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MACHU PICCHU - Perú -  parte 2/2

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A Outra Face de Machu Picchu


Alguns pessoas se referiam a Choquequirao como a outra Machu Picchu, enquanto outros a descreviam como a irmã mais nova de Machu Picchu. No entanto, em termos de fama, ela estava significativamente atrás de sua irmã mais velha. Enquanto Machu Picchu era facilmente acessível e um destino turístico consolidado, Choquequirao exigia um esforço substancial por parte dos viajantes que desejavam explorar seus segredos. Situada em uma área remota da Cordilheira dos Andes, a cidadela de Choquequirao requeria tempo e determinação daqueles que desejavam visitá-la. Qualquer rota para alcançá-la envolvia pelo menos dois ou três dias de caminhada. A jornada começava com um vôo para Cusco, seguido de várias horas de carro até a cidade de Capuliyoc, que servia como ponto de partida para a maioria dos aventureiros.
 

Os desafios incluíam a adaptação à altitude, já que a região estava a mais de 3.000 metros acima do nível do mar, com temperaturas frias em certas épocas do ano. Além disso, havia o risco de mal da altitude, conhecido localmente como soroche. O terreno acidentado, atravessado por obstáculos como o Rio Apurímac e o pico nevado Padreyoc, tornava essa jornada atraente para os entusiastas do trekking, mas exigia cuidados e uma boa preparação física. Algumas pessoas locais ofereciam serviços de Guia e mulas para transportar equipamentos durante a subida, tornando a aventura mais acessível. Aqueles que enfrentavam o desafio, no entanto, garantiam que o esforço era recompensado pela experiência única.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A História e Significado de Choquequirao
 

Os arqueólogos acreditavam que o Complexo de Choquequirao fora construído por volta do ano 1450. Embora sua função exata ainda seja desconhecida, especulava-se que tinha significado religioso e possivelmente serviria como um ponto de conexão entre Machu Picchu e outros locais estratégicos dos Incas na região amazônica. A difícil acessibilidade de Choquequirao alimentava a teoria de que poderia ter sido um reduto final de resistência Inca contra os conquistadores espanhóis nas primeiras décadas do século XVI. Sua complexidade arquitetônica, proximidade com Cusco e extensão de mais de 522.000 hectares, indicavam sua importância dentro do Império Inca.
 

Hoje, o local estava dividido em doze setores e apresentava estruturas e prédios Incas bem preservados, incluindo as Moradias dos Padres, as Casas Principais e os Terraços das Lhamas. A aldeia de Marampata, situada a 3km do Parque Arqueológico, era a comunidade mais próxima, onde cerca de 40 famílias viviam do cultivo agrícola e do turismo. Ao contrário de Machu Picchu, que recebera mais de um milhão de visitantes em 2022, o turismo em torno de Choquequirao ainda era de pequena escala e administrado pelos habitantes locais. Os visitantes se impressionavam com a caminhada desafiadora, a paisagem deslumbrante e a autenticidade do local. Para os amantes do turismo de aventura e da busca por experiências únicas, Choquequirao oferecia um cenário incomparável.
 

O Governo tinha planos de facilitar o acesso a Choquequirao, incluindo a construção de um teleférico que encurtaria significativamente a jornada. No entanto, essa iniciativa gerara conflitos entre as populações locais que desejam se beneficiar do turismo. O projeto abrangeria territórios dos Departamentos de Cusco e Apurímac, levantando questões de direitos e desenvolvimento. Enquanto a construção do teleférico permanecia uma questão controversa, aqueles que apreciavam os destinos menos explorados, podiam se consolar com a idéia de que Choquequirao ainda mantinha seu charme intocado, pelo menos por enquanto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Regras para visitação a Machu Picchu 

Em 2019, foram estabelecidas novas regras de visitação em Machu Picchu. Os ingressos agora separavam os grupos em 9 horários de entradas, das 6.00 às 14.00h, com um grupo a cada hora. As visitas tinham duração máxima de quatro horas. No momento da compra do ingresso, deverá decidir pela visita da cidadela apenas ou se preferia incluir uma das montanhas − Machu Picchu ou Huayna Picchu, acessíveis por trilhas.

​A aquisição do ingresso, podia ser feita através do site oficial, a partir de seis meses antes do passeio. Se decidir pela subida às montanhas, o ingresso à cidadela deveria obrigatoriamente ocorrer no horário da manhã. Com a nova medida, os turistas também seriam obrigados a contratar um Guia turístico, e três circuitos de visitação foram definidos. Caso queira voltar ao sítio histórico, pela segunda vez na mesma viagem, não era necessária a contratação do Guia, bastando a apresentação do ingresso da primeira visita, mas ainda era necessário a compra de um novo ticket de acesso. ​Conforme uma nova regra de acesso, o visitante teria que sair do parque ao terminar o circuito, impedindo o reingresso, que antes permitia duas entradas no mesmo dia com apenas um ingresso.

Agora, como o horário de entrada era restrito, se o visitante quizesse voltar, seria preciso comprar um novo bilhete. ​Objetos como pau de selfie, tripé, mochilas muito grandes, sombrinhas, bebidas alcoólicas, carrinhos de bebê e drones passaram a ser proibidos no local. ​O turista que visitava o sítio arqueológico, era obrigado a mostrar o bilhete de entrada e documento de identidade (original). No caso de menores, que não possuam documentos de identidade, e eram acompanhados por adultos, o Organização presumirá como certos os dados de identidade fornecidos pelos adultos. A Organização se reserva o direito de revisar o bilhete antes e durante a visita.

​• No caso do turista não exibir nenhum documento de identidade, com o qual ele comprove suficientemente a propriedade do bilhete, com o qual pretende acessar o sítio arqueológico, ou não corresponda ao seu nome, isso   pode ser limitado e não poderá entrar no site, não prosseguindo sob nenhum conceito ou gerasse causa para reembolso;

• Caso o visitante não tivesse utilizado o ingresso na data indicada, não haveria reembolso, pois era válido somente para  o dia de emissão;

• O visitante era responsável por inserir corretamente seus dados pessoais, necessários no ticket de entrada sob sua responsabilidade;

• A Organização reservava-se o direito de restringir a entrada em suas instalações, a pessoas cujo estado de saúde era  muito delicado e inadequado, bem como a mulheres em gestação avançada;

• A Organização não seria responsável pela saúde ou condição física dos visitantes; ou por qualquer acidente ou  problema que pudesse ocorrer como resultado de sua visita;

• O ingresso eletrônico concedia o direito de entrar no Parque Arqueológico de Machu-Picchu, na data indicada, e a  Organização forneceria todas as facilidades do caso para fazer a alteração da data de admissão, em um dia antes  ou um dia depois, sem modificar os dados do usuário, cujo procedimento seria realizado imediatamente em todos os pontos de controle da Organização;

• Visitantes encontrados sob a influência de substâncias tóxicas, álcool, drogas ou outras substâncias;

• Armas, de fogo ou ar comprimido, munição, explosivos, substâncias inflamáveis ​​ou outros objetos que pudessem alterar a  ordem no local arqueológico;

• Arcos e flechas, instrumentos de caça e pesca, machados, facões, facas de montanha cuja lâmina de aço excedesse 07 cm. longas, pontas, pás ou outras ferramentas;

• Qualquer tipo de armadilha, para capturar espécimes da vida selvagem;

• Combustíveis, como querosene, óleo diesel e gasolina;

• Equipamento de som e outros geradores de ruído irritantes;

• Animais domésticos e espécies exóticas;

• velas ou assemelhados;

• Visitantes, que demonstrassem comportamento contra a moral ou bons costumes.

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