LISBOA - A doce e encantadora capital lusitana - Portugal - parte 1/4
As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar a capital portuguesa. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar a passagem por aqui e não perder tempo. Como havia muito a informar, este capítulo sobre a capital lusa tem mais duas páginas...
Segurança
Fora eleita em 2022 a sexta cidade mais segura do mundo, pelo Global Peace Index Report.
Para quem vinha a capital portuguesa pela primeira vez, escolhemos o que havia de melhor para visitá-la. Entretanto, cabia uma recomendação: a cidade era cheia de ladeiras, que tornavam um passeio à pé cansativo e com perda de tempo. Recomendamos contratar um Tuk Tuk que agora estava em moda na capital portuguesa. A empresa Ekotuktours oferecia oito passeios para conhecer a cidade, sob acompanhamento de um condutor especializado e que falava a língua do turista contratante. Acesse o site www.ekotuktours.com.pt e escolha um dos programas que custavam em torno de Euros 60,00 cada.
Banheiros públicos
Pesquisa feita em 2021 pelo app Booking, junto aos clientes que acessam para reservas de hotéis e informações turísticas apurara, entre outras indicações, quais as cidades cujos banheiros públicos eram considerados limpos ou sujos. A cidade de Lisboa ficara em terceiro lugar no item sanitários de uso público, os mais sujos da Europa.
Dicas para usar os elétricos
A linha mais famosa, era a do Elétrico 28, que ligava o bairro residencial de Campo de Ourique ao Martim Muniz, na Baixa lisboeta. Para evitar as enormes filas neste percurso, escolha começar pelo sentido inverso, iniciando o trajeto em frente à Basílica da Estrela. O cartão Viva Viagem, utilizado nos bilhetes do Metro e do trem urbano, também servia para os elétricos. Além de mais prática, essa forma acabava sendo mais econômica, já que a viagem saia por menos da metade do preço. A passagem de elétrico, no cartão pré-pago ficava em 1,50 Euro, e diretamente com Condutor, custava 3 euros.
Lisboa Card: Era um cartão que possibilitava acesso a vários pontos turísticos, bem como o uso do transporte público de maneira ilimitada durante sua validade. O cartão estava disponível das versões 24, 48 e 72 horas e custava €21, €35 e €44, respectivamente. Antes de adquirir, veja todas as atrações que tinham entrada garantida com o Passe e se ele realmente valeria a aquisição.
Metrô
O serviço de Metrô tinha apenas quatro linhas mas com boa conexão a diferentes regiões da cidade. Turistas costumavam utilizá-los na saída do Aeroporto para o centro e o contrário e para viagens até a Estação Oriente, que ficava no bairro Parque das Nações, onde estavam o Teleférico, o Pavilhão do Conhecimento e o Oceanário, além do Centro Comercial Vasco da Gama. O funcionamente Ra das 6.30 à 1.00h.
Segurança
Lisboa no geral é uma cidade bastante segura. No entanto, há relatos de vítimas de batedores de carteiras em alguns dos locais mais turísticos e movimentados, como o Eléctrico 28. Então, não custa nada ficar atento. Boas dicas era não colocar objetos de valor nos bolsos de fora das mochilas, por exemplo, e também não andar com o Passaporte original nos passeios pela cidade. Providencie um xerox e deixe o original em um lugar seguro no hotel.
Tours gratuitos: os passeios gratuitos (com uma contribuição não obrigatória, mas recomendada no final do tour) são uma excelente maneira de conhecer a região central ou bairros específicos de Lisboa na companhia de um guia.
As referências históricas e turísticas
Alfama e Graça - O bairro da Alfama ocupava as encostas da colina que ia da Baixa ao Castelo de São Jorge. Suas pracinhas, becos e ruelas tortuosas formavam um verdadeiro labirinto que lembrava uma Medina árabe. Muitas dessas ruas eram escadarias; outras eram tão estreitas, que não permitia passagem de veículos.
Aqueduto das Águas Livres - Construído no século XVIII, a mando do Rei Dom João V, com o dinheiro dos impostos extras, pagos pela população portuguesa, por mais de cem anos. Sua canalização tinha 19km de extensão. O aqueduto, sustentado por 35 arcos de pedra, tinha altura de 65 metros e estendia-se da nascente de Canecas a Amoreiras. Visitas apenas mediante agendamento.
Baixa - Antes de ter sido devastada pelo terremoto de 1755, a área baixa e plana entre Alfama e a nova parte elevada da cidade, era ocupada por casinhas de palafitas ao longo de um riacho. A completa destruição causada pelo sismo, fora um bom pretexto para o Marquês do Pombal transformá-la, com um moderno projeto urbanístico de ruas paralelas, com largura mínima de 12 m.
Biblioteca de São Lázaro – Rua do Saco, 1 -
Era a biblioteca municipal mais antiga de Lisboa. Inaugurada em 1883, estava instalada num prédio de arquitetura neoclássica erudita. Reabrira em 2006 depois das obras de requalificação que incluíram o restauro integral do seu ex-libris, o Salão Nobre e a sala principal de leitura, que ainda incluía o mobiliário original. Começara como uma biblioteca escolar e ainda hoje o público infantil era um dos maiores freqüentadores. Recebia também muitos estrangeiros que passam, ou moram, nesta zona multicultural da cidade. Abria de segunda a sábado das 11.00 às 19.00 fechando entre 13.00 e 14.00h para almoço.
Biblioteca Nacional Portuguesa – Campo Grande, 83 – Universidade de Lisboa -
Sua origem remontava a fevereiro de 1796, data de criação da Real Biblioteca Pública de Corte. Após séculos de instalações precárias e de um constante crescimento do espólio literário, fora inaugurada em 1969 num prédio no Campo Grande, que ainda hoje ocupava, fora projetado pelo arquiteto Porfírio Pardal Monteiro. Traduzindo uma arquitetura civil e científica, suas instalações revelaram-se modelares para a época, dispondo de depósito central composto por 10 pisos e totalmente construído em betão armado, para além de outros depósitos de menores dimensões; salas de leitura geral, especial para deficientes visuais, de periódicos, iconografia, de cartografia, de música e de micro formas; auditório para conferências e espaços para exposições; áreas adstritas aos serviços de recepção e catalogação; oficinas e laboratórios. Como obra de Estado intimamente vinculada ao modernismo oficial, contara com a participação de vários artistas plásticos, que conferiram ao conjunto uma grande uniformidade estilística. Abria de segunda a sexta das 9.30 às 19.30 e aos sábados até as 17.30h.
Cais do Sodré - Há alguns anos o bairro era considerado como umas das principais regiões de vida noturna na cidade, graças aos novos restaurantes, bares e boates.
Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa - Largo do Chafariz de Dentro, 1.
Os três andares desse pequeno museu, possibilitavam navegar pela história do fado, escutá-los, conhecer os instrumentos musicais utilizados pelos cantores, e até saber a origem e o processo de fabricação das típicas guitarras portuguesas. Se visitá-lo durante a alta estação, com sorte poderá participar de uma visita cantada, acompanhada por excelentes fadistas.
Castelo de São Jorge - Rua de Santa Cruz do Castelo -
Proporciona uma belíssima vista do mar, do Rio Tejo e do bairro de Belém, a partir dessa linda fortaleza, erguida no século X, sobre a colina mais alta da cidade. Sua muralha contava com uma torre, e seus jardins eram adornados por flores e lagos. Erguido em homenagem à devoção a São Jorge, santo padroeiro dos Cavaleiros das Cruzadas.
Catedral da Sé - Largo da Sé -
Em estilo românico e aspecto maciço como o de uma fortaleza, fora construída por ordem de Afonso Henriques, no século XII. Quando ocorrera o terremoto de 1755, que colocara abaixo tantas outras igrejas lisboetas, a Catedral perdera apenas a torre do relógio e parte do Coro. O templo era uma herança dos tempos medievais, com a parte interna em forma de cruz latina; os traços góticos em seu sóbrio interior, foram acrescentados posteriormente. Na sua pia batismal, teria sido batizado o lisboeta Santo Antônio. Nos jardins foram encontrados indícios da presença fenícia do século VIII A.C. e as ruínas de uma Mesquita moura, do século IX. Uma escada do lado direito dava acesso ao tesouro da igreja, que abrigava objetos trabalhados em metais preciosos e vestimentas religiosas ricamente decoradas.
Centro de Arte Moderna - Rua Dr. Nicolau Bettencourt -
Pertencente à Fundação Calouste Gulbenkian, e reúne as mais expressivas obras de artistas portugueses, desde 1910 aos dias atuais, como José Almada de Negreiros, Eduardo Viana, Paulo Rego e Teresa Magalhães.
Centro Champalimaud - Avenida Brasilia -
A Fundação Champalimaud,, era uma instituição privada de utilidade pública, que se dedica ao desenvolvimento e pesquisas biomédicas, principalmente nas áreas de oncologia e neurociências. Em 2010, inaugurara esse centro voltado para fomentar ainda mais as pesquisas científicas multidisciplinares. Ficava na região ribeirinha de Pedrouços, junto ao Belém, onde o Rio Tejo se encontrava com o Atlântico.
Chiado - Juntamente com o Centro, e o bairro Alto, o Chiado era um dos melhores local para ficar hospedado. Era repleto de bares, restaurantes, cafeterias, lugares históricos e belos prédios. Estava localizado entre os bairros da Baixa Pombalina e Bairro Alto, bem no coração de Lisboa. Era uma das regiões mais visitadas pelos turistas, que buscavam conhecer famosos pontos de interesse do bairro, como a ancestral Livraria Bertrand, aberta desde 1732; o centenário Café A Brasileira, que começara em 1905 como sendo uma loja de artigos diversos e em 1908, transformara-se num Café frequentado por gente famosa, dentre os quais o poeta Fernando Pessoa, que ora lhe prestava homenagem, com uma estátua de bronze junto a uma mesa em frente ao Café; o Café Martinho da Arcada, também frequentado por Fernando Pessoa, ficava na Praça do Comércio, tendo aberto suas portas em 1778, mas fora inaugurado somente em 7 de janeiro de 1782; e a Praça Luis de Camões.
Não deixe de visitar os Armazéns do Chiado, um espaço com três andares repletos de lojas para todos os gostos. Depois do centro histórico, o bairro do Chiado era o melhor lugar para se hospedar. O único ponto negativo era que por vezes, nesse bairro a hospedagem era de extremos, ou tinha muitos hostels e pensões baratas ou hotéis de luxo e muito caros.
Convento da Madre de Deus – Rua da Madre de Deus, n.º 4B -
O Convento atualmente abrigava o Museu Nacional do Azulejos. A construção inicial do século XVI, fora muito destruída com o grande terremoto de 1755, sendo o prédio atual o resultado de vários trabalhos de restauração e conservação, ao longo dos séculos. A bonita Igreja apresentava um interessante Portal Manuelino, com os brasões do Rei D. João II e de D. Leonor. O Convento, abrigava também uma bonita Capela Árabe, com um teto mudéjar de grande beleza.
Convento do Carmo - A entrada para o Convento ficava no Largo do Carmo, ao lado do Elevador de Santa Justa, e passava quase desapercebida. O conjunto que já fora a principal igreja gótica da capital, e concorria em grandeza com a própria Sé de Lisboa, virara ruínas durante o terremoto de 1755. Hoje era uma das principais testemunhas da catástrofe, ainda visíveis na cidade. As ruínas abrigavam o Museu Arqueológico do Carmo.
Elevador de Santa Justa - Com estrutura de ferro, o elevador em estilo neo gótico fora projetado por um discípulo de Gustave Eiffel, de onde se descortinava uma linda vista sobre a cidade. Com seus 45 metros de altura, ligava o bairro da Baixa ao Chiado, mais especificamente ao Largo do Carmo.
Escadinhas de Santo Estêvão - O verdadeiro zigue-zague de escadinhas entre passagens sombreadas e sobradinhos, passava pela parte dos fundos da Igreja de Santo Cristóvão. Aproveite que no alto da escadaria, que levava ao Beco do Carneiro, tinha uma vista panorâmica do porto.
Fado em Lisboa
A Tasca do Chico, com casas no Bairro Alto e na Alfama, era um dos melhores lugares para curtir uma noite de Fado vadio (improvisado). Chegue cedo, peça a sua cerveja Imperial e espere a noite começar! No Bairro Alto e na Alfama havia ainda outras casas tradicionais de fado, algumas delas com jantar, como era o Clube do Fado, Café Luso, Mesa de Frades e da Parreirinha de Alfama – todos lugares recomendados e freqüentados por lisboetas.
Feira da Ladra - Ao lado da Igreja de Santa Engrácia, no Campo de Santa Clara, a feira funcionava de terça-feira a sábado. Para chegar, pegue o Bonde 28. Nesse mercado das pulgas, encontraria brinquedos antigos, roupas antigas, velhos livros, gravuras, elepês de fado, cerâmicas, velhos azulejos e toda uma série de objetos que incluiam máquinas fotográficas antigas e cachimbos. Mesmo que não pretendesse comprar nada, era um passeio interessante que atraia turista e colecionadores. Não esqueça que regatear, era obrigatório!
Igreja de Santa Maria Maior – Sé de Lisboa –
Construída por volta de 1150, após a expulsão dos Mouros, era um dos monumentos medievais mais antigos de Lisboa. Constava ter sido erguida a mando de D. Afonso Henriques sobre uma antiga Mesquita, como símbolo da reconquista cristã. Ao passear pela Alfama, irá passar em frente à Sé, também conhecida como Igreja de Santa Maria Maior de Lisboa. Seu estilo construtivo era relativamente simples: eram duas torres, uma grande porta em madeira e, ao centro, uma colorida rosácea.
Em seu interior havia um mosaico de diversos estilos arquitetônicos, sobretudo o românico e o gótico — marcas das várias reformulações pelas quais a igreja passara ao longo dos séculos, principalmente após os terremotos de 1344 e 1755. Logo na entrada da Sé, estava o lavatório onde Santo Antônio teria sido batizado. Era onde estavam guardadas as relíquias de São Vicente, padroeiro da cidade, embora seja Santo Antônio o santo mais adorado pelos lisboetas. Para entrar na igreja, não tinha custo algum e havia um ingresso para acesso ao Coro Alto, à Varanda entre as torres sineiras e uma visita ao Museu do Tesouro da Sé. As visitas a igreja eram livres e diariamente das 9.00 às 19.00h. Para visitar o Claustro e o Museu diariamente, das 10.00 às 17.00h.
Igreja de Santo Antônio - Rua Pedras Negras. Ônibus 37, bonde 28 -
Dedicada ao santo casamenteiro, essa igreja que misturava em sua fachada elementos barrocos e neoclássicos, fora construída no século XVIII, no lugar em que ficava a casa de Santo Antônio de Lisboa (também conhecido como Santo António de Pádua, por ter vivido a maior parte de sua vida naquela cidade italiana). Ao visitá-la, talvez encontre uma ou outra jovem mais conservadora, ajoelhada, encaminhando suas preces a Santo António, na esperança de conseguir um casamento.
Igreja do Menino de Deus - Calçada do Menino de Deus, 27 -
Mandada construir por D. João V, em 1711, tinha um majestoso portal com colunas coríntias, e sua entrada era feita pela porta ao lado, tocando a campainha. O interior, de planta octogonal, servira de modelo para muitas outras construções barrocas do país. Destacava-se pela policromia dos mármores, pela talha dourada e pelas pinturas atribuídas a alguns dos maiores artistas da época no país. A igreja estivera poucas vezes aberta durante os seus três séculos de vida.
Resistira ao terremoto de 1755, como uma das casas logo ao lado, pintada de amarelo. Era um dos prédios mais antigos da cidade e um dos raros exemplos da arquitetura da época dos Descobrimentos. Um segundo exemplo, encontrava-se na virada da esquina, na Rua dos Cegos. Para visitar, localize o bonde numero 28, que fazia um percurso de 7 km entre a Praça Martim Moniz e os Prazeres (entre a Graça e a Estrela, num itinerário mais curto).Os intervalos médios entre cada um era de 15 minutos, e a viagem completa demorava entre 40 minutos e uma hora.
Jardim Amália Rodrigues - Assim nomeado em 2000, para homenagear a fadista Amália Rodrigues, se prolongava para norte do Parque Eduardo VII, numa área central e das mais altas da cidade. Era um bonito jardim, inaugurado em 1996 pelas mãos e imaginação, do artista Gonçalo Ribeiro Telles, onde havia um anfiteatro e um lago circular. Tinha o Bar Linha D`água, com uma bela esplanada e no ponto mais alto do jardim, estava o conceituado restaurante Eleven. Duas estátuas ornamentavam o jardim, a maternidade de Fernando Botero, e o segredo de Lagoa Henriques. Um segredo e um requinte de elevada qualidade era o que encontram todos quantos visitam este maravilhoso jardim.
Largo das Portas do Sol - Esse largo que ficava no lado oposto à Igreja de Santa Luzia, fora uma das portas da antiga cidadela muçulmana. Seu Belvedere, proporcionava uma linda vista da cidade e do Rio Tejo.
Lx Factory - Era um pólo de criatividades, em Alcântara, instalado embaixo da Ponte 25 de Abril, ocupando um espaço que servira nos anos de 1850 para os armazéns de uma fábrica. Em 2008, o espaço renascera como um point para os chamados descolados. O lugar reunia um pouco de tudo: restaurantes, Cafés, escritórios, ateliês e lojinhas charmosas de marcas portuguesas. Quando estiver visitando-a, procure conhecer a Ler Devagar, a livraria que figura nas listas das mais bonitas do mundo, graças a seu pé direito alto e à escultura de uma bicicleta que pendia diretamente do teto.
A decoração aproveitara o remanescente do período industrial, para criar um espaço moderno e aconchegante para os leitores. Uma das happy hours mais animadas de Lisboa acontecia ao lado, no gastrobar Rio Maravilha, instalado no espaço que servia de refeitório da fábrica. A carta de coquetéis era caprichada, mas valia experimentar um dos carros chefes da casa: a margarida framboesas e petazedas ( não confundir com petezadas, o que seria algo muito indigesto!), que agradava ao todos os paladares. Se estiver a fim de uma esticada, aqui fica a Bosq, uma das discotecas mais concorridas da cidade, além de outras instaladas nas imediações.
Monumento a São Vicente – Largo das Portas do Sol
A lenda dizia que os restos mortais de São Vicente, santo mártir espanhol supliciado no ano de 304, conseguidos por D. Afonso Henriques e sepultados na Sé de Lisboa, em 1176, foram trazidos numa barca vigiada por dois corvos, elementos que atualmente faziam parte do escudo da cidade. Em sua homenagem fora erguida uma estátua, pouco maior do que o tamanho natural, cujos primeiros estudos foram realizados por Raul Xavier, em Junho de 1949. A passagem da peça ao material definitivo, a pedra, só ocorrera entre 1965 e 1967, pelas mãos de seu filho, o arquiteto Luís Xavier, que acompanhou esta obra até ser inaugurada em 25 de Outubro de 1970, no Miradouro das Portas do Sol.
Monumento aos Descobrimentos - Localizado no bairro de Belém, de onde partiram as primeiras Caravelas com destino a África, no século XV, o monumento comemorava os Descobrimentos portugueses. Erguido em 1940, para a Exposição do Mundo Português, tinha o formato de uma Caravela estilizada, com o escudo de Portugal nos lados e a espada da Casa Real de Avis, sobre a entrada. A figura de Dom Henrique, o Navegador, erguia-se à proa, com uma Caravela nas mãos. Em duas filas descendentes de cada lado do monumento, estavam as estátuas de heróis portugueses ligados aos Descobrimentos. Também estavam integrados à obra, o poeta Camões, com os Lusíadas e o pintor Nuno Gonçalves, com uma paleta, além de cartógrafos, navegadores e reis.
Mosteiro de São Vicente de Fora - Largo de São Vicente -
A igreja atual fora erguida a partir de 1582, por iniciativa de Dom Afonso Henriques e concluida em 1627. O antigo refeitório dos monges, fora transformado pelo Rei Dom João IV, em Panteão dos Bragança. Quase todos os reis dessa dinastia, estavam sepultados nessa igreja, com exceção de Maria I e Dom Pedro I (para os portugueses, Dom Pedro IV), sepultado em São Paulo. Dois belos paínéis de azulejo do século XVIII, chamavam a atenção do visitante: os do claustro, inspirados nas fábulas de La Fontaine, e o grande painel da Portaria.
Mosteiro dos Jerônimos - Praça do Império -
Ficava perto do local onde o Infante D. Henrique, em meados do séc. XV, mandara construir uma igreja sobre a invocação de Santa Maria de Belém, o Rei D. Manuel I mandara construir esse grande Mosteiro. Para perpetuar a memória do Infante, por sua grande devoção a Nossa Senhora e crença em São Jerônimo. Fora quando D. Manuel I decidira fundar em 1496, o Mosteiro de Sta. Maria de Belém, perto da cidade de Lisboa, junto ao Rio Tejo. Doado aos Monges da Ordem de São Jerônimo, era hoje conhecido por Mosteiro dos Jerônimos, era uma referencia cultural que não escapara nem aos artistas, cronistas ou viajantes, durante os seus cinco séculos de existência. Fora acolhimento e sepultura de reis, mais tarde também de poetas. Hoje era admirado não apenas como uma notável peça de arquitetura, mas também como parte integrante da cultura portuguesa. Fora declarado Monumento Nacional em 1907 e, em 1983 a UNESCO classificou-o como Patrimônio Cultural da Humanidade. Funcionava de terça a domingo das 10 às 17.30 para visitas.
Museu Calouste Gulbenkian - Avenida de Berna, 45 -
Era um dos mais importantes museus de arte europeus, era para Lisboa o que o Louvre era para Paris. Instalado em um prédio moderno, em torno de dois jardins interiores, com teatro, museu em prédio com amplas janelas de vidro. A iluminação adequada valorizava a exposição, cujo acervo era composto por cerca de 6.000 peças que pertenceram ao milionário colecionador armênio Calouste Gulbekian (1869-1955). As coleções estavam distribuídas em dois circuitos, um voltado para a arte oriental e greco-romana e outro para as artes plásticas européias, do século XI até meados do século XX. No primeiro circuito, se poderia ver cerâmicas, porcelanas, tapeçarias, altos-relevos egípcios e esculturas do período clássico greco-romano. A seção dedicada à arte européia, iniciava com peças medievais, objetos, esculturas, iluminuras, pinturas e tapeçarias, e se estendia até obras de artistas renascentistas e de períodos mais recentes, como Degas, Monet, Renoir e Lalique.
Museu da Cidade - Rua do Campo Grande, 245 -
Funcionava no Palácio Pimenta, um casarão construído em meados do século XVIII, que era uma atração, uma vez que alguns de seus cômodos conservavam a decoração de época, com paredes cobertas de azulejos. Painéis de azulejos e pinturas mostravam a evolução da cidade, começando com a ocupação da região, nos tempos paleolíticos e chegando até o começo do século XX. A exposição cronológica possibilitava entender os períodos visigodo, romano, mouro e cristão da história lisboeta. A maquete da cidade, mostrava como era Lisboa antes do terremoto de 1755, e pinturas demonstravam a violência da catástrofe.
Museu Coleção Berardo – Praça do Império
Integrado ao Museu de Arte Contemporânea, o visitante poderia desfrutar do melhor da arte moderna e contemporânea. Tanto na mostra permanente da Coleção Berardo, como no leque de exposições temporárias, era possível encontrar obras de artistas dos diversos contextos culturais e das variadas expressões que construíram a história da arte do último século. Contava com um diversificado programa de atividades para todas as idades (por exemplo, percursos pelas exposições e visitas-atelier em família) que, de uma forma original e pedagógica, davam a conhecer os grandes nomes da arte nacional e internacional, como Marcel Duchamp, Pablo Picasso, Salvador Dalí, Andy Warhol, Francis Bacon, Maria Helena Vieira da Silva e Helena Almeida. Abria diariamente das 10.00 às 19.00h.
Museu da Música - Rua João Freitas Branco -
Seu acervo era composto por cerca de 1.400 instrumentos, fabricados nos séculos XVI ao XX: flautas, cravos, pianos, guitarras portuguesas, violoncelos etc. Havia principalmente, instrumentos musicais europeus, mas existia também peças oriundas da Ásia e África. Fundado em julho de 1994, funcionava no átrio da estação de Metrô Alto dos Moinhos.
Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia – MAAT - Avenida Brasilia -
Inaugurado em 2016, o MAAT ficava no local da antiga Central Elétrico Tejo, no bairro de Belém e era considerado referência na cidade, não somente pela belíssima arquitetura criada pela inglesa Amanda Levete, quanto por seu conteúdo modernista e pela integração da cidade com sua orla marítima. Lembrava muito o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, por sua arquitetura moderníssima e por estar junto ao rio.
Museu de Arte Contemporânea - MAC / CCB - Rua Serpa Pinto, 4 -
Abrira as portas em 27 de outubro de 2023 recebendo em depósito obras da Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE), a Coleção Teixeira de Freitas, a Coleção Ellipse e a Coleção Berardo. Nomes como Pablo Picasso, Salvador Dalí, Marcel Duchamp, Piet Mondrian, Joan Miró, Max Ernst, Francis Bacon, Andy Warhol, Louise Bourgeois, Paula Rego, Maria Helena Vieira da Silva, Donald Judd, Bruce Nauman e Cindy Sherman, entre muitos outros, eram apresentados no quadro dos movimentos que as suas obras permitiram definir, possibilitando uma viagem no tempo e um conhecimento aprofundado de cada contexto. O novo MAC/CCB, que incluía o Centro de Arquitetura/Garagem Sul, afirmava a missão do Centro Cultural de Belém, potenciando o diálogo entre as artes visuais, a arquitetura e as artes performativas, com a apresentação de exposições temporárias de artistas contemporâneos. Abria de terça a domingo das 10.00 às 18.30h. No período de Natal abrirá dia 24 das 10.00 às 14.00h. Dia 31 de dezembro das 10.00 às 14.30h e dia 1º de janeiro das 12.00 às 18.30h
Museu de Artes Decorativas Portuguesas - Rua São Tomé,90 -
Em 1947 o Palácio da Azurara, espaço que albergava atualmente o museu, fora adquirido pelo banqueiro e colecionador Ricardo Ribeiro do Espírito Santo Silva. O nome do palácio advinha de outrora ter pertencido ao Visconde de Azurara, no término do século XVIII. Após a aquisição, o prédio histórico do século XVII, fora restaurado pelo arquiteto Raul Lino, com o intuito de se tornar uma casa senhorial do século XVIII. Estavam reunidas as condições para o colecionador poder expor as peças decorativas do seu acervo pessoal. No ano de 1953, Ricardo Espírito Santo tomara a decisão de doar o espólio da sua coleção ao Estado português e criara a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva. A coleção singular exposta neste espaço era fruto da paixão de um homem. Este, abraçara a missão de recolher peças do patrimônio artístico nacional, em Portugal e além fronteiras, sobretudo através de leilões de arte. Neste acervo era possível contemplar requintadas peças das áreas do têxtil, mobiliário, faiança, azulejo, ourivesaria, pintura e porcelana, datadas do período entre os séculos XV e XVIII.
Museu de Arte Popular – Avenida Brasilia -
Inaugurado em 1948, nascera da reformulação do antigo pavilhão da Secção da Vida Popular criado para a Exposição do Mundo Português, de 1940, com projeto da autoria dos arquitetos António Reis Camelo e João Simões. No processo de criação do Museu de Arte Popular, o projeto contara igualmente com a colaboração de uma extensa equipe de decoradores-pintores. Neste contexto, apresentava um significativo conjunto de composições murais, caracterizando as diversas regiões do país. O seu acervo surgira na seqüência de várias exposições que contribuíram para a organização de coleções, completadas mais tarde por aquisições e doações. Abrigava objetos de cerâmica, ourivesaria popular, instrumentos musicais, cestaria, têxteis, trajes e bordados, alfaias agrícolas, miniaturas de barcos e carros de tração animal.
Em 2000, a exposição permanente do museu fora encerrada, para profundas obras de requalificação do prédio e, em 2006, após o anúncio de extinção do Museu de Arte Popular, o seu espólio fora transferido para o Museu Nacional de Etnologia. A ligação entre estas duas instituições era um projeto que já tinha sido equacionado nas últimas quatro décadas, mas que somente em 2016 se concretizara com a atividade do Museu de Arte Popular, circunscrita a exposições temporárias, vinculada à missão e programa do Museu Nacional de Etnologia. Abria de quarta a sexta das 10.00 às 18.00h e aos sábados e domingos das 10.00 às 13.00h e das 14.00 às 18.00h. O ingresso custava 5 Euros.
Museu do Chiado - Rua Serpa Pinto, 4 -
Instalado num antigo Convento, no bairro que lhe emprestava o nome, seu acervo reunia obras de artistas portugueses da segunda metade do século XIX à atualidade. A concepção moderna das obras expostas tornava ainda mais agradável a visita. No alto, havia um terraço onde funcionava uma Cafeteria. Era também conhecido como Museu Nacional de Arte Comtemporâena.
Museu do Fado - Largo do Chafariz de Dentro, 1 - Alfama
Desde sua abertura em 1998 era para este museu, que eram enviados objetos, documentos e espólios de intérpretes, autores, compositores, músicos, construtores de instrumentos e mais uma série de personalidades que testemunharam e ajudaram a construir a história do Fado. O espaço era bastante interativo, permitindo ao visitante ouvir gravações e consultar imagens e biografias.
Museu do Teatro Romano - Rua de São Mamede, 3 -
Estava instalado em um imóvel do século XVII, inaugurado em 2001, objetivava resgatar a história do teatro romano, nos tempos em que a cidade ainda se chamava Olisipo.
Museu e Igreja São Roque - Largo Trindade Coelho
A fachada externa da Igreja de São Roque já era admirável. Mas era o interior que deixava os visitantes maravilhados: construída no século XVI, a igreja era um dos primeiros templos jesuítas e tinha uma das capelas mais valiosas de todo o mundo, a Capela São João Batista, erguida em Roma e levada a Lisboa em três embarcações, em 1747. Junto à igreja havia o Museu de São Roque de arte sacra, com um vasto acervo de pinturas, esculturas e tapeçaria.
Museu Nacional dos Coches - Av. da Índia, 136 -
Abrigava a maior coleção de carruagens do mundo, sendo um dos mais visitados da cidade. O arquiteto do novo prédio que abrigava o Museu, fora o brasileiro Paulo Mendes da Rocha, um dos últimos integrantes da escola modernista da Escola Paulista e o único brasileiro a ostentar o Prêmio Pritzker, o mais importante do mundo. Inaugurado em 2015, situava-se na região de Belém e era de fácil acesso.
Museu Militar - Largo do Museu de Artilharia -
Ficava no local funcionava uma oficina de fundição de canhões do Arsenal Real. Faziam parte dos acervos, uniformes, armas e painéis sobre a Rota das Índias. O pátio era decorado com painéis de azulejo, que contavam a história de Portugal. O Museu começara a ser organizado em 1842, e contava hoje com 34 salas de exposições. Apresentava a evolução do armamento, numa perspectiva cronológica que reunia pinturas e azulejarias que retratavam as conquistas portuguesas no além-mar. Abria de terça-feira a domingo das 10.00 às 17.00h. Para visitar use um dos ônibus 4, 9, 39 e 90.
Museu Nacional de Arte Antiga - Rua das Janelas Verdes, 1249 -
Era um dos principais museus de arte portugueses. Instalado num palácio do século XVII, o Museu ganhara um anexo moderno. Suas principais seções eram de pintura e artes decorativas européias; mobiliário português; ourivesaria portuguesa, indu-portuguesa; belas peças de faiança portuguesa e islâmica; porcelanas chinesas; e peças de arte luso-asiáticas. O museu possuia um ótimo restaurante e um belo jardim com esplanada sobre o rio.
Museu Nacional do Azulejo - Rua Madre de Deus, 4 -
Sua missão era recolher, conservar, estudar e divulgar exemplares representativos da evolução da Cerâmica e do Azulejo, em Portugal, a salvaguarda patrimonial da Igreja e dos demais espaços do antigo Mosteiro da Madre de Deus. Era uma visita imperdível para aqueles que se encantavam com os azulejos portugueses. Instalado em um antigo Convento, do começo do século XVI, quase todo reconstruído, mas que conserva ainda seu claustro e um belo portal manuelino original. Nas reformas realizadas posteriormente, o imóvel ganhara detalhes barrocos e renascentistas. Repare no magnífico painel do século XIIII no Claustro: veja como era Lisboa antes do terremoto de 1775.
O Museu representava a importância desta arte na cultura, arte e arquitetura portuguesa, que desde cedo reconhecera a utilidade e beleza estética deste material, aperfeiçoando a sua técnica de conhecimentos ancestrais. Fundado em 1980, abrigava alguns dos mais significativos exemplares da azulejaria nacional, desde o século XV, até aos nossos dias. Horário de visitas: de Terça-feira a Domingo das 10.00 as 18.00h. Para chegar, vá de ônibus, utilizando as linhas 718, 742 e 794 que paravam bem na frente do museu ou as linhas 728 e 759, que paravam na Avenida Infante D. Henrique, a apenas 5 minutos do Museu.
Museu Quake – Rua Cais da Alfândega Velha, 39 – Belém - junto ao Museu Nacional dos Coches –
O terremoto de 1755 que destruira Lisboa quase por completo, agora tinha uma referência física para mostrar o acontecido. No Dia de Todos os Santos, 1º de novembro de 1755, Lisboa sentira um dos terremotos mais devastadores de todos os tempos, seguido por um tsunami e vários incêndios. Como se tratava de uma experiência imersiva, no Quake sentirá alguns cheiros específicos, vento, calor e frio, sempre de acordo com o cenário que tornará esta uma experiência verdadeiramente realista. Além de contar a história sobre o acontecimento de 1755, o Quake pretendia também ensinar todos sobre sismos e quais as medidas de precaução a serem adotadas na eventualidade de alguém passar por uma situação semelhante. A visita durava em torno de uma hora e meia, com passagem por vários cenários daquela época, no século XVIII. Abria diariamente das 10.00 às 18.00h.