LISBOA - Os palácios - Portugal -
parte 2/4
Rotonda
Rotonda do Marquês do Pombal
Museu do Tesouro Real - Calçada da Ajuda, 1349 –
Expunha de forma permanente, grande parte dos antigos bens da antiga Casa Real portuguesa, tanto obras pertencentes à Coroa, como provenientes das antigas coleções particulares dos vários membros da família real portuguesa, sendo formato por 11 núcleos. A visita tinha início no Ouro e os diamantes do Brasil, onde era apresentada uma amostra de exemplares em bruto dos metais e das gemas, seguido de um conjunto de moedas e medalhas da Coroa. O espaço dedicado às Ordens Honoríficas, 4º núcleo, reunia um conjunto ímpar a nível nacional, testemunho secular das intensas relações internacionais da Corte portuguesa.
No capítulo das Insígnias Régias: Objetos Rituais da Monarquia, eram exibidas algumas das mais simbólicas e valiosas jóias da Coroa, como as condecorações ricas das Três Ordens Militares — Cristo, Avis e Santiago — a Coroa Real, os cetros, e os dois mantos subsistentes que serviram os Monarcas ao longo da história. Da coleção de objetos de uso civil em prata lavrada, destacava-se um conjunto de salvas e pratos portugueses quinhentistas. Integraram a chamada Prata de Aparato da Coroa, pela primeira vez apresentada ao público destacando-se o conjunto reservado desde o final do século XVIII.
No espaço dedicado às Ofertas Diplomáticas, podiam ser vistas as duas Rosas de Ouro Papais. O décimo núcleo da exposição era dedicado inteiramente à Baixela Germain, assim designada por ter sido encomendada ao ourives François-Thomas Germain após o Terremoto de 1755. Era única baixela completa do mundo. A visita terminava com as Viagens do Tesouro Real, que proporcionava conhecer a mobilidade do tesouro na sua glória e nas várias vicissitudes. O Museu dispunha de uma Cafeteria, espaço lounge e uma Loja com peças alusivas ao Museu. Abria no período de verão de 1º de maio a 30 de setembro diariamente das 10.00 às 19.00h. No inverno, abria de 1º de outubro a 30 de abril das 1-0.00 às 18.00h.
Oceanario de Lisboa - Esplanada Dom Carlos I - Parque das Nações - área de Santa Maria dos Olivais -
Era o segundo Aquário do mundo e poderia ser visto de dois andares diferentes, em ângulos envidraçados de 180 graus. O Oceanario apresentava quatro habitat, com suas faunas e flora: o Atlântico, o Pacífico, a Antártida e o Oceano Índico. Divisões de acrílico, no interior do Aquário transmitiam a ilusão de estarem interligados. Todo um espaço, era também dedicado a anfíbios. No total, o Oceanario apresenta quase quinze mil espécies de animais em seus ambientes naturais.
Palácio da EGA - Calçada da Boa-Hora, 30 -
A primeira construção do Palácio da Ega remontava ao século XVI, conforme indicava uma inscrição com a data de 1582 e inserida na fonte, à entrada da Casa Nobre. O prédio atual, contava com três corpos claramente distintos, devia-se à grande reforma do século XVIII, altura em que construiram, a ala nascente e numerosas outras obras, patrocinadas por Aires José Maria de Saldanha – o Segundo Conde da Ega. Destacava-se o Salão Pompeia, decorado com azulejos holandeses da primeira metade do século XVIII, alusivos a paisagens de portos europeus. Novas obras no século XIX, conferiram o aspecto atual do Salão, com a construção de uma falsa cúpula, que substitui o antigo teto setecentista, em madeira policromada, e a pintura de painéis no local das antigas janelas. A história do Palácio ao longo do século XIX, está intimamente ligada à família Saldanha e à sua decadência. Fora vendido em meados de oitocentos, a propriedade tivera vários proprietários até ser finalmente adquirida pelo Estado português. Desde 1931, aqui funcionava o Arquivo Histórico Ultramarino.
Palácio Fronteira - Largo de São Domingos de Benfica, 1 -
Fora construído por volta de 1675 e servira como pavilhão de caça e casa de campo para D. João Mascarenhas, o Primeiro Marquês de Fronteira. Com o devastador terremoto de 1755, a residência oficial da família no Chiado, ficara arrasada. O Palácio Fronteira, devido à sua localização fora do epicentro da cidade, sobrevivera sem grandes danos. Assim, a família dos Marqueses de Fronteira, mudara-se para aqui e uma nova ala fora mandada construir. Das salas do Palácio, uma das mais interessantes era a Sala das Batalhas, onde estavam retratados oito episódios das guerras da Restauração.
Há 13 gerações que esta propriedade continuava sob a Família dos Marqueses de Fronteira. Além de ser um bonito palácio para se visitar, continuava também como a residência da família. Fora em 1989, que o 12º Marquês de Fronteira- D. Fernando José Fernandes Costa Mascarenhas, criara a Fundação das Casas de Fronteira e Alorna. O atual representante das Casas de Fronteira, era Dom José Maria Pinto Basto Mascarenhas, 13º Marquês de Fronteira. Diziam os fofoqueiros, que o 1º Marquês de Fronteira convidara o Rei Dom Pedro para a inauguração do Palácio. Nesse tempo, havia a superstição de que tudo o que o Rei tocasse não mais poderia ser usado. Assim, depois do jantar com o Rei, quebraram-se todos os pratos e os seus cacos foram utilizados na decoração externa de seus vários prédios.
Palácio dos Viscondes de Azurara - Rua Maria da Fonte, 55 -
Era uma bela construção seiscentista, que abriga as coleções doadas por Ricardo do Espírito Santo, um banqueiro amante das artes, que adquirira o palácio em 1947. Entre as peças expostas, estavam antigo mobiliário português e indo-lusitano, azulejos raros, porcelanas chinesas, tapeçarias orientais e pinturas, a maioria delas de artistas portugueses.
Palácio Nacional da Ajuda - Largo da Ajuda –
O antigo Palácio Real e Monumento Nacional era um magnífico museu e o único palácio em Lisboa, que ainda conservava fielmente a disposição e a decoração das salas do século XIX, os aposentos dos monarcas e a Sala do Trono. Situado no alto da colina da Ajuda, com uma vista deslumbrante sobre o Rio Tejo, o Palácio integrava coleções de artes decorativas dos séculos XVIII e XIX: ourivesaria, tapeçaria, mobiliário, vidro e cerâmica, bem como coleções de gravura, escultura e pintura, com obras de autores como El Greco, Géricault e Moroni.
O prédio neoclássico da primeira metade do século XIX, fora residência da Família Real portuguesa, a partir do reinado de D. Luís I e, de uma forma continuada, até ao final da Monarquia, em 1910. Após 1862, com a Rainha D. Maria Pia de Saboia, o Palácio ganhara uma vida renovada. A disposição e decoração das salas a cargo do arquiteto Joaquim Possidonio da Silva mantinham as novas normas de conforto e higiene, características da segunda metade de oitocentos. Nasceram neste palácio os Príncipes D. Carlos e D. Afonso. Aqui se reunia o Conselho de Estado e realizavam-se cerimônias de Corte, grandes bailes e banquetes. Em 1910, instaurada a República e exilada a Família Real, o Palácio fora encerrado. Aberto ao público como museu, em 1968, conservava ainda hoje a disposição e a decoração dos aposentos tipicamente oitocentistas. Abria a visitação de quintas a terças-feiras das 10.00 às 18.00h.
Panteão Nacional
A Igreja de Santa Engrácia, nome original do Panteão Nacional, chamava atenção pela sua beleza arquitetônica, com uma grande abóboda branca no topo. A visita à atração localizada no bairro Alfama rendia ainda as belas paisagens de Lisboa e do Rio Tejo. No Panteão Nacional estavam enterradas ilustres figuras portuguesas, como o poeta Almeida Garret e a fadista Amália Rodrigues.
Páteo Alfacinha – Rua do Guarda Jóias, 44 -
Escondido no charmoso Pátio Alfacinha se encontrava o tesouro gastronômico mais conhecido como Horta. Este restaurante era uma experiência culinária que celebrava a rica tradição da cozinha portuguesa, com um toque contemporâneo e uma vista de tirar o fôlego sobre o majestoso Rio Tejo. Ao entrar na Horta, era impossível não se encantar com a atmosfera acolhedora e autêntica. A decoração rústica e elegante, combinada com o aroma tentador da gastronomia tradicional portuguesa, criava um cenário que fazia com que cada visita fosse memorável.
Sociedade de Geografia de Lisboa – Rua das Portas de Santo Antão 102
Sua inauguração solene ocorrera em 8 de Julho de 1897, mesmo dia da partida de Vasco da Gama para as Índias. O acesso era feito pelos Átrios 1 e 2, onde encontravam-se seis estátuas representando o Infante Dom Henrique, Fernão Lopes, Pedro Álvares Cabral, Azurara, João de Barros e Castanheda. Aqui se poderia observar o quadro de Veloso Salgado, intitulado Vasco da Gama perante o Samorim. Servira de ambiente para as comemorações do 4º Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo para as Índias.
Teleférico -
Um passeio divertido e ao mesmo tempo interessante a ser feito, era cruzar toda a extensão do Parque das Nações, junto ao Tejo, num Teleférico, para ter uma visão do conjunto. No parque, ficava o Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva, um museu interativo, que permitia uma série de experiências científicas sobre luz, temperatura, eletricidade, magnetismo etc., que agradavam não apenas aos adultos, mas também às crianças. Existia um espaço denominado Brincar Ciência, destinado às crianças.
Torre de Belém -
Era um dos monumentos mais expressivos de Lisboa, estava localizado na margem direita do Rio Tejo, sobre o local onde existia a praia de Belém. Inicialmente cercada pelas águas, fora aos poucos envolvida pela praia até se incorporar definitivamente à terra firme. O monumento destacava-se pelo nacionalismo, por ser todo rodeado por decorações do brasão de armas de Portugal, incluindo inscrições de cruzes da Ordem de Cristo, nas janelas do baluarte. Seu nome oficial era Torre de São Vicente de Aragão.