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Roteiro pelo Leste da Europa - Parte 2/2

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Águas Termais - As águas termais era uma das fortes atrações da cidade. Frequentar custava em média de 20 e 60 Euros por dia, variando de acordo com o pacote comprado (o mais caro inclui 1 hora de massagem luxuosa). Tinha um deles, inclusive, que aos sábados virava uma balada durante a noite. Budapeste era a única capital do mundo que possui fontes termais. Eram 125 fontes, que produzem mais de 70 milhões de litros de águas termais por dia, com temperaturas superiores a 58°C. 

Bares em ruínas - Eram bares interessantes, com características de ruínas, com tijolos expostos, sem muito acabamento estético, mas com muitos enfeites, muita música e atendentes simpáticos e disposto a agradar o visitante. Dentre os recomendados aos turistas, o Szimpla ( Simpla ) e o diferenciado Instant, tinha mais jeito de balada do que bar e era uma espécie de prédio, onde cada andar apresentava um ambiente diferente.

Bastião dos Pescadores (Halaszbastya) - Assim como a Praça dos Heróis, também fazia homenagem aos chefes das sete tribos húngaras, com suas sete lindas torres. Estava localizado no topo da colina do Castelo de Buda, e proporcionava um visual incrível da cidade. A entrada era gratuita em sua grande parte, somente uma parte do terraço era cobrada uma taxa porque possibilitava uma vista privilegiada da cidade. A partir dele, era fácil encontrar o Castelo de Buda e a Igreja de Mathias.

Quando estiver passeando pelo Castelo de Buda e chegar a hora do almoço, aproveite para conhecer o restaurante Sissi, localizado na principal rua de comércio, na área interna das muralhas. Seu nome era em homenagem a Elizabeth, soberana do Império Austro-Húngaro e que até hoje marcara como nenhuma outra soberana a história do país. A colunata de 36 metros de altura existente na Hösök Tere (Praça dos Heróis) também era outro  marco turístico de Budapeste, onde estava fixadas figuras dos reis húngaros e vultos famosos das guerras de Independência, além de estátuas representando a guerra, paz, conhecimento e glória.  No topo da colunata estava o Anjo Gabriel. Era uma praça agradável, e  frequentada pelos moradores da cidade, principalmente aos domingos e feriados. Frente a ela situavam-se os elegantes prédios da Galeria de Artes e Museu de Belas Artes.

​Entre os pratos mais lembrados da culinária húngara estavam Halászlé (sopa de peixe com páprica) e Jokai Bableves (sopa de feijão). A carne também era muito consumida, principalmente de suino, frango, veado, pato e faisão. Como aperitivos não havia como esquecer os salames húngaros, famosos em todo o mundo. Para acompanhar sua refeição escolha os ótimos vinhos produzidos no país ou experimente as cervejas Kobanyai ou Dreher.

​A cidade era reconhecida também por suas Confeitarias e Cafés, dentre os quais destacamos a Gerbaud, a mais famosa confeitaria da Hungria, fundada em 1858 por Henrik Kugler. Sua área de atendimento ao público era grande e oferecia mais de 300 cadeiras e situava-se na Vörösmarty Street. O Café Central, que ficava na Károlyi Mihály utca 9, era muito mais do que um Café, pois no passado se destacava por reunir a nata da intelectualidade local até que veio o regime comunista e ele acabou fechado. Reabriu com o fim do regime em 1989. E também o New York Café, que desde sua inauguração em 1894 tornara-se um dos mais importantes Cafés da cidade, até seu fechamento em 2001, para a construção do luxuoso Hotel Boscolo Budapest. Para garantir a tradição do Café, ele foi reformado mantendo o mesmo estilo anterior.

 

Mesmo quem não seja israelita, não deve deixar de visitar a Grande Sinagoga, a segunda maior Sinagoga do mundo, atrás apenas de uma em Jerusalém. Tinha 53 metros de comprimento por 26 de largura e assentos para 2.964 pessoas, sendo 1.492 homens e 1.472 mulheres. Conforme relatado no primeiro parágrafo, a primeira aglomeração humana na Hungria fora a denominada cidade de Aquicun, que fora uma importante cidade romana desenterrada no final de século XX. Circulando por suas ruas dava para ver suas casas, lojas e banheiros públicos.

​Um marco inconfundível era a Catedral,  a  mais antiga de Budapeste, inaugurada em 1849 depois de 20 anos em obras, hoje era a mais conhecida em todo o Rio Danúbio. A Ópera de Budapeste, desenhada por Miklós, fora construída entre 1875 e 1884 era um dos prédios neo-renascentista, mais importante da Hungria. A Praça dos Heróis era uma das praças mais importantes de Budapeste. Mostra um conjunto de estátuas em homenagem aos líderes das 7 tribos fundadoras da Hungria. A Citadella era o ponto mais alto da cidade, de onde se tinha a melhor vista, construída em 1854 pelos Habsburgo para atuar como sendo um prédio de Vigília. Quando estiver caminhando pela Av. Andrássy, em direção a Praça dos Heróis, encontrará o do Museu do Terror, que na verdade era um museu meio fraco, do tipo engana turista.

Mercado (Nagycsarnok)  - Era um show a parte. Com seus grandes corredores, cheios de frutas, comidas e muita páprica, o tempero usado em quase todas as comidas regionais. Quem conhece o Mercadão de São Paulo, vai se achar em casa. Aproveite para provar um goulash,  um dos pratos típicos da culinária húngara.

Praça dos Heróis - Ficava no final da Avenida Andrássyu. Foi criada em 1896 para comemorar os 1.000 anos da chegada dos magiares (antigo nome dado aos Húngaros) na região. Era onde se encontravam três grandes monumentos. Primeiro uma grande coluna, com 36 metros de altura. Em seu topo, o Arcanjo Gabriel. Na parte de baixo, estava Árpád (o primeiro governante Húngaro) com os chefes das sete tribos, que juntos formaram a Dinastia Real Húngara. Aos lados das colunas, existiam 2 semicírculos com  14 vãos, cada um tinha a estátua de uma pessoa importante na história do país. O terceiro, era o túmulo de um soldado desconhecido. Quando estiver na Praça dos Heróis, estique um pouco a caminhada e conheça o Castelo Vajdahunyad, que ficava logo atrás da praça, junto ao Parque Vidam, onde também ficava o Zoológico e mais algumas atrações. Ao lado da Praça, à esquerda estava o Museu de Artes Finas e à direita, a Galeria de Arte Contemporânea.

Sapatos às Margens do Danúbio - Era um Memorial situado quase em frente ao Parlamento, posicionado às margens do rio Danúbio. Era uma homenagem aos  judeus exterminados pelos nazistas. Era 60 pares de sapato feitos em bronze, em memória aos Judeus que foram assassinadas a tiros e jogadas no rio. Antes de serem assassinados, eles eram obrigados a tirar os sapatos e deixá-los ali.

Prepare-se para continuar a viagem e embarque em ônibus da FlixBus, as 12.00 e chegada em Belgrado  as  17.45 h.  Traslado ao Hotel Rex – Sarajevska 37, Savski Venac – .

BELGRADO - Sérvia

 

Praça da República - Era a principal praça da cidade, onde ocorriam eventos e ficavam alguns restaurantes e bares. Era onde estavam o Teatro Nacional e o Museu Nacional, seu centro era enfeitado pela estátua do Príncipe Mihailo, em seu cavalo. A praça começou a se desenvolver a partir de 1882, quando o monumento ao príncipe foi construído. Aqui partiam os Free Walking Tours,  um passeio gratuito pela cidade. Entretanto, não seja pão-duro e deixe um agrado para o motorista e o Guia.

Catedral de São Miguel - Situada em Kosančićev Venac, o bairro mais antigo de Belgrado construído onde existia uma necrópole romana, a Catedral ficava próxima à Fortaleza de Belgrado e à Residência da Princesa Ljubica. Embora suas origens remontassem ao século XVI, sua estrutura atual em estilo neoclássico fora feita nos anos 1830. Em seu interior, era possível ver ícones e murais do artista Dimitrije Avramović e relíquias do séc. XIV pertencentes ao Rei e Santo Stefan Uroš V. Na Catedral também se encontram as tumbas de heróis nacionais como Vuk Karadžić, que reformara o idioma sérvio nos anos 1800.

Catedral Ortodoxa São Sava  - Era uma das maiores igrejas ortodoxas do mundo e a maior da Europa. Dedicada a São Sava, fundador da Igreja Ortodoxa Sérvia, estava situada no planalto Vračar, onde os restos mortais do Santo foram queimados pelos otomanos, em 1595. A construção da Catedral começara em 1935, 40 anos após o plano inicial e 340 anos depois da queima dos restos de São Sava. A obra durara até a invasão da Iugoslávia pelos Poderes do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) na 2ª Guerra Mundial, quando Belgrado fora pesadamente bombardeada. A retomada da construção só acontecera em 1985 e só fora concluída em 1989.

Fortaleza Kalemegdan, Parque Kalemegdan e Pobednik -  Eraa antiga cidadela de Belgrado, uma Fortaleza que no passado servia de moradia para a população da cidade. Ficava em uma posição estratégica, na confluência dos rios Danúbio e Sava. No interior da Kalemegdan, havia uma capela, um museu com máquinas de tortura, diversos equipamentos de guerra  e algumas ruínas. Atualmente, a Fortaleza alcançava a Cidade Alta e a Cidade Baixa, sendo circundada pelo Parque Kalemegdan, que costumava ser usado como campo de batalhas. A Sahat Tula era uma torre de relógio, do século XVIII e que ainda conservava sua antiga forma. Na Fortaleza, era possível também ver o monumento Pobednik. A escultura de bronze, feita pelo croata Ivan Meštrović, fora construída em 1928, para comemorar a vitória da Sérvia sobre o Império Otomano e Austro-Húngaro, durante as Guerras dos Bálcãs e a Primeira Guerra Mundial.

Knez Mihailova Street - A rua Knez Mihailova era a principal Zona pedestre de Belgrado, protegida por lei, como um dos marcos mais importantes da cidade. O nome da rua era homenagem ao Príncipe Sérvio Mihailo Obrenovic, assassinado em 1868. O Príncipe era considerado o governante mais iluminado da Sérvia e fora uma figura importante na Independência dos Bálcãs, do domínio Otomano.

Museu Nacional - Situado na Praça da República, o Narodni Muzej fora inaugurado em 1844 e possuia mais de 400.000 objetos, distribuídos em 34 coleções arqueológicas, artísticas, históricas e numismáticas. O museu passara 15 anos fechado, tendo sido reinaugurado em junho de 2018. Sendo o maior e mais antigo museu da Sérvia, valia reservar um tempo para visitá-lo. Abria às terças, quartas e sextas das 10.00 às 1.00h., às quintas e sábado das 12.00 às 20.00h. e aos domingos das 10.00 às 14.00h. Os ingressos custavam 200 RSD e crianças e estudantes pagam meia entrada.

 

Museu da Iugoslávia - Inaugurado em 1962 como um presente da cidade  a Josip Broz Tito, então Presidente da Iugoslávia, em comemoração aos seus 70 anos de idade. Tito fora uma figura muito importante na Iugoslávia e na Sérvia e após a sua morte, um Memorial em sua homenagem fora incorporado ao Museu. O Museu contava a história da Iugoslávia Socialista e da vida de Tito e possuia uma exposição de todos os presentes que ele recebera durante seu governo. Atualmente, era formado por três prédios: o Museu 25 de Maio, a Casa das Flores (onde Tito estava sepultado), e o Museu Antigo.

Nikola Tesla Museum - Um dos gênios mais injustiçados que existem, Nikola Tesla tinha aqui um museu só dele. Mesmo não ganhando o título, que lhe fora roubado por nada menos que Thomas Edison, fora ele quem revolucionou a eletricidade no mundo. Outras criações desse gênio foram o motor elétrico, ignição elétrica de motores à gasolina e a famosa bobina de Tesla, que permitia comunicações sem fio com rádios e tvs, sendo usada até hoje em nosso wi-fi.

Dedicado a honrar a vida e o trabalho do mais famoso cientista sérvio, o Museu possuia elementos interativos de ficção científica, além de abrigar as cinzas de Tesla. Foi inaugurado em 1955 e reúne mais de 160.000 documentos originais, 2.000 livros, 1.200 exibições históricas, 1.500 fotografias, instrumentos e aparatos e 1.000 planos e desenhos. Abria de terça a domingo das 10.00 às 20.00h. Os ingressos custavam 500 RSD e com a carteira de estudante da ISIC, pagava-se 300 RSD.

 

Palácio Real - O Beli Dvor fora construído entre 1924 e 1929, por ordem do Rei Alexandre I. Possuia estilo Sérvio-Bizantino, sendo rodeado por várias pérgolas, terraços e piscinas. Havia também uma Capela dedicada a Santo André, padroeiro da família Real. Junto ao Palácio Branco, o Palácio Real forma o Complexo Real, que recebia visitas orientadas pela Organização Turística de Belgrado. O Palácio ainda era utilizado como residência de membros da Família Real, o Princípe Alexandre, sua esposa e seus três filhos. Os palácios Stari Dvor e Novi Dvor foram construídos, respectivamente, para as famílias reais Obrenović e Karađorđević. O Stari Dvor, ou Palácio Antigo, datava de 1880 e possuia estilo arquitetônico Beaux-Arts. Atualmente abrigava a Câmara Municipal. O Novi Dvor, - Palácio Novo - fora construído em estilo historicista/revivalista e completado em 1922, após estragos causados pela 1ª Guerra Mundial. Atualmente servia como a residência do Presidente da Sérvia.

 

Residência da Princesa Ljubica -  Era um palácio construído no início dos anos 1830 pelo Príncipe Miloš Obrenović, para ser um palácio residencial para sua família. Com a ocupação Otomana, o Príncipe fora forçado a abdicar e nunca pôde usufruir da residência. A residência se tornou um Liceu, uma escola de gramática e a Corte Suprema de Apelação. O prédio fora renovado na década de 1970, para se tornar um museu. Ao visitá-lo era possível ver como a elite Sérvia vivia na época em que a residência fora construída.

Rio Danubio e Sava -  Era possível vê-los desde a Kalemegdan ou indo até a ciclovia que margeava o rio. No verão, a ilha Ada Ciganlija, que ficava no meio da confluência dos dois rios, era aberta a visitação, sendo possível frequentar a praia formada em uma de suas laterais.

ZAGREB – Croácia

Para chegar a Zagreb o recomendado era via aérea, porque por via terrestre  de ônibus ou trem era muito complicado e os trajetos, ainda por questões antigas, não eram nada lógico. Mas chegamos ao nosso ponto final deste tour. Zagreb dividia-se entre Cidade Baixa e Alta. Era na parte alta que ficava a Catedral,  datada de 1094, chamando a atenção de vários pontos da cidade com suas torres gêmeas. O cartão postal da cidade era a Igreja de São Marcos, com seu charmoso telhado de azulejos coloridos, formando a imagem dos brasões da Croácia, Dalmácia, Eslovenia e Zagreb.  A igreja se destacava por seu portal sul, também em estilo gótico, composto por quinze efígies colocadas em onze nichos. No topo, José, Maria e o menino Jesus e, abaixo, São Marcos com o leão, e  os Doze Apóstolos ladeando o portal.

Ainda na Praça de São Marcos, ficava o Parlamento, o Palácio do Primeiro Ministro e a Corte Constitucional. Alí perto estava o curioso Museum of Broken Relationships, dedicado às histórias de amor desfeitas e, junto a ele, a Torre de Lotrščak e logo adiante o Teatro Nacional. Para ter uma panorâmica da cidade, subimos até o 16º andar da Zagreb Eye, onde havia um deck de Observatório. Circundando a praça, estava a sede do Governo, onde ficava o Presidente, o Palácio do Primeiro Ministro, o Parlamento Croata, e a Corte Constitucional. Era muito o que ver em pouco tempo e haja foto.

A cidade tinha muitas referências históricas, como a Praça Ban Jelacic, que homenageava Ban Josip Jelacic, um personagem pátrio que lutara contra os húngaros, em busca da liberdade e unificação da Província da Croácia. Sua estátua sobre um cavalo, empunhando uma espada, ficava bem no meio da praça, a mais importante da cidade. Pelo caminho estava a Praça Kaptol, imperdível e com vários monumentos. A linda escultura de Sagrada Virgem Maria cercada por quatro anjos, esculpida também por Anton Dominik Fernkon. A pujante Catedral de Assunção da Sagrada Virgem Maria, dedicada à Virgem e também ao Rei Húngaro, Santo Stephen, segundo patrono da cidade.

 

Para dar uma trégua aos monumentos, fomos até a Rua Skalinska, um caminho bem inclinado e cheio de degraus, onde ficavam alguns dos bons restaurantes como o Nokturno e o Leonardo,  com mesinhas dispostas sobre os largos degraus, no meio da rua. Ao final da Skalinska fica a Rua Tkalciceva, exclusiva para pedestres e a mais badalada da cidade. Na parte de trás de um dos bares do lugar, havia uma estátua em bronze, de uma mulher com trajes antigos e sombrinha na mão, era Marija Jurić Zagorka,  um ícone no país. Fora a primeira mulher croata, jornalista, escritora de famosos romances e grande defensora dos direitos da mulher. Sua residência ficava na Praça do Mercado Dolac, onde estavam em exposição  seus utensílios e onde funcionava um Centro de Estudos da Mulher. Se tiver curiosidade conheça o incrível Cemitério Mirogoj. O país da antiga Iugoslávia recebia anualmente centenas de navios de Cruzeiros, mas era no interior e, precisamente em Zagreb, que sua singularidade se apresenta. Suas ruas eram alegres e movimentadas e seu povo demonstra a sede de viver  e com muita personalidade ao vestir.

Zagreb dividia-se entre Cidade Baixa e Alta. O trajeto entre o Mercado e a Cidade Alta,  era fácil de caminhar. Era na parte alta que ficava a Catedral,  datada de 1094, que chamava a atenção de vários pontos da cidade com suas torres gêmeas. Não deixe de reparar no Palácio do Arcebispo ao lado, construído em 1469 para servir como uma defesa aos ataques turcos.

A Igreja de Santa Catarina, em estilo barroco, também era muito visitada, mas o cartão postal da cidade era a Igreja de São Marcos com seu charmoso telhado de azulejos coloridos formando a imagem dos brasões da Croácia, Dalmácia, Eslovenia e Zagreb.  Ainda na Praça de São Marcos, visite o Parlamento e o Palácio do Vice-Rei.  Próximo aos principais atrativos da Cidade Alta estava o curioso Museu das Relações Desfeitas, dedicado às histórias de amor mal resolvidas, e, em poucos minutos de caminhada, chegaria ao Teatro Nacional, marco cultural da cidade.

Nas proximidades encontra-se o Art Pavilion —  uma grande estrutura de ferro criada em 1896 e que agora era um espaço para grandes exposições. Um pouco mais afastado, mais histórias do país: o Museu Arqueológico, com quase meio milhão de artefatos, cuja maioria fora desenterrada no próprio país. Junto ao Museu dos Relacionamentos, ficava mais um ótimo lugar em Zagreb para ver a cidade de cima, a Torre de Lotrščak, justo ao lado da Estação do Funicular.

Diariamente, ao meio-dia, ouvia-se um tiro de canhão ecoar da torre que abrigavas em seu interior uma Galeria contando sua história. Podia se admirar a cidade também do Zagreb Eye, um deck no décimo sexto andar de um prédio que oferecia 360 graus e um panorama incrível da pitoresca capital croata!

Catedral de Zagreb -

Em Kaptol, era uma instituição católica romana e não apenas o prédio mais alto da Croácia, mas também o mais monumental prédio sacro em estilo gótico ao sudeste dos Alpes. Era dedicado à Assunção de Maria e aos reis Santo Estêvão e São Ladislau. Era o prédio gótico mais famoso da capital croata e o  mais alto do país. As suas torres podiam ser avistadas de diversos lugares na cidade, pelo destaque e proeminência na paisagem urbana.

 

Sua construção começara no século XI (1093), e fora arrasada pelos tártaros em 1242. No final do século XV, o Império Otomano invadira a Bósnia e a Croácia, o que induzira à construção de muros de fortificação em torno da Catedral. Em 1880, foi severamente danificada por um terremoto, quando sua nave principal desabara e a torre fora danificado de forma tão intensa que não possibilitava uma nova reparação. A restauração em estilo neo-gótico fora executada por Hermann Bollé, que proporcionara à  Catedral ostentar a sua forma atual. Como parte dessa restauração, duas torres de 108m de altura foram levantadas no lado ocidental. Em frente à Catedral encontrava-se um dos monumentos públicos mais conceituados da cidade, o Pilar de Maria, com anjos de autoria de Anton Dominik Fernkorn, em 1865, e uma fonte, criada por Herman Bollé, em 1880-1882.

 

Cemitério de Mirogoj -

Incluir a visita a um cemitério, certamente não seria  um programa normal, quando se estava em viagem pelo mundo a fora. Entretanto, quando este local era considerado como um dos Cemitérios mais bonitos da Europa, independentemente da categoria em que o seja, tal curiosidade aflorava e partia-se para a curiosa visitação. Era o caso do Cemitério Mirogoj, em Zagreb, que se encontrava no Top 10 dos Ambientes da cidade, sendo um dos mais significativos. Projetado pelo arquiteto Herman Bollé ( 1845/1926) era descrito como um dos parques de Cemitério mais bonitos da Europa, dada a sua arquitetura. Fora fundado em 1876, numa propriedade de Ljudevit Gaj (líder da reforma nacional croata) adquirida pelo Estado após a sua morte, e substituira 8 cemitérios que existiam ativos na mesma localidade.

Em 1879 iniciara-se em Mirogoj a construção das magníficas arcadas, com cúpulas, os portais centrais e a igreja. As arcadas foram concluídas em 1917, enquanto a parte central fora concluída em 1929. O estilo neo-renascentista do Cemitério era caracterizado pelo equilíbrio, simetria, perspectivas claras, uma correta divisão de luzes e sombras e uma expressão quase moderna. De acordo com o primeiro estatuto, todas as confissões eram iguais, pelo que tanto cruzes católicas como ortodoxas e estrelas judaicas formavam as cúpulas do panorama aéreo. Tratava-se assim de um Cemitério agregador pois possuia sepulturas de membros de todos os grupos religiosos: católicos, ortodoxos, muçulmanos, judeus, protestantes, santos dos últimos dias e descrentes. Nas arcadas encontravam-se os últimos lugares de descanso de muitos croatas famosos.

Igreja de São Marcos

O portal sul da Igreja de São Marcos mostrava 15 efígies em 11 nichos: No topo, José, Maria e menino Jesus; abaixo deles, São Marcos com leão e os 12 apóstolos ladeando o portal. Era considerado o mais rico e valioso portal da Europa Ocidental. Destaque também para o seu famoso telhado, coberto por um mosaico de telhas brancas e vermelhas, do ano de 1499, que representavam os dois antigos brasões da cidade: Zagreb (o do castelo branco com fundo vermelho) e o outro do trino reino: Croácia, Slavona e Dalmácia.

Jardim Botânico

Em 1889 fora elaborado o plano do Jardim Botânico sendo considerado este o ano da sua fundação, e o Professor Heinz, seu fundador. Sua construção começara em 1890, enquanto os primeiros trabalhos sobre a terra começaram em 1891, e o primeiro plantio fora feito em 1892. O jardim fora projetado e construído no estilo paisagístico, com grupos autônomos de árvores, caminhos sinuosos, e apenas os canteiros de flores possuia linhas estritamente simétricas.  Depois da passagem pelo Jardim Botânico, outro prédio atraia a atenção, o  Arquivo do Estado Croata, um prédio localizado no meio de um jardim, o que tornava o ambiente muito mais verdejante.

 

Mercado de Dolac

Todas as grandes cidades tinham umMercado que as representava, e em Zagreb encontrava-se o Mercado Dolac , localizado na área de Kaptol,  um lugar colorido, rodeado de restaurantes, bares e lojas, e visitado não apenas por seus habitantes, mas também pelos milhares de turistas que visitavam a capital croata. Era bem central, e perto da Igreja de Santa Caterina e da Catedral da Assunção da Virgem Maria. Um grande número de guarda - chuvas vermelhos indicaria que já estavamos chegando. Era dividido em dois andares, no alto os comerciantes ofereciam peixes frescos, queijos. mel, plantas aromáticas ..., e no andar inferior, havia carnes, embutidos e produtos de panificadoras e confeitarias . Muitos dos fornecedores eram de Zagreb, e outrosinham vêm de diferentes áreas do país, com produtos típicos das diferentes áreas croatas.

 

Museu de Mimara - Roosevelt Mercado, 5 - 

Era conhecido pela Coleção de Arte da Ante e Wiltrud Tópico Mimara, e também como Museu Mimara, fundado por uma doação de Ante Topic Mimara, tendo sido aberto ao público em 1987. Estava localizado num palácio neo-renascentista, a partir do final do século XIX. Reunia 3.750 obras de arte de várias técnicas e materiais, e diferentes culturas e civilizações. Havia cerca de 450 fotos e desenhos de mestres famosos, de várias escolas (Rafael, Velasquez, Rubens, Rembrandt, Goya) e cerca de 200 esculturas da antiguidade ao século XX, e raridades arqueológicos da Grécia antiga e do Egito.

 

Um cenário em vidro mostrava o caminho de desenvolvimento do antigo Egito e do Império Romano, para familiares venezianos e outros workshops europeus, em mais de 300 exposições. A coleção de obras de arte do Extremo Oriente continha itens de materiais raros, como laca, jade e chifre de rinoceronte. O Museu possuia uma biblioteca de arte, com mais de  5.400 títulos. A exposição permanente era apreciada em forma, através de um ordenamento cronológico dos períodos históricos e estilísticos.

Strossmayer -  Um passeio pela Strossmayer Promenade era importante, não apenas pela visão e perspectiva que ela oferecia, mas também para permitir que se conhecesse uma das figuras mais importantes da história croata, o Bispo de Djakovo, Eslavônia, líder do partido político e fundador da Academia de Artes e Ciências, Strossmayer tivera uma enorme influência nos eventos, enquanto a Croácia ainda fazia parte do Império austro-húngaro. Ele usara a renda de suas propriedades episcopais para financiar outros projetos importantes. O prédio era o Lycée Real da Cidade em meados do século XIX e depois o Lycée Feminino, já abrigaa um Café estilo Vienense, que fora frequentado por cidadãos famosos de Zagreb, incluindo o poeta e escritor, Antun Gustav Matoš. O que antes era um Café, hoje era o Serviço de Meteorologia e Hidrologia do Estado e Instituto de Geofísica. O poeta que costumava se sentar no Café lendo seu jornal e tomando seu cafézinho, ainda estava aqui, no bronze, sentado em um banco na Strossmayer Promenade.

 

Rua Tkalčićeva

Com o nome de um famoso historiador e padre croata - Ivan Krstitelj Tkalčić, esta rua tinha uma longa história e muito divertida. Anteriormente, era chamada de Potok ulica (Stream street), já que um riacho corria no local exato onde a rua está localizada. A água do riacho (Medveščak) vinha da montanha Medvednica e terminava na fonte de Manduševac, em Ban Jelačić Square. Ainda assim, ao olhar de cima, a Rua Tkalčićeva,  com sua forma curvada parece ainda um riacho verdadeiro. No início do século XX, até a Segunda Guerra Mundial, era a rua do bordel. Hoje, Tkalčićeva era famosa por seus bares, diversão, energia e vibração durante o dia e à noite. Afirmavam que em Zagreb esavam os melhores Cafés do mundo, com baristas premiados, expressos puros ou em coquetéis, grãos internacionais e de origem certificada, chás de ervas do mundo todo, além de bolos e doces maravilhosos. Os Croatas adoravam praticar o spica,  ou seja, tomar um cafezinho — e isso era a qualquer hora!. Veja a seguir algumas dicas de onde tomar um ótimo café.

  • Booksa  - Era um ícone cultural e antigo clube do livro da cidade, organizava eventos literários, promoção de autores e afins, acompanhados de todos os tipos de cafés, smoothies, lanches e, chás;

  • Caffe de Eli - Era o primeiro dos Cafés moderninhos de Zagreb, criado por um ex-campeão nacional de baristas premiados. Era sugerido para um cappuccino ou latte — podendo ser com leite de soja, caso queira experimentar um novo sabor;

  • Cogito Coffee Roasters  Era um conhecido reduto dos descolados, também num clima moderninho, com wi-fi livre, assados, cafés de qualidade, um blend brasileiro e uma variedade de bebida mais escura;

  • Corner Bar Club - Ambiente ao ar livre, no meio da Cidade Baixa, era perfeito para curtir um café quente ou frio e degustar uma sobremesa exclusiva do menu dedicado ao cacau — mas não sem antes pedir o Aperol Spritz, à base de espumante e aperitivo Aperol;

  • Esplanada 1925  Ostentava o nome o ano em que o Hotel Ferroviário fora inaugurado e refletia a época em um elegante Café e bar, onde o café era servido junto ao que era considerado o melhor štrukli (pastel icônico da cidade);

  • Johann Franck - Tinha um terraço voltado à praça principal, era ponto de encontro importante de gerações, com temática no art déco da década de 1920, servindo o café produzido pelo próprio Franck desde 1960;

 

Tkalčićeva -  Por aqui um dos lugares recomendados era o Mali Medo, ótimo para degustar as cervejas locais! Se quiser algo com cardápio mais incrementado, o Gallo, que ficava na Cidade Baixa, era uma boa escolha. Seus chefs viraram celebridades, então aproveite para saborear a culinária mediterrânea ao sabor zagrebiense, com massas feitas à mão, e ervas colhidas no próprio jardim!

 

Depois de três dias visitando e se encantando com a capital da Croacia, um trem da DB  DeutschBahn nos levaria em uma bela viagem a Munich, onde a Oktoberfest nos aguardava, para celebrarmos mais esta dádiva da vida que é viajar, conhecer lugares e seus povos.

Em tempo

Antes de deixar a Croácia, alugamos um carro e descemos em direção à Costa do Adriático, para visitar Hvar, Córcula, Split e Dubrovnik, incluindo o lugarejos de Medjgore,na Bósnia-Herzegovinia. Se quiser saber mais sobre este trajeto, acesse esses lugares visitados no link destinos, deste site.

MUNICH – Alemanha

 

Programa: Visitar a Cervejaria Löwenbräukeller, na Nymphenburgerstr, perto da Estação de U-Bahn Stiglmaierplatz, que oferece cervejas diretamente da fábrica, por € 2,50, comidas típicas era a partir de €5 a porção que escolher.

 

Visitação do BMW Museum

Escolha o Metrô U3 Olympia Zentrum para chegar. Aberto diariamente das 09h -17 h, custava €2,50/2 (estudante). Para os apaixonados pelos carros da Fabrica de Motores da Baviera, além dos carros por ela produzidos há exposição em filmes e slides da história da fábrica com os veículos do passado e projeções para o futuro. Estava localizado na Pautelring 130.  Visita a Allianz Arena. 

     

Visita ao Deutsches Museum,  um dos maiores museus da Alemanha, com mais de 10 km de Galerias e corredores em 45 mil metros de área, com 46 divisões. Com demonstrações e recursos interativos, esse que era o maior, mais antigo e mais completo museu do gênero no mundo, exibindo todos os aspectos imagináveis dos avanços científicos e tecnológicos em 55 áreas, entre as quais estão  as áreas de instrumentos musicais, aeronáutica, fotografia, física e têxteis. O Deutsches, construído numa ilha ao Rio Isar, proporcionava um banquete de experiências científicas do tipo faça você mesmo, com um generoso arsenal de botões, alavancas, engrenagens e manivelas. A mais pura e simples interatividade. O visitante conseguia passar facilmente um dia inteiro conhecendo o primeiro submarino alemão (montado em 1906), a primeira locomotiva elétrica (Siemens, 1879), a bancada de laboratório na qual ocorreu a primeira fissão de um átomo e dezenas de automóveis, incluindo o primeiro Benz, de 1866, e modelos de luxo, como os Bugattis e Daimlers dos anos 1920 e 1930.

Entre outras peças inestimáveis estava uma completa e incrível réplica das grutas de Altamira, na Espanha. A julgar pela quantidade de visitantes no setor de aeronáutica, essa era a seção favorita do público. Suas salas, grandes como hangares, abrigam desde o modelo montado pelos irmãos Wright, construído em 1909 nos Estados Unidos, até aviões de guerra dos anos 1930 e 1940. Dali se tinha acesso direto às viagens espaciais, na qual as mais recentes exposições da Spacelab eram bem menos interessantes do que as de artefatos de períodos anteriores, como as bombas V-2 de Von Braun, também conhecidas como A4. Estava localizado na Tram 18, Parada Deutsches Museum. Use os Metrôs S1-S8 ou Tram 17, até a Parada Isartor. Aberto diariamente das 9  às 17 h, entrada €6/2,50 (estudante). 

 

Visita ao Schloss Nymphenburg

Este Palácio barroco fora residência de verão dos antigos reis da Baviera. Destaque para o prédio Amalienburg em estilo rococó que servia para guardar os objetos de caça da família real. Aberto diariamente das 10.00  às 12.30 e das 13.30 às16.00h, fechava nas segundas. Entrada €2,50/2 (estudante).

 

Victuals Market

Era um Mercado onde se poderia comer algumas das comidas tradicionais, o sanduíche  Krustis, as salsichas, o sauerkraut e até a sopa goulash. Havia vários restaurantes no pátio interno da Nova Prefeitura e nos calçadões de pedestres, como o da  Kaufingerstraße, onde ficava a loja de departamentos Kimer, com gerânios nas janelas. Ficava bem no centrinho, numa lateral da Praça principal.

Hofbräuhaus Beer Hall -

Era a mais famosa Cervejaria de Munique, berço da Oktoberfest e a primeira Cervejaria da Bavária, que começara a produzir a bier a partir de 1589. O espaço existia desde 1607, mas era reservado à Família Real e seus convidados, até que em 1828, o Imperador Ludwig, a  tornou pública.

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