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SEGÓVIA  -  A bela Catedral e a Muralha  - Espanha - 1/2 














 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

ETIAS 2026 - Autorização para entrar na Europa

Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido a partir  de 2026. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.

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Sevilha era a capital da Província de  Segóvia, situada na vertente setentrional da Serra de Guadarrama, a 68 km a noroeste de  Madrid fora construída em grande parte sobre uma rocha, rodeada pelos Rios Eresma e Clamores. Fora de grande importância durante a colonização romana e sua decadência começara no período Visigodo, e acentuara-se com a permanência dos Árabes na cidade. Reconquistada Castela, a cidade fora se repovoando por cristãos, procedentes do norte da península e dos Pireneus. Era na Idade Média que alcançara o seu esplendor. Em 1474, aqui fora proclamada a Rainha de Castela,  Isabel, a Católica.

 

No século XVIII desenvolvera uma forte indústria de panificação e inúmeros monumentos góticos foram construídos. Famílias aristocráticas e fabricantes de tecidos criaram palácios urbanos, com pátios e jardins de influência renascentista e brasões barrocos. A deslocação do centro de gravidade da economia espanhola, em virtude da descoberta da  América dera início a uma decadência, que os Borbouns não conseguiram deter, e o empobrecimento no século XIX fora inevitável. Possuia duas áreas: a Zona alta, amuralhada e de caráter medieval, e onde havia três das sete portas de acesso que existiam ao longo da muralha, e a Zona baixa, que estava unida à Zona alta pelo Aqueduto Romano. Os séculos de ocupação resultaram em um abundante legado arquitetônico, incluindo muralhas medievais, igrejas românicas, um antigo Palácio Real e uma Catedral gótica. O tradicional e antigo Aqueduto romano com quase dois séculos de existência, a maioria em granito e sem argamassa original, estava localizado acima da Plaza del Azoguejo, no coração da cidade. 

 

Como chegar
 

Via aérea

A cidade castelhana não possuia aeroporto próprio. Os mais  próximos eram o de Madrid, a 87 km; o de Valadolid, a 125 km; e o de Salamanca a 164 km.
 

Via ferroviária

Estava conectada por trens de alta velocidade à Madrid, com destino à Estação Chamartín, e à Valladolid, com escala em Valladolid-Campo Grande. Ambas as rotas levavam aproximadamente 30 minutos. A Estação do trem de alta velocidade ficava um pouco longe do centro. Se poderia chegar por transporte público, pegando as linhas 11 e 12 dos ônibus urbanos.  Também existia uma linha ferroviária convencional, que parava em várias cidades no sul de Segóvia e ao norte de Madrid;
 

Via rodoviária

A empresa Avanza tinha vários ônibus diários que faziam a rota Madrid-Segóvia-Madrid, a cada meia hora. Alguns eram diretos e outros tinham várias paradas intermediárias. Esses ônibus não saiam da Rodoviária  Sul, mas tinham seu Terminal dentro do Trevo de Moncloa, nas docas 6 e 7. A Companhia Linecar fazia conexão com Valladolid.

 

De Automóvel

Saindo de Madrid, busque a Auto-estrada A-6 (sentido La Coruña), que de Villalba passava a ser AP-6 (auto-estrada com Pedágio). Passando pelo túnel de Guadarrama (4 km), pegue a AP-61, que levava a Segóvia. Se não quizer pagar os pedágios, siga pela A-6 pelo mesmo caminho e depois saia para El Escorial/Guadarrama. Atravesse Guadarrama e continue por San Rafael e a Rodovia N-603 até chegar a Segóvia.

 

Para passar pelo Puerto de Navacerrada, havia uma saída da A-6 no alto de Villalba. Pela A-1 também se chegava a Segóvia, por Navacerrada, tomando o desvio para Colmenar Viejo e depois sem entrar nesta localidade, era seguir em direção a Navacerrada ou Segóvia. Pela A-1 também se poderia pegar a N-110, já na Província de Segóvia, passando pelo Puerto de Somosierra.

 

As referências históricas e turísticas

 

Alcazar - Plazza Reina Victoria Eugenia -  Passeio Juan II -

Fora construído entre o final da Idade Média e o início da Idade Moderna, e atualmente era considerado um dos mais peculiares da Europa. Com seu estilo era gótico, o interior era mudéjar e tinha pequenos detalhes austríacos. Suas telhas de xisto chamavam a atenção e também sua parede lateral em forma de proa, que lhe proporcionava um aspecto de conto de fadas. Não era à toa que Orson Welles o utilizara em O Toque da Meia-noite e que, provavelmente, Walt Disney o tenha escolhido como modelo para o Castelo da Cinderela. De longe, se observava a imponente Torre da Homenagem, onde  poderia subir os 156 degraus até chegar a uma sala que servira como  prisão de Estado para nobres. Além da torre, se poderia visitar também a Sala do Palácio Velho, a Câmara Régia, a Capela, o pátio do Relógio e o Colégio Real de Artilharia, o Museu das Armas, o Arquivo Histórico Militar, a Sala dos Tronos, e a Sala dos Reis.  A parte mais antiga da cidade estava rodeada por uma muralha que possuía 86 torres que datavam do século XI e XII. Á sua esquerda, a Casa da Química, edificada na época da Ilustração, e centro de investigação de Louis Proust.

 

Aqueduto – Plaza Ajoquejo, 1 -

Com seus 167 arcos, era considerado um dos principais legados do Império Romano na Espanha. O visitante poderia comprovar como o Aqueduto fora construído sem utilizar nenhum material para unir os blocos, e atravessava mais de 10 quilômetros para entrar na cidade e dividi-la em duas. Deixando a Plaza del Azoguejo à esquerda, e a Plaza de la Artillería à direita, se poderia iniciar o passeio na Casa de Piedra, seguir até o Convento de San Antonio el Real, antigo palácio de caça do Rei Enrique IV, e chegar ao recinto do Alcázar.
 

Constava que sua construção fora da época dos Flávios, entre a segunda metade do século I e o início do século II, sendo Imperadores Vespasiano e Trajano, tinha como objetivo transportar a água do Rio Acebeda até a cidade. Esta impressionante obra de engenharia, em excelente estado de conservação, começava perto do Palácio de la Granja com arcos simples que conduziam a água até a Cisterna conhecida como o Caserón. Posteriormente, um canal de pedras talhadas a transportava até uma segunda torre e, ao chegar à Praça de Díaz Sanz, começava a se formar duas monumentais filas de arcos sobrepostos. Seus 20.400 blocos de pedra não estavam unidos por nenhum tipo de argamassa ou cimento, e se mantinham em um perfeito e sólido equilíbrio de forças. A altura máxima da construção era atingida na Praça do Azoguejo, com 28,10 m de altura e um total de 167 arcos.

 

Antiga Sinagoga Mayor - (Igreja de Corpus Christi)

Segóvia possuía vários locais que ofereciam uma visão da história da comunidade judaica da cidade. Entre os séculos XIII e XIV a cidade tivera uma grande população judaica, composta por famílias nobres e mais modestas, que viviam em harmonia com os demais moradores. Hoje, o Centro de Educação Judaica e vários outros recursos turísticos proporcionavam uma visão das suas tradições e ofícios, além de convidar os visitantes a voltar no tempo até aos dias dos judeus e aprender mais sobre a cidade. Este percurso incluía os seguintes locais de interesse: a principal Sinagoga de Segóvia, o Centro de Educação Judaica, a Porta de San Andrés, o Cemitério Judaico Cuesta de los Hoyos, o Corral de Cayón Midrash e a Sinagoga Ibáñez.

Bairro de Las Canonjías

Nesta zona estava situada a Casa da Imprensa e a da Inquisição, mas serviu também de residência a artistas como Zuloaga e Maurice Fromkes. Fora precisamente o pintor americano que dera o nome aos jardins da rua de Velarde, dos quais se poderia contemplar uma bonita vista do Vale do rio Eresma.

Bairro dos Cavaleiros –

Nesta região encontram-se algumas das igrejas românicas mais interessantes da cidade, como as igrejas de La Trinidad, San Nicolás, San Martín e San Sebastián. No interior do Convento das Dominicas, os visitantes poderiam contemplar a escultura instalada na Torre de Hércules representando o próprio Hércules, fundador da cidade.

Casa da família del Río – Calle Juan Bravo, 52 - 

A moldura  do brasão de seu nobre proprietário do século XV, o Conselheiro Gonzalo del Río , ainda refletia a estética da época, embora não tenha mais a ornamentação de bolas de pedra esculpida tão comum durante o reinado dos Reis Católicos . As portas originais do térreo, como se poderia ver desde a rua, eram agora ocupadas por estabelecimentos comerciais. O acesso ao pátio poderia ser feito pelo hall de entrada, onde funcionava havia muito tempo uma farmácia.  Atualmente era possível acessá-la por um corredor estreito que levava a um dos pátios mais singulares da cidade. Sua planta, seu tamanho, seus elementos e o arco românico ainda em uma de suas paredes ,revelavam a idade do prédio original. O pórtico tinha três lados em arcadas, com sete colunas helicoidais de calcário, dando a impressão, tão típica da arquitetura gótica, de um movimento ascendente.  

Casa Museu de Antonio Machado – Calle dos Desamparados, 5 –

Designado para a cadeira de francês no Liceu de Segóvia, Antonio Machado chegara à cidade no dia 25 de novembro de 1919. Alguns dias depois fora morar na pensão dirigida por Dona Luisa Torrego. Desde então até abandoná-la, em 1932, ocupava um quarto nesta casa. Juntamente com outros artistas e homens de letras, fundara a Universidade Popular de Segóvia, que anos após a morte do poeta, comprara a casa e preparara este singelo museu. Com o tempo, fora adquirido pela Academia San Quirce de História e Arte, o que o tornava uma memória permanente do poeta.

 

Ao visitar esta antiga pensão, seria transportado para o passado graças aos seus retratos, memórias, mobiliário, imagens de Leonor e Guiomar. A modesta casa continuava tão vazia quanto devia estar quando Don Antonio morava, e ainda tinha os mesmos móveis. O que era seu quarto estava intacto e nas paredes, para materializar sua ausência, foram penduradas diferentes versões de seu retrato, tiradas de fotografias antigas ou capturadas em pinturas a óleo, desenhos e cartazes com as assinaturas de Rafael Peñuelas, Jesús Unturbe, Álvaro Delgado e Pablo Picasso. No jardim, entre roseiras e heras, se poderia ver uma cópia do busto do poeta que Emiliano Barral esculpira em 1920; também um painel cerâmico, obra de Julián López Parras.

Casa Palácio Cascales –   Plaza Platero Oquendo, 3 –

Fora construído no último terço do século XV por  Alonso Cascales , um poderoso cavaleiro segoviano. Era conhecido também como Palácio do Conde de Alpuente e Palácio dos Suspiros. Seu exterior era notável por suas esplêndidas janelas gêmeas góticas-flamboyant, esculpidas em ardósia e pela porta de verga, uma entrada que substituíra a anterior que, feita de tijolo e formando um bom arco de ferradura, mostrava como o palácio foi construído sobre um prédio de estilo árabe. Era também a sede do Serviço Territorial de Mobilidade e Transformação Digital do Governo Regional de Castela e Leão.​

 

Catedral – Calle Marquês do Arco, 1 -

Conhecida como a Catedral de Nossa Senhora da Assunção e de São Frutos, começara a ser construída em 1525, em estilo gótico tardio, com a colaboração dos segovianos sob a direção dos arquitetos da família Gil de Hontañon, mas não fora consagrada até ao ano 1768. Substituira a Catedral Velha, situada nos atuais jardins do Alcázar e destruída durante a Guerra das Comunidades, em 1520. No seu exterior, a oeste, estava a fachada principal, conhecida como Porta do Perdão, com a escultura da Virgem, obra de Juan Guas. Junto a ela estendia-se o Enlousado, um espaço utilizado atualmente para atividades culturais. A torre, um dos elementos mais chamativos pela sua grande altura, era habitada até meados do século XX pelo Sineiro e constituia um Mirante privilegiado sobre a cidade.
 

Ao sul abria-se a Porta de São Geroteo, o primeiro Bispo de Segóvia e ao norte a Porta de São Frutos, construída em honra do patrono da cidade, em princípios do século XVII. A planta era de três naves com cruzeiro, coberto com uma cúpula projetada por Pedro de Brizuela, no século XVII, com ábside semicircular na cabeceira e deambulatório, rodeado de capelas. A grandiosidade e a harmonia de dimensões, definia seu interior, com os seus belos vitrais do século XIV, o conjunto de cadeiras do Coro, que conservava os cadeirões góticos da antiga Catedral, os Orgãos barrocos do século XVIII, o gradeamento e o púlpito neoclássico que guardava urna com as reliquias de San Frutos.

Abrigava 18 capelas, com importantes pinturas e esculturas. No seu interior destacavam-se o Calvário românico, situado na entrada da Capela do Sacramento; o tríptico, de Ambrosius Benson e o retábulo da Piedade, de Juan de Juni, na Capela do Santo Enterro, junto à Porta de São Frutos; e o Cristo Jacente, de Gregório Fernández. O Museu da Catedral albergava notáveis obras artísticas de Pedro Berruguete, Sánchez Coello e Van Orley. O Arquivo da Catedral conservava mais de 500 incunábulos, entre eles o Sinodal de Agüilafuente, que fora o  primeiro livro impresso na Espanha.
 

Claustro da Catedral –

Era considerado Monumento Nacional, cujas origens remontavam ao século XVI. Eram dois andares decorados com uma série de pequenos arcos, emoldurados por galerias cegas e campanários. O Claustro inferior foi construído por Alonso de Covarrubias e cerca de trinta anos depois o Claustro superior foi acrescentado por Juan de Herrera. Suba na torre para apreciar as vistas deslumbrantes da arquitetura harmoniosa do Claustro e contemplar o esplêndido estilo gótico - renascentista da Catedral. 

 

Sala de Pinturas da Catedral – Calle Marquês do Arco, 1 – 

Instalada abaixo do Claustro da Catedral, era uma importante sala de exposições onde eram expostas 42 obras pictóricas flamengas e castelhanas de elevado valor artístico e religioso, a maior parte delas submetidas a um processo de restauro. A Sala estava dividida em dois espaços situados sob o Claustro gótico e o corpo da Biblioteca, coberta por abóbada com magnífica estereotomia. A visita a esta sala estava incluída na entrada geral da Catedral.

 

Casa de Abraham Seneor  –  Velho Quarteirão Judeu, 12 -

A casa de Segóvia, onde Abraham Seneor vivera durante os últimos anos de sua vida, estava situada no Antigo Bairro Judeu e refletia plenamente a condição social e econômica de seu proprietário. Segundo escrituras preservadas de 1490, seu valor era de um milhão de maravedís, valor bem acima da avaliação de uma casa de preço médio no Bairro Judeu naquela época, que era de aproximadamente cinquenta mil maravedís. Segundo descrições contemporâneas, a casa tinha dois andares, um pátio e um porão. Sua entrada principal localizava-se na fachada norte, voltada para a Rua do Antigo Bairro Judeu. Essa entrada permanece e atualmente era a entrada para o Centro Educacional do Bairro Judeu.

Casa de Hoz ou de Los Picos – Calle Juan Bravo, 33 -

Passando o Aqueduto de Segóvia, iniciava-se uma caminhada pelo centro histórico da cidade em direção à Calle Juan Bravo, onde estava a Casa de Los Picos. Construída no século XV, apresentava uma fachada interessante e diferente, com 617 picos de granito. O mais característico era sua fachada, coberta em sua totalidade por pedras de granito talhadas em ponta de diamante. Sobre as varandas estava situado o escudo de armas da família de la Hoz, proprietários da casa. O saguão e o pátio eram decorados com azulejos de Talavera, que apareciam em vários prédios de Segóvia. Atualmente era sede da Escola de Arte de Segóvia e sala de exposições.

Casa dos Condes de Bornos – Plaza de São Martinho

Era uma casa histórica que já fora propriedade de Don Jerónimo del Campo, Don Manuel Ramírez de Haro e, atualmente, dos Viscondes de Altamira de Vivero.  A casa destacava-se por seu belo balcão e escudo de pedra calcária  instalado na fachada. 

 

Centro de Criatividade IE – Calle da Moeda -

Era um espaço aberto que estimulava a criatividade transversalmente, facilitando a interação entre Segóvia e o diversificado Universo IE. Este projeto alavancava as artes, humanidades e empreendedorismo para provocar esse fluxo sem fim. O Centro estava estrategicamente localizado dentro da Casa da Moeda, uma empresa pioneira do século XVI e um ponto de virada para a inovação, crescimento econômico e diversidade cultural. Abria de quartas a sextas-feiras das 15.30 as 20.00h.

 

Coleção de Títeres Francisco Peralta –  Calle da Porta de Santiago, 36 -

Era um curioso museu, situado na românica Porta de Santiago, através da qual se acessava à cidade, desde Arévalo e Medina do Campo. O prédio que externamente parecia um pouco estranho, abrigava uma encantadora coleção de 38 bonecos doados pelo famoso marionetista de Cádis, Francisco Peralta. O corpo das bonecas era feito de madeira, ataduras, gesso e rabo de coelho; materiais domésticos reciclados, tecidos e elementos metálicos eram adicionados. A esposa do professor Peralta, Matilde del Amo, era a responsável pelos figurinos e acessórios têxteis das cenas. Abria de terças a sábados das 11.00 as 15.00h e das 15.30 as 17.30h. Aos domingos abria das 11.00 as 14.00h.

 

El Azoguejo

O nome era um diminutivo de zoco. Apesar das transformações que sofreu ao longo do tempo, continua a ser o centro vital da cidade. Aqui se estabeleceu o lugar de reunião dos comerciantes. Hoje em dia é um excelente ponto de partida para conhecer a cidade.

Fundação Torreón de Lozoya – Plaza de San Martin, 5 –

Era um dos prédios mais emblemáticos da arquitetura civil da cidade. Não se tratava apenas de uma torre de dimensões consideráveis, mas de um Complexo palaciano que incluia um pátio, outra torre mais modesta e ainda um jardim com galeria em pórtico. Nas suas imediações, diretamente ligado a ele, através do Corral de San Martín, o Torreón de Lozoya possuia outro pequeno prédio de três andares, usado como armazém. Ainda controversa era a possível data de construção da  Torre. Uma vez que o Marquês de Lozoya, em 1921, atribuira a sua construção ao século XIV, e o mundo científico não chegara a um consenso sobre a sua cronologia, questão agravada pela falta de dados documentais.

Igreja da Vera Cruz – Carretera de Zamarramala -  

Fora criada pelos Cavaleiros Templários, no século XIII. Era uma igreja singular de estilo românico. Sua planta era um polígono de 12 lados. Tinha 3 capelas em semi-tambor e 2 portais com arqui-voltas sobre colunas. O templo fora inspirado no Santo Sepulcro de Jerusalém, origem da Ordem dos Templários-

Igreja de San Martín ­ - Plaza Medina del Campo -

Era de origem moçárabe e possuía um dos átrios românicos mais bonitos de Segóvia, que rodeava a igreja por três de seus lados. A estrutura atual constava de absides com decoração românica e um portal aos pés da igreja com arqui voltas lindamente decoradas. No centro da nave ficava uma torre  com três corpos. O átrio tinha arcos de volta perfeita que descansavam sobre colunas com capitéis românicos.

 

Juderia -  Calle Leopoldo Moreno -

Em sua caminhada pelo centro, desça acompanhando as muralhas de Segóvia até sair pela Puerta de San Andrés, antiga entrada fortificada da cidade. Em seguida, entre novamente na cidade antiga e, na Plazuela del Socorro, suba a Calle de la Juderia Nueva até a Calle la Almuzara, chegando na Juderia, o antigo bairro judeu. Caminhe por essa ruela até ela se transformar na Calle de la Juderia Vieja e, finalmente terminar na Calle Juan Bravo, perto do ponto inicial da caminhada.

La Carcel  – Avenida Juan Carlos I -

A antiga prisão Provincial de Segóvia, localizada no novo centro da cidade, estava sendo transformada por meio de um projeto de reabilitação já em andamento, em um espaço multidisciplinar dedicado a fomentar a criação artística, promover as indústrias criativas de Segóvia e desenvolver a criatividade como uma forma de realização pessoal. O projeto de reabilitação preservava a estrutura e o traçado da antiga prisão, mas dava um novo significado aos espaços para desenvolver a metáfora que este projeto buscava construir: imaginação, inovação, criação, tornariam Segóvia e seus cidadãos mais livres. Era conhecida como Centro de Criação de Segovia. 

 

Abrigava várias de suas celas na exposição permanente A Prisão Franquista (1936-1977), a única na Espanha que explicava o sistema penitenciário durante a ditadura. Durante a ditadura franquista, fora um importante local de confinamento para prisioneiras e prisioneiros de diversas origens, de 1946 até 1977. Entre os que sofreram cativeiro em Segóvia estavam María Salvo, Juana Doña, Manolita del Arco, Tomasa Cuevas, além de Marcelino Camacho, Pere Ardiaca, Gerardo Iglesias e outros.

Miradouro da Canaleja -

Estava localizado no bairro de San Lorenzo, a cerca de 10 minutos a pé do centro,  de onde se poderia desfrutar de uma vista panorâmica da cidade e seus arredores, incluindo o Alcázar e a Serra de Guadarrama. Havia outros Mirantes pela cidade e região.
 

Mirador de Pradera de San Marcos -

Depois de visitar o Alcázar de Segóvia, desça cerca de 950 metros em direção ao Mirador, e encontraria  um parque muito bem gramado e de onde se tinham uma das melhores vistas da cidade.

 

Mirador do Alcázar e Dois Valles  - Caminho Natural de Eresma -Porta de Arévalo –

Proporcionava uma visão espetacular do Alcazar, localizado a 957 metros acima do nível do mar. Gravados na pedra, se podia ler alguns versos do poema Cántico,   de San Juan de la Cruz. Para chegar, deveria ir até a Puerta de Arévalo, que ficava depois do Santuário de Nossa Senhora de Fuencisla. Junto ao arco, havia uma pequena ponte que atravessava o rio. Ao passar por ela, encontraria indicações para subir ao Miradouro. 
 

Mirador do Vale dos Clamores -

Situado aos pés do Alcazar, estava o chamado Mirador da Muralha ou Mirador do Valle dos Clamores. Recentemente recuperado após ter sido condicionado um esporão que existia junto à Cuesta de los Hoyos, mas que até agora não tinha sido utilizado. As vistas deste miradouro eram espetaculares, pois dele avistava-se belas paisagens sobre o Vale dos Clamores, a Muralha e o Cemitério Judeu.

Monastério de Santa Maria do Parral –  Calle Parral, 2 - 

Fora fundado por Enrique IV e ficara sob o protetorado de Juan Pacheco, Marquês de Vilhena, que incluíra seus escudos no pórtico inacabado. A Capela Maior do templo era de estilo gótico, continha um belo retábulo de escultura policromada. A torre da igreja era posterior e estava arrematada por ameias renascentistas. Em ambos os lados do retábulo estavam os sepulcros dos Marqueses de Villena, realizados em alabastro e enfeitados com bela ornamentação renascentista. Merece destaque o pórtico gótico da ante Sacristia além dos claustros da Portaria, Hospedaria,  Enfermaria e o principal.

 

Monumento a Juan Bravo – Plaza Medina do Campo –

Destacava-se como um símbolo do orgulho da rica história e do património cultural da região. Homenageava Juan Bravo, uma figura-chave na Revolta do século XVI contra o Governo opressor do Rei Fernando II, tornando-se não apenas uma bela vista, mas também um marco significativo que contava uma história de bravura e resistência.

Muralha de Segóvia – Rotonda de Don Juan II, 20 -  

Seu espaço expositivo estava formado pela Porta de San Andrés e o Ponto de Informação Turística.  Conservava boa parte do recinto amuralhado que, partindo do Alcázar, rodeava Segóvia da época medieval.  Além disso, era possível acessar o adarve, de onde se poderia contemplar vistas do bairro judeu e da arquitetura militar medieval, bem como a Necrópole hebraica que se estendia até o outro lado do Vale dos Clamores. Estava muito bem conservada a Porta de San Andrés, que ficava entre duas torres robustas, e os portões de San Cebrián e Santiago, ambos com arcos de ferradura, e corpo baixo de blocos de pedra.

Palácio Quintanar – Calle de São Agostin –

Inaugurado em março de 2011, nascera com o objetivo de dotar a cidade de Segóvia e Castela e Leão de um ponto de encontro dedicado à produção, investigação e divulgação da cultura do design; onde artistas, empreendedores e público se reuniam para compartilhar experiências e ideias através do design e da cultura. Sua estrutura era a de um Solar segoviano do século XVII, construído em torno de um pátio central e remodelado no século XVIII. A singularidade do prédio possibilitava acolher nas salas e jardins múltiplas atividades de carácter artístico, social, ambiental e empresarial, abrangendo todas as áreas possíveis do design, da arte e da cultura.

Palácio Real da Granja de San Ildefonso -

A Granja de São Ildefonso era um Sitio Real, situada apenas a 10 km de Segóvia. O município, declarado conjunto Histórico Monumental, era uma das melhores mostras do esplendor monárquico do século XVIII, e o seu Palácio Real, a Real Fábrica de Cristales, e os espetaculares jardins inspirados em Versalhes eram um bom exemplo desse passado. Filipe V, o Animoso, primeiro Rei da Dinastia dos Borbões de Espanha, adquirira o sítio – uma granja pertencente aos monges Jerônimos – como um modesto lugar de repouso, depois de abdicar do trono em favor do seu filho. O prematuro falecimento do filho, obrigara-o porém, a regressar ao trono, ampliando então o Palácio para albergar sua Corte. Obra dos famosos arquitetos Ardemans, Procaccini e Juvarra, o Palácio  se destacava por sua suntuosidade, característica do barroco. Anexa ao Palácio encontrava-se a Real Colegiata de la Santísima Trinidad, antiga capela do Real Sitio.

 

Como chegar:  de automóvel, era 1.00h pela Rodovia A-6 e pela Auto-estrada AP-61; de ônibus, saia do  Intercambiador da Moncloa e demorava 1.15h até a Estação de ônibus de Segóvia. Dalí partiam ônibus com destino a La Granja a cada 45 minutos. De trem, era uma viagem de 25 minutos até a Estação Segóvia-Guiomar e depois em ônibus até a Granja. Esse trajeto total levava umas duas horas.

Palácio Real de San Martin –-

Fora construído no século XV por ordem do Príncipe Henrique que se tornara Henrique IV após sua ascensão ao trono, no local da casa de Ruy Díaz. se hospedaram em diversas ocasiões e, após a morte de Isabel, a Católica -, fora dividido entre várias famílias. No sul, Juan López de Medina e sua esposa Catalina de Barros fundaram o Hospital de Viejos, construindo a capela com um teto de caixotões de madeira e estátuas reclinadas dos fundadores, em nichos nas laterais do Presbitério. seu interior fora restaurado para abrigar o Museu de Arte Contemporânea Esteban Vicente .

 

Plaza Juan Bravo -

Caminhando pela Calle Juan Bravo, por cerca de 150 metros, chegava-se a esta Plaza onde estavam outras casas do período renascentista, além da Igreja Católica San Martín. Em frente à igreja, havia ainda uma estátua de Juan Bravo, um dos nobres da região, que lutaram contra as tropas do Imperador Carlos I.

 

Plaza Mayor - bairro antigo 

A história da Plaza Mayor estava entrelaçada com a da própria história da cidade. Nos tempos medievais, servira como a principal praça de mercado onde os mercadores de toda a Espanha vinham para trocar as suas mercadorias. Fora também utilizada como local para touradas até 1785, quando foram transferidas para outro local devido a questões de segurança. Além do seu papel comercial, a Plaza Mayor desempenhava um papel importante em cerimônias religiosas e festividades Reais, durante diferentes períodos da história. Seguindo as tradições católicas que datavam de séculos, as procissões passavam por aqui durante as celebrações da Semana Santa.

Em volta da praça encontravam-se vários prédios notáveis, cada um com estilos arquitetônicos únicos que refletiam diferentes épocas, desde o período românico ao renascentista. Dominando um dos lados da praça, encontrava-se a Catedral Gótica, dedicada a Nossa Senhora da Assunção e a São Frutuoso – uma das poucas catedrais construídas após o fim do domínio muçulmano em Espanha. No outro lado da praça estava o Teatro Juan Bravo inaugurado em 1918 e batizado com o nome de um herói local que liderara uma revolta contra o domínio de Carlos V, em 1520.

 

Porta de San Andrés -

Conhecida também como  Arco do Socorro, ficava na parte sul da Muralha. Junto às suas irmãs, as portas de San Cebrián, Santiago, San Juan e San Martín, todas elas se encarregavam de conectar a muralha e fechar a área. A porta era uma autêntica jóia arquitetônica com majestosas torres, arcos peraltados, cornijas e escudos heráldicos. O conjunto monumental formava um dos grandes destaques da cidade.

 

 

 

 

Real Casa da Moeda –  Calle La Moneda, s/n.

O Real Ingenio de Segovia era uma casa da moeda inovadora e pioneira, com seu prédio projetado para abrigar máquinas modernas, conhecidas como moinhos, bem como os diferentes departamentos do processo industrial. O novo sistema de fabricação produzia moedas de forma mecanizada e em série, sendo precursor em mais de 200 anos das fábricas modernas da revolução industrial.   Mandada construír pelo Rei Felipe II, em 1583, fora a primeira casa da moeda mecanizada da Espanha, e a primeira que pertencera diretamente à Coroa.

 

Essa tecnologia renascentista, consistia em um sistema de laminação e cunhagem usando moinhos movidos por rodas hidráulicas. Esta técnica fora inventada em Augsburg, por volta de 1550 e, antes de ser implementada em Segóvia, fora utilizada em várias cidades européias. As máquinas ou aparelhos construídos em Hall (Áustria), foram trazidos para a Espanha no maior comboio industrial conhecido até então. O desenho desta fábrica vanguardista devia-se a Juan de Herrera, um dos arquitectos mais influentes e importantes da história de Espanha, que o executara em colaboração com técnicos austríacos. A fábrica fora concebida para realizar todo o processo de cunhagem, desde a chegada do metal bruto até o produto final, a moeda.

 

O sistema inicial de cunhagem, com rolo hidráulico, fora substituído em 1771 pela prensa de roda. Esta fora introduzida na Espanha a partir da França, pela nova Casa Real, dos Bourbons. A terceira e última tecnologia que a Real Casa da Moeda de Segóvia abrigara, foi a de cunhagem por meio de uma prensa automática. Este sistema mal funcionara durante três anos, pois no início de 1869 teria lugar em Segóvia a última cunhagem de uma medalha comemorativa da República. As visitas deviam ser agendadas e aconteciam de quartas a sábados, das 10.00 as 14.00h e das 16.00 as 18.00h. Aos domingos, abria das 10.00 as 14.00h.

Sinagoga Ibañez Segóvia – Segunda Sinagoga

A antiga Sinagoga da família Ibañez, de Segóvia era, ou Nova Sinagoga Principal, que substituíra a primeira em 1419. Propriedade de Bartolome Ibañez desde 1507, e até finais do século XIX, posteriormente tornara-se propriedade das Filhas de Jesus.

Sinagoga Principal –

Entre 1373 e 1419 já fazia parte da fé católica. A entrada era típica de uma Quinta e o interior tinha três naves separadas por arcos de ferradura sobre pilares octogonais. Hoje era a capela de uma comunidade de Monges Franciscanos. Fechava segundas e abria em vários horários no inverno e verão.

Teatro Cervantes – Calle Cervantes, 7 – 

Era um prédio histórico que tinha uma interessante história. Construído em 1923, fora inicialmente usado para apresentações teatrais e, mais tarde, passara por vários usos, incluindo o de cinema e, posteriormente, como sede do Círculo Mercantil e Industrial de Segóvia. O teatro fora um ponto de encontro social e cultural importante para a comunidade local, mas estava fechado desde 1984 e as obras de reabilitação têm sido adiadas. Atualmente, existia um projeto para restaura-lo, com conclusão prevista para o final de 2026, mas este projeto foi parado em 2007. 

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Torre Lozeya –

Era uma imponente torre retangular de defesa, construída no século XVI. O interior possuía dois pátios renascentistas. Atualmente abrigava o Museu Fundação Caja Segovia. Abria diariamente das 10.00 às 14.00h e das 16.00 às 19.00h. menos segunda-feira. 

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