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MADRID e os museus  -  3/3 










 

 

 

 

 

 

 

 



                                             

                                                                Porta de Alcalá

Os Museus

Em um pequeno trecho ao longo do Paseo del Prado e o Paseo de Recoletos, encontrava-se uma imbatível concentração de museus e centros de arte de nível mundial: uma área conhecida como Paseo del Arte cujos destaques são o Museo del Prado, o Museu Thyssen-Bornemisza, e o Centro de Arte Reina Sofía. Aproveite e conheça o Caixa Forum Madri, o Museo Arqueológico Nacional e a Biblioteca Nacional de España.

Casa Encendida – Ronda de Valencia, 2 -

Era um centro social e cultural da Obra Social Caja Madrid, onde se encontraria as expressões mais vanguardistas e todo o tipo de expressões artísticas, bem como cursos e workshops sobre temas como ambiente ou solidariedade social. A programação cultural oferecia artes cênicas, cinema, exposições e outras manifestações da criação contemporânea. O centro contava com biblioteca, biblioteca jovem, mídiateca e uma sala de computadores, além de uma Cafeteria. A Terraza da Casa Ligada abrigava uma grande variedade de espécies vegetais e permitia contemplar os melhores poentes da cidade, desde o seu Café-bar. Aberto todo o ano, a sua oferta incluia excelentes pequenos-almoços e brunchs, além de uma ampla lista de vinhos, coquetéis e cervejas. O Centro estava situado num prédio de estilo neo-mudéjar, de caráter monumental, desenhado pelo arquiteto Fernando Arbós e inaugurado em 1913. 

 

Casa Museu Lopez de Vega – Calle de Cervantes, 11 -

A casa de Lope de Vega, situada na Rua de Cervantes, fora construída no século XVI. Aquele que fora um dos grandes escritores do Século de Ouro espanho,l adquirira o prédio em 1610, e nele vivera até à sua morte, em 1635. Em 1935, ano do terceiro centenário da morte de Lope de Vega, o prédio foi classificado monumento nacional e inaugurava-se o museu dedicado ao escritor. A partir desse momento, e até ao século XIX, o prédio foi alvo de freqüentes transformações por parte dos seus sucessivos proprietários, que praticamente fizeram desaparecer a sua estrutura original. Depois da aquisição da propriedade pela Real Academia da Língua, iniciara-se uma cuidadosa reconstrução da casa - no início dos anos 30 do século passado -, que devolveu ao prédio a sua distribuição original, tal como estava quando nele viveu o ilustre dramaturgo. Foram recriadas as antigas divisões da casa, incluindo o estúdio, o oratório que o escritor preparara pouco antes da sua ordenação religiosa.

 

Algumas das peças de mobiliário e das imagens que ocupavam atualmente as divisões da casa pertenceram ao escritor, e foram recuperados do Convento a que tinham sido doados por uma filha de Lope de Vega. A casa abrigava também obras de arte, mobiliário, objetos e edições bibliográficas vinculadas ao escritor e à sua época. As visitas eram guiadas em espanhol, inglês, italiano e francês, e realizavam-se cada meia hora, com uma duração aproximada de 35 minutos. Era imprescindível a reserva prévia.

 

Real Academia de Belas Artes -  Calle de Alcalá, 13 -

A proposta para a fundação de uma Real Academia de Belas Artes na Espanha deve-se ao pintor Antonio Meléndez, que, em 1726, propôs a Felipe V criar  uma Academia das Artes de desenho, pintura, escultura e arquitetura. Abrigava atualmente mais de 1.400 pinturas, 600 esculturas e 1.500 desenhos, além de uma excelente coleção dedicada às artes decorativas, formada por tapeçarias, prataria, cerâmica, porcelana, relógios, móveis e medalhas. Dispunha de uma sala permanente dedicada à fotografia, que reunia uma pequena amostra das cerca de 3.000 fotografias que compunham a coleção fotográfica do museu. Entre os fotógrafos representados neste espaço figuram os grandes mestres da fotografia espanhola, com destaque para Charles Clifford, Ramón Masats, Paco Gómez, Gabriel Cualladó, Castro Prieto, García Alix, Isabel Muñoz, Ouka Leele, Manuel Outumuro, Chema Madoz e Carlos Pérez Siquier.

 

A coleção permanente da Academia incluía obras-primas da arte espanhola, italiana e flamenca conservando também 13 pinturas de Francisco de Goya, que fora membro da Academia desde 1780, que incluiam dois auto-retratos, com destaque para o Autorretrato frente ao cavalete, o único retrato do artista trabalhando no seu estúdio; a Corrida de Touros, os retratos de Moratín, Juan de Villanueva, da atriz La Tirana e a cena de Carnaval conhecida como o Enterro da Sardinha. Desde junho de 2022, depois das obras de renovação realizadas no museu estas obras encontram-se expostas nas duas salas principais do primeiro piso, duplicando assim o espaço dedicado a Goya. O prédio da Academia abrigava o Museu, o Arquivo e Biblioteca, o Atelier de Moldes e a Calcografia Nacional, que reunia um extraordinário conjunto de gravuras dos mais importantes artistas espanhóis, entre as quais se destacam as placas de cobre das gravuras em água-forte de Francisco de Goya, obras cimeiras da história universal da gravura.

 

Museu Arqueológico de Espanha – Calle Serrano, 13 -

Criado pela Rainha Isabel II, estava instalado junto à Biblioteca Nacional, nascera no final do século XIX, com a proposta de expor os achados arqueológicos, etnográficos, de artes decorativas e numismáticas que estavam dispersos em diferentes instituições. A exposição permanente abrangia um completo percurso histórico pela Espanha, desde a Pré-História até o século XIX. Contava com excelentes coleções de diversos tipos, como a de sarcófagos e múmias egípcias; artes decorativas do âmbito hispano-romano; arqueologia árabe, construções de pedra talhada e cerâmica mudéjar, entre outras. Dispunha de uma biblioteca especializada em publicações científicas de arte, história, arqueologia e museologia. Um de seus tesouros mais admirados era o busto ibero da Dama de Elche.

 

Museu Arqueológico e Paleontológico da Comunidade de Madrid -  Plaza das Bernardas – Alcalá de Henares -

Oferecia uma nova exposição da série O Presente da Arqueologia de Madrid, outra das exposições temporárias de pequeno formato que ilustravam diferentes desenvolvimentos na investigação arqueológica e paleontológica na região de Madrid. Esta nova vitrine, que os visitantes do museu poderiam ver a partir de 29 de maio de 2024 , proporcionava um percurso pela evolução arqueológica da igreja de El Rebollar, um espaço rural localizado no atual município de El Boalo, que permanecera em funcionamento como centro de culto do período Visigótico ao século XVII. A investigação arqueológica no sítio El Rebollar, dirigida por Javier Salido Domínguez e Rosario Gómez Osuna, Curadores desta exposição, permitia compreender a evolução ao longo de mais de dez séculos de um prédio religioso fundado na época Visigótica, integrando a sua envolvente arqueológica, econômica e social. A exposição contava a história deste prédio sobretudo das pessoas que o construíram, freqüentaram e nele foram sepultadas.

Museu A Neomudjar – Calle Antonio Nebrija, s/n

Situado junto à Estação de Madrid - Puerta de Atocha - Almudena Grandes e muito perto do Paseo del Arte, o Centro de Artes de Vanguarda e Residência Artística Internacional. La Neomudéjar era um museu dedicado às criações mais inovadoras, inaugurado em 2013 com festivais de arte, exposições e instalações artísticas eeram realizadas neste museu que contava com residências artísticas que deixavam a sua marca no próprio prédio. Estava instalado em antigos escritórios da Adif, empresa ferroviária estatal em prédio pertencera à antiga Estação de Atocha e o final da linha do trem chegava à mesma porta de onde eram fornecidos os materiais diretamente dos vagões. O estilo neomudéjar do prédio conferia ao espaço uma identidade ligada à arte madrilena, uma vez que este movimento arquitetônico tivera grande sucesso em Madrid. A coleção permanente do Centro de Artes Vanguardistas La Neomudéjar estava localizada em Fuencarral, na Cidade da Arte. Este museu fechará as suas portas no dia 30 de setembro, como consequência do desenvolvimento urbano de Madrid Nuevo Norte, procedendo à transferência das obras que abrigava, para outro espaço.

Museu Casa do Futebol – Carrera de San Jerónimo, 2 -  entre as Calle Espoz y Mina e Carrera de San Jerônimo.

Esta experiência única, localizada em plena Puerta del Sol, entre a Rua Espoz e Mina e o início da Carrera de San Jerônimo, fará os amantes do desporto-rei reviver os melhores e mais emocionantes momentos da história do futebol.  Um percurso cronológico ao longo da história deste desporto, utilizando a mais avançada tecnologia, que permitirá  aos visitantes desfrutar de experiências imersivas e em 4D, além de poderem contemplar as camisetas usaidas pelos grandes nomes do futebol, assim como outros objetos originais. 

 

Nos mais de 4000 metros quadrados de Legends, distribuídos por sete pisos,  o público poderá contemplar as chuteiras e as bolas utilizados pelos primeiros campeões do mundo e o equipamento de jogadores legendários, como Maradona, Pelé, Cruyff, Paolo Rossi, Di Stefano, Messi, Zidane, Iniesta e Cristiano Ronaldo, entre outros. Os adeptos de futebol ficariam emocionados ao ver a camiseta utilizada por Sergio Ramos na final da África do Sul de 2010, o uniforme utilizado por Paolo Rossi no mítico Itália-Brasil do Mundial de 82, a camiseta que Rodrygo Goes usara na incrível reviravolta do Real Madrid contra o Manchester City, nas meias-finais da Liga dos Campeões de 2022 ou a medalha, chuteiras e camisa da final da Copa do Mundo Feminina da Austrália e Nova Zelândia 2023, que Ivana Andrés doara ao museu, inaugurando assim o espaço reservado para homenagear a Seleção Espanhola pela sua conquista em território oceânico, em agosto passado 2023. A exposição completava-se com objetos como chuteiras e bolas dos primeiros campeões do mundo, kits oficiais e interessantes vídeos informativos.

 

O prédio contava com um espaço gastronômico no seu imponente terraço, o restaurante  LALIGA TwentyNine's LEGENDS, e incluía  uma loja de merchandising e experiências de realidade virtual. O artífice deste projeto fora Marcelo Ordás, considerado o colecionador mais importante do mundo de relíquias do futebol de elite, pelas mais importantes federações, clubes, governos, jogadores, marcas líder da indústria do futebol e pela própria FIFA, LA LIGA, UEFA, FIFA, CONMEBOL e outras associações e federações desportivas uniam-se a LEGENDS para trazer a Madrid a história da maior paixão criada pelo homem: o futebol.

 

Museu Cerralbo – Calle Ventura Rodriguez, 17 -

Era um dos museus mais importantes de Madrid, embora também um dos mais desconhecidos. Encontrava-se naquela que fora a casa-palácio do 17.º Marquês de Cerralbo e transportava o visitante para a vida de uma família aristocrática dos finais do século XIX. O palácio de estilo classicista, decorado com elementos de estilo rococó e neo-barroco, fora concebido inicialmente para assumir a dupla função de moradia e de museu, para albergar as obras de arte reunidas pelos marqueses de Cerralbo e pelos seus filhos, os marqueses de Villa-Huerta, durante as suas numerosas viagens por Espanha e por vários países europeus. A coleção do museu incluía mais de 5.0000 peças, entre pintura, escultura, cerâmica, vidro, tapeçaria, mobiliário, moedas e medalhas, desenhos, estampas, relógios, armas, armaduras e objetos arqueológicos. O Marquês de Cerralbo doara a Espanha este patrimônio, criando o Museu para que suas coleções permanecessem sempre reunidas, e pudessem servir para o estudo aos amantes da ciência e da arte. Respeitando a integridade da casa-palácio, os objetos expostos careciam de elementos explicativos (excetuando os cartazes identificadores colocados pelo próprio Marquês), o Museu disponibiliza, durante a visita, um caderno com a informação sobre a coleção e as peças mais destacadas, com versões em espanhol, inglês, francês, italiano, russo, português, alemão, coreano, chinês e japonês.

 

Museu da Catedral  de Almudena  -  Plaza da Almudena –

O objetivo do Museu era conservar, expor, investigar e comunicar testemunhos da história da Diocese de Madrid. A exposição permanente incluia objetos de valor religioso e histórico-artístico da antiga paróquia de Santa María de la Almudena, berço da atual Catedral. A visita começava pelas diferentes áreas da própria Catedral: a Casa Capitular e a Sacristia, decorada com mosaicos modernos do padre esloveno P. Marko I. Rupnik. s.j. Estas áreas exibiam vários objetos relativos à origem e história da Igreja de Madrid, bem como os dois santos padroeiros da cidade: Santa María la Real de la Almudena e San Isidro Labrador, incluindo o valioso códice de Juan Diácono, o mais antigo documento sobre a vida e os milagres de San Isidro.

 

Na segunda galeria do Museu, a liturgia da Igreja Católica era explicada através dos sete Sacramentos: Eucaristia, Batismo, Penitência, Confirmação, Devoção, Ordem Sagrada e Matrimônio. Por fim, havia uma homenagem especial ao Papa João Paulo II, que celebrara a Missa de Consagração da Catedral de Almudena, com reprodução em vídeo. Para chegar à cúpula da Catedral de La Almudena era necessário visitar o Museu da Catedral. A mais de 70 metros de altura, a cúpula oferecia vistas sobre o Palácio Real, a Plaza de Oriente, o viaduto e a espetacular cúpula da Basílica de São Francisco - o Grande. A galeria do Museu, embora não tão alta como a cúpula, era um ponto de vista excepcional para assistir à Troca da Guarda Real, na primeira quarta-feira do mês, no átrio do palácio, se o tempo permitisse.

 

Museu da Estação de Chamberí – Plaza Chamberí -

A Estação Chamberí, encerrada desde 1966, fora projetada por Antonio Palacios e depois de décadas de negligência, o filme Barrio, de Fernando León de Aranoa, a trouxera de volta ao presente em 1998, agora se poderia contemplar mais uma vez os acabamentos brilhantes, coloridos e luminosos. As paredes, abóbadas e cartazes publicitários, bem como os móveis e as plataformas originais, foram completamente restaurados. O visitante poderia percorrer a Estação, das bilheterias até a plataforma e descobrir uma Estação de 1919, com todos os seus elementos originais - painéis publicitários de cerâmica, e móveis de época - de mãos dadas, uma documentação audiovisual sobre a história do metrô.. A antiga Estação de Chamberí pertencera à primeira linha de Metro inaugurada em Madrid, no ano 1919, na linha Cuatro Caminos-Sol. O seu autor, o arquiteto Antonio Palacios, optara por uma solução funcional muito simples no que se refere à circulação dos utentes e à organização da Estação, com uns acabamentos simples.

 

Em dezembro de 1960 iniciara-se um plano de reforma da Estação, cujo objetivo era colocar em circulação composições de seis vagões, para aumentar a capacidade da linha 1. Isto obrigara a ampliar o comprimento das plataformas, para evitar as aglomerações. O prolongamento da linha e a construção da Estação de Bilbao ao norte, e de Iglesia ao sul, fizera com que estas ficassem demasiado próximas da estação de Chamberí, situada entre as duas primeiras. A sua forma curva e inclinada tornava muito complicada a ampliação das plataformas, o que levara ao encerramento definitivo da Estação, no dia 22 de maio de 1966.

Museu da Felicidade –  Ronda de Valencia, 8 –

Situado junto à Casa Encendida e muito perto do Circo Price este novo museu abrira suas portas em setembro de 2023. Nas suas salas se poderá viver uma experiência imersiva na qual  descobrirá tudo sobre a felicidade. O MüF apresenta um passeio extraordinário de 600 m2 de risos e sorrisos onde se poderá experimentar o cheiro e o sabor da felicidade. Com mais de 20 experiências imersivas, os visitantes podem experimentar uma máquina que dava abraços, entrar num risódromo e usar a máquina de risoterapia até não conseguir parar de rir, saltar por um escorrega que caia de uma forma muito especial... Através em suas salas será feito um percurso completo pela História e Geografia da Felicidade, pelo Risódromo, pelo Laboratório da Felicidade, pelo espaço da Felicidade além do Dinheiro e pelo Show de Magia Feliz. O espaço estava equipado e habilitado para receber visitas de até 125 pessoas em simultâneo e dispunha de um auditório para ministrar cursos, workshops ou outras atividades lúdicas com capacidade para até 35 pessoas. O museu oferecia a oportunidade de aprender, com evidências e rigor científico, o que gerava mais felicidade ao ser humano de uma forma muito divertida.

 

Museu das Ilusões – Calle Doutor Cortejo, 8 -

Presente em mais de 18 países pelo mundo, este original museu tinha agora em Madrid uma das suas sedes. Situado entre Lavapiés e a Puerta del Sol, era um espaço que oferecia um percurso lúdico e educativo pelo mundo das ilusões ópticas, que agradava aos públicos de todas as idades. Tinha várias salas, onde o visitante poderia desfrutar de diferentes experiências visuais e educativas, onde nada era o que parecia. Os espaços incluiam o Quarto de Ames, o Quarto Inclinado, o Quarto Infinito, o Quarto Anti-gravidade e o Túnel do Vórtice. Contava com um Salão de Jogos Inteligentes, com diversos jogos para treinar o cérebro.

 

Desde 2023, passou a contar com novas salas, jogos e instalações, como a Sala da Simetria, que embora aparentasse tratar-se de uma sala completa, apenas a metade da mesma era visível; novos jogos de percepção como Abre tu mente, que utilizava propriedades simétricas da fonte (tipografia) escrevendo apenas metade das palavras, produzindo o chamado Efeito Moiré. Através de hologramas, truques e jogos, o público aprenderia coisas novas sobre a visão, a percepção, o cérebro humano e a ciência, e ficaria sabendo, porque era que, por vezes, os olhos vêm coisas que o cérebro não pode compreender. O museu possuía também uma loja com mais de 80 jogos de enigmas, puzzles de madeira, jogos educativos e de construção, e todo o tipo de souvenir.

 

Museu de Aeronáutica e Astronáutica – Carretera A-5 – Km 10,5

Inaugurado em 1981, estava localizado na Base Aérea de Cuatro Vientos e tinha como objetivo adquirir, conservar e expor os bens que faziam parte do Patrimônio Histórico da Aeronáutica Espanhola. Dado o número de aeronaves que abrigava, era classificado como um dos cinco melhores museus aeronáuticos da Europa.  Possuía uma exposição exterior e sete hangares, que exibiam cerca de trinta aviões e diversos helicópteros, uniformes, medalhas, motores, maquetes e outras coleções relacionadas com a aviação.

Museu da Luz – Calle de Segovia,  2 –

Localizado entre La Latina e Madrid dos Austríacos, este museu inovador explorava o potencial da luz como expressão artística através de uma mostra imersiva e sensorial inédita, na qual o visitante poderia experimentar efeitos visuais e instalações tecnológicas de ponta. Era o primeiro museu em Espanha a utilizar a luz como único meio de expressão, um espaço inovador com experiências imersivas e espaços interativos que acolhia colaborações com renomados artistas nacionais e internacionais da Light Art Contava com diversas instalações interativas, esculturas e projeções espalhadas por 13 espaços nos quais eram criadas paisagens digitais pensadas para que o público fosse o protagonista.

 

Este espaço inovador fora criado pelo argentino Maxi Gilbert, um profissional de destaque, com vasta experiência no mundo do entretenimento audiovisual e com necessidade de mostrar ao público, muitas das instalações que desenvolvera ao longo de sua carreira no mundo artístico, como suas obras para artistas (Daft Punk, Muse e The Cure), festivais (FIB, MTV Day, Isle of MTV Malta ou Summercase), designers (David Delfín e Jesús del Pozo) e grandes eventos, como a inauguração da Galeria de Coleções Reais , o encerramento do Bicentenário do Museu Nacional do Prado e o 25º aniversário do Museu Nacional Thyssen-Bornemisza, entre muitos outros.

 

Museu de Arte Contemporânea – Calle do Conde Duque, 9 –

Situado no antigo Quartel Conde Duque, expunha em duas salas parte das coleções de arte moderna, propriedade da Câmara Municipal de Madrid, incluindo uma reconstrução do escritório de Ramón Gómez de la Serna. O acervo incluia pintura e obras gráficas, embora também estivessem representados os meios de escultura, fotografia e desenho. As exposições eram organizadas nas seguintes secções: Forma e Gesto, Figura e Realidade, Imagem e Cidade e Singularidade e Multiplicidade, categorias que apresentavam pintura, escultura, desenho, fotografia e gravura, desde as primeiras vanguardas até aos dias de hoje. Como um museu dentro de um museu, o visitante também poderia desfrutar de uma reconstrução do estudo do escritor Ramón Gómez de la Serna figura central nos movimentos artísticos de vanguarda madrilenos no primeiro terço do século XX. Este espaço continha imagens artísticas e cotidianas, bem como objetos coletados por Ramón em seus maravilhosos microcosmos.

Museu da America – Calle dos Reis Católicos, 6 –

Criado em abril de 1941 para concretizar uma idéia que ganhava forma, há muito sob várias denominações: Museu Biblioteca de Ultramar, Museu Arqueológico das Índias, etc. Em 1943 o projeto da sede atual do Museu fora encomendado aos arquitetos Luis Moya e Luis Martínez Feduchi, tendo as obras sido iniciadas no mesmo ano e concluídas em 1954. A temática abrangia um período alargado que iai desde a pré-história americana até à atualidade, com especial ênfase na arqueologia pré-colombiana, na etnografia e na arte colonial. A coleção era formada por mais de 25 000 objetos. As coleções mais antigas pertenciam ao Real Gabinete de História Natural, fundado em meados do século XVIII. Em 1868 estas coleções passaram para o então recém-fundado Museu Arqueológico Nacional. Na segunda metade do século XX, as coleções de arte colonial aumentaram significativamente ao mesmo tempo em que iam sendo adquiridos vários materiais pré-colombianos e etnográficos. As coleções permitiam não só admirar peças únicas, mas também avaliar a capacidade do homem americano para desenvolver diferentes estratégias vitais que se manifestam em diversos universos simbólicos, carregados freqüentemente de uma forte mestiçagem.

 

Museu de Arte Decorativa – Calle de Montalban, 12

Localizado entre o Passeio das Artes e o Parque O Retiro fora fundado em 1912. A proposta era para ser usado como local treinamento  de artesãos, artífices, artistas e conhecedores das artes industriais, seguindo os passos de outros museus semelhantes, como o South Kensington Museum (hoje Victoria and Albert Museum) em Londres, e o Musée des Arts Décoratifs em Paris. Embora a maioria das peças, fossem da Espanha, havia também um número considerável de itens de outros países. A  coleção de arte oriental  era muito importante: fora iniciada pelo Rei Carlos III, que reunira a parte principal da coleção atual para o Gabinete Real de História Natural. A seleção de arte oriental decorativa era vasta e incluía peças como "artes do fogo" (cerâmica, louça, porcelana, vidro), móveis, tecidos, ouro e prata, metalurgia, marfim, couro, presépios, obras de arte em papel e algumas pinturas e esculturas. O Museu recriara diferentes estilos artísticos e arquitetônicos, da sala medieval à sala de jantar contemporânea, assim como estilos góticos, renascentista, rococó, Imperial e modernista por toda parte... e a lista continuava. Coberta da cabeça aos pés com azulejos, a cozinha valenciana do século XVIII era um dos destaques especiais da visita.

 

Museu de Cera – Paseo de Recoletos, 41 -

Era um lugar perfeito para passar uma tarde divertida, especialmente na companhia de crianças. Era muito mais que uma exposição de figuras, era uma recriação de ambientes, uma combinação de espaços e de sons e também uma forma de conhecer parte da História através das suas mais de 450 figuras. Personalidades de todas as épocas e de todas as áreas, profissões, saberes, entre as quais se encontravam desportistas, políticos e celebridades famosas de ontem e de hoje. Personagens históricas como Cleópatra, Napoleão, os Reis das Dinastias Áustria e Bourbon. Dedicava uma especial atenção ao mundo infantil e juvenil, com a presença de personagens como Pocoyó, Eli e Pato, E.T. e Buzz Lightyear. Um dos espaços mais populares entre o público adulto era a Galeria Wax Horror Experience, dedicada ao cinema de terror, com figuras como Hannibal Lecter, Nosferatu e muitos outros. Oferecia também a atração do Comboio do terror, que levava os passageiros do Parque Jurássico à Taberna Galáctica, recordando crimes célebres e outras surpresas. Para os mais destemidos, o museu organiza sessões exclusivas de Mentalismo, conduzidas por Pablo Raijenstein e Lorena Toré, em que os participantes percorriam o museu, às escuras guiados apenas por lanternas, depois do museu encerrar as portas ao público. Durante aproximadamente 80 minutos, os participantes descobririam os segredos que guardava o museu, e os enigmáticos acontecimentos que tinham lugar.

 

Museu de Ciências Naturais – Calle de José Gutierrez Abascal, 2

Administrava e expunha ao público uma importante coleção de espécimes com o objetivo de promover um conhecimento mais completo da diversidade do mundo natural. Situado no bairro de Salamanca, fora criado pelo Rei Carlos III, em 1771, como Real Gabinete de História Natural. Ao longo da história mudara várias vezes de nome. Os fundos iniciais do Real Gabinete de História Natural consistiam nas excelentes coleções e na biblioteca, propriedade de Pedro Franco D`Avila, comerciante espanhol natural de Guayaquil, que depois os dara à Coroa espanhola. A coleção continha milhares de peças de minerais, algas, plantas, animais de todas as classes, cálculos e bezoares de origem fisiológica, utensílios e armas de diversas culturas e idades, e objetos artísticos de porcelana, vidro e minerais preciosos de todos os continentes, bronzes antigos, esculturas, medalhas e lápides, quadros de pintores célebres de várias escolas e países, miniaturas, desenhos, aquarelas e esmaltes.. A sua sede atual era o Palácio das Artes e da Indústria, prédio cuja construção se iniciara em 1882, nos Altos do Hipódromo, sob a direção do arquiteto Fernando de la Torriente, auxiliado por Emilio Boix y Merino, quem prosseguira as obras em 1886, depois de Fernando.

 

Museu de Escultura ao Ar Livre de Castellana – Andar da Castella, 40 -

Localizado sob a ponte Enrique de la Mata Gorostizaga, entre a Rua Serrano e a Rotatória Rubén Darío abrigava uma excelente coleção de esculturas abstratas espanholas. abrira ao público em 1972, ocupando uma área de 4.200 m2. Era configurado por uma ampla área central, coberta pelo tabuleiro do Viaduto e delimitada por duas faixas ajardinadas. Para superar os desníveis do terreno, o museu estava estruturado em três níveis que desciam suavemente da Rua Serrano até o Paseo da Castellana. Os artistas representados no Museu pertenciam cronologicamente a duas gerações da vanguarda espanhola. A primeira era a chamada “vanguarda histórica”, composta por todos aqueles que, durante as décadas de 1920 e 1930, abriram novos caminhos contra a arte consagrada, como Juan Miró, Alberto Sánchez e Julio González. O segundo grupo era formado pela geração dos anos 50, herdeiros do espírito vanguardista anterior à Guerra Civil. Uma das obras mais originais era The Stranded Mermaid, obra de Eduardo  Chillida. Os engenheiros José Antonio Fernández Ordóñez e Julio Martínez Calzón, autores da ponte, e o artista  Eusebio Sempere  desenharam ali um espaço para aproximar os cidadãos das mais modernas tendências artísticas.

 

Museu de História  - Calle Fuencarral, 78 –

Situado num dos grandes prédios do barroco madrileno, o antigo Hospício de São Fernando, este espaço criado como Museu Municipal em 1929 e rebatizado como Museu de História de Madrid em 2007, exibia uma das melhores mostras da evolução histórica da cidade, oferecendo uma visão global das artes e da indústria, da vida quotidiana e dos costumes dos seus habitantes, desde que em 1561 fora escolhida como capital de Espanha, e até à atualidade. Após uma longa remodelação, tanto do prédio como da coleção que abrigava, que ficara concluída no final de 2014,  exibia agora mais de 60.000 objetos de todo o tipo relacionados com Madrid, como a sua coleção de pinturas, estampas, cartografia, maquetas, desenhos, fotografias, postais, esculturas, porcelanas, ourivesaria, abanicos, móveis, armas, numismática e medalhística. Entre as suas numerosas peças destacavam-se a Maqueta de Madrid, de León Gil de Palacio, realizada em 1830, a Alegoría de la Villa de Madrid, de Francisco de Goya, a Virgen con San Fernando,  de Luca Giordano, a coleção de Porcelana del Buen Retiro, a coleção de cartografia histórica, o conjunto da casa Mesonero Romanos, os objetos do ateliê do artista Gutiérrez Solana e a coleção de fotografias históricas.

 

Museu de São Isidro – Quadrado de Santo André, 1 -

Este espaço situado na casa onde vivera o patrono madrileno, oferecia uma viagem pela história da cidade de Madrid desde a Pré-história até a criação da Corte, passando por diferentes salas como São Isidro, o Pátio Renascentista, o Jardim Arqueobotânico e o Armazém Visitável. A exposição do museu abrangia ao longo de mais de 600 m2, o patrimônio arqueológico e paleontológico da cidade, revelando os mais de 500.000 anos de história, através de objetos das culturas paleolíticas, do neolítico e da Idade do metal, dos vestígios romanos que surgiram nos Vales de Manzanares e Jarama, a fundação islâmica da cidade e o desenvolvimento da Vila após a sua conquista em 1085 até ao século XVI. O museu dividia sua exposição após a renovação, em três áreas:  Antes de Madrid  onde estavam expostos vestígios pré-históricos, romanos e visigóticos; Mayrit/Madrid , centrada na fundação da cidade pelos muçulmanos, na sua incorporação ao reino castelhano e na chegada da Corte com Filipe II; e San Isidro , dedicado ao santo madrileno e às tradições de sua época. Veja a Virgem do Leite,  a famosa pintura de Berruguete, ou os restos do prédio original: um pátio renascentista do século XVI, a capela do século XVII e o chamado Poço do Milagre, onde segundo a tradição, o santo madrileno salvara o filho do afogamento.

Museu do Prado - Calle de Ruiz de Alarcón, 23 -

Aberto ao público em 19 de novembro de 1819, como  Museu Real de Pintura e Escultura. Em 2019 foi comemorado seu Bicentenário, com uma comemoração que mostrava o caminho percorrido de 1819, até hoje. Durante os próximos anos, será ativada a conclusão do Campus del Prado, planejada com o último prédio que o integrará, o Salão do Reino, do antigo Palácio Buen Retiro, uma incorporação que obrigará a repensar completamente o atual layout das coleções. Era uma visita obrigatória!.

Museu do Arsenal Real – Calle Bailen – Palácio Real

Abrigava uma das coleções mais importantes do gênero e compreendia armas e armaduras pertencentes aos monarcas espanhóis e outros membros da Família Real, que remontavam ao século XIII. Continha o arsenal excepcional de Carlos V e Filipe II.

 

Museu do Tarô –

Abrigava a mais importante coleção de baralhos de Tarot da Europa, tanto pela quantidade,eram mais de 2.500, como pela raridade e singularidade de alguns deles. Algumas dessas edições e objetos relacionados vinham de colecionadores particulares, outras de aquisições em leilões, doações de particulares, mágicos ou especialistas em Tarô. Aprenda os significados do Tarot e as histórias escondidas por trás das cartas, entenda os arcanos, significados e interpretações mais comuns do Tarot, todo esse tesouro de cultura e simbolismo estava à  disposição para ser visitado quando quisesse. O Museu dispunha de tarólogos que poderiam fazer a leitura das cartas para o visitante. Eram vários os endereços espalhados pela cidade, como o da Calle São Alberto, 1 esquina Montera, 23 e Calle General Ricardos, 65.

Museu do Traje - Avenida Juan de Herrera, 2 - 

De acordo com o próprio nome, este espaço madrileño era focado na história da indumentária. O destaque era a evolução da moda, ilustrada em peças que caíram em desuso, como o gibão, uma espécie de jaqueta que era muito popular no século XVI e ainda era encontrada no nordeste brasileiro.

Museu dos Correios e Telégrafos

Proporcionava aos visitantes um passeio temático e cronológico pela história das comunicações, desde a mais tradicional, a carta, até as comunicações via satélite. Neste museu eram preservadas e expostas coleções postais e de telecomunicações desde os primeiros marcos conhecidos, até aos dias de hoje. Era uma das ferramentas educativas mais importantes que a sociedade dispunha para crianças e adultos, transmitindo cultura, preservava o patrimônio e ajudava as pessoas a conhecer o seu passado, a construir o seu futuro.

 

Museu Ferroviário – Paseo das Delicias, 61 –

Situado na antiga Estação ferroviária de Delicias, era um magnífico exemplar da arquitectura em ferro fundido do século XIX, fora inaugurado em 1984. Abrigava uma encantadora colecção de comboios e carruagens antigas, alguns excelentes modelos de modelos ferroviários e também apresentava uma mostra de fotografias relacionadas à história da ferrovia. A antiga Estação Madrid-Delicias fora inaugurada em março de 1880 para servir a linha ferroviária até Ciudad Real, que continuaria até à fronteira com Portugal. A nave central tinha 170 m de comprimento, 35 m de largura e atinge 22,5 m de altura graças a 17 pórticos de ferro fundidos sobre pilares, que proporcionavam um amplo espaço arejado, sem necessidade de apoios intermédios ou contraventamentos adicionais. Abrigava o Arquivo Histórico Ferroviário e a Biblioteca Ferroviária e Jornais, a única em Espanha, que tinha como principal objetivo preservar, estudar e promover o patrimônio ferroviário.

 

Aos sábados, a ferrovia Ferrocarril de las Delicias operava das 11.30 às 14.00h, nos jardins do CIMAF. Esta instalação, que reproduzia em menor escala todas as características da ferrovia real, era uma atividade ideal para visitar o museu. Crianças e adultos podiam viajar em pequenos trens em um circuito com bitola de 5 polegadas (12,7 cm). A ferrovia fechava durante o verão e reabria em setembro.

 

Museu Geomineiro – Calle de Rios Rosas,  23 -

Através das suas importantes coleções de minerais, rochas e fósseis procedentes de todas as regiões de Espanha e dos antigos territórios coloniais, tinha como função conservar, investigar e difundir a riqueza e a diversidade do patrimônio geológico, paleontológico e mineralógico. Situado junto á Escola de Engenheiros de Minas de Velázquez Bosco, pertencia ao Instituto Geológico e Mineiro de Espanha, organismo público de investigação vinculado ao Ministério da Ciência, Inovação e Universidades, em cuja sede principal se encontrava situado, ocupando um prédio inaugurado em 1927 por Afonso XIII, durante o XIV Congresso Internacional de Geologia. Obra da autoria do arquiteto Francisco Javier de Luque, era um exemplo extraordinario de um museu científico do início do século XX, com um salão central repleto de vitrinas de madeira talhada e coberto por uma grande clarabóia, com uma estrutura de ferro forjado e chumbo.

Museu Imersivo Nomad – Calle Gran Via, 78 –

A proposta cultural de espaços imersivos em Madrid passara a contar com mais um novo centro, com este inovador museu situado em plena Gran Vía, junto a Plaza de España, que reunia tecnologia e arte participativa, reinventando a experiência sensorial. Este espaço familiar e educativo fora concebido como uma plataforma interativa, que estimulava as sensações, a exploração do desconhecido e animava os visitantes a interagir com o entorno. Os últimos avanços em inteligência artificial aplicados à arte, junto com a inovação criativa e os desenvolvimentos tecnológicos mais vanguardistas resultaram numa experiência sensorial em que o público se convertia em parte ativa da exposição. O museu tinha uma ocupação reduzida, para proporcionar uma experiência perfeita a todos os visitantes. No dia 24 de julho abrira ao público a exposição Spirit of Japan, que oferecia aos visitantes a oportunidade de submergirem no ambiente do movimento artístico Ukiyo-e, contemplando a obra de mestres consagrados como Hokusai e de outros artistas menos conhecidos, como Kuniyoshi, Utamaro e Kunisada.

 

​Museu Nacional de Antropologia - Calle de Alfonso XII, 68 - 

Tinha como objetivo oferecer ao público uma visão global da cultura de diferentes povos do mundo, e explorar as semelhanças e as diferenças culturais que uniam e separavam os diferentes povos, destacando a sua diversidade cultural. O Museu Anatômico, conhecido como Museu Antropológico, fora inaugurado em abril de 1875 pelo Monarca Alfonso XII. A  fundação ficara a dever-se à iniciativa do médico segoviano Pedro González Velasco, que investira todo o seu patrimônio na construção do prédio, obra do arquiteto Francisco de Cubas. As coleções da época incluíam objetos pertencentes aos três "reinos" da natureza  mineral, vegetal e animal -, e mostras de antropologia física e de teratologia, bem como antiguidades e objetos etnográficos. Após a morte do seu fundador, o estado adquirira o prédio e todas as suas coleções, que foram sendo ampliadas ao longo do tempo, com mostras da cultura material de diferentes povos de África, América, Ásia, Europa e Oceania.

 

Em 2004 iniciara a renovação da sua exposição permanente, começando pela sala dedicada à África, a que se seguiram em 2005 as salas da América e de Antropologia Física. A renovação atual responde a um novo discurso expositivo, mais em consonância com os critérios científicos, museológicos e antropológicos atuais, centrando-se na temática e agrupando os fundos em áreas como indumentária e adornos, música e atividades lúdicas, crenças, habitação e artigos domésticos, precedidas por uma introdução e alguns dados geográficos e históricos. A última fase da renovação finalizara em outubro de 2008, com a inauguração da nova sala da Ásia (Filipinas e religiões orientais), situada no  térreo do prédio. O museu ocupava um total de três pisos, pelos quais se distribuiam as suas cinco salas de exposição:

  •  Sala das Origens do Museu: situada no piso térreo, era dedicada às origens do museu. Nela se recriava a labor dos gabinetes de história natural até ao começo do século XX, em homenagem ao Dr. Pedro González Velasco, fundador do museu.

  • - Sala das Filipinas: situada no piso térreo. A complexidade étnica, histórica e cultural deste imenso arquipélago tropical refletia-se nos inúmeros e variados objetos pertencentes a um heterogêneo conjunto de comunidades, a maior parte dos quais era procedente da Exposição Geral das Ilhas Filipinas, que tivera lugar no Parque de El Retiro de Madrid em 1887.

  • - Sala das Religiões Orientais: dedicada às Religiões Orientais, tratava-se de uma síntese das coleções asiáticas do museu. A falta de espaço impossibilitara a cobertura de todos os aspectos relacionados com as diversas e ricas culturas deste imenso continente, pelo que se optara por um eixo condutor em torno às três principais religiões: o islam, o budismo e o hinduísmo.

  • - Sala de África: situada no primeiro piso,  podia-se descobrir a diversidade de um continente cuja riqueza cultural realmente ainda estávamos começando a descobrir. O espaço expositivo era dividido em quatro áreas temáticas: vida doméstica, vestuário, ócio e religião;

  • - Sala da América: situada no piso 2, era dedicada às culturas da América ou Abya Yala, nome dado pelo povo Guna ao Continente, e que muitos preferiam utilizar em lugar de América, que era um nome de origem européia. As coleções encontravam-se organizadas em cinco secções temáticas: modo de vida, vida doméstica, vestuário, ócio e religião.

 

A sala III, dedicada à Antropologia física, propunha recriar um antigo gabinete de história natural do começo do século XX, e onde exibia alguns dos exemplares mais relevantes das coleções do museu, cada um deles representando características próprias, variedades anatômicas, patologias, traumatismos, diferenças étnicas, etc. Destaque para o crânio feminino deformado, procedente de Tiahuanaco (Bolívia), o crânio feminino da Ilha de Samar (Filipinas), que apresentava lesões ósseas características da sífilis venérea, e a máscara mortuária de um indígena maori tatuado.

Museu Nacional de Artes Reina Sofía - Calle de Sta. Isabel, 52 - 

Ficava muito próximo do Museu do Prado, e era o complemento perfeito. Depois de uma dose de arte clássica, era a vez da arte contemporânea. Este antigo hospital neoclássico, do século XVIII, era o vértice meridional do Triângulo das Artes de Madrid. Em sua coleção permanente, havia muitas coisas para ver, obras de grandes artistas espanhóis do século XX, como Picasso ( veja a Guernica, uma experiência maravilhosa ), Dalí, Miró e Gargallo.

Museu Naval – Paseo do Prado, 3 -

Situado no Quartel-general da Armada, em pleno Paseo da Arte, era administrado pelo Ministério da Defesa e tinha como missão adquirir, conservar, investigar, comunicar e exibir, com fins educativos e museológicos, todo o tipo de peças e coleções de valor histórico, artístico, científico e técnico, relacionadas com a história naval de Espanha, da idade média aos nossos dias e suas origens remontava a 1792. Entre estes objetos estava o mapa de pergaminho profusamente ilustrado de Juan de la Cosa, a primeira representação cartográfica conhecida do continente americano, realizado pelo navegador e cartógrafo em 1500, depois de ter viajado à América em três ocasiões, acompanhado por Cristóvão Colombo.

 

Museu do Ratinho Perez –  Calle do Arenal, 8 – 1º piso -

O Ratinho Pérez nascera no século XIX pela mão do padre Luis Coloma, um jesuíta que então era Conselheiro da Coroa e a quem um dia pediram que escrevesse um conto para o pequeno Alfonso XIII quando lhe caíra um dente de leite aos 8 anos de idade. A história dizia que perto do Palácio Real vivia um roedor com a sua família, numa caixa de bolachas guardada no armazém de uma Confeitaria e contava como todas as noites o Ratinho Pérez visitava os quartos do futuro Rei e das outras crianças mais pobres. Assim nascera esta personagem que visitava as crianças e lhes deixava uma prendinha em troca de cada dente que perdiam. Este museu situa-se no local em que, segundo a tradição, vivera o adorável roedor com a sua família. O Museu compreendia dois pequenos espaços em que crianças e adultos poderiam conhecer em primeira mão como era a casa em que vivera o rato, consultar a documentação histórica sobre a personagem, bem como contemplar dentes de leite de personalidades como Beatrix Potter, Beethoven, Isaac Newton e Rosalia de Castro. Maiores de cinco anos era a idade recomendada.

 

Museu do Romantismo – Calle de São Mateo, 13 -

O antigo palácio do Marquês de Matallana, construído em 1776, acolhia uma interessante coleção de pinturas, mobiliário e artes decorativas do século XIX, que nos ajudavam a conhecer melhor a vida cultural, política e quotidiana da Madrid Romântica. Obras de Goya, Esquivel, Madrazo, Alenza e dos irmãos Bécquer, cerâmica de Sargadelos e Sèvres, jóias de ebonite, lava ou cabelo natural, uma coleção de bonecas de porcelana, 15 pianos, móveis de estilo império ou isabelino e a pistola com que se suicidara Larra serviam para recriar o ambiente do Romantismo, um movimento cultural que, durante a primeira metade do século XIX, fizera palpitar o coração dos jovens artistas, dos intelectuais e dos políticos. Um dos recantos mais especiais deste singular museu era o Jardím do Magnólio, que seguia a estrutura de um jardim de modelo francês do século XVIII, organizado em quatro ruas separadas por canteiros de diferentes tamanhos, e com uma fonte circular na sua interseção. Cada um dos canteiros possuía uma árvore de uma espécie diferente, incluindo o magnólio que emprestava o nome ao jardim. No Café do jardim do museu era possível desfrutar de um bom café e de uma ampla variedade de doces caseiros.

 

Museu do Traje – Avenida de Juan de Herrera, 1 –

O Museu do Traje era uma instituição recente, criada em 2004, embora os fundos que possuia estivessem desde 1925 inseridos e expostos noutros museus, fundamentalmente no Museu do Traje Regional e Histórico. Em 2004, quase 80 anos depois da fundação daquele museu, fora criado o atual Museu do Traje para reunir as coleções que estavam dispersas e exibia agora mais de mil peças metade das quais nunca tinham sido expostas. Reunia uma grande variedade de coleções históricas e contemporâneas, conservava poucas, mas importantes peças dos séculos XVI e XVII, das quais se poderia destacar um gibão feminino de finais do século XVI. A coleção do século XVIII possuía excelentes exemplos do traje masculino, com uma vasta e rica coleção de jaquetas e coletes, além da coleção de casacos femininos e peças típicas do majismo. Entre as peças mais antigas encontrava-se uma luva de renda do século XVII e o Tratado de Alfaiataria de Juan de Albayzeta, datado de 1720. 

Museu Nacional de Artes Reina Sofía - Calle de Sta. Isabel, 52

Ficava muito próximo do Museu do Prado, e era o complemento perfeito. Depois de uma dose de arte clássica, era a vez da arte contemporânea. Este antigo hospital neoclássico, do século XVIII, era o vértice meridional do Triângulo das Artes de Madrid. Em sua coleção permanente, havia muitas coisas para ver, obras de grandes artistas espanhóis do século XX, como Picasso ( veja a Guernica, uma experiência maravilhosa ), Dalí, Miró e Gargallo.

Museu Sorolla – Paseo do General Martínez Campos, 37 – Chamberi -

Conservava o ambiente original da moradia e do ateliê do pintor Joaquín Sorolla y Bastida, reunindo a mais importante coleção das suas obras, e era uma das residências de artistas mais completas e melhor conservadas da Europa. O seu jardim, também concebido pelo pintor, era um precioso oásis dentro da cidade. Fora criado por desejo da sua viúva, Clotilde García del Castillo, que em 1925 redigira um testamento que doava todos os seus bens ao Estado espanhol, para fundar um museu em memória do seu marido. Incluía a maioria dos objetos que Sorolla reunira em vida. Predominava a obra do artista, entre pintura e desenho, sendo a coleção mais ampla e representativa da atualidade.

 

Provinha de doações de sua mulher e filhos e em 1951 crescera com a entrega de todos os bens do filho de Sorolla, Joaquín Sorolla García. Desde 1982 que era enriquecida com aquisições efetuadas pelo Estado espanhol para completar a coleção. Sorolla reunira muitos outros objetos que constituem o antecedente das restantes coleções do Museu. Destacavam-se a escultura, cerâmica, joalharia popular, fotografia antiga e um importante arquivo da correspondência que o pintor recebera em vida. O Museu encerrará temporariamente as suas portas ao público, a partir do dia 1º de outubro, para finalização das obras de reabilitação e ampliação do museu. A sua reabertura estava prevista para o início de 2026.

 

Museu Sweet Space – Calle de Serrano, 61 -

Situado no segundo piso do centro comercial ABC Serrano, o era uma aventura de degustação interativa, que faria as delícias dos mais gulosos. Um espaço único, repleto de experiências inovadoras e muita diversão, onde a conexão se gerava através do paladar. Através de atividades guiadas, instalações interativas e surpresas especiais, os visitantes percorreriam suas nova salas temáticas, onde poderia descobrir desde palmeiras de nuvens de açúcar até ao laboratório de gelados de Pops N' Bops, passando por um bosque de caramelos e um divertido escorrega. O acesso á loja era livre, não sendo necessário visitar o museu.

Museu Thyssen-Bornemisza - Via Museu Del Prado, 8 - 

Era outro importante museu espanhol, que fora organizado quando da aquisição pelo Governo da Espanha, em julho de 1993, da maior parte  da coleção de arte da família Thyssen-Bornemisza. Sua sede ficava nas dependências do Palácio de Villahermosa, que foi construído entre o final do século XVIII e o início do século XIX, em estilo neoclássico. Sua concepção arquitetônica era obra de Antonio López de Aguado para María Pignatelli y Gonzaga. A reabilitação do espaço, para acolher o Museu, e sua posterior ampliação, ficou a cargo de Rafael Moneo.

Museu Velasquez – Calle de Atocha, 12 –

Este novo museu, situado ao lado da Plaza de Jacinto Benavente e próximo da Puerta del Sol, oferecia uma experiência sensorial 360º que levava os visitantes numa viagem pelas diferentes interpretações da obra-prima Las Meninas, de Diego Velázquez. Por meio de dezenas de projetores de alta tecnologia distribuídos pelas oito salas do museu, os visitantes podiam vivenciar diferentes formas de apreciar a arte através dos cinco sentidos, entrando, por exemplo, na tela 4-D de Las Meninas e em salas com hologramas, possibilitando a pintura a ser estudada, ou usufruindo das instalações interativas de esculturas de damas de honra projetadas via videomapping, acompanhadas de música barroca e ritmos contemporâneos. Entrar na sala do Alcázar, onde fora pintada, desenhar as suas próprias damas de honra ou falar com Velázquez através de hologramas, eram algumas das opções oferecidas neste espaço inovador, que também contava com uma seleção das damas de honra mais representativas do Exposição urbana da Galeria Meninas Madrid.

 

O Museum oferecia a oportunidade de expressar sua opinião à obra-prima de Diego Velazquez. Ao comprar o ingresso, seja na bilheteria ou online, depois de visitar o museu poderia optar por pintar sua própria mini menina. Na última sala existia um espaço para os visitantes criarem a sua própria obra de arte a partir de uma miniatura de gesso que poderiam pintar e decorar como quisessem, utilizando os diversos materiais artesanais disponíveis. Depois de concluído, a oficina própria do museu lhe daria um acabamento especial para que em poucos dias os “artistas” pudessem desfrutá-lo em casa. Esta experiência estava disponível de quarta a domingo, às 12.000 e às 16.00h.

 

Museu Zapadores – Calle Antonio de Cabeçon, 70 –

Situado no antigo Quartel do Exército de Fuencarral, encontrava-se esta outra sede do Museu La Neomudéjar. Uma cidade da arte que acolhia todos os tipos de artistas, galeristas, associações, Curadores e museus, que procurava criar um espaço de reflexão e compromisso com novas vozes na arte. Sua coleção era composta por obras de artistas como Rafael Peñalver, Paz Muro, Antonio Alvarado, Mahé Boissel, Jacqueline Bonacic-Doric, Orest Antoshkiv, Ana Dévora, Alberto Corazón, Ze Carrión, Marc Janus, Jimena Aragonés, Johana Kirby, Fardou Keuning e Guy Deuning, entre muitos outros Abrigava também uma cidadela de artistas, onde estão expostos ateliês de artistas autogeridos, uma área de Laboratório de Associação, que possuia espaços de trabalho próprios e um armazém específico onde poderiam desenvolver as suas atividades, como conferências, exposições, workshops ou debates. Constava que dia 30 de setembro de 2024 encerraria as atividades neste local sendo transferido para outro endereço ainda não informado.  

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