MENDOZA - A capital dos vinhedos e dos viños -
Argentina - parte 1/2
Vinícola em Maipo
Pré Cordilheira
Vinícola em Lujan de Cuyo
As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta bonita e agradável cidade argentina. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...
Conhecida por produzir o melhor Malbec do mundo, a Província Argentina de Mendoza surpreendia os visitantes. A melhor ocasião para visitá-la era na Festa da Vindima, cujo ápice acontecia no anfiteatro grego do Parque San Martin. Era um evento anual que comemorava a colheita da uva e a produção de vinhos. Desde 1936, reunia milhares de pessoas, durante uma semana, que poderiam desfrutar de muitas atividades. Equivalia ao nosso Carnaval e atraia amantes de vinho de todo o mundo
Não se poderia fixar a melhor época para visitar Mendoza: a cidade tinha atrações para todos os períodos do ano. Mas se havia uma melhor época para viajar, a escolha seria entre outubro e maio, entre a primavera e o verão, especialmente quando havia flores, frutos e muito verde, destacando a natureza da cidade. Era a segunda maior e mais bonita cidade da Argentina.
A região de Mendoza tinha cerca de 1.200 Vinícolas, pequenas, de porte médio ou que pertenciam a multinacionais. Sob um cenário que contemplava a montanha mais alta do Continente, concentrava num mesmo destino vinho, neve e montanhas, ingredientes prediletos para os turistas que escolhessem a Argentina para um passeio ou para as férias. Estava situada a 746 metros acima do nível do mar e tinha o fuso horário de 3 horas a menos do que Brasilia. Outro símbolo de Mendoza era o Cerro Aconcágua, a maior montanha do planeta fora da Ásia, cujos títulos como Sentinela de Pedra e Teto das Américas, faziam jús aos seus imponentes 6.962 metros de altura. Conquistar o cume era para poucos, mas apreciá-lo a partir do Parque Provincial Aconcágua, em terreno firme, já era suficiente para deslumbrar os visitantes e registrar boas imagens.
Em Mendoza as temperaturas apresentavam uma grande oscilação anual, e as precipitações eram escassas. O verão era quente e úmido, em torno de 25°C, e era a época mais chuvosa. O inverno era frio e seco, com temperatura média abaixo dos 10°C, e geadas noturnas ocasionais. A cidade interligava-se com Santiago do Chile pela Estrada de Los Caracoles.
Longas trilhas, escaladas em gelo, rafting nas corredeiras, vôos de parapente e aventuras na neve, tudo ao pé do Aconcágua, no Departamento de Lãs Heras. Com 6.962 metros acima do nível médio do mar, era a maior montanha das Américas, e também de todo o Hemisfério Sul, superado apenas pelo Himalaia, na Ásia Central. Fazia parte do circuito dos Sete Cumes, que consistia em escalar a montanha mais alta de cada continente. A palavra Aconcágua na língua quíchua significava A sentinela branca, mas na língua aymará poderia ser traduzido por A sentinela de pedra. A rota normal fazia parte da logística de escalada aos cumes de grande altitude, o que permitia contato com os melhores alpinistas do mundo. O Glaciar dos Polacos, com dificuldades moderadas para a altitude, exigia técnicas de escalada em gelo e neve e era freqüentado pelos que se preparavam para escalar o Himalaia.
A parede sul oferecia dificuldade extrema em gelo, neve e rocha, com inclinações de até 70°. O clima extremo e as baixíssimas temperaturas eram mortais. Saindo do acampamento de Confluência, o percurso até Mulas durava quase 9 horas, em 19 km de trilhas. No local, não existia banheiro público. Nos Andes, era comum a pressão baixar durante o fim da tarde, por conta das tormentas. Por isso, o ideal era sempre acordar cedo e fazer a caminhada na parte da manhã. Mais ou menos 40% dos alpinistas fracassaram ao tentar chegar ao cume do Aconcágua, por conta da altitude, variações do tempo e também os fortes ventos.
No caminho para Aconcágua existia um cemitério de alpinistas, no qual estavam várias sepulturas. Até hoje, eram quase 160 mortes conhecidas. Os alpinistas brasileiros, Mozart Catão, 35 anos, líder do grupo, e Alexandre Oliveira, 24, ambos do Rio de Janeiro, e Otto Leonardes, 23, de Brasília, morreram em fevereiro de 1998. No ano passado, um norueguês e dois norte-americanos morreram na escalada. Um deles, o veterano de guerra John Michael Magness, 58, perdera a vida quando havia chegado ao Acampamento Independência, a 6.300 metros de altitude.
A melhor oportunidade da estação de inverno, quando os vinhedos estavam secos, era combinar vinhos com esqui, na Estação de Las Leñas, a 370 km do centro de Mendoza. Mas, em qualquer época do ano, a visita ao Aconcágua era um percurso lindo e uma das atrações era a Represa Potrerillos, construída em 1999, para gerar energia elétrica, abastecer a cidade e irrigar as Vinícolas. A Puente del Inca, a 183 km de Mendoza, quase na fronteira com o Chile, era uma atração por suas águas termais. A área era formada por uma ponte natural sobre o Rio Las Cuevas. A lenda quéchua dizia que o herdeiro do trono do Império Inca estava doente e, sem esperanças, fora levado para o local para ser curado.
Las Cuevas era o último vilarejo no território argentino. A atração principal é a estátua do Cristo Redentor de Los Andes, que ficava a 4.200 metros de altitude, considerado o ponto mais alto para quem fizesse o passeio de um dia. O caminho até o Cristo só era possível trilhar de carro. Saindo de Puente del Inca, sentido Horcones, depois de três ou quatro horas de caminhada, a trilha acabava se dividindo entre o acampamento de Plaza de Mulas (4.300 metros de altitude) ou o acampamento Plaza Francia (4.200 metros de altitude), base da Parede Sul. Para chegar até os acampamentos, era melhor não arriscar, e contratar um Guia.
Cybercafés e serviços
Podia-se afirmar que era uma cidade avançada tecnologicamente. Apesar de estar no interior da Argentina, tinha estabelecimentos que funcionavam 24 horas ininterruptas e outros que ofereciam serviços de gráfica e de internet a qualquer hora. Geralmente, a hora em um cybercafé não ultrapassava US$3,00 e era tudo em banda larga. Nos hotéis, como no Park Hyatt Mendoza, era possível acessar a internet com um teclado especial da TV do seu quarto, bastava solicitar na Recepção.
Mendoza Baloons
Eram vôos de balão que eram realizados a partir do amanhecer ou ao anoitecer. O local de partida ficava em Junin, e era preciso contratar um transfer extra. O passeio pelo balão custava U$ 120,00 por pessoa, incluindo um brinde de espumantes e Certificado. Reservas pelo e-mail info@mendozabaloons.
Sak Wines and Travel
Era um programa que levava o visitante até as montanhas, com trekking, passando por Potrerillos e pela Puente de Inca. O passeio custava 150 dólares por pessoa. Contato e reservas: sakwinetours.tur.ar
Em caso de emergência
Mendoza era uma área suscetível a terremotos, que eles chamavam de temblores. Apesar de o último ter acontecido há muito tempo, o que fazia o turista viajar mais tranquilo, mas era bom saber o que fazer em caso de emergência. A cidade fora construída arquitetonicamente para suportar terremotos de grande amplitude. Por isso, tinha muitas praças, todas sem fiações aéreas, e para onde a população era orientada a se dirigir caso ocorresse o fenômeno. Os hospitais atuavam no mesmo sistema do Brasil, ou seja, atendiam as pessoas em um Pronto Socorro.
Alguns hotéis dispunham de atendimento médico aos hóspedes, e em casos de urgência, o médico poderia atender no quarto do hóspede. As farmácias vendiam medicamentos somente com prescrição médica. Não era possível comprar remédios proibidos, nem dando um jeitinho. Eram vendidos os mais comuns, como aspirina e suas versões locais de vitamina C. Junto a Plaza Independência, principal ponto do centro da cidade, havia um escritório da Fundação Pró-Mendoza, que auxiliava a Secretaria de Turismo, no atendimento aos visitantes.
Ponte do Inca
O que visitar
Aquário Municipal
Inaugurado em 1945, contava com ótima infra-estrutura e abrigava várias espécies de peixes e repteis de água doce e salgada. Aqui encontraria tartarugas, jacarés, peixes entre outros animais. Em frente ao Aquário ficava o Serpente Anaconda Mendoza Center, centro especializado em diferentes espécies de cobras. Possuía acesso para o deslocamento de portadores de necessidades especiais. Ficava na Calle Ituzaingó esquina Calle Buenos.
Aristides Villanueva
Contava com lojas modernas e era uma ótima opção para quem buscava comprar roupas e equipamentos esportivos para o inverno. Era popular entre os argentinos e turistas por conta dos restaurantes, pubs e bares. As largas calçadas acabavam atraindo o público que buscava curtir uma noite agradável. Para os amantes das famosas empanadas, a Avenida apresentava diversos locais para saborear o salgado. Além disso, era possível encontrar diferentes casas noturnas que abriam por volta da 1 hora da manhã, funcionando até o amanhecer.
Cassinos
Para quem estivesse a fim de apostar na sorte, essa era uma oportunidade, que os moradores locais e os turistas podiam desfrutar de Cassinos no estilo Las Vegas, porém diferentemente dos cassinos americanos que funcionavam 24h por dia, os cassinos de Mendoza abriam às 10.00h com horários de fechamento variados. Confira!
Arena Maipu
Contava com 425 slots caça níquel, 25 mesas de roleta eletrônica, 10 tabelas com os jogos mais populares, 4 roletas e 6 mesas de jogo. Dispunha de sala VIP, serviço de transfer e bar. Ficava na Lateral Sur Emilio Civit, 791 esquina Calle Maza.
Cassino de Mendoza
Eram sete unidades localizadas nos principais bairros da cidade. As casas ofereciam máquinas caça níquel, mesas de jogos e shows ao vivo, além de restaurantes e bares. Outro destaque ficava para as áreas reservadas para os fumantes, exceto no Cassino Tupungato.
Confira os endereços dos Cassinos:
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Sede Central – Endereço: Departamentos de Capital y Godoy Cruz, na Avenida San Martín N° 2045 quase esquina Brasil, principal artéria da Grande Mendoza;
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San Martín –Calle 9 de Julio, 142;
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Rivadavia – Departamento Calle San Isidro, 999;
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General – Avenida Alvear, 136;
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Tupungato – Belgrano,727;
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Tunuyán – San Martín,933;
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Malargüe –San Martín,113.
Enjoy Sheraton - Primitivo da Reta, 1009 -
Abrigava máquinas caça níquel e mesas de jogos, além de bares e restaurantes. De sexta a domingo oferecia shows ao vivo.
Regency – Hotel Park Hyatt - 25 de Mayo, 1115 -
Contava com dois andares, com mais de 3.000 metros quadrados, 650 máquinas caça níquel e 19 mesas de jogos, e para aqueles que desejam mais privacidade, poderiam contar com a área VIP – com máquinas de jogos, comidas e bebidas. De sexta a domingo, durante a noite, o Cassino oferecia shows ao vivo com artistas locais e com vários ritmos, entre eles: tango, jazz, samba, flamenco e pop.
Mercado Central - Avenida Las Heras -
Um passeio pelo mercado era uma boa pedida para provar a culinária local. Era possível comprar presuntos crus, por exemplo, além de embutidos e também alguns vinhos da região. Também valia comprar os alfajores, por um preço mais em conta do que nos demais bares e mercados.
Parque Provincial Aconcágua -
Na Cordilheira dos Andes, a 6.962 metros de altitude, estava uma das maiores atrações de Mendoza. A Sentinela de pedra - como era conhecido o monte Aconcágua - era tão imponente que parecia mesmo tomar conta de toda a Província. O ponto mais alto das Américas atraia montanhistas de todo o mundo. Em busca de superar limites, eles encaravam as paredes de gelo e realizavam uma das mais perigosas escaladas do mundo. O turista comum também tinha vez por lá: o registro da espetacular paisagem podia ser feito à beira da estrada ou no Mirante do Parque Provincial Aconcágua.
Ponto final de um dos mais populares tours de Mendoza, o Aconcágua era visita obrigatória. Através da Ruta Nacional 7, o tour de alta montanha seguia até chegar na entrada do Parque. Aqui se poderia apreciar a enorme formação rochosa coberta de neve eterna. O Parque permanecia fechado na maior parte do ano, devido à periculosidade das trilhas e costumava abrir entre novembro e fevereiro, mas a data exata variava todos os anos. O Mirante seguia as mesmas restrições. Por isso, fora de temporada, só era possível ver o Aconcágua, a partir da estrada.
Parque San Martín
O Parque e as belas praças da cidade — Espanha, Itália e Chile, foram concebidos para abrigar a população. A cidade se concentrava ao redor da Plaza Independência, cruzada pela Calle Sarmiento, que era atravessada pela Calle 9 de Julio e a Avenida San Martín, que era a principal via urbana. Paralelas a Sarmiento corriam as ruas Arístides Villanueva e Las Heras, que terminavam no Parque José San Martín. O centro da cidade possuía muitas árvores, regadas por pequenos canais juntos aos meio-fios de água procedente de oásis formados pelas águas do degelo.
Plaza Chile
Saindo da Plaza Independência siga para a Plaza Chile, um lugar bem menor com uma fonte de azulejos azuis, que formavam a bandeira do país. O local fora construído para celebrar a amizade entre os países Argentina e China.
Plaza España
Inaugurada oficialmente 1949, era uma das áreas verdes mais bonitas da cidade. Era toda revestida em azulejos. O destaque ficava para um mural que representava a fundação da cidade de Mendoza, por parte dos espanhóis.
Plaza Independência
Era uma das mais famosas da cidade. Era onde realizavam shows, apresentações teatrais e havia comidinhas para degustar. Além disso, era possível curtir uma feirinha com diversos produtos artesanais.
Plaza Italia
Prestava uma homenagem a Romulo e Remo. O ideal era visitar o local durante o dia, já que era possível encontrar diversas pessoas passeando ou aproveitando o sol. Por ser um pouco escura, tome um cuidado redobrado ao andar próximo durante a noite. Por aqui também circulavam livremente os amigos do alheio.
Puente Picheuta - Uspallata - Ruta Nacional 7 -
Para transpor a Cordilheira dos Andes - em 1817, o Exército Libertador, comandado pelo General San Martín, atravessara a pequena ponte sobre o Rio Picheuta em busca da Independência da Argentina. Hoje ela não era rota para a travessia, porém ganhara o título de lugar histórico nacional. A 21 km da vila de Uspallata, quase à margem da Ruta Nacional n° 7, a pequena ponte de pedras e argamassa já fora passagem oficial entre Argentina e Chile.
Ruínas Jesuíticas de São Francisco - Esquina Oeste da Praça Pedro del Castillo -
Era um prédio construído pelos jesuítas, entre 1716 e 1731, que fora destruído pelo terremoto em 1861, e declarado um marco nacional, em 1941.
Santuario da Virgen de Lourdes
Ficava no Vale do sopé da Cordilheira dos Andes e acabava atraindo alguns devotos. No dia 11 de fevereiro, celebravam a aparição da Virgem Maria com algumas realizações populares.
Bodegas em MENDOZA
Visitar as Bodegas era um passeio obrigatório para quem circulasse por aqui. Eram mais de 1.200 espaços de vinho espalhados pela região, de diferentes estilos e propostas, sendo que 136 deles estavam abertos ao público.
Como funciona o Circuito das Bodegas
Eram quatro as regiões produtoras: Luján de Cuyo e Maipú, cerca de 20 km de Mendoza, e Vale de Uco e San Rafael, que fica ao sul, distantes 80 km e 100 km, respectivamente.
Os tours pelas Bodegas
De Van - Eram os tours mais comuns, e visitavam normalmente duas Bodegas – uma mais comercial e uma boutique, além de uma Fazenda de azeite de oliva. Todos os hotéis podiam indicar tours, que ficavam em torno de 30 dólares por pessoa;
De ônibus – O BusVitivinícola, oferecia um passeio por 600 pesos, passando pelas seguintes Bodegas:
Tour 1 - El Sol - Começava por Vistalba e seguia por Plaza Chacras, Clos de Charcas, Tierras Altas, Filósofos e Lagarde. Cobravam 600 pesos por pessoa;
Tour 2 - Lujan Sur – Oferecia visitas a Chandon, Dollum, Dominio del Plata, Tapiz, Terrazas de los Andes e Septima. Cobrava 650 pesos por pessoa;
Tour privado – O Trout and Wine - Era um passeio excelente e mais exclusivo, que por isso mesmo custava mais, em torno de 170/200 dólares por pessoa com o almoço incluído.
Bodegas em Lujan de Cuyo e Maipú
Era a região que tinha a maior quantidade de Vinícolas, e que ficava mais próxima da cidade, a cerca de 25 km do centro de Mendoza. Possuia vinhedos entre 800 e 1.200 metros de altitude, e era considerado o terroir dos Malbec. Luján e Maipu situadas nas chamada primeira zona, que concentrava a maior quantidade das Vinícolas abertas ao turismo. Uma das principais diferenças que o turista encontraria entre as Bodegas, seria o volume da produção. Fazia a diferença das Bodegas familiares e artesanais das grandes produtoras. Nas charmosas Bodegas familiares, havia mais chances de ser recebido pelo dueño e fazer uma visita mais exclusiva. Já nas comerciais, havia salões gigantescos recheados de barris e se poderia ver a produção daquele vinho que acabara de provar. As principais: Catena Zapata - Chandon - Norton - Altavista - Lagarde - Luigi Bosca - Nieto Senetiner - Ruca Malen - Septima - Terraza de Los Andes - Vistalba.
Bodegas em Maipu
Situada a cerca de 20 km do centro de Mendoza, Maipú reunia as Bodegas mais antigas e tradicionais da região. Carinae - Trapiche - Familia Zuccardi - La Rural - Finca Flichman - Lopez - Vistandes, e mais recentemente a Bodega
El Enemigo.
A Casa El Enemigo era a propriedade de Alejando Vigil, Enólogo chefe da premiadíssima Vinícola Catena Zapata, uma Bodega tradicional de Mendoza e que, juntamente com Adrianna Catena, criaram essa Vinícola que produzia uns dos melhores vinhos da Argentina, o El Enemigo Malbec, El Enemigo Cabernet Franc, Gran Enemigo Blend e o top Gran Enemigo Gualtallary Single Vineyard. A Bodega El Enemigo era pequena, aconchegante, bem transada e produzia excelentes vinhos. Sem contar que o trajeto para chegar até ela era muito bonito. Quando estiver em Mendoza, vale visitá-la e curtir seus vinhos, especialmente os Malbec e Cabernet Franc. Para melhor receber os visitantes, tinha uma jovem equipe de cozinha que encantava a quem tivesse o privilégio de almoçar na residência de Alejandro.
O projeto El Enemigo (Bodega Aleanna), começara em 2008, em parceria com a filha mais nova de Nicolas Catena, a historiadora Adrianna Catena. Atualmente produziam cerca de 100 mil garrafas/ano, sendo que o Cabernet Franc representava 70% da produção e os Bonnarda e Chardonnay eram outros destaques da El Enemigo. Com exportação prioritária para vários países, os rótulos eram versados para o inglês. Assim, o Great Enemy Single Vinayard Gualtallary 2012 (Cabernet Franc) fora selecionado como o melhor vinho da Argentina, em 2016, pela revista americana Wine Advocate, uma das mais influentes no mundo do vinho, com uma pontuação de 98+.
Bodega Andeluna
Localizada a cerca de 100 km de Mendoza, a 1,3 mil metros de altitude, ocupava uma área de 80 hectares totalmente cultivados. Fora criada em 2003, pelo americano Wardy Lay, um empresário apaixonado pela Argentina. O grupo Andeluna estava presente em mais de 30 países e sua sede, seguia uma linha de arquitetura rústica. Tinha um belo restaurante que convidava o visitante a experimentar as delícias da cozinha regional.
Conheça as vinícolas Família Zuccardi e Catena Zapatta - RP33 km 7,5, - Maipú e Cobos s/n. - Luján de Cuyo -
A Vinícola Zuccardi vinha sendo agraciada com o titulo de Melhor Vinícola do Mundo, por três anos consecutivos, desde 2021, pela The World’s Best Vineyards.
Bodega Catena Zapata
A marca Catena Zapta revolucionara a vinicultura argentina. Sua imponente sede, em formato de pirâmide maia, e seus cobiçados vinhos que em 2022 ganhara o prêmio de Melhor Vinícola do Mundo, aberta à visitação, pelo World's Best Vineyards. Muitas Vinícolas já haviam se estabelecido na região, incluindo a própria Catena, fundada em 1902, pelo imigrante italiano Nicola Catena, que produzia um excelente malbec.
Por volta de 1990, o neto do patriarca, Nicolas Catena daria início à revolução vinícola de Mendoza, influenciado pelo lendário enólogo norte-americano Robert Mondavi, nos anos em que estudara economia na Califórnia. Nicola plantara, no início da década de 1990, apena 145 cepas diferentes de malbec provenientes do antigo vinhedo Angélica e organizara a produção de seus terroir em bases científicas. Para isso, criara seu próprio Instituto de Pesquisas, comandado pela filha Laura Catena Zapata, cientista formada em biologia, pela Universidade de Harvard, e em medicina, em Stanford.
Pioneiro do cultivo em grandes altitudes, fora o primeiro a plantar um vinhedo malbec a mais de 1.500 metros acima do nível do mar, no terroir Adrianna Vineyard, com seu monumental El Mirador. Atualmente, Nicolas Zapata contava com o agrônomo e apaixonado por solos Alejandro Vigil, enólogo da Catena, incansável em estudar e compreender cada vinhedo, cada lote e cada planta e o comportamento das uvas após as chuvas, que só ocorriam 45 dias por ano.
Na sede da Catena Zapata, depois de uma aula de história sobre malbec e uma visita às instalações da Vinícola, a degustação era uma experiência sensorial, pois os vinhos eram harmonizados ao som de músicas. Era hora de apreciar os Angélica Zapata Chardonnay Alta, Catena Alta Cabernet Sauvignon, Catena Zapata Nicasia Vineyard Malbec, Catena Zapata Malbec Argentino e Natureza de Saint Felicien. O restaurante de Angélica — Cocina Maestra, que levava o nome da matriarca da família, Angélica Zapata, estava situado na Torre Catena. O menú apresentava 10 propostas, e a reserva precisava ser feita com grande antecedência.
Circulando por lá almoce na Finca Decero, que nascera nos anos 1970, em terra virgem e inculta. Descendente de suíços, Thomas Schmidheiny descobrira um potencial incomparável na região de Agrelo, Mendoza. Criara uma Vinícola única e sofisticada, chamada Remolinos. Em 2000, decidira começar com um novo projeto do zero, daí o nome Decero, cujo principal terroir ficava 1.050 metros acima do nível do mar, em frente à Cordilheira dos Andes. O solo e o clima definiram as características de seus vinhos. Impressionava a organização dos vinhedos, cujas distâncias pareciam estabelecidas milimetricamente. O menú marinado do Restaurante Urban O. Fournier apresentava cinco etapas, harmonizados com vinhos Malbec, Petit Verdot, Cabernet Sauvignon, Syrah e Tannat. No menú Mini Edicione, a estrela era o ícone Decero Amano. A Chef Miriam Chaves combinava a boa carne argentina com a cozinha espanhola.
Os melhores produtos da marca Catena
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Alamos Malbec 2021
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Angélica Zapata Cabernet Sauvignon Alta
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Angélica Zapata Malbec Alta
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DV Catena Cabernet Malbec 2020
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DV Catena Malbec-Malbec
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DV Catena Pinot Noir - Pinot Noir
Bodega Rutini
Possuia diversos vinhedos pela região, e duas bodegas. A mais antiga, chamada de La Rural, estava localizada em Maipú, distante 25 km de Mendoza. A mais nova, ficava em Tupungato, distante 100 km. Existia desde 1885 e hoje, utilizando modernas técnicas de vitivinicultura, produzia 4 milhões de litros de vinhos, que também são exportados para o mundo.
Bodega Salentein
Era uma das bodegas do majestoso Valle do Uco. Ficava mais distante de Mendoza, mas a paisagem ao longo do caminho compensava a viagem. A empresa também mantinha negócios nas áreas de agricultura, pecuária e carnes, exportando para o mundo. O salão de barris de carvalho, chamado La Cava, era maravilhoso: tinha o formato de uma cruz e podia ser observado de uma altura de 9 metros. E mesmo com toda essa grandiosidade, o projeto de acústica arquitetônica, fora desenvolvido como o de uma igreja, garantindo um ambiente tranqüilo e bonito com a Cordilheira servindo de pano de fundo.
Bodega Trapiche
Estava situada no sopé da Cordilheira dos Andes. A marca Trapiche era tradicional e detentora de vários prêmios internacionais. Foi a pioneira na introdução de cepas francesas e na importação de barricas de carvalho da Europa. O negócio nasceu em 1883, na vizinha cidade de Godoy Cruz, e o prédio atual era de 1912, tendo sido restaurado em 2008. Era uma visita recomendada!
Bodega Trivento
Pertencia ao grupo chileno Concha y Toro, produtora do Trivento Reserve Malbec, um dos vinhos argentinos mais vendidos no mundo. O nome já dizia: os três ventos que sopravam nas regiões áridas e ensolaradas do Valle do Uco, Oásis Luján-Maipú e Oásis Este: Polar (frio e seco, no inverno), Zonda (quente e seco, entre inverno e primavera) e Sudestada (úmido e fresco, no fim do verão). Fundada em 1996, tinha oito Estâncias. O melhor vinho da Trivento era o Eolo, produzido no Valle de Cuyo, a 983 metros de altitude, num terroir de apenas quatro hectares, plantado em 1912. Como a produção era muito pequena, não era exportado.
Pulenta State
Estava situada a 45 km do centro de Mendoza, no local denominado Alto Agrelo. Era uma Bodega jovem, criada em 2002, mas carregava a tradição da vinicultura, já que pertencia aos irmãos Eduardo e Hugo, filhos de Antonio Pulenta, que era um dos proprietários da Bodega Trapiche. Surpreendia na chegada, um simples portão para receber os visitantes, mas o diferencial estava na produção, que ficava abaixo do nível do solo, em ambientes de pouca iluminação, com decoração rústica e elegante confeccionada em madeira.
Vale do Uco
A Pedra Infinita era sede da Vinícola Zuccardi, era uma visita imperdível, pela sua arquitetura quase lunar, moderníssima e onde era possível conhecer o processo de produção dos vinhos em seus tonéis de concreto e fazer a degustação de Zuccardi Polígono (branco), Zuccardi Polígono Malbec, Emma Zuccardi, Tito Zuccardi, Zuccardi Concreto e José Zuccardi. Localizada no coração do leque aluvial do Rio Tunuyán, sobre solos calcários muito pedregosos e irregulares, que alteravam as características dos vinhos, Pedra Infinita ficava no coração do vinhedo de 42 hectares, plantado em 2009, que produzia uvas das variedades malbec, cabernet franc, bonarda e tempranillo, com irrigação por gotejamento. Seu nome vinha do fato de que muitas toneladas de pedra, aproveitadas nas construções, foram retiradas do solo para estabelecer o terroir.
Era possível almoçar em Clos de los Siete, um pedacinho da França no coração do Vale do Uco. Era um projeto do famoso enólogo Michel Rolland, inspirado em Bordeaux. Sete châteaux franceses decidiram investir em uma única propriedade, uma espécie de reencontro histórico com o malbec, casta de uva que havia desaparecido na França por causa de uma praga e que ressurgira na Argentina. Juntamente com o amigo e enólogo Jean-Michel Arcaute, no final da década de 1990, na zona alta de Vista Flores, Departamento de Tunuyán, Rolland encontrara um excelente terroir, com 85O hectares virgens, com fluxo das correntes de ar frio e excelente exposição solar; os solos eram rochosos, pobres, mas com boa drenagem, além da disponibilidade de água pura de degelo para irrigação.
Uma das sete Vinícolas do projeto era a Monteviejo, de propriedade da família Péré Vergé-Parent (Château Le Gay, Château Montviel, Château La Violette y Château Tristan, em Pomerol). Seu prédio, com cores mediterrâneas, fora idealizado por Catherine Péré-Vergé, falecida em 2013. Seu restaurante, instalado a 1.100 metros de altitude, com um grande terraço e vista magnífica da Cordilheira dos Andes, era comandado pela Chef Nádia Harón. Eram oferecidos quatro pratos, harmonizados com vinhos Monteviejo: Festivo, da linha reserva e gran reserva, e Linda Flor. Na Vinícola, se poderia apreciar obras de Homero Pereyra, Sandra Barrozo e Meli Nafissi Christiansen, entre outros artistas argentinos.