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MOSCOU - A Catedral e a Praça Vermelha  - Rússia  

 

MOCBA

As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar a capital russa. Portanto, escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro, para melhor aproveitar sua passagem por aqui... 

A origem de Moscou datava do século XV, quando Ivan III determinara que fossem demolidos todos os prédios ao redor do Kremlin, com a finalidade de criar uma área livre destinada a funcionar como mercado. O nome da praça, não se devia à cor predominante dos prédios em volta, nem era referência ao comunismo, mas tinha sua origem na palavra russa Krasnaya, que originalmente significava bonita, e por estar situada frente à Catedral de São Basílio.  Este prédio religioso, com suas nove torres multicoloridas, tornava-se o principal ícone turístico e arquitetônico da cidade. 

O primeiro passeio pela capital russa deveria começar pela Praça Vermelha - Krasnaya Ploshchad. Era a origem, coração e alma da cidade. Instalada entre as muralhas do Kremlin, a Catedral de São Basílio, e o Museu Histórico Nacional, essa imensa área pavimentada era o coração turístico de Moscou. ​Em frente ao Mausoléu, no outro lado da praça, ficava o Shopping GUM (Glavny Universalny Magazin), o maior da Rússia, que abrigava lojas de grife. No GUM havia de tudo, mas os preços eram altos e quase proibitivos para a maioria dos russos - a loja era voltada para visitantes ocidentais de alta renda. Por todos os lados se destacavam as torres típicas das igrejas ortodoxas russas ( padrão cebolas ), encontradas por toda a cidade.

Desde a Perestroika, como ficara conhecido o movimento comandado a partir de 1989, por Mikhail Gorbatchev, que coloara fim ao radicalismo soviético e abriara a Rússia para o  mundo, o culto religioso deixava de ser cerceado e diversas igrejas começaram a ser restauradas. Ao longo da Rua Smolenskaja, estavam também alguns restaurantes, lojas de fast food e casas de cambio. Custava a acreditar, que a religião tenha sido combatida durante tantas décadas na Rússia soviética, quando vemos hoje a profusão de torres de templos religiosos, sua arquitetura primorosa, seus interiores belíssimos, e principalmente a religiosidade do povo. 

Um bom programa em Moscou, era passear de Metrô e descer em algumas Estações pelo caminho. Muitas delas, apresentavam paredes revestidas com mosaicos formando painéis decorativos, eram ornamentada com estátuas, referências históricas e políticas. O Metrô era eficiente e cobria toda a cidade, embora fosse muito difícil para um turista orientar-se sozinho em seu interior. O Metrô transportava, desde 1931, cerca de oito milhões de pessoas por dia, com uma eficiência invejável. A maior Estação era Komsomolskaya, cujos painéis eram uma autêntica aula de história russa. Também a Estação Mayakovskaya, tinha um teto de mosaicos que surpreendia os  turistas.

Mais uma edificação que surpreendia, era a Catedral de Cristo Salvador, construída por ordem de Alexandre I, como agradecimento pela Rússia não ter sido invadida pelos bárbaros asiáticos. Consagrada em 1833, sua torre principal tinha 103 metros de altura. Vários templos religiosos da cidade como este, foram muito danificados pelos soviéticos, e vinham passando por um cuidadoso processo de recuperação. Na década de 1920, chegara a ser dinamitada por ordem de Stalin, mas a partir de 1995 durante o Governo de Boris Yeltsin, começava a ser reconstruída, num esforço gigantesco do Governo, que se encontrava em grave crise por conta da transição para a economia de mercado. A população também contribuia para recuperação deste que fora o mais importante lugar de culto dos fiéis da Igreja Ortodoxa Russa.

 

​A Catedral de São Basílio, era considerada o principal ícone turístico de Moscou, e tinha suas origens no período de 1555 e 1561, quando uma pequena igreja de pedra fora erguida neste local, onde estaria enterrada Santa Sofia. Na mesma época, os russos obtiveram uma vitória definitiva sobre os mongóis, que ameaçavam invadir Moscou. Para comemorar o evento Ivan, o Terrível, ordenara a construção de sete igrejas na Praça Vermelha. A torre da Catedral, uma das estruturas mais altas da cidade, era visível a quilômetros de distancia. Ao lado da Catedral estava o maior sino já construído, fundido em 1701 e que nunca chegou a ser içado até a torre.

 

A pouca distância encontrava-se também Canhão do Tzar, o maior canhão do mundo, no gênero. ​Fazendo o diferencial desta Catedral, as igrejas eram conectadas entre si, formando um único conjunto, embora com características arquitetônicas e cores diferentes, o que poderia ser facilmente constatado, observando-se cada uma das torres. Cada igreja fora projetada para homenagear diferentes eventos da campanha contra os bárbaros. Assim, a Catedral compunha-se de uma nave central, ladeada por outras igrejas, formando um conjunto e ao mesmo tempo independente e integrado. Ao todo, o conjunto contemplava nove torres.

A torre noroeste, por exemplo, homenageava Santa Ustina e Cipriano, santos do dia em que a capital mongol Kazaan fora conquistada, enquanto a torre sudeste era consagrada para homenagear Nicola Velikoretsky, cujo nome também estava relacionado à conquista russa. O templo não tinha uma fachada principal, fora concebido para ser apreciado igualmente de todos os lados. Não havia serviços religiosos regulares no local, pois seu status era mais de monumento nacional e histórico do que religioso. Embora seu nome oficial fosse Catedral da Anunciação de Nossa Senhora, este templo maravilhoso e suas torres coloridas tornaram-se conhecidos em todo o mundo como Catedral de São Basílio, a qual, além do papel histórico, acumulava agora também a função de coadjuvante, em centenas de fotografias registradas diariamente pelos turistas que lotavam a Praça Vermelha.

Café Pushkin - Tverskoy Boulevard, 26А -

Era o mais famoso e interessante Café da capital Russa. Era clássico, charmoso, exótico, caro e bem frequentado pelos locais e turistas. Os vários ambientes da mansão onde estava linstalado, emanavam uma elegância e um ar de antiguidade, sem contar que cada salão tinha um tema: havia a biblioteca, a farmácia, a sala de jantar, etc. A comida era tipicamente russa, mas como o restaurante era famoso entre os turistas internacionais, havia uma ou outras opções mais conhecida para os visitantes.  

Mais de 60 anos atrás, o lendário chanson francês Gilbert Bécaud, se apresentara em Moscou. Quando retornara a Paris, escrevera a   canção Natalie, e dedicara-a ao seu Guia russo. A música dizia: Estamos andando por Moscou, visitando a Praça Vermelha, e você está me contando coisas sobre Lênin e a Revolução, mas estou pensando: Queria que estivéssemos no Café Pushkin, olhando a neve do lado de fora das janelas... Bebíamos chocolate quente e conversávamos sobre algo completamente diferente .

   
A canção tornara-se popular na França, e não era de admirar que os visitantes franceses a
Moscou procurassem o Café Pushkin, por saudosismo e curiosidade. Não conseguiam encontrá-lo, pois ele existia apenas como uma fantasia poética na canção de Bécaud. Mas fora a música que inspirara Andrei Dellos, um artista e restaurador de raízes franco-russas, a criar o Café Pushkin. Em 4 de junho de 1999, Café Pushkin era  inaugurado em uma mansão barroca, no Tverskoy Boulevard. Na grande inauguração,   Gilbert Bécaud fora convidado e cantara sua canção mundialmente famosa, Natalie.  O Tverskoy Boulevard e as ruas ao redor representavam um papel significativo e quase místico na vida do poeta russo Alexander Pushkin. Quando a avenida abrira, em 1796, tornara-se um lugar favorito entre a alta sociedade de Moscou para um passeio. O famoso mestre de dança Jogel, que ensinava a dança para os filhos de Moscou e da nobreza de São Petersburgo, por muitos anos  organizava bailes de crianças na casa da família Kologrivov, onde ficava o Teatro de Artes ,de Moscou Gorky. Foi num desses eventos, que Pushkin conheceu sua futura esposa, Natalya Goncharova. Na extremidade da avenida, próximo dos portões Nikitsky, estava a igreja onde realizavam a cerimônia do casamento.

Catedral da Assunção  - Ficava no Kremlin -

A imponente Catedral ortodoxa situada dentro do Kremlin - a sede do Governo russo - fora palco de vários acontecimentos importantes, a exemplo da coroação de Ivan, o Terrível, conhecido como o maior tirano da história do país. Originalmente erguida em 1326, a Catedral passara por uma remodelação em 1470 e, sob o comando comunista, a igreja se tornara museu em 1918. Com um design externo belíssimo e que impressionava, principalmente devido às cúpulas douradas, a Catedral da Assunção também tinha um interior maravilhoso, com destaque para a iconóstase, uma parede de ícones emoldurados, datada de 1813 (a original, de 1652, fora destruída pelas tropas de Napoleão ),  e os afrescos de 1511 espalhados por toda a igreja e os pilares centrais, que exibiam retratos de mártires. Conservava um trono, que Ivan, o Terrível, utilizava para rezar, e um candelabro de ouro, entre vários outros tesouros.

Para conhecer a Catedral, era preciso adquirir um ingresso para o conjunto de catedrais/museus do Kremlin, direto no escritório que ficava situado nos Jardins de Alexandre. Além da Catedral, havia acesso à praça das catedrais, que comportava outras igrejas belíssimas, como a Catedral da Anunciação, a Catedral do Arcanjo, e o Palácio do Patriarca, entre outras referencias históricas. A entrada custava RUB 400 e o melhor era adquiri-la com certa antecedência, porque a visita às catedrais do Kremlin aconteciam todos os dias, em horários pré-determinados mas menos às quintas-feiras e sempre se formavam filas.

​Durante séculos, o Kremlin tinha servido de palco ou testemunha de eventos históricos e dramáticos da história da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e mais recentemente da Rússia. Era um imenso Complexo de prédios interligados, cuja construção iniciara-se em 1147, e constituia o núcleo mais antigo de Moscou. Era uma imensa Fortaleza cercada de altas muralhas, intercaladas por vinte torres. Em seu interior estavam instalados prédios administrativos, repartições governamentais, guarnições militares, palácios, museus, residências, igrejas, monumentos e váriose belos jardins. Somente alguns trechos eram abertos à visitação pública, enquanto outros eram reservados somente ao Governo.

O Kremlin abrigara, durante muito tempo a sede do Governo, até a transferência da capital para São Petersburgo. Depois da Revolução bolchevique, em 1917, voltara a ser o endereço mais importante do país. Um de seus pontos de destaque, era o Salão da Armoraria, onde estava preservada uma inestimável coleção de tesouros da história russa, cobrindo o período que ia do século IV ao XX. Eram centenas de jóias de ouro, prata e pedras preciosas, vestimentas, armaduras, tronos, carruagens, móveis, e alguns dos famosos ovos Fabergé, além de uma infinidade de objetos diversos. Destaque da exposição era o diamante de 180 quilates que pertencera à Imperatriz Catarina, a Grande. Durante muito tempo a Torre Spasskaya fora a principal porta de entrada para o Kremlin, e atualmente o acesso de visitantes era feito principalmente por três outras portas, situadas no lado norte da muralha. 

Elektrozavodskaya - 

Situada na linha Arbatsko–Pokrovskaya ( 3 – azul ), esta Estação apresentava seis fileiras de lâmpadas incandescentes circulares embutidas no teto, uma referência a uma fábrica de luminárias que existira nos arredores.  A decoração fora planejada antes da Segunda Guerra Mundial, pelos arquitetos Vladimir Shchuko e Vladimir Gelfreich, sendo inaugurada em 1944. Apresentava doze baixos-relevos em mármore, destacando a luta do país no conflito, e obras do escultor Georgiy Motovilov que foram adicionadas ao projeto original.

Komsomolskaya -

Inaugurada em 1952, era um das Estações da linha Koltsevaya ( 5 – marrom ), projetada pelo designer Alexey Shchusev, apresentava colunas octagonais, revestidas por mármore, e um imponente teto barroco colorido, e um amarelo vibrante e ornado com oito painéis. Os mosaicos, obra do artista Pavel Korin, representavam a luta russa pela Independência e liberdade. Estava localizada abaixo de um importante centro de transportes, a Praça Komsomolsaya, ao redor da qual se encontravam as Estações de trem Leningradsky, Yaroslavsky e Kazansky, o que acabava gerando um grande movimento de passageiros.

Kiyevskaya -  Estava situada na linha Arbatsko-Pokrovskaya ( 3 – azul ).

Era  rica em mármore, extraído dos Montes Urais, repleta de obras de arte, afrescos e mosaicos, que retratavam a vida na Ucrânia. A construção de 1953, que era  uma homenagem à contribuição do país vizinho para a União Soviética, fora supervisionada por uma equipe de arquitetos ucranianos. Em uma das extremidades do hall de entrada, havia um enorme mosaico retratando um festival folclórico em Kiev, obra dedicada à unificação da Rússia e da Ucrânia em 1654. 

Mausoleu de Lenin -

Instalado na Praça Vermelha, abrigava o corpo de uma das personalidades políticas mais famosas e controvertida da Rússia, o chefe de Estado e líder da Revolução Russa. Conhecer o Mausoléu de Lenin não era fácil, porque depois de enfrentar uma fila que costumava ser longa e demorada, especialmente no verão, o visitante passava por um detector de metais/revista, e só depois era que seguiria para o local. Não era permitido entrar com mochilas/bolsas grandes, celulares e máquinas fotográficas; os visitantes deviam deixar esses pertences em um guarda-volumes, que ficava ao lado da entrada (e custava RUB 50 por pessoa em 2019). O trajeto até o Mausoléu, no qual o visitante passava por túmulos de outros líderes soviéticos, era totalmente vigiado por policiais. Em seu interior, não era permitido nenhum movimento brusco, o uso de bonés, chapéus e até o simples ato de colocar as mãos nos bolsos, eram tidos como sinal de desrespeito e seriam repreendidos.

A visita ao interior do Mausoléu, não costumava demorar mais do que cinco minutos. Um caixão de cristal, contendo o corpo embalsamado do então líder soivético - falecido em 1924 - estava posicionado no centro da cripta, e o estado de conservação era tão perfeito que gerava dúvidas por parte do grande público. Autoridades russas, no entanto, afirmavam que o corpo era sim do Chefe de Estado e estava bem conservado, devido a uma técnica especial desenvolvida por cientistas soviéticos, a mesma utilizada para a conservação do corpo de Ho Chi Minh - o líder revolucionario vietnamita. Abria de terça a quinta-feira, aos sábados e aos domingos, das 10.00 às 13.00h. A entrada era gratuita e a sugestão para evitar filas, era chegar mais cedo. Como acessar: Metrô/ estações Ploshchad Revolyutsii - Teatralnaya, Okhotnyy Ryad.

Mayakovskaya -

Sua construção fora  inspirada no futurismo do poeta Vladimir Mayakovsky, em 1938, dispondo de elementos  art decô, com colunas de pedra rodonita e aço inoxidável, pisos e paredes de mármore branco, cinza e avermelhado, segundo o design do artista russo Alexey Dushkin. Os 34 mosaicos, abrigados em nichos no teto e cercados por luzes incandescentes, eram obras do artista Alexander Deyneka e tinham como tema os céus soviéticos. Situada na linha Zamoskvoretskaya ( 2 – verde ), a Estação fora abrigo antiaéreo durante a Segunda Guerra Mundial e o seu hall central sediara, em 1941, por ocasião do 24º aniversário da Revolução de Outubro, um acalorado discurso de Stalin.

Metrô -

Inaugurado, em maio de 1935, o Metrô de Moscou tinha apenas uma linha de 11 km e 13 Estações. Agora, era  um dos mais extensos e mais movimentados sistemas metroviários do mundo, contando com 194 estações, 12 linhas e mais de 335 comboios, transportando cerca de 7 milhões de viajantes por dia, o maior número de passageiros da Europa. A média de espera pelo Metrô, era de apenas 1 minuto, mas na hora do rush, esse número caia para menos de 60 segundos, e as principais linhas contavam com wi-fi gratuito. A rede de transporte metropolitano moscovita, chamava atenção pela opulência de suas Estações e a seguir vamos relacionar as seis principais, que mereciam ser visitadas:

Museu da Guerra de 1812 Praça da Revolução, 2/3 -

Em 2012, a Rússia comemorou o aniversário – o bicentenário da vitória sobre o Exército de Napoleão. Para esta celebração coincidiu com a abertura de um pavilhão de dois andares, que abrigava o Museu da Guerra Patriótica, de 1812. A idéia de criar o Memorial, surgiara no século XIX, mas por muitos anos várias circunstâncias impediram a sua implementação, e então, finalmente, a Rússia recebia um museu digno da memória desses eventos lendários.  Os que apreciavam a história do país, podiam visitar o Museu da Guerra de 1812. Horário de funcionamento: de sexta e sábado – das 10.00  às 21.00h, e no resto da semana, de 10.00 às 18.00h. Ficava entre o Moscow City Duma e as instalações do Old Mint.

Museu da Cosmonáutica - Prospekt Mira, 111 -

Era um tributo à era de ouro da exploração espacial russa. Durante o fim da década de 1950 e o início da década de 1960, a Rússia estava em uma agitada competição com os Estados Unidos, com cada nação tentando superar a outra, com suas explorações espaciais. Nesse cenário, a política da Guerra Fria fora vivida no espaço. A Rússia alcançara um grande sucesso quando Yuri Gagarin se tornara o primeiro homem a orbitar a Terra, em 1961. Observe o grande monumento de foguete que se destacava sobre o museu, construído em 1964 para celebrar esse feito. Surpreenda-se com o tamanho do Monumento aos Conquistadores do Espaço ao chegar ao museu. A escultura de aço e titânio não era só esteticamente notável, mas também facilitava localizá-lo. Com 100 metros de altura, o monumento representava um foguete espacial subindo em direção ao céu com um imenso jato de fumaça propulsionado por ele.

Reviva a agitação relacionada à corrida espacial ao conhecer a grande coleção do museu, que mostrava milhares de artefatos da era. Entre os itens exibidos, havia diversos pôsteres com propagandas, além das cadelas Belka e Strelka que foram ao espaço e agora eram preservadas por taxidermia. Acompanhe os passos de astronautas russos e entre em um simulador de vôo, que era o mesmo usado no Centro de Treinamento de Cosmonautas Yuri Gagarin. Aproxime-se da ação no Centro de Controle de Missão, onde poderá ver uma transmissão ao vivo da Estação Espacial Internacional, atualmente orbitando a Terra. Em seguida, escolha uma poltrona no cinema do museu, modelado em uma nave espacial, e aprecie um filme relacionado ao espaço. Para acessar o Museu da Cosmonáutica, pegue o Metrô para a Estação VDNKh. O museu cobrava uma taxa de entrada e funcionava de terça a domingo.

Museu Hermitage – Palace Square, 2 – Leningrado -

Depois de visitar o Hermitage, qualquer museu de arte será apenas mais um museu. E no capítulo da arte, ali havia tudo o que poderiamos imaginar. O museu continha a maior galeria de quadros do Mundo. Por exemplo, Da Vinci, Van Gogh, Rembrandt, Picasso, Caravaggio estavam representados por suas obras. O Hermitage rivaliza com o Louvre como o maior museu do Mundo, ocupava parte daquele que fora o Palácio de Inverno, residência oficial dos Czares quase ininterruptamente desde sua construção até a queda da monarquia Russa. Com cerca de 20 km de corredores, um deles fora copiado centímetro por centímetro de um existente no Museu do Vaticano, e imponentes escadarias, que por si só já eram uma atração. O prédio em si, era uma obra de arte, por dentro e por fora. Rivaliza com o Palácio de Versailles, sendo considerado, até pelos próprios pelos Franceses, como mais imponente e muito superior! Cada sala era diferente. O espólio que além de pintura, era composto por escultura, arte egípcia e muito mais.

 

História da Rússia estava ligada à arte, desde que os Czares adquiriram uma infinidade de obras de arte ao ocidente. A Revolução Bolchevique acabara com a Monarquia, transformando o Palácio num museu para que o povo pudesse desfrutar das obras de arte exclusivas dos Czares. Os Bolcheviques irromperam pelo Palácio de Inverno, mas protegeram as obras de arte do saque. Mais tarde, Stalin, para pagar os custos do investimento na industrialização do país, criou uma comissão de avaliação, e teve de vender algumas obras a outros países. Durante a II Guerra Mundial, a então cidade de São Petersburgo fora cercada pelos Nazis, muitas das obras de arte foram levadas secretamente para os Montes Urais, para ficarem seguras de um possível saque. A pintura Danaë, de Rembrandt era tida como a mais importante do museu. Assim como a Mona Lisa era para o Louvre. Um quadro com história e histórico já fora alvo de uma tentativa de destruição, quando um cidadão Lituano, no tempo da URSS. Jogou-lhe ácido e começou a cortá-lo. Foi imediatamente preso, mas com a “Perestroika” acabou por ser libertado. Deve ter sido recebido na Lituânia como um herói nacional, pois aquele gesto foi de revolta contra o domínio Russo, tentando destruir a obra de arte mais importante do país! A reparação da obra levara cerca de 12 anos.

 

Novoslobodskaya -
Fora projetada por Alexey Dushkin em 1952, esta Estação da linha Koltsevaya ( 5 – marrom ) era conhecida por seus 32 vitrais, obra dos artistas letões E. Veylandan, E. Krests e M. Ryskin. Cada painel, rodeado por uma elaborada moldura de bronze, ficava junto a um dos pilares de mármore rosado dos Montes Urais, e era especialmente iluminado pelo interior. Na extremidade das plataformas, havia um mosaico de Pavel Korin, intitulado Paz em Todo o Mundo.

O Velho Circo de Moscou

Era a mais antiga companhia circense instalada na capital russa, e dividia com outros dois circos a preferência do público local e dos turistas. Mesmo após a Revolução de 1917, os líderes da União Soviética reconheceram a importância da arte. Mantiveram e ampliaram escolas de circo e balê, como uma forma de aumentar o interesse da população por esse típico de espetáculo. O Velho Circo, era um exemplo dessa política. Inaugurado em 1880, tornara-se em 1929, um centro estatal de treinamento de circo e o primeiro do mundo. Ainda era um referência, quando o assunto era arte pura. Para se ter uma idéia, segundo um jornal russo,  de 20 a 25% do elenco do mundialmente famoso grupo canadense Cirque du Soleil, era oriundo de países que integravam a antiga URSS.  Estava instalado num antigo e belíssimo prédio, na Tsvetnoy Boulevard, 13. Era quase um programa obrigatório para quem aprecia a arte circense.

Prospekt Mira -

Situada próxima ao Jardim Botânico da Universidade Estatal de Moscou, essa Estação da linha Koltsevaya ( 5 - marrom ) era originalmente chamada de Botanichesky Sad. Fora toda decorada pelos arquitetos Vladimir Gelfreich e Mikhail Minkus, e apresentava elementos florais na decoração dos frisos em baixo-relevo, nos quais estavam representados diferentes aspectos do desenvolvimento da agricultura na União Soviética. O teto abobadado, o piso quadriculado em mármore preto e cinza e os majestosos lustres completavam o ambiente, misturando harmoniosamente elementos da arquitetura clássica grega e da mperial russa. A Estação de mesmo nome da linha Koltsevaya ( 5 – marrom ) também merecia ser visitada.

Relógio Mundial -

Um monumento importante, conhecido como Relógio Mundial, mostrava a hora em todos os fusos horários do hemisfério norte. O hemisfério sul fora esquecido pelo artista, e o local costumava atrair muita gente jovem. Nesta área também estavam algumas das avenidas mais movimentadas da cidade, como a Tverskaya, Dmitrovka e Petrokka. Quase ninguém por aqui falava outras línguas, além do russo, e na cidade não havia placas informativas em outros idiomas, até mesmo nos transportes públicos.

Rua Arbat

Repleta de restaurantes, bares, lojas de suvenires, música, arte... essa era a Rua Arbat, um dos endereços mais antigos de Moscou, onde o visitante encontraria muito movimento, tanto durante o dia e à noite. Toda a extensão da rua, reservada apenas para pedestres, valia ser explorada. Além de alguns prédios antigos, havia também alguns museus, a exemplo da Casa de Alexander Pushkin, considerado um dos maiores poetas russos de todos os tempos. Aberto em 1986, e instalado em uma bela mansão de cor azul, reunia fotos, manuscritos, entre vários outros objetos que pertenceram ao escritor e à sua esposa. A casa de Pushkin, abria de quarta a domingo, das 10.00 às 18.00h (às quartas, durante o verão, do meio-dia às 21.00h); o museu fechava na última sexta-feira de cada mês. Como chegar: metrô/estações Arbatskaya ou Smolenskaya.

 

Táxis -

​Os táxis  não eram diferentes do resto do mundo: cobravam de acordo com a cara do freguês, e os moscovitas não tinham muita disposição de parar na rua para prestar informações a estranhos, principalmente se não entendessem sua língua. Quem não estava acostumado a ler mapas, poderia ter dificuldade de se locomiaver sozinho pela cidade, já que nomes de ruas, Estações de Metrô, e tudo o mais, eram escritos no alfabeto russo cirílico. 

Torre Spasskaya - Praça Vermelha - Kremlin -

Era considerada por muitos como a mais bonita do Kremlin. Sua construção fora iniciada em 1491, de acordo com um projeto do artista italiano Pietro Antonio Solari. A estrela vermelha, no topo, fo adicionada posteriormente, por influência do regime soviético, e até hoje permanecia no mesmo lugar. Em diversos prédios e elementos arquitetônicos pela cidade, ainda era possível encontrar-se a estrela vermelha, embora a Rússia tenha, desde 1990, abolida a conhecida bandeira com foice e martelo sobre fundo vermelho e voltado a adotar a bandeira tricolor do tempo Imperial, com faixas azul, vermelha e branca. ​Um prédio que era uma unanimidade entre moradores e turistas, por sua beleza e tradição, era a sede do Balé Bolshoi, fundado em 1825. Amantes das artes e em especial da dança clássica, costumavam ficar emocionados ao ver de perto a sede deste balê, que se tornara sinônimo de arte. Dependendo da época, era possível assistir suas apresentações. Outro que era muito lembrado, era o Museu Lubyanka, da KGB, antiga sede da temida polícia secreta soviética, e que disputava com o FBI americano a supremacia mundial nos serviços secretos de informações. A visita ao museu da KGB poderia ser agendada com antecedência, bastava acessar o site do organismo.

O monumento dedicado a Pedro, o Grande - Petry Velikomu - ficava junto a uma ilhota formada pelo Rio Moskva e o canal Vodootvodnyi, próximo ao centro da cidade. Com 55 metros de altura, o monumento representa Pedro, no comando de uma Caravela com velas enfunadas. Em sua base, era reproduzido artificialmente o movimento de ondas do mar. Pela originalidade, o monumento atraia a atenção. Um lugar sugerido para visitar, era o Parque Poklonnaja Gora, dominado por uma coluna de granito, com 122 metros de altura, no centro de um parque com 135 ha. Quase no topo da coluna, estava a Deusa da Vitória, com sua coroa de louros nas mãos. O projeto de Z.K. Tsereteli, foi inaugurado em 1995, para as comemorações da Grande Guerra Patriótica, como os russos referiam-se à Segunda Guerra Mundial. Outra opção, era o belo Parque Gorki, o maior parque da cidade, também situado na região sudoeste.

Onde dormir

 

Reservar um hotel com boa localização era muito  importante, assim como considerar a proximidade com uma Estação de Metrô, o que facilitaria o deslocamento para visitar a cidade. O bairro de Kitay-Gorod, ficava muito próximo dos principais pontos turísticos da cidade, como a Praça Vermelha, além de concentrar grande quantidade de restaurantes e bares/casas noturnas. O Distrito de Arbat,  era outro exemplo de área bem servida de estações de Metrô e repleta de atrações diurnas e noturnas.

 

Hotel Empire –  $$$ - Pervy Botkinsky Proyezd ,6 - Begovo -

Estava localizado a 900 metros da Arena VTB - Estádio do F. C. Dínamo, a 4 km do Estádio Olímpico, a 4 km da Rua Arbat e a 5 km do Teatro Bolshoi. Dispunha de  bons quartos, equipados com ar condicionado, cafeteira, Wi-Fi grátis, bom banho e TV de tela plana. Tinha serviço de restaurante e um buffet para o café da manhã.

Izmailovo Alfa Hotel - $$$$ - Izmailovskoye Shosse 71 Building A - Izmailovo -

Situado na área verde do Parque Izmailovsky, dispunha de quartos modernos e elegantes. Ficava a 2 minutos a pé da Estação Izmailovo MCC, a 50 metros da Estação de Metrô Partisanskaya e a 15 minutos de carro do centro de Moscou. ​Dispunha de acesso Wi-Fi gratuito em todas as áreas e uma Recepção moderna e espaçosa, aberta 24 horas por dia. Tinha quartos  para não fumantes e comodidades para hóspedes PNE. Tinha uma boa Academia, restaurante e acesso a Internet gratuita. Em frente  ao hotel, havia um mercadinho que funcionava 24 horas, e servia de quebra galho para quem chegasse tarde da noite, além de Cafeteria, um Subway e um Burger King, quase em frente.

Izmailovo Beta Hotel - $$$ - Izmailovskoye Shosse 71 Bld.2B - Izmailovo -

Ficava próximo ao Parque Izmailovsky, a 3 minutos a pé da Estação de Metrô Partizanskaya, dispunha de modernos quartos com TV, ar condicionado, Wi-Fi grátis e um banheiro com secador de cabelo. O restaurante servia uma seleção de pratos tradicionais russos e europeus. No café servido no saguão, itens de confeitaria eram preparados pela padaria do hotel. As bebidas extras eram disponíveis nos bares do hotel ou através do serviço de quarto. Dispunha de quartos para não fumantes, o que era importante, porque na Rússia fumava-se muito e bebia-se muito.

Matreshka Hotel -  $$$ - Teatral'niy Proezd 3 - Bld.4 -  Meshchansky -

Estava localizado a 5 minutos a pé do Teatro Bolshoi e do Shopping Center GUM, e a 10 minutos a pé do Kremlin. Os quartos contavam com decoração clássica, ar condicionado, Wi-Fi grátis, TV de tela plana, chuveiro e secador de cabelos. O buffet de café da manhã era  servido no Café-bar, no saguão térreo. As Estações de Metrô Okhotny Ryad e Ploshchad Revolutsyy. ficavam a 10 minutos a pé, a Estação de Metrô Teatralnaya, ficava a 7 minutos  e oferecia conexões diretas para a Estação de Trem Belorusskiy, com trens para o Aeroporto de Sheremetyevo.

​Onde comer

Alguns cafés e restaurantes impressionavam pela variedade gastronômica, com especialidades de vários países. Exemplo era o café Eat & Talk, onde o cardápio apresentava várias as opções de pratos da cozinha russa, pizzas, massas, sanduíches e até sushi. Esse tipo de restaurante estava entre os de melhor preço. ​Além do  estrogonofe, não deixe de experimentar o Pelmeni, uma espécie de ravióli recheado com carne e creme de leite fresco, com molho. As Blinis, eram panquecas super fininhas, feitas de trigo, geralmente consumidas no café da manhã. Apareciam recheadas com ovas de salmão, sour cream e caviar, eram bem comuns. ​Se estiver frio, experimente a sopa ucraniana borsch, à base de beterraba e servida super quente. Muito popular no país, o prato ainda levava uma boa dose de creme de leite, para dar cremosidade. O popular Frango a Kiev, peito recheado e muito suculento, também figurava entre os destaques da gastronomia local.

Bosco Café -  Shopping Gum  - Krasnaya Ploshchad, 3 –

Por sua especial localização, se tinha uma das vistas mais famosas de Moscou: a Praça Vermelha. Em dias mais quentes, a área externa era ideal para um almoço, jantar ou simplesmente um drinque, mas, considerando o clima ao longo do ano, não custava lembrar que o restaurante, localizado no térreo do Shopping Gum, também tinha uma parte interna bastante aconchegante e cardápio era repleto de delícias da culinária italiana. O Bosco Café funcionava no mesmo horário do Shopping. Para reservar uma mesa, era só ligar para o número: +7 (495) 620 3182. Como chegar: Metrô/Estação Ploshchad Revolyutsii.

Lepim i Varim - Alameda Stoleshnikov 9 - prédio 1 -

Era um restaurante elogiado até mesmo pelos Chefs. Era conhecido por preparar pelmêni deliciosos, entre os quais os de carne bovina ou suína  – eram mais de dez tipos no menu. As massas eram preparadas em uma cozinha aberta, franqueada aos olhares dos clientes. Havia algumas sugestões extravagantes no menu – pelmêni com carne de caranguejo, ou de javali. O mais importante, era que os proprietários não se esqueciam da tradição russa, de servir pelmêni com vodca. Na saideira peça um licor de Bodorinó.

My My - Ulitsa Arbat, 4 -

A cidade era considerada cara no item alimentação, apesar da fama era possível encontrar Cafés e restaurantes com preços bem acessíveis. A rede My My (Mu Mu) fazia parte desta proposta.. O cardápio era bem variado, com um bom café da manhã, saladas, pizzas, sopas e até sushi. As refeições eram fartas, gostosas e preparadas rapidamente. Como chegar: Metrô/Estações Arbatskaya ou Smolenskaya.

Shopping GUM - Krasnaya Ploshchad -

Era um dos templos de consumo mais famosos de Moscou. Sua bela construção, que ficava em uma parte da Praça Vermelha bem de frente aos muros do Kremlin, era difícil de ser ignorada, mesmo que a intenção não fosse as  compras. Antes de entrar no Shopping, preste atenção a cada detalhe da deslumbrante fachada e, ao passar por uma das portas de acesso, não deixe de admirar o belíssimo teto de vidro desenhado pelo engenheiro V. Shukhov. ​A sugestão para os que estivessem com tempo disponível, era sentar-se em um dos Cafés do local, como o Illy, que ficava no segundo piso, e  tomar um bom cappuccino italiano, acompanhado de uma fatia de torta. Alguns bons restaurantes também podiam ser encontrados no GUM, a  exemplo do Bosco Café. Abria diariamente, das 10.00 às 22.00 h. Para chegar: Metrô/Estação  Ploshchad  Revolyutsii.

 

​Stolovaya 57 - Praça Vermelha, 3 - 

Localizado dentro do Shopping GUM, estava mais para uma Cantina no estilo soviético. Para quem quizesse ter uma verdadeira experiência, essa era uma ótima oportunidade para sentir como era a alimentação dos trabalhadores, na época da URSS. Entrava-se na fila, escolhia-se os pratos que queria, pesava e pagava. Depois, era localizar uma mesa no enorme salão, e sentir-se na antiga URSS. Parecido com os nossos restaurantes tipo buffet. A cantina da GUM, era popular entre os estrangeiros, já que o jantar aqui era como uma viagem gastronômica à União Soviética. Eles sonhavam com boa comida, mas cozinhavam bastante mal, nas Cantinas soviéticas. O restaurante torna o conto de fadas, em realidade e cozinhava de acordo com as regras de antigamente. Havia também uma lanchonete, que servia sanduíches soviéticos clássicos, com linguiça e os bolinhos de rum.

Teremok - Ulitsa Arbat, 32 -

Era uma opção rápida, gostosa e barata. Era uma rede de fast food que servia tradicionais crepes russos. Com diversos restaurantes em Moscou e St. Petersburgo, era uma ótima opção para um café da manhã mais reforçado, um almoço entre um passeio e outro, ou até mesmo um lanchinho quando bater a fome da tarde. Caprichava nos crepes doces e salgados, a preços bem em conta. Também se destacava pela cozinha russa tradicional. Tinha uma grande variedade de blinis com recheios diferentes (carne, frango, legumes, queijo; opções doces: chocolate ou leite doce, mel. Os Combos de almoço disponíveis: sopa + qualquer escolha de blinis + chá ou uzvar. Os Blinis eram preparados conforme seu pedido, na sua frente. 

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