SEVILHA - Museus e Palácios - Espanha - parte 2/2

Plaza de Espanha
Os Museus e afins
Arquivo Geral das Índias – Avenida Constituição
Localizado no coração de Sevilha, junto à Catedral e o Alcácer, era uma das construções mais emblemáticas da cidade onde se guardava o registro do seu esplendoroso passado como porta de comércio com as Índias. Após a chegada à América, durante o século XVI, os comerciantes costumavam realizar os seus negócios na zona da Catedral até que o Governo local decidiu instalar correntes à volta do templo para afastar a multidão, oportunidade que o Rei Filipe II mandara construir o prédio para instalar o Mercado. Em 1875, fora tomada a decisão de construir o Arquivo das Índias da cidade, para reunir a documentação sobre a administração das Colônias espanholas. O Arquivo das Índias contava com cerca de 43.000 pastas que continham 80 milhões de páginas, além de 8.000 mapas. Abria de terça a sábado das 9.30 às 16.45h e domingos e feriados das 10.00 às 13.45h. Para chegar use o Metrô Puerta de Jerez – Linha 1 ou os ônibus das linhas C4, C3, 5, 41, 42, C1 e C2. A entrada era gratuita.
Casa de Pilates – Calle Pilates
Sua construção começara no final do século XV e era o protótipo de um palácio andaluz de origem mourisca, mas também tinha elementos góticos e platerescos. O portal era renascentista, coroado com ameia gótica e o pátio principal tinha a decoração mudéjar e plateresca. Na sala do Descanso dos Juízes existia um belo arco revestido com elementos mudéjares e góticos, um bonito rodapé de azulejos e frisos de gessarias. Percorra a bela residência observando suas fontes, estátuas, tapeçarias e mobiliário, num verdadeiro museu de arte, incluindo obras de Goya. Para visitar era cobrado ingresso completo de: 12€ e apenas planta principal: 10 Euros. O valor incluia audioguia em espanhol, francês, inglês, português, alemão, japonês e italiano. Para chegar use o Metrô linha 1 ou os ônibus: linhas 1, 21, 24 e C4.
Casa dos Pinelo – Calle Abades, 9 –
Este prédio fora construído no primeiro terço do século XVI para o Cônego da Catedral de Sevilha, Don Diego Pinelo, de origem genovesa. Era uma das primeiras casas nobres construídas em Sevilha e incorporava vários elementos arquitetônicos de tipo renascentista. A casa pertencia à família Pinelo, tendo os Cônegos Jerônimo e Pedro Pinelo, seus últimos proprietários que a doaram à Catedral de Sevilha. Desde então, fora residência dos Cônegos (daí a rua ser chamada de Abades) da Sé, até aos confiscos do século XIX. Desde que passou para mãos privadas teve diversas utilizações: centro de ensino primário e secundário, armazém de aluguel de carruagens, gráfica, escritórios do Monte de Piedad e no início do século XX um hotel (Pensión Don Marcos). Em 1966, o El Corte Inglés adquirira o prédio e doara à Câmara Municipal de Sevilha. A Casa combinava elementos renascentistas e mudéjares, seguindo o protótipo das casas-palácio de origem medieval. Por isso, assemelhava-se a outras casas nobres de Sevilha, como a Casa de Pilatos ou o Palácio de Dueñas.
O acesso era feito por uma magnífica escadaria, com cúpula octogonal de decoração mudéjar e presidida por uma réplica da pintura de Murillo, Santa Isabel da Hungria curando os enfermos e alimentando os pobres, cujo original se encontrava na Igreja do Hospital de Caridade ao lado de uma escultura da Virgem com o Menino e uma maçã na mão, como uma nova Eva. No primeiro piso ficava a sede da Real Academia de Bellas Artes de Santa Isabel de Hungría. Abria a visitas de segunda e sextas pela manhã e somente para grupos pré agendados. Para individuais abria as terças e quintas também pela manhã.
Casa Museu Blas Infante - Calle Carreras, 51 –
A proposta era promover a vida e a obra deste famoso andaluz. A casa-museu estava instalada na antiga casa de Blas Infante. Tinha dois pisos, uma sala de exposições, uma sala de consulta de todo o tipo de documentos, um arquivo e uma sala de conferências. As obras completas de Blas Infante podiam ser encontradas aqui. Existiam originais e cópias de muitas das revistas mais lidas da sua época que contiam artigos sobre ele, bem como documentos relevantes que escrevera ou assinara, como o Regulamento Interno do Centro Andaluz de Sevilla, que presidia, cópias dos documentos de fundação do Centro Andaluz de Casares e dos registros acadêmicos do proprietário original da casa. Havia também uma coleção de fotografias que retratavam lugares e momentos essenciais de sua vida. As cenas apresentadas iam desde a Assembléia de Ronda, de 1918, até ao hasteamento da bandeira da Andaluzia em Sevilha, durante a Segunda República. As visitas eram das 10.00 às 17.00h.
Centro Andaluz de Arte Contemporânea – Avenida Americo Vespucio, 2 -
Fora criado em Fevereiro de 1990 com o objetivo de dotar a comunidade local de uma instituição de investigação, conservação e promoção da arte contemporânea. Posteriormente o centro passara a adquirir as primeiras obras do seu acervo permanente de arte contemporânea. O antigo Mosteiro Cartuxo passara a ser a sua sede em 1997, momento decisivo na história do museu. Fora também então que a Zona Monumental de La Cartuja e o Museu de Arte Contemporânea de Sevilha, juntamente com as respetivas coleções, passaram a fazer parte do CAAC. Desde o início, um dos principais objetivos do centro tem sido desenvolver um programa de atividades que tentasse promover o estudo da criação artística internacional contemporânea em todas as suas facetas. Exposições temporárias, seminários, workshops, concertos, reuniões, recitais, ciclos de filmes e palestras tinham sido os instrumentos de comunicação utilizados para cumprir este objetivo.
Para complementar a visita ao centro, o visitante poderia também conhecer o recinto histórico do antigo Mosteiro que incluía a antiga Porta da Corrente, átrio, capelas de Santa Catalina, San Bruno, Santa Ana, Profundis e a Magdalena, a Cela do Priorado, igreja, a sacristia, claustros, capítulo dos Monges, refeitório, jardins e pomares. Desde 1994, o centro organizava um conjunto de exposições temáticas relativas a diferentes aspectos do Mosteiro, nas quais peças do seu arquivo abordavam acontecimentos relevantes da criação estética contemporânea. A Biblioteca continha mais de 26.000 volumes relativos a múltiplos aspectos da arte contemporânea, com particular interesse em catálogos de exposições desde a década de 1960 até ao presente e numerosos fac-símiles.
Centro Cerâmico Tirana - Calle Callao, 16 –
Criado em 2014 com o objetivo de destacar a história da tradição oleira em Triana, além de servir como centro de recepção, interpretação e estruturação para a visita ao bairro de Triana. Situava-se no Complexo Oleiro que fora sede da empresa Cerámica Santa Ana Rodríguez Díaz S.L., que se mantivera em atividade desde finais da época medieval, produzindo inúmeros vasos e azulejos famosos em todo o mundo. A fachada ainda conservava a placa da antiga empresa, pintada com corda seca sobre fundo azul.
O prédio tinha dois pisos: no térreo descrevia-se o processo de produção cerâmica ao longo de um percurso labiríntico, entre fornos de cozimento de cerâmica e antigos espaços fabris. Vários expositores, audiovisuais e material original mostravam ao visitante como era produzida a cerâmica em Triana, descrevendo algumas das inúmeras oficinas que funcionavam no bairro no início do século XX. No primeiro andar encontrava-se, por um lado, a coleção permanente, que apresentava obras pertencentes a vários períodos históricos (século XII ao século XX); uma sala de exposições temporárias; e o espaço intitulado Triana, coração do Flamenco. Nomes e cartazes da Bienal, que abrigava uma exposição permanente que revisitava a história gráfica de tão grande evento, onde o visitante poderiam ver os cartazes originais assinados pelos seus autores, de 1980 a 2020.
Era a sede da Bienal de Flamenco, arte universal declarada Patrimônio Imaterial da Humanidade e também do Festival de Música Antiga de Sevilha (FeMÀS), reitor nacional e festival de referência no sul da Europa, na sua especialidade. Abria de terça a sábado das 9.30 às 16.45h e aos domingos e feriados das 10.00 às 13.45h. Para chegar use o Metrô Puerta de Jerez – Linha 1 ou o ônibus.
Centro da Memória – Calle Cuna, 6 –
Era um Centro Cultural Flamenco localizado num prédio histórico no centro da cidade de Sevilha. O Centro estava instalado numa tradicional casa e pátio sevilhano que eram as antigas cavalariças do vizinho Palácio da Condessa de Lebrija, prédio cujas origens remontavam ao século XVI. O espetáculo de flamenco Tarde de Flamenco acontecia em um teatro intimista, com vista para o pátio central. Na loja o visitante poderá encontrar artigos para presentes relacionados com o mundo do flamenco. As apresentações eram das 14.00 às 15.00h e das 19.30 às 21.00h.
Centro de Interpretação da Juderia – Calle Ximénez de Enciso, 22 -
O objetivo era dar a conhecer uma parte da cultura judaica que muitas vezes fora esquecida e fazia parte da história de Espanha, como o seu passado judaico. Era exposta uma série de peças e objetos que narravam como era o bairro judeu de Sevilha, seus limites físicos na cidade, sua história, suas figuras mais proeminentes, suas lendas, suas conquistas sociais e culturais e as perseguições que ali foram vividas. Tecia um fio narrativo que faria com que o visitante conhecessem durante a visita o passado de uma das zonas mais bonitas de Sevilha.
O centro tinha no seu acervo uma jóia da pintura espanhola: A Expulsão dos Judeus de Sevilha, pintura de Joaquín Turina Areal, pintor da Escola Sevilhana do século XIX. Era uma das poucas obras pictóricas que abordavam o tema da expulsão dos judeus em Espanha e o seu lamento pela perda do que fora a sua pátria, a Espanha, desde o primeiro século depois de Cristo. Abria a visitas das 10.30 às 19.00h.
Fonte da Fama –
Instalada junto ao Real Alcázar era um incrível exemplo da engenharia do século XVII. Com um sistema hidráulico único, a água gerava ar que passava pelos tubos e criava melodias. Soava de hora em hora, das 10.00 às 19.00h, com peças criadas há mais de 300 anos.
Museu Antiquario – Plaza de la Encarnación s/n.
As obras do Metropol Parasol revelaram vestígios visíveis de grande parte do período romano, desde Tibério até ao século XVII. e uma casa islâmica almóada, dos séculos XII e XIII. Além disso, preservara informações de períodos que abrangiam a Idade Média, Moderna e Contemporânea. Os vestígios arqueológicos situavam-se num espaço aberto de 4.879 metros quadrados, estando os vestígios da cidade romana a uma cota de -5,45 metros e uma altura livre de 3,95 metros. O Antiqvarivm contemplava uma membrana de vidro que envolve todo o espaço, com a capacidade de modificar a nossa percepção graças à sua qualidade mutável, quase camaleônica, para variar as suas propriedades: ser transparente ou translúcido, passando por todos os graus intermédios; deixe uma imagem ser vista ou refletida, deixe a luz passar ou refleti-la. Este efeito, juntamente com as paredes suspensas (construídas com tecidos metálicos) e as lanternas de luz, tinham como objetivo reconstruir as sensações dos espaços em que viveram os seus antepassados.
Museu Arqueológico de Sevilha – Plaza de América s/n. –
Ocupava um pavilhão de estilo neorenascentista construído para a Exposição Ibero-Americana de 1929 seu acervo arqueológico fora transferido para este centro em 1942. A visita começava no Paleolítico Inferior e terminava na Idade Média, com materiais árabes e mudéjares; passando por interessantes fases intermediárias, como a do mundo romano. No andar térreo poderiam ser vistos, em ordem cronológica, os materiais procedentes dos sítios arqueológicos pré-históricos da província de Sevilha. Destaque para o Tesouro do Carambolo, da época dos Tartesos, que contava com uma sala monográfica no primeiro andar. Na coleção era exibida uma reprodução do impressionante tesouro de ouro em relação ao seu contexto original: Um santuário dedicado às divindades fenícias.
Museu Casa da Ciência – Avenida María Luisa s/n - Pavilhão do Perú –
Era um espaço aberto de divulgação científica, lazer educativo e cultural para todos os cidadãos. Pertencia ao Conselho Superior de Investigação Científica (CSIC), e a experiência, formação e qualidade de investigação desta instituição eram inspiradores de seu conteúdo. Tinha exposições permanentes que abordavam alguns dos temas universais da Ciência, como as grandes espécies que povoam os nossos mares, ou o longo percurso de transformações geológicas que a Terra sofrera, especialmente a Província de Sevilha.
Museu da Inquisição – Plaza del Altozano -
Situado no bairro de Triana, próximo às margens do Rio Guadalquivir, o Castillo San Jorge fora sede da Inquisição Espanhola de 1481 a 1785. O castelo do século XII fora demolido no século XIX, para dar lugar a um mercado e hoje ruínas subterrâneas do castelo abrigavam o Museu da Inquisição. Fundado em 2009, o museu narrava os expurgos religiosos que ocorreram durante um dos períodos mais sombrios da história espanhola. Os visitantes conheceriam sobre como ocorrera a Inquisição, desde acusações e inquéritos a detenções e torturas, bem como sobre a vida diária no castelo para prisioneiros e carcereiros. No entanto, nenhum dispositivo de tortura era exibido. Os desenhos mostravam suspeitos usando gorros pontudos e túnicas marcadas com um X, e os mapas mostravam os outros locais importantes relacionados à Inquisição, em Sevilha. Abria de segunda a sexta das 11.00 às 18.30h. e aos sábados, domingos e feriados das 10.00 às 15.00h. Entrada gratuita.
Museu da Música Africana – Calle Automoción, 16 - Polígono Calonge –
O museu e espaço multifuncional sevilhano, promoviam diversas atividades incluía sessões de cinema com filmes africanos e oficinas diurnas e noturnas de percussão africana, além de visitas ao museu, que contava com centenas de instrumentos antigos africanos originais.
Museu das Carruagens – Plaza de Cuba, 10 -
Inaugurado em Outubro de 1999 com o propósito de integrar o circuito cultural da cidade, dando a conhecer ao público o fascinante mundo das carruagens puxadas por cavalos. Existiam alguns museus semelhantes em Espanha, mas este é provavelmente o maior e o mais interessante. Não havia muitas carruagens, mas as que havia em exibição eram lindas e estavam em bom estado de conservação, e classificadas por diferentes tipos. Abria de segunda a sexta das 9.00 às 14.00h e fechava domingos e feriados.
Museu das Ilusões
Era uma das atrações para incluir no roteiro de famílias que viajavam com crianças. O ambiente educativo e sensorial, desafiava a lógica e realizava o impossível por meio das ilusões. Embora focado nas crianças, muitos adultos se divertiam experimentando as atividades que revelavam como o nosso cérebro interpretava a realidade, portanto, o atrativo poderia ser um ótimo passeio em família ou entre amigos.
Museu de Arte e Costumes Populares - Plaza de America – Parque Maria Luiza, 3 -
Criado em 1972, era dedicado ao patrimônio etnológico da Andaluzia, tanto material como humano. Os objetos e utensílios expostos documentavam os costumes, saberes e modos de vida da cultura tradicional da região. Estava instalado no Pavilhão Mudéjar projetado pelo arquiteto Aníbal González, para a Exposição Hispano-Americana de 1929. As suas coleções mais importantes eram dedicadas à cerâmica, ao vestuário e ao artesanato andaluz. Outras coleções importantes incluíam a coleção Aguiar, de pintura costumbrista, a coleção Soria de marfim e cerâmica oriental, a coleção de cerâmica Gestoso e, em particular, a coleção de rendas e bordados Díaz Velázquez, uma das mais importantes da Europa, as 6.000 peças de que poderiam ocupar sozinhos um museu especializado.
A Câmara Municipal de Sevilha também depositara no museu a sua colecção de cartazes originais da Feira da Primavera da cidade. As novidades da última década incluiam a aquisição da Coleção Loty, composta por mais de 2.000 peças de vidro antigo, com detalhes da cidade e do modo de vida andaluz, do início do século XX a 1936, duas coleções de brinquedos e uma de mais de 7.000 cartões postais. A sala central do piso térreo era dedicada a exposições temporárias. Além das exposições, as instalações abertas ao público incluiam a recriação de uma adega de Huelva, uma sala audiovisual onde os visitantes poderiam assistir a documentários sobre os estilos de vida tradicionais andaluzes, uma sala para atividades educativas e uma biblioteca, especializada em antropologia e museus. Abria diariamente das 10.00 às 17.00h.
Museu da Arte Sacra -
O Castillo de San Jorge de Triana reabrira como o primeiro museu dedicado à arte sacra de Sevilha, transformando um espaço desperdiçado num lugar importante para os artesãos das Irmandades. Reabriu em fevereiro de 2025 com a exposição Do esboço à glória, o percurso da Arte Sacra, reunindo mais de 60 oficinas e peças doadas por Irmandades religiosas e colecionadores. A exposição ficará aberta durante seis meses com visitas guiadas.
Museu da História da Farmácia – Calle Tramontana, 2 -
Estava instalado na Faculdade de Farmácia da Universidade de Sevilha. Abrigava uma série de histórias, substâncias e utensílios que fizeram parte da vida de profissionais espanhóis. Antonio Ramos Carrillo, professor de História da Farmácia na Universidade de Sevilha, transformara em museu a coleção de utensílios, medicamentos, ferramentas, drogas e boticários que ele reunira, muitos deles doações de antigas farmácias que foram fechando suas portas para sempre. Reunia mais de 2.000 peças que mostravam ao visitante uma época em que as farmácias também eram um espaço de aprendizagem.
Museu de Belas Artes - Plaza do Museo, 9 –
Instalado no antigo Convento da Merced Calzada, dos princípios do século XVII, seu acervo incluía obras que iam desde o gótico até o século XX. Sua coleção começara a ser reunida ao longo de sua história, graças a bens eclesiásticos liberados, doações particulares e aquisições públicas. Em suas várias salas, era possível contemplar obras de pintores como El Greco, Pacheco, Velázquez, Alonso Cano, entre outros. Em seu interior destacavam-se o espaço dedicado a Murillo e a Escola Sevilhana, do século XVII e os quadros religiosos de Zurbarán. A riqueza, o poder e a influência de Sevilha — construídas, em boa medida, com a rapina das Américas — não poderiam ter passado em branco pela fisionomia da cidade. O Barroco Sevilhano, era uma das escolas mais significativas do chamado Século de Ouro espanhol. No tempo em que o sol não se punha sobre as terras do Império, artistas, arquitetos e artesãos se esforçavam, naquela beira do Rio Guadalquivir, para traduzir em fachadas, pátios e altares todo o esplendor sustentado pelos carregamentos que cruzavam o Atlântico, em seus navios.
Bons exemplos desse esplendor, estavam expostos no Museu aberto em 1841, no antigo Convento de la Merced Calzada. Era a segunda Pinacoteca mais importante de toda a Espanha — perdia apenas para o Museu do Prado. A visita ao museu, era fundamental para entender Sevilha. Bastava andar pelas ruas da cidade, para perceber a febre de beleza que consumia a então capital do Atlântico, durante os tempos áureos do Império Espanhol. Os poderosos competiam para ver quem tinha o solar mais vistoso, ou doava a peça mais bonita para decorar sua igreja de devoção. Isso fizera de Sevilha um rico mercado para mestres e artistas, que chegavam de todas as partes da Europa — não bastasse a cidade ter a honra de ser local de nascimento de Murillo e Velázquez, e lar adotivo de Zurbarán, que até hoje emplacavam fácil os lugares de destaque, em qualquer antologia da pintura espanhola.
Museu do Baile Flamenco – Calle Manuel Rojas Marcos, 3 – bairro Santa Cruz -
Oferecia diariamente apresentações de flamenco com o espetáculo Pátio Flamenco. O pátio central do museu fora especialmente concebido para receber espetáculos para um pequeno número de espectadores. Sob a direção da senhora Cristina Hoyos, as exposições atraiam alguns dos melhores talentos de Sevilha e de Espanha. Exposições interativas mostravam as origens e a evolução do flamenco, abrangendo os diversos estilos de música e dança. Oferecia uma grande variedade de exposições e oficinas, como exposições focadas no flamenco que incluíam pinturas, desenhos e fotografia. Aulas de dança e percussão eram uma amostra das oficinas oferecidas no museu.
O museu tornara-se um local de referência do bom flamenco em Sevilha. Após uma breve introdução, o espetáculo de uma hora Pátio Flamenco, demonstrava a dedicação do museu em levar aos seus visitantes um espetáculo de flamenco autêntico e único. A performance acontecia no pátio do prédio histórico com um elenco de artistas que mudava a cada dia. Um dia o espetáculo poderia apresentar Alegrias, outro pode ser uma Seguiriya solene, Solea por Bulerías, um Taranto trágico, Tangos emocionantes ou outro estilo de flamenco. As visitas ao museu podiam ser feitas a qualquer hora do dia a partir do horário estipulado no seu bilhete, sempre das 11.00 às 18.00h exceto na primeira segunda-feira de cada mês, quando abriria às 16.00h.
Museu dos Tesouros da Catedral - Avenida da Constituição -
Era um museu religioso onde se poderia ver todas as relíquias da Catedral de Sevilha. O espaço era também conhecido como Tesouro da Catedral abrigando importantes obras de Murillo, Zurbarán, Luis de Morales e Francisco Herrera el Mozo. A maravilhosa coroa da Virgem dos Reis, que se conservava no tesouro, foi feita em 1904 e por ocasião da coroação canônica da Virgem. Era recomendado reservar o seu lugar online alguns dias antes da data prevista da visita. A Catedral estava repleta de pinturas e preciosos objetos eclesiásticos. Algumas obras eram facilmente visíveis, outras ficavam em capelas com grades que não permitiam ver as obras de perto. Era uma bela visita a um lugar incrível em sua escala, mas de acesso não tão fácil quanto a um museu.
Museu Histórico Militar – Avenida de Portugal -
Localizado no corredor interior da Plaza de España, entre a Puerta de Aragón e a Torre Norte era herdeiro, em grande parte, dos fundos da antiga Artilharia Maestranza de Sevilla. O caráter de museu permanente e aberto ao público, era alcançado em sua localização atual e final, na Plaza de Espanha, ao lado da Puerta de Aragón e nas proximidades do prédio sede. Numa área de exposição de 2.036 m2, era constituído por mais de doze salas que expunham a maioria dos seus cinco mil fundos de conteúdo muito variado, que iam desde a arqueologia industrial até dispositivos de guerra. Destacavam-se as salas dedicadas à Artilharia Maestranza, com uma ampla coleção de armas portáteis aqui fabricadas, e elementos dos vários ofícios presentes na fábrica, como selaria, carpintaria, etc. Em outras salas, a história de Sevilha era amplamente representada por modelos e itens relacionados à cidade. Também bandeiras, uniformes, móveis e outros fundos variados pertencentes a Unidades dissolvidas na Andaluzia, estavam expostos.
Museu Naval Torre de Ouro – Passeio de Colombo -
Era uma torre defensiva datada do século XIII, da qual uma espessa corrente se estendia até à outra margem do rio, impedindo o acesso aos navios inimigos. A torre tinha 36 metros de altura e ficava na margem esquerda do Rio Guadalquivir. Possuía três troços, sendo os dois primeiros dodecagonais: o primeiro deles fora construído pelos almoadas, enquanto o segundo fora construído por Pedro I - o Cruel. A terceira seção era cilíndrica e encimada por uma cúpula, datada do século XVIII. A torre defendia a entrada do rio até a ponte das Barcas e o acesso terrestre ao Arenal, sede da atividade industrial. A torre estava ligada à Torre de la Plata através de troços de muralha conhecidos como coracha, que também se estendiam até ao Alcázar de Sevilha.
Abrigava hoje um pequeno e interessante museu naval, com dois andares de exposições e um terraço panorâmico. Antes de ser convertido em museu, o monumento servira de capela, prisão de nobres, depósito de pólvora e sede da Autoridade Portuária e do Comando Naval. Juntamente com a Giralda, era um dos símbolos mais representativos de Sevilha. Fora tombado como monumento histórico artístico em 1931. Abria de segunda a sexta das 9.30 às 18.45h e aos sábados e domingos das 10.30 às 18.45h. Fechava nos feriados.
Palácio das Donas – Calle Dueñas, 18 -
Construído entre os séculos XV e XVI, o levava o nome do desaparecido Mosteiro de Santa María de las Dueñas, localizado em local adjacente e demolido em 1868. Sua origem fora a casa palácio dos Pinedas, senhores da Casa Bermeja, que constituía uma das linhagens do patriciado de Sevilha. Os seus membros ocuparam cargos importantes como o de Secretário Chefe da Câmara Municipal e participaram em episódios bélicos da Guerra de Granada. No século XIX, Las Dueñas fora convertida numa casa de bairro, os seus quartos compartimentados com divisórias e os tetos em caixotões cobertos com forros. Curiosamente, um dos inquilinos e administrador do Palácio fora Antonio Machado Álvarez cuja circunstância tornara possível o nascimento de um dos maiores poetas espanhóis, Antonio Machado, em 1875. Abria de abril a setembro, diariamente, das 10.00 às 22.00h. De outubro a março abria das 10.00 às 18.00h. Para chegar use o Metrô da Linha 1 ou os ônibus das linhas 1, 21, 32, C1 e C4.
Palácio de Lebrija
Apaixonada pela arqueologia e arte, a senhora Regla Manjón Mergelina, Condessa de Lebrija, fora a responsável pela transformação desse prédio do século XVI. Antecessora dos atuais proprietários, a Condessa decidira comprar a casa da família, no século XIX. Depois, restaurara o palácio de 2 mil metros quadrados ao longo de treze anos e deixara detalhes únicos na habitação. O lugar reunia tesouros artísticos tipicamente sevilhanos, além de mosaicos romanos e peças arqueológicas de diferentes culturas. A casa palácio era dividida em duas habitações, de inverno e verão.
Visite também:
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Casa de Los Pinelo;
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Palácio de los Marqueses de la Algaba,
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Palácio de San Telmo – Presidência da Junta da Andaluzia.
Parque Maria Luisa –
Se puder e quiser visitar apenas um parque em Sevilha, escolha o Parque Maria Luísa. Cativante, rico em botânica e arquitetura, seu encanto não era à toa, antes de ser parque, o espaço era o jardim particular do Palácio de San Telmo, situado bem ao lado. O nome do jardim romântico fora doado à cidade pela Duquesa Maria Luisa Fernanda de Bourbon. O parque ainda abrigava a linda Praça da América e a Plaza de Espanha.
Ponte de Alamillo -
Era uma estrutura que atravessava o Canal de Alfonso XIII, facilitando o acesso a Cartuja, uma península situada entre o Canal e o Rio Guadalquivir. Fora construída como parte das melhorias de infraestrutura, para a Expo 92, realizada em grandes fazendas de banana, na ilha. A construção começara em 1989, e fora concluída em 1992, a partir de um projeto de Santiago Calatrava. A ponte era do tipo ponte estaiada, suspensa por cabos de aço, apoiada em um único poste, contrabalançando uma extensão de 200 m, com treze comprimentos de cabos. A intenção original, era construir duas pontes simétricas, em ambos os lados da ilha, mas no final, o design singular do Alamillo, se mostrara mais impressionante e convincente.
Praça de Espanha -
Se tiver a sorte de visitá-la em um lindo dia de sol e céu azul, terá o prazer de ver seus tons terracota em todo seu esplendor, misturando às cores vivas de seus azulejos e às águas dos seus pequenos canais. Localizada em meio à área verde do Parque Maria Luísa, a praça tinha 50 mil metros quadrados. Suas construções palacianas de estilo neo-mourisco eram cercadas por torres e pontes. Criada para a Exposição Ibero-Americana de 1929, fora projetada para refletir a riqueza espanhola na arquitetura e decorações de azulejos. Como o acesso ao local era gratuito, a Prefeitura de Sevilha alugava para eventos e shows, para conseguir manter o espaço.
Praça de Touros
Aos admiradores das touradas, um dos atrativos de Sevilha era o Museu da Praça de Toros de Maestranza. Construída entre os séculos XVIII e XIX, ficava em uma das arenas mais antigas da Espanha, que poderia receber até 13 mil pessoas. Sua área externa era palco dos tradicionais duelos entre os famosos touros e toureiros. Já no seu interior, abrigava pinturas, cartazes de touradas, vestimentas de toureiros, azulejos e esculturas. A tourada, semelhante a que conhecemos hoje, era uma expressão cultural espanhola com registros desde o século XII. Quem quiser assistir uma das corridas de touro, poderia adquirir o ingresso a partir de 30 Euros, em alguns períodos do ano.
Real Academia de Bellas Artes Santa Isabel de Hungría – Calle Abades, 14 -
Em 1660 Murillo, Herrera - el Mozo, Valdés Leal, Sebastián de Llanos e outros pintores fundaram uma escola para o ensino de Belas Artes, na Casa Lonja (atual Arquivo das Índias), que funcionara até finais do século XVII. Em 1759 outro grupo de artistas assumira a batuta desta escola, começando com dificuldades financeiras para ministrar aulas de arte nos ramos da pintura, escultura e arquitetura. Dado o aumento do número de alunos, o nível do trabalho realizado e o prestígio dos professores, obtivera a proteção de D. Carlos III, devido à magnífica gestão de Francisco de Bruna y Ahumada.
O Monarca tomara esta escola sob sua proteção, prestando ajudas financeiras que foram aumentando sucessivamente, nomeando de Bruna como protetor. Funcionara primeiro no Alcázar e depois fora instalado em várias salas de Sevilha. Eles não trabalharam apenas com modelos escultóricos em moldes de estátuas clássicas, mas até mesmo de vida, além de ensinamentos matemáticos. O regime das Escolas de Artes Nobres do Reino modificara a estrutura da escola. A partir deste momento, tentava-se aumentar o nível da escola, promovendo-a a Academia por analogia com a Escola Valenciana de San Carlos. Após o arquivo, a Rainha Governadora María Cristina, em nome de sua filha, a Rainha Elizabeth II, concordara com ele em 1843, e a partir desse momento passava a chamar-se Real Academia de Artes Nobres de Santa Isabel, em atenção e homenagem à Rainha e tinha sua sede no antigo Convento de São Acácio.
O Decreto Real de 31 de outubro de 1849 reorganizava todas as academias espanholas de Artes Nobres. Listava até treze academias provinciais de Belas Artes, incluindo a de Sevilha. Por Decreto de 8 de julho de 1892, o ensino artístico da escola de Sevilha passara a depender da Reitoria da Universidade, em sintonia com a academia, intensificando as suas tarefas de polícia cultural e artística, urbanismo, museus, exposições retrospectivas e atuais. A pedido de Virgilio Mattoni, reiterado por ele e por José Sebastián y Bandarán, solicitara-se que a Academia recebesse o nome de Santa Isabel da Hungria, sempre em atenção à Santa titular da Rainha Isabel II.
A corporação regera-se pelo Regulamento da Real Academia de Belas Artes de San Fernando, por Despacho de 3 de dezembro de 1942, fora aprovado um novo Regulamento, que vigorara até 16 de dezembro de 1980, no qual o Ministério das Universidades e Pesquisas aprovara os novos. Atualmente regiam-se pelo Regulamento aprovado por Portaria de 6 de março de 2001. A Academia estava instalada na Casa de los Pinelo e era composta por 40 Numerários, que integravam as Seções de Arquitetura, Escultura, Pintura , Música, Arqueologia, Artes de Luxo e Artes Cênicas e Audiovisuais.
Semana Santa de Sevilha
Há centenas de anos, fé e tradição levavam milhares de pessoas às ruas de Sevilha, durante as comemorações da Semana Santa. Declarada como Festival de Interesse Turístico Internacional, a celebração ocorria desde o século XVI. Realizada no fim de março, no início da primavera, era preciso se preparar para o evento caso visite Sevilha neste período do ano, pois tudo era impactado pela celebração histórica, cultural, artística e religiosa
Torre do Ouro - Plaza de Cristobal Colón -
Fora construída em 1220, e fazia parte das muralhas que protegiam a cidade das invasões árabes. No entanto, quando Sevilha fora tomada pelos católicos, a torre começava a ter outras funções, servindo até como depósito da Capela. Atualmente abrigava o Museu Marítimo. Diziam os antigos, que recebera este nome porque no passado era coberta com azulejos de ouro. Que fim levaram os azulejos ninguém sabe. Estava localizada no Passeio Cristóbal Colón, e funcionava de segunda a sexta das 9.30 as 18.45h. e aos sábados e domingos das 10.30 as 18.45h, fechando apenas nos dias de feriado. O preço do bilhete era de 4€ para adultos e 1,50€ para estudantes e crianças entre 6 e 14 anos.
Onde dormir
Eurostars Torre Sevilla - $$$$ - Calle Gonzalo Jimenez de Quesada, 2 -
Localizado a 700 metros da Plaza de Armas, estava instalado nos últimos 13 andares de um arranha-céu, o prédio mais alto da Andaluzia, proporcionando excelente visão da cidade. Ficava próximo do Mosteiro da Cartuja e da Ponte de Triana. Os quartos modernos e amplos, eram dotados de ar condicionado, camas de tamanhos King ou duplas, Wi Fi, TV HD, frigobar, mesinha auxiliar, cofre, banho privativo e amenidades, acessibilidade para PNEs e quartos para não fumantes. Dispunha de restaurante, academia, um Centro de Spa completo. Tinha uma boa piscina e estacionamento próprio.
Hotel Sevilla - $$$ - Calle Daopiz, 5 -
Era muito confortável e estava próximo do Metrosol Parasol e da Casa Memorial Al-andaluz, onde havia um bom espetáculo de flamenco. Os quartos eram amplos, arejados, dispunham de ar condicionado, TV HD, frigobar, WiFi e banho privativo completo e amenities. Servia café da manhã tipo buffet.
Monte Carmelo Hotel - $$$$ - Calle Virgen de La Victoria, 7 -
Estava localizado na área comercial, próximo a uma Estação de Metrô e a Plaza de Armas, dos bairros de Triana e Santa Cruz junto a margem esquerda do rio. Tinha 65 quartos com variadas configurações, que iam do single ao doble e triple, todos equipados com mobiliário moderno e confortável, ar condicionado e aquecimento central, TV HD, cafeteira e máquina para lavar louças. Servia café da manhã do tipo Buffet, incluído na diária. Próximo ao hotel, havia duas pizzarias recomendadas, a Montanera e La Bambina.
Onde comer e beber
Bar El Garlochi – Calle Boteros, 26 –
A decoração deste bar poderá chocar um pouco quando se entra: candelabros, uma estátua da Virgem Maria olhando para o visitante e arranjos de flores adequados para um funeral, eram apenas algumas das esquisitices que encontraria aqui. Uma vez que cruzou o limiar da entrada principal, encontramos um pequeno bar e paredes abarrotadas até o último centímetro, de figuras sacras, Cristos, Virgens, retábulos, anjos, pinturas diversas. Estava sempre lotado e enquanto aguardava uma mesa, poderia pedir um Sangue de Cristo ou uma Água de Sevilha.
Bodega Santa Cruz – Calle Rodrigo Caro, 1-A
Era difícil dizer se esta Bodega era a preferida dos moradores locais, estudantes estrangeiros ou turistas, mas uma coisa é certa: sua popularidade era indiscutível. Se não houver lugar para sentar, dê uma olhada lá fora para encontrar uma mesa de apoio para ficar de pé. Aqui serviam tapas tradicionais de verdade. Abria das 8.00 até as 24.00h.
Bodeguita Pedro Romero – Calle Harinas, 10 – Casco Viejo –
Era famosa por seus premiados pringá montaditos – os melhores de Sevilha. O pringá era tipicamente uma mistura de carne suína, chouriço e morcilha, servido no pão como uma espécie de patê ou pasta na maioria dos outros bares de tapas. Outros favoritos incluem a carrillada (bochechas de porco) que derretia na boca, o bacalhau grelhado e as batatas marinadas preparadas diariamente pelo próprio Pedro Romero. Confira também a carta de vinhos com uma seleção fantástica de vinhos em taça, incluindo alguns dos melhores Xerez da Espanha. Abria de terças a sábados das 13.00 às 20.30h.
Cantinho do Jazz – Calle Rodio, 41 -
Às vezes é bom fazer uma pausa com uma música suave de Jazz. Era um aconchegante clube de Jazz com excelentes jam sessions, todas as sextas e sábados. Estava localizado um pouco mais longe da cidade, mas valia a pena o passeio.
Cervejaria Giralda - Calle Mateos Gago, 1 -
Era um restaurante e Cervejaria especializado em tapas. Estava localizado junto a Torre de La Giralda. O cardápio apresentava os melhores pratos típicos da região e um serviço atencioso e preços bons. Era bem recomendado. Se passar por aqui no inverno, experimente o prato de sopa de tomates com batata doce.
El Rinconcillo – Calle Alhóndiga, 2 -
Fundado em 1670 era o bar mais antigo de Sevilha e um local com séculos de história, localizado no centro histórico. Desde 1670 milhares de pessoas ficaram encantadas com este lugar singular, que ainda preservava o sabor mágico da antiga Sevilha. Em 1858, a família De Rueda, atual proprietária adquirira o negócio que funcionava numa antiga taberna. Em 1897 adquiriram o prédio onde hoje está instalado, ligado a outra propriedade. Seu formato atual surgira da fusão das duas casas. A primeira casa continuava a servir de Taberna e a segunda era utilizada como loja de esquina. Esta disposição mantivera-se inalterada até à década de 1960, quando as lojas de esquina começaram a desaparecer e ambas as casas passaram a servir de Taberna que conhecemos hoje.
Flor de Toranzo – Calle Jimios, 1 – Casco Viejo –
Era um dos bares mais saborosos de Sevilha. Inaugurado em 1942, era regente da terceira geração de uma família da Cantábria, o que poderia ser visto no livro de receitas. Bastava entrar no restaurante e sentir o cheiro de queijo velho e das cozinhas ibéricas. Cerveja bem torrada, tapas tradicionais e outras mais de criação, um lugar realmente muito bom. Apesar da tendência para painéis de madeira e azulejos de teto no estilo dos anos cinquenta, era um ponto de parada popular e obrigatório.
La Azotéa - Calle Conde de Barajas, 13 -
Era um restaurante relativamente pequeno, mas muito bom. Eram dois pontos que ficavam em frente: um era o bar, lugar mais adequado para as tapas, e o restaurante onde se poderia comer o melhor da culinária sevilhana. Como era pequeno, o recomendado era reservar a mesa. O telefone para reservas era 807 57 59 77.

A cidade e o Metropol Parasol


