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PÁDUA  - Itália - parte 1/2


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fundada em 1184 a.C. pelo herói troiano Antenore, era também chamada de Padova, e contava com características paleovenetas do século IX a.C. Com pouco mais de 220 mil habitantes era uma cidade dinâmica, moderna e cheia de energia, sendo o local perfeito para quem gostasse de experimentar coisas novas e se envolver com a cultura local, seja provando uma boa comida ou seus vinhos. Cercada de história, contava com diversos afrescos de grandes pintores como Giotto. Também reconhecida pela Basílica de Santo Antônio de Pádua, que levava o nome da cidade. Padova ficava próximo de diversas cidades turísticas, como Veneza (40km), Treviso (60km), Verona (90km) e Bologna (100km).

Como chegar

A melhor forma de chegar era via ferroviária. Quem estivesse em Veneza, por exemplo, da Estação de Santa Lucia saiam trens a cada hora. Os trens tradicionais custavam €6,00 e levavam entre 25 e 30 minutos para chegar. Em alguns horários havia trens cujo valor do ticket superava os €20,00 por trajeto. Ficava a 38 km de Veneza.

 

Abadia de Santa Giustina

Adjacente à Basílica estava a Abadia Beneditina, do século X. Era um destino de peregrinação e um centro do movimento para reformar a vida monástica no norte da Itália, durante o século XV. A Abadia desenvolvera laços com centros de aprendizado em todo o continente. A antiga biblioteca da Abadia se desenvolvera graças ao relacionamento com a Universidade e alguns dos estudiosos mais destacados da Europa. No século XV, , uma escola de copistas e miniaturistas fora criada sob a orientação de Jacopo Zocchi, professor da Universidade de Pádua. A biblioteca também fora enriquecida por importantes coleções de livros raros e preciosos códices legados por vários patronos das artes.

 

Essas diversas transferências para o Mosteiro proporcionaram acesso a um patrimônio livresco de cerca de 80.000 volumes. Em 1797, a queda da República de Veneza marcara o fim de tanto trabalho realizado ao longo de muitos séculos: os bens do Mosteiro, os manuscritos e edições mais preciosas da Biblioteca foram enviados para Paris, enquanto a Igreja e o Mosteiro foram despojados de móveis finos e obras de arte. Os monges foram expulsos e os prédios e propriedades foram vendidos em 1810 sob os decretos napoleônicos.

 

Os claustros foram então usados ​​como um hospital militar, mais tarde como quartel. Na Primeira Guerra Mundial, serviram como um armazém militar e dormitório para as tropas. Os prédios foram devolvidos à Igreja Católica em 1917 e o Papa Bento XV restabelecera a Abadia de Santa Giustina com todos os seus direitos e privilégios antigos. Depois de ser colocada temporariamente sob a administração do Abade da vizinha Abadia de Praglia, em 1943 fora eleito o novo Abade após 123 anos de interrupção.

 

Arco Triunfal de Vallaresso -

Apresentava quatro colunas dóricas sobre plintos enquadrando nichos vazios, com um friso decorado com escudos e tríglifos.  Construído em 1632 pelo arquiteto Giambattista della Scala, o arco comemorava a gestão de Alvise Vallaresso durante a peste bubônica em Pádua. A estrutura em mármore exibia elementos arquitetônicos clássicos italianos através de suas proporções, colunas e elementos decorativos do século XVII. O arco estava localizado à esquerda ao sair da Catedral de Pádua, servindo como ponto de referência para visitantes do centro histórico. Dois brasões ladeavam a inscrição central no nível do ático, explicando as razões específicas de sua construção.

 

Basílica de Santa Giustina –

Com vista para o amplo espaço aberto da Praça Pratto da Valle estava esta Basílica dedicada à primeira mártir da cidade e uma das padroeiras de Pádua, Justina de Pádua nascera em uma distinta família de Pádua durante o período das perseguições cristãs de Diocleciano. Ela fora sentenciada à morte pelo Imperador romano Maximiano em 304, porque era cristã que estava então passando por Pádua. Seu corpo fora enterrado perto do teatro romano Zairo, atual Prato da Valle, o cemitério da aristocracia pagã e um cemitério cristão no auge do Patavium romano.

Pouco depois do Édito de Milão, em 313, que descriminalizara o cristianismo no Império Romano, os paduanos dedicaram uma igreja a ela, construída no local de seu túmulo. Mais tarde, fora reconstruída no século V pelo Prefeito pretoriano e patrício Venantius Opilio, uma Basílica de proporções refinadas ladeada por um oratório dedicado a São Prosdocimus, o primeiro Bispo de Pádua. Em 1117, o terremoto que abalara todo o norte da Itália derrubara a Basílica de Opilio. Apenas o Sacellum de Santa Maria permanecera intacto, que ainda poderia ser admirado. Fora reconstruído às pressas nos anos seguintes, incorporando e reutilizando o que restava da construção anterior. Continuara a ser um canteiro de obras nos séculos seguintes, que terminara apenas no século XVII.

A igreja fora projetada no formato de uma cruz latina e, com 118,5 metros de comprimento e 82 metros de largura, a era a sétima maior do mundo. O interior tem uma aparência graciosa com seus pisos em estilo tabuleiro de xadrez e pilares lavrados em prata. O piso fora colocado entre 1608 e 1615 em design geométrico, com mármore amarelo e vermelho de Verona e pedra de toque preta. Muitas peças de mármore grego permaneceram da Basílica Opilionea, principalmente visíveis no Sacellum ou Santuário de Santa Maria, onde era mantido o túmulo de São Prosdocimus.

 

Vários outros túmulos estavam abrigados no interior, além dos de Santa Justina e São Prosdócimo, incluindo os do Evangelista São Lucas, São Máximo, Santo Úrio, Santa Felicidade, São Julião, bem como relíquias do Apóstolo São Matias e os corpos de muitos Bispos que escolheram a Basílica como seu local de sepultamento. Havia vinte capelas, dez em cada corredor, cada uma decorada por ricas pinturas e esculturas do final do Renascimento. No meio da nave havia um belo Crucifixo de madeira do século XV, louvável por sua beleza de características e eficácia de expressão.

 

A torre do sino era uma construção sobreposta. Até a cornija mais baixa da torre estava a antiga torre do sino do século XII . Em 1599, a antiga torre fora ampliada em altura porque o tamanho da nova igreja impedia a cidade de ouvir os sinos. A nova torre atingia uma altura de 32 metros e suportava sete sinos. O maior deles fora fundido no século XVIII e pesava duas toneladas e meia. Da torre do sino, olhando para a Basílica, na cúpula central poderia ser admirada a estátua de cobre de Santa Justina, vigiando a cidade. As estátuas dos Santos Prosdócimo, Benedito, Arnaldo da Limena e Daniel de Pádua estavam nas quatro cúpulas menores.

 

Basílica de Santo Antônio –

Era dedicado a Santo Antônio de Pádua, religioso português que morrera em Pádua em 1231. Fora construída no século XIII para abrigar os restos do Santo, imediatamente depois de sua canonização. Além de visitar a Basílica que tinha com um interior impressionante, era possível visitar vários claustros e um museu dedicado ao Santo. O exterior da Basílica era surpreendente: a fachada era românica, as cúpulas eram bizantinas, e a torre central e os campanários, góticos. Mas ao contrário do que acontecia no Brasil, o Santo Antônio não era considerado o santo casamenteiro. Na Itália, essa era uma posição ocupada por São Valentim. Essa importância se dava porque esse fora o Santo que inspirara o nome da cidade e onde estavam guardadas suas relíquias, ele ainda era o padroeiro e Protetor da cidade de Pádua.

Concluída em 1310, depois de mais de 80 anos de trabalho, hoje a Basílica poderia ser considerada uma obra prima, com a sua fachada em estilo romântico lombardo. Independente da época do ano que a visite era quase impossível encontrá-la sem turistas. A Basílica era uma profusão de diferentes estilos arquitetônicos, do românico ao gótico, que convivem bem entre si. O interior preserva as relíquias de Santo Antônio (em vitrines especiais, visíveis ao público) e contava com a presença de sete capelas e um deambulatório, construído em estilo gótico. Os fabulosos afrescos no interior e o monumento equestre à Gattamelata, de Donatello no exterior completam a obra.

Uma das capelas mais visitadas era a das relíquias, onde se encontram a língua, o queixo e o aparelho vocal do Santo, perfeitamente preservados mesmo depois de muitos anos de sepultamento. A outra capela muito significativa era a da Madonna Mora, pertencente à antiga igreja de Santa Maria Mater Domini, onde o Santo celebrava a missa, pregava, confessava e se reunia em oração.

Batisterio de São Giovani –

Era dedicado ao patrono da cidade, São João. Era muito especial por alguns motivos: fora construído entre os séculos V e IX, sendo considerado a construção mais antiga da cidade e local onde Dante Alighieri fora batizado. O espaço era destacado pelas portas de bronze, com destaque para as Portas do Paraíso, de Lorenzo Ghiberti, com 47 ilustrações de cenas bíblicas. O autor Ghiberti tinha apenas 23 anos quando concorrera com os já consagrados Brunelleschi e Donatello para projetar as portas do Batistério. Ele ganhara a concorrência pública e, aos 44 anos terminara a obra. O ingresso combinado para todas as atrações (subida na cúpula, torre, criptas, Batistério e museu custava 10 Euros e deveria ser utilizado em 24 horas após a entrada no primeiro monumento. Poderia ser adquirido na hora, mas a recomendação era chegar às 8.00h em ponto ou então comprar pelo site, já que as filas sempre eram enormes.

Caffè Pedrocchi  - Via VIII Febbraio, 15 -

Era uma parada obrigatória a todos os turistas que estavam à procura do que ver em Pádua. Era o bar mais antigo da cidade, construído em 1831, tornara-se ponto de encontro de estudantes, artistas e escritores como Ippolito Nievo e Giovanni Prati, mas também de patriotas como Arnaldo Fusinato. Além de Stendhal, o lista dos ilustres convidados incluía Alfred De Musset, George Sand, Téophile Gauthier, Gabriele d’Annunzio, Eleonora Duse, Filippo Tommaso Marinetti e muitos outros. Conhecido como bar sem portas, por conta do seu horário de funcionamento desde 1900 — 24 horas por dia —, era um estabelecimento com uma atmosfera única, bem característica dessa região de Vêneto. No andar superior havia uma decoração diferente, com vários estilos, para receber shows e eventos literários.

Capella do Scrovegni

Com pinturas criadas por Giotto, era considerada a joia e obra-prima da cidade. O artista fora contratado para embelezar este prédio dedicado a Reginaldo Scrovegni por seu filho Enrico, em 1303. A obra, concluída em apenas dois anos, marcara a evolução do estilo artístico de Giotto, que lançara as bases para uma pintura mais moderna. Observando por fora nunca acreditaria no que estaria escondido dentro. Sugerimos que admire o céu estrelado, seguindo as paredes como se fossem páginas de um livro a folhear, da esquerda para a direita e de cima para baixo, partindo dos episódios de Joaquim e Ana, passando pelos da vida de Maria, até a história de vida e morte de Cristo, até concluir com o Juízo Final. Enrico mandara construir esta capela em sufrágio da alma do seu pai, banqueiro e usurário que durante a sua vida cometera vários pecados para ser colocado por Dante no Inferno da Divina Comédia. A Capela estava aberta à visitação todos os dias da semana das 9.00 às 19.00h, com exceção dos meses de março e outubro, em que o horário se estendia até 22.00h.

Castelvecchio –  Piazza do Castelo, 16 -

Erguia-se como uma estrutura fortificada integrada ao sistema de muralhas de Pádua, com grossas paredes de tijolos e torres estratégicas. O castelo surgira como componente vital das Muralhas de Pádua, servindo como Fortaleza militar para proteger a cidade durante os conflitos medievais. A estrutura representava a arquitetura clássica de fortificação medieval italiana, demonstrando as prioridades defensivas das cidades do nordeste do país. 

 

Escola do Santo -

Era também chamada de La Scoletta, fora construída logo após a morte de Santo Antônio e fora planejada como o lar de uma Confraria que daria assistência aos necessitados e, assim, perpetuaria a mensagem do próprio Santo. Por volta de 1430, uma pequena igreja fora construída perto do Oratório de São Jorge; o projeto fora financiado por doações e legados que enriqueceram a Confraria ao longo do século XIV. Fora então decidido que a estrutura deveria ser ampliada adicionando uma nova Câmara do Conselho acima da igreja, para servir como o local de reunião da própria Confraria. A igreja era uma estrutura de tijolos estilisticamente contida, como tantas associadas a Santo Antônio, e os dois andares datavam de períodos diferentes: o térreo, fora construído por volta de 1430, o espaço acima adicionado em 1504.

A câmara do andar superior era conhecida como Salão do Prior e era decorada com um ciclo de dezoito cenas da vida de Santo Antônio. Esses afrescos foram pintados nos primeiros anos do século XVI por vários artistas, incluindo Gian Antonio Corona, Filippo da Verona, Bartolomeo Montagna e um jovem Ticiano. Pintados em 1511, os três afrescos deste último teriam um papel decisivo no desenvolvimento da pintura no Veneto durante o século XVI. Eles retratavam várias cenas da vida do Santo e os milagres associados a ele: o santo permitindo que um recém-nascido falasse, recolocando o pé decepado de um jovem e revivendo uma esposa que fora esfaqueada por seu marido ciumento. Os afrescos e a Sala Priorale retornaram ao seu esplendor original após um programa de restauração meticulosa concluído em 2006.

Guetto

No meio do centro histórico ficava o Guetto, um bairro judeu que tinha muita história para mostrar. Sobrevivente de algumas guerras e sede da Comunidade Hebraica, ainda no Guetto era possível ver os restos da Sinagoga. Na rua da Sinagoga estava a Capella Scrovegni  e se quiser entrar na Capella Scrovegni e tirar a prova do talento de Giotto, era preciso ir antes no Museu dos Eremintani, que também ficava no Guetto e comprar o seu ingresso.

Igreja de San Benedetto Vecchio -

Apresentava arcos arredondados, paredes de pedra maciça e uma torre sineira que identificava os princípios arquitetônicos românicos.  Era dedicada a Bento de Núrsia, fundador da Ordem Beneditina, mantinha sua estrutura românica original através dos séculos. As cerimônias religiosas e missas seguiam o rito romano sob a jurisdição da Diocese de Pádua.  O interior preservava afrescos medievais e esculturas que demonstravam as técnicas artísticas e o simbolismo religioso do período românico.

Igreja de São Pedro Apóstolo – Via São Pedro

Apresentava arcos redondos e paredes de pedra sólidas, que demonstravam os princípios do design românico do norte da Itália.  Passara por múltiplas transformações desde o século IV, com uma reconstrução significativa no final do século XI e grandes renovações em 1765. A igreja mantivera fortes ligações com as Freiras Beneditinas, que possuíam o título de Canonesas através de um privilégio Real concedido no século IX.  Em janeiro de 1745, as Freiras Beneditinas de San Pietro ganharam uma soma tão grande na loteria da República Veneziana, que precisaram de um carrinho de mão para transportar os valores conquistados.

Igreja de São Clemente –

Erguia-se próximo à Piazza dei Signori com uma fachada dividida por pilastras coroadas por capitéis coríntios e estátuas religiosas.  As origens da igreja remontavam a janeiro de 1001, e desde 1386 comemorava a vitória na Batalha de Castagnaro. O retábulo principal apresentava o Papa Clemente I entre anjos, pintado em 1782 por Luca Ferrari, junto com obras de Pietro Damini.  O prédio abrigava o túmulo do escultor paduano Titian Minium e apresentava um rosácea com decorações em terracota do século VII.

 

Igreja de São Prodoscimo -

Apresenta elementos arquitetônicos simétricos e proporções geométricas características do período renascentista em construções religiosas.  Construída em 1455, o prédio transformara-se de uma igreja Monástica Beneditina, na Catedral do Pessoal Militar após sua re-consagração em 1990.  A igreja mantinha fortes conexões com organizações militares através de sua designação como Duomo doa Militares, servindo como centro espiritual para militares. A igreja continha relíquias religiosas de Santo Antônio de Pádua e preservava a memória de Eustochio Lucrezia Bellini, cuja sepultura gerara relatos de milagres.

Igreja e Pinacoteca de São Tomaso Becket – Via de São Tomaso –

Instalada no século XVII em prédios anteriores, era uma das joias barrocas da cidade. A igreja estava alinhada até 1890 pelos sacerdotes seculares de San Filippo Neri. Apresentava obras de A. Bonazza, Bonaccorsi, Ferrari, Pellizzari, Maffei e um crucifixo atribuído a Donatello. Eram quinze telas do teto, datadas dos séculos XVII e XVIII, que ilustravam os mistérios do Rosário. Na sacristia, havia a Pinacoteca com o mesmo nome, fundada em 1966, que coleta afrescos medievais, tecidos, móveis litúrgicos, manuscritos, material arqueológico, ourivesaria e numerosas pinturas, entre as quais se destacava uma maravilhosa Madonna no trono, obra de Antonio Vivarini.

 

Jardim Botânico – Orto Botanico

Logo atrás da Igreja de Santo Antônio, havia mais uma joia de Pádua, o Jardim Botânico. Apesar de não ser um ponto turístico muito conhecido entre os turistas, era um lugar que deveria ser incluído no seu roteiro. Fundado em 1545, era o Jardim Botânico Universitário mais velho do mundo. Assim, por conta da sua beleza natural, em 1997, fora inscrito na lista do Patrimônio Mundial na UNESCO. Construído com o objetivo de servir como um meio de identificar as plantas locais e os seus poderes medicinais, era um lugar importante na história da cidade. Inclusive, quando for visitá-lo será possível encontrar um pouco dessa história, já que a parte mais antiga das instalações estava bem preservada: um círculo com várias espécies de plantas que foram sendo colocadas e hoje já eram mais de 6 mil. O ingresso custava 10 Euros.

Museu Cívico –

Também conhecido como Eremitan, era um Complexo de museus e locais históricos, centrado em torno do antigo Convento dos Eremitani, e sua famosa Cappella degli Scrovegni com suas obras-primas de afrescos de Giotto. O Complexo estava localizado na Piazza Eremitani, na orla do centro histórico de Pádua. Incluía salas de objetos arqueológicos e - no vizinho Palazzo Zuckermann - um museu de arte aplicada moderna e medieval.

 

Museu da Ciência, Arqueologia e Arte - Piazza Capitaniato, 7 - 

Estava instalado no Departamento de Ciências da Antiguidade, na Universidade do Estudo de Pádua.

 

Museu da História da Medicina – MESME –

Inaugurado em 2015, era um lugar único no gênero localizado dentro do antigo Hospital de San Francesco, ao lado da igreja de mesmo nome. O museu contava a história da profissão médica desde os tempos antigos, utilizando todas as tecnologias mais avançadas. Uma visita possibilitava através de jogos interativos, aprender sobre a anatomia do corpo humano, a ligação entre doenças e patógenos e no grande teatro anatômico Vesaliano se poderia interrogar um corpo humano de 8 metros falando. O ingresso custava 10 Euros.

 

Museu Pré-Cinema - Palazzo Angeli –

Era único, não apenas entre os museus italianos, mas em todo o mundo. Fundado por Laura Minici Zotti, em 1998, em colaboração com o Comunidade de Pádua e o Departamento de Cultura e Turismo. Este Gabinete de Maravilhas era um projeto interessante e incomum que combinava interesse público e privado. Para entender a busca por conhecimento que levara ao nascimento e difusão mundial do homem visionário, e mais tarde à criação do cinema, era preciso começar com a invenção de filmes projetados pelos irmãos Lumière e trabalhar de trás para frente através dos séculos. À medida que voltamos no tempo, focamos nossa atenção na história das máquinas para visão, bem como em outra história – uma que eramais extensa e mais difícil de definir. Essa outra história era de entretenimento popular e espetáculos ópticos, que, ao longo dos séculos, finalmente levaram à invenção do que era chamado de Cinematógrafo.

Observatório Astronômico –  Vicolo do Observatorio, 5 -

Criado em 1777, sua torre Specola elevava-se 35 metros com dois níveis de observação, apresentando janelas grandes e espessas paredes de pedra.  A estrutura começara como torre prisional medieval no século IX antes de sua transformação em Observatório Astronômico, por decreto de Veneza em 1767. A Sala das Figuras continha afrescos do século XVIII retratando astrônomos e cenas mitológicas, junto com instrumentos astronômicos históricos. O museu requeria visitas guiadas de uma hora, com ingressos disponíveis no Oratório São Michele e horários separados para visitas diurnas e noturnas. Uma linha meridiana gravada no piso da Sala Meridiana permitia aos astrônomos acompanhar os corpos celestes atravessando o meridiano local.

 

Oratório de São Giorgio -

Duas pequenas igrejas dominavam o adro da Basílica do Santo: a da esquerda era o Oratório de San Giorgio. A construção, nascida como nobre capela funerária dos marqueses Lupi de Soragna, fora concluída em 1377. O interior fora pintado por Altichiero da Zevio que terminara o esplêndido ciclo pictórico em 1384. A Crucificação de Cristo e a Coroação de Maria estavam representadas na parede do altar; na parede interna da fachada os fatos da infância de Jesus; na parede esquerda episódios da Lenda de São Jorge; na parede direita as Histórias de Santa Catarina e Santa Lúcia.

Os Palácios

A cidade tinha nada menos do que 60 referências como palazzo distribuídos por todos os cantos. Selecionamos alguns dos mais referenciados:

 

Palacio Bó -

Construído em 1542, era sede da segunda mais antiga Universidade do mundo ocidental, a Universidade de Pádua, e palco de várias mudanças que impactavam as nossas vidas diariamente. Um exemplo fora a validação do papel feminino na sociedade, com a primeira graduação de uma mulher em uma Universidade. Além disso também fora nesse lugar que Galileu Galilei fizera a descoberta da Via-Láctea. Bonita por fora, a construção chamava a atenção de quem passava na frente. Assim, se tiver o interesse de entrar e entender mais sobre as suas contribuições era só comprar um ingresso de visita guiada.

Entre as inúmeras áreas que mereciam uma visita, as mais conhecidas eram o Teatro Anatômico e a Cátedra de Galileu Galilei. O primeiro, encomendado por Girolamo Fabrici d’Acquapendente, em 1594, era um teatro construído em nogueira, que fora utilizado por estudantes de medicina para acompanhar as aulas e as autópsias dos corpos. Na entrada notará a inscrição Hic est locus ubi mors gaudet succurrere vitae, que significava este é o lugar onde a morte gosta de ajudar a vida. A outra atração dentro do Palazzo de Bo era a cadeira de madeira onde Galileu ensinara matemática e física, de 1592 a 1610, e estava localizada na Sala do Quaranta, porque aqui havia precisamente 40 retratos de estudantes estrangeiros. O ingresso custava 7 Euros.

Palacio da Ragione -

Criado em 1218, fora sede durante anos dos Tribunais Cidadãos. Este belo prédio era denominado pelos locais de “o salão” devido à presença de um grande salão localizado no primeiro andar, que durante séculos fora o maior do mundo e ao qual se acessava através da Scala delle Erbe. O interior era caracterizado por uma única sala de 27 m de largura e 80 m de largura, cujas paredes eram totalmente afrescadas com pinturas elegantes e fascinantes. Infelizmente, em 1420, um incêndio destruíra a maioria desses afrescos, em particular os de Giotto. Era possível admirar pinturas com motivos zodiacais, astrológicos, religiosos, animais e muito mais. Além disso, o pórfiro Pietra del Vituperio era guardado no saguão onde os devedores insolventes eram obrigados a despir-se e bater nas nádegas três vezes antes de deixarem a cidade. O ditado veneziano restar in braghe de tea originava-se dessa prática. O ingresso custava 6 Euros.

Palácio do Capitão - Piazza Capitaniato, 7 –

Situado em frente à Igreja de São Clemente, ocupava um espaço privilegiado, assim chamado porque fora o lar de um dos dois capitães venezianos da cidade. Ele se desenvolvera na área da antiga Reggia dei Carraresi e era dividido por uma torre antiga, modificada entre 1427 e 1430, encimada por um tambor octogonal que suportava uma cúpula coberta com lajes de chumbo. Em 1426, o prédio passara por várias reformas com a instalação em 1427 do relógio, para seguir a decoração pictórica e o dourado e, finalmente, o do Leão Marciano, trabalho de Giorgio da Treviso. Passando pela face do relógio, entramos na Corte cortejada, um dos pátios da Reggia dei Carraresi, procurada por Umbertino da Carrara; A Cúria, a Chancelaria, a acomodação dos corpos de guarda, os estábulos e os estábulos, além de amplos e belos jardins.

Palácio do Monte de Pietá Novo –

Exibia um pórtico clássico com seis arcos feitos de blocos de traquito, complementado por uma fachada maneirista ao longo da Via Monte di Pieta.  A instituição Monte di Pietá, fundada em 1491 pelo Bispo Pietro Barozzi, obtivera este prédio em 1519 para fornecer empréstimos com baixos juros. O palácio, projetado pelo arquiteto Giovan Maria Falconetto em 1530, incorporava elementos do século XIV mantendo proporções renascentistas. O Palazzo, atual sede da Fondazione Cassa di Risparmio di Padova e Rovigo, na Piazza Duomo 14, apresentava exposições de arte regulares. O prédio sobrevivera a um grave incêndio em 1530, levando a renovações que criaram sua combinação distinta de pórticos medievais e design renascentista.

Palácio Liviano - Piazza Capitaniato, 7  -

Projetado pelo arquiteto Gio Ponti, incorporava elementos arquitetônicos metafísicos e abrigava a Faculdade de Ciências Humanas.  Fora construído durante o mandato de Carlo Anti como Reitor da Universidade de Pádua de 1932 a 1943, integrando partes do antigo palácio Capitanio. O átrio do prédio apresentava um afresco de Massimo Campigli criado entre 1937 e 1940, retratando temas arqueológicos e o patrimônio italiano.  O Museu de Ciências Arqueológicas e Artísticas, localizado no terceiro andar, exibia coleções de artefatos etruscos, gregos e romanos.  Os abrigos antiaéreos subterrâneos permaneceram intactos sob o palácio, conectando à Sala dos Gigantes onde afrescos de heróis antigos decoravam as paredes.

Palacio Zabarella –

Era um palácio medieval e um dos prédios mais antigos de Pádua, a torre e a sua parte central datavam do século XII. No século XIV, fora propriedade da família Carraresi, e logo da família dos Zabarella, e no século XIX fora renovado em estilo neoclássico para tornar-se uma importante referência histórico-cultural.

Palacio Zuckermann – Corso Giuseppe Garibaldi, 33 –

O térreo e o primeiro andar continham coleções de Artes Aplicadas e Decorativas - mais de 2.000 objetos pertencentes às coleções do Museu de Arte: artigos de vidro, trabalhos em talho doce, cerâmica, prataria, marfim, joias, tecidos e móveis. Dentro do itinerário cronologicamente organizado, alguns interiores foram reconstruídos, para que os visitantes pudessem entrar no espírito da vida das pessoas, em vários momentos do tempo e apreciar o desenvolvimento do gosto e das muitas técnicas artísticas usadas para criar tais objetos.

No segundo piso estava o Museu Bottacin , que reunia toda a coleção de Nicola Bottacin, o rico comerciante que doara todas as suas obras de arte e moedas para a cidade de Pádua, em 1865. Em uma reconstrução ideal dos móveis e utensílios de sua vila em Trieste, eram exibidas pinturas, móveis, esculturas, cerâmicas chinesas, armas antigas e outras obras adquiridas para decorar a enorme casa de Bottacin. Um segundo itinerário era dedicado à coleção mais específica sobre a história do dinheiro, o que tornava o Museu Bottacin uma das instituições numismáticas mais prestigiosas da Europa. As vitrines do século XIX continham algumas das exibições mais importantes da coleção: moedas gregas, moedas romanas dos tempos republicano e imperial, moedas bizantinas, medalhas e selos. O ingresso custava 13 Euros.

Piazza da Erbe e Piazza da Frutta

Grande parte da vida social de Pádua ocorria na Piazza delle Erbe e na adjacente Piazza da Frutta, áreas animadas e comerciais. Os nomes deviam-se à antiquíssima função no ramo comercial, onde aconteciam respectivamente as feiras de hortaliças e frutas. Estava ligada à vizinha Piazza della Frutta pela passagem coberta conhecida como Volto della Corda, assim chamada porque aqui mentirosos, falidos, trapaceiros e devedores eram açoitados com uma corda, que sempre ficava pendurada em cinco argolas fixadas na parede. A esquina sob esta passagem, por outro lado, chamava-se Canton delle busie, e era o lugar onde os comerciantes negociavam. Ainda eram visíveis as pedras brancas nas quais estavam gravadas as antigas medidas Paduanas, que serviram de referência para evitar que os vendedores enganassem os seus clientes.

Piazza do Duomo

Rodeada por uma majestosa Catedral e o antigo Battistero San Giovanni Batista, era onde se encontravam vários afrescos do Giusto de Menabuoi decorando o ambiente. Além desses dois monumentos, se for visitar essa praça será possível conferir o Palazzo Vescovile, por exemplo, que hoje sediava o Museu Diocesano. A Catedral era dedicada a Santa Maria Assunta e fora construída a partir de 1522, por projeto de Michelangelo Buonarroti, mas só fora concluída em 1754 pelo arquiteto veneziano.

Piazza do Signori

Próximo a esses dois palácios, havia uma praça que tinha um toque renascentista em seus monumentos que  encantaria à primeira vista, a Piazza dei Signori. Famosa pelos monumentos que a rodeavam, como a Igreja de São Clemente e a Torre do Relógio, que possuía uma estrutura imponente e mágica que encantava os visitantes. Projetada em 1300, na Piazza dei Signore era possível ver os minutos e as horas desenhadas no alto da torre. Também mostrava o mês, dia, a fase da lua em que estava e a posição astrológica. De cor azul, se destacava contra o branco da torre que separava o Palazzo Capitanio, do Palazzo do Camerlenghi e remontava ao período em que a Sereníssima República de Veneza conquistara Pádua, em 1405. ​A torre de origem medieval servira de entrada fortificada a leste do Palácio Carrarese, mas o seu aspecto atual devia-se às obras iniciadas em 1426 e concluídas com a inauguração do Relógio na festa de Sant’Antônio, em 1437. A torre poderia ser visitada apenas com reserva e 4 pessoas de cada vez, mesmo no interior onde era possível admirar o antigo mecanismo do Relógio.

Piazza Garibaldi

Não era apenas um local histórico, mas também um importante centro de convívio comunitário. A praça tinha uma série de Cafés e restaurantes onde tanto os habitantes locais como os turistas se reuniam para relaxar e desfrutar da atmosfera da cidade. Estava frequentemente cheia de atividade, desde artistas de rua a vendedores que ofereciam seus produtos. Uma das caraterísticas mais marcantes da praça era a estátua de Giuseppe Garibaldi que se erguia orgulhosamente no seu centro. A estátua comemora o herói italiano e o seu papel na unificação de Itália, um movimento que transformara o país numa única nação unificada. A estátua era um ponto de referência para os habitantes locais e para os turistas, uma vez que representava um tributo à liberdade e à luta pela unidade.

Piazza Girolamo Frigimelica -

Era caracterizada por uma fachada incompleta, na qual se abriam três portais. Destaque para o Batistério adjacente à igreja, embelezado com interiores harmoniosos e luminosos, com afrescos verdadeiramente evocativos que se destacavam nas paredes e na cúpula da estrutura e todos da autoria de Giusto de Menabuoi. Levante os olhos ao céu e se sentirá observado por centenas de olhos de anjos e santos e pelo olhar severo de Cristo Pantocriador.

 

Prato da Valle

Era considerada a maior praça da Itália, com superfície de 80.000 m2. Seu canal circular de 1,5 km rodeado por dezenas de 78 estátuas de homens ilustres, filósofos, escritores, sábios e médicos a tornavam única no mundo. A imagem noturna das estátuas refletidas no canal era uma das mais bonitas de Pádua.  Era cercado por uma ilha central completamente verde, que recebera o nome de Ilha Memmia. A praça sempre fora o fulcro da vida da cidade, porque no passado servira para o grande Teatro Romano e um clube de corridas de cavalos. Também neste lugar foram martirizados Santa Giustina e Santo Daniele. Alí estava  a gigantesca Basílica de Santa Giustina, que abrigava as tumbas do evangelista Luca e da Santa Giustina, que fora homenageada com o nome da Basílica.

 

Sala do Gigante – Piazza Capitaniato, 7 -

Apresentava forma trapezoidal com afrescos cobrindo todas as paredes, exibindo grades arquitetônicas pintadas que formavam colunatas com nichos. Em 1539, o Governador militar Girolamo Corner iniciara uma extensa restauração, aumentando o teto e expandindo a largura com novas janelas triplas. A sala exibia cinquenta figuras notáveis desde a fundação de Roma até o período pré-renascentista, incluindo políticos, líderes civis e figuras literárias.  O acesso exigia reservas antecipadas para visitas guiadas, disponíveis durante a semana através do centro de reservas do Palazzo Liviano. 

 

Teatro Verdi –  Via do Livello, 32 -

Com capacidade para 700 espectadores apresentava uma abóbada interior pintada por Giacomo della Casa e mantinha um palco com treliça de madeira, com 700 assentos.  O teatro, construído de 1749 a 1751 pelo arquiteto Antonio Cugini, fora modernizado em 1884 e sofrera danos durante a Primeira Guerra Mundial. Apresentava uma programação de óperas, concertos orquestrais, balés e produções teatrais durante todo o ano. O teatro recebera seu nome em 1884 em homenagem ao compositor Giuseppe Verdi, que recusara o convite para a cerimônia de inauguração.

 

Torre do Relógio

Era um prédio do período medieval da Cararesse Signoria , um período de prosperidade e florescimento cultural antes de se tornar uma província da República de Veneza, em 1405. A torre imponente caracterizava a aparência da esplêndida Piazza dei Signori e ficava entre o Palazzo do Capitanio e o Palazzo do Camerlenghi. O primeiro relógio projetado por Jacopo Dondi fora instalado na torre em 1344, um relógio astronômico que indicava horas, meses, fases da lua e o curso do sol através dos signos do Zodíaco. Fora destruído em 1390, quando os Exércitos milanese e veneziano invadiram o palácio, em um esforço para impedir a rápida expansão de Pádua, enviando a família da Cararra para o exílio.

Depois que Pádua passara para o domínio veneziano, os prédios do Palazzo Carraresi foram colonizados pelo Capitanio veneziano e expoentes da administração de Pádua. Assim, em 1428, a Torre do Relógio fora reconstruída e adornada com os símbolos da República de Veneza: o Leão de São Marcos e duas figuras portando os brasões do Prefeito Giovanni Badoer e do capitão Giovanni Moro. A torre fora equipada com um novo relógio astronômico, construído por um descendente de Jacopo, Novello Dondi dall'Orologio, seguindo os projetos do anterior. Em 1531, o grande Arco do Triunfo fora adicionado à base, conectando a Piazza dei Signori com a Piazza Capitânio. Era um arco redondo feito de pedra da Ístria, com quatro colunas dóricas apoiadas em uma base alta, obra de Giovanni Maria Falconetto, projetado no modelo dos antigos arcos triunfais romanos. Era famosa pelo chamado ribotto : cinco minutos depois de ter batido a hora, o sino tocava novamente com o mesmo número de badaladas. Era uma tradição antiga ligada ao comércio.

 

Quando as negociações começavam a demorar muito, o primeiro toque indicava a hora enquanto o ribotto decididamente decretava o fim do acordo. A Torre era estruturada internamente em cinco andares, o terceiro andar abriga o precioso mecanismo do relógio, enquanto os dois superiores eram a residência do mestre relojoeiro que cuidava da manutenção. O mostrador do Relógio Astronômico tinha formato circular, com um layout de uma série de faixas concêntricas. A faixa externa mostrava um esquema de numeração de 24 horas em algarismos romanos, um sistema amplamente usado nos séculos XIV e XV da Itália. A segunda faixa tinha estrelas decorativas de cobre em placas de chumbo, enquanto a terceira faixa continha os símbolos do Zodíaco, finalizados com uma folha de ouro puro. As faixas seguintes indicavam os dias e meses, as fases da lua e o movimento dos planetas. No centro estava a Terra, seguindo a teoria astronômica ptolomaica de um sistema geocêntrico que colocava a Terra no centro do Universo.

Entre os signos do Zodíaco no mostrador, o signo de Libra estava faltando. Essa falta se devia ao fato de que no sistema zodiacal ptolomaico, as constelações de Escorpião e Libra estavam unidas. O símbolo de Libra fora posteriormente adicionado na base de mármore que segurava o mastro da bandeira. Mas havia uma lenda popular dizendo que o símbolo de Libra estava faltando porque o construtor deliberadamente não o incluía no ciclo em um caso de despeito contra o cliente, que queria pagar um preço menor do que o valor acordado. O relógio fora seriamente danificado em um incêndio e reconstruído em 1436 por Matteo Novello e Gian Pietro delle Caldiere, que reutilizaram os signos originais do Zodíaco. Um século depois, Falconetto restaurara a fachada da Torre e criara as cornijas inspiradas nas pilastras jônicas. Em junho de 2010, o relógio voltara a funcionar após um longo trabalho de restauração, que envolvera tanto a estrutura da Torre quanto os mecanismos do relógio.

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