LISBOA - A doce e encantadora capital lusitana - Portugal - parte 1/3
As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar a capital portuguesa. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar a passagem por aqui e não perder tempo. Como há muito a informar, este capítulo sobre a capital lusa tem mais duas páginas...
Segurança
Fora eleita em 2022 a sexta cidade mais segura do mundo, pelo Global Peace Index Report.
Para quem vinha a capital portuguesa pela primeira vez, escolhemos o que havia de melhor para visitá-la. Entretanto, cabia uma recomendação: a cidade era cheia de ladeiras, que tornavam um passeio à pé cansativo e com perda de tempo. Recomendamos contratar um Tuk Tuk que agora estava em moda na capital portuguesa. A empresa Ekotuktours oferecia oito passeios para conhecer a cidade, sob acompanhamento de um condutor especializado e que falava a língua do turista contratante. Acesse o site www.ekotuktours.com.pt e escolha um dos programas que custavam em torno de Euros 60,00 cada.
Banheiros públicos
Pesquisa feita em 2021 pelo app Booking, junto aos clientes que acessam para reservas de hotéis e informações turísticas apurara, entre outras indicações, quais as cidades cujos banheiros públicos eram considerados limpos ou sujos. A cidade de Lisboa ficara em terceiro lugar no item sanitários de uso público mais sujos da Europa.
Dicas para usar os elétricos
A linha mais famosa, era a do Elétrico 28, que ligava o bairro residencial de Campo de Ourique ao Martim Muniz, na Baixa lisboeta. Para evitar as enormes filas neste percurso, escolha começar pelo sentido inverso, iniciando o trajeto em frente à Basílica da Estrela. O cartão Viva Viagem, utilizado nos bilhetes do Metro e do trem urbano, também servia para os elétricos. Além de mais prática, essa forma acabava sendo mais econômica, já que a viagem saia por menos da metade do preço. A passagem de elétrico, no cartão pré-pago ficava em 1,50 Euro, e diretamente com Condutor, custava 3 euros.
As atrações turísticas
Alfama e Graça - O bairro da Alfama ocupava as encostas da colina que ia da Baixa ao Castelo de São Jorge. Suas pracinhas, becos e ruelas tortuosas formavam um verdadeiro labirinto que lembrava uma Medina árabe. Muitas dessas ruas eram escadarias; outras eram tão estreitas, que não permitia passagem de veículos.
Aqueduto das Águas Livres - Construído no século XVIII, a mando do Rei Dom João V, com o dinheiro dos impostos extras, pagos pela população portuguesa, por mais de cem anos. Sua canalização tinha 19km de extensão. O aqueduto, sustentado por 35 arcos de pedra, tinha altura de 65 metros e estendia-se da nascente de Canecas a Amoreiras. Visitas apenas mediante agendamento.
Baixa - Antes de ter sido devastada pelo terremoto de 1755, a área baixa e plana entre Alfama e a nova parte elevada da cidade, era ocupada por casinhas de palafitas ao longo de um riacho. A completa destruição causada pelo sismo, fora um bom pretexto para o Marquês do Pombal transformá-la, com um moderno projeto urbanístico de ruas paralelas, com largura mínima de 12 m.
Cais do Sodré - Há alguns anos o bairro era considerado como umas das principais regiões de vida noturna na cidade, graças aos novos restaurantes, bares e boates.
Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa - Largo do Chafariz de Dentro, 1.
Os três andares desse pequeno museu, possibilitavam navegar pela história do fado, escutá-los, conhecer os instrumentos musicais utilizados pelos cantores, e até saber a origem e o processo de fabricação das típicas guitarras portuguesas. Se visitá-lo durante a alta estação, com sorte poderá participar de uma visita cantada, acompanhada por excelentes fadistas.
Castelo de São Jorge - Rua de Santa Cruz do Castelo -
Proporciona uma belíssima vista do mar, do Rio Tejo e do bairro de Belém, a partir dessa linda fortaleza, erguida no século X, sobre a colina mais alta da cidade. Sua muralha contava com uma torre, e seus jardins eram adornados por flores e lagos. Erguido em homenagem à devoção a São Jorge, santo padroeiro dos Cavaleiros das Cruzadas.
Catedral da Sé - Largo da Sé -
Em estilo românico e aspecto maciço como o de uma fortaleza, fora construída por ordem de Afonso Henriques, no século XII. Quando ocorrera o terremoto de 1755, que colocara abaixo tantas outras igrejas lisboetas, a Catedral perdera apenas a torre do relógio e parte do Coro. O templo era uma herança dos tempos medievais, com a parte interna em forma de cruz latina; os traços góticos em seu sóbrio interior, foram acrescentados posteriormente. Na sua pia batismal, teria sido batizado o lisboeta Santo António. Nos jardins foram encontrados indícios da presença fenícia do século VIII A.C. e as ruínas de uma Mesquita moura, do século IX. Uma escada do lado direito dava acesso ao tesouro da igreja, que abrigava objetos trabalhados em metais preciosos e vestimentas religiosas ricamente decoradas.
Centro de Arte Moderna - Rua Dr. Nicolau Bettencourt -
Pertencente à Fundação Calouste Gulbenkian, e reúne as mais expressivas obras de artistas portugueses, desde 1910 aos dias atuais, como José Almada de Negreiros, Eduardo Viana, Paulo Rego e Teresa Magalhães.
Centro Champalimaud - Avenida Brasilia -
A Fundação Champalimaud,, era uma instituição privada de utilidade pública, que se dedica ao desenvolvimento e pesquisas biomédicas, principalmente nas áreas de oncologia e neurociências. Em 2010, inaugurara esse centro voltado para fomentar ainda mais as pesquisas científicas multidisciplinares. Ficava na região ribeirinha de Pedrouços, junto ao Belém, onde o Rio Tejo se encontrava com o Atlântico.
Chiado - Juntamente com o Centro, e o bairro Alto, o Chiado era um dos melhores local para ficar hospedado. Era repleto de bares, restaurantes, cafeterias, lugares históricos e belos prédios. Estava localizado entre os bairros da Baixa Pombalina e Bairro Alto, bem no coração de Lisboa. Era uma das regiões mais visitadas pelos turistas, que buscavam conhecer famosos pontos de interesse do bairro, como a ancestral Livraria Bertrand, aberta desde 1732; o centenário Café A Brasileira, que começara em 1905 como sendo uma loja de artigos diversos e em 1908, transformara-se num Café frequentado por gente famosa, dentre os quais o poeta Fernando Pessoa, que ora lhe prestava homenagem, com uma estátua de bronze junto a uma mesa em frente ao Café; o Café Martinho da Arcada, também frequentado por Fernando Pessoa, ficava na Praça do Comércio, tendo aberto suas portas em 1778, mas fora inaugurado somente em 7 de janeiro de 1782; e a Praça Luis de Camões. Não deixe de visitar os Armazéns do Chiado, um espaço com três andares repletos de lojas para todos os gostos. Depois do centro histórico, o bairro do Chiado era o melhor lugar para se hospedar. O único ponto negativo era que por vezes, nesse bairro a hospedagem era de extremos, ou tinha muitos hostels e pensões baratas ou hotéis de luxo e muito caros.
Convento da Madre de Deus – Rua da Madre de Deus, n.º 4B -
O Convento atualmente abrigava o Museu Nacional do Azulejos. A construção inicial do século XVI, fora muito destruída com o grande terremoto de 1755, sendo o prédio atual o resultado de vários trabalhos de restauração e conservação, ao longo dos séculos. A bonita Igreja apresentava um interessante Portal Manuelino, com os brasões do Rei D. João II e de D. Leonor. O Convento, abrigava também uma bonita Capela Árabe, com um teto mudéjar de grande beleza.
Convento do Carmo - A entrada para o Convento ficava no Largo do Carmo, ao lado do Elevador de Santa Justa, e passava quase desapercebida. O conjunto que já fora a principal igreja gótica da capital, e concorria em grandeza com a própria Sé de Lisboa, virara ruínas durante o terremoto de 1755. Hoje era uma das principais testemunhas da catástrofe, ainda visíveis na cidade. As ruínas abrigavam o Museu Arqueológico do Carmo.
Elevador de Santa Justa - Com estrutura de ferro, o elevador em estilo neo gótico fora projetado por um discípulo de Gustave Eiffel, de onde se descortinava uma linda vista sobre a cidade. Com seus 45 metros de altura, ligava o bairro da Baixa ao Chiado, mais especificamente ao Largo do Carmo.
Escadinhas de Santo Estêvão - O verdadeiro zigue-zague de escadinhas entre passagens sombreadas e sobradinhos, passava pela parte dos fundos da Igreja de Santo Cristóvão. Aproveite que no alto da escadaria, que levava ao Beco do Carneiro, tinha uma vista panorâmica do porto.
Feira da Ladra - Ao lado da Igreja de Santa Engrácia, no Campo de Santa Clara, a feira funcionava de terça-feira a sábado. Para chegar, pegue o Bonde 28. Nesse mercado das pulgas, encontraria brinquedos antigos, roupas antigas, velhos livros, gravuras, elepês de fado, cerâmicas, velhos azulejos e toda uma série de objetos que incluiam máquinas fotográficas antigas e cachimbos. Mesmo que não pretendesse comprar nada, era um passeio interessante que atraia turista e colecionadores. Não esqueça que regatear, era obrigatório!
Igreja de Santo Antônio - Rua Pedras Negras. Ônibus 37, bonde 28 -
Dedicada ao santo casamenteiro, essa igreja que misturava em sua fachada elementos barrocos e neoclássicos, fora construída no século XVIII, no lugar em que ficava a casa de Santo Antônio de Lisboa (também conhecido como Santo António de Pádua, por ter vivido a maior parte de sua vida naquela cidade italiana). Ao visitá-la, talvez encontre uma ou outra jovem mais conservadora, ajoelhada, encaminhando suas preces a Santo António, na esperança de conseguir um casamento.
Igreja do Menino de Deus - Calçada do Menino de Deus, 27 -
Mandada construir por D. João V, em 1711, tinha um majestoso portal com colunas coríntias, e sua entrada era feita pela porta ao lado, tocando a campainha. O interior, de planta octogonal, servira de modelo para muitas outras construções barrocas do país. Destacava-se pela policromia dos mármores, pela talha dourada e pelas pinturas atribuídas a alguns dos maiores artistas da época no país. A igreja estivera poucas vezes aberta durante os seus três séculos de vida. Resistira ao terremoto de 1755, como uma das casas logo ao lado, pintada de amarelo. Era um dos prédios mais antigos da cidade e um dos raros exemplos da arquitetura da época dos Descobrimentos. Um segundo exemplo, encontrava-se na virada da esquina, na Rua dos Cegos. Para visitar, localize o bonde numero 28, que fazia um percurso de 7 km entre a Praça Martim Moniz e os Prazeres (entre a Graça e a Estrela, num itinerário mais curto).Os intervalos médios entre cada um era de 15 minutos, e a viagem completa demorava entre 40 minutos e uma hora.
Jardim Amália Rodrigues - Assim nomeado em 2000, para homenagear a fadista Amália Rodrigues, se prolongava para norte do Parque Eduardo VII, numa área central e das mais altas da cidade. Era um bonito jardim, inaugurado em 1996 pelas mãos, e imaginação do artista Gonçalo Ribeiro Telles, onde havia um anfiteatro e um lago circular. Tinha o Bar Linha D`água, com uma bela esplanada e no ponto mais alto do jardim, estava o conceituado restaurante Eleven. Duas estátuas ornamentavam o jardim, a maternidade de Fernando Botero, e o segredo de Lagoa Henriques. Um segredo e um requinte de elevada qualidade era o que encontram todos quantos visitam este maravilhoso jardim.
Largo das Portas do Sol - Esse largo que ficava no lado oposto à Igreja de Santa Luzia, fora uma das portas da antiga cidadela muçulmana. Seu Belvedere, proporcionava uma linda vista da cidade e do Rio Tejo.
Lx Factory - Era um polo de criatividades, em Alcântara, instalado embaixo da Ponte 25 de Abril, ocupando um espaço que servira nos anos de 1850 para os armazéns de uma fábrica. Em 2008, o espaço renascera como um point para os chamados descolados. O lugar reunia um pouco de tudo: restaurantes, Cafés, escritórios, ateliês e lojinhas charmosas de marcas portuguesas. Quando estiver visitando-a, procure conhecer a Ler Devagar, a livraria que figura nas listas das mais bonitas do mundo, graças a seu pé direito alto e à escultura de uma bicicleta que pendia diretamente do teto. A decoração aproveitara o remanescente do período industrial, para criar um espaço moderno e aconchegante para os leitores. Uma das happy hours mais animadas de Lisboa acontecia ao lado, no gastrobar Rio Maravilha, instalado no espaço que servia de refeitório da fábrica. A carta de coquetéis era caprichada, mas valia experimentar um dos carros chefes da casa: a margarida framboesas e petazedas ( não confundir com petezadas, o que seria algo muito indigesto!), que agradava ao todos os paladares. Se estiver a fim de uma esticada, aqui fica a Bosq, uma das discotecas mais concorridas da cidade, além de outras instaladas nas imediações.
Monumento aos Descobrimentos - Localizado no bairro de Belém, de onde partiram as primeiras Caravelas com destino a África, no século XV, o monumento comemorava os Descobrimentos portugueses. Erguido em 1940, para a Exposição do Mundo Português, tinha o formato de uma Caravela estilizada, com o escudo de Portugal nos lados e a espada da Casa Real de Avis, sobre a entrada. A figura de Dom Henrique, o Navegador, erguia-se à proa, com uma Caravela nas mãos. Em duas filas descendentes de cada lado do monumento, estavam as estátuas de heróis portugueses ligados aos Descobrimentos. Também estavam integrados à obra, o poeta Camões, com os Lusíadas e o pintor Nuno Gonçalves, com uma paleta, além de cartógrafos, navegadores e reis.
Mosteiro de São Vicente de Fora - Largo de São Vicente -
A igreja atual fora erguida a partir de 1582, por iniciativa de Dom Afonso Henriques e concluida em 1627. O antigo refeitório dos monges, fora transformado pelo Rei Dom João IV, em Panteão dos Bragança. Quase todos os reis dessa dinastia, estavam sepultados nessa igreja, com exceção de Maria I e Dom Pedro I (para os portugueses, Dom Pedro IV), sepultado em São Paulo. Dois belos paínéis de azulejo do século XVIII, chamavam a atenção do visitante: os do claustro, inspirados nas fábulas de La Fontaine, e o grande painel da Portaria.
Mosteiro dos Jerônimos - Praça do Império -
Ficava perto do local onde o Infante D. Henrique, em meados do séc. XV, mandara construir uma igreja sobre a invocação de Santa Maria de Belém, o Rei D. Manuel I mandara construir esse grande Mosteiro. Para perpetuar a memória do Infante, por sua grande devoção a Nossa Senhora e crença em São Jerônimo. Fora quando D. Manuel I decidira fundar em 1496, o Mosteiro de Sta. Maria de Belém, perto da cidade de Lisboa, junto ao Rio Tejo. Doado aos Monges da Ordem de São Jerônimo, era hoje conhecido por Mosteiro dos Jerônimos, era uma referencia cultural que não escapara nem aos artistas, cronistas ou viajantes, durante os seus cinco séculos de existência. Fora acolhimento e sepultura de reis, mais tarde também de poetas. Hoje era admirado não apenas como uma notável peça de arquitetura, mas também como parte integrante da cultura portuguesa. Fora declarado Monumento Nacional em 1907 e, em 1983 a UNESCO classificou-o como Patrimônio Cultural da Humanidade. Funcionava de terça a domingo das 10 às 17.30 para visitas.
Museu do Teatro Romano - Rua de São Mamede, 3 -
Estava instalado em um imóvel do século XVII, inaugurado em 2001, objetivava resgatar a história do teatro romano, nos tempos em que a cidade ainda se chamava Olisipo.
Museu Calouste Gulbenkian - Avenida de Berna, 45 -
Era um dos mais importantes museus de arte europeus, era para Lisboa o que o Louvre era para Paris. Instalado em um prédio moderno, em torno de dois jardins interiores, com teatro, museu em prédio com amplas janelas de vidro. A iluminação adequada valorizava a exposição, cujo acervo era composto por cerca de 6.000 peças que pertenceram ao milionário colecionador armênio Calouste Gulbekian (1869-1955). As coleções estavam distribuídas em dois circuitos, um voltado para a arte oriental e greco-romana e outro para as artes plásticas européias, do século XI até meados do século XX. No primeiro circuito, se poderia ver cerâmicas, porcelanas, tapeçarias, altos-relevos egípcios e esculturas do período clássico greco-romano. A seção dedicada à arte européia, iniciava com peças medievais, objetos, esculturas, iluminuras, pinturas e tapeçarias, e se estendia até obras de artistas renascentistas e de períodos mais recentes, como Monet, Renoir e Lalique.
Museu da Cidade - Rua do Campo Grande, 245 -
Funcionava no Palácio Pimenta, um casarão construído em meados do século XVIII, que era uma atração, uma vez que alguns de seus cômodos conservavam a decoração de época, com paredes cobertas de azulejos. Painéis de azulejos e pinturas mostravam a evolução da cidade, começando com a ocupação da região, nos tempos paleolíticos e chegando até o começo do século XX. A exposição cronológica possibilitava entender os períodos visigodo, romano, mouro e cristão da história lisboeta. A maquete da cidade, mostrava como era Lisboa antes do terremoto de 1755, e pinturas demonstravam a violência da catástrofe.
Museu da Música - Rua João Freitas Branco -
Seu acervo era composto por cerca de 1.400 instrumentos, fabricados nos séculos XVI ao XX: flautas, cravos, pianos, guitarras portuguesas, violoncelos etc. Havia principalmente, instrumentos musicais europeus, mas existia também peças oriundas da Ásia e África. Fundado em julho de 1994, funcionava no átrio da estação de Metrô Alto dos Moinhos.
Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia – MAAT - Avenida Brasilia -
Inaugurado em 2016, o MAAT ficava no local da antiga Central Elétrico Tejo, no bairro de Belém e era considerado referência na cidade, não somente pela belíssima arquitetura criada pela inglesa Amanda Levete, quanto por seu conteúdo modernista e pela integração da cidade com sua orla marítima. Lembrava muito o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, por sua arquitetura moderníssima e por estar junto ao rio.
Museu de Artes Decorativas Portuguesas - Rua São Tomé,90 -
Em 1947 o Palácio da Azurara, espaço que albergava atualmente o museu, fora adquirido pelo banqueiro e colecionador Ricardo Ribeiro do Espírito Santo Silva. O nome do palácio advinha de outrora ter pertencido ao Visconde de Azurara, no término do século XVIII. Após a aquisição, o prédio histórico do século XVII, fora restaurado pelo arquiteto Raul Lino, com o intuito de se tornar uma casa senhorial do século XVIII. Estavam reunidas as condições para o colecionador poder expor as peças decorativas do seu acervo pessoal. No ano de 1953, Ricardo Espírito Santo tomara a decisão de doar o espólio da sua coleção ao Estado português e criara a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva. A coleção singular exposta neste espaço era fruto da paixão de um homem. Este, abraçara a missão de recolher peças do patrimônio artístico nacional, em Portugal e além fronteiras, sobretudo através de leilões de arte. Neste acervo era possível contemplar requintadas peças das áreas do têxtil, mobiliário, faiança, azulejo, ourivesaria, pintura e porcelana, datadas do período entre os séculos XV e XVIII.
Museu do Chiado - Rua Serpa Pinto, 4 -
Instalado num antigo Convento, no bairro que lhe emprestava o nome, seu acervo reunia obras de artistas portugueses da segunda metade do século XIX à atualidade. A concepção moderna das obras expostas tornava ainda mais agradável a visita. No alto, havia um terraço onde funcionava uma Cafeteria. Era também conhecido como Museu Nacional de Arte Comtemporâena.
Museu dos Coches - Av. da Índia, 136 -
Abrigava a maior coleção de carruagens do mundo, sendo um dos mais visitados da cidade. O arquiteto do novo prédio que abrigava o Museu, fora o brasileiro Paulo Mendes da Rocha, um dos últimos integrantes da escola modernista da Escola Paulista e o único brasileiro a ostentar o Prêmio Pritzker, o mais importante do mundo. Inaugurado em 2015, situava-se na região de Belém e era de fácil acesso.
Museu Militar - Largo do Museu de Artilharia -
Ficava no local funcionava uma oficina de fundição de canhões do Arsenal Real. Faziam parte dos acervos, uniformes, armas e painéis sobre a Rota das Índias. O pátio era decorado com painéis de azulejo, que contavam a história de Portugal. O Museu começara a ser organizado em 1842, e contava hoje com 34 salas de exposições. Apresentava a evolução do armamento, numa perspectiva cronológica que reunia pinturas e azulejarias que retratavam as conquistas portuguesas no além-mar. Abria de terça-feira a domingo das 10.00 às 17.00h. Para visitar use um dos ônibus 4, 9, 39 e 90.
Museu Nacional de Arte Antiga - Rua das Janelas Verdes, 1249 -
Era um dos principais museus de arte portugueses. Instalado num palácio do século XVII, o Museu ganhara um anexo moderno. Suas principais seções eram de pintura e artes decorativas européias; mobiliário português; ourivesaria portuguesa, indu-portuguesa; belas peças de faiança portuguesa e islâmica; porcelanas chinesas; e peças de arte luso-asiáticas. O museu possuia um ótimo restaurante e um belo jardim com esplanada sobre o rio.
Museu Nacional do Azulejo - Rua Madre de Deus, 4 -
Sua missão era recolher, conservar, estudar e divulgar exemplares representativos da evolução da Cerâmica e do Azulejo, em Portugal, a salvaguarda patrimonial da Igreja e dos demais espaços do antigo Mosteiro da Madre de Deus. Era uma visita imperdível para aqueles que se encantavam com os azulejos portugueses. Instalado em um antigo Convento, do começo do século XVI, quase todo reconstruído, mas que conserva ainda seu claustro e um belo portal manuelino original. Nas reformas realizadas posteriormente, o imóvel ganhara detalhes barrocos e renascentistas. Repare no magnífico painel do século XIIII no Claustro: veja como era Lisboa antes do terremoto de 1775. O Museu representava a importância desta arte na cultura, arte e arquitetura portuguesa, que desde cedo reconhecera a utilidade e beleza estética deste material, aperfeiçoando a sua técnica de conhecimentos ancestrais. Fundado em 1980, abrigava alguns dos mais significativos exemplares da azulejaria nacional, desde o século XV, até aos nossos dias. Horário de visitas: de Terça-feira a Domingo das 10.00 as 18.00h. Para chegar, vá de ônibus, utilizando as linhas 718, 742 e 794 que paravam bem na frente do museu ou as linhas 728 e 759, que paravam na Avenida Infante D. Henrique, a apenas 5 minutos do Museu.
Museu Quake – Rua Cais da Alfândega Velha, 39 – Belém - junto ao Museu Nacional dos Coches –
O terremoto de 1755 que destruira Lisboa quase por completo, agora tinha uma referência física para mostrar o acontecido. No Dia de Todos os Santos, 1º de novembro de 1755, Lisboa sentira um dos terremotos mais devastadores de todos os tempos, seguido por um tsunami e vários incêndios. Como se tratava de uma experiência imersiva, no Quake sentirá alguns cheiros específicos, vento, calor e frio, sempre de acordo com o cenário que tornará esta uma experiência verdadeiramente realista. Além de contar a história sobre o acontecimento de 1755, o Quake pretendia também ensinar todos sobre sismos e quais as medidas de precaução a serem adotadas na eventualidade de alguém passar por uma situação semelhante. A visita durava em torno de uma hora e meia, com passagem por vários cenários daquela época, no século XVIII. Abria diariamente das 10.00 às 18.00h.
Oceanario de Lisboa - Esplanada Dom Carlos I - Parque das Nações - área de Santa Maria dos Olivais -
Era o segundo Aquário do mundo e poderia ser visto de dois andares diferentes, em ângulos envidraçados de 180 graus. O Oceanario apresentava quatro habitat, com suas faunas e flora: o Atlântico, o Pacífico, a Antártida e o Oceano Índico. Divisões de acrílico, no interior do Aquário transmitiam a ilusão de estarem interligados. Todo um espaço, era também dedicado a anfíbios. No total, o Oceanario apresenta quase quinze mil espécies de animais em seus ambientes naturais.
Palácio da EGA - Calçada da Boa-Hora, 30 -
A primeira construção do Palácio da Ega remontava ao século XVI, conforme indicava uma inscrição com a data de 1582 e inserida na fonte, à entrada da Casa Nobre. O prédio atual, contava com três corpos claramente distintos, devia-se à grande reforma do século XVIII, altura em que construiram, a ala nascente e numerosas outras obras, patrocinadas por Aires José Maria de Saldanha – o Segundo Conde da Ega. Destacava-se o Salão Pompeia, decorado com azulejos holandeses da primeira metade do século XVIII, alusivos a paisagens de portos europeus. Novas obras no século XIX, conferiram o aspecto atual do Salão, com a construção de uma falsa cúpula, que substitui o antigo teto setecentista, em madeira policromada, e a pintura de painéis no local das antigas janelas. A história do Palácio ao longo do século XIX, está intimamente ligada à família Saldanha e à sua decadência. Fora vendido em meados de oitocentos, a propriedade tivera vários proprietários até ser finalmente adquirida pelo Estado português. Desde 1931, aqui funcionava o Arquivo Histórico Ultramarino.
Palácio Fronteira - Largo de São Domingos de Benfica, 1 -
Fora construído por volta de 1675 e servira como pavilhão de caça e casa de campo para D. João Mascarenhas, o Primeiro Marquês de Fronteira. Com o devastador terremoto de 1755, a residência oficial da família no Chiado, ficara arrasada. O Palácio Fronteira, devido à sua localização fora do epicentro da cidade, sobrevivera sem grandes danos. Assim, a família dos Marqueses de Fronteira, mudara-se para aqui e uma nova ala fora mandada construir. Das salas do Palácio, uma das mais interessantes era a Sala das Batalhas, onde estavam retratados oito episódios das guerras da Restauração. Há 13 gerações, que esta propriedade continuava sob a Família dos Marqueses de Fronteira. Além de ser um bonito palácio para se visitar, continuava também como a residência da família. Fora em 1989, que o 12º Marquês de Fronteira- D. Fernando José Fernandes Costa Mascarenhas, criara a Fundação das Casas de Fronteira e Alorna. O atual representante das Casas de Fronteira, era Dom José Maria Pinto Basto Mascarenhas, 13º Marquês de Fronteira. Diziam os fofoqueiros, que o 1º Marquês de Fronteira convidara o Rei Dom Pedro para a inauguração do Palácio. Nesse tempo, havia a superstição de que tudo o que o Rei tocasse não mais poderia ser usado. Assim, depois do jantar com o Rei, quebraram-se todos os pratos e os seus cacos foram utilizados na decoração externa de seus vários prédios.
Palácio dos Viscondes de Azurara - Rua Maria da Fonte, 55 -
Era uma bela construção seiscentista, que abriga as coleções doadas por Ricardo do Espírito Santo, um banqueiro amante das artes, que adquirira o palácio em 1947. Entre as peças expostas, estavam antigo mobiliário português e indo-lusitano, azulejos raros, porcelanas chinesas, tapeçarias orientais e pinturas, a maioria delas de artistas portugueses.
Parque Eduardo VII -
Situado no extremo norte da Avenida da Liberdade, no topo da Praça Marquês do Pombal, era o maior parque da cidade. No início recebera o nome de Parque da Liberdade, fora rebatizado com o nome do Rei da Inglaterra que, em 1903, viera a Lisboa para reafirmar a aliança entre os dois países. A famosa expressão para inglês ver tivera início durante a construção da praça. Quando a visita do Rei estava próxima de acontecer, a praça ainda não estava totalmente pronta e fora finalizada às pressas, apenas com a fachada, para que o visitante tivesse uma boa impressão de Portugal, ou seja, exatamente para inglês ver.
Parque das Nações -
O futurista Parque das Nações, concebido para acolher a Expo 1998, ocupava uma área de cinco quilômetros ao longo do Rio Tejo, cheio de espaços verdes e diferentes atrações. O modernismo do lugar, já era visível quando se desembarcava na arrojada Estação Oriente. O local possuia atrações, um Oceanario gigantesco, lojas, restaurantes com culinárias de vários países, inclusive brasileira, lojas e bares. Atrações do Parque: Gare do Oriente, Homem Sol, Wet Design, Pavilhão de Portugal, Meo Arena, Horas de Chumbo, Ciência Viva, Oceanário, Teleférico, Torre Vasco da Gama, Teatro Camões, Cursiva, e o Portão Norte da Expo ‘98.
Praça dos Restauradores -
Localizada na ponta sul da Avenida da Liberdade, ligava a Baixa à Praça Marquês de Pombal. Tinha esse nome em homenagem aos que lutaram pela independência de Portugal, até 1640, submetido ao domínio espanhol. Era fácil reconhecê-la: tinha no centro um enorme obelisco, com duas figuras de bronze, que representavam a Vitória e a Liberdade. Aqui estão alguns prédios elegantes do século XIX, como o Palácio Foz e os hotéis Avenida Palace e Orion Pálace.
Praça Marquês do Pombal -
Era uma das praças mais notáveis e históricas da cidade. Ficava entre a Avenida Liberdade e o Parque Eduardo VII, tem sido palco de eventos lúdicos e políticos desde o início do século XX, incluindo acontecimentos decisivos para a Proclamação da República Portuguesa, no dia 5 de outubro de 1910.
Rossio -
Uma das praças mais movimentadas era a do Rossio, que ficava no bairro da Baixa, e tinha seu verdadeiro nome em homenagem a Dom Pedro IV, cuja estátua estava no alto de uma coluna, de quase 30 metros de altura. Era o personagem homenageado pelo monumento inaugurado em 1870, ao nosso Dom Pedro I, que em Portugal se tornara Pedro IV. A principal característica da praça era seu piso, criado com azulejos em preto e branco com um efeito ondulante, igual ao calçadão do Rio de Janeiro. Entre a Rua Augusta e o Rossio, uma elegante torre de ferro acolhia o elevador de Santa Justa, em pleno funcionamento, outro ponto marcante do bairro, e de onde se poderia desfrutar de uma vista maravilhosa da cidade e de alguns de seus pontos turísticos.
Rua Cor de Rosa - Cais do Sodré -
Era uma das ruas mais conhecida como Rua Nova do Carvalho, mas o nome Rua Cor de Rosa acabara surgindo após um projeto de intervenção urbana em 2011, que fora consolidado em 2013. Era peatonal no Cais do Sodré e sua cor provocara transformação desta região, reunindo muitos dos bares mais famosos da cidade: Bar do Cais, Espumantaria do Cais, Menina e Moça, Pensão do Amor, Povo, Music Box, Roterdão Club, Jamaica e o Viking. Era área de puro agito na noite lisboeta