SEGOVIA - Museus, Gastronomia e Hospedagem - parte 2/2
Museu da Academia de Artilharia – Calle de Almira -
O Quartel de São Francisco, localizado aos pés do aqueduto, abrigava o Museu da Academia de Artilharia. Organizado em quatro salas — Armas de Pequeno Porte e Material Diversos, Materiais, Foguetes e Ciência e Tecnologia —, oferecia uma visão abrangente do progresso desta arma e de seu conhecimento ao longo dos últimos séculos. Em suas várias salas, se poderia ver desde o primeiro Fuzil produzido em 1893 pela Fábrica de Armas de Oviedo até o foguete Teruel e exemplos de dispositivos revolucionários da época, como o motor Watt e a calculadora portátil de Colman. O prédio também abrigava uma das coleções geológicas mais importantes da Espanha. Localizada no Salão de Ciência e Tecnologia, a coleção abrigava mais de 3.400 espécimes inventariados e catalogados, que permitiam reconstruir a evolução das classificações mineralógicas e petrológicas na Espanha ao longo dos últimos dois séculos, conferindo assim à coleção um significado científico e histórico.
Museu de Arte Contemporáneo Esteban Vicente - Plaza de Belas Artes -
Abrigava a extraordinária coleção de obras doadas por Esteban Vicente, único espanhol da primeira geração da New York School of Abstract Expressionism, na América. O museu estava instalado no Palácio Medieval do Rei Henrique IV, da família Trastamara, cuja construção remontava a 1445. Além dos seus cinco espaços expositivos, o visitante também poderia apreciar sua capela renascentista com o seu teto em madeira entalhada hispano-mourisco, o auditório do museu, e o jardim onde repousavam os restos mortais de Harriet e Esteban Vicente.
Museu de Segóvia – Calle Socorro, 11 –
Abrira suas portas em 1842, no Palácio Episcopal e ao longo de sua história, apareceria sob vários nomes: Museu de Pintura, Museu de Belas Artes, Museu Provincial e, o atual Museu de Segóvia. Em 1845 a sede mudara-se para San Facundo. No entanto, a partir da segunda metade do século XIX, as coleções seriam progressivamente dispersas por vários locais, para sua exposição até que fosse instalado e reunido completamente na Casa de Hidalgo e no prédio contíguo, em 1967. Em 1991, a coleção fora transferida para a Casa del Sol, prédio cedido ao Estado pela Câmara Municipal, onde a exposição permanente finalmente abrira ao público, em julho de 2006, após anos de reestruturação predial. Abria de terças a sábados das 10.00 as 14.00h e das 16.00 as 19.00h. Aos domingos, abria das 10.00 as 14.00h.
Museu Rodera Robles - Calle San Agustin, 12 –
O primeiro objetivo do Conselho de Administração da Fundação Rodera-Robles ao abrir seu museu, fora mostrar as obras de arte e as coleções que o casal Eduardo Rodera e Rafaela Robles reuniram ao longo de suas vidas. Considerava-se que a abertura de um novo museu na cidade, seria uma grande oportunidade para dar a conhecer dois acontecimentos muito importantes na história da cidade, ambos ligados à impressão e à gravura.
Em 1472, Segóvia tornara-se o berço da tipografia na Espanha, sob o patrocínio do Bispo Juan Arias Dávila e com maestria de Juan Parix de Heidelberg. Ambos levaram à impressão do primeiro livro espanhol, o Sinodal de Aguilafuente, que fizera de Segóvia uma pioneira na nobre arte de imprimir. Séculos depois, na idade do Iluminismo, uma Real Provisão de Carlos III dotara a cidade de uma impressão: Escola de Desenho: gravura sobre madeira: impressão fina, água forte e buril: gravura no orifício do carimbo: a Arte de fazer punções e matrizes de impressão de letras, com a arte de fundi-las. O Museu estava instalado na chamada Casa del Hidalgo, um notável exemplo de habitação urbana para a nobreza dos séculos XV e XVI, cujos primeiros proprietários, as famílias Bermúdez de Contreras e Del Río, ainda guardavam suas armas em vários locais da sua arquitetura: na pedra angular do portal, no hall e nas divisórias dos tetos de algumas salas.
Museu Zuloaga – Plaza Colmenares, 7 –
Proporcionava conhecer a obra de San Juan de los Caballeros, e especialmente a volumetria do prédio, fases construtivas, decoração arquitetônica, pinturas de ábside e lápides, assim como os restos da oficina, a Casa de Zuloaga, e diversas obras de Daniel Zuloaga instalado desde 1905 no próprio prédio. O passeio começava no átrio, onde estava localizado um painel de cerâmica de Zuloaga, com pavões nos jardins do Palácio da Granja de San Ildefonso. Em seguida, em vitrines, mostrava parte da coleção e, no exterior Do sul na parede da igreja, se poderia observar as diferentes fases construtivas do prédio, desde a época Visigótica. Seguia-se então diretamente para a nave lateral sul da igreja, de onde já se poderia apreciar as excepcionais proporções do prédio românico.
Na abside sul encontrava-se um frontal de cerâmica de Daniel Zuloaga, cópia do frontal esmaltado do Mosteiro de Santo Domingo de Silos. No interior da abside central, as laudes de ardósia do século XVI, do Conselheiro de Segóvia, Don Rodrigo de Contreras, e sua avó Dª. Angelina da Grécia. No ábside norte conservavam-se vestígios de pintura românica, com um Pantócrator, cenas do martírio de São João Evangelista, Ante Portam Latinam e um São Cristóvão. No terreno estava o túmulo do historiador local Diego de Colmenares y Peñalosa, do século XVII. Mais três túmulos de notáveis de Segóvia apareciam na extremidade norte do transepto. Os fornos de cerâmica da oficina de Zuloaga, situados na capela norte, também podiam ser vistos do exterior.
A grande escadaria metálica, encostada na parede sul da igreja, dava acesso ao corpo superior da antiga casa de Zuloaga, adaptada para abrigar o acervo com o mesmo nome. A exposição estava organizada em três salas, com uma visita linear. Uma porta do lado norte da sala central permitia ver o banheiro, decorado com cerâmicas que retratavam cenas segovianas. No seu conjunto, o Museu expunha da Coleção Zuloaga, no átrio, nas escadas que davam acesso aos quartos da casa, no andar superior e no último: 74 cerâmicas de Daniel Zuloaga, Juan Ramón, Esperanza e atelier; 31 aquarelas, das quais 28 são de Daniel Zuloaga, 2 de Juan Ramón e 1 da oficina; 16 pinturas a óleo, das quais 12 são de Daniel Zuloaga, 1 de Suárez-Llanos e 3 de Ignacio Zuloaga; objetos diversos como móveis, paleta de pintura, e 2 desenhos a carvão, de Ignacio Zuloaga.
Onde comer
Casa Duque – Calle Cervantes, 12 –
Administrada por Marisa Duque, filha do grande Maestro Assador Dionisio Duque, era a quarta geração de uma família dedicada à gastronomia, estando já em formação a quinta geração, liderada por Andrea e Luis Duque. Era o restaurante mais antigo de Segóvia e respirava tradição e família. Era um autêntico emblema da gastronomia regional.
Cervejaria Santa Eulalia – Calle La Plata, 1 –
Era muito frequentado pelos moradores local e pouco conhecido pelos turistas. Oferecia um menú do dia e muita cerveja artesanal e o chopp.
Churrascaria Maribel - Avenida Padre Claret, 16 –
No forno a lenha, os leitões e os cordeiros eram preparados com capricho para agradar ao mais exigente paladar. Abria de terça a domingo das 9.00 as 24.00h. Na segunda feira, encerrava as atividades as 17.00h.
La Tasquina – Calle Ezequiel Gonzales, 25 –
Era muito bem recomendado pelos moradores, por preparar comidas típicas regionais e praticar preços diferenciados dos demais existentes nas redondezas. Sugerido, especialmente para um jantar a dois.
Mesón de Càndido – Plaza Azoguejo, 5 –
Agora sob a direção do filho do Señor Càndido, atualmente detinha o título de maior estalajadeiro de Castela, era iuma referência na hospitalidade segoviana tornando-se um grande império que possuía um hotel, um restaurante palaciano, uma fundação e até sua própria rede de TV.
Restaurante Claustro -
Localizado fora do centro histórico, no antigo Mosteiro de San Antonio El Real, era um dos lugares mais bonitos para comer em Segóvia. O cardápio semanal incluía, entre outros pratos, o feijão da primeira fazenda e uma porção de leitão, além de sobremesa e uma taça de vinho.
Restaurante da Califórnia - Plaza Doctor Gila, 9 -
Era um dos melhores lugares para comer barato em Segóvia e bem, graças ao seu menu de 20 Euros. Neste pequeno local onde as reservas eram recomendadas, poderia experimentar uma boa comida caseira, como feijão, salada de bacalhau, leitão, aspargo, piquillo e pimenta e deliciosas sobremesas caseiras. Abria de terças a quintas-feira das 13.00 as 16.00h e das 21.00 as 23.00h. Às sextas e sábados abria somente a noite.
Restaurante José Maria – Calle Cronista Leccea, 11 -
O restaurante era separado em duas partes, a primeira funcionava como um bar, onde o pessoal comia as tapas, bebia e batia-papo; a segunda era onde ficava o restaurante com mesas espalhadas em dois ou três ambientes. O cardápio incluia croquetas de presunto, leitão, cordeiro e uma sopa castelhana. Era um ambiente rústico onde as familhas se reúniam para comemorações.
Restaurante Pasapán - Calle Colón, 5 -
Era um dos restaurantes mais bonitos e aconchegantes de Segóvia, oferecia a cozinha tradicional misturada com pratos criativos da culinária do mercado. Entre os pratos essenciais, acompanhados por um bom vinho da Ribera, estavam o esmalte de rabo de boi, a brandade de bacalhau com romescu, o segredo ibérico, as quesadillas, os tacos de cochinita pibil e, sobretudo, os croquetes de cecina. O preço dos pratos de cerca de 20 Euros e o tratamento impecável dos funcionários e a preparação dos pratos, faziam dele um dos melhores restaurantes da cidade. Abria todos os dias das 9.00 as 24.00h.
Onde dormir
Eurostars Plaza Aqueduto - $$$$ - Avenida Padre Claret, 2-4 –
Todos os quartos incluiam TV, de HD, frigobar, secador de cabelo, cofre e telefone, e produtos de banho de cortesia. Algumas unidades eram adaptadas para hóspedes com mobilidade reduzida. Dispunha de serviço de café da manhã por um custo adicional, incluindo dietas especiais. O estacionamento privativo coberto estava disponível por um custo extra.
Hotel Cándido - $$$$ - Avenida Gerardo Diego -
Disponibilizava um Spa, piscina exterior e quartos de estilo clássico com acesso a Wi-Fi gratuito e TV HD. O restaurante servia cozinha tradicional castelhana e era especializado em grelhados. Oferecia academia, duas piscinas, estacionamento, quartos para PNEs e um bom café da manhã.
Hotel Don Felipe - $$$ - Calle Daoiz, 7 –
Situado no centro histórico de Segóvia, contava com uma bela vista da cidade e quartos modernos, com ar-condicionado, TV, frigobar, banho privativo, instalações para pessoas com dificuldade locomotora, quartos para famílias, estacionamento e um ótimo café da manhã.
Hotel El Aqueduto - $$$ - Calle Padre Claret,10 –
Oferecia quartos modernos, com ar-condicionado, frigobar, TV HD, WI-Fi gratuito e aquecimento central. Servia um bom café da manhã.
Hotel-Hospedería Os Templarios - $$$ - Plaza de España, 19-20 –
Todos os quartos dispunham de isolamento acústico, TV HD, aquecimento e banheiro privativo com secador de cabelo e amenidades de banho gratuitas. O Wi-Fi gratuito estava disponível em todas as áreas. Servia um café da manhã considerado excelente. Oferecia serviço de transfer in/ou para o Aeroporto.
Hotel Real Segovia $$$$ - Calle Juan Bravo, 30 -
Localização muito central, na Plaza de Las Sirenas, entre a Catedral e o Aqueduto romano, era um hotel clássico, ao estilo continental, com um ambiente elegante. Marcava pontos no conforto dos quartos, na simpatia dos funcionários, e no terraço com vistas para a Muralha e a Catedral.

