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LISBOA a MADRID - de carro - parte 1/2 

Título 3

Esqueça o dia de chegada. Esse dia não conta.

LISBOA

 

Pergunte na Recepção do hotel onde  poderá pegar o elétrico 12 para visitar o lugar onde surgiu a cidade. Desça no Largo Portas do Sol e siga para o Castelo de São Jorge,  aberto todos os dias de março a outubro das 9.00 às 21.00h, e de novembro a fevereiro até as 18.00h. A belíssima fortificação, construída pelos mouros no século 11, de onde terá sua primeira vista panorâmica da capital portuguesa. Depois, siga até o Miradouro de Santa Luzia, para mais uma  linda vista da cidade. Se tiver interesse, o Panteão Nacional ( Campo de Santa Clara ) fica  próximo, assim como a Feira da Ladra, que funciona às terça e sábado, das 9.00 às 18.00h.

 

Circule com calma para melhor apreciar as pitorescas ruelas do bairro de Alfama, parando na Igreja de Santo Antonio de Lisboa  (rua Pedras Negras, 1) onde o santo casamenteiro nasceu, em 1195. Ainda no bairro, visite a pitoresca Casa dos Bicos, que depois de tornar-se sede da Fundação José Saramago, passou a receber visitantes. Fica na rua dos Bacalhoeiros -  aberta de segunda a sábado das 10.00 às 17.00h.

 

Continue o passeio para conhecer uma das portas de entrada de Lisboa, a Praça do Comércio também conhecida como Terreiro do Paço. A primeira parada, para realmente mergulhar em tudo o que verá nos dias seguintes, é o Lisboa Story Center -  Terreiro do Paço, 78-81, que abre diariamente das 10.00 às 20.00h. Depois, atravesse a rua para conhecer o Café Restaurante Martinho da Arcada - Praça do Comércio, 3, onde Fernando Pessoa tinha uma mesa cativa, e a seguir visite o Arco da Rua Augusta - Rua Augusta, 2-10 – aberto todos os dias, das 9.00 às 19.00h, um símbolo do renascimento de Lisboa depois do terremoto.

 

Faça uma circulada pela Baixa Pombalina, a moderna cidade de grid quadriculado desenhada pelo Marquês de Pombal. Ao final desta caminhada, chegará novamente ao Rossio, mais ou menos onde começou este passeio. Agora, para comemorar a façanha, vamos tomar uma ginjinha, o licor oficial da cidade, direto na A Ginjinha - Largo de São Domingos, 8Volte até o Elevador de Santa Justa, no final da Rua do Ouro. Suba, contemple Lisboa ao entardecer e saia pelo pontilhão que leva às ruínas da Igreja do Carmo. Dobre à esquerda e chegará em meia quadra à rua Garrett, o coração do charmoso bairro comercial do Chiado. Siga até o Café A Brasileira, que fica no número 120 desta rua, para tirar uma foto junto a estátua de Fernando Pessoa. Aqui estará ao pé do Bairro Alto, reduto do primeiro turno da muvuca lisboeta (os bares agora precisam fechar às duas da manhã.

 

2º - dia - LISBOA

Belém, Docas e Cais do Sodré

O dia de hoje será dedicado ao bairro do Belém. Na Praça da Figueira, ou na Praça do Comércio, pegue o elétrico 15, com destino a Algés e desça na parada Pedrouços. Comece visitando a Torre de Belém, construída no século XIV, e hoje um dos símbolos da cidade. Caminhando pela margem do Tejo, chega-se ao Padrão dos Descobrimentos, que pode ser admirado por dentro. Retornando para o interior do bairro pela Praça Império, dê uma bisbilhotada no Museu Coleção Berardo. Prossiga até o Mosteiro dos Jerônimos, visitando a Igreja de Santa Maria de Belém e o claustro.

Faça um pit stop na Antiga Confeitaria de Belém, que existe desde 1837 no prédio de uma refinaria de açúcar, onde é feita a receita ~secreta~ dos maravilhosos docinhos típicos portugueses, que fora dali são conhecidos apenas como pastéis de nata. Dois museus ali próximos podem ser interessantes:  o Museu da Marinha - Praça do Império - aberto de terça a domingo, das 10.00 às 17.00h, que apresenta modelos de navios da época dos Descobrimentos, e o Museu Nacional dos Coches - Praça Afonso de Albuquerque - aberto de terça a domingo das 10.00 às 17.00h, com uma belíssima coleção de carruagens a partir do século 17. Retorne ao elétrico 15 e desça no Calvário para terminar o dia no LX Factory, caminhando entre lojinhas e restaurantes, ou volte ao centro para comer no Mercado da Ribeira. Dê uma descansada e depois prepare-se para conhecer a noite Cor de Rosa, no Cais do Sodré.

3º - dia - LISBOA

Parque das Nações, Oceanário e Príncipe Real

Informe-se como pegar o Metrô para ir ao Parque das Nações e também para conhecer o Oceanário, um dos maiores da Europa. Aproveite para conhecer o Centro Comercial Vasco da Gama, um shopping moderno e muito bem estruturado, ligado ao Parque e ao Metrô. Ao fim da tarde vá passear pelo charmoso bairro do Príncipe Real - desça na estação Rato. Jante por ali e, antes de voltar para o hotel, tome um digestivo no Pavilhão Chinês, um dos bares mais exóticos do planeta – Rua Dom Pedro V, 89 - aberto todos os dias das 18.00 h às 02.00h.

4º -  dia – LISBOA

A saída será com a travessia da Ponte 25 de Abril, até encontrar com indicações para a  Autoestrada A-12 em direção a Évora – Santarém e Espanha. Saída cedo em carro alugado, com destino a Setúbal, um excelente ponto de partida para as férias na região de Lisboa, onde poderá desfrutar ao máximo da beleza dos estuários do Tejo e do Sado. Abrangendo as esplêndidas paisagens da Serra da Arrábida e dos vinhedos circundantes. Situada a 55 km a sudoeste de Lisboa, Setúbal encontra-se a curta distância das mais pitorescas cidades e vilas do distrito, como Palmela, Sesimbra, Alcácer do Sal e Grândola.

Setúbal foi um movimentado porto durante a ocupação romana e ganhou nova importância quando foi conquistada aos Mouros em 1217 e lhe foi atribuído estatuto protegido através da Ordem de Santiago. A cidade tornou-se um importante centro econômico graças às indústrias da cerâmica e da pesca, tendo se tornado também  local de veraneio da aristocracia durante o século XV. Está intimamente associada à vida e obra do aclamado poeta do século XVIII, Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765–1805). A casa onde ele nasceu foi transformada em  museu.

Existem muitas atrações para visitar, como a esplêndida Catedral de Santa Maria da Graça, do século XVI, com os seus belos azulejos do século XVIII;  a igreja gótica do Mosteiro de Jesus e  suas colunas manuelinas, um museu arqueológico com intrigantes vestígios da ocupação romana e o Castelo de São Filipe, datado do século XVI e construído por ordem do Rei Filipe II, de Espanha, em 1595.

A cidade possui diversos bairros, destacando-se o bairro do Troino, as Fontainhas, o Santo Nicolau e a Fonte Nova, zonas onde viviam grande parte da comunidade dos pescadores, e as Fontainhas que começaram a ser povoadas por volta do século XVII. O bairro Salgado, era a região onde, por tradição, vivia a classe burguesia no século XIX. A região da Saboaria, assim como a zona das Fontainhas, foram, durante o século XX, locais de grande concentração industrial. Atualmente, na Saboaria, ficam os principais restaurantes, e os principais clubes noturnos e bares. Existem bairros que merecem atenção: Camarinha, Casal das Figueiras, Fonte Nova, Liceu, Viso, Peixe Frito e Santa Maria da Graça.

5º - dia – SETUBAL

 

Pela manhã, saída para Évora para um percurso de 99 km até, passando pela pequena e histórica Montemor o Novo

ÉVORA

Em 715 DC, foi conquistada pelos Mouros e em 1166,  Geraldo Sempayor  reconquistou-a. Durante a Idade Média foi uma das mais prósperas  cidades do Reino, principalmente durante a Dinastia dos Avis. Em 1759 por ordem do Marquês do Pombal, os padres jesuítas foram expulsos e a Universidade por eles criada foi fechada, reabrindo somente em 1973. Reconquistada por Dom Afonso Henriques, se tornou uma cidade cristã que, durante a Idade Média, foi uma das mais prósperas de Portugal. Foi em Évora que Dom Afonso, o herdeiro de Dom João II, casou-se com a Princesa Isabel, filha dos Reis Católicos, um acerto destinado a normalizar as relações com a Espanha. No século XV a cidade tornou-se um importante centro cultural conduzido pelos Jesuítas.

Com a presença dos padres e a influência espanhola,  se instalou em Évora um Tribunal da Inquisição, extinto pelo Marquês de Pombal, em 1759, quando ele também decretou o fim do ensino ministrado pelos religiosos. Esse foi um dos erros atribuídos à administração pombalina: não conseguir montar uma estrutura leiga capaz de substituir o ensino ministrado pelos jesuítas. Não deixe de visitar os menires  de Cromeleques de Almendres, um conjunto de monólitos pré-histórico. Aqui a  paisagem é alta e escarpada, com pequenas praias abrigadas entre arribas. E também aqui há aromas de campo e as ervas de cheiro que temperam peixes e mariscos.

Antiga Universidade -

A universidade do século XVI, fechada em 1759, só foi reaberta em 1973. O interior do prédio, muito bem conservado, permite entrever o claustro e as salas de aula. Os painéis azulejados na parede de cada sala têm como tema a disciplina que era ali ensinada. O prédio abriga uma instituição de ensino e não é exatamente uma atração turística aberta à visitação. Comportamento discreto e silencioso é recomendado em seu interior. Fica no Largo dos Colegiais, 2.

Aqueduto da água da prata -

Construído em 1531, tem 9 km de extensão, vai buscar água em uma nascente para entregá-la na Fonte da Praça do Giraldo. Quando chega à cidade o aqueduto mostra-se monumental, com torreões de diversas formas. A melhor visão do Aqueduto é a partir da Rua Cândido dos Reis.

 

Igreja de N. Senhora da Graça -

É um prédio maneirista com uma gramática decorativa bastante sofisticada, tanto em nível da composição dos volumes como da decoração escultórica. Quatro gigantes estão sentados, quase grotescamente, sobre as pilastras do primeiro andar à frente de duas esferas com chamas. Mais em cima do frontão que remata o prédio há dois anjos pequenos. Há discos com rosetas no primeiro andar. No interior há um claustro de estilo renascentista e uma igreja com uma janela de mármore lavrado.

 

Igreja de São Francisco -

A igreja parece um conjunto de massas que se amontoaram com outras construções  pequenas coladas nos flancos. Tem uma fachada com uma galilé coberta, com sete amplos arcos, de volta completa. A fachada é coroada por coruchéus e merlões, com um aspecto gótico e mourisco. Com planta de cruz latina, tem uma só nave, em cujas paredes se alojam capelas renascentistas, barrocas e rococó.  

 

As Capelas da Ordem Terceira são revestidas de azulejos e telas com cenas históricas. Na Capela dos Ossos, estão centenas  de esqueletos formando motivos decorativos, o que pode ser fascinante ou repelente consoante a sensibilidade de cada um. É  uma capela particularmente macabra que, no século XVII, servia para os frades franciscanos meditarem. Na entrada está escrito: Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”.  Fica na Praça 1º. de Maio.

 

Palácio dos Condes de Basto -

Misturado com a antiga muralha romana, absorvendo e conservando a Torre de Sertório, há lindas janelas múdejares, geminadas, de arco de ferradura, e tem galerias renascenças. No interior possui bem executadas pinturas murais, de 1578, representando combates navais e episódios mitológicos. 

 

Palácio dos Duques do Cadaval -

Este palácio fez parte do chamado Castelo Velho, de 1384, mandado erigir pelos reis cristãos na época da Dinastia dos Avis. Tem um corpo horizontal branco ladeado por duas torres remanescentes desse antigo castelo. O que lhe dá um aspecto híbrido de castelo e de habitação civil. Em seu interior está a Igreja de São João Evangelista e um relicário de madeira que teria pedaços da Cruz de Jesus Cristo.

Praça do Geraldo -

É a praça central, alongada, com vários edifícios importantes de Évora, esplanadas e lojas, e com uma fonte central, construída em 1571 em mármore branco e rematada por uma coroa de bronze. As fachadas dos prédios têm por baixo arcadas que são particularmente agradáveis no verão e que circundam a quase totalidade da praça. É uma homenagem ao infante português Geraldo Sempayor que a reconquistou de forma brilhante, tornando-se um herói nacional.

6º - dia ÉVORA

Continuando as visitas pela cidade, inclua a

Catedral da Sé -

É um grandioso prédio de volumetria apreciável, dos começos do século XIII, que marca a transição do românico para o gótico. Aparenta ainda um aspecto de fortificação típica daquele estilo.  A fachada principal apresenta um fundo portal que é protegido por duas enormes torres medievais. O portal é ladeado por magníficas esculturas dos apóstolos, debaixo de capitéis com folhagens, e assentes em mísulas com humanos e animais fantásticos. Estes apóstolos são o melhor da escultura medieval portuguesa, comparáveis aos do Mosteiro da Batalha. No interior, embora a planta seja de inspiração românica, a decoração e acabamentos são de estilo gótico. A nave central é imponente, tendo altas abóbadas e belos arcos ogivais. Há mais duas naves laterais, com um comprimento máximo de 70m que faz dela a maior do país.

Além de várias capelas, incluindo a capela-mor que é já dos tempos de D. João V, o que impressiona em seu interior é o espaço  em flecha para o alto, elevando espiritualmente o visitante. Possui ainda um claustro de estilo gótico do século XIV grandioso e  bonito, por onde passou a patina do tempo. Na torre da catedral funciona um pequeno museu de arte sacra. Sua peça mais  interessante, é a Virgem, do século XIII, esculpida em marfim. Seu manto se abre sobre delicadas miniaturas entalhadas.

Fórum Eugênio de Almeida -

Espaço multidisciplinar com de exposições, auditório, cafeterias, lojas e uma Enoteca que comercializa os vinhos da Adega da Cartuxa  -  Rua Vasco da Gama, 13. Experimente o Pêra Manca  tinto, com cortes de cepas Aragonês e Trincadeira, típicas do Alentejo. Aproveite e vá até a Praça Joaquim Antonio de Aguiar, 20 para provar os vinhos da Adega Herdade das Aldeias. Horário: das 11.00 às 19.00h. O recomendável é uma permanência mínima de 3 dias para que se tenha uma noção mais completa da cidade para poder apreciar a riqueza de sua gastronomia alentejana, que se vale dos azeites, vinhos e queijos, bem como das receitas clássicas de acordas, migas, carnes de caça e seus famosos doces conventuais: o fidalgo, o pão de rala, a siricaia, a encharcada, o toucinho do céu e a trouxa de ovos.

Mosteiro dos Loios -

Esse encantador Mosteiro do século XV em estilo gótico-manuelino é hoje um hotel de charme pertencente  à rede  Pousadas de Portugal. Para visitá-lo   por   dentro,   solicite autorização na portaria, tome um café ou no  vá até o bar e, melhor ainda, se puder, almoce ou  venha  jantar   no   restaurante da pousada, que funciona  sob  as  arcadas do claustro central. Largo do Conde Vila-Flor.

Museu de Évora -

Instalado num belo palácio do século XVI, o museu possui aproximadamente 20 mil peças, divididas em seções de arqueologia, escultura, pinturas flamencas e portuguesas. A extinção das Ordens religiosas também ajudou a enriquecer as coleções do Museu para onde foram transferidas peças, em cerâmica, ourivesaria, mobiliário e tapeçarias acumuladas nos conventos. Fica no  Largo Mário Chico.

Quando a fome apertar, busque o restaurante Fialho Travessa dos Mascarenhas, 16 -  que há mais de 60 anos domina a gastronomia da região do Alentejo. Seus atuais concorrentes no mesmo nível de qualidade e atendimento são os restaurantes Dom Joaquim, a Tasquinha do Oliveira  e o  restaurante do Hotel Convento do Espinheiro. Aqui se concentra o melhor dos vinhos do Alentejo. Está querendo provar ou comprar, vá até uma destas lojas: Divinus Gourmet Praça Primeiro de Maio; Alforge – rua 25 de Outubro; ou na loja da Adega Cartuxa.

   

Sugestões de vinhos: Casa  dos Zagalos  /  Esporão  /  Herdade das Servas / Escalacheli /  Poliphonia Reserva  /  Marquês de Borba Reserva,  23 Barricas e o lendário Pêra Manca, produzido pela Vinícola Cartuxa a partir da combinação das uvas Aragonês e a Trincadeira.

Retornando à estrada, vamos  a caminho de Évoramonte, um minúsculo vilarejo amuralhado, situado no alto de um morro, onde vivem pouco mais de 500 pessoas. Aqui se tem a melhor vista alentejana: um mar  a perder de vista, sobreiros e oliveiras. Chegar lá acima, pode ser um desafio se for a pé mas essa vontade instala-se nos mais ousados quando se vê o Castelo desde a estrada, para quem vem de Évora. Se decidir subir de carro, deixe-o fora das muralhas, na Porta de São Sebastião para poder entrar na Vila como fizeram os portugueses ao longo da maioria dos séculos. A vila é pequena, bonita e singular. O seu tamanho é um bom motivo para percorrer todas as ruas e recantos com atenção aos detalhes. Eles surgem por todo o lado, seja um ornamento, uma porta ou janela tipicamente alentejanas, ou uma inscrição na parede. Por onde quer que se caminhe em Évoramonte, vamos encontrar simples casas brancas tradicionalmente pintadas com cal branca e, muitas vezes, com os coloridos rodapés, contornos de portas, janelas e frisos amarelos ou com os tons azuis típicos do Alentejo.

Ao percorrer a pé a zona entre as muralhas, verá a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição (bem perto do Cemitério dos Combatentes). Na Rua da Misericórdia, mais ampla e onde está o acesso às cisternas, alguns bancos convidam ao descanso. Mais à frente está a pequena Igreja da Misericórdia e o adjacente Hospital da Misericórdia. O destaque em Évoramonte é a Torre, e o  Paço Ducal, no ponto mais alto da colina. Na rua principal, a Rua de Santa Maria, fica o lugar de onde poderemos registrar a recordação desta visita: é o Celeiro Comum, que remonta a 1642, quando foi fundado a pedido dos evoramontenses, por Alvará de D. João IV para que nele fossem depositadas as reservas de cereais. Hoje é uma loja de artesanato de extremo bom gosto.

 

Templo Romano -

Muitas vezes conhecido por Templo de Diana, na realidade é uma obra edificada em honra do Imperador Augusto. É um dos templos desta civilização clássica, mais completos da Península Ibéria. Catorze colunas de granito ainda se mantêm em pé e várias delas conservam seus capitéis coríntios. Fica no Largo do Conde Vila-Flor.

Continuação para

7º - dia - ELVAS

É uma cidade muito antiga, anterior aos Cartagineses. Quando alcançaram o rio Guadiana, junto à atual fronteira hispano portuguesa, os romanos, os bárbaros e os mouros já tinham ouvido falar em Elvas. Os portugueses só conseguiram expulsar os Mouros, de Elvas, em 1230. Por estar situada a apenas 10 km da fronteira espanhola, a cidade foi alvo da cobiça dos reis de Castela. Por isso mesmo foi, durante a Idade Média, a mais fortificada das cidades portuguesas. Elvas repeliu seguidos ataques castelhanos, até ser tomada em 1580 pelas tropas de Felipe II.

Aqueduto da Amoreira -

Verdadeira obra de arte, esse aqueduto capta águas de nascentes e a conduz  através de galerias subterrâneas por mais de 1.300 metros. Em seguida a água é levada por canalizações sobre uma impressionante estrutura em arcos de 5 km quilômetros de extensão.

Castelo de Elvas -  

Sua construção foi começa­da pelos Mouros. Depois o Castelo foi reformado pelos romanos e na sequência profundamente alterado por Sancho II, a partir de 1226. De sua torre tem-se uma linda vista da cidade.

 

Centro Histórico -

Uma volta pelo centro histórico de Elvas, começando pela Praça da República, é outro passeio que não se deve perder. Toda essa área antiga é ocupada por mansões históricas, velhas igrejas, ruelas e pracinhas de inegável charme. Dê uma olhada principalmente no Arco do Relógio e na antiga Catedral totalmente reformada no século XVI em estilo manuelino. Depois prossiga até o Largo de Santa Clara e repare nas construções características. Em cada canto uma surpresa. Ao lado do Largo de Santa Clara, no Largo do Pelourinho, fica a igrejinha de Nossa Senhora dos Aflitos com seu interior decorado com azulejos e colunas de mármore.

Muralhas e Fortaleza -

São classificadas como Patrimônio Mundial pela Unesco. Sua construção foi iniciada pelos mouros. Após a tomada da cidade pelos cristãos, Elvas passou por diversas reformas e reconstruções nos séculos XIII e XIV, tendo assumido o aspecto atual somente no século XVI. Com quase dez quilômetros de muros, é o maior sistema de fortificações abalaustradas no mundo. No século XVII, as defesas ganharam características inspiradas nas fortalezas desenvolvidas pelo francês Marquês de Vauban, em forma de estrela. No seu interior podem-se ver as casernas utilizadas pelos soldados, depósitos de armas, bem como igrejas e mosteiros.

8º - dia – BADAJOZ

A cidade faz parte da região da Estremadura, na Espanha, fazendo fronteira com Portugal e devido à sua localização, várias culturas diferentes passaram por aqui ao longo da história espanhola. A cidade fica em uma colina, onde está uma antiga Fortaleza com muros impressionantes, denominada Alcazaba, um castelo mouro, que foi construído no século IX. Hoje ele serve como sede da Universidade  e um passeio dentro dos seus muros, faz lembrar a famosa fortaleza de Alhambra, em Granada. Das torres bem preservadas pode-se obter uma excelente vista de Badajoz. A cidade parece ser pequena, mas tem mais de 150.500 mil habitantes.

Faça um passeio pela parte antiga da cidade para admirar as  praças, especialmente as Plazas de San José, de España e Alta. Veja também a Puerta de Palmas, que tem duas torres que ladeiam a antiga entrada da cidade e datam do século 16. A Catedral de San Juan, é um prédio impressionante e foi construída entre os séculos XIII e XVI. Com estilo predominantemente gótico, a Catedral tem três naves e doze capelas internas. Se estiver passando por aqui em fevereiro, aproveite para conhecer o famoso Carnaval, que é o terceiro maior da Espanha, atrás apenas de Tenerife e Cádiz. O cortejo de Carnaval é muito animado e vale a pena experimentar, dançando nas ruas até altas horas da madrugada.

Na hora de comer, experimente sua gastronomia, que é simples, com base em carnes de caça selvagem, presuntos, cordeiro, peixes, frutas e legumes. Sempre acompanhado dos bons vinhos locais. Cada vez mais as Bodegas da Estremadura, estão produzido vinhos muito bons nos últimos anos  a região  é denominada por especialistas, como uma das regiões vinícolas mais promissoras da Espanha. Prosseguindo em direção à Espanha, atravessamos a fronteira na Estremadura, onde fica Mérida, antiga capital da Lusitânia (o nome romano de Portugal ) e Cáceres, interessante cidade renascentista.

9º - dia – MÉRIDA

O mais importante a ser visitado em Mérida, são o sítio arqueológico romano, o Museu voltado para o período romano e a ponte construída pelos romanos, que continua sendo utilizada. Mérida é capital da comunidade autônoma espanhola da Estremadura, e está localizada às margens do rio Guadiana. Suas raízes começaram com o início da ocupação romana da Península Ibérica, e hoje o centro de Mérida reflete ainda a importância do Império Romano, passados 20 séculos da fundação da cidade, tendo o seu conjunto arqueológico sido classificado como Patrimônio da Humanidade da UNESCO, em 1993.

Anfiteatro romano -

Construído juntamente com o Teatro Romano, foi inaugurado no século VIII D.C. e era onde celebravam jogos de gladiadores e lutas entre animais ou entre homens e animais,  as preferidas pelo povaréu. A Arena, de forma elíptica, era onde se desenrolavam os espetáculos, no centro da qual se encontra uma fossa em forma de cruz, que dizem ser onde se guardavam as feras e o material cenográfico. O terceiro anel das bancadas já não existe, mas o resto, apenas com algumas porções desaparecidas, forma um conjunto notável, fazendo deste monumento um dos maiores e mais bem preservados do mundo.

Aqueduto dos Milagres -

A captação das águas pluviais e sua distribuição até às cidades, era uma missão fundamental na época romana. O Dique de Proserpina, a 6 km da cidade, permitia a coleta da água, conduzida de forma subterrânea até próximo da cidade, onde as impurezas eram eliminadas numa cisterna calcária e de onde o Aqueduto dos Milagres  a transportava até ao núcleo urbano, cruzando o Rio Albarregas. Com 835m de comprimento e 25m de altura máxima, é uma manifestação clara da criatividade romana.

Basílica de Santa Eulália -

É um prédio com uma história fascinante e é um dos locais mais importantes na história cristã da Península Ibérica, tendo sido o primeiro templo cristão erigido na Hispânia, na época do Imperador Constantino. No subsolo da Igreja - que data de 1230 - construída após a reconquista de um território abandonado pela comunidade cristã em 875, pode admirar-se a cripta, escavada na década de 1990, onde estão ruínas romanas e visigodas, algumas pinturas murais impressionantes e um mausoléu que recorda o acontecimento que justificou a construção do templo: a memória de Santa Eulália, a menina mártir que se tornou  símbolo da persistência e fé cristãs face à perseguição romana e cuja fama se estendeu a todo o continente europeu.

Casa do Mitreo -

Ao sul do Teatro Romano, junto à Plaza de Toros, esta casa construída extramuros da cidade romana, exibe diferentes divisões habitacionais, uma cisterna e alguns mosaicos impressionantes, incluindo o famoso mosaico cosmológico, onde se pode apreciar uma ilustração da visão cosmogônica dos antigos romanos. No mesmo recinto, pode visitar-se a área funerária de Columbários, um conjunto de prédios onde eram guardados os restos mortais, incinerados e depositados em urnas,  das famílias romanas abastadas.

Circo romano -

Edificado a 400 m do núcleo do teatro e anfiteatro, era o maior dos prédios públicos, destinado a espetáculos que comemoravam eventos especiais, patrocinados por cidadãos ricos e que atraíam as atenções das multidões, exultantes com as corridas de bigas e quadrigas. Não resta nada do prédio, que teria sido grandioso, mas as dimensões da Arena (300m de comprimento, e 100m de largura) são surpreendentes.

Fórum Romano -  

Era a principal praça pública das cidades romanas e o Fórum Municipal de Emerita Augusta não era diferente, situado na confluência das duas principais ruas da cidade. Hoje restam somente as ruínas de alguns prédios, como o Templo de Diana, num razoável estado de conservação para um edifício que data da fundação da cidade, e o Pórtico do Fórum, reconstruído com elementos encontrados no local, sendo que muitos desses elementos decorativos estão expostos no Museu Nacional de Arte Romano.

Museu Nacional de Arte Romano -

Construído em tijolo vermelho, exibe um salão principal com arcos da mesma altura do Aqueduto dos Milagres, e onde se pode admirar, em vários andares, o importante acervo deste museu. As maiores atrações são a escultura de Ceres, deusa romana da agricultura, o enorme mosaico dos Aurigas (condutores dos carros de corridas romanos), o retrato de Augusto, fundador da cidade, a escultura de Cronos Mitraico - figura central do culto de Mitra (a divindade solar de origem persa)  e um relevo com a cabeça de Júpiter Ammón, que ornamentava o pórtico do Fórum municipal da cidade.

 

Ponte Romana sobre o rio Guadiana -

Desde a fundação da cidade, Mérida constituiu o centro das comunicações do oeste da Península Ibérica, sendo que a calçada romana da Prata (que cruzava a Hispânia de Norte a sul) e as que se dirigiam a Lisboa, Córdoba e Toledo-Saragoza, se encontravam em Mérida. Sendo assim, não é difícil imaginar a importância da passagem entre as margens do Rio Guadiana. Construída quando da fundação de Emerita Augusta, a ponte possui 60 arcos e 792m de comprimento, sendo uma obra de engenharia verdadeiramente notável.

 

Teatro Romano -

Erigido pelo arquiteto Marco Agripa (genro de Augusto e sogro do segundo Imperador Tibério), foi inaugurado em 15 A.C., e constituía um edifício monumental, centro da área pública da cidade, como manifestação da glória do Imperador e do Império. Com capacidade para 6.000 espectadores, as bancadas eram separadas em três setores, de acordo com a divisão social vigente, estando o espaço central em frente ao palco, reservado aos senadores e magistrados, e o último anel das bancadas destinado aos escravos e, por último, as mulheres. Mas a parte mais surpreendente  do conjunto é a frente do cenário, decorada com pórticos, colunas e esculturas, com três portas para entrada e saída dos atores.

Continua em LISBOA a MADRID - de carro - parte 2/2 

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