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SCHAFFHAUSEN  -  As Cataratas do Reno e a IWC - Suíça 

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ETIAS 2025 - Autorização para entrar na Europa

Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido a partir  de 2025, ainda sem data para início dos procedimentos.. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.

A cidade de Schaffhausen, situa-se na extremidade norte da Suíça, na quebrada do Reno, na Suíça oriental, fronteira com a Alemanha. Ela deve suas origens à cachoeira Rheinfall: a colônia surgiu quando os transportadores precisavam de um local onde aportar e descarregar suas mercadorias, para evitar as corredeiras do Rio Reno, intransitáveis para embarcações. A cidade, rodeada por vinhedos e localizada no Reno Superior, entre a Floresta Negra e o Lago Constança, era um recomendado destino de férias.


O centro histórico era fechado ao trânsito de automóveis, e considerado um dos mais bonitos da Suíça, devido às suas muitas janelas salientes, envidraçadas, e tinham fachadas ricamente pintadas em várias cores. Muitas das residências eram de mercadores e das casas que sediavam guildas, datavam das épocas góticas e barrocas. A cidade começou com o mercado de rua, situado na atual Vordergasse. Aqui também se encontrava a Igreja de São João, do período gótico alto, dotada de uma acústica maravilhosa.


O emblema da cidade, a Fortaleza de Munot, com suas 171 sacadas, poderia ser vista a quilômetros de distância. Essa Fortaleza em forma de anel, foi construída entre 1564 e 1589, segundo projeto de Albrecht Dürer. Todas as noites, às 21 horas, o Guarda de Munot, que morava na torre, tocava o sino de Munot. Antigamente, as badaladas eram o sinal de que os portões da cidade e as hospedarias deveriam fechar. Na área ao norte de Schaffhausen, na região montanhosa do Randen, e nas encostas cobertas por vinhas da Klettgau, existiam belos passeios e ciclovias, sendo possível desfrutar de um saboroso Pinot Noir, numa das várias Vinícolas. Saiba mais sobre como o vinho era feito, durante caminhadas de uma hora, ao longo da Estrada do Vinho Trasadingen ou no Museu de Viticultura, em Hallau.


A paisagem fluvial do Reno era perfeita para ciclismo, caminhadas e passeios  de barco no Lago de Untersee-Reno, que ia de Schaffhausen a Kreuzlingen, com quase 50 quilômetros de extensão. O trecho do rio, entre Schaffhausen e a preservada cidade medieval de Stein am Rhein, com seus afrescos e casas pintadas, tinha um charme todo especial. O Mosteiro Beneditino de St. Georgen, atualmente abrigava o Museu do Mosteiro.

 

Museu Zu Allerhelligen

O Mosteiro Beneditino de Todos os Santos foi fundado em 1050, tornando-se o centro da cidade. Abrigava o Museum zu Allerheiligen, um dos pontos turísticos mais significativos, com coleções de arqueologia, história, arte e história natural, em exposições permanentes e exposições especiais.

Cataratas do Reno ‎

 

As quedas do rio tinham 23 metros de altura, e 150 metros de largura, sendo uma das maiores da Europa e uma das grandes atrações de toda a região. Existiam diversas plataformas e mirantes, para facilitar aos visitantes apreciar e registrar as cenas mais bonitas e fascinantes, das águas entre as rochas. Outra atração no local era o Castelo Wörth, que ficava em uma ilha no Reno.

 

Quando for visitar, busque o Castelo Laufen, que ficava às margens do Reno, bem na curva do rio e de onde se tinha a melhor visão das famosas cataratas, conhecidas com Rheinfall. Para chegar, tinha um tram que saia de Schaffhausen e atravessa a ponte até um largo, onde havia uma igreja e a entrada para o Castelo. Depois, o tram seguia viagem. Para quem estava do outro lado do rio, eram dois os pontos de observação: o que ficava localizado próximo a Praça da Indústria, e outro mais abaixo, logo depois da curva do rio, e onde estava o Castelo Wörth. Aqui proporcionava uma visão de frente para a queda d`água. Em  ambos os locais, a infra-estrutura de apoio ao visitante era ótima e na área do Castelo Laufen tinha até um Youth Hostel muito bom, que ocupava parcialmente as instalações do Castelo.

A Fábrica de Relógios IWC  - Mühlentalstrasse, 380 -

Importante ícone da cidade, era a Fábrica de Relógios IWC, mundialmente conhecida e uma das responsáveis pela disseminação dos relógios de pulso. Este texto se propõe a contar um pouco da história, e da performance da conceituada marca e seus criadores. Desde 1873, pouco menos de 6 anos após a fundação da marca pelo norte americano Florentine Ariosto Jones, foi que o prédio sede da empresa se tornara um marco símbolo da cidade de Schaffhausen. Apesar do prédio original ainda manter a entrada principal, entre as duas alas, a restante construção era um testemunho da história e evolução da Internacional Watch Co, ao longo de mais de 150 anos. Em 1895, foi dado inicio à construção do anexo sul do prédio, localizado nos fundos da fachada principal. Ao longo da sua cronologia, o prédio sede da IWC assistira a êxitos, crises, falências, à redução do número de trabalhadores, de 300 para 150, com a crise do quartzo, chegando a 2018, com cerca de 650 artesãos altamente qualificados, que reproduziam a essência de uma marca singular, para mais de 1000 pontos de venda em todo o mundo.

 

Mas 150 anos após Jones ter saído de Boston, e fundado a IWC, nas margens do Reno, sobre uma visão industrial americana associada à excelência da manufatura de relojoaria suíça, o contraste com o passado não poderia ser maior. Enquanto que o propósito de construir os melhores relógios, que o dinheiro poderia comprar, se manteve como uma das linhas de orientação principal que nortearam a esmagadora maioria dos administradores da IWC, o estilo que os sucessores de Ariosto Jones impuseram ao longo de cada um dos seus mandatos, era distinto e poderia ser claramente identificado pelos modelos que preencheram o catálogo da manufatura, em diversos momentos da sua história. Nomes como Johannes Rauschenbach-Schenck, Ernst Jakob Homberger (a quem se devia o lançamento dos primeiros modelos em português, e a criação da linha Pilot e Hans Ernst Homberger, Ingenieur, Aquatimer e Beta 21, como prenuncio da era do quartzo, representavam uma dinastia que geria os destinos da IWC, sob uma perspectiva de empresa familiar.

A crise do quartzo

Seguia-se a conhecida crise de quartzo, e a IWC não resistia ás inerentes transformações econômicas e tecnológicas. A empresa era adquirida pelo construtor de instrumentos VDO Adolf Schwindling, em 1978, juntamente com a Jaeger-LeCoultre, e convidara Gunter Blumlein, para um cargo de direção. Engenheiro de formação com excepcionais capacidades na área do marketing, Blumlein tornar-se-ia numa peça chave na sobrevivência da empresa, recuperando e desenvolvendo a IWC, orientando-a  para um rumo de sucesso, do qual ainda hoje se beneficiava. A estréia do famoso movimento, com calendário perpétuo, criado pelo mestre relojoeiro Kurt Klaus, aparecera em meados da década de 1980, em pleno mandato de Blumlein.

 

Em 1991 a VDO era adquirida pela gigante industrial Mannesmann, no seguimento do interesse do grupo na produção de componentes para a industria automobilística e onde se incluía a Kienzle Apparate. Com a aquisição, a IWC passava novamente para as mãos de um novo proprietário, e sem verdadeira vocação relojoeira, até que em Fevereiro de 2000, era adquirida pelo Grupo Richemont, ao qual ainda hoje pertence, integrando um grupo de peso, do qual faziam parte alguns dos mais importantes nomes da alta relojoaria mundial.

Coleção comemorativa

A partir deste momento, a IWC entrava no período mais dinâmico e rico da sua história, que culminara em 2018, com a comemoração do seu 150º aniversário. E para comemorar a efeméride, a casa de Schaffhausen decidira apresentar, nesse ano, em pleno Salão de Alta Relojoaria de Genebra, a Coleção Jubilee. Um conjunto de modelos, sem precedentes na história da marca, totalizando 27 edições limitadas e integradas nas linhas históricas Portugieser, Portofino, Pilot e Da Vinci. A estas associava-se ainda, e pela primeira vez desde 1884, um conjunto de modelos com indicação de horas e minutos digitais ao melhor estilo Pallweber.

 

Poucos sabiam que em Um Americano em Paris, o personagem de Gene Kelly, decidira tentar a sua sorte como pintor, na Cidade Luz, mas acabava por cair numa teia amorosa. Schaffhausen não parecia ter tratado tão bem Florentine Ariosto Jones. A intenção inicial de produzir movimentos, para exportar para os Estados Unidos, onde depois seriam associados a vários tipos de caixas, falhara devido a uma conjuntura desfavorável. Quando, finalmente, em 1876, os bancos credores decidiram fechar  a fábrica, Jones perdia tudo e era obrigado a regressar aos Estados Unidos. Nesta perspectiva, o hipotético filme Um Americano em Schaffhausen, começava bem, mas não tardaria a revelar o dramaticidade do enredo. Felizmente, o final fora apoteótico e a coleção que marcava os 150 anos da IWC, era a prova de que a iniciativa de Jones acabara por dar ao mundo, uma das mais interessantes casas de alta relojoaria. Na  Baumgartenstrasse, 15 havia uma boutique da IWC disponibilizando a aquisição de seus maravilhosos relógios.

Fonte: ww.turbilhao.pt

 

Onde comer

Al-Andalus  - Stadthausgasse, 15 -

Era o representante gastronômico espanhol, na região. Oferecia uma boa variedade de tapas e pratos típicos com ênfase em frutos do mar e massas.

 

Restaurant Gasthaus zum Adler - Vorstadt, 69 -

Sua cozinha era forte na gastronomia suíça e européia central, além de oferecer opções vegetarianas. Estava situado em um prédio, próximo do portão da Cidade Antiga, conhecido como Portão da Suábia, que tinha na parte de trás uma ampla área que na temporada de verão, recebia muitos turistas. O atendimento era bom e rápido, o que não era muito comum em restaurantes suíços.

 

Santa Lucia - Schwertstrasse, 1 -

O cardápio apresentava excelentes pratos de risotos, massas e pizzas todos bem ao estilo italiano. Estava localizado próximo do Terminal de Trens, e fazia parte de um grupo de restaurantes italianos espalhados pela Suíça. Os preços assim como a qualidade da comida, eram ótimos. Também tinha uma área com mesas ao ar livre, quando o tempo permitisse.

 

Onde dormir

 

Hotel Promenada - $$$ -  Fäsenstaubstrasse, 43 -

Era um hotel tradicional e de administração familiar, situado em meio a um jardim estilo parque. Ficava a 5 minutos à pé da Estação Ferroviária, e do centro da cidade. Dispunha de um restaurante no jardim com terraço, de acesso Wi-Fi gratuito e de estacionamento de cortesia. A maioria dos quartos desfrutavam de vistas para os  jardins. Os quartos eram acessíveis por elevador e estavam equipados com TV de LCD, frigobar e um excelente banho com amenities e secador de cabelos. O atendimento era eficiente e atencioso e o estacionamento na área externa era público e gratuito, assim como na garage do hotel. 

Hotel Kronenhof  -  $$$ - Kirchhofplatz, 7 - 

Estava localizado no centro, e seus quartos proporcionavam uma vista para a Fortaleza de Munot. Tinha camas tamanho King, ar condicionado, TV de tela plana, frigobar, banho com amenities e secador de cabelos. Dispunha de SPA, Fitness,  bar e o restaurante Steakhouse Ox, que caprichava em pratos da cozinha suíça e mediterrânea. Havia um estacionamento público, em frente, gratuito à noite e o dia todos nos fins de semana.

Hotel Zak Schaffhausen - Webergasse, 47 -

Era uma proposta de hospedagem muito mais em conta do que o restante dos hotéis da cidade. Os quartos eram bons, tinham TV de tela plana e o banheiro era compartilhado. As diárias para dois custavam me média 1/3 das tarifas dos demais hotéis.

Sorell Rüden Hotel -  $$$ - Oberstadt , 20 - 

Construído entre os séculos XIV e XV, o prestigiado Guildhall Rueden, era um exemplo de sucesso da arquitetura da época. Estava situado na parte velha da cidade. Todos os quartos eram muito bem decorados, as camas eram ótimas, o banho tinha secador de cabelos e era muito bom, a TV era de LCD e o acesso a internet era gratuito. O Buffet do café da manhã, era em estilo suíço e considerado excelente. Não dispunha de estacionamento.

Importante

 

Uma observação para quem dirigir pela região e buscar pelo GPS, o caminho para chegar a Schaffhausen: existia mais uma cidadezinha, com o mesmo nome. Em setembro de 2019, quando saímos de Colmar, buscamos orientação pelo localizador do carro, que acabou nos levando para uma Schaffhausen minúscula, e muito mais longe da que pretendíamos visitar. Depois de rodar inutilmente, durante mais de duas horas, concluímos que havíamos chegado a cidade errada!. Aí o GPS indicou uma  outra Schaffhausene lá fomos nós à procura de um hotel para descansar! 

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