ROMA e seus museus - parte 4/4
Altar da Pátria
Os museus também eram as grandes atrações para quem visitava Roma. Conheça os museus Capitolinos, que eram divididos entre 6 espaços: Palácio dos Conservadores, Palácio dos Senadores, Palácio Clementino-Caffarelli, Palácio Novo, Galeria Lapidaria e Central Montemartini. A coleção dos museus era majestosa, e abrigava obras de diversos períodos da história da arte. Os museus estavam na lista dos mais visitados da Europa. Outro que era um Complexo Museológico, era o Museu Nacional Romano, considerado um dos mais famosos museus da Itália.
Possuía um grande e magnífico acervo, constituído por coleções preservadas ao longo dos anos. A oferta de castelos, Galerias de arte e museus em Roma, não poderia ser pequena, até porque a cidade tinha um passado histórico fantástico e, portanto, o que não faltava era o que rememorar. Se Marselha, que ficava logo ali tinha mais de mais de 20 indicações, a capital romana não poderia ficar em desvantagem. Veja a seguir o que achamos mais importante e interessante para sua próxima visita à Cidade Eterna.
Explora – Museu das Crianças de Roma - Via Flaminia, 82 -
Era uma cidade em miniatura onde crianças de até 12 anos podiam brincar de gente grande. No primeiro andar, havia instalações permanentes como um Supermercado, uma banca de jornal e a área Pequenos Exploradores, e no segundo piso, havia um espaço dedicado a laboratórios criativos, científicos e construtivos.
Museu Bonaparte - Praça da Ponte Umberto, I -
Em 1927, o Conde Giuseppe Primoli, filho do Conde Pietro Primoli e da Princesa Carlotta Bonaparte, doara à cidade de Roma sua importante coleção de obras de arte, relíquias napoleônicas, memórias de família, que eram alojadas nas salas do térreo de seu palácio. A coleção, que em parte fundira com a de seu irmão Luigi, nascera não tanto do desejo de oferecer um testemunho do esplendor Imperial, mas do desejo de documentar as intensas relações que ligavam os Bonaparte a Roma. Essas ligações foram estabelecidas pela força das armas em 1808, após a ocupação francesa de Roma. A cidade tornara-se em 1811, cidade livre e imperial, destinada a ser governada pelo filho de Napoleão, a quem fora conferido, ainda antes de seu nascimento o título de Rei de Roma.
Mais tarde, após a queda do Império, quase todos os membros da família Bonaparte pediram asilo ao Papa Pio VII e se estabeleceram em Roma: a mãe Letizia Ramolino, no Palazzo Rinuccini, os irmãos Luigi e Girolamo respectivamente no Palazzo Mancini Salviati e Palazzo Nuñez e sua irmã Paolina em sua Villa, no Nomentana. O verdadeiro iniciador do ramo romano dos Bonapartes, do qual descendia o Conde Primoli, fora o irmão "rebelde" do Imperador Luciano, que em 1804, em franco desacordo com Napoleão, se mudara para Roma. A mãe do Conde Primoli, Carlotta Bonaparte, nascera do casamento de um dos filhos de Luciano, Carlo Luciano, com sua prima Zenaide, filha de Giuseppe Bonaparte. Carlotta casara-se com o Conde Pietro Prímoli, em 1848 e, imediatamente após a proclamação do Segundo Império, mudara-se com a família para a Corte de Napoleão III. Em Paris, portanto, ocorrera a formação do Conde Giuseppe Primoli que se completara, mesmo após a queda do Império, nos salões literários das tias Matilde Bonaparte e Giulia Bonaparte, Marquesa de Roccagiovine.
Museu Boncompagni Ludovisi - Via Boncompagni, 18 -
Era o Museu de Artes Decorativas, da Galeria Nacional de Arte Moderna e Contemporânea de Roma. Era dedicado principalmente à moda e às artes decorativas e sua evolução nos séculos XIX e XX. A casa, construída em 1901, fora residência do Príncipe Andrea Boncompagni e de sua esposa Blanceflor de Bild. Fora doado ao Estado italiano em 1972 e transformado em museu. O conteúdo do museu contava com o mobíliário, tapeçaria, vestidos e acessórios de moda da belle epoque, período até a Primeira Guerra Mundial. A art nouveau fazia com que os objetos comuns do cotidiano ganhassem um valor estético. O museu propunha destacar o valor histórico e estético de objetos do uso pessoal e cotidiano, onde se percebia também evolução da moda e do gosto ao se vestir das mulheres dessa época e dos anos posteriores. O museu tinha dois andares: o primeiro mais dedicado aos objetos pessoais da família Ludovisi e o segundo, voltado mais à moda, incluindo modelos de estilistas italianos da época.
Museu Casa Mario Praz - Via Giuseppe Zanardelli, 1 –
Localizada no Palazzo Primoli , fora inaugurada em junho de 1995, oferecendo 10 salas diferentes onde estavam expostas mais de 1.200 peças : pinturas , esculturas , mobiliário que compunham seu acervo. Essas obras entre o final do século XVII e a primeira metade do século XIX contribuíam para recriar uma casa cheia de charme e estilo que era típico do século XVIII. As peças foram adquiridas pelo colecionador no mercado de antiguidades europeu, ao longo de mais sessenta anos e cuidadosamente colocada nos prédios onde ele vivera em Roma, e no início no grande apartamento do Palazzo Ricci, na Via Giulia e depois em 1969 no Palazzo Primoli, onde permanecera até falecer.
As várias viagens lhe permitiram adquirir inúmeras peças, caracterizando o estilo europeu da Coleção, com os móveis ingleses, os bronzes franceses, as malaquitas russas, os cristais da Boêmia, as porcelanas alemãs, as paisagens de cidades italianas e européias, os retratos das famílias reinantes, desde os Bourbons até a família Bonaparte e também de muitas pessoas desconhecidas que viveram no século XIX. A Coleção adquirida pelo Governo Italiano de seus herdeiros, em 1986, fora instalada no mesmo local cedido pelo Colecionador nos prédios onde viveu seus últimos anos. Mario Praz fora um famoso anglicista, ensaísta e acadêmico. Abria de segunda a domingo das 9.00 às 19.00h menos nas terças-feiras.
Museus Capitolinos – Praça do Campidoglio, 1 -
Era um conjunto de palácios romanos, que abrigavam uma vasta e importantíssima coleção de obras de arte. Foram inaugurados em 1734, mas sua coleção já havia sido iniciada com o Papa Sisto IV, no século XV, que doara ao povo romano estátuas de bronze que foram achadas em Roma e levadas à Basílica de São João Latrão. A forma de acessar aos Museus Capitolinos, que ficavam em cima de Monte Capitolino, era subir uma Via em aclive, que era uma espécie de escadaria, projetada por Michelângelo. Chamada de Cordonata, tinha degraus muito sutis para que o local pudesse ser acessado não apenas por pessoas, mas também por cavalos. Era recomendado ir até o terraço, de onde se tinha uma bela vista panorâmica de Roma.
Museu Chiaramonti -
Fazia parte dos Museus do Vaticano e levava o nome do Papa Pio VII (também conhecido como Barnaba Chiaramonti), que o fundara, no início do século XIX. Fora criado e encomendado por Antonio Canova e era composto por três galerias: a Galeria Chiaramonti, onde estavam expostas inúmeras esculturas, sarcófagos e frisos; a nova ala, chamada Braccio Nuovo, construída por Raffaele Stern, que abrigava estátuas famosas; e a Galeria lapidar que abrigava mais de 3.000 peças, de inscrições, epígrafes e monumentos, que representavam a maior coleção deste tipo de artefatos do mundo. No entanto, estava aberto aos visitantes apenas mediante solicitação, geralmente para fins de estudo.
Museu da Civilização Romana - Praça Giovanni Agnelli, 10 -
Era dedicado aos aspectos da civilização da Roma Antiga, fora projetado pelos arquitetos Pietro Aschieri, D. Bernardini e Cesare Pascoletti. Era um museu educativo, de um tipo muito raro na Itália: na realidade, consistia em grande parte do material de uma exposição da década de 1930, sobre a civilização romana, portanto, da era fascista. O projeto era tendencioso: marcar a continuidade entre a Roma dos Césares e a do Duque. O prédio Eur que aparecia era incrível, especialmente quando se saia do Museu, as arcadas eram realmente perturbadoras, evocando os trágicos anos próximos à guerra, quase parecia ver Mussolini e Hitler, aparecendo honrados por um delírio louco.
Museu da Muralha Aureliana - Via di Porta San Sebastiano, 18 – Muralha Aureliana -
Englobava todas as Sete Colinas de Roma, o Campo de Marte e o Distrito do Trastevere. Eram 19 Km de extensão cercando uma área de 13,7 Km², e seus muros foram construídos de concreto com tijolo, com dimensões de 3,5 metros de espessura por 8 metros de altura. Somente durante o período de Honório, em 401 Dc., que a muralha e os portões receberam fortificações. As reformas incorporaram a Tumba de Adriano e dobraram a altura da muralha, sendo que a construção passou a contar com 383 torres, 7.020 almenaras, 18 portões principais, 5 poternas, 116 latrinas e 2.066 janelas externas.
Museu da República Romana e da Memória Garibaldina - Largo da Porta São Pancrazio –
Durante os dramáticos eventos da primavera e início do verão de 1849, quando as tropas francesas atacaram militarmente a República Romana, colocando a cidade sob cerco por um mês, a Porta San Pancrazio desempenhara um papel importante na desesperada defesa de Roma, liderada por Giuseppe Garibaldi. Em memória da resistência heróica, pela qual sacrificaram suas vidas, homens como Emilio Dandolo, Luciano Manara, Goffredo Mameli, em comemoração ao 150º aniversário da unificação italiana, a Porta San Pancrazio tornara-se sede de um museu dedicado à República Romana, em 1849, e à tradição de Garibaldi.
No lugar fortemente evocativo dos fatos, a porta era também um ponto privilegiado de leitura dos monumentos históricos do Janícolo, e da dura batalha para manter a memória monumental. O atual portão situado no alto do Janícolo, no perímetro das muralhas urbanas, fora construído em 1854-57, pelo arquiteto Virginio Vespignani, sobre as ruínas do portão construído por Marcantonio de Rossi em 1648, e parcialmente destruído durante os acontecimentos de guerra de 1849. O Museu fora aberto ao público em 1976, com duas seções: a primeira sobre o Risorgimento de Garibaldi da História e a segunda sobre a história do partidário da Divisão Italiana de Garibaldi.
Museu da Soah – ( Aniquilação ) – Via do Pórtico de Ottavia, 29 –
Ficava no bairro do Gheto, em Roma, um dos mais antigos da Europa. Era o lugar onde os judeus foram obrigados a viver isoladamente, de 1550 até 1870, ano da unificação da Itália e continuava sendo o coração da comunidade judaica na cidade. A Fundação Museu Shoah contribuíra para manter viva e presente na sociedade civil a memória da tragédia da Shoah. Para chegar desde a Stazione Termini, pegue o ônibus N ° 40, e desça na parada Argentina. A partir daqui pode pegar o linha 8 e descer na parada Arenula-Min. G. Justiça, bem na frente do Sinagoga, cuja entrada era na Lungotevere Cenci, em frente a Ilha Tiberina.
Museu de Ara Pacis - Lungotevere in Augusta -
Os registros afirmavam que o Senado romano, em XIII AC, decidira construir um altar em gratidão ao Imperador Augusto. O Ara Pacis Augustae ou o Altar da Paz de Augusto, fora aberto quatro anos depois, em 9 aC. Um monumento esplêndido dedicado à paz e à prosperidade que o Reino do Imperador Cesare Augusto trouxera para Roma. Este monumento feito de mármore celebrava a paz na área do Mediterrâneo, estabelecida pelo Imperador após suas campanhas vitoriosas em Hispania e Galia. Estava localizado no Campo Marzio, uma vasta área fora das muralhas da cidade, de onde se poderia entrar em Roma a partir do norte pela Via Flaminia, atualmente Via del Corso. Era o local onde legiões romanas praticavam os rituais de purificação quando voltaram de uma batalha. A partir do século II dC, este monumento fora esquecido.
Estava coberto pela lama que o Rio Tibre carregava à medida que crescia, e as transformações urbanas causavam sua perda definitiva. No século XX, este monumento histórico fora salvo das fundações de um prédio renascentista e transferido de Campo Marzio para as margens do Rio Tibre, situado em frente ao Mausoléu de Augusto, onde ainda hoje se encontrava.
Museu de Arte Contemporânea de Roma - Piazza Orazio Giustiniani, 4 -
Existiam dois espaços MACRO: o maior na Via Nizza, era a antiga Cervejaria Peroni, cercada por elegantes prédios de apartamentos do século XIX, restaurados pelo arquiteto francês Odile Decq. A coleção permanente se concentrava em arte moderna, incluindo escultura, fotografia e instalações de 1960 até os dias atuais. O estacionamento subterrâneo do museu guardava os restos de uma antiga casa romana, descoberta durante a reforma de uma Cervejaria. O segundo local, Macro Testaccio - também conhecido como Il Mattatoio - ficava em um Matadouro reformado, e era uma sala de exposições que abria apenas para eventos temporários. Este espaço era uma parada interessante, em qualquer passeio a pé pelo bairro Testaccio, antes um bairro da classe trabalhadora e agora um dos bairros mais modernos de Roma.
As obras de arte do MACRO e os dois prédios eram destaques dos tours de arte contemporânea e arquitetura de Roma. O principal local do MACRO estava situado na Via Nizza, no bairro Salario-Nomentano. Os ônibus 38, 80,60, 62, 82, 89 e 90 paravam nas proximidades. O salão de exposições MACRO Testaccio estava localizado na Piazza Orazio Giustiniani, no bairro Testaccio. O bonde 3 e os ônibus 719, 170 e 781 paravam nas proximidades.
Museu de Arte do Século XXI – MAXXI - Via Guido Reni, 4-A -
Era um museu nacional de arte e arquitetura contemporânea, instalado no bairro de Flamínio. O prédio fora projetado por Zaha Hadid e por sua concepção ganhara o Prêmio Stirling, do Instituto Real de Arquitetos Britânicos em 2010.
Museu de Cera - Piazza dei Santi Apostoli, 68/A –
Fora inaugurado em 1958 a pedido de Fernando Canini, que queria dar à cidade de Roma um museu semelhante aos que visitara em Londres e Paris. A coleção era a primeira do gênero na Itália, devido à importância e número de figuras representadas, depois de Madame Tussaud, nas outras duas capitais. Ficava no Palazzo Colonna , um dos maiores e mais antigos prédios privados de Roma. A sua construção começara no século XIV a mando da família Colonna, que ali vivera permanentemente há oito séculos. A família Colonna remontava ao século XII e vinha da cidade de Colonna, perto de Roma, de onde herdara o nome.
Museu de Roma - Piazza Navona, 2 -
Fazia parte da rede de museus cívicos romanos, fora fundado na era fascista com o objetivo de documentar a história e as tradições locais da Roma antiga. Possuía uma rica e extensa coleção formada por milhares de obras, entre quais estavam pinturas, esculturas, mobiliário, roupa, objetos de cerâmica, fotografias e inclusive alguns elementos arquitetônicos capazes de deixar marca na história e no estilo de vida da sociedade ao longo de diferentes épocas. No térreo eram exibidos os trabalhos procedentes da época do Papado de Pio VI, entre os quais se destacavam os retratos dos membros da Corte Papal, enquanto no segundo andar havia pinturas, esculturas e frescos procedentes das residências de diferentes famílias aristocráticas de Roma.
Museu do Palacio Veneza - Via do Plebiscito, 118 –
Na Piazza Venezia ficava também o primeiro prédio construído em estilo renascentista de Roma, o Palácio Veneza, que já servira como palácio papal entre os anos de 1564 e 1797. Era muito importante para a história italiana, pois era onde Benito Mussolini fazia seus discursos em uma das varandas, na época do fascismo. Hoje, o Palácio funcionava como o Museo del Palazzo di Venezia, que contava com um acervo com cerâmica, tapeçaria e estátuas do começo da era Cristã, até o começo do Renascimento.
Museus do Vaticano
A construção do Vaticano começara em 1447 com o Papa Niccolò V, que encomendara ao arquiteto Bernardo Rossellino o projeto da nova Basílica de São Pedro e ao pintor Fra Angelico as decoração da capela de Nicolina. Em 1471, Sisto IV ordenou a construção de uma nova capela, a Capela Sistina, com decorações pintadas por artistas como Sandro Botticelli e Pietro Perugino, que mais tarde, em 1508, Michelangelo Buonarroti repintara por ordem de Giulio II. Os Museus do Vaticano nasceram com as obras privadas de Julius II, que quando fora eleito Papa em 1503, transferira sua coleção para o Pátio Ottagono. Entre as obras estavam o Apollo del Belvedere, a Venus feliz, o Nilo, o rio Tevere, a Arianna Adormecida e o grupo Laocoonte e seus filhos. Novos prédios foram então construídos ligados através de galerias àqueles existentes. Giulio II encomendara a decoração das salas de Raffaello e a rampa de helicóptero projetada por Donato Bramante como acesso aos andares superiores do jardim do Belvedere.
Em 1740, Benedetto XIV reorganizara os salões dos Museus Sagrados e Profanos e do Gabinete de Medalhas. Em 1756, as obras de arte e arqueológicas descobertas por Johann Joachim Winckelmann estimularam a exposição pública das coleções do Vaticano. Clemente XIV e Pio VI projetaram os Museus Pius Clementine e Pius VII e Antonio Canova fora encarregado da organização do museu com seu nome. Gregório XVI em 183 inaugurara o Museu Etrusco Gregoriano e dois anos depois fundava o Museu Egípcio Gregoriano. No Palazzo de Laterano, fora fundado em 1844 o Museu Profano Gregoriano e, desde 1870, a reorganização da exposição de obras na Igreja Católica. Mais tarde, Pio XI fundara o Museu Missionário etnológico e inaugurara a Pinacoteca, exibindo pinturas sequestradas por Napoleão e retornara após o Congresso de Viena, de 1815.
Décadas mais tarde, em 1970, as antigas coleções lateranesi foram transferidas para o Vaticano, os museus Gregoriano Profano e Pio Cristiano e em 1973 o Museu Missionário Etnológico. A Coleção de Arte Religiosa Moderna e o Museu das Carruagens foram fundados em 1973 durante o Pontífice de Paulo VI. De 1989 a 2000, o Museu Egípcio Gregoriano e o Gregoriano Etrusco foram reorganizados e o Museu Histórico fora criado. Os Museus do Vaticano foram incluídos na lista dos museus mais importantes do mundo e visitá-los era um marco essencial para aqueles que visitavam Roma.
Abrigavam as coleções acumuladas ao longo do tempo pelos Papas, além das grandes obras de arte de todos os tempos que se tornaram testemunhos preciosos de uma era. Em fevereiro de 2000, a entrada monumental fora aberta na parte norte das muralhas do Vaticano, perto da mais antiga, de Giuseppe Momo, de 1932. Aqui se encontrava a bela escada em espiral com trilhos, uma criação de Antonio Maraini, atualmente está sendo utilizada para sair do museu.
Museu e Cripta dos Frades Capuchinhos - Via Vittorio Veneto, 27 -
A Ordem dos Capuchinhos tinha normas bem claras e uma delas era a proibição de sepulturas internas nas igrejas, em respeito ao Senhor. Mas o Frade Michele tivera a seguinte idéia: construir um cemitério subterrâneo, exatamente embaixo da igreja e era onde depositaria os ossos trazidos do antigo Convento. Desde então, os frades que faleciam naquele Convento, até 1780, eram enterrados aqui. A Ordem já na época era multi-cultural, e espalhada por todo o mundo. No cemitério estava presente uma grande variedade de nomes e ossos, símbolo desse multiculturalismo. Com o passar dos anos o cemitério ficara pequeno e a prática de exumar os corpos se tornara freqüente e resultando era a grande quantidade de ossos armazenados. A partir desse problema, chegaram a conclusão da necessidade de organização daqueles ossos. Estavam assim distribuídos:
Cripta da ressurreição – a parede no fundo possuía diversos componentes do esqueleto formando uma moldura. No centro uma pintura de Jesus que ressuscitava Lázaro;
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Capela para a Missa – uma cripta onde não se via ossos, e era usada para celebração de missa para os defuntos;
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Cripta dos Crânios – Na parede do fundo, havia esqueletos de Frades Capuchinhos que caminhavam. No alto estava uma ampulheta alada, com as escapulas ( significando, que o tempo não parava );
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Cripta das Bacias – Nas paredes laterais, havia dois Capuchinhos descansando. Na parede aos fundos, apareciam alguns capuchinhos inclinados;
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Cripta das Tíbias e dos Fêmures – Nas paredes laterais, os Capuchinhos com suas vestes tradicionais. No fundo, havia uma parede muito rica de decorações com o brasão franciscano, cruzes molduras e outros itens;
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Cripta dos Três Esqueletos – havia dois pequenos esqueletos de membros da família Bernini na parede em fundo, segurando com umas das mãos um crânio alado. No centro havia um pequeno esqueleto da Princesa Barberini, que era símbolo da vida nascente.
Não deixe de visitar a belíssima Igreja do Convento, onde estavam presentes algumas obras de arte de pintores importantes, como o Arcanjo Miguel, de Guido Reni.
Museu Giovanni Barracco - Corso Vittorio Emanuele II – 166A.
Era composto por uma prestigiosa coleção de esculturas antigas - arte assíria, egípcia, cipriota, fenícia, etrusca e greco-romana - que Giovanni Barracco, um rico cavalheiro calabrês doara ao Município de Roma, em 1904. O Barão Barracco dedicara sua vida ao prédio neoclássico, especialmente construído para abrigar sua coleção, que infelizmente fora destruída durante as obras de ampliação do Corso Vittorio Emanuele II. Somente a partir de 1948, a coleção pôde ser reorganizada no Farnesina ai Baullari, um prédio erguido em 1516, com projeto de Antonio da Sangallo, o Jovem .
A arte egípcia era representada desde as dinastias mais antigas (3.000 aC) até a era romana. Da Mesopotâmia vieram as preciosas lajes assírias, ornamentos de parede dos palácios de Assurbanipal, em Nínive e Senaqueribe, em Nirmud, do século VII e VI d.C. Uma raridade para os museus italianos era a secção dedicada à arte cipriota, na qual estavam expostos alguns objetos de rara execução, como a carroça votiva policromada, e a cabeça de Héracles, datada dos séculos VII-VI. a.C.
A arte grega possuía inúmeros originais, incluindo obras que compunham um quadro exaustivo do grande artista Polykleitos (século V aC) e sua escola. Para a arte romana, chamava atenção a cabeça de uma criança da família Giulia, um belo exemplo de retrato privado do início da era Imperial (século I dC). A arte Provincial estava presente com três placas de Palmira, cidade caravana que tivera seu máximo esplendor no século II. d.C. A visita se encerrava com o mosaico poli-cromado da primeira Basílica de San Pietro, em Roma, datado do século XII. d.C.
Museu Judaico – Via Catalana –
Estava situado no porão da Grande Sinagoga de Roma e oferecia informações sobre a presença judaica aqui, desde o século II aC e uma grande coleção de obras de arte produzidas pela comunidade judaica. Aproveite para conhecer a Sinagoga instalada logo acima do Museu. Ficava no bairro do Ghetto judaico e rememorava as atrocidades cometidas pelas tropas nazistas, que invadiam as casas em busca de famílias judias, para levá-las aos Campos de Concentração.
Museu Leonardo da Vinci - Via da Conciliação, 19 –
Situado apenas a cinco minutos da Escadaria e da Villa Borghese, estava instalado na Basílica de Santa Maria del Popolo, uma das praças mais famosas da cidade. Descubra as máquinas interativas e em tamanho real, criadas por artesãos italianos, dos códices de Leonardo; estudos de sua mais famosa arte renascentista, esboços anatômicos, animações em grande escala de A Ceia e do Homem Vitruviano. Reunia 50 máquinas inéditas e 23 reproduções certificadas dos desenhos de Leonardo da Vinci.
O espaço proporcionava uma imersão única no legado deixado pelo gênio, que nascera em Florença. O espaço de 500 metros quadrados estava dividido em cinco áreas temáticas. Durante o passeio conheceria a história das principais obras do artista, como as telas Mona Lisa e A Última Ceia. As obras reproduzidas foram feitas em tamanho real, utilizando técnicas do Renascimento e com os mesmos materiais usados por Leonardo da Vinci, da época.
Museu Nacional de Arte do Século XXI – MAXXI - Via Guido Reni, 4-A -
Era um museu nacional de arte e arquitetura contemporânea, instalado no bairro de Flamínio. O prédio fora projetado por Zaha Hadid e por sua concepção ganhara o Prêmio Stirling, do Instituto Real de Arquitetos Britânicos em 2010.
Museu Nacional Etrusco de Villa Giulia – Pracinha de Villa Giulia, 9 -
Era um dos mais importantes museus dedicados à preservação da arte etrusca, em todo o mundo, instalado em uma antiga mansão a Villa Giulia. A proposta de museu surgira somente no final do século XIX e hoje era um dos museus mais representativos da história etrusca. O material exposto vinha das escavações feitas na área que era Etrúria, e que hoje em dia correspondiam às regiões de Lazio, Umbria e Toscana. O maior destaque das escavações da civilização Etrusca era a arte funerária, então a maior parte do museu era dedicada a isso, com artefatos, sarcófagos, objetos diversos e até a reconstrução de tumbas. O percurso do museu era longo e tinha muita informação para se absorver. A Villa Giulia era um exemplar de Villa renascentista do século XVI e fora residência do Papa Giulio III.
Museu Nacional Romano – Largo de Villa Peretti, 2 – ao lado da Estação Termini -
Inaugurado em 1889, era outro dos grandes museus italianos. Abrigava seções das coleções nacionais, fundadas depois da Unificação Italiana para consolidar e reunir tesouros dispersos em vários locais. Havia a possibilidade de visitar a Caixa Forte do museu, que continha uma coleção de moedas que se estendia do seu início até ao Euro.
Museu Pietro Canonica - Viale Pietro Canonica, 2 – Jardins da Villa Borghese -
Era o museu instalado na antiga casa do escultor italiano Pietro Canonica, que exibia mármores, bronzes e desenhos do artista, escondido na vegetação da Villa Borghese, era um exemplo importante do modelo de museus com base em casas do artista, e em sua integridade era um dos poucos exemplos na Itália. A coleção do museu consistia, principalmente, de obras de Pietro Canonica: mármores, bronzes e modelos originais, bem como um grande número de esboços, estudos e réplicas que proporcionavam uma viagem completa através da evolução dos trabalhos do artista.
A ala do primeiro andar, onde ficava o apartamento do artista, abrigava uma coleção de mobiliário, objetos de arte, tapeçarias flamengas e até mesmo um terno de Samurai, armadura japonesa do século XVII, bem como extremamente importante coleção de pinturas que pertenceram ao escultor, particularmente telas piemonteses século XIX, incluindo obras de Enrico Gamba, Giovan Battista Quadrone, Antonio Fontanesi e Vittorio Cavalleri.