Roteiro de LISBOA a ANDALUZIA


Esta viagem pelo Algarve em direção a Andaluzia não inclui visitar resorts, campos de golfe e marinas. A proposta é circular pelos caminhos mais simples e conhecer lugares pequenos e surpreendentes que, não necessariamente, fazem parte da grande demanda turística.
É a bela paisagem que domina a cena, a partir da ultrapassagem pela Ponte 25 de Abril rumo ao sul do país, circulando pela Auto-estrada A2 e pela A26, por cerca de duas horas até Porto Covo, um vilarejo com casario branco e portas e janelas coloridas. A partir daqui, tenha o mar como referência, porque nesse trecho estão algumas das mais bonitas praias da Europa. A Vila Nova de Milfontes, distante 15 minutos pela CM 1072, guarda uma das melhores praias da região, a do Malhão, extensa e cercada pelas dunas.
Como não há estrutura alguma, a recomendação é rumar para o vilarejo de Cercal, rodando mais 15 minutos pela N390, onde lhe aguarda o restaurante O Passarinho, um lugar simples e com uma comida caseira deliciosa. Pernoite por aqui, na Herdade do Reguenguinho, um oásis com decoração de toques orientais, paredes coloridas e uma deliciosa piscina de borda infinita com vista para o campo. Os aposentos em palafitas, ideais para casais, têm paredes inteiras de vidro e hidromassagens no meio do quarto. Não há restaurante na pousada, mas é possível pedir um vinho e uns tira gosto.
2º dia - Sagres
Como o café da manhã não tem hora para encerrar, as delícias ficam à espera do mais preguiçoso dos hóspedes. Se o dia estiver bom, escolha uma mesa na varanda ou junto à piscina. Depois, é só pegar a estrada pela N-393 até Odeseixe, cruzando o Parque Nacional do Sudoeste Alentejano e a Costa Vicentina, uma das regiões mais bonitas do país. A visão da vila desde o topo da falésia é encantadora, e a praia é outra agradável surpresa, com uma faixa de areia banhada pelo mar esmeralda e pelas águas transparentes do Rio Seixe. Depois de um mergulho, vá até a Taberna do Gabão para provar as delícias preparadas num restaurante rústico, que serve ótimos frutos do mar, como a feijoada de chocos, um molusco primo irmão do polvo.
Ao final de tarde visite a Fortaleza de Sagres, uma construção do século XV, erguida em um promontório sobre o mar, justamente onde se cruzam as rotas de navegação do Atlântico e do Mediterrâneo. A viagem até lá demora cerca de uma hora. O castelo, onde há uma imensa Rosa dos Ventos, foi erguido para defender as embarcações do ataque de corsários e era constante palco de batalhas. Aguarde o pôr do sol para registrar belas imagens. Continue o passeio para Sagres, e hospede-se no Hotel Memmo Baleeira, que proporciona lindas vistas do mar. O jantar pode ser no restaurante Terra que serve bons pescados e receitas italianas.
3º dia - Lagos
Serão somente 32 quilômetros pela via N125, separando Sagres da paisagem mais marcante do Algarve: as imensas falésias coloridas que emolduram praias de águas transparentes e calmas. O cartão-postal da região é Lagos, uma cidade com pouco mais de 30 mil habitantes, cheia de charme e passado. Além das ruelas, bons restaurantes e bares, a atração é a Ponta da Piedade, um monumento natural formado por diversas rochas, grutas e penhascos alaranjados de até 20m de altura. Chega-se até lá pelo Mirante do Farol ou em passeios de barco. Nas proximidades ficam as praias mais freqüentadas, a da Boneca, Camilo, Meia Praia e Dona Ana que, segundo os melhores Guias de Turismo, é uma das praias mais bonitas do mundo.
Aproveite para conhecer o Forte da Ponta da Bandeira, o interior dourado da Igreja de Santo Antonio, os resquícios das muralhas que cercavam a cidade, a mística Igreja de Santa Maria, em frente ao antigo Mercado de Escravos e à estátua do Infante Dom Henrique I. A surpresa e o encanto vêm por conta do sobe e desce em suas ruazinhas coalhadas de turistas e portugueses, os restaurantes, bares e cafés funcionando à pleno e a simpatia de seus moradores.
As demais atrações de Lagos: Igreja de Santo Antonio - Uma impressionante talha dourada do século XVIII é uma das mais belas do país, mostrando o autêntico barroco português. Igreja de São Sebastião - Era uma capela no século XIV que em 1463 foi transformada em igreja dedicada a São Sebastião. Possui uma grande estátua de Nossa Senhora da Glória, vinda do Brasi,l e um crucifixo do século XVI. De seu topo oferece uma bonita visão da cidade e do mar.
Castelo dos Governadores - Foi reconstruído no antigo lugar de um castelo árabe, nos séculos XIV a XVI, tendo se tornado a residência oficial dos governadores do Algarve. Parcialmente destruído pelo sismo de 1755. Mercado de Escravos, onde os escravos trazidos da África eram vendidos nesse que afirmam ser o primeiro mercado de escravos da Europa. No piso térreo há uma galeria de arte; e o Museu Municipal Dr. José Formosinho, que fica junto a Igreja de Santo Antônío e possui uma coleção de arte sacra, vestígios arqueológicos, pinturas e uma seção dedicada à história de Lagos, à etnografia algarvia e a mineralogia.
4º dia - Olhão
Deixando Lagos o primeiro ponto de parada é o vilarejo de Olhão, situado a cerca de 100 quilômetros. Depois da Revolta de Olhão contra os franceses entre 16 e 19 de junho de 1808, alguns pescadores ofereceram-se para ir ao Brasil divulgar ao futuro Dom João VI a notícia da restauração do Reino do Algarve. O caíque Bom Sucesso, como se chamava a embarcação que os levou, chegou ao destino no dia 22 de setembro de 1808, espantando o próprio Príncipe Regente, que recompensou e condecorou os olhanenses com diversos cargos públicos. Em 15 de Novembro, através de Alvará, o Monarca concedia ao lugar de Olhão o nobre título de Vila do Olhão da Restauração, igualando-a às "vilas mais notáveis do Reino".
Os Mercados Municipais de Olhão, um dos ex-libris da cidade, começaram a ser construídos em 1912, sendo inaugurados quatro anos depois. Foram construídos roubando espaço à Ria, consolidando-se as edificações através de um processo conhecido por bate-estacas, ficando cada um dos edifícios apoiado em oitenta e oito estacas, ligados entre si através de arcos de alvenaria de tijolo.
Exemplo modelar da arquitetura do ferro e do vidro, o prédio, com enorme impacto urbanístico, em tijolo aparente e estrutura metálica, foi edificado para dotar a cidade de Olhão de uns mercados funcionais. De planta longitudinal, os Mercados são compostos por dois espaços retangulares de vértices arredondados, correspondendo ao Mercado das Verduras e ao Mercado do Peixe, sendo ambos delimitados por quatro torreões circulares envidraçados. Submetidos a obras de reabilitação nos finais do século XX, mantêm o aspeto exterior, reabrindo ao público em 1998. Uma das novidades mais recentes é o seu interior, forrado com azulejos pintados por Costa Pinheiro.
Destacada pelo mar com seus coloridos barquinhos de pescadores. A área central está repleta de casas pintadas de branco com suas janelas azuis e cinza. A grande referência da região é o cenário onde está inserida, em pleno Parque Natural da Ria Formosa, um ecossistema formado por braço de mar, lagos, salinas, areais e ilhotas que se estende da vizinha Faro até o município de Tavira. Continue por mais uns 30 minutos pela N125, que corta a Reserva beirando o mar. Além do belo centro histórico, dono de lindas fachadas coloridas gastas pelo tempo e ruelas calçadas com pedra, Tavira ainda conserva as ruínas de um castelo, lindas igrejas e uma bela ponte de origem romana, com sete arcos sobre o Rio Gilão.
5º dia - Tavira
No passado, Tavira foi um importante porto de pesca, sendo a captura e transformação do atum, até 1950, uma das principais atividades econômicas do município. Os produtos do mar são o forte da gastronomia, destacando-se os mariscos, o polvo, o atum e o peixe grelhado. Não se pode esquecer a Serra e o interior, onde a perna de cabrito no forno, a açorda de galinha, a caça, os embutidos, o queijo fresco de cabra e ovelha fazem parte do cardápio tradicional. Nos restaurantes e pastelarias experimente os magníficos doces feitos à base de amêndoa, gila, alfarroba, figo e os folhados de Tavira. Não deixe de provar uma aguardente de medronho ou figo, produzida artesanalmente nas Freguesias de Santo Estêvão e Santa Catarina da Fonte do Bispo.
O vinho na região do Algarve remonta à presença muçulmana, não só pelo cultivo das vinhas, mas também pelo comércio e exportação, bastante acentuados em Tavira. A única adega da região demarcada de Tavira é a Quinta dos Correias. Surpreenda-se com a qualidade da vinha situada em terreno arenoso, com calhau e argiloso e com alguns afloramentos calcários. A vinha é composta pelas castas de vinhos Castelão, Cabernet-Sauvignon e Touriga-Nacional. Aqui o visitante tem três recomendações gastronômicas: o restaurante da Noélia e Jerônimo, o Zezé e a Pastelaria Tavirense.
A cidade tem ruelas charmosas, casas pintadas de branco, mais de 30 igrejas e ladeiras cheias de flores. No bairro de Santiago, estão as ruínas do Castelo de Tavira, que data do século XII. Suba em suas muralhas para ter uma das melhores vistas panorâmicas da região e depois visite a Igreja de Santa Maria do Castelo. Desça pelas ruazinhas até chegar ao centro e à Ponte Tavira, sobre o rio Gilão, conhecida como Ponte Romana, que foi reconstruída e reformada ao longo dos séculos. Não parta sem antes atravessar a Ponte romana sobre o rio Gilão, que divide a cidade em duas e deságua no Atlântico, e visitar o velho Mercado coberto, uma admirável estrutura de ferro de 1880 – repleto de butiques e restaurantes que fazem a alegria dos visitantes. Ao lado pode-se ver o Convento das Bernardas, transformado pelo arquiteto português Eduardo Souto de Moura ( Prêmio Pritker ) em um moderno conjunto de apartamentos de luxo.
Prossiga até a Vila de Santa Luzia, conhecida como a capital do polvo onde a Casa do Polvo Tasquinha serve o molusco de todas as maneiras: grelhado, empanado e ao carpacio. Se preferir uma refeição mais incrementada, vá até o Monte Rei Golf & Country Club, que fica a 40 minutos do centro de Tavira e onde o Chef prepara delícias no restaurante Vistas. Agora é pegar o trecho final da viagem até Sevilha, a 175 quilômetros de distância pela A22 (Portugal), continuando pela A49 (Espanha). São várias as opções de hospedagem e o Hotel Casa 1800 Sevilha, Instalado em uma mansão de 1864, tem a localização perfeita para explorar a cidade a pé. Para o jantar, a sugestão é o La Amarracha, e no caminho aproveite para conhecer a La Giralda, um minarete de quase 100 metros de altura erguido durante o domínio árabe da Andaluzia, e logo ao lado a Catedral.
6º dia - Sevilha
Comece o dia com um passeio que não poderia ser mais típico: visitando a Real Maestranza de Caballeria de Sevilha, a mais emblemática praça de touros da Espanha, erguida entre os séculos XVIII e XVIV, palco das touradas mais famosas de Espanha. Um museu conta em detalhes a história dessa polêmica tradição no país e mostra todo tipo de artefato relacionado às touradas e seus afins. uma boa oportunidade para visitar os monumentos por completo. Depois dos passeios,numa breve caminhada vá ao Mercado Lonja do Barranco, projetado por Gustave Eiffel e recuperado recentemente. É o lugar para provar os famosos petiscos andaluzes
Quando chegar a noite, é chegada a hora de buscar o restaurante El Rinconcillo e provar uma grande variedades de tapas, croquetes, tortillas e a seleção de queijos e jamons. Uma sugestão é ir para a região da beira rio e assistir um show de flamenco no Tablao El Arenal, que proporciona duas apresentações: às 19.30 e 21.30h, onde é possível acertar a entrada com drinques e jantar.
7º dia - Córdoba
A Andaluzia, região no extremo sul do país, foi a última peça de resistência na expulsão dos árabes da Península Ibérica, cujo domínio se estendeu do século IIX ao XV e deixou um belo legado. Córdoba foi o local de nascimento de 3 grandes filósofos: o estoico Sêneca, em sua época romana, foi o primeiro. Averroes, cuja estátua vemos abaixo, é considerado por muitos, o maior filósofo árabe da Idade Média, e sua obra literária gira em torno de Aristóteles, definindo as relações entre religião e filosofia. Por último, o judeu Maimónides, filósofo, rabino, intérprete da lei hebraica e médico, que publicou várias obras em múltiplos campos do saber, das quais o Guia dos Perplexos, obra de filosofia aristotélica baseada na Torá, concilia o judaísmo com a razão.
A presença árabe na cidade esteve marcada por dois períodos. O primeiro foi o Emirato de Córdoba, proclamado por Abderramán I em 756 dC, no qual se tornou independente do centro da Dinastia, em Bagdá. Já o Califado foi fundado por Abderramán III, em 929 dC. Durante o reinado de seu filho, Hisham II (976/1016), o grande protagonista foi o hayib ou Primeiro Ministro Almanzor, gênio militar que em várias batalhas manteve aos reis cristãos do norte em xeque, chegando a invadiras cidades de León, Pamplona, Barcelona e Santiago de Compostela. Depois de sua morte em 1002, os problemas sucessórios levaram a uma guerra civil que ocasionou a desintegração do Califado em 1031 dC. Vieram os Reinos de Taifas, que devido à sua descentralização e fragilidade, fortaleceu os reinos cristãos e acelerou o processo de Reconquista. Em 1236, Córdoba é reconquistada para o Reino de Castilla y León, graças ao Rei Fernando III “El Santo”.
Alcázar dos Reis Cristãos - Um dos principais monumentos desta época, este prédio de aspecto militar foi construído durante o reinado de Alfonso XI de Castilla, sobre os restos do Alcázar árabe anterior. Foi residência dos monarcas em suas estâncias pela cidade, e os Reis Católicos nele permaneceram 8 anos, dirigindo da mesma a campanha contra o último reino muçulmano de Espanha, o Reino de Granada. Em suas dependências, Cristóvão Colombo solicitou os fundos para sua aventura marítima em 1486. Na imagem de abaixo, a estátua de Cristóvão Colombo, junto com os Reis Católicos. Depois da conquista de Granada (1492), os Reis Católicos cederam o imóvel às autoridades eclesiásticas, que o transformaram no Tribunal de Santo Ofício, perdendo seu ambiente de palácio. Com a abolição do Tribunal da Inquisição em 1812, foi transformado em prisão, até que em 1931 foi destinado a fins militares. Por fim, em 1955 foi cedido à Prefeitura de Córdoba e, atualmente é um Museu e Centro Cultural.
Um dos monumentos mais extraordinários que a arte hispano-muçulmana produziu no país, a Mesquita de Córdoba, posterior Catedral da Assunção de Nossa Senhora, é considerada o monumento islâmico mais importante do ocidente. Declarada, juntamente com o centro histórico, Patrimônio da Humanidade, faz parte da lista dos 12 tesouros do território espanhol. O lugar que ocupa a Mesquita-Catedral foi, durante séculos, um local de culto de diferentes divindades. Durante a época Visigoda, foi construída a Basílica de San Vicente, utilizada tanto por cristãos quanto por árabes. Escavações arqueológicas demonstraram a existência de um complexo episcopal que pode datar-se dos séc. IV e V dC e onde se encontram os restos da antiga Basílica.
Judería - Vizinha à Mesquita-Catedral, a Judería de Córdoba, o bairro judeu da cidade, é um labirinto de ruas estreitas, casas pintadas de branco e muitos vasos com flores, que encantam os olhos de quem visita a cidade. Se perder pelas ruas e praças da Judería é um grande atrativo, repleto de surpresas, para todo aquele que se deixa levar pelas ruas estreitas.
Mesquita-Catedral - É um dos principais pontos turísticos da cidade e da Espanha; além de uma mistura incomum, como já sugere o nome. Foi a segunda maior mesquita do mundo em superfície, ficando apenas atrás da Mesquita de Meca. Mais tarde, em 1238, após a Reconquista Cristã de Córdoba, a Mesquita teve a sua consagração como Catedral e seu primeiro Bispo foi Lope de Fitero. Atualmente é de culto católico. O local foi declarado Bem de Interesse Cultural e Patrimônio Cultural da Humanidade. Por volta dos anos 700 d.C, os árabes cruzaram o estreito que separa a Península Ibérica da costa norte da África e resolveram que iam ficar por ali mesmo. Eles batizaram a terra de Península de Al Andalus, construíram palácios, cidades e mesquitas, e se assentaram. A chamada ocupação moura, não encontrou muita resistência para tornar-se real – em menos de uma década, estava tudo dominado -, e se prolongou por séculos, só tendo terminado definitivamente em 1492.
Tempo suficiente para deixar profundas marcas históricas, arquitetônicas e culturais por onde passou. Os mouros se estabeleceram em boa parte do território da Espanha e Portugal, mas a comunidade autônoma da Andaluzia, no sul da Espanha, foi sem dúvidas a que mais preservou as heranças do período. Horários: abre de segunda a sábado, das 10 h às 18 h. Aos domingos e feriados religiosos funciona das 9.00 às 10.30h e das 14.00 às 18.00h. Preços: Os bilhetes regulares podem ser comprados no local e custam 10 euros. Visitas guiadas devem ser agendadas com antecedência no site oficial. A entrada é grátis entre as 8.30 e as 10.30h, quando acontecem as missas. Não deixe de subir no Minarete para ter uma vista da cidade, em especial da Juderia e do bairro árabe, e de passear pelo pátio das laranjeiras. A planta é uma marca registrada das cidades da Andaluzia.
Os Pátios - O tempo extremamente quente e seco de Córdoba fez com que a arquitetura das casas, já no tempo dos romanos, proporcionasse algum conforto para seus habitantes. Dessa forma, as casas foram concebidas com um pátio central e construídas ao redor desse espaço. O pátio funciona como uma espécie de oásis, com abundante vegetação para aumentar a sensação de umidade. Todo ano, no mês de maio, acontece a Fiesta de los Patios de Córdoba, um concurso para escolher o pátio mais bonito da cidade. Para o concurso, os pátios se enfeitam com flores e plantas. É uma competição tão emblemática que em 2012 foi designada Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
Ponte Romana - Construída no início do século 1 d.C, na época de dominação romana na cidade de Córdoba, a Ponte Romana fica sobre o Rio Guadalquivir e tem um comprimento de 330 metros, aproximadamente. É formada por 16 arcos, apesar de originalmente ter tido 17. É bastante importante porque foi uma das formas principais de se entrar à cidade de Córdoba pela parte sul da Península Ibérica e também por ser o único ponto para atravessar o rio sem necessidade de qualquer tipo de embarcação. No extremo sul da ponte fica a Torre de la Calahorra, uma torre de defesa. Já no extremo norte fica a Puerta del Puente, também chamada de Arco del Triunfo, que na verdade é uma das portas da antiga muralha.
Praças - Há diversas praças lindas em Córdoba, mas vale destacar uma em especial: a Plaza de la Corredera. É um dos lugares mais emblemáticos da cidade e um de seus principais pontos turísticos. É a única praça em formato quadrangular de toda a Andaluzia, lembrando um pouco a Plaza Mayor, em Madri. Fica situada no centro da cidade e a entrada e saída se faz pelos chamados Arco Alto e Arco Bajo. Na praça ficam alguns edifícios importantes: Mercado de Sánchez Peña e Casas de Doña Ana Jacinto.
Ruas de Córdoba - (Calleja de las Flores) - Andando por Córdoba é fácil encontrar ruas cheias de charme e decoradas com flores, que contrastam com as paredes brancas do centro histórico. Uma das principais e que já virou um famoso ponto turístico é a Calleja de las Flores, localizada em uma transversal da Calle de Velázquez Bosco e é super estreita Ela desemboca em uma das praças de Córdoba. O pavimento da Calleja de las Flores é em granito e começou a ser decorada em meados dos anos 50. Além de ser um lugar lindo, é um dos cartões postais.
Museus
Entre os pontos turísticos em Córdoba também se destacam os museus. Dos mais importantes se destacam o Museu Taurino, o Museu Julio Romero de Torres, Museu de Belas Artes, Casa Andalusí, Casa de Sefard e o Museu Arqueológico e Etnológico. Este último vale muito uma visita, pois fica inserido no antigo Palácio dos Páez de Castillejo. Seu acervo engloba peças que vão da Pré-história até à Idade Média. No sótão ficam restos arqueológicos do Teatro Romano de Colonia Patricia Corduba.
A próxima parada será Granada, a 208 quilômetros pela A45 e A92, e último destino deste roteiro. A cidade tem uma tradição que é perfeita para comemorar o feito: em todos os bares, as tapas são gratuitas quando se pede uma bebida. Encerre a noite no clássico Chikito, que tem no menú de gaspacho a rabo de touro. Para ficar perto de tudo, o Hotel Casa 1800 Granada, tem uma ótima relação custo/benefício. Instalado em um casarão do século XVI, fica no coração do bairro mais interessante da cidade, o Albaicín.
8º - dia - CORDOBA
Coroando a colina de La Sabika, com as montanhas da Sierra Nevada como pano de fundo, está um dos maiores, mais bonitos monumentos espanhóis: a Alhambra. Inicialmente erguida como fortaleza, se transformou em Palácio Real e hoje é um belo complexo de prédios com pátios, salões decorados aos mínimos detalhes e lindas fontes. É fundamental reservar a entrada com antecedência pela internet.
Quando terminar a visita, já deve estar na hora do almoço. Retorne ao bairro de Albaicín e peça uma mesa nos jardins do restaurante Carmen de Aben Humeya, para continuar apreciando o monumento de e usufruir das delícias da culinária local, como o arroz cremoso de bogavante (uma espécie de lagosta), o cordeiro com espuma de queijo de cabra e o tataki de atum. Depois, caminhe pelo labirinto de ruelas dos arredores, onde o casario branquinho esconde casas de chá. Encerre a viagem passeando pelo centro histórico, dedicando uma visita completa à Catedral;.
