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Roteiro de viagem pelo LESTE da EUROPA 

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Relato de viagem da família Hofmann, por alguns países do leste da Europa

Quando em janeiro de 2018 encerramos  uma viagem  de 54 dias pelo sudeste da Ásia e mais 6 dias pelos Emirados Árabes, veio a dúvida: e agora, qual vai ser nossa próxima aventura  e para onde ? Alguns meses depois, reunido com minha esposa Lúcia e o filho Eduardo, combinamos que iríamos comemorar meus 80 anos e os 40 dele, numa viagem por outro território ainda desconhecido: os países do leste europeu. E assim, marcamos para dia 23 de agosto de 2019, a programação que nos levaria por um mês para Praga, Viena, Bratislava, Budapeste, Belgrado, Zagreb, Split e Dubrovniki. É sobre esse surpreendente e encantador passeio, que vamos comentar a seguir.

 

Munich

Começamos chegando à capital da Baviera, num sábado pela manhã. Escolhemos o Hotel Amba, que ficava ao lado da Hauptbanhof, porque na segunda-feira, o trem para Praga sairia às 8.00 horas da manhã. Aproveitamos o tranquilo fim de semana e fomos visitar o Largo da Nova Prefeitura, a Catedral, o Viktualen Mercado, o Deutsche Museums ( imperdível ) e à noite, conhecer e curtir a famosa Cervejaria Hofbräuhaus, que até 1828, servia exclusivamente a Família Imperial.

 

Em outubro de 1810, acontecera o casamento do Príncipe Ludwig I, com a Princesa Teresa, da Saxonia. As festividades do enlace duraram uma semana e a copa era livre para os súditos. Foram nada menos do que 18 anos, que acabaram virando tradição festejar nesse período do ano. Em 1828, o Imperador Ludwig, liberou o acesso a Hofbräuhaus para o público, criando-se então a semente para a futura Oktoberfest.

 

Na segunda-feira, às 8.00 horas da manhã, lá estava o trem RegioJet nos esperando para uma agradável e tranquila viagem até Praga. Aconteceu um imprevisto para os passageiros: em Pilsz, tínhamos que deixar o trem para pegar um ônibus, para mais 90 km até a capital da República Tcheca, porque o  restante do trecho estava em obras. Informados de que haveria outros ônibus ao longo do dia, decidimos visitar a pequena cidade, mãe da cerveja Pilsen. E fomos conhecer a fábrica da famosa Pilsen Urquel, considerada a melhor cerveja clara do mundo, graça as mágicas de seus cervejeiros e a água puríssima da cidade. Foi uma experiência maravilhosa que recomendamos a todos que viajarem pela região.

 

Em Praga, escolhemos o Hotel Bila Labut, muito bom e bem localizado. Nos três dias que circulamos pela cidade visitamos primeiramente a Ponte das Correntes ( Charles Bridge ), a Igreja de Nossa Senhora Vitoriosa, onde estava a imagem do Menino Jesus de Praga e o Castelo, que ficava na parte mais alta da cidade. Para ser sincero, achamos que encarar a visita ao Castelo era um programa de índio: tirando a vista geral de Praga, nada justificava tanta fama e a cobrança de um ingresso relativamente caro, para nós brasileiros. Ainda assim, quem era chegado a museus e castelos, ...tudo a ver.

 

Na continuidade da programação passamos pela Torre da Pólvora, Praça da Cidade Velha, com a Relógio Astronômico, outro pega ratão” com  milhares de turistas disputando espaço para esperar a hora cheia para fotografar e filmar os personagens que apareciam rapidamente, de tão cansados que estavam, e de tanto repetir a função ao longo do dia. Frustração geral!  Para quem era chegado a um museu,  a cidade era um prato cheio: eram nada menos do que 19 museus, para todos os gostos, sem contar com os “estranhos”, como o Museu dos Instrumentos de Tortura, Museu das Máquinas Sexuais, Museu das Miniaturas, Museu da KGB, Museu do Comunismo,  Museu dos Sanitários e Penicos Históricos, Museu dos Fantasmas e Lendas de Praga, Museu dos Alquimistas e Mágicos antigos, Museu do Bunker Nuclear e a Caverna Mágica.

 

Ao visitar Praga, não deixe de conhecer qualquer um dos restaurantes da rede Lokal, onde serviam o melhor da gastronomia checa e a imperdível Pilsner Urquel. Outras dicas eram os restaurantes e cervejarias U Pikasu, Virna u Sudú, Prague Beer Museum, com nada menos do que 31 rótulos de cervejas; e o Klasterni Pivovar Strahov – que ficava dentro do Mosteiro Estrahov, nas imediações do Castelo.

 

 

 

 

 

VIENA

Novamente pegamos um trem da RegioJett, moderno e confortável, com 4 categorias de acomodação: low cost, standard, relax e business. Em 3 horas de viagem, chegamos até a Estação Central de Viena. O hotel fora o Ibis Wien Mariahilf, localizado a 500 metros da Mariahilfer Straße, a maior rua comercial de Viena. Com a tarde livre, pegamos o Metrô e descemos na Stephanplatz, para visitar a Catedral e circular pela movimentada área central, para variar atulhada de turistas chineses, japoneses e coreanos.

 

A Catedral de São Estevão, merecia ser visitada. Em seu estilo gótico, abrigava belos altares com obras de arte. Nas criptas estavam sepultados os imperadores da Áustria. Se tiver fôlego, suba os 343 degraus até o topo da torre, pela porta lateral, para apreciar uma linda  vista da cidade. Na vizinhança da Catedral, na Rua Domgasse número 5, visite a casa onde morara Mozart, entre os anos de 1756 a 1787. 

 

Os museus

A cidade tinha mais de 20 museus, dentre eles destacavam-se os que ficavam no Quartier dos Museus, nas proximidades do   –  Centro de Arquitetura, Fórum de Design, Kunsthalle de Viena, Museu Leopold, Palácio Belvedere e o Palácio Imperial, Museu de Arte Moderna da Fundação Ludwig, Museu Infantil ZOOM, Casas de Beethoven, Casa Haydn, Mozarthaus Viena, Tumba de Mozart e a  Casa natal de Schubert.  Eram tantas as atrações para visitar, que dispor de um mês ainda seria pouco tempo. Mas com o a proposta não era ficar 30 dias por aqui, fomos conhecer o  Palácio de Hofburg, que formava uma verdadeira Cidade Imperial, no coração de Viena. A realeza austríaca, fizera história dentro dos muros do Complexo, entre os séculos XIII e XIX. Havia cerca de 2.700 salas, espalhadas por 18 prédios pertencentes aos Aposentos Reais, ao Tesouro Nacional, a Escola de Equitação Espanhola, a Biblioteca Nacional, além de igrejas, jardins e museus.

 

​​O Museu da Sissi, era um dos mais concorridos. A vida da Imperatriz gerara muita curiosidade até os dias de hoje. Ela casara-se aos 16 anos, em 1854, com o Imperador Francisco José I, que se apaixonara perdidamente pela beleza de Isabel da Baviera. Mas ela sempre fora rebelde, infeliz no casamento e depressiva. Não se relacionava bem com a sogra, que não a deixava conviver com seus filhos. Depois de perder a filha mais velha, com dois anos de idade, Sissi adoecera e fora morar na Ilha da Madeira. Parecia que gostara de sair da rigidez dos costumes da Corte austríaca, pois dali para frente passara a viajar com frequência e começara a se interessar por tratamentos de beleza, moda, poesia e cavalos. A bela Sissi fora assassinada, aos 61 anos, por um maluco italiano, na cidade de Genebra. 

A Escola Espanhola de Equitação, era uma das mais antigas e tradicionais escolas de hipismo, de adestramento clássico dos cavalos Lipizzan, estava localizada em Viena. Suas origens remontavam ao século XVI, quando os Habsburgos começaram a criar e treinar cavalos puro sangue, vindos da Espanha. Os Lippizzan, cujo nome provinha do de uma localidade da atual Eslovénia, Lipitza, resultava de um cruzamento com cavalos trazidos de Espanha pelos Habsburgos. Em 1735, foi inaugurado o prédio atual da escola, no Complexo do Hofburg, encomendado pelo Imperador Carlos VI. Os cavalos eram tratados com farinha de rosca integral vindo diretamente da Escócia.

Algumas sugestões de restaurantes e Cafés: Salonplafond Restaurant Stubenring, 5 - Estava localizado num anexo do museu MAK. ​Gastwirtschaft Steman - Otto-Bauer-Gasse, 7 - No cardápio deste tradicional restaurante de Viena, e muito popular entre os habitantes locais, havia uma série de delícias da culinária austríaca, dentre as quais o schnitzel. O Café Sacher Hotel - Philharmoniker Strasse, 4 - Fazia parte da lista de pontos turísticos da cidade por sua tradição e fama. Um dos motivos que leva tantos turistas ao Sacher Hotel era sua Sachertortte, uma torta/bolo coberta de chocolate puro e recheada, em camadas, com geléia de damasco, criada em 1832 e servida desde 1876. A fama tinha preço e a generosa fatia custava € 7,00 e vinha até com o carimbo do hotel, em alto relevo. Café Mozart – Albertinaplatz, 2 - Era mais um dos que figuravam na lista dos cafés tradicionais de Viena. Aberto em 1794, exatamente três anos após a morte do famoso compositor, ficara conhecido como Café Katzmayr e funcionara com esse nome até ser demolido, em 1882. Em 1929, foi reinaugurado homenageando o gênio da música.

 

Bratislava

Numa viagem de 1 hora e 40, em ônibus da FlixBuss, chegamos a  encantadora e agradável capital  da Slováquia. A hospedagem foi um achado: o Best Location Apartments, que ficava muito bem localizado, defronte a um largo onde circulavam ônibus e trams,  na Namestie SNP 18.  Como era um domingo, fomos direto para a Praça Principal, onde se realizava uma movimentada feira de artesanatos e comidas. Depois a indicação era visitar a Igreja Azul, onde se realizavam vários batizados.

 

Era a capital e principal cidade, estava situada no sudoeste do país, junto das fronteiras com a Áustria e Hungria, tornando-se assim, na única capital européia situada na fronteira do seu país com outros dois. A cidade era também cortada pelo rio Danúbio. Com cerca de 450 mil habitantes, era a maior cidade do país. A Eslováquia, como a conhecemos, era um país de formação recente, surgido por uma separação amigável dos eslovacos em relação a seus vizinhos tchecos em 1993. Sua cultura, porém, remonta aos tempos da Idade do Bronze, bem antes de Cristo. De lá pra cá seu território já passou pela mão de vários Impérios, como o austríaco, fizera parte da Tchecoslováquia durante boa parte do século XX, fora invadida por nazistas e soviéticos, e havkia pouco tempo se estabelecera como um país independente.

 

Os três dias que ficamos em Bratislava, foram poucos para poder melhor visitá-la. Ainda assim, conhecemos alguns de seus principais pontos históricos e turísticos, como a Catedral de São Martinho, uma igreja gótica de três naves, do século XV, que ficava na Cidade Velha.  Entre os anos de 1563 e 1830, servira como igreja da coroação do Reino da Hungria, todos da linhagem dos Habsburgos.  Os registros afirmavam que dez Reis, uma Rainha e sete esposas reais, da Dinastia dos Habsburgos, foram coroadas aqui..

O Castelo, que estáavalocalizado em uma colina acima do centro histórico,  era o marco da cidade. O interior, era um museu de história, embora muitas câmaras se apresentassem vazias e subutilizadas. A característica original mais antiga do local  a Torre da Coroa, do século XIII. Outro destaque, era a pintura da tarde-barroca Assunção da Virgem Maria (1762-3), de Anton Schmidt, no Music Hall. A Porta de São Miguel, com seu elegante telhado de cobre, era um dos símbolos da cidade. Por  ser um remanescente dos 4 portões de passagem, fazia parte da história da capital eslovaca. No topo da torre de 51 metros, estava uma estátua do Arcanjo Miguel, e no local funcionava o Museu das Armas. Construído em 1300, era o único portão medieval sobrevivente em Bratislava, remetendo uma época de quando a cidade ainda tinha seus muros imponentes. O Palácio Presidencial, for construído em 1760, em homenagem ao aristocrata Húngaro Antal Grassalkovich, Vassalo de Maria Thereza, única mulher a assumir  o trono dos Habsburgos. O compositor Haydn, conduzira aqui inúmeras de suas orquestras, em bailes para a Família Imperial. Hoje o palácio  a residência oficial do Presidente  da Eslováquia.

 

A cidade cultuava  três imagens feitas em bronze, espalhadas pela área central, que eram a de um homem saindo do  chão, conhecido com Cumil – o observador; o Schone Naci, um baixinho simpático, saudando os visitantes, e o soldado de Napoleão, referência para fotos de todos os turistas que transitavam pelo local. Como destaque aparecia a Torre Most SNP – ou torre do UFO, por conta do restaurante em formato de disco voador, instalado no topo. Outras referências que visitamos e recomendamos eram o Palácio Primacial, o Museu da Cidade, o Museu da Cultura Judaica, a Torre de Michael, o Castelo Devin, o Museu dos Relógios e o Monumento Slavin, um imponente Memorial de Guerra em homenagem aos 6.845 soldados do Exército Vermelho, que morreram lutando para libertar a cidade, em 1945, durante a 2ª Guerra Mundial.

 

Ficava no alto de uma montanha, e também proporcionava uma bonita vista da cidade. No topo, havia uma estátua de 11 metros, de um soldado russo carregando uma bandeira. Na base do monumento, estavam gravadas as datas de libertação das cidades eslovacas, pelo Exército Vermelho. O monumento era um dos pontos mais altos da cidade, de onde se tinha uma bela vista. Estava situado ao lado do Cemitério onde repousavam os soldados homenageados. Para chegar ao Memorial pegue o ônibus 147 que saia da Praça Hodžovo námestie, de hora em hora.  Também a Torre Lotršcak, quela ficava no topo de um morro acessado por funicular em Gradec, tinha uma excelente vista da cidade.

 

Busapeste

A viagem para Budapeste, também fora pelo ônibus da FlixBuss, para um percurso de apenas 110 km. Escolhemos o D8 Hotel, que ficava próximo da Ponte das Correntes Muito bom. Como chegamos cedo, as visitas começaram ainda pela manhã, para conhecer primeiro o famoso Castelo, que ficava em Buda e incluia museus, a Igreja de São Mathias e o Palácio. À tarde, a função continuou pelo centro turístico onde se encontrava um comércio movimentado, nas Ruas Vaci e Ráday, o prédio do Parlamento, o Mercado Central e o encantador Rio Danúbio.

No lado direito do Rio Danúbio via-se Peste. No lado esquerdo estava Buda. Oficialmente unidas, desde 1873, as duas formavam a cidade que ficara conhecida como Rainha do Danúbio. Com uma história conturbada, de invasões e lutas, agora estava mais bela do que nunca. Arte, cultura, arquitetura, culinária e ricas tradições fazem da capital da Hungria um convite para visitá-la e encantar-se com sua história, seu povo e sua gastronomia.  Budapeste era muito bem servida de transportes públicos, e mesmo sem entender a língua não era difícil se orientar. Comece seus passeios pelo prédio mais representativo da cidade, o Parlamento Húngaro, construído em estilo gótico, com diversas torres e com vários  salões, ornados com estátuas de húngaros que marcaram época na história do país. Havia visitas guiadas ao interior do prédio, e mesmo com filas longas, a espera valeria.

​Quando a Hungria fizera parte do bloco comunista europeu, suas avenidas e parques eram decoradas com inúmeras estátuas e monumentos totalitários, onde o conceito estado grande e pessoa pequenaestava  implícitos em cada obra. Após a queda do comunismo a cidade decidiu remover estes resquícios de ditadura, mas ao invés de simplesmente destruí-los, como foi feito em outros países, resolveu reuni-los num mesmo local, formando o que pode ser considerado hoje, uma contra propaganda ao regime comunista. E não é que aqui neste país chamado BRASIU tá cheio de idiotas torcendo para que seja implantado o comunismo.... tomara que isto aconteça porque assim eles irão fritar cocô para comer torresmo !

​A região próxima ao Palácio, ao longo da Rua Fortuna Utca,  proporcionava um dos melhores roteiros de passeios por Buda, com prédios históricos, ruelas, casas antigas e museus, além de restaurantes e lojas de artigos típicos e souvenirs, dos quais as Matryoshkas, eram as que mais impressionavam os turistas, formado por um conjunto de bonecas iguais, mas de vários tamanhos, uma dentro da outra, representando a fertilidade. Eram tradicionalmente pintadas com roupas de camponesas, ou de personalidades atuais, podiam ser encontradas por  toda a cidade.  Visite também o Magyar Allami Operahaz, o belíssimo prédio da Ópera Húngara, cuja construção fora concluída em 1884, e depois visite a Nagy Zsinagoga, a grande Sinagoga de Budapeste, considerada a segunda maior do mundo.

​Dominando a margem oposta do Danúbio era quase impossível não reparar num grande prédio situado sobre uma colina, com a cúpula esverdeada. O Castelo de Buda sobressaia na margem oeste do Danúbio, e abrigava a Galeria Nacional Magyar Nemzeti, onde estavam obras de diversos artistas húngaros, além de relíquias, moedas, e diversos objetos relacionados à história húngara. ​O Memento Park, estava situado num subúrbio ao sul de Buda, e era uma das visitas mais interessantes. Aos olhos de quem não vivera a saga de democracia que varrera a Europa oriental no início dos anos 90, este conjunto de obras tinha até mesmo um sabor surrealista, e hoje parecia deslocado no espaço e tempo. Saindo do centro (praça Ferencike Tér), use o ônibus vermelho (linha 7) até o ponto final na Praça Etele Tér. Depois, siga pelo ônibus amarelo na direção de Érd-Diósd. ​Na margem Este do Rio Danúbio, situava-se outro prédio importante que também deve ser visitado, a Szent István Basilica (Basílica de São Estevão), maior igreja da cidade, construída em 1851. Seu belíssimo interior, ornado com pinturas, esculturas e afrescos de artistas húngaros era um dos mais belos conjuntos de obra de arte da cidade. Outro passeio bastante procurado pelos turistas, era percorrer as águas do Danúbio a bordo das embarcações que partiam do cais junto à Ponte Lánchid. O programa durava uma hora.

​Depois, aproveite para uma caminhada pela Avenida Andrassy, uma das mais bonitas da cidade, chamada de Champs Élysées, de Budapeste  e também pela Váci Utca, rua exclusiva para uso de pedestres, repleta de lojinhas de artesanatos, shopping, bares e restaurantes. Aqui todo dia era dia de Goulash (uma sopa condimentada e  com pedaços de carne). Aproveite experimentá-la, indo ao restaurante Duo Magyaros Étteren, que ficava no subsolo da Rua Vaci Utca, 15. Era um ambiente agradável, decorado com bom gosto, atendido por garçons atenciosos, que ofereciam pratos muito bons. ​Uma visita que deveria ser feita por quem aprecia produtos típicos e gostasse de incluir em seus roteiros não somente atrações turísticas, mas também conhecer lugares relacionados ao dia a dia das cidades, era o Mercado Central da cidade, ou Nagy Vasarcsarnok. Com imensa estrutura metálica de 150 metros de extensão e dezenas de bancas, oferece frutas, legumes, carnes, queijos, salames, doces, produtos artesanais e outras curiosidades. Ficava na Rua Vamhaz Korut, margem leste do Danúbio.

​O Halászbástya, que ficava em Buda, construído no final do século 19, era um conjunto de sete torres em estilo gótico, que eram um dos pontos preferidos dos turistas para fotografias, e proporcionava uma das melhores vistas da cidade. O Castelo de Buda era, sem dúvida, uma das imagens mais conhecidas de Budapeste junto com a Ponte das Correntes. Também recebia o nome de Palácio Real, já que antigamente fora a residência dos Reis da Hungria. Ao lado estava uma jóia arquitetônica de Buda, a Mátyás-Templon (igreja de São Mateus), onde o mais famoso Rei húngaro realizara seu casamento, no século XV. Seu interior, repleto de referências medievais, era um daqueles locais que deveriam obrigatoriamente ser visitados. 

​Se estiver passeando pelo Castelo de Buda e chegar a hora do almoço, aproveite para conhecer o restaurante Sissi, localizado na principal rua de comércio, na área interna das muralhas. Seu nome era em homenagem a Elizabeth, soberana do Império Austro-Húngaro e que até hoje marcara como nenhuma outra soberana a história do país. A colunata de 36 metros de altura existente na Hösök Tere (Praça dos Heróis) também era outro  marco turístico da cidade, onde estavam fixadas figuras dos reis húngaros e vultos famosos das guerras de Independência, além de estátuas representando a guerra, paz, conhecimento e glória. No topo da colunata estava o anjo Gabriel. Era uma praça agradável, e  frequentada pelos moradores da cidade, principalmente aos domingos e feriados. Frente a ela situavam-se os elegantes prédios da Galeria de Artes e Museu de Belas Artes.

​Entre os pratos mais lembrados da culinária húngara estavam Halászlé (sopa de peixe com páprica) e Jokai Bableves (sopa de feijão). A carne também era muito consumida, principalmente de suíno, frango, veado, pato e faisão. Como aperitivos não havia como não lembrar  os salames húngaros, famosos em todo o mundo. Para acompanhar sua refeição escolha os ótimos vinhos produzidos no país ou experimente as cervejas Kobanyai ou Dreher. ​A cidade era reconhecida também por suas Confeitarias e Cafés, dentre os quais destacamos a Gerbaud, a mais famosa Confeitaria da Hungria, fundada em 1858, por Henrik Kugler. Sua área de atendimento ao público era grande e oferecia mais de 300 cadeiras e situava-se na Vörösmarty Street. O Café Central, que ficava na Károlyi Mihály utca 9, era muito mais do que um Café pois no passado se destacava por reunir a nata da intelectualidade local até que veio o regime comunista e ele acabou fechado. Reabriu quando o regime acabara em 1989. E tinha ainda o New York Café que desde sua inauguração em 1894 tornou-se um dos mais importantes Cafés de Budapeste, até seu fechamento em 2001, para a construção do luxuoso Hotel Boscolo Budapest. Para manter a tradição do Café, ele foi reformado mantendo o mesmo estilo anterior.

 

Mesmo quem não fosse israelita, não deveria deixar de visitar a Grande Sinagoga, a segunda maior Sinagoga do mundo, atrás apenas da que existia em Jerusalém. Tinha 53 metros de comprimento por 26 de largura e com assentos para 2.964 pessoas, sendo 1.492 homens e 1.472 mulheres. Conforme relatado no primeiro parágrafo, a primeira aglomeração humana na Hungria fora a denominada cidade de Aquicun, que fora importante cidade romana desenterrada no final de século XX. Circulando por suas ruas dava para ver suas casas, lojas e banheiros públicos. ​Um marco inconfundível era a Catedral  a  mais antiga de Budapeste, inaugurada em 1849 depois de 20 anos em obras, hoje era a mais conhecida em todo o Rio Danúbio. A Ópera de Budapeste, desenhada por Miklós, fora construída entre 1875 e 1884, era um dos prédios neo-renascentista mais importante da Hungria. A Praça dos Heróis, era uma das praças mais importantes de Budapeste. Mostrava um conjunto de estátuas em homenagem aos líderes das 7 tribos fundadoras da Hungria. A Citadella, era o ponto mais alto da cidade, de onde se tinha a melhor vista, fora construída em 1854 pelos Habsburgo, para atuar como sendo um prédio de Vigília.

Águas termais -

As águas termais era uma das fortes atrações da cidade. Frequentar custava uma média de 20 e 60 euros, variando de acordo com o pacote comprado (o mais caro incluia 1 hora de massagem luxuosa. Havia uma delas, inclusive, que aos sábados virava uma balada durante a noite. Budapeste era a única capital do mundo que possuia fontes termais. Eram 125 fontes, que produziam mais de 70 milhões de litros de águas termais por dia, com temperaturas superiores a 58°C. As águas termais de Budapeste, eram  uma história a parte.

Bares em ruínas -

Eram bares lindos, com características de ruínas, com tijolos expostos, sem muito acabamento estético, mas com muitos enfeites, músicas e pessoas sempre gentis e sempre dispostas a agradar os visitantes. Dentre os recomendados aos turistas, o Szimpla ( Simpla ) e o diferenciado Instant, tinha mais jeito de balada do que bar e é uma espécie de prédio, onde cada andar apresentava um ambiente diferente. Quando estiver caminhando pela Av. Andrássy, à caminho da Praça dos Heróis, não deixe de visitar o Museu do Terror, mesmo que seja somente pelo lado externo. Tinha um detalhe muito interessante, que ficava melhor quando o sol ficava bem na posição central (ao meio dia). O telhado possuia um recorte e quando projeta a sobra, aparece no prédio a expressão Terror.

Bastião dos Pescadores (Halaszbastya) -

Assim como a Praça dos Heróis, fazia também uma homenagem aos chefes das sete tribos húngaras. Por conta disso, o bastião possuia sete lindas torres. Estava localizado no topo da colina do Castelo de Buda, e proporcionava um visual incrível da cidade. A entrada era gratuita em sua grande parte, somente uma parte do terraço era cobrada uma taxa porque permitia uma vista privilegiada da cidade. A partir dele era fácil encontrar o Castelo de Buda e a Igreja de Mathias.

Mercado ( Nagycsarnok )

Era um show a parte. Com seus grandes corredores, cheios de frutas, comidas e muita páprica, o tempero usado em quase todas as comidas regionais. Quem conhece o Mercadão de São Paulo iria se achar em casa. Aproveite para provar um goulash,  um dos pratos típicos da culinária húngara. A viagem de Budapeste a Zagreb, fizemos  via aérea, porque tanto de trem quanto de ônibus seria um longo caminho nada lógico, que consumiria umas 12/14 horas. Chegando, fomos direto a pequena Locadora Prestígio Rentacar, que nos proporcionou um excelente atendimento e nos entregou uma Suzuki Vitara para seguirmos pelas ótimas auto-estradas em direção ao litoral croata no rumo de Split e Dubrovnik.

Parlamento (Orszaghaz) -  Era o maior prédio da Hungria, com 18 mil m2, cerca de 700 salas e gabinetes e 27 pontos de acesso. Era aonde funcionava a Assembléia Nacional com seus 386 deputados. Tinha uma sala central com cúpula, onde guardavam a Coroa do primeiro Rei húngaro, Santo Estêvão. Nos alicerces estimava-se o uso de 40 milhões de tijolos, meio milhão de pedras preciosas e 40 kg de ouro.

Praça dos Heróis - Ficava no final da Avenida Andrássy, uma das mais importantes de Budapeste. Fora criada em 1896 para comemorar os 1000 anos da chegada dos magiares (antigo nome dado aos Húngaros) na região. Era onde se encontravam três grandes monumentos. Primeiro uma grande coluna, com 36 metros de altura. Em seu topo, o Arcanjo Gabriel. Na parte de baixo, estava Árpád (o primeiro governante Húngaro) com os chefes das sete tribos, que juntos formaram a Dinastia Real Húngara. Aos lados das, existem 2 semicírculos, com  14 vãos, cada um tem a estátua de uma pessoa importante na história Húngara. O terceiro, é o túmulo do soldado desconhecido. Quando estiver na Praça dos Heróis, estique um pouco a caminhada e conheça o Castelo Vajdahunyad, que ficava logo atrás da praça, junto ao Parque Vidam, onde também ficava o Zoológico e mais algumas atrações. Ao lado da Praça, à esquerda estava o Museu de Finas Artes, e à direita a Galeria de Arte Contemporânea.

Os Sapatos às Margens do Danúbio - ÉEraum Memorial situado quase em frente com o Parlamento, posicionado às margens do Rio Danúbio. Era uma homenagem aos  judeus exterminados pelos nazistas. Eram 60 pares de sapatos, feitos em bronze, em memória aos Judeus que ali foram assassinadas a tiros e jogadas no rio. Antes de serem assassinados, eles eram obrigados a tirar os sapatos e deixá-los ali. Poderia ser uma visita rápida mas era significativa  e importante.

Zagreb 

A capital croata dividia-se entre Cidade Baixa e Alta. Era na parte alta que ficava a Catedral,  datada de 1094, chamando a atenção de vários pontos da cidade com suas torres gêmeas. O cartão postal da cidade era a Igreja de São Marcos, com seu charmoso telhado de azulejos coloridos formando a imagem dos brasões da Croácia, Dalmácia, Eslovenia e Zagreb.  Essa igreja se destacava por seu portal sul, também em estilo gótico, composto por quinze efígies colocadas em onze nichos. No topo, José, Maria e o menino Jesus e, abaixo, São Marcos, com o leão, e  os Doze Apóstolos ladeando o portal.

Ainda na Praça de São Marcos, ficava o Parlamento, o Palácio do Primeiro Ministro e a Corte Constitucional.  Próximo está o curioso Museum of Broken Relationships, dedicado às histórias de amor desfeitas e, junto a ele, a Torre de Lotrščak, e logo adiante o Teatro Nacional. Para ter uma panorâmica cidade, subimos até o 16º andar da Zagreb Eye, onde havia um deck de Observatório. Circundando a praça, estava a sede do Governo, onde ficava o Presidente, o Palácio do Primeiro Ministro, o Parlamento Croata, e a Corte Constitucional. A cidade tinha muitas referências históricas, como a Praça Ban Jelacic, que homenageava Ban Josip Jelacic, um personagem pátrio que lutara contra os húngaros, em busca da liberdade e unificação da Província da Croácia. Sua estátua sobre um cavalo, empunhando uma espada ficava bem no meio da praça, a mais importante da cidade. Pelo caminho estava a Praça Kaptol, imperdível e com vários monumentos. A linda escultura de Sagrada Virgem Maria, cercada por quatro anjos, esculpida também por Anton Dominik Fernkon. A pujante Catedral de Assunção da Sagrada Virgem Maria, dedicada à Virgem e também ao Rei Húngaro, Santo Estevão, segundo patrono da cidade.

Para dar uma trégua aos monumentos, fomos até a Rua Skalinska, um caminho bem inclinado e cheio de degraus, onde ficam alguns dos bons restaurantes como o Nokturno e o Leonardo,  com mesinhas dispostas sobre os largos degraus, no meio da rua. Ao final da Skalinska ficava a Rua Tkalciceva, exclusiva para pedestres e a mais badalada da cidade. Na parte de trás de um dos bares do lugar, havia uma estátua em bronze, de uma mulher com trajes antigos e sombrinha na mão, era Marija Jurić Zagorka,  um ícone no país. Fora a primeira mulher croata, jornalista, escritora de famosos romances e grande defensora dos direitos da mulher. Sua residência ficava na Praça do Mercado Dolac, onde estavam em exposição  seus utensílios e onde funcionava um Centro de Estudos da Mulher. Se tiver curiosidade, conheça o incrível Cemitério Mirogoj.

 

Saindo de Zagreb, pegamos uma excelente auto-estrada na direção de Karlovac, continuando acompanhando as placas indicativas no rumo de Senji, sem necessariamente visitá-la. Continuamos pela rodovia em direção a Zadar,  Sibenik e Split, todas ao longo da Costa da Dalmácia. Em Split, fizemos o primeiro pernoite. Era uma surpreendente e charmosa cidade à beira do Adriático. Durante o dia circulamos pelo centro antigo e pela orla. À noite, retornamos a esta área para curtir a RIVA, com seus restaurantes, Cafeterias e muito agito. Era aqui onde a grande massa de turistas estacionava até altas horas curtindo o agito, as músicas e savoir vivre. No caminho entre Split e Dubrovnik estava a imperdível ilha de Hvar, que poderia ser acessada de ferry e seria passeio para pelo menos um dia inteiro. Prosseguindo a viagem, seguimos para Dubrovnik, também atulhada de turistas japoneses, chineses e outros de procedência dos países bálticos e do norte da Europa.

Encerrando nossa turnê pelos países bálticos, pegamos a estrada em direção a Zagreb, chegando a tempo de entregar o carro e ir ao aeroporto pegar um vôo da Lufthansa direto a Munich, onde ficamos por quatro dias, impedidos de ficar por mais tempo porque a Oktoberfest começaria cinco dias mais tarde, e não havia nenhuma chance de conseguirmos qualquer tipo de hospedagem. Mas os alemães, que nos aguardem porque ainda ficaremos uma semana por lá, curtindo essa grande festa hidráulica germânica.

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