MADRID - Museus - 4/4
Museu Nacional de Antropologia - Calle de Alfonso XII, 68 -
Tinha como objetivo oferecer ao público uma visão global da cultura de diferentes povos do mundo, e explorar as semelhanças e as diferenças culturais que uniam e separavam os diferentes povos, destacando a sua diversidade cultural. O Museu Anatômico, conhecido como Museu Antropológico, fora inaugurado em abril de 1875 pelo Monarca Alfonso XII. A fundação ficara a dever-se à iniciativa do médico segoviano Pedro González Velasco, que investira todo o seu patrimônio na construção do prédio, obra do arquiteto Francisco de Cubas. As coleções da época incluíam objetos pertencentes aos três reinos da natureza mineral, vegetal e animal -, e mostras de antropologia física e de teratologia, bem como antiguidades e objetos etnográficos. Após a morte do seu fundador, o estado adquirira o prédio e todas as suas coleções, que foram sendo ampliadas ao longo do tempo, com mostras da cultura material de diferentes povos de África, América, Ásia, Europa e Oceania.
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Sala das Origens do Museu: situada no piso térreo, era dedicada às origens do museu. Nela se recriava a labor dos gabinetes de história natural até ao começo do século XX, em homenagem ao Dr. Pedro González Velasco, fundador do museu;
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Sala das Filipinas: situada no piso térreo. A complexidade étnica, histórica e cultural deste imenso arquipélago tropical refletia-se nos inúmeros e variados objetos pertencentes a um heterogêneo conjunto de comunidades, a maior parte dos quais era procedente da Exposição Geral das Ilhas Filipinas, que tivera lugar no Parque de El Retiro de Madrid, em 1887;
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Sala das Religiões Orientais: dedicada às Religiões Orientais, tratava-se de uma síntese das coleções asiáticas do museu. A falta de espaço impossibilitara a cobertura de todos os aspectos relacionados com as diversas e ricas culturas deste imenso continente, pelo que se optara por um eixo condutor em torno às três principais religiões: o islam, o budismo e o hinduísmo;
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Sala de África: situada no primeiro piso, podia-se descobrir a diversidade de um continente cuja riqueza cultural realmente ainda estávamos começando a descobrir. O espaço expositivo era dividido em quatro áreas temáticas: vida doméstica, vestuário, ócio e religião;
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Sala da América: situada no segundo piso era dedicada às culturas da América ou Abya Yala, nome dado pelo povo Guna ao Continente, e que muitos preferiam utilizar em lugar de América, que era um nome de origem européia. As coleções encontravam-se organizadas em cinco secções temáticas: modo de vida, vida doméstica, vestuário, ócio e religião.
A sala III, dedicada à Antropologia física, propunha recriar um antigo gabinete de história natural do começo do século XX, e onde exibia alguns dos exemplares mais relevantes das coleções do museu, cada um deles representando características próprias, variedades anatômicas, patologias, traumatismos, diferenças étnicas, etc. Destaque para o crânio feminino deformado, procedente de Tiahuanaco (Bolívia), o crânio feminino da Ilha de Samar (Filipinas), que apresentava lesões ósseas características da sífilis venérea, e a máscara mortuária de um indígena maori tatuado.
Museu Nacional de Artes Reina Sofía - Calle de Sta. Isabel, 52 -
Ficava muito próximo do Museu do Prado, e era o complemento perfeito. Depois de uma dose de arte clássica, era a vez da arte contemporânea. Este antigo hospital neoclássico, do século XVIII, era o vértice meridional do Triângulo das Artes de Madrid. Em sua coleção permanente, havia muitas coisas para ver, obras de grandes artistas espanhóis do século XX, como Picasso ( veja a Guernica, uma experiência maravilhosa ), Dalí, Miró e Gargallo.
Museu Naval – Paseo do Prado, 3 -
Situado no Quartel-general da Armada, em pleno Paseo da Arte, era administrado pelo Ministério da Defesa e tinha como missão adquirir, conservar, investigar, comunicar e exibir, com fins educativos e museológicos, todo o tipo de peças e coleções de valor histórico, artístico, científico e técnico, relacionadas com a história naval de Espanha, da idade média aos nossos dias e suas origens remontava a 1792. Entre estes objetos estava o mapa de pergaminho profusamente ilustrado de Juan de la Cosa, a primeira representação cartográfica conhecida do continente americano, realizado pelo navegador e cartógrafo em 1500, depois de ter viajado à América em três ocasiões, acompanhado por Cristóvão Colombo.
Museu do Ratinho Perez – Calle do Arenal, 8 – 1º piso -
O Ratinho Pérez nascera no século XIX pela mão do padre Luis Coloma, um jesuíta que então era Conselheiro da Coroa e a quem um dia pediram que escrevesse um conto para o pequeno Alfonso XIII quando lhe caíra um dente de leite aos 8 anos de idade. A história dizia que perto do Palácio Real vivia um roedor com a sua família, numa caixa de bolachas guardada no armazém de uma Confeitaria e contava como todas as noites o Ratinho Pérez visitava os quartos do futuro Rei e das outras crianças mais pobres. Assim nascera esta personagem que visitava as crianças e lhes deixava uma prendinha em troca de cada dente que perdiam. Este museu situa-se no local em que, segundo a tradição, vivera o adorável roedor com a sua família. O Museu compreendia dois pequenos espaços em que crianças e adultos poderiam conhecer em primeira mão como era a casa em que vivera o rato, consultar a documentação histórica sobre a personagem, bem como contemplar dentes de leite de personalidades como Beatrix Potter, Beethoven, Isaac Newton e Rosalia de Castro. Maiores de cinco anos era a idade recomendada.
Museu do Romantismo – Calle de São Mateo, 13 -
O antigo palácio do Marquês de Matallana, construído em 1776, acolhia uma interessante coleção de pinturas, mobiliário e artes decorativas do século XIX, que nos ajudavam a conhecer melhor a vida cultural, política e quotidiana da Madrid Romântica. Obras de Goya, Esquivel, Madrazo, Alenza e dos irmãos Bécquer, cerâmica de Sargadelos e Sèvres, jóias de ebonite, lava ou cabelo natural, uma coleção de bonecas de porcelana, 15 pianos, móveis de estilo império ou isabelino e a pistola com que se suicidara Larra serviam para recriar o ambiente do Romantismo, um movimento cultural que, durante a primeira metade do século XIX, fizera palpitar o coração dos jovens artistas, dos intelectuais e dos políticos. Um dos recantos mais especiais deste singular museu era o Jardím do Magnólio, que seguia a estrutura de um jardim de modelo francês do século XVIII, organizado em quatro ruas separadas por canteiros de diferentes tamanhos, e com uma fonte circular na sua interseção. Cada um dos canteiros possuía uma árvore de uma espécie diferente, incluindo o magnólio que emprestava o nome ao jardim. No Café do jardim do museu era possível desfrutar de um bom café e de uma ampla variedade de doces caseiros.
Museu do Traje – Avenida de Juan de Herrera, 1 –
O Museu do Traje era uma instituição recente, criada em 2004, embora os fundos que possuia estivessem desde 1925 inseridos e expostos noutros museus, fundamentalmente no Museu do Traje Regional e Histórico. Em 2004, quase 80 anos depois da fundação daquele museu, fora criado o atual Museu do Traje para reunir as coleções que estavam dispersas e exibia agora mais de mil peças metade das quais nunca tinham sido expostas. Reunia uma grande variedade de coleções históricas e contemporâneas, conservava poucas, mas importantes peças dos séculos XVI e XVII, das quais se poderia destacar um gibão feminino de finais do século XVI. A coleção do século XVIII possuía excelentes exemplos do traje masculino, com uma vasta e rica coleção de jaquetas e coletes, além da coleção de casacos femininos e peças típicas do majismo. Entre as peças mais antigas encontrava-se uma luva de renda do século XVII e o Tratado de Alfaiataria, de Juan de Albayzeta, datado de 1720.
Museu Nacional de Artes Reina Sofía - Calle de Sta. Isabel, 52 -
Ficava muito próximo do Museu do Prado, e era o complemento perfeito. Depois de uma dose de arte clássica, era a vez da arte contemporânea. Este antigo hospital neoclássico, do século XVIII, era o vértice meridional do Triângulo das Artes de Madrid. Em sua coleção permanente, havia muitas coisas para ver, obras de grandes artistas espanhóis do século XX, como Picasso ( veja a Guernica, uma experiência maravilhosa ), Dalí, Miró e Gargallo.
Museu Sorolla – Paseo do General Martínez Campos, 37 – Chamberi -
Conservava o ambiente original da moradia e do ateliê do pintor Joaquín Sorolla y Bastida, reunindo a mais importante coleção das suas obras, e era uma das residências de artistas mais completas e melhor conservadas da Europa. O seu jardim, também concebido pelo pintor, era um precioso oásis dentro da cidade. Fora criado por desejo da sua viúva, Clotilde García del Castillo, que em 1925 redigira um testamento que doava todos os seus bens ao Estado espanhol, para fundar um museu em memória do seu marido. Incluía a maioria dos objetos que Sorolla reunira em vida. Predominava a obra do artista, entre pintura e desenho, sendo a coleção mais ampla e representativa da atualidade.
Provinha de doações de sua mulher e filhos e em 1951 crescera com a entrega de todos os bens do filho de Sorolla, Joaquín Sorolla García. Desde 1982 que era enriquecida com aquisições efetuadas pelo Estado espanhol para completar a coleção. Sorolla reunira muitos outros objetos que constituem o antecedente das restantes coleções do Museu. Destacavam-se a escultura, cerâmica, joalharia popular, fotografia antiga e um importante arquivo da correspondência que o pintor recebera em vida. O Museu encerrará temporariamente as suas portas ao público, a partir do dia 1º de outubro, para finalização das obras de reabilitação e ampliação do museu. A sua reabertura estava prevista para o início de 2026.
Museu Sweet Space – Calle de Serrano, 61 -
Situado no segundo piso do centro comercial ABC Serrano, o era uma aventura de degustação interativa, que faria as delícias dos mais gulosos. Um espaço único, repleto de experiências inovadoras e muita diversão, onde a conexão se gerava através do paladar. Através de atividades guiadas, instalações interativas e surpresas especiais, os visitantes percorreriam suas nova salas temáticas, onde poderia descobrir desde palmeiras de nuvens de açúcar até ao laboratório de gelados de Pops N' Bops, passando por um bosque de caramelos e um divertido escorrega. O acesso á loja era livre, não sendo necessário visitar o museu.
Museu Thyssen-Bornemisza - Via Museu Del Prado, 8 -
Era outro importante museu espanhol, que fora organizado quando da aquisição pelo Governo da Espanha, em julho de 1993, da maior parte da coleção de arte da família Thyssen-Bornemisza. Sua sede ficava nas dependências do Palácio de Villahermosa, que foi construído entre o final do século XVIII e o início do século XIX, em estilo neoclássico. Sua concepção arquitetônica era obra de Antonio López de Aguado para María Pignatelli y Gonzaga. A reabilitação do espaço, para acolher o Museu, e sua posterior ampliação, ficou a cargo de Rafael Moneo.
Museu Velasquez – Calle de Atocha, 12 –
Este novo museu, situado ao lado da Plaza de Jacinto Benavente e próximo da Puerta del Sol, oferecia uma experiência sensorial 360º que levava os visitantes numa viagem pelas diferentes interpretações da obra-prima Las Meninas, de Diego Velázquez. Por meio de dezenas de projetores de alta tecnologia distribuídos pelas oito salas do museu, os visitantes podiam vivenciar diferentes formas de apreciar a arte através dos cinco sentidos, entrando, por exemplo, na tela 4-D de Las Meninas e em salas com hologramas, possibilitando a pintura a ser estudada, ou usufruindo das instalações interativas de esculturas de damas de honra projetadas via videomapping, acompanhadas de música barroca e ritmos contemporâneos. Entrar na sala do Alcázar, onde fora pintada, desenhar as suas próprias damas de honra ou falar com Velázquez através de hologramas, eram algumas das opções oferecidas neste espaço inovador, que também contava com uma seleção das damas de honra mais representativas do Exposição urbana da Galeria Meninas Madrid.
O Museum oferecia a oportunidade de expressar sua opinião à obra-prima de Diego Velazquez. Ao comprar o ingresso, seja na bilheteria ou online, depois de visitar o museu poderia optar por pintar sua própria mini menina. Na última sala existia um espaço para os visitantes criarem a sua própria obra de arte a partir de uma miniatura de gesso que poderiam pintar e decorar como quisessem, utilizando os diversos materiais artesanais disponíveis. Depois de concluído, a oficina própria do museu lhe daria um acabamento especial para que em poucos dias os “artistas” pudessem desfrutá-lo em casa. Esta experiência estava disponível de quarta a domingo, às 12.000 e às 16.00h.
Museu Zapadores – Calle Antonio de Cabeçon, 70 –
Situado no antigo Quartel do Exército de Fuencarral, encontrava-se esta outra sede do Museu La Neomudéjar. Uma cidade da arte que acolhia todos os tipos de artistas, galeristas, associações, Curadores e museus, que procurava criar um espaço de reflexão e compromisso com novas vozes na arte. Sua coleção era composta por obras de artistas como Rafael Peñalver, Paz Muro, Antonio Alvarado, Mahé Boissel, Jacqueline Bonacic-Doric, Orest Antoshkiv, Ana Dévora, Alberto Corazón, Ze Carrión, Marc Janus, Jimena Aragonés, Johana Kirby, Fardou Keuning e Guy Deuning, entre muitos outros Abrigava também uma cidadela de artistas, onde estão expostos ateliês de artistas autogeridos, uma área de Laboratório de Associação, que possuia espaços de trabalho próprios e um armazém específico onde poderiam desenvolver as suas atividades, como conferências, exposições, workshops ou debates. Constava que dia 30 de setembro de 2024 encerraria as atividades neste local sendo transferido para outro endereço ainda não informado.