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PHNOM PENH -  A histórica e sofrida capital do Cambodja 

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As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta surpreendente cidade cambodiana. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...

A capital Phnom Penh com uma população estimada em 2.200 mil habitantes, é um retrato do momento que vive o Cambodja,  um país que se reergue de um passado tenebroso (a dominação francesa entre 1887 a 1957, a ocupação japonesa durante a 2ª Guerra, o regime brutal do Khmer Vermelho nos anos 1970, quando o fascínora Pol Pot, exterminou mais de dois milhões de cambojanos), onde a população jovem (50% dos 15 milhões de habitantes têm até 24 anos) redescobre as tradições da cultura Khmer, e também avança em busca das novas tecnologias que modernizam o mundo.

É uma cidade para se andar à pé,  observando os monges mesclados entre a população, os mercados que se amontoam desregradamente pelas esquinas, o movimento no calçadão à beira do Rio Tonle Sap, os templos que surgem. Em seu dia a dia não tem nada a ver com a avalanche de turistas que acabam por descaracterizar a vida urbana de uma cidade como Siem Reap, que fica a 316 da capital. O visitante encontrará um povo simpático e comunicativo, bons restaurantes à beira do rio Tonlé Sap, monges circulando numa boa, amplas praças e templos que encantam e surpreendem o turista.

Comece as visitas contratando o serviço de um tuk tuk, para ir  em direção ao Monumento da Independência, que representa a libertação do Cambodja da colonização francesa, que se estendeu de 1863 até 1953. Atualmente, alguns feriados nacionais são comemorados, como o Dia da Independência (9 de Novembro) e o Dia da Constituição (24 de Setembro). Continue para o Palácio Real e a Pagoda de Prata, que ficam lado a lado. Essa é uma das residências do Rei do Cambodia que, quando está no Palácio, a bandeira Real azul permanece hasteada.

 

O Royal Palace tem quatro portões, dos quais o portão oeste, era usado para a passagem de prisioneiro condenados à morte. O acesso dos visitantes, se dá pelo portão sul, onde fica a Pagoda, que tem seu piso coberto por toneladas de prata. O ingresso cobrado era de 7 dólares e dava direito a visitar também o Palácio, que ainda é habitando pelo Rei Sihamoni. Os prédios reais, em seu interior, têm belas estruturas brancas, verdes e douradas, incluindo o Wat Preah Keo Morokat, um templo com piso prateado e uma coleção de objetos sagrados com o Buda com olhos de esmeralda. A entrada custava US$ 10.

 

A história do Palácio, começou em 1866, quando a Família Real se mudou para este local. No ano seguinte, Phnom Penh se tornaria a capital do país. E durante o Khmer Vermelho, o Royal Palace se transformou numa prisão, onde o Rei e sua família eram mantidos. Na Silver Pagoda, a atração é o Emmerald Buddha, que apesar do nome de esmeralda, é feito de cristal. Tem  murais no entorno, que lembram um pouco o Grand Palace, um dos templos de Bangkok. Aqui também são exigidos os costumes de roupas apropriadas para a visitação. Nada de pernas ou braços de fora!

 

Depois, é seguir em frente para visitar o maior museu histórico e arqueológico do país, o Museu Nacional do Cambodia, inaugurado em 1920 com sua construção em estilo Khmer. Proporciona o acesso a centenas de exposições, divididas por época, desde a era pré-história, passando pelo pré-Angkor, Angkor e pós Angkor.  Para conhecer um pouco da noite de Phnom Penh, dá para fazer um tour guiado ou ir ao Museu Nacional para assistir a Apsara and Traditional Khmer Dance. O ingresso custava 15 dólares e as apresentações acontecem nas segundas, quartas e fins de semana.

 

Antes de encerrar as visitas do dia, peça para ir até  o Mercado Central, que reúne uma variedade de bugigangas, produtos falsi e souvenir de viagem, como todo bom mercado tradicional. Prepare-se para barganhar bem caso queira comprar alguma coisa. Não muito distante do Central Market, dá para seguir caminhando por alguns quarteirões até chegar ao Night Market,  onde tem muita coisa barata, incluindo boas opções de comida, que não se encontra no Mercado Central.

 

Plae Pakaa

É um espetáculo de danças típicas, organizado pelo Cambodian Living Arts, cujo fundador, Arn Chorn-Pond, é um músico sobrevivente da ditadura do Khmer Vermelho, quando 90% dos artistas do país foram mortos. A instituição, sem fins lucrativos, forma jovens de todo país e recupera traços da cultura Khmer. Esse show, realizado todos os dias no terreno do National Museum, às 19.00h custava entre US$ 20 e US$ 25 e mostra danças e músicas folclóricas com narrativas em inglês.

 

Wat Phnom

Instalado no topo da única colina dessa cidade plana, a 27 metros de altura, e rodeado por um belo parque, o templo é alcançado por uma escadaria e tem balaústres com leões e uma serpente na entrada. Os moradores vão ali pedir por sorte – e os que são atendidos, retornam com oferendas tipo guirlandas de jasmins e cachos de bananas.

 

Algumas recomendações básicas

 

Tirar os sapatos em determinados locais;

Os pés são considerados a parte mais suja do corpo;

Jamais aponte seus pés pra imagem de um Buda (por isso as pessoas ficam ajoelhadas nos templos;

Verá uma concentração de calçados nas portas: siga os costumes e fique descalço pra entrar na casa de alguém, nos templos e até em alguns restaurantes e lojas. Na dúvida, tire sempre os calçados!

 

O lado triste da história do Cambodja

 

O que vamos relatar agora, é o lado triste da história deste pequeno país e de seu povo humilde e valente. Prepare-se para ficar sabendo das atrocidades cometidas pelo facínora Pol Pot, que quase acabou com a população cambodjana.

 

Comece visitando a Prisão S-21, que antes era uma escola e depois foi transformada no principal centro de detenção e tortura do Khmer Vermelho. As manchas de sangue no assoalho, ainda são evidentes, e as celas ainda são conservadas de maneira assustadora. Depois continue para Killing Fields of Choeung Ek, mais conhecido como Killing Fields, onde cerca de 17 mil pessoas foram executadas. Um monumento com mais de 900 crânios, encontrados recentemente no local, serve de Memorial aos mortos. O partido comunista de Kampuchea, conhecido como Khmer Rouge, tomou o poder em 1975, emerso de um país abatido pós-independência da França e influenciado pelo regime do Vietnã. Alugue um áudio-guia para compreender melhor o que aconteceu aqui. Está localizado a 17 km do centro da cidade.

 

Na entrada, encontra-se uma grande estupa, em estilo budista. Ao invés das imagens de Buda, que normalmente se encontraria dentro da estupa, estão os ossos de pelo menos 8 mil vítimas do genocídio, que aconteceu ali mesmo. A análise dos crânios permitiu saber de que forma eles foram assassinados e, como eles economizavam munição, então um tiro na cabeça não resolvia o problema.

 

A prisão S-21, ou ainda Museu do Genocídio    (Tuol Sleng Genocide Museum), nos anos de 1970, era até então uma escola que, no regime Kmer foi transformada num lugar sinistro. Nesse local as pessoas eram mantidas sob prisão, até serem levadas aos campos de extermínio. Estão expostos documentos e fotos sobre esses prisioneiros, instrumentos de tortura e outros objetos relacionados à época. A estrutura é modesta, mas a história é muito forte. Mais de 14 mil pessoas morreram aqui, entre homens, mulheres e crianças. Apenas 8 pessoas que passaram por essa prisão, conseguiram sobreviver.

Na antiga escola, transformada em casa dos horrores, as salas serviam de espaços para interrogatórios, torturas e detenção. Numa grande sala, barras de seis metros de comprimento serviam para amarrar os prisioneiros pelos tornozelos alternadamente, um lado e de outro, para que fossem obrigados a permanecer com as cabeças em direções opostas, sempre deitados. Não podiam levantar-se, falar ou sequer sussurrar. Nem tão pouco urinar ou mexer o corpo sem autorização. A ordem era esperar a hora do dia final!.

 

Um pintor cambodjano – um dos oito que escaparam vivos das prisões – relatou em tela, aquela e muitas outras cenas observadas com seus próprios olhos, durante a sua reclusão. Em duas telas, colocadas lado a lado, ele procurou demonstrar a forma como o regime de Pol Pot eliminava crianças de pouca idade. Numa das telas vê-se um soldado atirando uma criança ao ar e outro soldado de espingarda em punho, usando-a como alvo de seus tiros. Na outra tela, um soldado prende um bebê pelos pés e arremessa-o em direção a uma árvore de grande porte, esmagando sem piedade a cabeça do recém nascido. Segundo o autor da tela, assim agiam para poupar munição.  Se esta narrativa não é o suficiente, o turista poderá visitar os Campos da Morte, onde eram enterrados os prisioneiros vindos do complexo S-21. É tudo tão recente que ainda hoje se podem ver ossadas humanas brotando do chão, por todos os lados. O ar  pacato do lugar é apenas uma sinistra ironia. Caminhando um pouco mais pelo terreno, irá deparar com a árvore estampada na tela do pintor que escapou do morticínio.  

 

Veja o relato do jornalista e blogueiro português Filipe Morato Gomes que vive em Matosinhos, Porrtugal, sobre a visita que fez a Phnom Penhn e a ao Museu do Genocídioque já deu duas Voltas ao Mundo e mais de uma centena de viagens por aí à fora. É titular do blog Alma de Viajante, ao qual recomendamos a acessar também, sempre que quiser conhecer um pouco mais dos melhores lugares do mundo:

" Fecha-se os olhos e quase se consegue imaginar um normal período letivo, com crianças a pular alegremente, constantes gritarias inocentes, uma bola de futebol pontapeada por candidatos a futuros craques, uns quantos joelhos esfolados por quedas sem importância e alguns namoricos precoces. Fecha-se os olhos e parece que os miúdos estão ali, por todo o lado, como se a escola não tivesse, de facto, encerrado. Abre-se os olhos e as grades de ferro nas janelas dissipam qualquer ilusão. Entra-se nas antigas salas de aula e o terror torna-se assustadoramente palpável" .

 

Onde se hospedar

 

Como a capital do país não é grande, não há dificuldade com trânsito e nenhum problema para circular. A área mais ao sul (BKK1 e Tonle Bassac) tem bons hotéis, com opções mais novas e modernas. A área norte (próxima ao Wat Phnom) é bem agitada durante o dia e mais sossegada à noite, e fica relativamente próxima ao centro.

 

Home Chic Hotel - $$$ -   Samdach Louis Em Street, 17  - Sangkat  -

É um hotel e com uma boa localização. Os quartos são ótimos e como não tem café da manhã, há várias cafeterias na região e uma enorme loja da Starbucks.

 

Hotel Zing Phnom Penh - $$$ -  07 Street 126 - Sangkat - Khan Doun Penh -

Fica no centro a, poucos passos de atrações, como Mercado Central. Estacionamento sem manobrista grátis, Wi-Fi grátis, restaurante e bar.

Khavi Villa - $$$ Long Nget Street, 12 -

Está localizado no centro da cidade e próximo ao Pagode de Prata. Tem ótimos quartos completos, Wi-Fi grátis, restaurante bar  e piscina externa. Abriga o restaurante Bolywood Indian.

Point Boutique Hotel - $$$ - 130th Street, 10 - 

Em uma estrutura em estilo art déco, possui bar/lounge e fica perto de Museu Nacional. Oferece café da manhã, estacionamento sem manobrista, Wi-Fi grátis e restaurante. Tem uma excelente localização para se deslocar a pé.

The Kabiki - $$$$ -  Samdach Phuong Street -

Café da manhã, Wi-Fi grátis, quartos excelentes, restaurante, 2 piscinas externas e uma ótima localização. Possui bar ao lado da piscina e fica perto de Monumento da Independência.

Outras opções de hospedagem

  • Anise Hotel

  • Bonnie Villa

  • Golden Gate Hotel

  • Lovely Jubby Villa

Hospedagem no Centro

O melhor lugar para ficar em Phnom Penh, é o centro. Ao escolher uma das inúmeras e excelentes opções que estão no centro, é possível ficar próximo dos principais pontos turísticos da região como: o Palácio Real, o Museu do Genocídio Tuol Sleng e os Killing Fields. Sem contar os atrativos gastronômicos, como restaurantes, bares, pubs e cafés. Outros lugares para hospedagem,  são Daun Penh e Chamkar Mon, já que ambas têm as mais icônicas vistas e as atrações turísticas, que não se pode perder. É aqui que se encontra o rio Mekong, bem como a melhor vida noturna da cidade.

 

Daun Penh

É um dos bairros mais animados e movimentados, que se estende ao longo do rio, o que o torna um dos lugares mais populares para se visitar. A beira-mar é conhecida como Sisowath Quay, e um passeio atraente, com  jardins e árvores bem cuidados, cafés, lojas, bares e pessoas que vendem ingressos para shows e casas noturnas.

 

Nas próximidade fica um dos mais importantes templos da cidade, o Wat Phnom, embora o Hill Temple não seja tão apreciado por sua aparência, mas mais por sua importância histórica, como um dos mais antigos e sagrados da cidade. Daun Penh tem também uma boa coleção de prédios coloniais franceses e, ao longo da orla dá para ver  o prédio do Camboja Post Office e o Mercado Central.  Outro prédio colonial peculiar abriga o Mercado Central, que é um bom ponto de partida e é onde você pode comprar vários produtos, incluindo joias, roupas, bicicletas, comida e muito mais.

 

Chamkar Mon

É uma área a sul de Daun Penh, que conduz ao rio e é um pouco mais tranquila. É aqui que está a prisão S-21, que foi transformada agora no Museu do Genocídio Tuol Sleng e que é uma parada obrigatória para qualquer pessoa que se interesse pela história do Cambodja.

Prampir Makara

É uma área pequena, que tem uma grande variedade de restaurantes que oferecem de tudo, desde comida japonesa a americana, e uma boa oferta de hotéis e hostel que atraem todos os turistas. É também um lugar bom para ficar, devido a sua localização com a orla por perto e o Palácio Real a uma curta distância. Existem também vários mercadinhos que vendem comida, roupa e souvenir, além de que o bairro abriga o Estádio Olímpico, que nunca foi utilizado devido ao fato de os Jogos Asiáticos de 1960, terem sido cancelados.

Tuol Kouk

Na parte atrás de Chamkar Mon e Daun Penh, fica Tuol Kouk, um bairro vibrante, com  cafés em cada esquina e hotéis e hostel baratos, o que faz dele um ótimo lugar para se ficar, se o orçamento é limitado. Aqui está o Mercado Russo, onde  encontrará roupa de design bem como comidas, jóias e eletrônicos. Existem vários bares e restaurantes tradicionais e é uma opção econômica para quem tem o orçamento limitado.

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Onde comer

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Aeon Mall - Samdach Sothearos Blvd, 132 –  

É o maior shopping da cidade. Funciona das 9.00 às  22.00h. É grande, moderno e dispõe lojas de departamentos e inúmeras lojas de grifes. A área de alimentação fica n o primeiro piso e tem ofertas de comidas ocidentais e asiáticas para todos os bolsos.

 

La Dolce Vita 78 Ph 93 - Behind of Onalom Pagoda -

Italiano –  

Pizza Factory  DeliveryBoeung Trabek, Chamkarmon, 46 Street 99 -

Pizzas e pastas –

 

350 BBQ Café Street 350 - cafeteria e sanduicheria -

Viva  Sisowath Quay Boulevard, 111 | esquina Street 104 - 

Cozinha latina e mexicana –

 

       Fonte: blog: Almadeviajante - Matosinho - Portugal

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Choeung EK Genocidal Center 

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