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MADRID  -  A salerosa capital de Espanha  -  parte  1/4

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As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar a capital espanhola. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...

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Madrid era uma cidade grande e também uma grande cidade, dividida em 21 distritos que eram  subdivididos em 128 bairros. A parte turística concentrava-se, principalmente, em dois dos distritos: o Centro e o Retiro. Os mapas turísticos de Madri mostravam o Distrito Centro praticamente na sua totalidade, partes dos distritos Retiro e Salamanca, e apenas as partes fronteiriças dos distritos Arganzuela, onde ficava a Estación de Atocha, e Moncloa-Aravaca, e onde se encontram a Plaza de España e o Templo de Debod. ​Das atrações turísticas, as únicas que não se encontram em nenhum dos distritos mencionados acima, são o Estádio Santiago Bernabéu, que se situa no distrito de Chamartín, e o Museo Sorolla, que ficava no Distrito de Chamberí. ​A parte central estava subdivida em bairros. A Puerta del Sol, era a região mais central de Madri, com muitas opções de compras, restaurantes e muito movimento durante todo o dia, assim como a região de Huertas e da Gran Vía, que rodeia uma das principais avenidas da cidade. La Latina, é a região mais antiga da cidade, e o bairro de Salamanca é o mais chique e refúgio dos ricos e famosos. Malasaña, é o reduto dos jovens e oferece um ambiente alternativo e rebelde em sua vizinha Chueca, o bairro gay de Madri, aonde a bicharada deitava e rolava.

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Como se locomover

​Madrid tinha um sistema de transporte público extremamente eficiente, como inúmeras opções de locomoção, especialmente devido ao moderno e extenso sistema de Metrô. Uma boa opção para quem vai permanecer alguns dias na cidade, era a compra do Metrobus, um bilhete válido para realizar 10 viagens, na zona A do Metrô, ônibus EMT e/ou ML1. Era possível ser utilizado por mais de uma pessoa, por 12,20€. ​Existia também o Billete Turístico (Abono Turístico), que permitia o uso ilimitado de toda rede de transporte público (Metrô, Metro Ligero, Ônibus, Búhos e Trens de Cercanías) da cidade, pelo período desejado. O bilhete incluia suplemento do Aeroporto e poderia comprar o bilhete, somente para a Zona A (Madri) ou para a Zona T (que incluia a zona A e levava o viajante a cidades vizinhas, como San Lorenzo de El Escorial e Toledo). Era possível comprar bilhetes para o período de 1, 2, 3, 5 e 7 dias de validade e o preço varia de acordo com a Zona e o tempo de duração do passe.

Como chegar ou sair do Aeroporto

 

​O Aeroporto de Madri-Barajas, ficava a 13 km do centro da cidade, e existiam diversas maneiras de fazer o trajeto Aeroporto-centro. Para locomoção dentro do Aeroporto, havia um ônibus gratuito chamado Bus lanzadera, que conectava a todos os Terminais.

 

Carro - Era uma ótima opção para quem desejasse viajar para outras cidades. No entanto, podia se tornar um problema para a locomoção dentro da cidade, devido aos congestionamentos e, principalmente à dificuldade de estacionamento. No Aeroporto encontravam-se lojas da Avis, Europcar, Hertz, Sixt, Budget e National Atesa.

 

Metrô - A linha 8 fazia o trajeto Nuevos Ministérios – Aeroporto, parando no Terminal 2 (que atendia os Terminais 1, 2 e 3) e no Terminal 4 (da Iberia). O ticket de Metrô custava entre 1.50€ e 2€ (dependendo dos números de Estações que iria passar), devendo-se adicionar 3€ de suplemento para ir ou sair do Aeroporto. O trajeto até os terminais 1, 2 e 3 era de 15 minutos, e para o Terminal 4, era de 20 minutos.

 

Ônibus - O Airport Express funcionava 24 horas por dia, 7 dias por semana, partindo a cada 15 ou 20 minutos durante o dia e a cada 35 minutos à noite. O ônibus atendia os terminais 1, 2 e 4 e tinha três paradas no centro da cidade, em Calle O’Donnel (próximo à Calle del Dr. Esquerdo), na Plaza de Cibeles e na Estação Atocha (somente das 6.00 às 23.30h). O trajeto completo levava cerca de 40 minutos e o bilhete custava 5€, devendo ser pago diretamente no ônibus.

 

Shutle - Existiam empresas, como a AeroCity, a Madrid Airport Shuttle, a Viator e a Transfer Spain Vip, que facilitavam a chegada ao seu hotel. Os preços variavam de acordo com o serviço e o número de pessoas.

 

Táxi - Era possível encontrar táxis em todos os terminais. Os preços variavam de acordo com o horário e com o itinerário. Geralmente, o trajeto até o centro da cidade custava em torno de 30€ a 40€.

 

Trem - Era possível pegar o trem Cercanías  - linha C-1 que fazia o trajeto Príncipe Pío – Aeroporto Terminal 4, passando por 8 estações, dentre elas Atocha, Recoletos, Nuevos Ministérios e Chamartín. O bilhete custava 3,00€ e demorava 40 minutos para completar o trajeto.

O que ver e fazer em Madri

A capital espanhola era uma cidade que oferecia inúmeras atrações e pontos turísticos para os seus visitantes. Para quem pretendia visitar vários de seus museus, o Madrid Card  oferecia uma boa economia. Era um cartão que oferecia visita única nos principais pontos turísticos da cidade. Além da entrada gratuita nos museus, a posse do cartão evitava ao turista a espera em filas de acesso, proporcionava tours gratuitos e até descontos em restaurantes e lojas.

Arco dos Açougueiros

Os incêndios alteraram a fisionomia da praça em várias ocasiões e o mais devastador fora o que ocorrera em 1790, e que levara à reconstrução sob autoria do arquiteto Juan de Villanueva, que reduzira em duas alturas as fachadas, fechara as esquinas da praça e erguera nove arcos de acesso. Por sua grandiosidade, o mais conhecido era o Arco de Cuchilleros, cuja escadaria vencia um acentuado desnível. Os pitorescos prédios desta rua chamavam a atenção pela elevada altura e inclinação das fachadas. O arco devia o seu nome às oficinas de artesãos de cutelaria, que aqui se instalaram, e que forneciam os utensílios aos carniceiros da Plaza Mayor, onde se encontrava a Casa da Carnicería, o então depósito geral de carnes da cidade.

Casa da Padaria

Fora construída por Diego Sillero, por volta de 1590, mas do prédio original hoje apenas se conservava a cave e o térreo. Entre as suas numerosas funções se destacava as de Tafona Principal da Villa (moinho), que estabelecia o preço do pão para que a população com menos recursos pudesse comprar. Também servira como aposentos Reais e sede da Real Academia de Belas Artes de São Fernando e da Academia de História. Atualmente era a sede do  Centro Turístico de Madrid. As pinturas murais que cobriam atualmente o prédio eram da autoria de Carlos Franco, e nelas se contemplaria figuras mitológicas relacionadas com a história de Madrid, como a deusa Cibeles.

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Catedral da Almudena -

A Catedral de Madrid, na Madrid dos Austrias, tinha uma história curta e intensa. Os primeiros planos da igreja foram traçados em 1879, por Francisco de Cubas, com a proposta de que serviria de Panteão à falecida Rainha María de la Mercedes. A primeira pedra fora lançada em 1883, mas quando o Papa Leão XIII concedera em 1885, a bula que criara o Bispado de Madrid-Alcalá, o projeto da igreja fora transformado em Catedral. Cubas preparara, então, um novo projeto, mais ambicioso que o anterior, inspirado no gótico francês do século XIII, acrescentando elementos das catedrais de Reims, Chartres e León. A Catedral fora concebida como um templo votivo, erguido pelo povo, mas as doações foram insuficientes e as obras atrasaram. Em 1899 morrera o Marquês de Cubas e Miguel Olabarría, Enrique Mª Repullés e Juan Moya seguiram tocando as obras.

 

A cripta fora inaugurada em 1911, e as obras foram suspensas durante a Guerra Civil e retomadas com recursos limitados, em 1939. A partir daí os critérios estéticos mudaram e uma catedral gótica não fora considerada adequada devido ao contraste que produzia em volta. Em 1944 a Direção Geral de Belas Artes convocara um concurso nacional para apresentar uma nova solução arquitetônica, que fora ganho por Fernando Chueca Goitia e Carlos Sidro. Em 1950, as obras foram reiniciadas, sendo o claustro concluído em 1955 e a fachada principal em 1960. Fora então consagrada pelo Papa João Paulo II, na sua quarta viagem a Espanha, em 15 de junho de 1993. Possuía também um museu que abrigava diversas ofertas e doações aos Padroeiros da cidade: La Virgen de la Almudena e San Isidro Labrador.

Estação Ferroviária de Atocha

Em fevereiro de 1851 fora inaugurada a segunda linha de trens de Espanha,  unindo Madrid a Aranjuez e surgia a primeira Estação de Trens da  cidade, a de Atocha. Após a reforma realizada por Rafael Moneo, entre 1984 e 1992, a Estação de Atocha era um Complexo formado por duas Estações: a antiga e a nova. A nova era destinada ao tráfico ferroviário – Terminal do trem AVE, linhas de longo curso e suburbanas – a antiga era utilizada para os escritórios da RENFE e para um Complexo comercial e de lazer, onde fora instalado um jardim tropical com mais de 7.000 plantas de 400 espécies. Desde Atocha partiam dois comboios turísticos muito interessantes: o Trem da  Fresa, que ia para Aranjuez e recriava o primeiro comboio saído de Atocha – composto por uma locomotiva a vapor histórica, de meados do século XX, dois vagões da década de 1960 e quatro  construídos entre 1914 e 1930 – e o Trem de Cervantes, que possibilitava descobrir Alcalá de Henares, localidade natal do autor de D. Quixote.

Galeria Canalejas – Plaza de Canalejas -

Esta exclusiva Galeria comercial era um novo ícone do luxo no coração de Madrid, estava situada entre as ruas de Alcalá e Sevilla, no antigo Palácio de La Equitativa. A sua área comercial reunia, além de uma ampla oferta gastronômica, propostas elaboradas por Chefes, distinguidos com várias estrelas Michelin. Ocupava uma área de 15.000 m2, distribuídos por três níveis. O térreo e o primeiro andar eram dedicados à atividade comercial onde havia a Beauty Gallery by Isolée, com mais de 20 marcas de cosméticos, maquiagem e perfumes de renome. Na praça central do piso ao nível da rua, uma Cafeteria  era um espaço que evocava os icônicos quiosques madrilenos dos séculos XIX e XX, com elementos naturais que recordavam os jardins e os parques mais emblemáticos da cidade. Aberto desde a hora do café da manhã até à hora de jantar, o jardim oferecia uma experiência gastronômica única, inspirada na cozinha espanhola com um toque castiço.

​Gran Vía

Era a avenida mais movimentada, começava na Calle de Alcalá e terminava na Plaza de España. Na metade do século XIX, os urbanistas de Madri resolveram criar uma nova e grande avenida. Décadas mais tarde, a construção ainda não tinha começado e a imprensa ridicularizou o projeto, chamando-o de Gran Vía.  Levou décadas para ser concluída, com a demolição de mais de 300 casas, que afetaram cerca de 50 ruas. Era a cara mais cosmopolita da cidade, com seus teatros, cinemas, lojas e restaurantes. Sua importância, além de servir de ligação entre diversos bairros, era também por sua intensa atividade comercial.

 

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Lavapés

A zona turística de Lavapés ficava a sudeste da área central da cidade. Assim como o vizinho bairro La Latina, as suas ruas empinadas, estreitas e de traçado irregular conservavam a sua origem medieval, de quando formava parte dos arredores extramuros da cidadela, quando Madrid se convertera em capital do Reino, em 1561. Mantivera desde então o seu caráter de bairro habitado pelas classes populares da cidade. Esta característica dera lugar ao aparecimento de prédios com uma fisionomia peculiar: prédios de habitação de várias alturas, construídos em volta de um pátio central, denominados corralas, cujo melhor exemplo se poderia encontrar na confluência das ruas Tribulete e Mesón de Paredes.

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​Palácio Real  - Calle de Bailén - 

Era o maior palácio da Europa, ocupando uma área de 135 mil metros quadrados. Apesar de não ser mais habitado pela Família Real, ainda acolhia Recepções, cerimônias e atos oficiais. Seu interior era finamente decorado com mármore espanhol, mogno e elegantes tapeçarias. A Real Armería, era uma importante coleção de armas e armaduras pertencentes aos reis da Espanha e outros membros da Família Real e a Galería de Pinturas, mostrava a coleção de obras de renomados artistas espanhóis. Faziam parte do Palácio, dois jardins. Um deles, denominado Campo del Moro, encontrava-se junto à fachada oeste e proporcionava um ambiente romântico e uma vista maravilhosa. O outro, denominado Jardins de Sabatini, encontrava-se junto à fachada norte, e possuia diversas fontes e estátuas de antigos Reis da Espanha.

Todas as quartas-feiras, com exceção dos meses de julho a setembro, de eventos oficiais, ou de condições meteorológicas adversas, era possível presenciar a Troca da Guarda, que ocorria a cada 30 minutos, das 11.00 às 14.00h, na Puerta del Príncipe, com duração aproximada de 7 minutos, sendo que na primeira quarta-feira do mês era realizada a Troca Solene, às 12.00h, um grandioso evento que contava com a presença de mais de 400 homens e 100 cavalos, e com duração de aproximadamente 40 minutos. Junto à fachada leste, entre o Palácio Real e o Teatro Real, encontrava-se a Plaza de Oriente, composta de jardins com estátuas de reis espanhóis, e no seu centro um monumento a Felipe IV. O Palácio Real fora a principal residência dos Reis da Espanha até 1931, quando o Rei Alfonso XIII partiu para o exílio, após o triunfo dos Republicanos nas eleições.

Palácio  de Cristal – Paseo da Republica de Cuba – Retiro –

Era um dos melhores exemplos da arquitetura do ferro em Madrid,  originalmente concebido como uma estufa de grandes dimensões, para abrigar plantas tropicais durante a Exposição de Flora das Ilhas Filipinas, em 1887, era atualmente uma das sedes do Museu Reina Sofía, dedicada à realização de exposições temporárias. O arquiteto Ricardo Velázquez Bosco fora o encarregado da sua construção, em 1887, inspirado no Crystal Pálace, do Hyde Park de Londres. O prédio situado junto a um lago artificial e rodeado de castanheiras-das-Índias, era revestido por grandes placas de vidro, e contava com uma decoração de pequenos frisos e remates em cerâmica, obra de Daniel Zuloaga. Em 1975 fora alvo de uma reabilitação integral, que lhe devolvera seu aspecto original. Agora em 2024, continuava fechado para obras de restauração.

​Parque do Bom Retiro

Também conhecido como Parque do Retiro, era um dos maiores parques da cidade, que pertencera à Monarquia espanhola até finais do século XIX, quando passara a ser um parque público. Esta magnífica área verde estava repleta de lindas esculturas, monumentos, palácios e lagos. Fora usado até o final da época de Carlos III. A maior parte do palácio, fora destruída durante a Guerra de Independencia (1807–1814) contra a França. Os jardins passaram a ser propriedade pública em 1868. Existiam várias fontes e monumentos espalhados em meio aos jardins. Os mais conhecidos, eram o Monumento a Afonso XII, e a Fonte do Anjo Caído, considerado o único monumento público que representava Lúcifer. Duas construções se destacavam em meios aos lagos e a vegetação, e eram utilizadas para exibições temporárias: O Palácio de Cristal e o Palácio de Velázquez. As construções faziam parte do Museo Reina Sofía, e tinham entrada gratuita. ​

Passeio do Prado

Rodeado de árvores centenárias, este belíssimo bulevar se estendia da Rotonda de Carlos V até a Praça de Cibeles. Ao longo do seu percurso encontravam-se alguns dos museus e espaços culturais mais destacados de Madrid, como o Museu do Prado, o  Museu Nacional Thyssen Bornemisza, o espaço cultural  Caixa-Fórum Madrid  e o Jardim Botânico Real. A origem deste espaço urbano remontava ao Prado dos Jerônimos, em alusão às terras que rodeavam o Mosteiro de  São Jerônimo, no século XVI. O ordenamento urbanístico deste espaço iniciara durante o reinado de Felipe II, seguindo o leito do riacho da Fonte Castellana. No final do século XVIII, Carlos III transformara o espaço no Salão do Prado, decorado com algumas das fontes, como as de  Cibeles, Netuno e Apolo, todas desenhadas por Ventura Rodríguez.

Porta do Sol

​Era o lugar perfeito para começar a percorrer Madri. Situada no centro da cidade, era um dos lugares mais agitados da capital. Era onde era comemorado um dos mais famosos Réveillons da Europa. Na parte leste da praça, estava a estátua de El Oso y el Madroño, representando um grande urso de pedra e bronze, que tentava comer a fruta de um madroño, uma árvore típica de Madrid. No meio da praça havia uma estátua equestre do Rei Carlos III, cujo personagem tinha o olhar direcionado a um prédio de tijolos vermelhos, a Real Casa de Correos. Construído entre 1766 e 1768, hoje era a sede do Governo Regional da Comunidade de Madrid. No alto do prédio estava o relógio, que era utilizado nas comemorações de Ano Novo. Na frente do prédio, uma placa no chão sinalizava o kilometro zero, o marco zero para todas as estradas da Espanha. Seguindo pela Calle Preciados, chegava-se a grandes lojas como El Corte Inglês e FNAC e na Calle del Arenal, estavam algumas lojas de souvenires, Cafés e restaurantes. Na Calle Mayor, era possível apreciar uma das mais tradicionais confeitarias da cidade, a La Mallorquina.

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Praça da Villa

Estava situada no centro histórico, perto da Porta do Sol e fora um dos principais núcleos da Madrid medieval, onde tinham origem três ruas pequenas que correspondiam ao traçado original da cidade: a Rua de El Codo, a de El Cordón e a de Madrid. Em redor encontravam-se as fachadas principais de três prédios de grande valor histórico-artístico, erguidos em séculos diferentes. O mais antigo era a Casa e Torre de Los Lujanes, do século XV, construída em estilo gótico-mudéjar, situada no lado oriental da praça onde era sede da Academia de Ciências Morais e Políticas. Em seguida vinha a Casa de Cisneros, do século XVI, um palácio plateresco que encerrava a parte meridional do recinto, e a Casa de La Villa, do século XVII, de estilo barroco e uma das sedes da Câmara de Madrid, localizada na zona ocidental da praça. No século XV, a Praça adotara a sua denominação atual, coincidindo com a atribuição do título de Nobre e Leal Vila à cidade de Madrid, pelas mãos do Rei Enrique IV, de Castela. Por motivo do terceiro centenário da morte do homem do mar Don Álvaro de Bazán, em 1888 a Câmara decidira erguer um monumento em sua memória.

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​​​​​Praça das Cibeles

Aqui ficava a Fuente de Cibeles, a mais famosa fonte da cidade. Construída em mármore, o monumento representava a Deusa Cibeles, símbolo da terra, da agricultura e da fertilidade. Era nesta praça que comemoravam os títulos do F.C. Real Madrid. A praça era rodeada por importantes prédios públicos, como o Banco da Espanha, o Palácio de Linares, o Palácio de Comunicaciones - hoje era conhecida como Centro Histórico. O prédio, que parecia uma Catedral, fora construído em 1909 para ser a sede da empresa de Correios da Espanha. Em 2007, passara a ser a nova sede da Prefeitura de Madri,  o Palácio de Cibeles e o Palácio de Buenavista - sede do Quartel General do Exército.

Praça de Callao -

No início do século XX, fora construída uma praça entre a atual Rua Preciados e a Grande Vía, que rapidamente se tornara em um dos lugares mais freqüentados de Madrid: a Praça de Callao. Um dos seus principais pontos de atração era o fato de manter intactos os prédios que a viram nascer, como o Palácio da Imprensa, o Edifício Carrión  e os míticos Cinemas Callao de Madrid.

Praça de Espanha -

Depois de dois anos e meio de obras, esta cêntrica praça madrilena recuperara o seu esplendor para se converter num novo ponto de interesse turístico, mais verde, mais sustentável e mais acessível. Situada ao final da Grande Vía, era uma via peatonal, que possibilitava a ligação entre os diferentes espaços públicos desta zona: a Plaza de Oriente, os Jardins de Sabatini, o Campo do Moro e a Madrid Río. A nova praça ocupava uma área de mais de 70.000 m2, na qual conviviam todos os modos de mobilidade. Assim, a circulação à superfície era reservada aos operarios e ciclistas, realizando-se a circulação rodoviária através de um túnel que conectava as ruas Bailén e Ferraz, que era um prolongamento do túnel construído em 1990 em frente do Palácio Real. Foram plantadas mais de 1.100 novas árvores e abertos mais de 3 km de ciclovias e cerca de 400 metros de vias para ciclistas em espaços livres de trânsito automóvel, além da criação de amplas zonas destinadas às crianças.

 

Além da fonte com o popular Monumento a Cervantes inaugurado em 1915, contava com outras duas fontes: uma de criação recente, a Fonte do Céu, em mármore de macaúba, inspirada nos céus de Madrid, e a conhecida  Fuente de la Concha ou do Nascimento da água, anteriormente situada em frente do Edifício España e que seria em breve realocada junto à Paróquia de Santa Teresa e São José, no número 14 da Praça de Espanha, um precioso templo neogótico de inspiração medieval.  A praça estava franqueada por dois arranha-céus emblemáticos da cidade: a Torre de Madrid e o Edifício Espanha que albergava atualmente, o luxuoso Hotel Riu Plaza Espanha. Estes dois prédios formavam um dos conjuntos arquitetônicos mais interessantes da capital espanhola. A remodelação da praça e do seu entorno fora distinguida dia 21 de setembro de 2023, com um dos prestigiosos prêmios da XVI Bienal Espanhola de Arquitetura e Urbanismo. 

Praça de Touros de las Ventas -  Calle de Alcalá, 237 -

Inaugurada em 1931, er a maior e mais conhecida Arena de Tourada da Espanha. A melhor época para assistir a uma tourada era durante a Festa de San Isidro, que ocorria entre os meses de maio e junho. Era o mais famoso festival de touradas do mundo, e durante suas três semanas as touradas aconteciam todos os dias, a partir das 19.00h. Além do Festival, as touradas regulares ocorriam todos os domingos, de março a outubro. Durante a semana, era possível visitar o Museu de Touradas Las Ventas e conhecer um pouco de sua história. Uma ótima opção, era participar do Las Ventas Tour, uma visita que percorria todos os locais da Arena que, com a utilização de um audio guia (disponível em português),  possibilitava entender o funcionamento de uma tourada.

Praça Mayor

Era um espaço histórico, localizado no centro da cidade. Já fora o centro de grandes demonstrações públicas, espetáculos populares e touradas, mas atualmente o comércio era seu principal destaque. No centro da praça, encontrava-se a estátua de Felipe III, e seu prédio mais célebre era a Casa de La Panadería, cuja construção foi iniciada em 1590 e atualmente abrigava o mais importante Centro de Informações Turísticas de Madri. A Plaza Mayor possuia nove arcos de acesso, sendo o Arco de Cuchilleros o mais importante deles.

Rua Preciados

Começava na Porta do Sol e seguia até à Praça de Santo Domingo. Além das diversas lojas que abrigava e era reconhecida, também, pela loja El Corte Inglês.  A rua recebera esse nome, porque fora onde ficava a residência dos Irmãos Preciado, e aonde um empresário abrira um centro comercial chamado Galerias Preciados. Ficava entre a Porta do Sol e a Praça de Santo Domingo, passando pela raça de Callao, que eram espaços peatonais, como a paralela Rua de Carmen, onde poderá ser espectador de inesperados concertos de Câmara, apresentações com marionetes, números de dança, mímicas e música em geral.

Outras referências históricas e turísticas 

Basilica de São Francisco – o Grande – Calle Gran Via de São Francisco -

Esta monumental Basílica em estilo neoclássico, situada perto do popular bairro madrileno de La Latina, destacava-se por sua riqueza artística de seu interior, que incluía várias obras de Goya e de Zurbarán, e por sua impressionante cúpula, a maior de Espanha e a quarta da Europa, a seguir à da Basílica de São Pedro, à do Panteão de Roma, e à de Santa María del Fiore, em Florença. Fora construído segundo registros, no terreno oferecido a São Francisco de Assis à sua passagem por Madrid, em 1214, a caminho de Santiago de Compostela. Neste lugar ergueram-se três templos antes da atual Basílica, que datava do século XVIII, e cujas obras estiveram a cargo da Ordem dos Franciscanos. Sua construção fora concluída entre 1776 e 1784, sob a direção do arquiteto Francisco Sabatini.

O templo tinha uma planta central circular, coberta por uma grande cúpula, de 33 metros de diâmetro e 58 metros de altura, e possuía uma Capela-mor, rodeada por seis capelas, cobertas por cúpulas menores. No seu interior abrigava uma vasta coleção de quadros de artistas espanhóis dos séculos XVIII e XIX, como Goya, Zurbarán, Casto Plasencia, Francisco Jover, Martínez Cubells, José del Castillo, Moreno Carbonero, Eugenio Oliva, Menéndez Pidal, González Velázquez, Gregorio Ferro, Gaspar Crayer, Vicente Carducci, Antonio Carnicero, Alonso Cano e Lucas Jordán, além de magníficas esculturas em mármore branco.

Centro Cultural Caixa Fórum de Madrid – Passeio del Prado, 36 - 

Era uma Estação de Eletricidade, construída para abastecer o sul da capital, com projeto idealizado por Jesus Carrasco y Encina. No começo do século XXI, o prédio fora abandonado e mais tarde adquirido pela Caixa, que empreendera reformas no prédio para transformá-lo num centro cultural. Esta reabilitação permitria que o prédio, feito de tijolo, transmitisse a sensação de estar  flutuando, graças à ausência de pilastras ou colunas de sustentação. A inovadora arquitetura do prédio, forarealizada pelo renomado grupo suíço Herzog & De Meuron, a partir de 2002. As  exposições realizadas na Caixa Fórum, eram de altíssimo nível, como prova o habitual êxito de público. Para conhecer as exposições  estavam cobrando 5 Euros.

Chueca e Malasaña - 

Eram dois bairros antigos,  que não figuravam nos circuitos turísticos tradicionais da cidade. Chueca era o bairro onde encontraria os cantinhos mais alternativos e boêmios de Madrid, em grande parte porque era o bairro GLSxptqws. Aqui havia uma grande variedade de bares e boates, e lojas modernas e únicas. Malasaña já fora o centro da Movida Madrileña, a revolução contra cultural, que seguira o fim do franquismo e que tivera seu auge na década de 1980, com muita música, liberdade de expressão e drogas também. Atualmente era um Distrito mais burguês, que se transformara no paraíso dos boêmios e dos pretendidos moderninhos. As ruas estavam lotadas de arte pop, lojas com marcas locais e internacionais, e lojas alternativas, com músicas de todos os gêneros.

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Corral de La Moreria – Calle Moreria, 17 –

Desde a sua inauguração em 1956, oferecia todas as noites uma experiência única no mundo, graças ao seu compromisso com a mais alta qualidade, tanto na programação artística como na oferta gastronômica e no atendimento ao cliente. Estava incluído no livro de viagens mais famoso do mundo: 1.000 Lugares para Ver Antes de Morrer, número 1 da lista do NYTimes que selecionava os lugares mais emblemáticos do planeta. Possuia o reconhecimento de Melhor Tablao de Flamenco do Mundo,  do Festival Internacional de Cante Minas de la Unión, bem como o Prémio Cidade de Madrid que lhe fora atribuído pela Câmara Municipal da capital, juntamente com o Museu do Prado, o Thyssen e o Reina Sofia. A senhora Blanca del Rey, proprietária e diretora artística do único tablao de flamenco, cujo proprietário e diretor artístico era um dos mais importantes coreógrafos e bailarinos da história do flamenco.

Estádio Santiago Bernabéu  - Av. de Concha Espina, 1 -

Estádio de futebol do Real Madrid F.C., era um dos mais conhecidos estádios do mundo, e um dos principais centros turísticos da cidade, sendo a terceira atração mais visitada. O Tour do Bernabéu levava a todas as áreas do estádio, com espaços modernos e interativos e exibição de uma impressionante coleção de troféus do time que era considerado um dos melhores do século XX. Com uma modernissima e enorme transformação, fora re-inaugurado em setembro de 2023 tornando-se o estádio multiuso mais moderno do mundo. 

Estátua de Felipe III

Esta escultura eqüestre era uma das obras de arte de maior valor que se poderia encontrar nas ruas de Madrid. Concebida por Giambologna e concluída por Pietro Tacca, em 1616, a estátua custodiara durante séculos o acesso à Casa de Campo, quando a Rainha Isabel II a cedera à cidade em 1848, que decidira colocá-la na Praça Mayor.

Fonte de Netuno – Calle Canovas de Castillo –

Assim como as Cibeles, a Fonte de Netuno era uma das mais belas e majestosas de Madrid. Ambos os deuses ocupavam postos proeminentes na hierarquia mitológica grega e rivalizavam no terreno desportivo, visto que os adeptos do Atlético de Madrid celebravam suas vitórias na praça do Deus do Mar, ao passo que os do Real Madrid faziam- nas Cibeles. Como parte do projeto original de Ventura Rodríguez, ambas as fontes estavam inicialmente defronte, entreolhando-se num lado do Passeio do Prado.Tanto as Cibeles como a Netuno sofreram, nos finais do século XIX processos de reestruturação e transferência, passando finalmente a ocupar o centro das praças de Cibeles e de Cánovas do Castillo. A autoria da escultura não era muito clara, já que fora encomendada a Juan Pascual de Mena, escultor que morrera antes de  terminá-la. Quanto ao conjunto monumental, sobre uma base rochosa, emergia a carruagem em forma de concha, puxada por dois hipocampos, símbolos das tormentas e do mar agitado. A obra representava o Deus do Mar, com o seu tridente sobre uma carruagem em forma de concha, puxada por dois cavalos marinhos. Com a fonte de Apolo, ou das Quatro Estações, e a de Cibeles fazia parte da decoração para o Salão do Prado, projetado por Carlos III.

Galeria das Coleções Reais Calle de Ballén, 8 - Plaza de la Armería: entrada geral.

Situado junto ao Palácio Real abrigava uma excelente seleção de obras de arte que mostrava a riqueza e a diversidade das coleções conservadas pelo Patrimônio Nacional, fruto do destacado papel colecionador e mecenato desenvolvido pela Monarquia Espanhola ao longo do tempo. Era um dos projetos museológicos mais importantes da Espanha nas últimas décadas. A primeira surpresa era sua sede, um prédio de 40.000 metros quadrados escavado na rocha e perfeitamente integrado no entorno do Palácio Real, que se estendia desde os jardins do Campo del Moro até a Plaza de la Armería do Palácio, onde estava localizada a entrada principal. Projetado pelos arquitetos Luis Mansilla e Emilio Tuñón, o Complexo fora reconhecido com prêmios de arquitetura de destaque e oferecia vistas ​​sobre a  Casa de Campo e a cidade de Madrid. Em seu interior o destaque recaia sobre as 650 peças que compunham a impressionante exposição do museu: uma seleção de pinturas esculturas tapeçarias móveis e todo tipo de artes decorativas entre outros objetos que incluía obras assinadas por grandes artistas como Velázquez Caravaggio, Goya, Ticiano, Hieronymus Bosch, Luisa Roldán e El Greco. A visita proporcionava conhecer, através de vídeos, maquetes e diversos recursos didáticos, a construção de monumentos como o Mosteiro do Escorial e o Palácio da Granja e um grande cubo imersivo onde se poderia ver projeções em 360º dos espaços arquitetônicos e naturais dos Sítios Reais, cuja entrada estava localizada na Cuesta de la Vega, na altura do Campo Jardins del Moro.

Igreja de São Manuel e São Benito – Calle de Alcalá –

Mesmo em frente ao Parque do Retiro, na Rua de Alcalá, encontrava-se um dos prédios mais conhecidos da capital, que se destacava por sua construção original que datava da primeira década do século XX. Obra do arquiteto Fernando Arbós y Tremanti, fora construída para servir de residência e igreja aos padres agostinianos. Os patrocinadores da iniciativa foram o empresário catalão Manuel Caviggioli e sua esposa, Benita Maurici, que doaram terrenos para o projeto. A igreja paroquial também leva os nomes do casal. Era um dos melhores exemplos da arquitetura neobizantina de Madrid, juntamente com o Panteão de Espanha (antigo Panteão dos Homens Ilustres), também desenhado por Arbós. Como era comum na arquitetura bizantina, o desenho da igreja assumia uma planta em cruz grega. Possuia também uma grande cúpula com quatro pendentes, nos quais cada um dos Quatro Evangelistas estava simbolicamente representado. Visite a pequena capela do lado direito, onde havia um altar de mármore branco no centro, com os túmulos do casal catalão de cada lado. Ao admirar a fachada, observe o Campanário, que seguia o estilo dos campanários italianos, ou torres sineiras.

Igreja dos Jerônimos – Calle de Moreto, 4 – Paseo del Arte --

Conhecido como Los Jerónimos, era um dos Conventos mais importantes de Madrid. Junto ao Mosteiro encontrava-se o chamado Cuarto Real, mais tarde ampliado como Palácio do Bom Retiro, durante o reinado de Felipe IV. A igreja fora classificada como Monumento Nacional em 1925 e suas origens remontavam-se ao ano 1464, quando o monarca Enrique IV, de Trastámara fundara o Mosteiro de Santa María do Paso, nas margens do Rio Manzanares, perto de El Pardo. Dada a insalubridade da zona, os frades solicitaram aos reis um traslado para um lugar mais saudável. A Rainha Isabel - a Católica, concedera-lhes em 1502 a sua atual localização, mais perto da Corte, sendo o Mosteiro conhecido desde então como o Prado de São Jerônimo.

 

Era um lugar emblemático da Corte, cenário de cerimônias de juramento dos herdeiros da Coroa Espanhola, como os príncipes de Astúrias, desde Felipe II (1528) a Isabel II (1833), e de várias Cortes Espanholas, além de ordenações episcopais. Do convento conservam-se atualmente a igreja e um claustro, instalados nos fundos do Museu do Prado. O templo era de estilo gótico, com planta de cruz latina, e estava formado por uma nave central, cruzeiro e cinco capelas de cada lado. A monumental escadaria de acesso da Rua Alarcón fora construída para a boda de Alfonso XIII e Victoria Eugenia, em 1906. O claustro sofrera uma progressiva deterioração ao longo do século XIX e, mediante um acordo com as autoridades eclesiásticas, fora recuperado e incorporado ao Museu do Prado como parte da ampliação concebida pelo arquiteto Rafael Moneo. Por seu atual aspecto exterior, o claustro era conhecido como o Cubo de Moneo.

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Imprensa Municipal – Artes do Livro – Calle de Concepcion Jerônimo, 135-

Este centro dedicado às artes gráficas e inaugurado em 2011, como museu tinha sua origem no século XIX, na antiga Imprensa Municipal e Litografia. Possuía uma área de 3.500 metros quadrados distribuídos em três andares. Nas suas instalações encontravam-se mais de 3.000 peças, entre as quais se destacavam uma prensa tipográfica do século XVII, um tórculo de 1789 e uma máquina tipográfica Planeta, de 1930, além de uma coleção de bronzes dourados, pedras litográficas desenhadas, placas de talhe-doce e encadernações artísticas.

Lago da Casa de Campo – Paseo do Embarcadero -

Este grande lago artificial datado do século XVI, que fazia parte do projeto paisagístico encomendado pelo Rei Felipe II ao arquiteto Juan Bautista de Toledo, para o acondicionamento do Real Sítio da Casa de Campo. Submetido a um minucioso restauro em 2018, o lago era um lugar perfeito para desfrutar da natureza, de um momento de ócio em qualquer dos bares e restaurantes situados no seu entorno, e também para praticar desportos náuticos. Passeando pelo entorno do lago, podemos encontrar uma grande variedade de árvores e arbustos, como medronheiros, tamarix, ácer, tamareiras, plátanos e olmos. Na zona dos restaurantes encontrava-se um Mirante que proporcionava vistas do lago e do parque, e uma excelente vista panorâmica de Madrid.

 

O embarcadouro, com mais de 250 metros quadrados distribuídos por quatro áreas, dispunha atualmente de cerca de 50 embarcações a remos, para uso recreativo, com a possibilidade de navegar em piroga e em canoa. Perto do lago situavam-se o Centro Entomológico Manuel Ortego,  que albergava uma das coleções de escaravelhos e borboletas mais importantes de Espanha. O Zoológico, o Parque de Atrações e o Recinto de Feiras da Casa de Campo ficavam nas proximidades e eram facilmente alcançados pela Avenida de Portugal, desde Madrid Rio. À volta do Lago existiam vários restaurantes com uma interessante oferta gastronômica que contribuía para valorizar, ainda mais, este belo enclave natural de Madrid. Ao lado de prestigiosos grupos de restaurantes como o Triciclo, a Casa Remigio e o Urogallo, os visitantes  poderiam desfrutar de diferentes propostas da cozinha espanhola.

Rua da Cava Baixa – bairro La Latina

Era uma das ruas mais animadas e bonitas de toda Madrid e onde se encontravam muitos dos melhores bares e restaurantes de tapas. A área de La Latina, logo abaixo da Plaza Mayor, estava localizada no coração de Madri, a poucos minutos do Palácio, Sol e Lavapés. Era ladeada por uma série de prédios coloridos que representavam a arquitetura essencialmente madrilenha e também abrigava vários mercados populares de rua. Também tinha sua própria Estação de Metrô.

Templo de Debod -  Calle de Ferraz, 1 -

Era a única peça de arquitetura egípcia, que poderia ser vista na Espanha. Fora construída originalmente, a 15 km ao sul de Assuã, no sul do Egito,  próximo da primeira catarata do Rio Nilo. Em 1960, a ameaça ao patrimônio arqueológico, representada pelo projeto de construção da Represa de Assuã, obrigara a UNESCO a realizar um chamado aos países do mundo solicitando ajuda para tentar preservar o rico legado histórico da região. Como gratidão pela ajuda recebida para salvar o Complexo de Abu Simbel, em 1968 o Governo de Egito doara o Templo de Debod à Espanha. O templo estava localizado no começo do Parque del Oeste, ao lado da Plaza de Espanha. A Estação de Metrô Plaza de Espanha, era a mais próxima do templo, utilizando-se as linha 3 e 10.

Torres KIO -  Plaza de Castilla –

As duas torres KIO eram um dos elementos mais conhecidos da linha do horizonte madrilena. Os dois prédios, cujo nome oficial era Porta da Europa, dificilmente passariam desapercebidos, quer pela sua localização, em plena Praça de Castilla, quer por sua altura de 115 metros. Também se destacavam por sua arquitetura: duas torres inclinadas, simétricas em relação ao eixo de La Castellana, formando uma espécie de porta futurista que desafivaa as leis da gravidade. Conhecidas como Torres KIO, o nome da principal empresa acionista do grupo promotor, estes prédios começaram a ser construídos em 1990, de acordo com o projeto do estúdio nova-iorquino John Burgee Architects e foram concluídos no outono de 1995. As bases das torres eram quadradas, de 35 metros de lado, e a inclinação atingia os 14,3 graus.

 

Cada arranha-céus tinha três pisos inferiores, térreo, mezanino para instalações e 24 andares para escritórios, de 1200 m2 aproximadamente. A esta superfície era preciso ainda acrescentar a cobertura superior com heliporto em cada torre. O acesso aos pisos realizava-se através de oito elevadores, quatro destes só até ao piso 13 devido à inclinação. Esta condição fazia com que cada um dos pisos fosse diferente dos demais, pois os limites do espaço iam se  deslocando até ao núcleo central de elevadores. As fachadas mesclavam o vidro, o alumínio e o aço inoxidável.

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Palácio de Cristal

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