ROMA - Basílicas, Igrejas e Capelas - parte 5/5
Basílica de Santa Cecilia –
Constava que teria sido criada onde vivera a Santa. O local contava com uma cripta que podia ser visitada, além de belos mosaicos.
Basílica de Santa Maria em Trastevere –
Acreditava-se ter sido o primeiro local de culto cristão em Roma e que teria sido finalizada em 340 d.C por San Júlio I e que suas 22 colunas de granito fossem originárias das Termas de Caracalla. Na abside se poderia admirar o precioso mosaico representando a Virgem e Cristo, sentados no mesmo trono, obra do século XII, decorado na parte inferior, com histórias da Virgem, também em mosaico, de Pietro Cavallini. Estes últimos representavam o momento de abandono dos personagens bizantinos na arte do mosaico romano, em favor de modelos completamente novos que viam Giotto e Cavallini entre os grandes protagonistas da época.
Basílica de Santa Maria sobre Minerva - Piazza da Minerva, 42 –
Era a única igreja romana criada seguindo as características do estilo gótico, era uma Basílica menor e reconhecida e honrada por realizar atividades que beneficiavam a comunidade. Antigamente existiam três templos onde atualmente encontramos a igreja. Os templos eram dedicados a Minerva, Isis e Serapis. Ao passar dos anos, ao lado desses três templos começara a ser construída uma pequena igreja que o Papa Zacarias havia concedido para Freiras Basilianas -( discípulas de São Basílio ) que chegaram até Roma fugindo do Oriente. No ano de 1255 Alexandre IV fizera com que o lugar se tornasse uma comunidade de convertidos.
Posteriormente, cerca um ano depois os Pregadores do Evangelho se estabeleceram no local. Por aproximadamente 10 anos, o Convento estivera sob o domínio do primeiro Convento Dominicano da cidade de Roma, o de Santa Sabina. O primeiro Cardeal titular da igreja fora Michele Ghislieri, que posteriormente se tornara o Papa Pio V, no ano de 1566. O Convento também servira como Quartel de Infantaria durante a ocupação da França em Roma. Na nave direita estava o lugar onde Galileu Galilei fora obrigado a retratar-se, negando as suas próprias descobertas científicas que mostravam que o Sol estava no centro do Universo e não a Terra. Observe o Obelisco do Elefante, de Bernini, instalado na frente da Basílica e em seu interior confira estas referências:
– Anunciação, de Antoniazzo Romano;
- Capela Carafa ( São Tomás de Aquino );
– Capela de Antoniazzo Romano;
– Estátua do Cristo Redentor, de Michelangelo;
– Capela de Santo Domingo;
– Capela Penafort;
– Monumento funerário de María Raggi, por Gian Lorenzo Bernini;
– Teto e sub arco com afrescos;
– Túmulo de Santa Catarina de Siena.
Basílica de São Bartolomeu – Ilha Tiberina -
A cidade abrigava vários tesouros arquitetônicos que contavam a história milenar da civilização ocidental. Entre esses monumentos estava esta Basílica, situada na icônica Ilha Tiberina, um lugar repleto de significado espiritual e cultural. Fora erguida sobre os restos de um antigo templo dedicado ao deus grego Esculápio, o deus da medicina e da cura. No século X, durante o reinado de São Leão IV, a igreja fora dedicada ao apóstolo Bartolomeu, que era venerado como um dos doze apóstolos de Jesus Cristo. Desde então, tornara-se um local de peregrinação e devoção para os cristãos de todo o mundo.
A arquitetura era uma mescla de diferentes estilos ao longo dos séculos. A fachada principal, ornamentada com detalhes em mármore e esculturas sacras, refletia a influência da arquitetura renascentista italiana. Seu interior apresentava características tanto do período medieval quanto do barroco, com afrescos e altares ricamente decorados. Um dos elementos mais impressionantes era seu altar-mor, esculpido em mármore branco e decorado com detalhes dourados. Atrás do altar, encontrava-se uma majestosa imagem de São Bartolomeu, cercada por anjos e santos, criando uma atmosfera de reverência e adoração.
Basilica de São Lourenço – Piazzale de Verão, 3 –
A Basílica Papal de São Lourenço Extramuros, era uma Basílica menor e uma igreja paroquial católica, localizada no Quartiere Tiburtino.
Basílica dos Santos João e Paulo – Piazza de São Giovani e Paulo -
Era chamada de Igreja dos lampadários. Era uma das mais belas Basílicas de Roma e situava-se a poucos passos do Coliseu. Sua beleza deslumbrante era acentuada pelos seus lampadários de cristal que proporcionavam não apenas uma iluminação radiante, mas também conferiam um toque maravilhoso ao ambiente. Este esplendor levara muitos casais a escolherem a Basílica, como o local perfeito para celebrar o casamento. Em seus alicerces, no final do século XIX, foram encontrados vestígios que remontavam à época dos antigos romanos. Esses ambientes, compreendendo cinco prédios bem preservados, revelavam afrescos que resistiram ao teste do tempo e às diversas transformações que a Basílica experimentara ao longo dos anos.
Igreja de Jesus – Piazza de Jesus -
Era a igreja mãe da Companhia de Jesus, uma Ordem religiosa católica cujos membros eram chamados de Jesuítas. Geralmente chamada apenas de Gesù, seu nome completo era uma referência ao Santíssimo Nome de Jesus e à Torre Argentina, o nome da região de Roma onde estava a igreja e que sobrevivera também no Largo di Torre Argentina e no Teatro Argentina, no Rio Pigna. A igreja servira de modelo para inúmeras igrejas jesuítas no mundo inteiro, especialmente nas Américas. Era uma das igrejas regionais do Lácio em Roma. Concebida inicialmente em 1551 por Santo Inácio de Loyola, fundador da Ordem, ativo durante a Reforma Protestante e na subsequente Contra reforma, Gesù fora também a sede do Superior Geral da Companhia de Jesus até a supressão da Ordem em 1773.
Igreja de Santa Maria da Paz – Arco da Paz, 5 -
Encomendada pelo Papa Sisto IV, a construção fora feita durante o século XV. Embora a igreja tenha sido reformada em várias ocasiões, ainda hoje mantinha sua arquitetura medieval e imponência. A igreja, na realidade, passara a chamar-se Santa Maria della Pace, certamente para comemorar a Paz de Bagnolo, em 1484. Mas antes ainda tivera outro nome: Santa Maria da Virtude. O Papa Sisto IV o escolhera em homenagem a uma imagem da Virgem que fora atingida por uma pedra. Provavelmente pedra fora lançada por um soldado bêbado, e começara a sangrar.
Igreja de Santo André do Quirinal - Via do Quirinal, 30 -
Era um tesouro histórico e religioso que atraia visitantes de todo o mundo. Sua história rica, arquitetura impressionante e importância religiosa faziam dela um marco significativo na cidade eterna. Fora construída no século XVII, entre os anos de 1658 e 1670. Seu projeto arquitetônico fora encomendado pelo Papa Alexandre VII ao arquiteto Gian Lorenzo Bernini. A igreja era dedicada a Santo André, o apóstolo, e fora erguida no topo do Monte Quirinal, oferecendo uma vista deslumbrante da cidade. A arquitetura era uma obra-prima do barroco italiano. Bernini projetara a igreja com uma fachada impressionante e uma cúpula majestosa. Seu interior era decorado com belos afrescos e esculturas elaboradas, criando uma atmosfera de beleza e reverência
Igreja de Santo Inácio de Loyola - Piazza de São Inácio -
Em 1626, o Cardeal Ludovisi mandara construir uma igreja em honra a Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus. A Igreja fora edificada ao lado do Palácio do Colégio Romano, possuindo uma planta em forma de cruz latina, com uma abside e muitas capelas laterais. Tinha uma tela com 13 metros de diâmetros que imitava uma cúpula sustentada por colunas. Para admirar essa perfeição, era necessário colocar-se em um ponto indicado no chão, por um disco de mármore. O interior da igreja era caracterizado por pedras preciosas, mármores, estuques e dourado, que criavam uma atmosfera teatral.
O Colégio Romano tivera várias sedes provisórias até 1560, quando a Marquesa de la Tolfa doara alguns prédios na área onde se encontrava hoje a igreja de Santo Inácio de Loyola. O Papa Gregorio XV, que fora aluno do Colégio e quem canonizara Santo Inácio, em 1622, sugerira que fosse construída uma igreja em sua homenagem bem ali onde se encontrava o Colégio. A igreja começara a ser construída em 1626, aberta ao público em 1650, o ano do jubileu e fora concluída somente em 1722.
Igreja de San Marcello no Corso – Piazza de São Marcelo, 5 -
Destacava-se não apenas por sua beleza arquitetônica, mas também por sua rica história e significado espiritual. Localizada na Via do Corso, proporcionava uma experiência única para os visitantes que desejassem explorar o coração da espiritualidade católica em Roma. Tinha suas origens no século IV, quando fora construída sobre o local onde, segundo a tradição, São Marcelo, o Papa, sofrera martírio. A igreja original fora devastada por um incêndio, em 1519, mas a imagem milagrosa do Crucifixo de San Marcello sobrevivera intacta, o que fora interpretado como um sinal de sua santidade. A igreja atual fora reconstruída no século XVI, com contribuições de vários Papas e arquitetos renomados. A fachada projetada por Carlo Fontana no final do século XVII, era um exemplo clássico do estilo barroco romano. A estrutura impressionava com suas colunas imponentes, nichos com estátuas de santos e um grande frontão triangular que dominava a entrada principal.
Seu interior era igualmente deslumbrante. Ao entrar, os visitantes eram recebidos por um espaço sagrado, decorado com afrescos magníficos, altares ricamente ornamentados e esculturas detalhadas. O teto da nave principal era adornado com um esplêndido afresco de Giovan Battista Ricci, que retratava a Glorificação de São Marcelo. A tradição contava que, durante a peste que assolara Roma em 1522, o crucifixo de São Marcelo fora levado em procissão pelas ruas da cidade, e a praga cessara milagrosamente. Desde então, a procissão do Crucifixo de San Marcello tornara-se uma tradição anual.
Igreja do Sagrado Coração em Sufrágio – Lungotevere Pratti -
O Pequeno Duomo, como era conhecido devido à sua semelhança com o Duomo de Milão, era surpreendente. A pequena igrejinha do estilo neogótico começara a sua história 1894, quando o padre Victor Jouet a inaugurara. Em 1897, um misterioso incêndio queimara a capela. Logo após o cessar das chamas o padre Jouet tivera uma visão, quando vira um vulto sofrendo que se queimava no incêndio. Esse vulto, para o padre, significava uma alma presa no purgatório tentando se comunicar. Após, o padre Jouet se dedicara a construir um museu para coletar os relatos e experiências dessas almas. O Papa Pio X autorizara a construção desse museu das almas, sendo que os relatos deveriam ficar expostos ao público. De fato, seria uma prova de que a Igreja reconhecia o poder de comunicação das almas dos mortos.
La Canônica - Vicolo del Piede, 13-A -
Começara em 1675, quando o Oratório fora concedido à Arqui Confraria do Santíssimo Sacramento de Santa Maria em Trastevere sob o nome de Santa Maria da Clemência, por causa de uma cópia do ícone Bizantino ( chamado de Nossa Senhora da Clemência) localizado na Capela Altemps. Em 1705, o Papa Clemente XI mandara reformar a igreja, conforme relatado em uma epígrafe colocada pelos irmãos dentro da igreja. Depois de um período de fechamento forçado, após 1870, as instalações foram restauradas e ampliadas e novamente reabertas para culto em 1888. No entanto, após a Primeira Guerra Mundial, quando a Arquiconfraria do Santíssimo Sacramento fora extinta, o Oratório caíra em desuso e desconsagrado, mas continuava a cozinhar não apenas para os Irmãos, mas para deliciar os paladares dos romanos e turistas. A Reitoria fora uma das primeiras Tavernas em Trastevere.
Igreja de San Giovanni Calibita –
Abrigava a imagem de Madonna da Lâmpada, datada do século XIII. A igreja ficava próxima de uma lamparina, instalada às margens do Rio Tibre. Em 1557 houve uma enchente, mas a luz da lamparina não se apagara mesmo estando sob a água.
Igreja de Santa Maria do Povo – Piazza del Popolo –
Era um pequeno templo que se destacava por sua grande riqueza artística da época do Renascimento, que tivera sua origem bastante incomum: constava que o fantasma de Nero permanecera durante muito tempo na mente dos cidadãos romanos, que pensavam que no lugar onde ele havia sido enterrado crescera uma nogueira enfeitiçada e sempre cheia de corvos. Para pôr um fim à lenda, em 1099 o Papa Pascoal II ordenara cortar a árvore e colocar em seu lugar uma capela românica. A capela fora ampliada em 1227 e posteriormente reformada entre os anos 1472 e 1477. No ano 1513, alguns dos principais artistas da época, como Pinturicchio, Rafael, Caravaggio e Bernini receberam a encomenda de decorar as paredes e tetos do templo.
Seu interior era diferente da maioria das igrejas de Roma. Os tetos, dotados de menor altura que o habitual, estavam praticamente nus, enquanto a decoração de cada uma das pequenas capelas ganhava importância. Entre as maravilhosas obras artísticas da igreja se destacava a Capela Cerasi, na qual havia duas telas feitas por Caravaggio, no ano 1600, e também a chamativa Capela Chigi, construída e decorada por Rafael. Como curiosidade, nas inscrições dos bancos de madeira é possível ver os nomes das pessoas a quem cada um deles é dedicado. Abria de segunda a sexta, das 7.00 às 12.30 e das 16.00 às 19.00 horas. Sábados, das 7.30 às 21.00 horas. Aos domingos, das 7.30 às 13.30 e das 16.30 às 19.00 horas.
Igreja de São Inácio de Loiola - Via del Caravita, 8ª -
Ficava a apenas 3 quadras do Monumento a Vittorio Emanuele II. Com seu estilo barroco, não surpreendia somente pela fachada, mas também por ser uma das igrejas mais visitadas de Roma. Fora construída segundo os projetos do matemático jesuíta Orazio Grassi, com base nos projetos de Carlo Maderno e outros, e às custas do Cardeal Ludovico Ludovisi, sobrinho de Gregório XV, como lembrava a inscrição na fachada; esta última fora inspirada na igreja vizinha de Gesù, com duas ordens de pilastras e colunas coríntias, enriquecidas por grandes janelas, nichos de tímpano e painéis. O interior, em forma de cruz latina, tinha três capelas de cada lado, que se comunicavam entre si. As decorações no teto da enorme abóbada da nave eram de Andrea Pozzo, um Irmão da Ordem dos Jesuítas, e representavam a Ascensão de Santo Inácio ao Céu.
A falsa cúpula localizada na intersecção do transepto também era de Andrea Pozzo. Era uma tela de 13 metros de diâmetro, na qual Pozzo criara o efeito de perspectiva de uma arquitetura falsa. A pintura original, concluída em 1685, fora destruída por um incêndio; em 1823, fora fielmente reproduzida por Francesco Manno , com base nos desenhos e estudos deixados por Pozzo. Aproveite para admirar o Monumento ao Papa Gregório XV , obra do final do século XVII, localizada no espaço à direita da abside, e a gigantesca Estátua de Santo Inácio , obra de Camillo Rusconi, de 1728, localizada no espaço à esquerda da abside. Também era recomendada a praça com vista para a igreja, construída em estilo rococó por Filippo Raguzzini.
Santuario da Escada Santa – Praça São Paulo –
Era uma das mais importantes construções da igreja católica em Roma. Conhecida como Escada Santa, era uma tradição da igreja católica, pois fora a escada que Jesus subira para seu interrogatório com Poncio Pilatos, antes de ser crucificado. Era muito procurado por católicos que queriam pagar promessas e homenagear Jesus, sendo que esta escada só poderia ser subida de joelhos. Era um dos lugares mais importantes para a igreja católica em Roma, junto com a Basílica de São Paulo Extramuros, que era outro marco religioso da cidade. Abria para visitas das 7.00 às 12.00 e das 15.00 às 17.00h. Para visitar use o Metrô até a Estação San Giovani.


