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P R A G A  - República Tcheca  - parte 2/5

PRAGA - CENTRO.jpg

Área central - Praça Vesncelau e o Parlamento

Monumento às Vítimas do Comunismo Rua Asjezd – Mala Strana –

No dia 22 de Maio de 2002, era inaugurada esta polêmica escultura de homenagem às vítimas do regime comunista, que controlou o país entre 1948 e 1989. O trabalho, da autoria do escultor Olbram Zoubek e dos arquitetos Jan Kerel e Zdenek Hoelzel, era inicialmente constituído por um grupo de sete estátuas – uma delas foi destruída por um ataque à bomba em 2003 – representando a degeneração que um regime que provoca a desgraça no ser humano. E ainda, nos dias de hoje, temos seres "desumanos", se esforçando para implantar o comunismo em seu território!.  

O monumento, designado em checo de Pomník obětem komunismu, encontra-se disposto numa plataforma em escada, onde se pode ler uma placa explicativa: 205.486 prisões, 170.938 exilados, 4.500 mortos nas prisões, 327 abatidos enquanto tentavam fugir, e 248 executados. Para além dos números, consta a frase: “Este Memorial é dedicado a todas as vítimas: não apenas aos que foram aprisionadas e perderam a vida, mas também aos que viram a sua existência arruinada pelo despotismo totalitarista”O conjunto de estátuas de bronze representa, de forma bastante gráfica, a decomposição humana. Da primeira para a última, o avanço da malevolência é notada pela queda de partes. A primeira figura, apesar da expressão de sofrimento facial e da postura corporal, mostra um corpo completo, enquanto a segunda mostra aparentemente a mesma pessoa, parcialmente amputada… e a degeneração prossegue, mal se reconhecendo a morfologia humana da última escultura. Ainda assim, o local é interessante de ser visitado, especialmente no outono, onde as folhas são amarelas e alaranjadas.

Monumento Cabeça de Franz Kafka - Charvátova 41/6  - 

É uma estátua bem diferente do que costumamos ver, simplesmente porque ela se mexe. O monumento é uma obra cinética da cabeça do escritor. Tem 10m de altura e é composta de várias lâminas de aço, que giram em diferentes direções, mostrando a mente confusa e intensa de Kafka.  É mais uma obra de arte do famoso escultor tcheco David Černý (que também é autor de, por exemplo, London Booster, Speed ou Thinker. Este busto de um escritor nascido em Praga, Franz Kafka (conhecido por obras como The Castle, The Metamorphosis ou In the Penal Colony), é constituído por 42 camadas de rotação independente. O movimento deles, cria uma performance interessante, que pode ou não se referir à história da metamorfose de Kafka.

 

Monumento Nacional de Vitkov –  U Památníku  -

Esta estátua equestre faz parte do Monumento Nacional de Vitkov, localizado no topo da colina Vitkov, um local onde na Primavera de 1420, se travou uma violenta batalha entre os exércitos do Sacro-Império Germânico e os rebeldes Hussitas da Boêmia. O resultado foi uma vitória clara dos Hussitas, um motivo de orgulho para os checos que ainda comemoram o feito histórico. A primeira pedra foi colocada em 1929, e quando os alemães chegaram, o monumento estava quase pronto, mas ainda em fase de acabamentos e decoração dos interiores. Na mesma época foi construído o prédio que  alberga o Museu Militar, numa das faces da colina. O cavaleiro que aparece, é o General hussita Jan Žižka,  que derrotou aqui  o Exército do Rei Sigismundo e que deu o nome a um dos bairros mais emblemáticos de Praga: Žižkov.

​​Em 1931, o escultor Bohumil Kafka, foi escolhido para a obra. Pretendia-se uma escultura realista e de dimensões monumentais. O artista levou dez anos trabalhando no projeto, em seu estúdio na cidade de Orechovka, liderando uma equipe de consultores que incluía historiadores e especialistas em cavalos. Em novembro de 1941 Bohumil veio a falecer. A versão final, foi produzida após a libertação do país em 1945 e inaugurada a 14 de Julho de 1950, uma data comemorativa da Batalha de Vítkov. A escultura tem 9 metros de altura, quase 10 m de comprimento, pesa 16,5 toneladas e é a terceira maior estátua eqüestre do mundo.

 

Moser Cristais - Černá růže - Na Příkopě 853/12 - Nové Město –

A manufatura Moser foi fundada em 1857 na cidade de Karlovy Vary pelo gravador e comerciante Ludwig Moser. Menos de 20 anos depois, tornou-se o fornecedor da Corte do Imperador, do austríaco Francisco José I. Depois, passou a ser o fornecedor também do Xá persa Mozafar Adim Xá Cajar, e do Rei inglês Eduardo III. No início do século XX, mudou-se a orientação artística da vidraria e, assim, surgiram técnicas de decoração típicas da produção da Moser. Graças à beleza única, qualidade e confiabilidade da marca Moser, as obras em cristal Moser tornaram-se símbolo de reconhecimento e premiação de importantes personalidades do mundo todo. A Moser tem três lojas-galerias na República Tcheca (duas em Praga e duas em Karlovy Vary), mas os seus produtos são também oferecidos em lojas do mundo todo. E todas estas originais jóias cristalinas, são a obra de uma equipe que nem chega a quase 400 artesãos. 

Muro John Lennon -  Velkopřevorské náměstí - Praga 1 –

​Após o assassinato de John Lennon, no final de 1980, uma homenagem ao músico começou a ser criada, em um muro de Praga. Na época, a cidade ainda pertencia ao regime socialista, e o grafite foi classificado como vandalismo e apagado. No entanto, pintaram novamente, e toda vez que a polícia apagava, pintavam de novo e de novo. Até que a repressão cansou e acabou morrendo. ​​Hoje, o muro é uma obra em constante transformação, sendo modificada a todo o momento. Ou seja, o muro nunca será o mesmo, caso visite Praga mais de uma vez. No início, os desenhos e as frases eram em homenagem aos Beatles, com trechos de suas letras e referências ao movimento hippie. Atualmente, podemos ler mensagens de paz e amor, homenagens a eventos políticos atuais, além da clássica imagem a John Lennon. Vale a visita pela liberdade que representa e também pelo contraste com a arquitetura barroca de Malá Strana e a gótica da Cidade Velha.

Nova Cena  Národní 1393/4 – Nove Mesto

A Nova Cena é a irmã moderna do prédio original neo-renascentista do Teatro Nacional. Mantêm há muitos anos, a famosa Lanterna Mágica, o primeiro teatro multimídia do mundo, além de peças de teatro, balé e ópera. Os três prédios da Nova Cena formam, juntamente com o Teatro Nacional original, uma pequena praça fechada que, desde 2016, recebia o nome de Praça Václava Havla, em homenagem ao primeiro presidente da República Tcheca. A praça serve de palco para feiras, mercados de design e apresentações públicas. Observe o prédio principal, que fica na Avenida Národní. Era o mais conhecido exemplar, do mau gosto arquitetônico tcheco, além de ser uma dos mais singulares e, ao mesmo tempo, mais controversas construções do centro da cidade.

Novo Mundo  – Nový SvětPraha 1 – Hradčany -

É um lugar interessante, que conserva seu estilo de pequeno vilarejo no meio de uma cidade grande. Casinhas pitorescas dessa área, contrastavam com a grandiosidade dos palácios barrocos ao redor e relembravam o modo de vida simples das pessoas que  habitavam os arredores do Castelo. O quarteirão pequeno, foi fundado na metade do século XV e foi integrado ao espaço dentro das muralhas góticas de Hradčany. No passado, o Novo Mundo foi destruído em duas oportunidades, por um incêndio (1420 e 1541), e sua aparência atual adquiriu novas configurações promovidas entre os séculos XVII e XVIII, como podiam ser observadas nas fachadas barrocas de várias casas. ​O nome exótico do bairro, bem como os imponentes nomes das casinhas, por exemplo: Casa do Estômago Dourado, da Uva Dourada, da Pêra Dourada, serviam como testemunhas do caráter de seus moradores. Da mesma forma que a Ruazinha Dourada existente no Castelo de Praga, aqui o nome carregava a palavra ouro, para contrapor com a pobreza, que reinava atrás das muralhas do Castelo. Atualmente, atraia artistas e pessoas que buscavam um lugar diferenciado para viver e até confraternizar com residentes antigos que relutavam em deixar o local.

Opera Estatal -  Wilsonova, 4 - 

Foi construída em 1888, no mesmo local onde antes funcionava o Teatro da Cidade Nova. No início se chamava Novo Teatro Alemão, nome que manteve até 1945, quando passou a adotar a denominação atual. O prédio foi remodelado nos anos 80, mas conservava alguns elementos intactos desde a sua criação, como o veludo vermelho, os candelabros e os estuques dourados, que datavam do final do século XIX. 

Palácio Colloredo-Mansfeld - Karlova 1/189/2 - Staré Město  -

O palácio conectava uma Galeria de Exposições, de arquitetura barroca palaciana. Oferecia uma visita guiada do prédio, apresentando os elementos característicos do palácio, os resultados das pesquisas sobre a história do prédio e sobre os trabalhos de restauração, além de abordar a história dos seus proprietários, a vida social e cultural no passado do palácio e os objetivos atuais da Galeria.

Palácio de Verão da Rainha Ana –  Mariánské hradby 52/1  -  Praga 1 – Hradčany -

É uma elegante construção renascentista, instalada no Jardim Real do Castelo, utilizada nos meses de verão, para exposições sobre arte e o ofício artístico. Referenciado como o Belvedere, era um dos primeiros monumentos inteiramente renascentistas da República Tcheca. A concepção de um Palácio de Verão, com uma galeria de arcadas ao redor do perímetro retangular da construção, foi considerada uma inovação em sua época. O palácio recebeu seu nome oficial em homenagem à Rainha Anna Jagellonská, construído no século XVI para ela, a pedido de seu marido, Fernando I, de Habsburgo. Durante o governo do Imperador Rodolfo II, o palácio foi utilizado como Observatório pelo astrônomo Tycho de Brahe. Hoje, as pessoas vão ao palácio de verão não apenas para visitar as exposições de arte, mas também devido à Fonte Cantante, que enfeitava o pseudo pátio, desde 1558.

Palácio de Wallenstein - Valdštejnské náměstí 17/4 - Praha 1 – Malá Strana –

Situado logo abaixo do Castelo de Praga, é a atual sede do Senado da República Tcheca. Foi construído entre 1623 e 1630, pelo Comandante Albrecht von Wallenstein, famoso por suas vitórias na Guerra dos Trinta Anos. Wallenstein queria que o Palácio ofuscasse até mesmo o Castelo de Praga, e ele não poupou recursos, reunindo vários arquitetos renomados para colaborarem na concepção da imaginada obra. ​Pouco aproveitou de sua obra, pois em 1634 acabou sendo morto, por ordem do Imperador Ferdinando II, por ter ousado cobiçar o trono da Boêmia. O Palácio permaneceu propriedade da família Wallenstein, até a II Guerra Mundial, quando passou para as mãos do Estado. Sua enorme fachada em estilo barroco, não dava a menor ideia da beleza deslumbrante de seu interior. A entrada, era por uma porta discreta, a partir da qual se chegava a um maravilhoso jardim, onde se destacava a Sala Terrena, com suas três arcadas monumentais e belíssimos afrescos em seu interior. O clima romântico, era quebrado pela excêntrica gruta e por imensa parede de falsas estalactites, ao lado esquerdo da Sala Terrena. Uma exposição de murais, contava a história da II Guerra Mundial.

Palácio Golz - Kinsky - Staroměstské nám. 1/3  - Staré Město - 

O prédio histórico pertencia a família Kinsky, e agora servia como museu de arte. Seu belo exterior rosa, foi projetado no estilo rococó. O museu exibia uma grande coleção de arte asiática, africana, arte japonesa, chinesa, coreana, tibetana, do sul e sudeste asiáticos, das regiões de cultura islâmica e africana. A coleção era, pelo seu alcance e importância, uma das melhores na Europa, com mais de 13 mil objetos. Entre e admire os bronzes chineses e japoneses, cerâmica, pinturas e esculturas, quadros tibetanos, monumentos da Índia e muito mais.

​Palácio Schwarzenberg  -  Hradcanské nam, 185/2 –

Conhecido também como Palácio Lobkowicz, é um palácio renascentista que no passado serviu como uma residência representativa na sede dos reis checos, primeiro para as cabeças do Lobkowicz, Rožmberks, Eggenbergs e, finalmente, aos Schwarzenbergs, que ocuparam o palácio até 1947. Desde 1909, Schwarzenberg alugava o palácio ao Museu Técnico Nacional. Em 1945, Schwarzenberg, que tinha fugido para os EUA em 1940, regressou à sua terra natal e em 1947 e toda a sua propriedade na Tchecoslováquia, foi incondicionalmente expropriada, incluindo o Palácio Schwarzenberg. Após o golpe comunista de 1948, o palácio foi posteriormente transformado em Museu Histórico Militar.

 

​Parque Letná - ​Letenské Sady –

​Situado próximo ao Castelo, ficava sobre um rochedo acima da cidade, de onde se tinha uma bela imagem urbana. Era uma excelente opção para um passeio a pé, a área do Parque tinha cerca de 3 km, com caminhos bem delineados e jardins bem cuidados. Depois de circular e das fotos, busque uma  das mesas do grande Beer Garden, onde se pode avistar a cidade e tomar a nobre cerveja Pilsner Uerquel.  ​​Para chegar ao Beer Garden, uma opção era pegar os bondes 1, 8, 15, 25 ou 26 e descer na parada Letenské Náměstí.  Nessa parada, busque  a Rua Milady Horákové, desça um pouco pela rua e vire na primeira à direita, na Rua  Ovenecká. Nessa rua, no final, vire à direita, e encontre a Rua Letohradská, em seguida vire a primeira à esquerda na Rua Muzejní, contorne os prédios do Museu Técnico Nacional e entre no Parque. Cansou... ?

​​Também era possível chegar ao Parque, caminhando a partir da rua mais cara de Praga, a Pařížská, que concentrava as lojas de grandes grifes, e onde estava uma das saídas da Praça do Relógio. A partir daí, podia-se seguir até o final, atravessar a ponte e subir vários degraus até chegar no Metrônomo, que era facilmente avistado. ​A história do Metrônomo, era interessante: durante o período comunista na Tchecoslováquia, foi construída uma estátua de Stálin, com 30 metros de altura. Era o ano de 1955. A estátua permaneceu intacta até 1962, quando acabou sendo demolida, em uma ação que demorou duas semanas e envolveu várias explosões. No lugar dela, um curioso Metrônomo, permanecia marcando a passagem do tempo. ​Vários parques e jardins ocupavam uma superfície de 870 hectares. Principais parques e jardins do centro histórico: o Parque Petřin, os jardins do Castelo, o Jardim Vrtba, o Jardim Wallenstein, o Parque Kampa, o Parque Letná, o Parque de Stromovka,  e o Jardim Franciscano, perto da Praça de Wenceslau. Os jardins costumavam permanecer fechados durante o período de inverno, que vai de novembro a março.

 

Parque Petrin - Petřínské sady -

​Localizado próximo a Malá Strana, o Parque ficava a 318 metros acima do nível da cidade. O acesso podia ser feito a pé ou por meio de um funicular, um bondinho movido a eletricidade, que fazia o trajeto de subida até o morro. Chegando ao Parque, admire as roseiras espalhadas pelos jardins, antes de alcançar a Torre Petřín. Com formato octogonal e cerca de 60 m, a torre podia ser acessada por meio de um elevador e uma escada espiral com 299 degraus que levavam ao Mirante.  A torre foi inspirada na Torre Eiffel, pois a delegação tcheca que visitou a Exposição de Paris em 1889, gostou tanto do modelo francês que resolveu criar uma imitação, erguida em 1891. Alguns entendidos diziam que,  em dias claros, era possível ver a montanha Sněžka, o pico mais alto da Boêmia, localizado a 150 km a nordeste. O Labirinto de Espelhos, era outra atração do Parque. Desde 1891 no local, o espaço, como o próprio nome sugere, permitia que o visitante se divirta com imagens distorcidas de si mesmo e dos demais visitantes.

​​Para chegar ao Parque, pegue um dos trans: 12, 20, 22 e desça na Parada Újezd.  Se estiver próximo da famosa Igreja do Menino Jesus de Praga, na Rua Karmelitská 9, siga caminhando na direção contrária a Praça Malostranské Náměstí por cerca de 15 minutos e mais ou menos 1 km até avistar o monumento às vítimas do comunismo. Depois, continue em frente acompanhando o jardim até a entrada para o Funicular.  Se for de Tram, ao descer nessa parada, atravesse a rua estreita, siga na direção da colina e suba pelos degraus.

Pavilhão Hanavsky - Letenské sady 173  -  Praga 7 – Holešovice -

Éra considerado um dos locais mais românticos da cidade, por conta da vista privilegiada de que se desfrutava da sua localização, cobrindo uma vasta extensão do rio que serpenteia as encostas, as pontes que o cruzam e uma considerável área de Praga antiga. Foi construído para a Exposição Universal de 1891 e erigido nos terrenos de Vystaviste. Depois de concluída a obra, seu proprietário, o Principe William Hanavský, doou a estrutura à cidade de Praga. O Pavilhão foi então desmontado e instalado no local atual, na orla do parque Letna. Inicialmente era utilizado como um abrigo, disponível a todos os visitantes do parque, sendo depois transformado em um restaurante.

Ponte de Svatopluk Cech - Čechův most - Praga 1 – Josefov -

A ponte do Checo, em estilo art nouveau do início do século XX, com sua construção metálica, rememora os tempos das edificações industriais. A ponte foi construída intencionalmente no eixo da Rua Parisiense, rua principal do ostentoso bairro construído no mesmo local do antigo gueto judaico. Desde o começo, a ponte tinha outro papel: ser um portal simbólico da cidade, fato confirmado por sua decoração artística. Do lado de quem vinha do centro da cidade, os caminhantes eram saudados por dois anjinhos carregando tochas e que desejavam um nado feliz em meio às águas nada tranqüilas do Rio Vltava. Chegando em direção ao centro da cidade, os barcos eram saudados por hidras de seis cabeças, que protegiam o lugar de visitantes indesejados.

​​Praça da Cidade Velha

O Centro Histórico de Praga é uma região encantadora, praticamente um museu a céu aberto, onde se podia conhecer a história mais antiga de Praga. A Old Town Hall foi construída em 1338, e desde então passou por muitas mudanças arquitetônicas. No entanto, o portal de entrada original em estilo gótico ainda está preservado. Quando terminou de ser construída, em 1364, a Torre era a mais alta da cidade. Era o coração da cidade e podia ser conhecida à pé, pois as atrações estavam todas agregadas no mesmo perímetro. ​Era onde são realizadas as Feiras de Páscoa e de Natal, com barraquinhas de comida e bebidas tradicionais, presentes e concertos natalinos. Havia pelo menos quatro locais essenciais para conhecer na praça e aprender um pouco mais sobre a história de Praga.

Praça de Belem -

Situada no coração da parte mais bem preservada da Cidade Velha, não figurava nos roteiros turísticos e se escondia num labirinto de ruas e ruelas, como se quisesse se proteger dos turistas invasores. Surgiu de uma maneira estranha e, no entanto, era característica de uma cidade histórica: quando foram destruídos a Igreja de São Filipe e São Tiago e o cemitério que a rodeava, cuja dimensão e área hoje está na origem da praça atual. A praça era dominada pela Capela de Belém, que lembrava a personalidade marcante de Jan Hus, o Pregador e Reitor da Universidade de Praga, queimado na fogueira após o Concílio de Constança, em 1415, por suas opiniões Reformistas. Exatamente aqui foram formados seus numerosos sucessores e nasceu uma violenta reação causada pela morte do mártir e que entrou para a história da européia, sob o nome de guerras hussitas. Os combatentes tchecos resistiram heroicamente às violentas reações contrárias a suas idéias.

A lenda dos hussitas e de seu combate por suas convicções, era um componente essencial na formação da identidade nacional tcheca no século XIX. Ela, infelizmente, atingiu sua maior glória durante o período do stalinismo, quando os hussitas foram considerados predecessores dos comunistas e suas vitórias compreendidas como provas do direito histórico dos comunistas pretendentes a dirigir o mundo inteiro. A capela atual de Belém, quase inteiramente erigida no início dos anos 50 sob o controle do Partido Comunista, como a reconstrução da capela original de Jan Hus, é testemunha desta triste recuperação da História. Próximo à capela encontra-se a excelente Galeria Fragner, especializada em exposições de arquitetura contemporânea da Europa e do mundo. O lado oeste da praça é bordejado pela casa U Halánků, que abrigava as fascinantes coleções etnológicas do Museu Náprstek. A praça e as ruelas adjacentes reúniam cafés, bares e restaurantes fora dos roteiros turísticos habituais e que constituiam geralmente ilhotas da vida social comum, em pleno coração da Cidade Velha

Praça Jan Palach –  náměstí Jana Palacha  -  Praga 1 – Staré Město -

Pela primeira vez na história uma estrutura de John Hejduk, foi instalada em um espaço público. O projeto do arquiteto para o Memorial a Jan Palach foi  inaugurado em 2016 na Praça Jan Palach, na orla do Rio Alšovo,  após um processo de construção que durou 25 anos. É uma obra, intitulada House of the Suicide e House of the Mother of the Suicide, originalmente construída em Atlanta, em 1990, e posteriormente traslada e concluída em Praga, em 1991, homenageia o dissidente checo  Jan Palach, cujo ato de auto-imolação fortaleceu os protestos contra o governo comunista na Checoslováquia. Uma placa na base do monumento apresenta o poema O Funeral de Jan Palach, escrito por David Shapiro.

Praça Jiriho z Podebrad - náměstí Jiřího z Poděbrad - Praga 3 – Vinohrady

É a maior praça da cidade em estilo gótico, depois da Praça Carlos. A praça é dominada pela Igreja do Sagrado Coração, criada entre os anos de 1928 e 1932 segundo o projeto do arquiteto esloveno Josif Plečnik. Como vários outros arquitetos de Praga, Plečnik era discípulo do representante da escola de Viena Otto Wagner, um dos fundadores da arquitetura art nouveau e modernista na Europa Central. A obra mais célebre de Plečnik foi certamente a transformação do Castelo de Praga, quando esse se tornou a sede presidencial da primeira república tchecoslovaca. Esta igreja foi a última obra de Plečnik em Praga, permanecendo uma de suas obras mais impressionantes.

​​Praça Wenceslau -

Fica nas proximidades do Teatro um dos pontos mais importantes da cidade, praça que já presenciou muitas manifestações  populares e onde há uma estátua do Rei Wenceslau montado em seu cavalo, no meio da praça, em frente ao magnífico prédio do Museu Nacional. No caminho para a próxima atração fica outra homenagem para o escritor Franz Kafka. Uma estátua que tem 42 faixas de ferro deu forma ao rosto do escritor.

Pinguins do grupo Cracking Art Parque Kampa –

Um conjunto de 34 pingüinsfeitos de plástico reciclado,  fazem parte de um movimento chamado  Cracking Art, que possue estátuas coloridas espalhadas por  várias partes do mundo. Ao passear pelo Parque Kampa, à noite, nota-se um brilho amarelo brilhante vindo do rio Vltava.

Piss Sculpture - Cihelná - Malá Strana –

O artista David Černý deixou alguns monumentos estranhos para a cidade e os turistas de Praga. Esse é um deles, dois homens fazendo xixi em um mini lago, e seus quadris balançando de um lado para o outro. É meio folclórico e surreal.

​Rio Vltava –

Em sua margem esquerda tem o Castelo, na margem direita o bairro da Cidade Velha, e entre eles, está a Ponte de Carlos. Pode descer até o rio, dar um passeio de bicicleta pela movimentada orla e parar num dos muitos cafés. Nas margens do Rio Vltava pode alimentar os cisnes ou navegando a bordo de um dos vapores, apreciar as casas e palácios que existem nos dois lados do rio.

 

Rua Nerudova

​Logo na saída da  Ponte Carlos, está a rua Nerudova, um dos caminhos que leva ao  Castelo de Praga. É uma rua pitoresca e encantadora, onde lendas e histórias se misturam. No passado fazia parte do Caminho Real, por onde os reis passavam no dia de sua coroação. A rua ganhou este nome em homenagem a  Jan Neruda,  um escritor tcheco que morava ali no fim de 1800 e que registrou em contos a vida burguesa da Malá Strana. Foi esse cara que inspirou um jovem chileno a adotar o pseudônimo com que se tornaria um dos maiores poetas do século seguinte,  Pablo Neruda.

O detalhe para quem caminha pela Rua Nerudova, é reparar nos símbolos que ficam sobre as portas das casas. Eles são resquício do período medieval, quando os desenhos eram usados para identificar os endereços e facilitar a orientação. E foi assim por 400 anos até que, em 1770, o sistema de numeração dos endereços foi introduzido em  Praga. Jan Neruda  morava na Casa dos Dois Sols, que hoje tem o número 47, e depois se mudou para a Casa das Três Águias Negras, atualmente nº 41. Em muitos casos, os desenhos contavam um pouco sobre a família que morava ali – como a Casa do Cálice de Ouro (nº 16), onde vivia um ourives, ou a Casa da Chave Dourada (nº 27), onde vivia um chaveiro. O difícil é  imaginar o motivo para alguém ter escolhido o símbolo da Lagosta Verde (nº 43) ou a Medusa, cheia de cobras douradas na cabeça (nº 14). Por conta de seu histórico, a Nerudova tem vários casos de lendas que permeiam o imaginário de moradores e visitantes, contemplando vários endereços, cada um com sua particularidade folclórica.

Rodolfinum - Alšovo nábř, 12 - Josefov –

É um importante monumento arquitetônico da cidade, um prédio neo-renascentista instalado às margens do Rio Vltava, é associado à música e à arte desde a sua inauguração em 1885. É a sede da Filarmónica Checa, bem como da Galerie Rudolfinum e do recentemente renovado Café Rudolfinum.

 

Sinagoga de Jerusalém - Jeruzalémská 1310/7 - Praga 1 – Nové Město -

É a única Sinagoga de Praga ainda em atividade, que não fica na área do antigo gueto judeu, mas na Cidade Nova. Em relação às outras Sinagogas, destaca-se por seu tamanho e fachada colorida, que visivelmente lembra os monumentos muçulmanos da Espanha. A Sinagoga foi projetada em estilo mourisco e art nouveau por Wilhelm Stiassny, famoso arquiteto de monumentos judaicos e fundador do Museu Judaico de Viena. Seu nome deriva da rua onde está instalada, mas no passado era conhecida como Sinagoga do Jubileu, em homenagem a Francisco José I, que completava 50 anos de reinado durante o período de planejamento da construção, no final do século XIX. Inaugurada em 1906, permaneceu sem realizar serviços durante o período do Protetorado. 

 

Embora não faça parte do Museu Judaico de Praga, a Sinagoga é aberta ao público em geral. Além da exuberância arquitetônica, oferece aos visitantes duas exposições permanentes, A comunidade judaica de Praga de 1945 até hoje e os Monumentos Judaicos e as suas reconstruções após 1989 que, por meio de fotografias de época e documentos, mostra a história da comunidade judaica de Praga no pós-guerra. Os visitantes podem visitá-la diariamente entre abril e outubro exceto aos sábados e feriados judaicos.

Sinagoga Espanhola -  Vězeňská, 1 - Praga 1 -

É datada de 1868 e foi construída em cima da Velha Sinagoga da cidade. Hoje é a sinagoga mais nova do Bairro Judeu, um dos principais bairros onde os turistas costumam se hospedar. Possui esse nome devido ao estilo arquitetônico na qual ela foi construída, inspirada nos prédios mouros do sul da Espanha. Pertence ao Museu Judaico de Praga e ainda funciona como local religioso. Em seu interior também ocorrem apresentações musicais. ​Durante a ocupação nazista, foi utilizada como depósito pelos alemães. Por conta disso, hoje há um Memorial do Holocausto, que também pode ser visitado. Há uma exposição sobre os judeus após a Segunda Guerra Mundial até os anos atuais.

Sinagoga Klausen  U Starého hřbitova 243/3a - Praga 1 – Josefov -

É a maior Sinagoga na região do antigo gueto judeu, sobreviveu à campanha de saneamento e ao selvagem século XX e, hoje em dia, serve exclusivamente ao Museu Judaico de Praga. As exposições no interior da Sinagoga mostrarão os feriados judaicos,  marcos importantes na vida dos judeus e da sua vida cotidiana. O nome da Sinagoga é derivado de três construções menores, conhecidas como klaus (do latim “claustrum”), que foram construídas no século XVI no local da atual Sinagoga, por Mordechaj Maisel, um grande financista e mecenas da comunidade judaica. Uma delas servia como uma yeshivá, uma escola para o estudo do Talmude, e foi construída pelo famoso Rabino Jahuda Liva bem Becalel, conhecido como Löw ou Mahara, que ali também professou sua fé.

 

As klaus foram incendiadas em 1689 num incêndio que arrasou grande parte do Gueto e de toda a cidade, e em seu lugar surgiu, em 1694, um novo templo: a Sinagoga Klausen. Para visitar, será necessário adquirir um ingresso para o Museu Judaico, que também dá o direito de acesso à Sinagoga Espanhola, à Sinagoga Pinkas, à Sinagoga Maisel, ao Salão Cerimonial e ao Antigo Cemitério judeu. Não é possível adquirir um ingresso apenas para a Sinagoga Klausen.

Sinagoga Pinkas e Antigo Cemitério Judeu - Široká, 23 -

A Sinagoga Pinkas foi construída em 1535, para a família judaica Horovic. É o segundo templo judeu mais antigo da cidade.

​​Interior da Sinagoga

Atualmente, além de ainda estar em atividade para os eventos religiosos, a Sinagoga funciona como um Memorial dedicado às vítimas do Holocausto. O nome de todos os judeus tchecos, desaparecidos e mortos durante a Segunda Guerra Mundial estão escritos nas paredes da Sinagoga e também há uma exposição com desenhos de crianças judias que estiveram aprisionadas no Gueto de Terezin. Porque ainda é usada para fins religiosos, é bom ficar atento aos feriados judaicos antes da visita. ​​A Sinagoga dá acesso ao Antigo Cemitério Judeu, que funcionou, entre os séculos XV e XVIII. Como não havia mais espaço, muitas sepulturas foram colocadas em cima de outras. São tantos túmulos acumulados, que forma um jardim de jazigos de uma forma bem dramática. Ambos fazem parte do Complexo do Museu Judaico de Praga. O acesso é gratuito, com o Prague Card.

Sinagoga Velha - Nova - Maiselova, 18 - Josefov -

É considerada a Sinagoga mais antiga da Europa e funciona até hoje como local religioso. É uma das primeiras construções em estilo gótico de Praga, mesmo sendo judaica e não cristã. Fundado em meados de 1270, o local é considerado uma verdadeira joia que resistiu ao tempo, junto ao cemitério antigo e outras sinagogas do famoso bairro, todos situados a uma curta distância a pé umas das outras. ​Com uma nave dupla medieval, a Sinagoga Velha-Nova sobreviveu a uma série de adversidades ao longo de toda a sua existência, entre incêndios, inundações, sem contar que, durante o período da guerra, ela se tornou o principal templo da comunidade judia da cidade. A entrada custava 200 CZK, mas o melhor — para os que desejam explorar as sinagogas Maisel, Pinkas, Klausen e Espanhola, além do cemitério antigo e do cerimonial hall — é adquirir o passe que dá direito à entrada em todos os pontos principais de Josefov, era no valor de 500 CZK. Compre o tíquete no Centro de Informação, na rua Maiselova, 38 - 

Teatro Musical de Karlin  Křižíkova 10 -

É o terceiro teatro mais antigo de Praga, inaugurado 15 dias após o incêndio do Teatro Nacional em 1881. Uma importante cena de musicais e operetas, emergiu de uma arena antes bastante circense, onde eram realizadas apresentações de ilusionistas ou liliputianos. Seu criador Hudební divadlo Karlín, desfruta de uma sala de teatro histórica maior com quase 1.000 lugares.

Teatro Nacional  - Národní, 2 -

​Chegando perto do Rio Moldava, encontrará o Teatro Nacional, o mais importante da República Tcheca, inaugurado em 1881. Com um interior ricamente decorado, é palco para apresentações de óperas, peças de teatro e balé. Antes de terminar os passeios do dia, quem sabe um jantar no restaurante que existe na Casa Municipal, o Kavarna Obecni dum. Dê meia volta e retorne para encerrar este passeio de forma inesquecível.

 

Torre da Pólvora -  nám. Republiky, 5 -

Durante a Idade Média, era comum que as cidades fossem fortificadas e a Cidade Velha de Praga não era diferente. Em suas muralhas, torres eram construídas nos portões de entrada da cidade, que serviam de ponto de observação. Era a torre mais alta da antiga fortificação e hoje é aberta ao público, de onde é possível ter vista da Cidade Velha. Como no passado servia para armazenamento de pólvora, até hoje  mantêm o nome. 

​Torre do Mirante de Petrìn - Petřínské sady - Praga 1 – Malá Strana

Em 1889, a cidade de Paris realizava a Exposição Mundial, quando inaugurava a torre Eiffel. Aqui em Praga havia um Clube de Turistas Tchecos que, ávidos por visitar a Exposição conhecer a torre, foram até lá se maravilharam com o que viram. De volta, decidiram criar uma réplica e introduziram um novo Mirante na cidade, na colina Petrín a mais de 100 metros acima do nível central e das margens do Rio Moldava. Ainda que tenha somente 65 metros de altura, o Mirante oferece uma vista comparável àquela da torre Eiffel de Paris. Foi inaugurado em 1891 e, assim como a torre de Paris, foi acompanhada pela Exposição do Centenário das Terras, realizada em Praga.

​Túmulo do Soldado Desconhecido -  U Památníku -

Sob a estátua equestre  do Monumento Nacional de Vitkov, encontrava-se este monumento, criado originalmente no centro histórico de Praga com os restos mortais de um soldado não identificado, tombado na batalha de Zborov, mas durante a Segunda Guerra Mundial os alemães demoliram o túmulo. Após o conflito as autoridades decidiram recriar o Túmulo do Soldado Desconhecido, junto ao Monumento de Vítkov, que em 1949 recebeu os restos mortais de um militar desconhecido exumados de um cemitério na Eslováquia. Em 2010 foram adicionados os restos mortais de outro soldado. O monumento é considerado uma homenagem aos checos e eslovacos que deram a vida pela libertação da sua Pátria. Estão também ali depositados os restos mortais do General Alois Eliáš, um herói nacional que liderou o Protetorado durante o domínio nazista e que fez tudo o que esteve ao seu alcance para sabotar a ocupação alemã, pagando com a própria vida por sua ousadia.

​Zizkov –

É um bairro bem animado, que atraia multidões de estudantes para seus inúmeros pubs. Visitantes bem vestidos saboreavam cafés ou coquetéis no bar da futurista Torre de TV Žižkov, criada na era comunista, que proporciona uma visão panorâmica da cidade. A colina Vítkov, com o Memorial Nacional no topo,   e que também oferecia vistas panorâmicas. Franz Kafka, autor de O Processo e A Metamorfose, está enterrado no Novo Cemitério Judaico, neste bairro.

O Relógio Astronômico

Contam que em 1490, um mestre relojoeiro construiu em Praga, um relógio de extraordinária beleza. A criação de Hanus , como o relojoeiro era conhecido, logo se tornou  famosa em toda a região, e ao mesmo tempo admirada e amada. Hoje dá para dizer que relógio astronômico de Praga, se tornou o iPhone da época . Qualquer um que quisesse poderia ir até ele para saber a hora, o dia, a posição da lua, e o mês do ano em curso. Era um avanço tecnológico surpreendente.

​​Com o passar do tempo, o relógio tornou-se cada vez mais famoso, a tal ponto que os mercadores desviavam suas rotas pela Europa apenas para passar por Praga e admirar o misterioso relógio. O impacto provocado por ele na economia local foi tanto que as autoridades começaram a se preocupar com uma suposta oferta que um aristocrata alemão fizera a Hanus, para que fizesse uma réplica do relógio em sua cidade natal. ​​Este boato fez com que Hanus fosse levado perante os líderes da cidade, que lhe pediram para ver se ele poderia fazer outro relógio como este. Hanus, pensando que eles estavam fazendo uma oferta, disse que sim, até que jogaram algo que fez seus olhos queimarem. Hanus estava incapacitado para a vida profissional. A maior dor do relojoeiro foi nunca mais ver sua obra-prima, então um dia pediu a seu assistente que o acompanhasse para tocar em seu relógio pela última vez.

​​Quando chegou, o bom Hanus colocou a mão no mecanismo e destruiu o relógio de Praga. Ele perdeu a mão e sangrou ali mesmo até a morte. Muito tempo se passou até que o relógio astronômico de Praga fosse recuperado. Sem dúvida, Hanus se vingou completamente daqueles que o deixaram cego. Dizem que ao pressentir que ia morrer, amaldiçoou o relógio, e que toda vez que parar de funcionar, algo ruim acontece na cidade. Dos últimos tempos em que parou, uma foi durante a invasão dos nazistas, e outra em 2002, quando uma inundação séria devastou a Cidade Velha.

 

​​As partes do Relógio Astronômico 

​O relógio não só marca o tempo: Tem três partes e cada uma com uma função específica:

​​Figurinhas e representação

​A cada hora, entre as 8.00 e as 21.00h, o relógio astronômico tornava-se um palco teatral, com as figuras animadas do relógio aparecendo como atores principais. Esta parte do relógio era a mais nova de todas e fora adicionada no século XVII. Embora a apresentação fosse muito rápida, atrai centenas de turistas diariamente. ​​Os primeiros a começar a representação, são as quatro figuras colocadas à esquerda e à direita do relógio. À esquerda, estão a ganância (como um judeu carregando uma bolsa de dinheiro) e a vaidade (representada por um homem que está olhando no espelho). À direita, por outro lado, podemos ver a morte (o esqueleto) e a luxúria (um homem bem vestido, parecendo um aristocrata). A representação era uma simulação do julgamento final.

​​Tudo iniciava quando a morte começava a tocar um sino. O que o esquelético personagem faz, é chamar o Julgamento Final, com o sino, enquanto ela concorda. Seus outros amigos, por outro lado, balançam a cabeça porque não querem que o julgamento final comece. ​​Então, através das duas janelas nas esferas do relógio, os doze apóstolos começam a desfilar, simbolizando o Julgamento Final (embora seja apenas um simulacro). Uma curiosidade dos apóstolos: nenhum deles tem olhos, algo que foi feito em homenagem a Hanus, na esperança de que ele não continuasse a vingar a cidade de Praga.​​Após a caminhada que os doze apóstolos faziam, um galo de ouro que estava logo acima deles, anunciava que o Julgamento Final fora concluído. No início, o povo de Praga se reunia, como hoje os turistas faziam, em frente ao espetáculo do relógio, até que souberam que ele representava o Julgamento Final, então toda vez que era chegada a hora do relógio começar a função, deixavam a praça rumo a Cidade Velha, até a performance acabar.

​​Quadrante Astronômico

​​Esta parte era o que faz o relógio funcionar mais especificamente, embora, como poderá ser vista, ele tenha muito mais funções. Para ser exato, o relógio marca quatro  tipos diferentes de tempo: o tempo da Europa Central, a hora astronômica, a da antiga Babilônia e a da antiga Boêmia.. ​​As mãos do relógio tinha os símbolos do sol e da lua, além de uma mão de ouro que era o que indica o tempo da Europa Central, e serviam para mostrar a sua posição ao longo do dia. Outro item que atinge o relógio, era sua cor, algo que não é simplesmente estético. A zona azul representava o céu no horizonte e tem as palavras latinas Ortus (leste) e Ocasus (oeste), Brown é a terra abaixo do horizonte e também tem duas palavras gravadas, Aurora (Dawn) e Crepusculum (Twilight). Logo acima  está um anel com os símbolos do Zodíaco, que determina a posição das estrelas em relação à terra. ​Uma das peculiaridades do relógio astronômico, que o torna único no mundo, é sua capacidade de medir o tempo de acordo com a estação do ano. No inverno é mais curto, enquanto no verão é um pouco mais longo. ​​A parte inferior do relógio é tão misteriosa quanto as anteriores. É um calendário. No centro da esfera está o escudo de Praga, e doze esferas que simbolizam os doze meses do ano, e no seu interior há doze cenas de trabalho no campo. Em torno da esfera, outra esfera branca, que sinaliza tanto o dia como os santos (macho e fêmea) que correspondem a cada dia. Em 2010, o relógio celebrou o seu 600º aniversário, quando  a Câmara Municipal não poupou despesas e organizou numerosas atividades de celebração, uma das quais foi o videomapping, que pode ser visto na fachada do relógio.

Torre do Relógio

Planeje com antecedência e reserve um ingresso para a Old Town Hall Tower de Praga, uma torre medieval que abriga o relógio astronômico e a Camara Municipal. Em seu interior aprenda sobre a história do marco, que foi construído em 1410. Até 2019 eram 138 degraus para subir ao topo. Agora, funciona um elevador. O ingresso custava em torno de 130 reais.

 

Uma recomendação: quando visitar Praga, não perca tempo espérando o aparecimento dos personagens do relógio. A performance dos bonecos dura uns dois minutos e, em geral, os visitantes ficam aguardando meia hora, uma hora, a fraca apresentação.    

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