SEVILHA - O Metropol Parasol - Andaluzia - Espanha - parte 1/2

Metropol Parasol
As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta bela e histórica cidade espanhola, considerada capital da Andaluzia. Como havia muito o que visitar, escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...
ETIAS 2025 - Autorização para entrar na Europa
Anunciado em 2016, o European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido a partir de maio de 2025. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.
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Sua posição geográfica próxima do território africano, fizera com que Sevilha fosse por um longo período dominada pelos Mouros. Os arabescos, azulejos coloridos e os belos jardins espalhados pela cidade, eram a marca registrada da herança deixada pelo povo árabe. Em 1248, os cristãos reconquistaram a cidade. A Mesquita moura fora destruída, para a construção de uma Catedral católica, mas a torre, antigo Minarete da Mesquita, fora mantida por conta de sua beleza. Em seguida, vieram os judeus, que se estabeleceram na região, no bairro de La Judería. Em 1492, fora a vez de Cristóvão Colombo, partir no rumo das Índias e descobrir a América, fazendo de Sevilha, o primeiro porto de saída europeu para o Novo Mundo.
Como chegar
Era uma excelente porta de entrada para conhecer o sul da Espanha. A capital da Andaluzia era facilmente acessível de avião, trem e ônibus e dava para chegar pelo Trem Bala, pela rota entre Sevilha e Valência.
Estação Ferroviária
Viajar de trem para Sevilha era uma ótima opção se puder garantir seus bilhetes com antecedência e se estiver em algumas cidades da Espanha. Veja as principais distâncias ferroviárias:
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Sevilha > Madri: 3h
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Sevilha > Granada: 2.30h
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Sevilha > Córdoba > Málaga: 2h (litoral)
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Sevilha > Cádis: 1.30 de trem (litoral)
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Sevilha > Córdoba: 45 minutos
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Sevilha > Valência: 4.30 (650 km de distância feitos em trem-bala)
A Estação Central Santa Justa era a melhor para chegar ou partir ao seu destino. Ficava pouco mais de 2 km de distância do centro histórico e poderia ir de ônibus ou táxi. Dependendo da localização do hotel, poderia precisar andar um trecho a pé, pois nem todas as ruas estreitas do centro histórico conseguiam ser acessadas por automóveis.
Aeroporto
Ficava a 13 km do centro e oferecia passagens com as aéreas low cost EasyJet, Iberia Express, Ryanair, Vueling, Wizz e Transavia, o que tornava a cidade mais atrativa para chegar por via aérea. Ao comprar uma passagem por uma cia. aérea Low cost, confira o Aeroporto de destino pois poderá não ser o melhor Terminal e nem o mais perto do centro da cidade, o que poderá encarecer seu deslocamento!
Ônibus
Operava a partir das 4.30 até 0.54h, a linha Especial Aeroporto tinha espaço para o transporte de malas por 10 Euros para ida e volta (no mesmo dia) ou 6 Euros cada trecho. Percorria o trajeto até o Centro Histórico em cerca de 50 minutos entre o Aeroporto e o Terminal Marques de Paradas.
Metrô
Apesar de ser uma das cidades mais visitadas de Espanha, Sevilha ainda está longe de ter uma extensa rede de Metrô que chegue aos seus pontos mais emblemáticos. Atualmente, a cidade contava apenas com a Linha 1, que ligava cidades periféricas ao centro, fazendo paradas em locais como Puerta Jerez. O progresso na construção da Linha 3, que incluirá paradas em locais como o Prado de San Sebastián e a Plaza de España, fazia com que os sevilhanos sonhassem com um Metrô mais acessível e funcional. O serviço do Metrô dispunha de três paradas na região central:
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Prado de San Sebastian - Terminal Rodoviário e perto da Praça de Espanha;
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Puerta de Jerez - perto do Real Alcazar;
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San Bernardo - uma parada da Renfe, perto do centro.
Os ônibus da empresa Tussam e o Metrô, não eram interligados, então teria que pagar passagens diferentes se precisar usar os transportes públicos combinados.
Ônibus Hop-on Hop-off
Os ônibus turísticos vermelhos de dois andares, tinham circuitos pré-estabelecidos e paravam próximos aos pontos turísticos. Era possível explorar a cidade subindo e descendo em qualquer uma das 14 paradas do trajeto quantas vezes quiser, em até 48 horas.
Curiosidades
A cidade além de charmosa e histórica, também tinha algumas observações importantes: O Metrpol Parasol era a maior estrutura de madeira no mundo; era a cidade com mais igrejas na Espanha e a segunda no mundo; era a cidade que possuía a maio quantidade de pés de laranjeiras no mundo, algo em torno de 50 mil unidades; tinha a maior Catedral gótica da Europa e a terceira do mundo, considerando que a de São Pedro, em Roma es Basilica e a de São Paulo, em Londres eram anglicanas.
O que visitar
Sevilha apresentava um dos mais bonitos conjuntos arquitetônicos da Espanha: Catedral de Sevilha, declarada Patrimônio da Humanidade, era a maior construção gótica da Espanha, com a famosa torre árabe La Giralda, as estâncias de Real Alcazar – um conjunto de palácios com mais de 1.000 anos de história, com belíssimos jardins, o bairro de Santa Cruz, a Torre del Oro e a Isla de la Cartuja, onde fora realizada a Expo de 1992. Para melhor conhecer a cidade e ganhar tempo, compre os tíquetes para o ônibus de turismo, que davam direito ao uso por um dia. Com ele, era possível descer e subir em qualquer ponto da cidade, quantas vezes desejasse.
Se quiser conhecê-la, por conta própria, comece pela Praça de Espanha. Uma praça gigantesca, um Palácio imponente, com fontes, chafariz, pequenas pontes, e milhares de azulejos clássicos da região A arquitetura do lugar chamava a atenção por sua aparência e singularidade, tendo servido de cenário para alguns filmes – entre eles algumas cenas de Missão Impossível e do clássico filme Guerra nas Estrelas. Continue em direção a Catedral de Sevilha, considerada uma das maiores do mundo em estilo gótico, e onde estavam os restos mortais de Cristóvão Colombo. Pelo lado externo avistava-se uma torre gigantesca, conhecida como La Giralda, com mais de 100 metros de altura e do alto oferecia uma bela vista.
Caminhe até o Real Alcazar, um conjunto de palácios construídos ao longo de várias épocas. Atualmente, servia de alojamento para a família Real ou para visita de personalidades. O Alcazar fora declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, tamanha sua riqueza e imponência. Depois, visite o Parque Maria Luisa, com seus pequenos palácios, jardins que pareciam cenário de filmes e uma feirinha de artesanato, que acontecia aos domingos. Faça um passeio de charretes, e ouça o condutor contar um pouco da história da região e cantarolar algumas músicas do repertório flamenco.
Visite o bairro de Triana, um dos lugares mais charmosos de Sevilha, conhecido como a alma de Sevilha, que ficava próximo ao principal rio da cidade. Para chegar, atravesse a ponte San Telmo, onde começava a caminhada pelo bairro, desfrutando seus becos, pátios, e lojinhas em casas com suas portas abertas, para atender o turista. Caminhando pela beira do rio, chegava-se ao Mercado de Triana, o mercado público da cidade. Como tinha alguns bares, aproveite para saborear uma cerveja espanhola acompanhada de uma porção de jamón ibérico. Continue o passeio pelo bairro Triana até chegar a hora do almoço, que poderia ser num dos pequenos restaurantes instalados em ruelas, por todos os lados.
Depois siga em direção a Torre del Oro, logo após atravessar novamente a ponte de San Telmo, onde estava o Museu Marítimo. Prosseguindo o passeio para conhecer La Maestranza Real de Cabaleria – a Plaza de Toros, que era uma das mais famosas praças de touradas do mundo, por ser uma das mais antigas. O acesso era permitido acompanhado de um Guia. Grupos entravam na arena, a cada 30 minutos. Os Guias falavam o inglês e espanhol, contando a história das touradas, da praça e de seus toureiros mais famosos.
O Bairro da Macarena era considerado um dos mais caros de Sevilha, tendo um patrimônio valioso, do qual pontuavam diversas igrejas, conventos e o seu imponente Arco de Entrada. Ao contrário do que se imaginava, a origem do nome do bairro não estava relacionada com a Virgem, conhecida como a Macarena, mas poderia ter as suas origens ou num vocábulo árabe, Macarea, ou na palavra romana Macarius. Depois visite o Parlamento de Andaluzia, que ocupava os prédios do antigo Hospital das Cinco Chagas. Data de 1558 e funcionara como hospital até 1972, tendo se tornado sede do Parlamento apenas em 1992, ano em que a cidade acolhera a Exposição Universal – Expo 92. Para visitar era preciso agendar.
Alameda de Hércules
Os residentes se reuniam aqui quase como um rito, durante a semana e ao final dela. Cercada por Cafés, restaurantes e bares, a grande alameda era um ponto de encontro há séculos. Beber, comer e papear eram os principais objetivos de quem procurava a Alameda. Guardava duas colunas romanas com mais de 2 mil anos, em cujo topo estavam as esculturas de Hércules, considerado o lendário fundador de Sevilha e de Júlio César, Imperador romano que murara a cidade e era reverenciado por muitos sevilhanos.
Aquário de Sevilha
O lugar abrigava mais de 7 mil animais de 400 espécies. Contava, inclusive, com um tanque de tubarões, de 9 metros de profundidade. Aberto todos os dias, havia ingressos a partir de 12 Euros (crianças até 3 anos não pagavam).
Arquivo Geral das Índias –
Um dos mais importantes arquivos históricos da Espanha ficava em Sevilha, no chamado Arquivo Geral das Índias. O espaço fora criado 1785, por mandato de D. Carlos III, para reunir toda a documentação relacionada à descoberta e colonização da América. Localizado em um belo prédio renascentista, projetado por Juan de Herrera, o lugar abrigava cerca de 43.000 arquivos. A visita era rápida e a entrada era gratuita. Um dos documentos interessantes de ver era a versão em espanhol do Tratado de Tordesilhas, de 1494. O documento impactara a história do Brasil, pois definira as áreas de domínio extra europeu (ao dividir o mundo por uma linha) e dera o direito de posse a Portugal e à Espanha sobre a área de terra onde estava o Brasil, antes dele ser descoberto.
Basílica da Hernandad da Macarena - Plaza de la Esperanza Macarena, 1 -
As muralhas árabes, datadas do século XII, reconstruídas entre 1723 e 1795, estavam situadas à frente do Parlamento. O arco era o verdadeiro símbolo do bairro, fora uma das portas de entrada da cidade. Durante a Semana Santa, passava por ele a Virgem da Macarena, o adorado ícone religioso da cidade, levada em procissão num carro alegórico. Ao lado, estava a Basílica da Macarena, construída em 1949, cuja entrada era livre e onde se poderia ver a imagem da Virgem, famosa pela expressão do seu rosto, e também o museu, que continha acessórios, mantos, túnicas e várias peças desta Irmandade.
Seguindo pela Calle Resolana, encontrava-se a Calle Feria, uma área de comércio tradicional, repleta de igrejas, mercadinhos, bares de tapas e muita gente circulando. Ao meio desta rua, estava a Paroquia do Omnium Sanctorum, uma das jóias da arte gótico-mudéjar da cidade, datada de 1249. Era onde fora criada uma das primeiras Irmandades de Penitência, a de Jesus Nazareno. A Paróquia ficava aberta de quartas as segundas de manhã e as terças à tarde. Depois, siga até Igreja de San Juan da Palma, sempre caminhando pela Calle Feria.
Esta igreja, que abria para visitas todos os dias da semana, era a sede da Irmandade da Amargura e também demonstrava forte influência da arte gótico-mudéjar. Passando pelo Palácio das Donas, e seguindo pela Calle de Castellar, chegava-se à Praça de San Marcos, local onde ficava uma igreja mudéjar com o mesmo nome. Junto estava a Capela de Nossa Senhora das Dores, e os Conventos de Santa Isabel e de Santa Paula. Aproveitando este circuito de igrejas e capelas, e inclua também a Paróquia de São Pedro, onde fora batizado o pintor Diego Velásquez, e hoje era a sede da Irmandade de Cristo de Burgos.
Carteiristas – Picket-Pocket
Está virando uma praga a ação dos chamados Carteiristas ou Picket-Pocket, que agem nas ruas e lugares turísticos de cidade como Madrid, Sevilha, Valência, Roma e Paris. Aparecem em duplas, trios e as vezes acompanhadas de um homem e em grupos maiores. A maioria era oriunda da Romênia e da Polônia e quando flagradas pela Polícia, eram levadas à Delegacia e intimadas a deixar o país.
Casa de Pilatos
Era um pequeno palácio, que servira de residência para a aristocracia. Seu pátio, seus azulejos do século XVI e suas laranjeiras compunham um ambiente agradável e bonito. Era um lugar único, que deveria ser visitado por quem apreciasse história, esplendor e a mistura de estilos, como os mudéjar-gótico, renascentista e romântico. Os ingressos eram a partir de 12 Euros (para o térreo) e 6 Euros (para o andar superior).
Casa Murillo – Rua Santa Teresa, 8 -
Era a casa onde vivera o pintor barroco Bartolomé Esteban Murillo. Com o nome de Casa de Murillo, o lugar fora transformado em um centro para divulgar a vida e obra de Murillo, considerado precursor da pintura moderna. Tinha uma sala de projeções, diferentes salas com reproduções de pinturas emblemáticas do mestre do século XVII e um espaço infantil.
Catedral e a Giralda - Av. de la Constitución -
Uma das maiores igrejas da cristandade, e monumental, a Catedral Gótica fora fundada sobre uma importante Mesquita. Duas das características mais marcantes da igreja, remetiam diretamente ao passado muçulmano do lugar – o Pátio de los Naranjos, onde os fiéis faziam suas orações e hoje estava tomado por laranjeiras, e o Campanário La Giralda. Esse último ainda possuia as formas básicas do Minarete do século XII, lembrando as edificações que até hoje sobreviviam em Marrakesh e Rabat, no Marrocos. Mas ao longo dos séculos, os símbolos do Islã foram sendo substituídos por motivos cristãos, culminando com a instalação do cata-vento (Giraldillo), no século XVI. Outro ponto de interesse, era o túmulo que guardava os supostos restos mortais de Cristóvão Colombo, sustentado por figuras que representavam os reinos de Castela, Aragão, Navarra e Leão.
Abria diariamente, de setembro a junho: segunda-feira das11.00 às 15.30h, com excursões guiadas sob reserva a partir das 16.00h; de terça a sábado das 1.01h as 17.00h e domingos das 14.30 as 18.00h. Em julho e agosto: segunda-feira 9.30 as 14.30h; excursões guiadas a partir das 15.30h com reserva antecipada); terça a sábado das 9.30 as 16.00h e domingos das 14.30 as 18.00h. O ingresso custava 10 Euros e para estudantes, crianças e idosos eram 5 Euros.
Feira de Abril de Sevilha
Em meio às cores sem fim, risos e o chão batido, um universo típico Andaluz se revelava ao visitante que percorria a Feira, um evento único para festejar, por uma semana, com a família e os amigos, enquanto aproveitava a música, cultura e gastronomia andaluza.
Flamenco em Sevilha
Dizer que o flamenco fazia parte da essência dos sevilhanos não era exagero algum. A origem do flamenco na região espanhola não tinha data definida, já que por muito tempo essa arte acontecia apenas em festas particulares e reuniões familiares. No entanto, diziam que o início da manifestação popular tinha relação com a chegada dos Ciganos em Cádis, Jerez e Sevilha, no século XV. Somente no século XIX era que o flamenco começara a se popularizar nos cafés cantantes, que nada mais eram do que Cafeterias com apresentações de artistas populares e o primeiro deles fora aberto em 1885. Os artistas que se apresentavam nos tablaos de flamenco de Sevilha, eram verdadeiros herdeiros dos antigos Cafés Cantantes, por isso, carregavam história e muito respeito à trajetória dessa arte. Uma das atrações de Sevilha era sua Bienal de Flamenco, realizada há 20 anos, sempre nos anos pares.
Metropól Parasol - Plaza de la Encarnación -
Era uma espetacular construção de madeira, instalada na Plaza de La Encarnación, na zona antiga. Fora desenhado pelo arquiteto alemão Jürgen Mayer-Hermann, e a sua construção terminara em abril de 2011. Embora moderna, diferenciada, já está integrada à paisagem sevilhana e motivo de atrações para os visitantes, por seu aspecto construtivo e grande beleza arquitetônica. Era a maior estrutura em madeira do mundo, e recebera também o nome de Setas de la Encarnación ou Setas de Sevilla, que traduzindo para o português seria Cogumelos de Sevilha. Isto porque a estrutura consistia em seis guarda-sóis, com a forma de cogumelos de grandes dimensões.
Inaugurada em 06 de maio de 2011, a construção fazia parte do projeto de renovação da Plaza de la Encarnación, transformando-a em um novo centro urbano contemporâneo. O que chamava a atenção, era como essa estrutura em madeira, que se mantinha em pé e inalterada, frente às intempéries. A estrutura, cujo desenho se inspirava nas abóbadas da Catedral de Sevilha, era composta por mais de 3 mil peças unidas através de barras de aço fundido, montadas in loco e capazes de suportar as altas temperaturas de Sevilha. As extremidades dos elementos de madeira, de pinheiro finlandês, se acoplavam nessa estrutura e toda ela estava protegida por um revestimento de poliuretano impermeável, mas que permitia a transpiração. Na base da estrutura, a 5 metros do nível da rua, com acesso por alguns degraus ou por escada rolante, chegava-se à Plaza Mayor, um espaço aberto de 3.500 m² onde aconteciam atividades de lazer, shows e eventos culturais.
A parte que atraia os turistas, era justamente o Mirante, de onde se tinha uma das melhores vistas da cidade. Era um Mirante panorâmico de 360 graus, que estava a 28,5 metros de altura e o visitante poderia circular pelas passarelas curvilíneas de 250 metros, que serpenteavam por cima de toda estrutura. De cima, era possível enxergar as partes mais altas de monumentos e construções do centro histórico e arredores como a Plaza de España, o Oratório de San Felipe Neri, a Giralda e a cúpula da Catedral de Sevilha, assim como das igrejas do Divino Salvador e da Anunciação.
Monastério da Cartuja - Calle Américo Vespucio, 2 -
A Cartuja de Santa María das Cuevas, também conhecida como Monasterio de la Cartuja, estava situada na Ilha da Cartuja de Sevilha, um moderno bairro criado por ocasião da Expo 92, ao qual se poderia acessar desde o centro, cruzando a Ponte da Cartuja ou pelo bairro de Triana. Em 1400 foi criado o Monasterio da Virgen de las Cuevas, pelo Arcebispo Gonzalo de Mena, que contara com a contribuição financeira da nobre familia Ribera, já nos finais do século XV, quando fora criada a Ordem dos Cartujos, que funcionava até o começo do século XIX. Era frequentemente visitado por Cristóvão Colombo, e portanto foi aqui sepultado, em 1509, juntamente com seu filho Diego, para ser trasladado para Santo Domingo, em 1536.
Em 1810, durante a invasão francesa, fora saqueada, quando fizeram desaparecer toda a decoração interna, expulsaram os Cartujos e passara a ser utilizada pelo Exercíto estrangeiro, como Quartel General. Posteriormente, aqui fora criada uma fábrica de louça inglesa, pelo comerciante inglês Carlos Pickman, que a comprara em 1840. Foram erguidos dez fornos de garrafa, que deram originalidade ao monumental conjunto, que seguira funcionando no Monastério, até 1982, quando fora desativado. Fora declarado Monumento Nacional em 1964, e transferido ao Governo de Andaluzia em 1982. Durante Exposição Universal de 1992, fora transformado em Pavilhão Real e desde 1997, era sede do Centro Andaluz de Arte Contemporânea e Museo de Arte Contemporânea de Sevilla. Para quem acessava através da Avenida Américo Vespúcio, pelo lado oeste, era seguir uma série de destaques :
A Igreja - Estava fechada, sendo datada ao mesmo tempo que a Catedral de Sevilha. Sua fachada gótica, com decoração mudéjar e plateresca, era encimada por um parapeito de belos azulejos. Seu interior, era constituído por uma única nave coberta por abóbada com nervuras, destacava a área do presbitério, onde a abóbada era em formato de leque. A decoração interior vinha de uma reforma feita em 1614. Junto a Igreja encontravam-se diferentes capelas;
Atrio - Era um pequeno pátio, de onde se poderia apreciar a entrada da Igreja, em estilo gótico do século XV, onde se destacava uma grande roseta de azulejos. Nas laterais, se encontravam galerias, a da esquerda expunha diversas peças arqueológicas e acesso a um cubículo principal, que abrigava uma grande casa de duas plantas, com um pátio central quadrado, de estilo renascentista, e galerias de arcos sobre colunas de mármore. Ao lado direito, era onde ficava a casa da família Pickman.
Capela de fora - De estilo barroco do século XVII, conservava em perfeito estado o altar, e no passado, era utilizada para atender aos pobres e enfermos. Se cruzava junto aos Jardins de Cristovão Colombo, depois de passar por uma entrada gótica decorada com azulejos maravilhosos;
Porta dos cadeados - Era a porta de acesso a Clausura barroca, que era muito bem decorada, aonde se encontravam azulejos com o Escudo da Ordem e de seu fundador.
Entrando à direita:
Capela de Santa Ana - Abrigava o túmulo de Cristóvão Colombo, havia mais de 30 anos. Era de estilo mudéjar, do século XV, enfatizava as abóbadas de cruzeiro e cúpula, cobertas de gesso barroco.
Entrando à esquerda:
Capela de Santa Catalina - Antiga capela, com abóbadas de bordas policromadas, do século XVII, e azulejos planos de Sevilha.
Capela de San Bruno - Aqui estava a lápide de Alonso de Arcos, e a escultura do fundador da Ordem São Bruno. No fundo, à esquerda estava a Sacristia do século XVI, de estilo mudéjar, abóbada octogonal com reboco barroco. Em seu interior estava o Coro. Durante a invasão das Forças francesas, servira de açougue. Continue à direita para o Claustrillo Mudéjar, do século XV, com finas colunas de mármore e arcos inclinados. Seus corredores comunicavam com o refeitório, a Capela da Magdalena, e a Sala do Capítulo. Aqui os monges cartuxos viviam em comunidade. Destaque para a variedade de azulejos, e a lápide de Per Afán de Ribera. Ele descrevia as estátuas de Juana de Zúñiga, viúva de Hernán Cortés e sua filha Catalina, que estavam sepultados no Convento da Madre de Deus, na Rua Eagles.
Capela da Madalena - O primeiro templo do Mosteiro, e o que restara de afrescos de Santa Anna e azulejos renascentistas e pinturas murais ainda estavam preservados. Nesta capela, fora sepultado o fundador da Cartuja, Dom Gonzalo de Mena, hoje estava na capela da Catedral de St. James. No quarto capítulo, o mais espetacular, havia uma imagem da Virgem com o Menino, com uma cúpula magnífica e os túmulos da família Ribera, arcos triunfais com a figura reclinada feita em 1520. Nos arredores da igreja, havia o grande Claustro, hoje praticamente desaparecido. Fora cercado por células individuais e se poderia ver alguns objetos arquitetônicos originais.
Hospital dos Veneráveis –
No mesmo lugar poderia fazer o passeio turístico ao hospital; ao Centro Velázquez, local onde o pintor sevilhano estudara e apresentara suas obras; e ainda conhecer a beleza da igreja e sua bela Sacristia, sendo esses dois últimos e ótimo exemplo da colorida arquitetura barroca sevilhana, do século XVII. Inicialmente fora construído para abrigar padres e atualmente era sede da Fundação Focus Abengoa, onde eram realizadas exposições culturais e concertos. O prédio era formado por duas partes: a residência, que contava com pátio, galerias de arcadas, fonte e belíssimos azulejos e a igreja barroca.
Igreja do Divino Salvador – Plaza do Salvador, 3 – Casco Antigo
Com seu majestoso altar-mor, era uma joia da arte barroca espanhola, repleto de detalhes dourados, esculturas e relevos que contavam histórias sagradas. Cada figura e ornamento refletia a devoção e o talento dos artistas que o tornaram possível, tornando-o num dos altares mais impressionantes da Andaluzia. Admire a riqueza artística de Sevilha e deixe que esta obra-prima o transporte para um passado cheio de fé e esplendor. Um lugar de visita obrigatória!
Ilha Mágica
Eram seis zonas temáticas em todo o parque, onde estavam distribuídas atrações, espetáculos, restaurantes e jogos! Durante o verão sevilhano, os visitantes também poderiam combinar o ingresso com o Parque Aquático Água Mágica. A ideia da ambientação do parque era fazer os visitantes imaginarem a época dos descobrimentos, dos séculos XVI e XVII. Havia atividades desde passeios de lhama até montanhas-russas.
Jardins de Sevilha
A cidade tinha uma dezena de parques, jardins e áreas verdes que ajudavam a amenizar o calor durante o verão. Abertos ao público, muitos desses espaços eram ideais para passar o tempo sem grandes pretensões e sentir o ritmo tranquilo da vida sevilhana. Algumas das melhores opções:
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Jardins das Delícias
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Jardins de Buhaira
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Jardins de Catalina de Ribera
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Jardins de Murillo
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Jardins do Prado de San Sebastián
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Parque dos Príncipes
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Parque Fernando Magallanes
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Parque Miraflores
Parlamento Regional
Praça de Espanha - Av. de Isabel la Católica
Era um grande Complexo cheio de prédios, que ficava dentro do Parque Maria Luisa. A praça tinha ao todo 50.000 m2, e era um dos melhores lugares para relaxar e apreciar a história e arquitetura espanhola. Uma dica, era observar de perto cada detalhe, como os bancos da praça, onde cada um representava uma Província da Espanha.
A Praça fora projetada pelo arquiteto sevilhano Aníbal González, e suas obras começaram no ano de 1914, resultando no projeto mais ambicioso e caro da Exposição Iberoamericana, de 1929. Assim como outras obras da cidade, o responsável por ficar de olho nos trabalhos arquitetônicos, era o Rei Afonso XIII. Em 1928, ele subira a uma das torres, contemplara a cidade e teria comentado com o Prefeito, que seria proibido que dentro da cidade se construíssem prédios com muitos andares, a fim de evitar tirar o caráter de Sevilha. A Praça não tinha o seu formato à toa. Segundo contava a história, a forma da praça simbolizava o abraço de Espanha a seus antigos territórios americanos. Estava virada para o Rio Guadalquivir, mostrando o caminho que se deveria seguir até à América. De toda a área da praça, 31.000 m2 era espaço livre, e o restante estava edificado. Ao redor, percorria um canal de 515m, que era atravessado por quatro pontes.
Praça de Touros - Plaza de Cristóbal Colón, 12 -
Era propriedade da Real Maestranza de Caballeria de Sevilla, um dos templos da história das touradas, o mais belo exemplo da arquitetura das touradas e uma etapa fundamental na evolução da Fiesta de los Toros. Possuia o status de BIC (Propriedade de Interesse Cultural), era o terceiro monumento mais visitado em Sevilha, depois da Catedral e do Alcázar. Como fazia todos os anos, o Real Maestranza escolhia a um pintor, que anunciasse o ciclo de touradas em sua Real Plaza, para a próxima temporada. Era uma iniciativa de promoção cultural, que desde 1994 conseguia reunir a melhor coleção de cartazes contemporâneos das touradas. Desde 1933, a empresa Pagés, era a locatária e organizadora das touradas. A cada temporada, fazia os cartazes buscando trazer as primeiras figuras do momento, que baseavam sua temporada, em como eles eram colocados nos cartazes de Sevilha.
Horários de funcionamento:
Das 9.30 as 19.00h (de 1º de novembro a 31 de março);
Das 9.30 as 21.00h de 1º de abril a 31 de outubro;
Sexta-feira Santa, e dia de touradas: das 9.30 as 15.00h, exceto para novilhadas de promoção, que duravam até as 19.00h. Proporcionava visitas guiadas em espanhol/inglês a cada 20 minutos.
Ingressos:
Entrada era de 10 €
Mais de 65 anos, pensionistas e estudantes pagavam 5 €
Crianças, com um adulto, até 6 anos, grátis e dos 7 aos 11 anos 3 €. Estas tarifas não eram aplicáveis as segundas-feiras, das 15.00 as 19.00h.
Real Alcazar - Pátio de Bandeiras -
Era um dos mais antigos Palácios, ainda em uso no mundo. Era um Palácio que vivera diferentes etapas no tempo, desde o final do século XI, até os dias atuais e que de suas paredes contemplara a influência das diferentes culturas que passaram por Sevilha. Era também uma testemunha fiel da história da cidade, marcada pela diversidade de culturas e legados que passaram por aqui. Fundado no ano de 913 servira ao propósito de acolher o líder do Califado de Córdoba. Ao longo dos séculos que se seguiram, fora alvo de constantes obras e se expandira por intervenção dos seus senhores Reais. No século XII, a mando do Califado Almóada, o Complexo atingira uma extensão que chegava à Torre Abd El Aziz, na Avenida Constitución.
Nessa época, já incluía um sem número de palácios, assim como uma curiosa passagem secreta que conduzia à Mesquita, hoje uma Catedral do Reino, para que o Rei pudesse participar das atividades religiosas, sem ter de cruzar com o povo. Pouco depois da reconquista cristã, os novos reis que se impuseram, decidiram demolir grande parte das construções mouras e substituí-las pelos palácios de Alfonso X ( atual Palácio Gótico) e pelo Palácio de Pedro I, também conhecido por Palácio Mudéjar, famoso pelos seus labirintos e deslumbrantes azulejos de cerâmica. A grande surpresa ficava ao lado do Palácio Gótico, e certamente era uma das mais interessantes atrações do Complexo. Eram os Banhos de Lady Maria Padilla, cujo acesso se dava através de uma pequena passagem, próxima do Lago de Mercúrio. Esta figura histórica, fora amante de Pedro I e, como se não bastasse este detalhe curioso, também a atmosfera de absoluta quietude e surdina, típica dos lugares recônditos ou subterrâneos, acrescentavam um lado quase secreto ao espaço. Os ditos banhos captavam a água da chuva, através de uma instalação particular, e se não forem vistos com os seus próprios olhos, dificilmente se poderia acreditar.
Através de uma entrada modesta, dada a exuberante ornamentação da fachada, levava o visitante para dentro do Palácio. Siga pela esquerda, passando por um caminho repleto de rica azulejaria, para ao chegar ao pátio central, denominado Pátio das Donzelas. Seu nome tinha origem numa velha lenda sobre Reis mouros, que exigiam um tributo anual de vinte donzelas, a seus súditos cristãos. Uns espelhos de água, com ornamentação natural, eram vigiados por uma coluna em arco, ao estilo decorativo Mudéjar. Esta era uma novidade que os visitantes não devriaem deixar de ver, já que o espelho de água e os jardins em volta, estiveram enterrados e esquecidos debaixo de um chão de mármore desde o século XVI, e só recentemente foram redescobertos e restaurados.
Ao lado de Las Doncellas, existiam várias outras divisões, que originalmente eram tanto de âmbito público como privado. O Corredor dos Embaixadores, que em tempos fora também a sala do Trono do Rei Pedro, tinha um teto de madeira abobadado; já o Quarto do Príncipe, apresentava uma cúpula representativa de céu estrelado. O Pátio das Bonecas, dava para os quartos privados do Palácio e possuia este nome por referência às pequenas cabeças esculpidas, que fazem parte da decoração dos arcos. No canto sudeste do Palácio Mudéjar, escadas levavam até aos quartos de Carlos V, distribuindo-se pelo andar superior de um Palácio Gótico. Os elegantes corredores, com as suas grandes janelas voltadas para os jardins, lembrariam cenários familiares aos fãs do Game of Thrones. Era que muitas das cenas da famosa série, foram filmadas aqui. Do outro lado do Palácio Gótico, ficava-se de frente para o Pátio do Cruzeiro, que era originalmente um andar superior do Palácio Almohad. O piso térreo, ficara completamente destruído e soterrado, durante o devastador terremoto que atingira Lisboa, em 1755.
A oeste de Montería, ficava a Zona Comercial do Palácio, era onde maiores negócios eram geridos, a partir das divisões da Casa de Contratación. Esta fora fundada em 1503, com o objetivo de fiscalizar e gerir todas as trocas comerciais, com o chamado Novo Mundo. Também era aqui que se encontrava o Salão do Almirante, onde se organizavam as expedições de descoberta territorial, e se garantia a proteção dos tesouros conquistados. No último andar do Palácio Mudéjar, ficavam os aposentos Reais. Só poderiam ser visitados mediante uma prévia solicitação, e durante visita guiada, mas eram fascinantes e mereciam este trabalho suplementar. Durante a visita, se poderia entrar no Salão de Audiências e no quarto de Pedro I, menos nos quartos privados da atual Família Real espanhola por estarem vedados. Uma sequência de pequenos jardins, atravessava todo o espaço exterior em volta dos palácios, sendo que o mais interessante se encontrava em frente às janelas do Palácio Gótico. O Lago de Mercúrio, saltava de imediato à vista, um lago quadrangular, com carpas, uma fonte de água e estátuas ao centro. Um caminho interior, levava até a um ponto de observação que proporcionava uma bonita visão sobre os jardins.
Virgem das Águas
Instalada na Igreja do Divino Salvador, situada no nicho principal, era uma devoção mariana que protegia Sevilha, especialmente em tempos de seca. Estava rodeada por um complexo conjunto de esculturas e relevos que incluíam anjos, santos e motivos religiosos que exaltavam a fé e a glória divina. O altar transmitia a mensagem da intercessão divina através da Virgem Maria, reforçando seu papel como mãe e protetora dos fiéis. Este retábulo era um exemplo da rica tradição artística de Sevilha, onde o barroco atingira a sua expressão máxima através do uso da luz, o dourado e da ornamentação para criar um espaço de devoção.
Torre de Ouro

