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SEGÓVIA  -  A Muralha e a bela Catedral  - Espanha














 

 

 

 

 


 

 

 

 




É a capital da Província de  Segóvia, situada na vertente setentrional da Serra de Guadarrama, a 68 km a noroeste de  Madrid foi construída em grande parte sobre uma rocha, rodeada pelos rios Eresma e Clamores. Foi de grande importância durante a colonização romana e sua decadência começou no período Visigodo, e acentuou-se com a permanência dos Árabes na cidade. Reconquistada Castela, a cidade foi-se repovoando por cristãos procedentes do norte da península e dos Pireneus. É na Idade Média que alcança o seu esplendor. Em 1474, aqui foi proclamada a Rainha de Castela,  Isabel, a Católica.

 

No século XVIII desenvolveu uma forte indústria de panificação e inúmeros monumentos góticos foram construídos. Famílias aristocráticas e fabricantes de tecidos criaram palácios urbanos, com pátios e jardins de influência renascentista e brasões barrocos. A deslocação do centro de gravidade da economia espanhola em virtude da descoberta da  América deu início a uma decadência, que os Borbouns não puderam deter, e o empobrecimento no século XIX foi inevitável. Possui duas áreas: a Zona alta, amuralhada e de caráter medieval, e onde há três das sete portas de acesso que existiam ao longo da muralha, e a Zona baixa, que está unida à Zona alta pelo Aqueduto Romano. Os séculos de ocupação resultaram em um abundante legado arquitetônico, incluindo muralhas medievais, igrejas românicas, um antigo palácio real e uma catedral gótica. O tradicional e antigo aqueduto romano com quase dois séculos de existência, a maioria em granito e sem argamassa original, está localizado acima da Plaza del Azoguejo, no coração da cidade. 

 

Como chegar
 

Via aérea

A cidade castelhana não possui aeroporto próprio. Os mais acessíveis próximos são o de Madrid, a 87 km; o de Valadolid, a 125 km; e o de Salamanca a 164 km;
 

Via ferroviária

Está conectada por trens de alta velocidade à Madrid, com destino à Estação Chamartín, e à Valladolid, com escala em Valladolid-Campo Grande. Ambas as rotas levam aproximadamente 30 minutos. A estação de alta velocidade fica um pouco longe do centro. Pode-se chegar por transporte público, pegando as linhas 11 e 12 dos ônibus urbanos.  Também existe uma linha ferroviária convencional, que para em várias cidades no sul de Segóvia e ao norte de Madrid;
 

Via rodoviária

A empresa Avanza tem vários ônibus diários que fazem a rota Madrid-Segóvia-Madrid, a cada meia hora. Alguns são diretos e outros têm várias paradas intermediárias. Esses ônibus não saem da Rodoviária  Sul, mas têm seu Terminal dentro do trevo de Moncloa, nas docas 6 e 7. A Companhia Linecar faz conexão com Valladolid.

 

De Automóvel

Saindo de Madrid, siga pela auto-estrada A-6 (sentido La Coruña), que de Villalba passa a ser AP-6 (auto-estrada com Pedágio). Passando pelo túnel de Guadarrama (4 km), pegue a AP-61, que leva a Segóvia. Se não quisermos pagar os pedágios, siga pela A-6 pelo mesmo caminho e depois saia para El Escorial/Guadarrama. Atravesse Guadarrama e continue por San Rafael e a rodovia N-603 até chegar a Segóvia. Para passar pelo Puerto de Navacerrada, há uma saída da A-6 no alto de Villalba. Pela A-1 também se chega a Segóvia, por Navacerrada, tomando o desvio para Colmenar Viejo e depois sem entre nesta localidade seguir em direção a Navacerrada ou Segóvia. Pela A-1 também se pode pegar a N-110, já na Província de Segóvia, passando pelo Puerto de Somosierra.

 

As referências históricas e turísticas

 

Alcazar - Plazza Reina Victoria Eugenia -  Passeio Juan II -

 Foi construído entre o final da Idade Média e o início da Idade Moderna, e atualmente é considerado um dos mais peculiares da Europa. Seu estilo é gótico, o interior é mudéjar e tem pequenos detalhes austríacos. Suas telhas de xisto são conhecidas, e também sua parede lateral em forma de proa, que lhe proporciona um aspecto de conto de fadas. Não é à toa que Orson Welles o utilizou em O Toque da Meia-noite e que, provavelmente, Walt Disney o tenha escolhido como modelo para o Castelo da Cinderela. De longe, se observa a imponente Torre da Homenagem, e de perto poderá subir os 156 degraus até chegar a uma sala que serviu como  prisão de Estado para nobres. Além da torre, poderá visitar também a sala do Palácio Velho, a Câmara Régia, a Capela, o pátio do Relógio e o Museu Real Colégio de Artilharia,  a Sala dos Tronos, a Sala dos Reis e a Torre de Menagem. A parte mais antiga da cidade está rodeada por uma muralha que possui 86 torres que datam dos séculos XI e XII.

 

Aqueduto – Plaza Ajoquejo, 1 -

Com seus 167 arcos, é considerado um dos principais legados do Império Romano na Espanha. O visitante poderá comprovar como o Aqueduto foi construído sem utilizar nenhum material para unir os blocos, e atravessa mais de 10 quilômetros para entrar na cidade e dividi-la em duas. Deixando a Plaza del Azoguejo à esquerda, e a Plaza de la Artillería à direita, deverá iniciar o passeio na Casa de Piedra, seguir até o Convento de San Antonio el Real, antigo palácio de caça do Rei Enrique IV, e chegar ao recinto do Alcázar.
 

Consta que sua construção é da época dos Flávios, entre a segunda metade do século I e o início do século II, sendo Imperadores Vespasiano e Trajano, tinha como objetivo transportar a água do Rio Acebeda até a cidade. Esta impressionante obra de engenharia, em excelente estado de conservação, começa perto do Palácio de la Granja com arcos simples que conduzem a água até a cisterna conhecida como o Caserón. Posteriormente, um canal de pedras talhadas a transporta até uma segunda torre e, ao chegar à Praça de Díaz Sanz, começa a se formar duas monumentais filas de arcos sobrepostos. Seus 20.400 blocos de pedra não estão unidos por nenhum tipo de argamassa ou cimento, e se mantêm em um perfeito e sólido equilíbrio de forças. A altura máxima da construção é atingida na Praça do Azoguejo, com 28,10 m de altura e um total de 167 arcos.
 

Casa Museu de Antonio Machado – Calle dos Desamparados, 5 –

Designado para a cadeira de francês no Liceu de Segóvia, Antonio Machado chegou à cidade no dia 25 de novembro de 1919. Alguns dias depois foi morar na pensão dirigida por D. Luisa Torrego. Desde então até abandoná-la, em 1932, teve um quarto nesta casa. Juntamente com outros artistas e homens de letras, fundou a Universidade Popular de Segóvia, que anos após a morte do poeta , comprou a casa e preparou este singelo museu. Com o tempo, foi adquirido pela Academia San Quirce de História e Arte, o que o tornou uma memória permanente do poeta.

 

Ao visitar esta antiga pensão, será transportado para o passado graças aos seus retratos, memórias, mobiliário, imagens de Leonor e Guiomar. A modesta casa continua tão vazia quanto devia estar quando Don Antonio morava nela e ainda tem os mesmos móveis. O que era seu quarto está intacto e nas paredes, para materializar sua ausência, foram penduradas diferentes versões de seu retrato, tiradas de fotografias antigas ou capturadas em pinturas a óleo, desenhos e cartazes com as assinaturas de Rafael Peñuelas, Jesús Unturbe, Álvaro Delgado e Pablo Picasso. No jardim, entre roseiras e heras, pode ver uma cópia do busto do poeta que Emiliano Barral esculpiu em 1920; também um painel cerâmico, obra de Julián López Parras

 

Catedral – Calle Marquês do Arco, 1 -

Conhecida como a Catedral de Nossa Senhora da Assunção e de São Frutos, começou a ser construída em 1525, em estilo gótico tardio, com a colaboração dos segovianos, sob a direção dos arquitetos da família Gil de Hontañon, mas não foi consagrada até ao ano 1768. Substituiu a Catedral Velha situada nos atuais jardins do Alcázar e destruída durante a Guerra das Comunidades em 1520. No seu exterior, a oeste, está a fachada principal, conhecida como Porta do Perdão, com a escultura da Virgem, obra de Juan Guas. Junto a ela estende-se o Enlousado, um espaço utilizado atualmente para atividades culturais. A torre, um dos elementos mais chamativos pela sua grande altura, era habitada até meados do século XX pelo Sineiro e constitui um mirante privilegiado sobre a cidade.
 

A sul abre-se a Porta de São Geroteo, primeiro Bispo de Segóvia e a norte a Porta de São Frutos, construída em honra do patrono da cidade, em princípios do séc. XVII. A planta é de três naves com cruzeiro, coberto com uma cúpula projetada por Pedro de Brizuela, no século XVII, com ábside semicircular na cabeceira e deambulatório, rodeado de capelas. A grandiosidade e a harmonia de dimensões, define seu interior, com os seus belos vitrais do século XIV, o conjunto de cadeiras do Coro, que conserva os cadeirões góticos da antiga Catedral, os Orgãos barrocos do séc.XVIII, o gradeamento e o púlpito neoclássico que guarda urna com as reliquias de San Frutos. Abriga 18 capelas, com importantes pinturas e esculturas. No seu interior destacam-se o Calvário românico, situado na entrada da Capela do Sacramento; o tríptico, de Ambrosius Benson e o retábulo da Piedade, de Juan de Juni, na Capela do Santo Enterro, junto à Porta de São Frutos; e o Cristo Jacente, de Gregório Fernández. O Museu Catedralício alberga notáveis obras artísticas de Pedro Berruguete, Sánchez Coello e Van Orley. O Arquivo Catedralício conserva más de 500 incunábulos, entre eles o Sinodal de Agüilafuente, o primeiro livro impresso em Espanha.
 

Claustro da Catedral –

É considerado Monumento Nacional, cujas origens remontam ao século XVI.  É um Claustro de dois andares decorado com uma série de pequenos arcos emoldurados por galerias cegas e campanários. O Claustro inferior foi construído por Alonso de Covarrubias e cerca de trinta anos depois o Claustro superior foi acrescentado por Juan de Herrera. Suba na torre para apreciar as vistas deslumbrantes da arquitetura harmoniosa do Claustro e contemplar o esplêndido estilo gótico - renascentista da Catedral. 

 

Sala de Pinturas da Catedral – Calle Marquês do Arco, 1 – 

Instalada abaixo do Claustro da Catedral, é uma importante sala de exposições onde se expõem 42 obras pictóricas flamengas e castelhanas de elevado valor artístico e religioso, a maior parte delas submetidas a um processo de restauro. A Sala está dividida em dois espaços situados sob o Claustro gótico e o corpo da Biblioteca,  coberta por abóbada com magnífica estereotomia. A visita a esta sala está incluída na entrada geral da Catedral.

 

Casa de Los Picos – Calle Juan Bravo, 33 -

Passado o Aqueduto de Segóvia, inicia-se uma caminhada pelo centro histórico da cidade em direção à Calle Juan Bravo, onde está a Casa de Los Picos. Construída no século XV, apresenta uma fachada interessante e diferente, com 617 picos de granito. O mais característico é sua fachada, coberta em sua totalidade por pedras de granito talhadas em ponta de diamante. Sobre as varandas está situado o escudo de armas da família de la Hoz, proprietários da casa. O saguão e o pátio são decorados com azulejos de Talavera, que aparecem em vários prédios de Segóvia. Atualmente é sede da Escola de Arte de Segóvia e sala de exposições.

 

Centro de Criatividade IE – Calle da Moeda -

É um espaço aberto que estimula a criatividade transversalmente, facilitando a interação entre Segóvia e o diversificado Universo IE. Este projeto alavanca as artes, humanidades e empreendedorismo para provocar esse fluxo sem fim. O Centro está estrategicamente localizado dentro da Casa da Moeda, uma empresa pioneira do século XVI e um ponto de virada para a inovação, crescimento econômico e diversidade cultural. Aberto de quartas a sextas-feiras das 15.30 as 20.00h.

 

Coleção de Títeres Francisco Peralta –  Calle da Porta de Santiago, 36 -

É um curioso museu situado na românica Porta de Santiago, através da qual se acede à cidade desde Arévalo e Medina do Campo. O prédio, que externamente parece um pouco estranho, abriga uma encantadora coleção de 38 bonecos doados pelo famoso marionetista de Cádis, Francisco Peralta. O corpo das bonecas é feito de madeira, ataduras, gesso e rabo de coelho; materiais domésticos reciclados, tecidos e elementos metálicos são adicionados. A esposa do professor Peralta, Matilde del Amo, era a responsável pelos figurinos e acessórios têxteis das cenas. Aberto de terças a sábados das 11.00 as 15.00h e das 15.30 as 17.30h. Aos domingos abre das 11.00 as 14.00h.

 

Fundação Torreón de Lozoya – Plaza de San Martin, 5 –

É um dos prédios mais emblemáticos da arquitetura civil da cidade. Não se trata apenas de uma torre de dimensões consideráveis, mas de um Complexo palaciano que inclui um pátio, outra torre mais modesta e ainda um jardim com galeria em pórtico. Nas suas imediações, diretamente ligado a ele através do Corral de San Martín, o Torreón de Lozoya também possui outro pequeno prédio de três andares, usado como armazém. Ainda controversa é a possível data de construção da  Torre. Uma vez que o Marquês de Lozoya, em 1921, atribuiu a sua construção ao século XIV, e o mundo científico não chegou a um consenso sobre a sua cronologia, problema agravado pela falta de dados documentais.

 

Juderia -  Calle Leopoldo Moreno -

Em sua caminhada pelo centro, desça acompanhando as muralhas de Segóvia até sair pela Puerta de San Andrés, antiga entrada fortificada da cidade. Em seguida, entre novamente na cidade antiga e, na Plazuela del Socorro, suba a Calle de la Juderia Nueva até a Calle la Almuzara, chegando na Juderia, o antigo bairro judeu. Caminhe por essa ruela até ela se transformar na Calle de la Juderia Vieja e, finalmente, terminar na Calle Juan Bravo, perto do ponto inicial desta caminhada.

 

Miradouro da Canaleja -

Está localizado no bairro de San Lorenzo, a cerca de 10 minutos a pé do centro,  de onde se pode desfrutar de uma vista panorâmica da cidade e seus arredores, incluindo o Alcázar e a Serra de Guadarrama. Há outros mirantes pela cidade e região.
 

Mirador de Pradera de San Marcos

Depois de visitar o Alcázar de Segóvia, desça cerca de 950 metros em direção ao Mirador, e enco0ntrará  um parque muito bem gramado e de onde se tem uma das melhores vistas da cidade.

 

Mirador do Alcázar e dos Dois Valles  - Caminho Natural de Eresma -Porta de Arévalo –

Proporciona uma visão espetacular do Alcazar, localizado a 957 metros acima do nível do mar. Gravados na pedra, se pode ler alguns versos do poema Cántico,   de San Juan de la Cruz. Para chegar, deve ir até a Puerta de Arévalo, que fica depois do Santuário de Nossa Senhora de Fuencisla. Junto ao arco, há uma pequena ponte que atravessa o rio. Ao passar por ela, encontrará indicações para subir ao Miradouro. A subida vale a pena, e as vistas do Alcázar são muitobonitas.  
 

Mirador do Vale dos Clamores -

Situado aos pés do Alcazar, está o chamado Mirador da Muralha ou Mirador do Valle dos Clamores. Recentemente recuperado após ter sido condicionado um esporão que existia junto à Cuesta de los Hoyos, mas que até agora não tinha sido utilizado. As vistas deste miradouro são incríveis, pois dele avistam-se belas paisagens, sobre o Vale dos Clamores, a Muralha e o Cemitério Judeu.
 

Muralha de Segóvia – Rotonda de Don Juan II, 20 -  

Seu espaço expositivo está formado pela Porta de San Andrés e o Ponto de Informação Turística.  Conserva-se boa parte do recinto amuralhado que, partindo do Alcázar, rodeava Segóvia na época medieval.  Além disso, é possível acessar o adarve, de onde se pode contemplar vistas do bairro judeu e da arquitetura militar medieval, bem como a Necrópole hebraica que se estende até o outro lado do Vale dos Clamores. Está muito bem conservada a Porta de San Andrés, que fica entre duas torres robustas, e os portões de San Cebrián e Santiago, ambos com arcos de ferradura, e corpo baixo de blocos de pedra.

 

Museo de Arte Contemporáneo Esteban Vicente - Plaza de Belas Artes - 

Abriga a extraordinária coleção de obras doadas por Esteban Vicente, único espanhol da primeira geração da New York School of Abstract Expressionism, na América. O museu está instalado no palácio medieval do Rei Henrique IV, da família Trastamara, cuja construção remonta a 1445. Além dos seus cinco espaços expositivos, o visitante também poderá apreciar sua capela renascentista com o seu teto em madeira entalhada hispano-mourisco, o auditório do museu, e o jardim onde repousam os restos mortais de Harriet e Esteban Vicente.

 

Museu de Segóvia – Calle Socorro, 11 –

Abriu suas portas em 1842, no Palácio Episcopal e ao longo de sua história, aparecerá sob vários nomes: Museu de Pintura, Museu de Belas Artes, Museu Provincial e, o atual Museu de Segóvia. Em 1845 a sede  mudou-se para San Facundo. No entanto, a partir da segunda metade do século XIX, as coleções seriam progressivamente dispersas por vários locais, para sua exposição até que fosse instalado e reunido completamente na Casa de Hidalgo e no prédio contíguo, em 1967. Em 1991, a coleção foi transferida para a Casa del Sol, prédio cedido ao Estado pela Câmara Municipal, onde a exposição permanente finalmente abriu ao público em julho de 2006, após anos de reestruturação do prédio. Aberto de terças a sábados das 10.00 as 14.00h e das 16.00 as 19.00h. Aos domingos, aberto das 10.00 as 14.00h.

 

Museu Rodera Robles -  Calle San Agustin, 12 –

O primeiro objetivo do Conselho de Administração da Fundação Rodera-Robles ao abrir seu museu foi mostrar as obras de arte e as coleções que o casal  Eduardo Rodera e Rafaela Robles reuniram ao longo de suas vidas. Considerou-se que a abertura de um novo museu na cidade era uma grande oportunidade para dar a conhecer dois acontecimentos muito importantes na história da cidade, ambos ligados à impressão e à gravura.

 

Em 1472, Segóvia tornou-se o berço da tipografia na Espanha, sob o patrocínio do Bispo Juan Arias Dávila e com maestria de Juan Parix de Heidelberg. Ambos levaram à impressão do primeiro livro espanhol, o Sinodal de Aguilafuente, que fez de Segóvia uma pioneira na nobre arte de imprimir. Séculos depois, na idade do Iluminismo, uma Real Provisão de Carlos III dotou Segóvia de uma impressão: Escola de Desenho: gravura sobre madeira: impressão fina, água forte e buril: gravura no orifício do carimbo: a Arte de fazer punções e matrizes de impressão de letras, com a arte de fundi-las. O Museu está instalado na chamada Casa del Hidalgo, um notável exemplo de habitação urbana para a nobreza dos séculos XV e XVI, cujos primeiros proprietários, as famílias Bermúdez de Contreras e Del Río, ainda guardam suas armas em vários locais da sua arquitetura: na pedra angular do portal, no hall e nas divisórias dos tetos de algumas salas.

 

Museu Zuloaga – Plaza Colmenares, 7 –

Proporciona conhecer a obra de San Juan de los Caballeros, e especialmente a volumetria do prédio, fases construtivas, decoração arquitetônica, pinturas de ábside e lápides, assim como os restos da oficina, casa de Zuloaga, e diversas obras de Daniel Zuloaga instalado desde 1905 no próprio prédio. O passeio começa no átrio, onde está localizado um painel de cerâmica de Zuloaga, com pavões nos jardins do Palácio da Granja de San Ildefonso. Em seguida, em vitrines, mostra parte da coleção e, no exterior Do sul parede da igreja, pode-se observar as diferentes fases construtivas do prédio, desde a época Visigótica. Segue-se então diretamente para a nave lateral sul da igreja, de onde já se podem apreciar as excecionais proporções do prédio românico. Na abside sul encontra-se um frontal de cerâmica de Daniel Zuloaga, cópia do frontal esmaltado do Mosteiro de Santo Domingo de Silos. No interior da abside central, as laudes de ardósia do séc. XVI do Conselheiro de Segóvia, Don Rodrigo de Contreras, e sua avó Dª. Angelina da Grécia. No ábside norte conservam-se vestígios de pintura românica, com um Pantócrator, cenas do martírio de São João Evangelista, "Ante Portam Latinam" e um São Cristóvão. No terreno está o túmulo do historiador local Diego de Colmenares y Peñalosa, do séc. XVII. Mais três túmulos de notáveis ​​de Segóvia aparecem na extremidade norte do transepto. Os fornos de cerâmica da oficina de Zuloaga, situados na capela norte, também podem ser vistos do exterior.

 

A grande escadaria metálica,  encostada na parede sul da igreja, dá acesso ao corpo superior, antiga casa de Zuloaga, adaptada para abrigar o acervo com o mesmo nome. A exposição está organizada em três salas, com uma visita linear. Uma porta do lado norte da sala central permite ver o banheiro, decorado com cerâmicas que retratam cenas segovianas. No seu conjunto, o Museu expõe da coleção Zuloaga, no átrio, nas escadas que dão acesso aos quartos da casa no andar superior e no último: 74 cerâmicas de Daniel Zuloaga, Juan Ramón, Esperanza e atelier; 31 aquarelas, das quais 28 são de Daniel Zuloaga, 2 de Juan Ramón e 1 da oficina; 16 pinturas a óleo, das quais 12 são de Daniel Zuloaga, 1 de Suárez-Llanos e 3 de Ignacio Zuloaga; objetos diversos como móveis, roda de oleiro, paleta de pintura, e 2 desenhos a carvão de Ignacio Zuloaga.

 

Palácio Real da Granja de San Ildefonso -

A Granja de São Ildefonso é um Sitio Real, situada apenas a 10 km de Segóvia. O município, declarado conjunto Histórico Monumental, é uma das melhores mostras do esplendor monárquico do século XVIII, e o seu Palácio Real, a Real Fábrica de Cristales, e os espetaculares jardins inspirados em Versalhes são um bom exemplo desse passado. Filipe V, o Animoso, primeiro Rei da Dinastia dos Borbões de Espanha, adquiriu o sítio – uma granja pertencente aos monges Jerônimos – como um modesto lugar de repouso, depois de abdicar do trono em favor do seu filho. Seu prematuro falecimento do filho,  obrigou-o porém a regressar ao trono, ampliando então o palácio para albergar sua Corte. Obra dos famosos arquitetos Ardemans, Procaccini e Juvarra, o palácio  se destaca por sua suntuosidade, característica do barroco. Anexa ao palácio encontra-se a Real Colegiata de la Santísima Trinidad, antiga capela do Real Sitio.

 

Como chegar:  de automóvel, é 1 hora e  15 minutos pela rodovia A-6 e pela auto-estrada AP-61; de ônibus, sai do  Intercambiador da Moncloa e demora 1 hora e 15 minutos até a estação de ônibus de Segóvia. Dalí parte ônibus com destino a La Granja a cada 45 minutos. De trem, uma viagem de 25 minutos até a Estação Segóvia-Guiomar e depois em ônibus até a Granja. Esse trajeto leva umas duas horas.

 

Plaza Juan Bravo

Caminhando pela Calle Juan Bravo, por cerca de 150 metros, chega-se a Plaza Juan Bravo, onde estão outras casas do período renascentista, além da Igreja Católica San Martín. Em frente à igreja, há ainda uma estátua de Juan Bravo, um dos nobres da região, que lutaram contra as tropas do Imperador Carlos I.

 

Plaza Mayor

Passando a Igreja Católica San Martín, caminhando cerca de 300 metros, até  Plaza Mayor, onde há vários restaurantes, prédios históricos,  a Igreja de San Miguel e a Catedral de Santa Maria de Segóvia.

 

Porta de San Andrés -

Conhecida também como  Arco do Socorro, fica na parte sul da Muralha. Junto às suas irmãs, as portas de San Cebrián, Santiago, San Juan e San Martín, todas elas se encarregam de conectar a muralha e fechar a área. A porta é uma autêntica jóia arquitetônica com majestosas torres, arcos peraltados, cornijas e escudos heráldicos. O conjunto monumental forma um dos grandes destaques da cidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

Real Casa da Moeda –  Calle La Moneda, s/n.

O Real Ingenio de Segovia era uma casa da moeda inovadora e pioneira, com seu prédio projetado para abrigar máquinas modernas, conhecidas como moinhos, bem como os diferentes departamentos do processo industrial. O novo sistema de fabricação produzia moedas de forma mecanizada e em série, sendo precursor em mais de 200 anos das fábricas modernas da revolução industrial.   Mandada construír pelo Rei Felipe II, em 1583, foi a primeira casa da moeda mecanizada da Espanha, e a primeira que pertenceu diretamente à Coroa.

 

Essa tecnologia renascentista consistia em um sistema de laminação e cunhagem usando moinhos movidos por rodas hidráulicas. Esta técnica foi inventada em Augsburg, por volta de 1550 e, antes de ser implementada em Segóvia, foi utilizada em várias cidades europeias. As máquinas ou aparelhos construídos em Hall (Áustria) foram trazidos para a Espanha no maior comboio industrial conhecido até então. O desenho desta fábrica vanguardista deve-se a Juan de Herrera, um dos arquitectos mais influentes e importantes da história de Espanha, que o executou em colaboração com técnicos austríacos. A fábrica foi concebida para realizar todo o processo de cunhagem, desde a chegada do metal bruto até o produto final, a moeda. O sistema inicial de cunhagem, com rolo hidráulico, foi substituído em 1771 pela prensa de roda. Esta foi introduzida na Espanha a partir da França pela nova Casa Real, os Bourbons.A terceira e última tecnologia que a Real Casa da Moeda de Segóvia abrigou, foi a de cunhagem por meio de uma prensa automática. Este sistema mal funcionou durante três anos, pois no início de 1869 teria lugar em Segóvia a última cunhagem de uma medalha comemorativa da República. As visitas devem ser agendadas e acontecem de quartas a sábados das 10.00 as 14.00h e das 16.00 as 18.00h. Aos domingos abria das 10.00 as 14.00h.

 

Onde comer

Casa Duque – Calle Cervantes, 12 –

Marisa Duque, filha do grande Maestro Assador  Dionisio Duque, é a quarta geração de uma família dedicada à hotelaria, estando já em formação a quinta geração, liderada por Andrea e Luis. É o restaurante mais antigo de Segóvia e respira tradição e família. É um autêntico emblema da gastronomia regional.

Cervejaria Santa Eulalia – Calle La Plata, 1

 

Churrascaria Maribel - Avenida Padre Claret, 16 –

No forno a lenha os leitões e os cordeiros  são preparados com capricho para agradar ao mais exigente paladar. Aberto de terça a domingo das 9.00h às 24.00h. Na segunda feira encerra as 17.00h.

La Tasquina – Calle Ezequiel Gonzales, 25 –

É muito bem recomendado pelos moradores por preparar comidas típicas regionais e praticar preços diferenciados dos demais existentes nas redondezas. Recomendado especialmente para um jantar a dois.

 

Mesón de Càndido – Plaza Azoguejo, 5 –

Hoje, sob a direção do filho do Señor Càndido, atualmente detém o título de maior estalajadeiro de Castela, é iuma referência na hospitalidade segoviana tornou-se um grande império que possui um hotel, um restaurante palaciano, uma fundação e até sua própria televisão. 

Restaurante Claustro -

Localizado fora do centro histórico, no antigo Mosteiro de San Antonio El Real, é um dos lugares mais bonitos para comer em Segóvia. O cardápio semanal incluia, entre outros pratos, o feijão da primeira fazenda e uma porção de leitão, além de sobremesa e uma taça de vinho.

Restaurante da Califórnia - Plaza Doctor Gila, 9 -

É um dos melhores lugares para comer barato em Segóvia e bem, graças ao seu menu de 20 euros. Neste pequeno local onde as reservas são recomendadas, poderá experimentar uma  boa comida caseira, como feijão, salada de bacalhau, leitão, aspargo, piquillo e pimenta e deliciosas sobremesas caseiras. Aberto de terças a quintas-feira das 13.00 as 16.00h e das 21.00 as 23.00h. Às sextas e sábados abre somente a noite.

Restaurante José Maria – Calle Cronista Leccea, 11 -

O restaurante é separado em duas partes, a primeira funciona como um bar, onde o pessoal come tapas, bebe e bate-papo, a segunda é onde fica o restaurante com mesas espalhadas em dois ou três ambientes. O cardápio inclui croquetas de presunto, leitão, cordeiro e uma sopa castelhana. É um ambiente rústico onde as familhas se reúnem para comemorações.  

Restaurante Pasapán - Calle Colón, 5 -

É um dos restaurantes mais bonitos e aconchegantes de Segóvia, oferece cozinha tradicional misturada com pratos criativos da culinária do mercado. Entre os pratos essenciais, acompanhados por um bom vinho da Ribera, estão o esmalte de rabo de boi, a brandade de bacalhau com romescu, o segredo ibérico, as quesadillas, os tacos de cochinita pibil e, sobretudo, os croquetes de cecina. O preço dos pratos de cerca de 20 euros e o tratamento impecável dos funcionários e a preparação dos pratos fazem dele um dos melhores restaurantes em Segóvia. Horário: todos os dias das 9.00 às 24.00h.

 

Onde dormir

 

Eurostars Plaza Aqueduto - $$$$ -  Avenida Padre Claret, 2-4 –

Todos os quartos incluem TV, frigobar, secador de cabelo, cofre e telefone, e produtos de banho de cortesia. Algumas unidades são adaptadas para hóspedes com mobilidade reduzida. Dispõe de serviço de café da manhã por um custo adicional, incluindo dietas especiais. O estacionamento privativo coberto está disponível por um custo extra.

 

Hotel Cándido - $$$$ -  Avenida Gerardo Diego -

Disponibiliza um Spa, piscina exterior e quartos de estilo clássico com acesso a Wi-Fi gratuito e TV de tela plana. O restaurante serve cozinha tradicional castelhana e é especializado em carne assada. Oferece academia, duas piscinas, estacionamento, quartos para PNEs e um bom café da manhã. 

 

Hotel Don Felipe - $$$ -  Calle Daoiz, 7 –

Situado no centro histórico de Segóvia, conta com uma bela vista da cidade e quartos modernos com ar-condicionado, TV, frigobar, banho privativo, instalações para pessoas com dificuldade locomotora, quartos para famílias, estacionamento e um ótimo café da manhã.

 

Hotel ELE Aqueduto - $$$ -  Calle Padre Claret,10 –

Oferece quartos modernos, com ar-condicionado, frigobar, TV de  tela plana, WI-Fi gratuito e aquecimento central. Serve um bom café da manhã.

 

Hotel-Hospedería Os Templarios - $$$ -  Plaza de España, 19-20 –

Todos os quartos dispõem de isolamento acústico, TV de tela plana, aquecimento e banheiro privativo com secador de cabelo e amenidades de banho gratuitas. O Wi-Fi gratuito está disponível em todas as áreas. Serve um café da manhã considerado excelente. Oferece serviço de transfer in/ou para o aeroporto.

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