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SÃO PETERSBURGO - Terra dos Czares e do Museu Hermitage -  Rússia  - 1/2

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As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta bonita, histórica e famosa cidade russa. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui... 

São Petersburgo, que já foi chamada de Petrogrado e Leningrado é uma cidade portuária russa, situada às margens do Mar Báltico e do rio Neva. Foi capital imperial por dois séculos, fundada em 27 de maio de 1703, por Pedro, o Grande, objeto da emblemática estátua do Cavaleiro de Bronze, da cidade. São Petersburgo continua sendo o centro cultural da Rússia, com locais como o ultramoderno Teatro Mariinski, com ópera e balé, e o Museu Russo, que expõe a arte do país, desde pinturas de ícones ortodoxos até obras de Kandinsky. 

A cidade, tem vários canais e mais de 300 pontes. Para construir tudo isso, Pedro, o Grande, acabou buscando inspiração em uma cidade europeia famosa mundialmente por seu sistema de canais: a holandesa Amsterdam. São Petersburgo oferece  estrutura um pouco melhor para o visitante, especialmente se comparada à capital, Moscou. Exemplo disso, é a maior disponibilidade de informações na língua inglesa, em locais públicos (como o Metrô, por exemplo), que muito facilitam a vida daqueles que não dominam o idioma local. 

Criada para ser a capital dos Czares, assim permaneceu glamourosa, por mais de duzentos anos até o fim do império dos Czares. Foi tomada por Hitler, e permaneceu cercada pelos alemães, por mais de 900 dias (1941-1944). Foi uma fase difícil. Mas, a Cidade Imperial não se rendeu. Tem o apelido de Veneza do Norte - por seus canais, é a quarta maior cidade da Europa, a segunda maior da Rússia e ostenta o merecido título de Patrimônio Mundial da UNESCO. Comece seu passeio pela Rota dos Czares, um caminho histórico, que leva até Pushkin, e seus palácios. Visite o Palácio de Catarina, e seus salões imponentes, que nos dão uma idéia da riqueza e do luxo da Corte na época dos Czares. Depois, siga até Podvorye para saborear as delícias da cozinha do país. Faça uma visita ao Palácio de Peterhof. Encerre o passeio, e retorne a  São Petersburgo.

A cidade revolucionária

Ao longo da história, a cidade foi o epicentro de várias revoluções que mudaram o rumo do país, colocando-a na vanguarda dos principais movimentos sociais e políticos de todo o século XX. A primeira revolução, aconteceu em 1905, quando o país assistiu, entre outros atos, ao Domingo Sangrento, com a morte de uma grande quantidade de trabalhadores e camponeses, sob as mãos da Guarda Imperial do Czar. Todos os levantamentos e revoltas, conduziram à criação do manifesto de 1906, e à proclamação do novo Czar, como líder supremo e com plenos poderes.

Devido à péssima situação bélica do país,  e às contínuas humilhações a que os soldados russos eram submetidos, em fevereiro de 1917, foi convocada uma greve da classe trabalhadora, em toda a cidade, conhecida então como Petrogrado. Todos estes acontecimentos contribuíram para o início de uma revolução, encabeçada pelo partido bolchevique de Lenin. Formou-se um governo provisional e criou-se o Soviete de Petrogrado. No dia 25 de outubro, realizou-se o conhecido assalto ao palácio de outubro, que foi um êxito para o partido bolchevique, e terminou com a detenção de vários líderes do governo. O partido de Lenin, acabou por ser o grupo com mais força e influência da cidade, o que desencadeou a Guerra Civil Russa, entre 1917 e 1923. Em 1918, São Petersburgo perdeu para Moscou o status de capital. Em 1924, passou a se chamar Leningrado, em honra a Vladimir Lenin, líder de todas as revoltas sociais do movimento bolchevique.

Segunda Guerra Mundial

Durante a Segunda Guerra Mundial, a grande inimiga da Rússia, a Alemanha, começou o cerco à cidade. Foram anos muito duros na história de São Petersburgo, durante os quais a população morria de fome e o bloqueio alemão impedia que as ajudas chegassem aos cidadãos. A libertação da cidade, do domínio alemão, aconteceu depois de 1944, graças ao exército russo e à situação de debilidade que se encontrava o exército alemão, depois de três anos de luta. Em 1945, foi concedido o título de cidade heroica, a São Petersburgo.

VISTO: não é necessário Visto Consular para brasileiro que pretenda ficar até 90 dias no país, mas apenas o Passaporte, com validade mínima de seis meses. 

 

Idioma: O russo. Pouca gente fala inglês. Mas, nos hotéis é falado normalmente. Os mapas eram em inglês, e cardápios dos restaurantes também.

 

Fuso horário: 7 horas a frente do horário de Brasília.

 

Idioma e Moeda

Como no restante do país, o idioma falado em São Petersburgo é o russo; a moeda é o Rublo (RUB), dividida em 100 kopecs. Faça cambio de certa quantia de dinheiro logo ao desembarcar, para não ter problemas com prestadores de serviços. Há casas de câmbio e caixas eletrônicos espalhados pela cidade. Cotação:  1 Rublo = 0,73 Reais, em maio de 2022. 

Grandes caminhadas

Comece o dia de hoje fazendo um tour panorâmico: o monumento a Pedro, o Grande, a Catedral de Santo Isaac, a Rua Nevsky Prospect, a Praça das Artes e a Igreja de São Salvador Sangrando. À tarde, visita ao interior do Museu Hermitage, considerado o maior do mundo, com seu acervo repleto de verdadeiros tesouros da história da arte e destaque para raras pinturas de Leonardo da Vinci e Rembrandt. Para continuar explorando as atrações históricas e turísticas da cidade, o melhor é sair andando com um mapa em inglês na mão.  A ordem é andar. Os taxis são raridade. Ônibus são viáveis, especialmente se encontrar alguém que fale inglês e ajude no itinerário. O Metrô, deve ser visitado e experimentado, para se surpreender com a beleza de suas estações. A cidade é grande, mas o centro histórico pode ser percorrido a pé, por quem gosta de caminhar. O rigor do inverno, é um grande limitador. Procure visitar nos meses mais quentes (de maio a setembro). Assim, os dias serão enormes e a temperatura será agradável para circular.

 

A rua Nevskiy Prospekt, que se estende por 4,5 km, é o melhor ponto de referência, cortando a cidade de leste a oeste, e ostenta alguns dos mais belos prédios, igrejas e pontes. Começa na Praça do Almirante, onde fica o Ministério da Marinha (ao lado do Museu Hermitage) - um prédio amarelo, grandioso r em formato de U, com uma torre dourada, construída em 1704, a segunda mais alta da cidade, que passa pela Estação Férrea e termina num Monastério.  Nas proximidades, aproveite para visitar a Catedral de Santo Isaac, um dos maiores templos do mundo. Seu interior, é todo em ouro e mármores raros. Sua fachada é repleta de colunatas e toda decorada com 350 imagens. Dá para subir até a cúpula da igreja e observar a cidade. A vista vale a escadaria. O valor do ingresso para a igreja + subida à cúpula = custava em maio de 2018, cerca de 400 rublos. Depois da visita a Catedral, retorne para a Rua Nevskiy Prospect e siga até o Palácio Stroganov – que fica logo depois do primeiro canal.  O palácio foi construído para o Barão Sergei Stroganov, na fase de ouro de São Petersburgo, um excêntrico dono de minas de sal,  que curtia muito a boa mesa, as artes e o péssimo hábito de beber exageradamente. 

 

Consta que Stroganov organizava seu palácio, para receber um convidado ilustre. Preparou um prato especial - escalopinhos com um molho que levava dois dias para seu preparodo e era uma das especialidades da casa, Tudo pronto, e chega o convidado, com um problema nas mãos, que o impossibilitava de cortar a carne com a faca. Imediatamente, Stroganov providenciou para que os escalopes fossem cortados em pequenos pedacinhos e misturados ao molho. Surge, então, o famoso strogonofe. O resultado foi tão bom, que a receita se espalhou pelo mundo. Atualmente, o palácio é um museu com os salões abertos ao público. Tem um excelente e pomposo restaurante, onde se pode comer o legítimo Stroganov (sem ser cortado) e no sub-solo, há um apartamento, uma espécie de esconderijo, que servia à hóspedes especiais - onde antigamente era a adega do palácio e o quarto secreto.

 

Caminhando pela Nevskiy Prospekt, está a enorme Catedral Ortodoxa de Kazan, construída em 1733, e mais tarde foram feitas novas alas e um jardim ornamentado com uma fonte. É um dos cartões postais da cidade. Atravesse a rua e se surpreenda com a maravilhosa Casa Singer - que hoje é uma das maiores livrarias russas, obra do arquiteto Pavel Suzor, construida no final do século XIX, bem no centro de São Petersburgo, para abrigar uma fábrica americana de máquinas de costura. O prédio é coroado por uma cúpula espetacula,r com um globo de vidro. Vale entrar e tomar um café, tendo a vista da Catedral de Kazan à sua frente.

 

Caminhando pelo Canal de Griboyedova, transversal à Nevskiy Prospect, está a espetacular Igreja da Ressurreição. Por fora seus bulbos de porcelana colorida saltam aos olhos, e seu interior é uma obra de arte. Seus murais sobre o Velho e o Novo Testamento, são dignos de admiração. A arquitetura foi inspirada na Catedral de São Basílio, de Moscou. Ainda pelo Canal de Griboyedova,  do outro lado da Nevskiy Prospekt, caminhe até a Ponte do Banco, uma das mais bonitas da cidade. Foi construída em 1790, por Giacomo Qurenghi. É suspensa, e tem quatro leões alados como ornamentos. 

 

De volta à Nevskiy Prospekt, há duas outras igrejas que chamam atenção, demonstrando que todas as crenças convivem em paz e harmonia. A Igreja de Catarina, que é católica e data de 1760, e a Igreja Ortodoxa da Armênia,  de 1771. Na mesma rua, também tem uma igreja luterana, a Igreja de São Pedro. Um prédio lindo, que merece ser visitado, é o da Casa Yeliseyev, onde funciona uma charmosa delicatesse, Ideal tanto para uma pausa rápida para um chá, café ou para almoço. No andar debaixo, fica o restaurante.  A Casa Yeliseyev tem a frente virada para a Nevskiy Prospekt, e a lateral para essa charmosa rua, com uma fonte moderna. A água escorre ao redor de uma bola de mármore.

Em frente, fica o Teatro de Alexandrine, com capacidade para 1400 pessoas. A praça à sua frente, é decorada com uma estátua em homenagem a Catarina, a Grande, onde ela emerge de um grupo de oito figuras em bronze. Atravessando a Ponte Anichkov, está o Palácio Beloselsky-Belozersky, construído em 1840 para servir como residência ao Grão-ducado. Continuando pela Nevskiy Prospekt, se chega à Estação Férrea, num ponto central para quem chegar de trem, vindo de Moscou.

 Caminhando pela Nevskiy Prospekt, preste atenção no que tem para visitar

  • Casa Singer (hoje uma livraria)

  • Casa Yeliseyev

  • Catedral de Kazan

  • Catedral de Santo Isaac e Praça do Almirantado (com o prédio do Ministério da Marinha)

  • Igreja da Ressurreição

  • Igreja de Catarina e Igreja da Armênia

  • Museu Hermitage

  • Palácio Beloselsky-Belozersky

  • Palácio Stroganov

  • Ponte Anitchkov, Ponte do Banco e demais pontes sobre os canais;

  • Teatro Alexandrine e Monumento a Catarina, a Grande.

 

Museu Hermitage  - Palace Square, 2 -

 

O grande Museu Hermitage - um dos maiores do mundo - é sem dúvida nenhuma, também o melhor ponto de partida para começar a visitar a cidade. Seu acervo tem mais de 3 milhões de peças, de todas as épocas, estilos e culturas, distribuídas em 10 prédios. O coração do museu, é o Palácio de Inverno. Sua construção levou oito anos para ser concluída, de 1754 a 1762. Os salões imperiais são lindíssimos. O palácio tem 1057 cômodos, 117 escadarias, 1786 portas e 1945 janelas. Esses números - nada singelos - dão uma ideia da sua suntuosidade. São 5.920 m2 de área construda. 

Após a construção dessa primeira parte do palácio, Catarina, a Grande, ordenou que fosse construído o Hermitage. Esse lugar que foi concebido como área de descanso, logo se tornou um museu privado, que guardava as coleções de Catarina. Não custou muito para a Coleção Imperial alcançar um enorme volume, que novas alas precisaram ser construídas para abrigar seu acervo. Hoje, o museu ocupa um enorme Complexo, ostenta salões espetaculares e obras fantásticas. O valor do ingresso era de 400 rublos, em 2017. As filas eram constantes, não tenha pressa, afinal, é um museu para ser apreciado lentamente. Se tiver um dia inteiro disponível para ele, ainda assim não será possível ver tudo. Ao visitá-lo, selecione as áreas de maior interesse, marque no mapa e se organize. Depois que visitar o Hermitage, prometa que nunca mais entrará num museu, porque não existe nada mais suntuoso, maravilhoso e histórico, do que esse belíssimo museu russo.

 

Destaques do Hermitage

 

  • A Escadaria do Jordão -

  • Arte Egípcia - Sala 100 - 10. andar do Palácio de Inverno

  • Arte Italiana - uma viagem por obras de Botticelli, Caravaggio, Rafael e Ticiano, entre as Salas 207 e 238, no 2o. andar do Grande Hermitage

  • Leonardo da Vinci - Sala 214, 2o. andar do Grande Hermitage

  • Matisse e Picasso - salas 343-350, 3o. andar do Palácio de Inverno

  • Rembrandt - Sala 254 - 2o. andar do Grande Hermitage.

Compre o ingresso antecipadamente via website para evitar as grande filas. Há dois tipos de bilhete, um válido apenas para as coleções do museu e outro para outros prédios do Complexo.

Catedral do Sangue Derramado  - Griboyedov Channel Embankment, 2Б -

Igreja da Ressurreição do Salvador sobre o Sangue Derramado, conhecida também como Catedral da Ressurreição, ou simplesmente Catedral do Sangue Derramado, é sem duvida alguma uma das mais belas igrejas existentes na Rússia. Construída entre os anos de 1883 e 1907, foi erguida por ordem do Imperador Alexsander III, em homenagem ao seu pai, o Czar Alexsander II, assassinado exatamente no local onde foi construída a igreja.

Sua impressionante arquitetura, tem como inspiração outras igrejas ortodoxas russas, em especial a Catedral de São Basilio, em Moscou. É uma obra em puro estilo russo, e  chega a destoar um pouco da arquitetura do centro de São Petersburgo,  que é formada basicamente pelo estilo barroco e neoclássico. A coleção de mosaicos, que decora a igreja, é de extrema beleza e destaca-se, não apenas na Rússia, mas em toda a Europa. São mais de 7.500 m² de mosaicos, decorando seu interior. A igreja nunca foi utilizada para casamentos, funerais ou outras cerimônias religiosas e sempre esteve voltada para à memória do Czar Alexandre II.

 

Durante o período soviético, a igreja foi desativada, permaneceu sem manutenção e chegou a ser utilizada como depósito de batatas, durante a Grande Guerra Patriótica (2ª Guerra Mundial). Além de depósito de batatas, a igreja guardou também, uma bomba que ficou alojada em uma de suas cúpulas, por cerca de dezenove anos e só foi descoberta quando trabalhadores subiram à cúpula pra consertar as goteiras. A bomba, que por sorte não explodiu, foi jogada pelos nazistas durante o famoso cerco de Leningrado, quando a então São Petersburgo ficou sitiada por cerca de 900 dias, mas resistiu e não caiu nas mãos dos fascistas. Após o fim da guerra, a igreja continuou abandonada por um certo tempo, foi saqueada e somente nos anos 70 começou a ser restaurada, trabalho que durou cerca de 27 anos e em 1997, foi reaberta como museu estatal.

 

Catedral de São Isaac  -  Saint Isaac's Square, 4  - 

Caminhando pelas ruas do centro de São Petersburgo, seguramente uma das construções que chama a atenção, é uma igreja com cúpula grande e dourada. É a Catedral de São Isaac da Dalmácia, ou simplesmente Catedral de São Isaac, um dos prédios mais bonitos da cidade. Sua grande cúpula dourada, contém mais de 100 kg de puro ouro,  e possui mais de 100 metros de altura, o que a torna  uma das maiores do mundo. E não é só a sua cúpula que esbanja riqueza. No seu interior, há mais 300 kg de ouro, espalhados nos detalhes de sua decoração, que além de ouro, conta com outros 43 tipos de minerais nobres.

A Catedral de São Isaac teve sua primeira construção em madeira, no ano de 1710, quando Pedro, o Grande, ordenou a construção de uma igreja que acomodasse os cerca de 10 mil trabalhadores do Almirantado. Era nesta igreja que os marinheiros deveriam jurar fidelidade ao Czar, e pedir proteção para suas missões marítimas. Passado sete anos, a igreja de madeira já estava deteriorada, pois a região era muito úmida. Em 1717, iniciou-se então, a construção de uma segunda igreja, desta vez em pedras, com características inspiradas na Catedral de Pedro e Paulo, que fica na Fortaleza de mesmo nome. Com o tempo, a igreja de pedra também se deteriorou, situação que se agravou depois que uma das imperatrizes russas, mandou prender o homem que cuidava da igreja. Vários czares passaram pelo trono do Império Russo, até que a antiga igreja de pedra foi demolida, para dar lugar a construção de uma terceira  igreja, erguída em outro local, mais afastada da água, que durou por muito mais tempo.

Outro problema surgiu, quando o Czar  Alexandre I chegou ao trono, e achou que a igreja não estava a altura da grandeza de seu bisavô, e mandou reformar para que se tornasse imponente, tal qual seu avô, Pedro, o Grande. Sua arquitetura nada tem a ver com as tradicionais igrejas russas, mas com igrejas neoclássicas da Europa ocidental. A construção da versão final, aconteceu entre os anos de 1818 e 1858. Após a Revolução Bolchevique, em 1917, a igreja foi fechada aos fiéis. O regime comunista não admitia nenhum tipo de culto religioso. A religião era o regime, e os apóstolos, seus dirigentes!. Em 1931, abriu como museu soviético, onde passou a expor experiências cientificas e funcionou como museu do ateísmo,  até o final do século XX. Durante a 2ª Guerra Mundial, a cúpula foi pintada de cinza, para dificultar os bombardeios. A igreja também serviu de depósito de obras de artes, peças valiosas e jóias retiradas de outras igrejas e palácios (entre eles o Palácio de Verão) que poderiam ser tomados pelos nazistas. Somente em 1990, a igreja passou a promover cerimônias religiosas, que acontecem diariamente em uma de suas capelas. A nave principal da igreja funciona como Museu.

 

Visitando a Catedral - Griboyedov, 2Б - aterrodo Canal 2 -

A visita se divide em duas partes. Se pode entrar em seu interior, onde estão todas as belas e valiosas decorações, e também subir até a base da sua cúpula, na Colunata, de onde é possível ter uma bela vista da cidade. Para chegar até a Catedral é fácil, pois a sua cúpula é avistada de vários pontos. Se estiver fora da área central, poderá utilizar o Metrô da linha roxa (nº2), na Estação Admiralteyskaya  – a mais profunda da Rússia e uma das mais profundas do mundo – fica a apenas 2 quadras do Catedral.  O nome oficial é Igreja da Ressurreição do Salvador, mas ficou conhecida como Catedral do Sangue Derramado por ter sido construída no local onde o Czar Alexandre II foi assassinado. O mausoléu que fica no lado oposto ao altar ainda preserva algumas pedras com marcas de sangue do imperador russo.

Monumento a Pedro, o Grande  - Praça do Senado - 

O Czar mais famoso da Rússia, Pedro, O Grande, ainda vigia São Petersburgo desde sua majestosa estátua, no Admiralty Embarkment, desenhado pelo escultor francês Étienne Maurice Falconet, o monumento do Cavaleiro de Bronze, fica no centro de São Petersburgo e imortaliza o fundador da cidade. Voltado para o Rio Neva, o líder russo cavalga um cavalo de bronze sobre um grande pedestal de pedra. O monumento foi encomendado pela Princesa estrangeira Catarina, a Grande, nos anos 1760, em um esforço para se associar ao monarca anterior e proteger seu status como líder da Rússia. A lenda diz que enquanto o Cavaleiro de Bronze existir, São Petersburgo nunca cairá. Os cidadãos a protegeram durante o difícil Cerco de Leningrado e a lenda parece  ser verdadeira, pois Pedro, ainda cuida da cidade de seu pedestal.

Observe os detalhes e verá que o cavalo está esmagando uma cobra com o casco. Essa cobra simboliza a traição. Veja os detalhes da escultura, particularmente os músculos definidos das patas traseiras do cavalo. Preste atenção principalmente na base gigantesca que suporta a escultura: a pedra de raio. Pesando 1,25 milhão de quilos (1.250 toneladas), é uma das maiores pedras transportadas por humanos. Originária do Golfo da Finlândia, os russos tiveram que transportá-la sem a conveniência da tecnologia moderna e usaram um conjunto engenhoso de métodos de engenharia para traze-la até São Petersburgo.

Quando visitar, talvez veja um casal de noivos posando para fotos de casamento nesse ponto de referência marcante; essa é uma forma popular de comemorar um casamento. Passeie pela elegante Senatskaya Ploshchad, a praça na qual fica a estátua. O Cavaleiro de Bronze, é cercado por outras estruturas monumentais, incluindo a Catedral de Santo Isaac, com abóboda dourada e o luxuoso prédio do Senado e Sínodo. Se você estiver ansioso em ver outros famosos pontos de referência de São Petersburgo, faça uma curta caminhada até outro ícone da cidade, o Admiralty. Esse lindo prédio naval tem um cata-vento característico no topo de sua torre dourada. A estação de Metrô Sandovaya, fica a uma curta caminhada do Cavaleiro de Bronze.

Palácio de Catarina  -  Garden Street, 7 -

É um palácio de estilo rococó,  localizado no sul da região metropolitana de São Petersburgo, na cidade de Tsarskoye Selo, cujo nome significa Vila Real, em russo.  O lugar foi rebatizado de Pushkin, no período soviético, mas ainda hoje os locais atendem pelos dois nomes. Antes de ter sua construção iniciada, no local havia uma humilde residência de verão, construída em 1717, para a amante de Pedro I e a futura Imperatriz, Catarina I. Em 1743, começaram as reformas e construções do suntuoso palácio conforme pode ser visto atualmente. 

A grandiosidade, se deve principalmente às vontades da Imperatriz Isabel, que escolheu a cidade suburbana, para ser sua residência de verão, mas achava que a casa simples, que já havia sido renovada pela Imperatriz Anna, era fora de moda e ordenou reformá-la completamente, em uma escala suficiente para rivalizar com o Palácio de Versailles. A construção do palácio, foi concluída em 1756. O lugar tem quase um quilômetro de circunferência, e mais de 100 kg de ouro foram utilizados nas decorações exteriores. Vários arquitetos e artistas contribuíram para a finalização, como o arquiteto da corte russa, Bartolomeo Rastrelli, que desenvolveu um estilo extravagante e suntuoso do barroco, além de ser responsável pelo projeto do Palácio de Inverno. O interior do palácio sofreu modificações ao longo dos anos, como a construção da sala feita por Rastrelli, chamada Amber Room, que havia sido decorada originalmente com ouro, pedras preciosas do Cáucaso, espelhos e porcelana chinesa. Até hoje ninguém sabe a localização desses objetos decorativos, que foram retirados pelos alemães, durante a Segunda Guerra. A reconstrução teve início em 1982 e durou mais de 20 anos. Foi inaugurada por Putin, em 2003.

A forma mais fácil de chegar ao palácio, é utilizando o sistema de transporte público. Primeiro, pegue o Metrô e desça na Estação Kupchino (linha 2 azul clara) e depois pegue o ônibus 186, que tem uma parada em frente à estação. O parque do Palácio abre todos os dias, das 7.00 as 21.00h. Entre 9.00 e 18.00h havia cobrança de entrada ( eram 120 rublos). Já o Palácio, abre em horários alternados, conforme o dia: de quarta a domingo das 12.00 as 19.00h e segundas das 12.00 as 20.00h e não abria nas terças. O ingresso custava 400 rublos, e era válido para entrar até uma hora após a compra, por isso o ideal é comprá-lo após a visita ao parque, ou visitar o Palácio primeiro e depois o restante. Para ajudar no entendimento, há guias de áudio em inglês, francês, alemão ou chinês, por 150 rublos. Além do valor do Guia, é necessário fazer um depósito (que será devolvido na saída) de 1000 rublos ou entregar o Passaporte. Para grupos a partir de 15 pessoas, era possível conseguir um Guia em inglês, gratuitamente, dependendo da disponibilidade.

 

Peterhof  - Razvodnaya Ulitsa, 2 -

É um impressionante e luxuoso Complexo de palácios, fontes e jardins, que serviu como residência de verão de antigos czares russos. Está localizado em uma cidade homônima, que fica a cerca de 30 km de São Petersburgo. O local também é chamado por alguns moradores de Petrodvorets, antigo nome utilizado de 1944 até 1990. Localizado na Costa do Golfo da Finlândia, o Palácio de Peterhof foi construído a mando do Czar Pedro – o Grande, após a conquista russa sobre a Suécia, na disputa da baía do Neva. O imenso palácio reflete o luxo e glamour dos grandes palácios ocidentais europeus, e teve seu projeto agigantado depois que Pedro, o Grande, visitou o Palácio de Versailles, na França.

O Imperador é considerado o primeiro arquiteto do projeto, pois ele mesmo desenhou a sua primeira residência: um pequeno palácio de verão, chamado Monplasir, localizado à margem do mar Báltico. Essa residência, completada em 1723, se tornou o retiro favorito de Pedro I, e era onde este recebia seus amigos e convidados especiais. Ao longo dos anos, várias partes da propriedade foram construídas, ainda durante o regime de Pedro I, como as fontes, o grande palácio, os jardins, as escavações para a construção do Canal do Mar, o Palácio de Marly e a maior parte do Hermitage. No entanto, após sua morte, em 1725, Peterhof foi praticamente abandonado.

Sua construção teve inicio em 1714, e foi inaugurado em 1723. O Complexo continuou sendo ampliado pelos demais Czares, que utilizaram o local até 1917, quando triunfou a Revolução Bolchevique. A partir daí, as luxuosas edificações transformaram-se em um grande centro educacional. Durante a Segunda Guerra Mundial, Peterhof foi devastado pelos nazistas, que chegaram a se alojar nos prédios durante cerca de 3 anos. Como tiveram que se retirar, destruíram e incendiaram tudo que conseguiram. O que não foi destruído, foi saqueado, é o caso da Fonte de Sansão original, que foi roubada pelos nazistas, e nunca mais se soube de sua existência.

Para visitar Peterhof

 

De barco, o ponto de partida é em frente do Museu Hermitage/Palácio de Inverno ou o Píer de frente, para a estátua de Pedro, O Grande, o Cavaleiro de Bronze, que fica ao lado do Almirantado. É a forma mais cômoda e romântica, para se chegar ao Peterhof. O tour com Guia é curto, mas era mais caro – entre 650 e 800 rublos – e tem saídas diárias nos meses de verão (junho a setembro). Para economizar, pegue uma Van ou um ônibus. Esses coletivos costumam sair praticamente da porta da belíssima estação de Metrô Avtovo - linha 1/ Vermelha. Ao sair da estação, basta atravessar a rua que encontrará o local de concentração desses modais. As Vans úteis são: 224, 300, 424 ou 424-A. Os ônibus que levam até o Peterhof, são os da linha 200 e 210. O custo da passagem  em média, era de 100 rublos.

A residência voltou a receber atenção, e grandes investimentos do Império, quando a filha de Pedro I, Isabel, subiu ao trono em 1740. Assim, a Imperatriz escolheu Rastrelli para construir um grande palácio, digno de seu Império, sendo que o arquiteto da corte decidiu por preservar o elegante estilo arquitetônico neoclássico do palácio original, alterando principalmente seus interiores. Das modificações feitas nesse período, são notáveis os dois pavilhões nos extremos do palácio e a expansão feita no parque e no sistema de fontes, incluindo a construção da espetacular Grande Cascata, que só começa a funcionar a partir das 11.00 horas.

No período de Catarina II – a Grande – a Corte foi mudada para Pushkin. Por isso, no reino de seu filho – Paulo I – a residência já se encontrava em mau estado de conservação e precisava de amplas reformas, principalmente nas fontes, e essas obras foram finalizadas somente quando seu neto Alexandre I, já estava no poder. Peterhof voltou a ser a Residência Imperial no reino de Nicolau I, sucessor de Alexandre, e foi quem ordenou a construção de uma modesta casa de campo.

Bairros distantes

 

Depois de explorar a região central e se sobrar tempo, dedique um dia para visitar os arredores. A ilha da Fortaleza de Pedro e Paulo, marca o o local onde a cidade começou e onde erigido o primeiro Forte da cidade, em 1703. Em seguida veio a construção da Catedral de Pedro e Paulo onde repousam os restos mortais de alguns czares.

 

Se estiver na hora do almoço, procure o restaurante Na-Zdorovie, na Bolshoi Prospekt of Petrogradskaya, 13. Fora da ilha, mas próximo da Fortaleza fica o Museu da História Política da Rússia, o Zoológico, o Estádio Petrovsky e a única mesquita da cidade com enormes cúpulas azuis que podem ser vistas de longe. Para retornar, caminhe pela ilha de Vasilievsky, onde está o Museu da Marinha, o Museu de Literatura e a Academia de Ciências.

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