Roteiro pelo Leste da Europa - Parte 1/2
A proposta deste roteiro que experimentamos em setembro de 2019 era começar e encerrar a viagem por Munich, na Alemanha.
MUNICH
Marienplatz - A Praça era considerada o centro da cidade, desde sua fundação, em 1158. No meio da praça, ficava a Coluna de Santa Maria, de 1623. A construção mais imponente era a Neues Rathaus, em estilo neo gótico, datada de 1867-1909. Na parte leste da Praça, ficava a Altes Rathaus (antiga Prefeitura), construída no fim do século XV, fora diversas vezes modificada. A maior torre, erguia-se sobre o antigo portão da cidade e fora reconstruída em 1975, com base em imagens de 1493.
A sede da nova Prefeitura levara 4 décadas para ser concluída, tendo início em 1867, impressionava primeiramente pela arquitetura. Era famosa pela Torre do Relógio, com um carrilhão de 43 sinos, em dois pisos, era o maior da Alemanha, que soavam às 11.00, 12.00, 17.00 (no verão) e 21.00h. Às 11 horas, turistas esperavam pela dança do Glockenspiel, na torre de 85m com 32 bonequinhos encenando as batalhas e as danças sobre a história de Munique, como a Dança do Tanoeiro, encenada pela primeira vez em 1517, para elevar o moral dos cidadãos diante da ameaça da peste negra.
Em cada apresentação sonora, havia um show de bonecos, com duração de 15 minutos, que contava uma história: no andar de cima, representação de um Festival de duas semanas de duração que acontecera em 1546, na Marienplatz, para celebrar o casamento do Duque Wilhelm V. No andar inferior, havia uma dança em comemoração ao fim da Peste, em 1517, que no folclore local, teria sido espalhada pelo dragão Wurmeck, morto com um tiro de canhão, por um guardião da cidade. A fachada exibia estátuas de governantes bávaros, figuras mitológicas, santos e gárgulas.
Antiga Prefeitura - Era um prédio construído entre 1470 e 1480, muito danificado na Segunda Guerra, passando por restauros e reconstrução, que terminara em 1975. Os arcos que se veem, foram acrescentados em 1877 e 1934, para passagem, mas já serviram como porta de entrada da cidade. Sua torre era parte de uma Fortaleza do século XII, e tinha 55 metros de altura. Desde 1983, abrigava o Museu do Brinquedo ( Spielzeugmuseum ), instalado em quatro andares.
A Coluna da Virgem Maria, datava de 1638, quando Maria fora declarada a nova Padroeira da cidade, após ser ocupada pela Suécia, durante a Guerra dos 30 Anos. Os quatro guerreiros na base, lutavam com criaturas que representam a guerra (leão), a peste (galo), a fome (dragão) e a heresia (serpente), eram tempos medievais.
A Fonte do Peixe, datava de 1954, remetia a uma fonte medieval, que existira no local até 1831, quando a praça era um Mercado e onde os peixes eram mantidos frescos na fonte, para sua comercialização.
PRAGA – República Tcheca
Saimos de Munich bem cedo em trem, fazendo um pit stop em Pilsz, para saborear a famosa cerveja Pilsner Urquel. Em Praga comece as visitas pela Praça da Cidade Velha ou Staromestské Námestí, uma referência histórica de Praga, onde os visitantes paravam em frente ao prédio da Prefeitura e ficavam olhando para cima. Estavam esperando dar a hora cheia (entre 9.00 e 23.99h) para ver a aparição dos 12 apóstolos, desfilando em duas pequenas janelas. Eles se dividem em seis para cada janela. São Pedro aparecia na janela do lado esquerdo do visitante, segurando uma chave; depois vinha São Mateus, com um machado, seguido por São João, com um cálice; São André, com uma cruz em forma de X; São Felipe, com outra cruz e São Tiago, com uma tábua de lavar.
Na janela da direita, desfilava São Paulo, com um livro; São Tomás, com uma lança; São Simão, com uma serra; São Judas Tadeu, com um bastão; São Bartolomeu, com uma pele de cordeiro, e São Barnabé, com um pergaminho. Todas essas esculturas originais em madeira, foram criadas em 1948, pelo escultor Vojtěch Sucharda. Quase todas as esculturas originais do relógio, foram destruídas em um incêndio, em maio de 1945. Algumas, parcialmente conservadas, estavam no Museu da Cidade.
Esse pequeno espetáculo, começava quando um esqueleto, que representa a morte, puxava uma corda para fazer tocar um sino, e a partir daí começava o desfile dos apóstolos nas janelas. Ao lado do esqueleto, estava um turco, referência a luxúria, que balançava a cabeça, em negação. Do lado esquerdo havia um avarento, segurando um saco de moedas e ao lado dele, um vaidoso com um espelho nas mãos. Quando as janelas fechavam, um galo cantava sobre eles, e despertava para a vida e o Relógio Astronômico marcava o tempo. O Relógio, que fora instalado na torre da Prefeitura, em 1803, mostrava quatro medidas de tempo: A hora da Europa Central, indicada pela mão, com o símbolo do Sol no círculo com algarismos romanos; a hora Babilônica, na qual as horas de verão eram mais longas que no inverno; o Tempo Estelar, indicado no círculo com algarismos romanos e, por último, na parte inferior do relógio, o Calendário, que mostrava o dia atual e sua posição na semana, mês e ano.
Continue o passeio indo direto a Josefov, o Bairro Judeu, importante não só pelo tamanho, mas também pelo interesse cultural e histórico. Nele havia o cemitério judeu mais antigo do mundo, assim como diversas Sinagogas. Entretanto, nem todas as Sinagogas eram abertas ao público. As seis mais importantes desta região eram: Sinagoga Alta, Sinagoga Velha-Nova (a mais antiga em funcionamento na Europa e ainda realizava funções litúrgicas e no parque ao lado, estava a estátua de Moisés), Sinagoga Maisel e Sinagoga Klaus, todas elas na rua Maiselova. A Sinagoga Pinkas (dentro do Cemitério Judeu) e Sinagoga Espanhola, estavam situadas na Rua Siroká. O ingresso era conjunto e dava direito a visitar todas elas, por isso se deparar com filas, altere a ordem das visitas.
Para ter uma experiência completa, o interessante era visitar também a Sinagoga Jerusalém, completamente diferente das demais do bairro Judeu. Caminhe novamente até a incomparável Torre de Pólvora e vire à esquerda pela Rua Příkopě. Encontrará uma galeria embaixo do primeiro prédio, número 24. Entre e atravesse para chegar a Torre Jindřišská, vire à esquerda na Rua Jindřišská (ou Henry Tower), depois à direita na Jeruzalémská e chegará na colorida Sinagoga Jerusalém. Ela não fazia parte do pacote de ingressos das outras Sinagogas, mas se apresentar o ticket, eles concederiam um desconto.
Ponte Carlos - Quando o monumento mais visitado de Praga, começara a ser construído, a sua primeira pedra fora colocada no dia 9 de julho de 1357, às 5 horas e 31 minutos, seguindo orientações de astrólogos. A partir da Ponte, poderia se ter uma vista privilegiada do Castelo de Praga. Fora a única ponte da cidade até 1841 e seus 515 m de comprimento e 10 m de largura eram sustentados por 16 arcos, com torres fortificadas nas duas pontas. Ao atravessar a ponte, podia-se observar 30 diferentes estátuas e esculturas de santos que foram colocadas em suas laterais, entre os anos de 1683 e 1928. A mais antiga era a de São João Nepomuceno. Pelos locais, era chamada de Karluv Most, e pelos turistas era conhecida como Charles Bridge.
O Castelo era um monumento do Patrimônio Cultural Nacional e símbolo de mais de mil anos de desenvolvimento do Estado tcheco. Era um Complexo de construções em todos os estilos arquitetônicos e incluia palácio, igrejas, torres, museus, pátios, jardins, ruas e casas históricas. O conjunto do Castelo fora fundado no século IX, para moradia de príncipes e reis da Boêmia e hoje servia de residência do Presidente. O Castelo estava em uma posição bem elevada, riscando a paisagem de Praga, como se observasse a cidade. Abrigava a sede do Governo, era um Complexo enorme, com 70 mil m2 e repleto de atrações interessantes. Era suntuosa por fora e por dentro, com belos vitrais e as capelas laterais, como a de São Venceslau, o painel de madeira entalhada, o túmulo de São João Nepomuceno, o Oratório Real e o Portal Dourado.
Para chegar, era possível ir caminhando a partir da Praça da Cidade Velha e seguir na direção da Ponte Carlos, cruze-a e siga as placas. Pelo caminho verá a Igreja de São Nicolau de Malá Strana, mas deixe para visitá-la depois. Passando pela igreja, siga pela Rua Nerudova e chegue a ladeira que daria acesso ao Castelo. Também era possível ir com os trams 22 ou 91. Chegando, cruze a Porta dos Gigantes, um belo portal adornado por querubins, uma águia e um leão.
Observe as duas guaritas listradas e logo após estaria o pátio onde ao meio-dia acontecia a exibição da Troca da Guarda. Ao fundo ficava a Porta Matías, facilmente identificada pelas duas hastes pontiagudas no alto. Na área externa a circulação era livre. Mas as atrações mais interessantes estavam dentro do Castelo, e eram cobradas. Procure pela bilheteria, logo na entrada à direita e adquira seu ingresso.
Galeria de Pinturas do Castelo - Expunha obras de artes, que pertenceram a antigos governantes. Estava bem ao lado da bilheteria. Concluída a visita, siga novamente pelo acesso principal, a Porta dos Gigantes, desça pela Rua Nerudova, uma rua que levava até a Igreja de São Nicolau de Malá Strana. Na descida, aproveite para fazer uma bela refeição no restaurante U Dvou Sester, bem ao lado da Igreja de São Galo (St. Gallen).
Circuito A: Era o mais longo e incluia a Catedral de São Vito, Palácio Antigo, Basílica de St. George, Rua de Ouro, Torre Daliborka, Torre de Pólvora e Palácio Rosenberg;
Circuito B: Era o considerado médio e incluia Catedral de São Vito, Palácio Antigo, Basílica de St. George, Rua de Ouro e Torre Daliborka;
Circuito C: O menor deles, incluindo a entrada ao Tesouro da Catedral e Galeria de Pinturas do Castelo. Escolha este circuito somente se tiver bem pouco tempo, pois não permitia visitar nenhuma das atrações mais importantes.
Catedral de São Vito - Sem dúvida a atração mais emblemática do local, era o prédio que se via da cidade quando se procurava o Castelo.
Palácio Antigo: Era a residência dos Monarcas, desde a fundação do Castelo. A partir do Oratório Real, na Catedral de São Vito, existia uma passagem coberta que levava diretamente ao Palácio. Alguns pontos marcantes dessa visita eram:
– Chancelaria da Boêmia - Antigo Gabinete Real;
– Escadaria dos Cavaleiros - por onde os homens entravam no salão, montados em seus
cavalos;
– Salão da Dieta - Aposento do Trono Real;
– Salão Vladislau - Onde ocorriam torneios, festas e banquetes. Até hoje era usado em cerimônias especiais e era aqui que acontecia a eleição do Presidente da República Tcheca;
Basílica de St. George - Com sua fachada em vermelho-terra, guardava os restos mortais da Santa Ludmilla. Não se engane por sua aparência relativamente simples, pois o interior era um verdadeiro tesouro. Observe no alto da escadaria a placa em alto relevo que representava São Jorge, matando o dragão;
Rua do Ouro – Era uma rua repleta de casas coloridas e uma das partes mais visitadas do Castelo. Aqui moravam os trabalhadores do local, entre eles um grande número de ourives, o que dera origem ao nome. Não se assuste com o tamanho das casas e das portas, pois antigamente as pessoas eram bem mais baixas do que hoje. Muitas das casas foram transformadas em lojas e outras foram mantidas como nos tempos antigos.
Torre Daliborka - Ficava no final da Rua de Ouro, era uma parte remanescente das antigas fortificações do Castelo. No passado abrigava uma prisão no subsolo e hoje reunia uma bela exposição de armaduras e armas medievais.
Torre de Pólvora - Já fora usada como torre de defesa, laboratório, oficina e finalmente como depósito de pólvora, quando ocorrera uma explosão que dera origem ao nome. Em seu interior havia um pequeno Museu militar.
Palácio Rosenberg - Abrigara uma instituição de caridade e depois o gabinete do Ministério do Interior. Hoje existia uma exposição que falava sobre as instituições que passaram por ali.
Rio Vltava - Em sua margem esquerda tinha o Castelo, na margem direita o bairro da Cidade Velha, e entre eles, estava a Ponte de Carlos. Se poderia descer até o rio, dar um passeio de bicicleta pela movimentada orla e parar num dos Cafés. Nas margens do Rio Vltava poderia alimentar os cisnes ou navegar a bordo de um dos vapores, e apreciar as casas e palácios que existiam nos dois lados do rio.
10 Museus estranhos
Praga devia ser a única cidade no mundo que tinha uma coleção de estranhos museus. Imagine o que devia ser por dentro!
Museu da KGB - Era mais um museu sobre a URSS e as suas peculiaridades e atrocidades. Apesar de não ser um dos típicos museus do KGB, como o de Vilnius, por exemplo, era uma boa escolha para os amantes da história militar. Tinha peças interessantes, como a máscara funerária de Lenin, a arma utilizada no assassinato de Trotsky, o rádio do escritório de Lavrentiy Beria e equipamento dos laboratórios do KGB. Ao dono parecia que lhe faltava alguns parafusos, por sua extremada defesa do antigo regime comunista e de suas consequências. Era defensor a 100% da União Soviética. Havia indicações de que era um museu engana turista.
Museu das Máquinas Sexuais - Era o mais conhecido pelos turistas, já que ficava muito próximo da praça principal e do Relógio. Corpetes para as mais ousadas, túnicas de manga comprida e com um único buraco para os pudicos, uma vitrina cheia de piercings genitais para quem quzesse tirar idéias, dezenas de máquinas sexuais antigas e vários instrumentos dignos das melhores experts do passado. Além de tudo isto, o que também chaavma a atenção era uma mini-sala de cinema, onde projetavam os primeiros filmes pornôs do mundo, dos anos 20.EraÉ um momento de pura e extravagante diversão. Ficava na Kožná, 1 - Horário: 10.00 às 23.00h - O ingresso era 250 CZK (10€). Menores de 18 anos não eram permitidos.
Museu das Miniaturas - Era um museu interessante e divertido, para ir com as crianças. As esculturas eram tão pequenas, que era preciso a ajuda de microscópios e lupas para se poder ver. Diziam as regras desta arte, que os micros miniaturistas quando começavam a sua carreira deviam fazer algumas das peças clássicas da micro miniatura: uma caravana de camelos dentro do buraco de uma agulha, uma inscrição num fio de cabelo, grão de arroz ou cabeça de alfinete e… o melhor de todos: uma pulga com sapatos! Ficava na Strahovské nádvorí, 11 - Horário: 9.00 às 17.00h - O ingresso era 100 CZK (5€).
Museu do Comunismo - O Karma fizera com que este museu tivesse uma localização perfeita, instalando-o numa antiga casa de um Nobre checo, em cima de um McDonald’s e ao lado de um Cassino. Tudo que os comunas nunca imaginariam que pudesse acontecer. O museu estava dividido em vários ambientes e cada um deles abordava com um tema. Narra os anos do regime comunista da atual República Tcheca, desde a implantação do modelo político em 1848 até sua queda em 1989, com a Revolução de Veludo.
Aberto em 2001 por um americano doutorado em política, o Museu contava com centenas de relíquias da era comunista na Checoslováquia, que o homem fora recolhendo e comprando em feiras, antiquários e de particulares. Uma estátua e vários bustos de Lenin, Marx e Stalin, dezenas de posters da típica propaganda comunista e uma réplica de uma sala de aulas, com estudante incluído! Tinha uma loja de souvenirs, com lembrancinhas para os que ainda eram saudosos do velho regime. Ao longo de seis seções (a origem, o sonho, a realidade, o pesadelo, os personagens históricos e a Revolução de Veludo, o Museu comentava sobre todos os aspectos do comunismo em Praga, desde a vida diária até a propaganda e a censura.
Museu dos Instrumentos de Torturas - Os humanos sempre foram ótimos em serem maus uns com os outros e aqui estava uma prova. Tinha mais de 100 objetos de tortura que foram utilizados durante séculos em toda a Europa, contra os atormentados, as bruxas, os rebeldes políticos ou religiosos, bodes expiatórios e toda e qualquer pessoa que as autoridades imaginassem indesejáveis. Cada instrumento estava acompanhado de uma pequena descrição sobre como eram utilizados e sobre a história do mesmo. Ficava na Celetná 12 - Horário: 10.00 às 20.00h - O ingresso era de 160 CZK (6€).
VIENA – Austria
O roteiro de visitas deveria começar por volta das 9 da manhã na Estação de Metrô Herrengasse. Dali, se poderia chegar em poucos minutos ao Palácio Hofburg, que fora a residência da família Habsburgo, durante mais de 600 anos. A visita ao Hofburg era uma forma de entrar na interessante história de Viena, de uma maneira lúdica. Durante o percurso, poderá ver o Museu Sisi, baseado na intensa vida da excepcional Imperatriz, além dos aposentos imperiais que compartilhara com o Imperador Francisco José.
Para ter um interessante desconto, recomendamos que compre a entrada combinada, que incluia a visita ao Palácio Schönbrunn. Ao sair do Hofburg, era a hora de visitar a Biblioteca Nacional, uma das bibliotecas históricas mais bonitas do mundo. Ao sair da Biblioteca, atravesse o parque Burggarten para chegar, através da Ringstrasse, à Ópera de Viena. Confira os horários das visitas no site oficial, já que costumavam ser apenas entre as 13:00 e as 15:00h.
Pegando os bondes 1 e 2, poderá percorrer a Ringstrasse, uma grande avenida circular onde estão os prédios mais importantes da cidade, como a Prefeitura, a Bolsa, o Parlamento, o Burgtheater, a Igreja Votiva ou a Universidade. Depois de ver tantos prédios imponentes, chegava o momento de se deleitar com uma arquitetura muito especial, quase de conto de fadas. Eram dois prédios residenciais chamados Hundertwasserhaus, prédio de cores originais e formas fantasiosas. Para terminar o dia de um modo relaxado, se fizer bom tempo não havia nada melhor que curtir o Wiener Riesenrad - Inaugurada em 3 de julho de 1897, era a Roda-Gigante mais antiga do mundo ainda em funcionamento. Localizada no Parque de Diversões Prätter, que possuia também vários outras atrações. No parque havia vários lugares para jantar.
O Bairro dos Museus, era um dos dez maiores espaços culturais do mundo. Situado onde acabava o centro antigo, onde antigamente ficavam os estábulos imperiais, tinha uma área de 60.000 m2, reunindo instalações com os mais diversos gêneros artísticos, restaurantes, Cafés e lojas em prédios que misturavam a arquitetura barroca e moderna. Depois de uma visita ao Schiele, siga até o Café Leopold (aberto das 10.00 às 14.00h, e às terças, das 16.00 às 2.00h). No Café-restaurante Halle(aberto das 10.00 às 2.00h), o visitante poderia ver a decoração de dois designers vienenses Eichinger e Knechtl. O local Il Museo (aberto das 10.00 à 01.00h) dava às boas-vindas aos visitantes do Museu de Arte Moderna (MUMOK).
A Catedral dedicada a Santo Estevão ( Stephandom ) era considerada o coração de Viena, situada na junção das principais ruas da cidade onde estavam os melhores Cafés, restaurantes e lojas. Sua torre com 137 metros de altura era o ponto mais alto de Viena e seu telhado, formado por 250 módulos vitrificados, chamava a atenção por sua beleza. Em seu interior podia ser vista uma valiosa coleção de esculturas artísticas. Aproveite e visite à Cripta, no subsolo, onde um conjunto de labirintos onde estãavamos restos mortais de membros da Dinastia Habsburg e uma impressionante montanha de ossos de vítimas da peste negra, que assolara a cidade. Depois, caminhe em direção ao Rio Danúbio para visitar o Museu da Catedral, a charmosa Laterngasse e a Academia de Ciências.
Não deixe de visitar a Escola de Equitação, fundada em 1572, onde os Habsburg criaram a Spanische Reitschule, que se tornara padrão mundial para o adestramento de cavalos, onde eram realizadas apresentações diárias que exigiam a compra antecipada de ingressos. Depois siga até a Mariahilfe Strasse – principal rua de comércio – que reunia as principais lojas de departamentos. Se estiver em horário de almoço, localize o Rosenbernger, restaurante situado na Meydergasse, 2, que oferece excelente serviço de buffet com o melhor da culinária local. Em frente está o mais novo Shopping de Viena, na esquina da Ring com a Kartner Strasse.
O point mais importante do centro era a Rua Graben, onde estavam elegantes bares, Cafés e restaurantes, com suas mesinhas de calçadas e as principais lojas da cidade. Percorra também a Kärntner e Kolmarkt, para conhecer melhor as atrações da área. Não deixe de experimentar o famoso Café Vienense, uma das tradições locais, e deliciar-se com a variedade de doces que tornaram os confeiteiros de Viena famosos. A capital austríaca não fora a primeira cidade européia a ter um Café, mas a cultura dos cafés encontrara aqui uma manifestação diferente das demais cidades ou capitais européias.
No centro de Viena existiam passeios de charretes e o roteiro básico percorria pontos tradicionais e históricos da cidade. Se preferir caminhar, passe no Museu de Bonecas e Brinquedos (rua Schulhof 2), com brinquedos de diversos países, alguns com 200 anos. E não deixe de comparecer ao Largo Hoher Markt, ao meio dia para ver o Anker, mais famoso Relógio de Viena. Está situado numa passarela que liga dois prédios do Largo, e às 12 horas exibe um desfile de 12 grandes figuras em madeira que representam nobres e religiosos da história do país.
Onde comer
Os apreciadores da boa mesa iriam se surpreender com a gastronomia austríaca, bastante influenciada pelos países vizinhos e cheia de pratos deliciosos. Algumas iguarias locais faziam sucesso no mundo todo, a exemplo do wienerschitzel, uma generosa porção de carne de vitela empanada, frita e servida acompanhada de uma apetitosa salada de batatas. Depois de passear pelo palácio e seus belos jardins, pegue o Metrô até a Estação Kettenbrückengasse, onde estava o conhecido Mercado Naschmarkt, onde entre frutas e verduras, com certeza encontrará algum restaurante para fazer uma pausa.
O schnitzel poderia ser encontrado em vários bistrôs-pubs ( os Beisln ). Não só de schnitzel vivia a gastronomia austríaca, mas também de outros pratos, como o goulash, um substancioso ensopado de carne, em geral servido com bolinhos de pão. O tafelspitz também merecia destaque e pode ser visto como uma "comida reconfortante e indicada para os dias frios". A iguaria nada mais era do que uma espécie de cozido, preparado com as partes traseiras do boi, servido com acompanhamentos (vegetais, molhos etc). Imperdíveis eram as salsichas ( wursts ) vendidas em barracas, espalhadas em vários pontos do centro da cidade. Eram salsichas de vários tipos, entre elas a Kasekrainer, recheada com queijo, acompanhada por um pãozinho e molhos como mostarda e ketchup. Tudo muito parecido com o que vimos aqui no Brasil, mas a qualidade era incomparável.
Amerlingbeisl – Stiftgasse, 8 - Localizado bem de frente ao Tian, esse Café/restaurante ficava num charmoso pátio de um casarão histórico. O ambiente era muito gostoso, tanto para um café como para almoçar num clima bem descontraído.
Café Demel - Kohlmarkt, 14 - Depois de visitar o Palácio e se estiver na hora do almoço, saia pela portão principal e vá até a rua Kohlmarkt onde encontrará o Café Demel, fundado em 1786 era um das casas mais tradicionais da cidade. Para abrir os trabalhos peça um Wiener Schnitzel. Para acompanhamento, uma taça de Wiener Wein.
Café Mozart – Albertinaplatz, 2 - O Mozart era mais um dos que figuravam na lista dos Cafés tradicionais de Viena. Aberto em 1794, exatamente três anos após a morte do famoso compositor, o local ficara conhecido como Café Katzmayr e funcionara com esse nome até ser demolido, em 1882. Em 1929, fora reinaugurado homenageando o gênio da música. No Café, elegantemente decorado, havia um cardápio cheio de delícias, com várias opções de café da manhã. Além disso, no Mozart também encontrará opções de pratos da culinária local e uma fantástica seleção de cafés, chás e sobremesas, como o delicioso strudel de maçã. Também funcionava das 8.00 até as 24 horas.
Café Sacher Hotel - Philharmoniker Strasse, 4 - Fazia parte da lista de pontos turísticos da cidade. O que levava turistas ao Sacher Hotel era sua Sachertortte, criada em 1832 e servida desde 1876. Era uma torta/bolo coberta de chocolate puro e recheada, em camadas, com geléia de damasco. A fama tinha preço e a generosa fatia custava € 7,00 e vinha até com o carimbo do hotel, em alto relevo. O elegante Café Sacher, decorado com tapetes e lustres muito bonitos, ficava situado dentro do hotel de mesmo nome, um estabelecimento de luxo e muita tradição na cidade. No cardápio do Café havia uma série de outras tentações doces, vários pratos salgados, além de cafés e chás e sucos. Em geral, o local costumava ficar cheio, portanto, vá preparado para esperar um pouco por uma mesa. Reserve 1 Euro para o depósito de casacos (caso esteja vestindo algum). Funcionava de Segunda a Domingo das 8.00 até as 24 horas.
Cantinetta Am Ring – Universitätsring, 8 - Não deixe de conhecer o Cantinetta Am Ring, especializado na culinária italiana. Era um restaurante pequeno e super aconchegante, com um menu recheado de pratos incríveis: massas, risotos, carnes, como o steak de filé, acompanhado de um risoto trufado, e deliciosas sobremesas, como o tiramissú com queijo mascarpone, e uma bela carta de vinhos. Funcionava das 12.00 às 23.00h.
Gastwirtschaft Steman - Otto-Bauer-Gasse, 7 - No cardápio deste tradicional restaurante de Viena e muito popular entre os habitantes locais, encontraremos uma série de delícias da culinária austríaca. Eram pratos à la carte e menus fechados que, além de gostosos e bem servidos, são super em conta. O carro-chefe do local era o delicioso e crocante schnitzel, a famosa carne de vitela empanada, frita e servida com limão e uma saladinha de batatas. Funcionava de Segunda a Sextas das 11.00 até as 24.00hs.
Mayer am Pfarrplatz - Pfarrplatz, 2 - Se tinha um lugar onde comer em Viena, que parecia ter saído de um filme era este, que ficava fora do centro turístico, nos arredores da cidade. Era mais procurado pelos moradores, mas era uma incrível opção para mergulhar na gastronomia austríaca. Eram dois pátios com mesas sob parreirais e música ao vivo. Se estiver a dois, marque um jantar para torná-lo inesquecível.
Salonplafond Restaurant – Stubenring, 5 - Estava localizado num anexo do museu MAK, o restaurante servia uma releitura dos pratos clássicos austríacos. O ambiente tinha decoração de muito bom gosto, mas era o pátio que chamava a atenção. Nos dias mais quentes, era perfeito para um almoço ou jantar descontraído.
Tian Bistro am Spittelberg - Schrankgasse, 4 - Eram duas unidades na cidade e este ficava perto do MuseumsQuartier. Era um restaurante vegetariano diferente, onde dois pratos se destacavam: um tartare de cogumelos e o goulash.
BUDAPESTE - Hungria
Pelo lado direito do Rio Danúbio via-se Peste. No lado esquerdo estava Buda. Oficialmente unidas desde 1873, as duas formam a cidade que ficara conhecida como Rainha do Danúbio. Com uma história conturbada, de invasões e lutas, agora estava mais bela do que nunca. Arte, cultura, arquitetura, culinária e ricas tradições faziam da capital da Hungria um convite para visitá-la e encantar-se com sua história, seu povo e a gastronomia.
Budapeste era muito bem servida de transportes públicos, e mesmo sem entender a língua não era difícil se orientar. Comece os passeios pelo prédio mais representativo da cidade, o Parlamento Húngaro, construído em estilo gótico, com diversas torres e com vários salões, ornados com estátuas de húngaros que marcaram época na história do país. Era o maior prédio da Hungria, com 18 mil m2, cerca de 700 salas e gabinetes e 27 pontos de acesso. Era onde funcionava a Assembléia Nacional, com seus 386 deputados. Tinha uma sala central com cúpula, onde guardavam a Coroa do primeiro Rei húngaro, Santo Estevão. Nos alicerces estimava-se o uso de 40 milhões de tijolos, meio milhão de pedras preciosas e 40 kg de ouro.
Existiam visitas guiadas ao interior do prédio, e mesmo com filas longas a espera valeria. Quando a Hungria fizera parte do bloco comunista europeu, suas avenidas e parques a eram decoradas com inúmeras estátuas e monumentos totalitários, onde o conceito estado grande e pessoa pequena estava implícitos em cada obra. Após a queda do comunismo a cidade decidira remover estes resquícios de ditadura, mas ao invés de simplesmente destruí-los, como fora feito em outros países, resolveram reuni-los num mesmo local, formando o que poderia ser considerado hoje, uma contra propaganda ao regime comunista.
A região próxima ao Palácio, ao longo da Rua Fortuna Utca, proporcionava um dos melhores roteiros de passeios por Buda, com prédios históricos, ruelas, casas antigas e museus, além de restaurantes e lojas de artigos típicos e souvenir, dos quais as Matryoshkas eram as que mais impressionavam os turistas, formado por um conjunto de bonecas iguais, mas de vários tamanhos, uma dentro da outra, representando a fertilidade. Eram tradicionalmente pintadas com roupas de camponesas, ou de personalidades atuais, podendo ser encontradas por toda a cidade. Visite também o Magyar Allami Operahaz, o belíssimo prédio da Ópera Húngara, cuja construção fora concluída em 1884, e depois visite a Nagy Zsinagoga, a grande Sinagoga de Budapeste, considerada a segunda maior do mundo.
Dominando a margem oposta do Danúbio, era quase impossível não reparar num grande prédio situado sobre uma colina, com a cúpula esverdeada. O Castelo de Buda sobressaia na margem oeste do Danúbio e abrigava a Galeria Nacional Magyar Nemzeti, onde estavam obras de diversos artistas húngaros, além de relíquias, moedas, e diversos objetos relacionados à história do país. O Memento Park, que estava situado num subúrbio ao sul de Buda, era uma das visitas mais interessantes. Aos olhos de quem não vivera a saga de democracia que varrera a Europa oriental, no início dos anos 90, este conjunto de obras tinha até mesmo um sabor surrealista, e hoje parecia deslocado no espaço e tempo. Saindo do centro (praça Ferencike Tér), use o ônibus vermelho (linha 7) até o ponto final na Praça Etele Tér. Depois, siga pelo ônibus amarelo na direção de Érd-Diósd.
Na margem Este do Danúbio, situava-se outro prédio importante que também deveria ser visitado, a Szent István Basilica (Basílica de São Estevão), maior igreja da cidade, construída em 1851. Seu belíssimo interior, ornado com pinturas, esculturas e afrescos de artistas húngaros era um dos mais belos conjuntos de obra de arte da cidade. Outro passeio bastante procurado pelos turistas era percorrer as águas do Danúbio, a bordo das embarcações que partiam do Cais junto à Ponte Lánchid. O programa durava uma hora. Depois, aproveite para uma caminhada pela Avenida Andrassy, uma das mais bonitas da cidade, chamada de Champs Élysées de Budapeste e também pela Váci Utca, rua exclusiva para uso de pedestres, repleta de lojinhas de artesanatos, shopping, bares e restaurantes. Aqui todo dia era dia de Goulash. Aproveite experimentá-la, indo ao restaurante Duo Magyaros Étteren, que ficava no subsolo da Rua Vaci Utca, 15. Era um ambiente agradável, decorado com bom gosto, atendido por garçons atenciosos.
Uma visita que devia ser feita por quem apreciasse produtos típicos e gostasse de incluir em seus roteiros não somente atrações turísticas, mas também conhecer lugares relacionados ao dia a dia das cidades, era o Mercado Central, ou Nagy Vasarcsarnok. Com imensa estrutura metálica de 150 metros de extensão e dezenas de bancas, oferecia frutas, legumes, carnes, queijos, embutidos, doces, produtos artesanais e outras curiosidades. Ficava na Rua Vamhaz Korut, margem leste do Danúbio.
O Halászbástya, que ficava em Buda, construído no final do século XIX, era um conjunto de sete torres em estilo gótico, que eram um dos pontos preferidos dos turistas para fotografias, e proporcionava uma das melhores vistas da cidade. O Castelo de Buda era, sem dúvida, uma das imagens mais conhecidas de Budapeste, junto com a Ponte das Correntes. Também recebera o nome de Palácio Real, já que antigamente fora a residência dos reis da Hungria. Ao lado estava uma jóia arquitetônica de Buda, a Mátyás-Templon (igreja de São Mateus), onde o mais famoso Rei húngaro realizara seu casamento, no século XV. Seu interior, repleto de referências medievais, era um daqueles locais que deviam obrigatoriamente ser visitados.
Idioma
Por favor – Prosím
Bom dia – Dobrý den (Muito usado em todos os estabelecimentos comerciais desde caixas de supermercado a porteiros em prédios). E não mudava ao longo do dia, quando ainda tinha luz, se usa o “dobrý den”).
Desculpe – promiňte ou pardon, do francês, também era usado.
Banheiro – Toaleta / Homem – muž / Mulher – žena
Dias da semana – Segunda-feira –pondělí / Terça-feira – úterý / Quarta-feira – středa / Quinta-feira – Čtvrtek /Sexta-feira – pátek / Sábado – sobota / Domingo – Neděle.
Obrigado – Děkuji ou děkuju (A primeira forma era mais informal e a segunda mais formal. O acento muito característico da língua, nesse caso, significava que devia pronunciar “ie” em vez de somente “e”. E a letra “j” por aqui tinha som de “i”).