MACHU PICCHU - O incrível mundo Inca - Perú

Quando o explorador e ex-senador americano em 1911, Hiram Bingham III, estava à procura de uma cidade diferente, conhecida por Vilcabamba., encontrou Machu Picchu, a 2.700 m. de altitude. Essa seria uma capital oculta, para onde os Incas haviam escapado após a chegada dos conquistadores espanhóis, em 1532. Ao longo do tempo, ela ficou conhecida como a lendária Cidade Perdida dos Incas. Bingham passou a maior parte de sua vida, argumentando que Machu Picchu e Vilcabamba, era a mesma, uma teoria que só foi refutada após sua morte, em 1956.
Hoje, acredita-se que a verdadeira Vilcabamba, tenha sido construída na selva, a cerca de 80 quilômetros a oeste de Machu Picchu. Pesquisas recentes, questionam se Machu Picchu foi realmente esquecida algum dia. Quando Bingham chegou, três famílias de agricultores moravam no lugar. Localizada na Cordilheira dos Andes, a cidade de Machu Picchu foi um dos poucos lugares do Império Inca, a escapar da devastação causada pelos colonizadores espanhóis, durante o século XVI. Teria sido construída por volta de 1450, onde hoje é território do Peru, no governo de Pachacuti (que reinou durante 1438 e 1471), encravada sobre o Vale do rio Urubamba.
Segundo alguns historiadores, a cidade começou a ser construída em 1.300 d.C. e foi habitada até 1.572 d. C. Machu Picchu cujo nome significa velha montanha, era a morada das “acllas”, as Virgens do Sol. Chegou-se a essa conclusão em razão do grande número de ossos de mulheres jovens encontrados nas escavações, e dos 135 esqueletos achados, 109 eram de moças jovens. A vila dividia-se em dois setores: o agrícola e o urbano, que é constituído por 216 edificações, entre moradias, templos, palácios e oficinas e era onde existia um centro religioso e um observatório astronômico. É considerado um dos três centros energéticos da Terra e é o sítio arqueológico Inca mais intacto que se tem notícia. Em 2007 Machu Picchu foi eleita como uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno e por sua vez, o morro situado aos pés da vila é o “Wayna Picchu“, que significa “jovem montanha“.
A solidez das edificações
Os blocos de pedra, das mais belas construções do Império Inca, não utilizavam argamassa. Os blocos eram cortados de forma tão precisa e posicionados tão juntos uns dos outros, que não é possível inserir um papel entre eles. Além dos evidentes benefícios estéticos desse estilo de construção, há também vantagens de engenharia. Peru é um país com instabilidade sísmica. Tanto a capital Lima, quanto Cusco, já foram afetadas por terremotos e o próprio Machu Picchu, foi construído sobre duas falhas geológicas. Quando ocorre um terremoto, os blocos de pedra das construções Incas "dançam"; ou seja, se movimentam durante os tremores e depois voltam para o lugar. Sem esse método de construção, muitas das mais conhecidas edificações de Machu Picchu, já teriam sido destruídas há muito tempo.
Construções subterrâneas
Boa parte do que é realmente impressionante, não está visível. Os Incas sempre se destacaram por seus belos muros, e seus projetos de engenharia civil também eram muito avançados. Não utilizavam animais de tração, utensílios de ferro ou rodas. O que se vê hoje precisou ser esculpido a partir de uma fenda entre dois pequenos picos, e necessitou da movimentação de pedras e terra para criar um espaço relativamente plano. O engenheiro americano Kenneth Wright, estima que 60 por cento das construções de Machu Picchu, sejam subterrâneas. A maior parte dessas construções, inclui fundações em grandes profundidades e rocha triturada, que eram utilizada para drenagem. A região de Machu Picchu, é um lugar que chove muito, daí a necessidade de permear o solo.
Museu escondido - Sendero al Museo -
Há um museu escondido que é ótimo, mas que quase ninguém visita. Para os visitantes acostumados às placas informativas, encontradas em parques nacionais, uma das coisas mais estranhas sobre Machu Picchu, é que o lugar não oferece praticamente nenhuma informação sobre as ruínas. Ainda assim, essa ausência de informações traz uma vantagem, pois o lugar permanece visualmente limpo e organizado.
O excelente Museu do Sítio Manuel Chávez Ballón, preenche muito das lacunas sobre como e porque Machu Picchu foi construído e o motivo dos incas terem escolhido um lugar com uma natureza tão extraordinária, para implantar sua cidadela. Mas para isso, é preciso achar primeiro o museu. Ele está inconvenientemente localizado, ao final de uma longa estrada de terra, próximo à base de Machu Picchu, uma caminhada de cerca de 30 minutos a partir da cidade de Águas Calientes.
Templo Sagrado
Para quem é madrugador e conseguir uma vaga na lista dos visitantes de Huayna Picchu, recomendamos não subir a montanha; registre suas fotos e apenas desça. Depois, siga a trilha de pedras até o Templo da Lua, localizado no lado afastado de Huayna Picchu. Aqui, há um altar para cerimônias, que foi construído em uma caverna, revestida de pedras rebuscadas com nichos, que provavelmente serviam para guardar múmias.
Desde que Hiram Bingham, subiu cambaleante em direção a Machu Picchu, em 1911, os visitantes entenderam que o cenário natural das ruínas é tão importante para o local, quanto as próprias construções. Pesquisas recentes, demonstram que a localização da cidade e a orientação das estruturas mais importantes, foram fortemente influenciadas pela localização das montanhas sagradas ao seu redor. Um bloco de pedra em formato de flecha, no topo da montanha Huayna Picchu, parece apontar em direção ao sul, diretamente através da famosa Pedra Intihuatana, para o Monte Salcantay, um dos mais reverenciados Apus da cosmologia Inca. Em datas importantes do calendário Inca, é possível ver o Sol nascer e se pôr atrás de outras montanhas.
Império Inca
Os Incas dominaram uma enorme faixa da América do Sul, a partir do século XIII, chegando a ser o maior império americano de sua época. Eles eram governados por um Imperador, intitulado Sapa Inca, que representava o Deus do Sol, e formavam uma tribo complexa, com população estimada entre cinco e doze milhões de pessoas. Na linguagem indígena, o reino era chamado de Tahuantinsuyu, que significa “os quatro cantos”, e tería mais de 3 mil quilômetros de estradas.
Os Conquistadores espanhóis
Em 1532, o explorador espanhol Francisco Pizarro, iria mudar para sempre a história do Império Inca. Com suas tropas, dizimou a população local, saqueou boa parte da riqueza do reino e destruiu a maior parte dos templos e propriedades que encontrou pelo caminho, embora saiba-se que teria se maravilhado com a imponência das construções. Apesar de tamanha destruição, por parte dos espanhóis, Machu Picchu permaneceu escondida por mais de 200 anos. Os Incas acabaram abandonando sua cidadela sagrada, menos de um século após sua construção, devido ao avanço dos colonizadores. Assim, a cidade ficaria praticamente esquecida ou “perdida”.
A descoberta de Machu Picchu
Em 1911, o professor de história Hiram Bingham, da Universidade de Yale, resolveu procurar a lendária “cidade perdida dos incas”, um lugar no qual o povo, então liderado por Manco Inca, teria lutado contra as forças espanholas. Manco havia levado seu povo às construções de Ollantaytambo, na região de Machu Picchu, mas, posteriormente, os teria levado a um outro local desconhecido. Ao vasculhar montanhas do Vale do Rio Urubamba, Bingham encontrou as ruínas de Machu Picchu, com a ajuda de um homem e um menino da região. Para quem ficou por lá, Machu Picchu nem era tão “perdida” assim, mas pouco acessada devido à sua difícil localização. A “descoberta” de Bingham, entretanto, colocou o lugar na literatura da história mundial.
Os tesouros
Hiram Bingham voltou diversas vezes a Machu Picchu, para explorar uma das mais enigmáticas construções Incas, recebendo financiamento da Universidade de Yale e da revista National Geographic. Sua “descoberta” gerou uma série de artigos, ensaios e até um livro – que inclusive inspirou o personagem, Indiana Jones, no cinema, mas também criou uma rota de contrabando de relíquias do Império Inca.
A usurpação de artefatos de Machu Picchu, por Hiram Bingham criou um conflito entre a Universidade de Yale e o Governo do Peru. Milhares de estátuas, cerâmicas, jóias e até restos humanos, foram levados aos Estados Unidos. Quando uma exposição itinerante foi anunciada, em 2003 pela universidade, a discussão novamente voltou a se acirrar, sobre de quem deveriam ser essas relíquias. Apesar de fazer parte da história, muitos Guias criticam a maneira como ele tratou os tesouros regionais, tomando posse de coisas que deveriam ser do Governo peruano. Depois dessa “descoberta”, Bingham serviu como piloto na Primeira Guerra Mundial, foi eleito Governador de Connecticut – cargo no qual ficou apenas um dia, para então assumir uma cadeira no Senado americano. Em 2008, um processo foi aberto contra Universidade de Yale, com o então presidente peruano, Alan Garcia, apelando a diversas autoridades mundiais, para que os artefatos voltassem às suas terras. A questão foi resolvida em 2010, quando o Governo norte-americano aceitou devolver a maior parte das peças, que chegaram ao Peru nos dois anos seguintes.
Os primeiros descobridores
Os registros oficiais afirmam que Hiram Bingham “descobriu” Machu Picchu, em 24 de Julho de 1911, acompanhado de um Guia chamado Melchor Arteaga e um sargento do Exército. Porém, ele talvez não tenha sido o primeiro estrangeiro a visitar o local sagrado dos Incas: na década de 1860, ou seja, quase 50 anos antes, o empresário alemão Augusto Berns, explorou a região com autorização do Governo peruano. Ele teria comprado terras na região, para extrair ouro e madeira, mas também poderia ter se apropriado de artefatos de Machu Picchu, o que nunca foi comprovado. Em 1874, o missionário britânico Thomas Paine, com ajuda de outro alemão, teria tido conhecimento de um mapa da montanha Machu Picchu, que leva os mesmo nomes da ruína que ela abriga. O mesmo mapa, pode ter caído nas mãos de Bingham, dando um indício de que, além da montanha, algo muito precioso estaria descrito naquele papel.
Construções importantes
Os incas reverenciavam o Sol, a Lua, os rios e as montanhas, com muitas referências em Machu Picchu a esses elementos. A Intihuatana, por exemplo, é uma pedra com quase 2 metros de comprimento, que deveria funcionar como relógio solar ou calendário e pode ser vista perto da praça principal da cidadela, curiosamente com suas extremidades apontando para as montanhas Machu Picchu, Huayna Picchu e Salcantay. O Templo do Sol, tem uma janela que se alinha perfeitamente com o solstício de verão. Já as Três Janelas, estão viradas para as montanhas sagradas no entorno de Machu Picchu e simbolizam os três mundos Incas: o céu, (que seria a vida espiritual), a terra (a vida mundana) e o subterrâneo (a vida interior). Também existe o Templo do Condor, animal que conduziria os mortos ao céu.
Templo escondido na montanha
Para quem tem disposição e preparo físico, uma opção, quando visitar Machu Picchu, é subir até a montanha Huayna Picchu, a mais importante de todas. É um passeio liberado a um máximo de 400 pessoas por dia, e que deve ser feito logo pela manhã. Em seu topo, encontra-se o Templo da Lua, que, acredita-se, tenha sido um lugar sagrado para cerimônias religiosas, com múmias.
Como chegar
De avião, a viagem entre Lima e Cusco dura uma hora. De ônibus, pode chegar até um dia inteiro. De Cusco, a próxima parada é o vilarejo de Águas Calientes, cujo percurso pode ser feito de ônibus ou de trem, e a distância é de quase 100 km. No vilarejo, há hotéis e restaurantes para o visitante passar uma eventual noite. Vale pesquisar bem e programar um descanso, antes de encarar a parada final. Desde Águas Calientes até Machu Picchu, são aproximadamente 20 minutos dentro de um micro-ônibus. Embora essa seja a única maneira de se chegar até Machu Picchu, existem vários veículos que fazem o trajeto, e o turista não precisa esperar muito tempo até chegar ao destino. A distância entre Cusco e Machu Picchu, é de 74 km.
Machu Picchu é uma das Sete Maravilhas do Mundo. A votação popular mundial definiu, em 2005, que a cidade perdida dos Incas, entraria para essa seleta lista. A América do Sul, possui duas das sete maravilhas mundiais: Machu Picchu e o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Ao contrário do que se imagina, Machu Picchu não está em uma grande altitude. As ruinas ficam a 2.400 metros acima do nível do mar, quase 1.200 metros a menos que Cusco, antiga capital do Império Inca. Quem visita Machu Picchu, não precisa se preocupar com o “mal de altura”, pois o ar rarefeito só começa a se manifestar a partir dos 2.500 metros, acima do nível do mar.
Quem construíu o local, planejou muito bem cada detalhe. De um lado, ficavam as casas dos nobres, junto com os palácios e templos. As casas dos sábios, escribas e artesões, eram localizadas ao redor da praça principal. Os camponeses, viviam na parte mais abaixo, onde ficavam os estábulos de animais e os armazéns. A cidade era dividida em duas grandes zonas: a zona agrícola, formada por conjuntos de terraços de cultivo, que se encontra ao sul; e a zona urbana, onde viviam seus ocupantes e onde aconteciam as principais atividades civis e religiosas.
O Inti Huatana
Está localizado na praça principal, é uma enorme rocha esculpida com uma altura de 1 metro por 2 metros de diâmetro, com superfícies planas com 4 lados cuidadosamente esculpidos, cada um desses lados representa um ponto cardeal que indica o instante em o que provavelmente produziu os solstícios e os equinócios. O termo Inti Huatana vem da língua Quechua e traduzido para o espanhol significa “Lugar onde o Sol está amarrado“, ou seja, de acordo com a língua quechua e com as pesquisas realizadas no século XX, o Intihuatana serviu como Observatório Astronômico e Relógio Solar e todos os padres que tentavam interpretar ou decodificar os eventos nesse local tinham que usar a sombra lançada pela pedra em diferentes momentos do dia e nas estações do ano.
Templo da Lua
Não está localizado precisamente na cidade inca de Machu Picchu, mas em Huayna Picchu. Para chegar, terá que subir a Huayna Picchu, caminhando por aproximadamente meia horas – 2 quilômetros – por uma estradinha íngreme. O princípio do dualismo é muito popular nas sociedades andinas, a idéia de dividir quase tudo em dois ou assumir que cada entidade tem seu lado oposto ou complementar, por exemplo, quase todas as montanhas tinham seus parceiros, as cidades foram divididas em dois ( o Hanan e o Hurin), a Pacha Mama (mãe terra) e a Pacha Tata (a chuva), o Sol e a Lua, acreditava-se que a Lua era a esposa do deus do Sol, era uma divindade a quem o homem andino construiu templos para cerimônias religiosas. Quem visitar Cusco também encontrará um Templo da Lua, nas proximidades de Saqsaywaman.
Templo das Três Ventanas
É um recinto localizado no coração do setor urbano e faz parte da praça principal ou da praça sagrada de Machu Picchu, e sua construção é um maravilhoso trabalho de alvenaria inca, através da união de pedras sem argamassa de argila, mas antes a perfeição do polimento das pedras e a montagem das mesmas são utilizadas, dependendo da gravidade.
Templo do Condor
Tem um desenho único, uma cabeça do Condor esculpida em uma pedra no chão, e se ficar a apenas 2 metros à frente da cabeça e olhar para frente, poderá ver as asas do pássaro moldadas nas duas rochas posteriores. Lembre-se de que não apenas o conceito de dualidade foi aplicado pelos incas para entender melhor o funcionamento do mundo, mas também a Trilogia Andina, por exemplo, a Hanaq Pacha (o mundo acima), Kay Pacha (este mundo), Ukhú Pacha (o mundo abaixo), cada mundo foi representado por um animal, por exemplo, o mundo acima foi representado pelo Condor, é uma das razões para a existência do templo do Condor em Machu Picchu. No fundo do templo do Condor, há uma caverna que provavelmente serviu como prisão, essas informações não podem ser confirmadas, mas como em todas as sociedades organizadas os incas também tinham suas leis (para não roubar, não mentir, não ser preguiçoso), para que ninguém altere a ordem social criada para alcançar o bem-estar pessoal e social.
Templo do Sol
É o lugar mais marcante em Machu Picchu, é um prédio semicircular dedicado ao Deus do Sol, erguido sobre uma enorme rocha sólida, no setor religioso. Sob ele há uma caverna natural que também foi esculpida e adequada para ser um túmulo real. Na parte central do interior do templo, há uma pedra esculpida que serve de santuário para o Sol. Há duas janelas, uma voltada para o oeste e a outra voltada para o norte, de acordo com estudos realizados no século XX, as janelas foram construídas para observar com precisão os Solstícios e Equinócios, com base na sombra que lançavam todos os dias 21 de junho e 21 de dezembro. O Templo do Sol era uma área exclusiva, com acesso permitido apenas para a Sapa Inca, a família nobre e os Sacerdotes.
Templo principal ou “Wayrana”
Está localizado ao norte do conjunto de prédios, na parte mais alta, na praça principal, sendo chamado de “Wayrana” (um local onde faz muito vento), isso ocorre porque o templo foi construído com três paredes voltadas para o interior, deixando um dos lados sem parede onde há muito vento. Na parte interior do templo, há uma pedra esculpida que poderia representar o Chakana ou Cruz del Sur, devido à morfologia da escultura em alto relevo. O templo era usado para realizar rituais dedicados principalmente ao Deus Viracocha, que seria o criador de tudo neste universo. Nenhum templo ou construção inca foi danificado por terremotos, nem mesmo o próprio Machu Picchu; no entanto, se poderá notar que o templo de Wayrana possui paredes alteradas, devido a falhas geológicas.
Turismo Sustentável
O governo do Perú criou. recentemente, novas regras para controle de acesso de turistas às ruínas de Machu Pichu, com o propósito de proteger o ambiente do importante acervo arqueológico Inca. Desde de julho de 2018, os turistas não poderão mais permanecer na cidade o dia inteiro de visitas. Precisarão escolher entre dois horários para as visitas: das 6 h. ao meio dia ou , das 12 às 17.30 h. Para quem quiser passar o dia, cobrava-se uma taxa de U$ 70,00. Ainda de acordo com as novas exigências, o turista precisará ser acompanhado por um Guia certificado, e os grupos não poderão ser formados por mais de 16 pessoas. Todos deverão seguir pelos três caminhos da visita planejada, sem poder deixar este caminho. Ainda, não serão permitidos o acesso com guarda-chuvas, bolsas maiores que 33 cm x 20 cm, carrinhos, varas, tripés e sapatos de salto.
Onde dormir
Hotel Chavin Imperio del Sol - $$$ - Calle Hospital, 759 - Centro de Cusco -
Está situado a 300 metros do Mercado Central e a 10 minutos a pé da Igreja La Merced. Todos os quartos dispõem de mesinha auxiliar, Wi Fi grátis, banheiro com ótima ducha e amenidades de cortesia, e alguns quartos têm varanda. O café da manhã americano, está incluído na diária e é comandado pela dupla de proprietários Maritza e Nico, que também se esmera em ajudar o visitante a melhor aproveitar o tempo para conhecer a cidade e suas principais atrações.
Sumaq Llaqta - $$$ - Edificio Las Terrazas - Av. Argentina G-4 - Apartamento 201 -
Está situado em Cusco, a 1,4 km de Qenko, a 1,5 km das Igrejas de San Blas e de Santo Domingo, a 18 minutos a pé de Coricancha e a 1,6 km do Museu de Arte Sacra. A principal rua, a Hatun Rumiyoc fica a 18 minutos a pé. O apartamentos dispõe de 3 quartos com TV plana, Hi Fi grátis, varanda, cozinha equipada com micro-ondas, frigobar, torradeira, geladeira, utensílios de cozinha, cafeteira, mesa auxiliar e banho completo e secador de cabelo.
Umma referência óbvia, é o vilarejo de Águas Calientes, que fica a 10 km de Machu Picchu, uma espécie de porta de entrada ao Parque, onde se poderá dormir pelo menos uma noite, visto que é praticamente inviável fazer bate-volta de Cusco para Machu Picchu. Também será possível encontrar algumas opções, em Ollantaytambo (um Sítio Arqueológico distante 94 km de Águas Calientes).
Onde comer
É importante saber que não dá para comer durante o passeio ao Sítio Arqueológico de Machu Picchu. É estritamente proibido comer dentro do parque. O máximo permitido é comer alguns snacks, em uma pequena área próxima à entrada. Quem procura onde comer em Machu Picchu encontrará apenas o Tinkuy Restaurant, do luxuoso Sanctuary Lodge Hotel, localizados próximos à entrada do parque. O buffet é excelente e caro. Outra opção, é o Mapi Snack Bar, também ali por perto, um bar que oferece uma boa seleção de bebidas quentes e frias e uma boa diversidade de comida, como lanches, pizzas, tortas, empanadas, bolos e cookies.
Chez Maggy - Avenida Pachacutec, 156 -
É um lugar aconchegante, uma das melhores pizzarias de Machu Picchu Pueblo (como Águas Calientes é também conhecida). O autêntico sabor de pizza, no forno a lenha, agrada aos viajantes. O cardápio contempla massas e pratos regionais, como creme de cogumelos, creme de quinoa, alpaca assada e aji de gallinao. Os preços praticados também agradam os visitantes.
Indio Feliz - Calle Yupanqui, 4 -
O restaurante Índio Feliz, em Águas Calientes, que se define como “bistrô, bar e creperia”, é uma ótima pedida. Altamente conceituado, já ganhou prêmios como “Empresa peruana do ano”. Suas paredes rústicas, totalmente decoradas com papéis e fotos, chapéus, mochilas e cartões postais, dão um clima agradável. O cardapío mescla culinária peruana e francesa. Muitas sopas, frutas e vegetais, são servidos como entrada.
La Boulangerie de Paris - Sinchi Roca - Aguas Calientes -
Serve no café da manhã, almoço, café da tarde ou jantar. É uma patisserie que ajuda viajantes que não sabem onde comer em Machu Picchu. Primeiro, por seu preço relativamente em conta. Segundo, por oferecer um variado cardápio de tortas, sanduíches, baguetes, chocolates, bolos, dentre outros. Também tem pequenos snacks à venda, para viagem. Ou seja, ideal para levar e comer na porta de acesso a Machu Picchu.
Toto´s House - Av Imperio de los Incas -
Instalado em dois andares, comportam capacidade para quatrocentas pessoas, é o maior restaurante em Machu Picchu. A diversidade dos pratos é de acordo com essa grandiosidade: almoço buffet, pizza, grelhados e o melhor da culinária típica peruana. Tem horário de funcionamento no almoço, mais amplo do que os demais, das 11 h 30 às 15 h. Além de bons preços e qualidade, outro ponto positivo é sua localização estratégica, no coração de Águas Calientes, com uma vista maravilhosa do rio Vilcabamba, o que agrada os clientes.
Tree House - Av. Império de los Incas -
Fica um pouco afastado da área central, e para alcançá-lo, é preciso GPS ou uma boa indicação do caminho. Instalado num ambiente aconchegante, todo de madeira, é só uma boa porta de entrada ao que realmente interessa: a comida. Oferece desde produtos típicos, como a truta, a alpaca e o Cuy (espécie de porquinho da índia criado no Peru), opções vegetarianas, como o risoto de quinoa, peixes, e alguns da cozinha italiana e tailandesa. Toda essa sofisticação, no entanto, tem literalmente um preço: a conta sai um pouco mais salgada, do que a média de outros estabelecimentos em Águas Calientes. Mas é um dos melhores lugares para comer bem.
Regras para visitação
Agora em 2023, as visitas às ruinas de Machu Picchu estão suspensas por decisão do Governo Federal em razão dos distúrbios políticos/sociais que estão infernizando a vida dos residentes em Lima e várias ooutras cidades maiores do país.
Em 2019, foram estabelecidas novas regras de visitação em Machu Picchu. Os ingressos agora separam os grupos em 9 horários de entradas, das 6 h às 14 h, com um grupo a cada hora. As visitas terão duração máxima de quatro horas. No momento da compra do ingresso, deverá decidir pela visita da cidadela apenas ou se prefere incluir uma das montanhas − Machu Picchu ou Huayna Picchu, acessíveis por trilha.
A aquisição do ingresso, pode ser feita através do site oficial, a partir de seis meses antes do passeio. Se decidir pela subida às montanhas, o ingresso à cidadela deverá obrigatoriamente ocorrer no horário da manhã. Com a nova medida, os turistas também são obrigados a contratar um Guia turístico, e três circuitos de visitação foram definidos. Caso queira voltar ao sítio histórico, pela segunda vez na mesma viagem, não é necessária a contratação do Guia, bastando a apresentação do ingresso da primeira visita, mas ainda é necessário a compra de um novo ticket de acesso.
Conforme uma nova regra de acesso, o visitante tem que sair do parque ao terminar o circuito, impedindo o reingresso, que antes permitia duas entradas no mesmo dia com apenas um ingresso. Agora, como o horário de entrada é restrito, se o visitante quiser voltar, será preciso comprar um novo bilhete.
Objetos como pau de selfie, tripé, mochilas muito grandes, sombrinhas, bebidas alcoólicas, carrinhos de bebê e drones passaram a ser proibidos no local. O turista que visita o sítio arqueológico, é obrigado a mostrar o bilhete de entrada e documento de identidade (original). No caso de menores, que não possuam documentos de identidade, e são acompanhados por adultos, o Organização presumirá como certos os dados de identidade fornecidos pelos adultos. A Organização se reserva o direito de revisar o bilhete antes e durante a visita.
• No caso do turista não exibir nenhum documento de identidade, com o qual ele comprove suficientemente a propriedade do bilhete, com o qual pretende acessar o sítio arqueológico, ou não corresponda ao seu nome, isso pode ser limitado e não poderá entrar no site, não prosseguindo sob nenhum conceito ou gere causa para reembolso;
• Caso o visitante não tenha utilizado o ingresso na data indicada, não haverá reembolso, pois é válido somente para o dia de emissão;
• O visitante é responsável por inserir corretamente seus dados pessoais, necessários no ticket de entrada sob sua responsabilidade;
• A Organização reserva-se o direito de restringir a entrada em suas instalações, a pessoas cujo estado de saúde é muito delicado e inadequado, bem como a mulheres em gestação avançada;
• A Organização não será responsável pela saúde ou condição física dos visitantes; ou por qualquer acidente ou problema que possa ocorrer como resultado de sua visita;
• O ingresso eletrônico; concede o direito de entrar no Parque Arqueológico de Machu-Picchu, na data indicada, e a Organização fornecerá todas as facilidades do caso para fazer a alteração da data de admissão, em um dia antes ou um dia depois, sem modificar os dados do usuário, cujo procedimento será realizado imediatamente em todos os pontos de controle da Organização;
• As seguintes pessoas ou objetos serão impedidos de entrar e / ou remover das instalações:
• Visitantes encontrados sob a influência de substâncias tóxicas, álcool, drogas ou outras substâncias;
• Armas, de fogo ou ar comprimido, munição, explosivos, substâncias inflamáveis ou outros objetos que possam alterar a ordem no local arqueológico;
• Arcos e flechas, instrumentos de caça e pesca, machados, facões, facas de montanha cuja lâmina de aço exceda 07 cm. longas, pontas, pás ou outras ferramentas;
• Qualquer tipo de armadilha, para capturar espécimes da vida selvagem;
• Combustíveis, como querosene, óleo diesel e gasolina;
• Equipamento de som e outros geradores de ruído irritantes;
• Animais domésticos e espécies exóticas;
• velas ou assemelhados;
• Visitantes, que demonstrem comportamento contra a moral ou bons costumes.
Observação
Em janeiro de 2020, quatro turistas brasileiros que faziam parte de um pequeno grupo que visitava Machu Picchu, foram flagrados defecando e destruindo parte do acervo histórico, com a remoção de pedras que eram jogadas ladeira a baixo. Flagrados pelas câmeras de segurança, foram detidos, despachados em ônibus para a Bolívia e proibidos de visitar o Perú pelos próximos 15 anos. Merecido !

