalaria do Bispo, tem muito que relatar sobre seu passado e seus freqüentadores. Hoje servia de ambiente para um excelente e requintado restaurante especializado na cozinha regional.

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