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LA ROCHELLE - Os museus, as torres e as praias - França 

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ETIAS – Autorização para entrar na Europa

Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido, a partir de novembro de 2023. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não é um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.

 

Como funciona o Etias

O Etias vai precisar ser preenchido por todos os cidadãos dos mais de 60 países fora da UE que hoje podem entrar sem visto. O custo será de 7 euros para as pessoas entre 18 e 70 anos. A Comissão Européia não especificou se crianças menores de idade ou quem tiver mais de 70 anos pagarão uma tarifa reduzida ou se serão isentos. Com a implantação do Etias, a Comissão Européia acredita que vai conseguir aumentar a segurança nos países europeus, além de diminuir a burocracia na chegada e a imigração ilegal, já que terá um cadastro prévio de quem pretende visitar suas fronteiras. Além disso, o sistema pode fazer com que o número de estrangeiros barrados nos aeroportos diminua, pois a autorização (ou negativa da entrada) será feita anteriormente à chegada ao aeroporto. Caso alguém não tenha o Etias  aprovado, poderá recorrer da decisão. O preenchimento do formulário será online e, segundo a Comissão Européia, a autorização da viagem deve sair em poucos minutos. Em alguns casos raros, em que será preciso verificar outros pontos do viajante, a emissão pode demorar até um mês. Após autorizado, o Etias terá validade de 3 anos, válido para entradas ilimitadas nos países europeus – desde que, claro, seja respeitada as normas de imigração de cada país. Ainda não foi divulgado o início do cadastro. 

 

As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta agradável cidade francesa. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar a passagem por aqui e não perder tempo.

La Rochelle é uma cidade de porte médio, com uns 125 mil habitantes, e está localizada há 3 horas de Paris ( 466 km ), usando o trem TGV, que sai o dia todo (das 6h às 20h), da Gare de Montparnasse. É conhecida como La Ville Blanche, pelas fachadas de suas casas,  em pedra calcária, que se destacam com a luz do sol. Já foi um dos principais portos marítimos da França, entre os séculos  XIV e  XVII e de onde os primeiros colonialistas franceses partiram para conquistas no Canadá, no século XV.

Da antiga muralha que defendia a cidade de invasores durante a Idade Média, ainda é possível admirar as torres de La Lanterne, Saint-Nicolas e de La Chaîne. O Farol du Bout du Monde, pequena construção de madeira e réplica de uma existente na Patagônia, pode ser avistado da orla. Ele foi a inspiração do escritor francês Jules Vernes, para o romance Le Phare du Bout du Monde. As piscinas de água salgada e centros de talassoterapia, são outros atrativos do balneário, desde o século XVIII. A badalada Ilha de Ré, ligada a cidade por uma ponte, merece uma visita por suas dunas e praias, onde se pode praticar o surf e o windsurfe, e provar delícias culinárias exóticas, como a alga salicorne, que integra quase todos os pratos locais.

Para visitar

Aquário de La Rochelle

Farol du Bout du Monde

Museu Marítimo

Porto de La Rochelle

Torre de La Chaîne

Torre de la Lanterne

Torre Saint-Nicolas

Huguenotes na França

 

Para quem chega pelo mar, a primeira impressão é encantadora. A Torre da Lanterna é a primeira a dar as boas-vindas. Construída no fim do século XII, servia como posto de vigia e depois como Farol, para  orientar as naves mercantes que aportavam. Protegendo a entrada do porto interior, duas torres bloqueavam a entrada a essa cidade medieval das naves inimigas. A Torre de San Nicolas e a Torre das Correntes formam par defensivo, que impedia qualquer acesso.

As cores da bandeira de La Rochelle mudavam em função do dote, que acompanhava a Rainha Eleonor da Aquitânia. Em 1137, ao casar com Luís VII, em Bordeaux, a  vila de La Rochelle passou a pertencer à França, mas em 1152, com o casamento anulado, Eleonor partiu para casar com Henri Plantagenet, futuro Rei Henrique II, da Inglaterra e La Rochelle passa,   então,  ao domínio da Coroa Britânica por muitos anos. Ricardo  - Coração de Leão, era o filho mais famoso de Eleonor, a mulher que depois viria desgraçar a França.

Em 1178, La Rochelle adquire caráter de Comuna Independente, período em que sua diplomacia oscila entre as duas potências rivais. Somente  em 1372, se liga de forma definitiva à França, mas com autonomia obtida por hábeis negociações. É a cidade francesa com os maiores privilégios, e menos impostos a recolher. Como resultado, as riquezas e o poderio dos seus cidadãos tornaram-se cada vez maiores.

Para defesa dos seus interesses, as muralhas são estendidas; igrejas foram demolidas, as pedras, foram usadas nas fortificações, necessárias para defendê-la de piratas e de frotas inimigas. Com certa liberdade, os negócios prosperam, artesãos vindos de todas as partes da França absolutista, faziam a grande diferença. Os huguenotes, nome dado para os protestantes franceses, transformam La Rochelle na fortaleza de sua fé. As exportações de vinho, de trigo e de sal a tornam o porto mais importante do Norte da Europa, inclusive com ramificações para a Península Ibérica.

De 1570 até 1628, era o bastião dos huguenotes, os sacerdotes protestantes que dominavam os púlpitos; a missa era rezada de modo diferente, em francês, e os representantes de Deus não podiam usar roupas de luxo, como o usual na Igreja Católica. O Museu dos Protestantes, apresenta uma visão de como era a vida por aqui naqueles tempos, em que a França intolerante, tentava impor uma única fé. Don Henrique de Navarra, com a morte de Henri III, na linha de sucessão, precisou aceitar o catolicismo para conseguir apaziguar os ânimos e assumir a Coroa.

Henrique de Navarra, tentou pacificar o seu país e pelo Édito de Nantes, de 1598, foi concedida liberdade religiosa a todos os franceses. A Noite de São Bartolomeu, com seus massacres, precisava ser esquecida. Após a morte de Henri IV, assassinado por um monge fanático, Ravaillac foi esquartejado na atual Place des Voges, em Paris, quando seu sucessor, Luís XIII impõe suas regrad e tenta acabar com as liberdades em La Rochelle, e impor o catolicismo aos rebeldes da cidade. O cerco, o isolamento do porto, a falta de abastecimentos, matou de fome a maioria da população. O Cardeal Richelieu, foi o encarregado da missão, que em 1628 acabou com a liberdade vigente na cidade.

Como a represália, boa parte das muralhas foram demolidas, restando as três torres atuais, símbolos de um passado de glórias e de muitas lutas. Atualmente, é o terceiro polo de turismo nacional, num país que recebe mais de 60 milhões de visitantes estrangeiros ao ano. No século XVIII, muitos franceses residentes na cidade foram para o Canadá para construir uma Nova França, na região de Québec. As igrejas locais mostram nos muros, as frases de adeus dos que partiram.

Em 1776, Benjamim Franklin chega a Nantes, pelo porto do Loire, em busca do apoio francês para o sucesso da Revolução Americana. A ajuda da Marinha francesa, era fundamental para o êxito da rebelião contra os ingleses. Construída nos estaleiros de Rochefort, outro porto vizinho de La Rochelle, a fragata L´Harmonie, zarpou em 1780, com o Marquês de Lafayette a bordo, para ajudar os revolucionários em Boston. O Museu Marítimo, expõe barcos que fizeram parte das epopéias náuticas.  O patrimônio tem fragatas, barcos de pesca, chalupas, rebocadores e barcos à vela, para regatas, muitos dos quais foram vencedores de competições. O Arsenal de Rochefortainda ativo tem instalações para aparelhar e consertar os antigos veleiros, bem como as atuais embarcações.

Como sugestão para um bom aproveitamento da visita,  faça passeios pelo mar, visite o Farol do Fim do Mundo, o Fort Bayard, a Ilha de Ré, a Ile d´Oléron, e as praias do estuário de La Charente. Para o norte, em direção aos pântanos salgados, nas salinas de Guérande, encontra-se outra riqueza da região: o sal. A vila fortificada de Guérande, com suas muralhas intactas, ruelas estreitas, as portas de acesso à Igreja Catedral, situada bem no centro, é lugar para descobrir outros mistérios da região. Durante a 2a Guerra Mundial, para proporcionar repouso e segurança aos comandantes de submarinos nazistas, que atuavam em Lorient e Saint Nazaire, para evitar os ataques aéreos, abrigos secretos e subterrâneos foram construídos e que agora fazem parte das referências históricas.

 

 

 

Aquário

Está localizado em frente ao Porto Velho, não muito longe da torre Saint-Nicolas, é um dos locais turísticos mais visitados na região de Poitou-Charentes e um dos maiores aquários da Europa. Desde sua inauguração, em 1988, rapidamente se tornou uma das principais atrações turísticas da região. Reúne cerca de 12.000 espécies, provenientes de todo o mundo, está dividido em várias seções: o Oceano Atlântico, Mar Mediterrâneo, Caribe e a floresta tropical.

As Torres

Começando as visitas pelo Porto Velho, não deixe de conhecer as 3 torres emblemáticas que marcam a entrada e a saída do porto:

Torre da Corrente

Antes era usada como porta de entrada para o porto. À noite, uma grande corrente era amarrada entre ela e a Torre Saint Nicolas, para fechar o acesso ao porto;

Torre da lanterna -  É um antigo farol, que também serviu como uma prisão;

Torre de Saint- Nicolas 

É a maior delas, que era ligada à Torre da Corrente, para proteger a cidade de perigos e invasões pelo mar. Construídas na Idade Média para proteger a cidade, as torres agora são classificadas como Monumentos Históricos. Foi construída na segunda metade do século XIV. Com trinta e sete metros de altura, esta torre circular é fortificada por quatro torres semicilíndricas engatadas e uma torre retangular. Totalmente em cantaria de pedra calcária, revela paredes de três a seis metros de espessura nas quais os visitantes caminham por um labirinto de corredores, pequenas salas e escadas. Dá para visitá-las, com um único bilhete.

Bunker de La Rochelle –   Rue des Dames, 8 -

É um verdadeiro bunker, que  foi ocupado pelos comandantes alemães durante a Segunda Guerra Mundial, onde se ficará sabendo um pouco sobre a história de La Rochelle, de 1939 a 1945;

Cidade Velha

Começa na junção do Quai Duperré e do Cour des Dames, e tem o acesso marcado pelo Portão do Grande Relógio,  que serve como passagem entre o Porto e o centro da cidade. Caminhando pela área, descobrirá as ruas das Arcadas, onde no passado os comerciantes espalhavam suas mercadorias para protegê-las do mau tempo.

Andando pelo centro histórico, encontram-se  várias mansões, com suas fachadas em madeira ou em pedras esculpidas; a Prefeitura com suas paredes góticas e a fachada adornada, com gárgulas e esculturas; o Palácio da Justiça; o Hotel da Bolsa e a denominada Casa de Henri II; e nas proximidades se pode avistar a Catedral de St-. Louis, que merece uma visita para conhecer seus maravilhosos vitrais, pinturas  e conhecer um pouco mais da história da cidade, transmitida através de vários painéis expostos no interior da igreja.     

City Pass -  

Adquira um City Pass, de 24 a 72 horas, por um preço que variava de 30 € a 50 €, que oferece acesso gratuito e ilimitado a todos os transportes públicos da cidade: ônibus, TER, bicicleta, “bateau passeur”, e ônibus marítimo. Permite livre acesso a todas as atrações e uma visita guiada pela cidade,  nos programas Trilhas do Sabor ou La Rochelle de Bicicleta.

Futuroscope  -

É outro parque, está localizado a 1 h 30 de La Rochelle, situado nas proximidades da cidade de Poitiers. O parque oferece mais de vinte atrações para o visitante mergulhar em mundos fantásticos, e experimentar sensações únicas. Oferece um passeio pelo mundo, danças com robôs,  tudo graças à magia da tecnologia e de telas gigantes. O segundo parque mais visitado da Europa é o Futuroscope, também na França, com 1.8 milhões de visitantes o ano passado. O Futuroscope é um parque temático, criado em 1987, que tenta explicar como será a vida no futuro. Trata-se de uma imensa área com atrações, brinquedos, espetáculos noturnos, concertos, 12 hotéis e vários restaurantes. Futuroscope se encontra no meio do caminho entre Paris e Bordeaux.

Museu de Automação e modelos de escala –  Rue de la Désirée, 12/14 -  La Ville en Bois -

Reúne mais de 300 autômatos móveis, e várias reproduções de barcos antigos. De dentro de uma passagem, descubra suntuosas embarcações do século XVIII, a "Salamandre", a "Canoa Imperial". As grandes horas da navegação são contadas através de um notável espetáculo de som e luz. Sua jornada continua passeando em frente às locomotivas de ontem e de hoje, e termina passando pela estação de La Rochelle, Fort Boyard, sem esquecer muitas miniaturas.

Museu de Belas Artes –   Rue Fleuriau, 10 -

Guarda uma formidável coleção de pinturas europeias, do século XV ao XX;

 

Museu de História Natural  Rue Albert 1er, 28 - 

Apresenta cerca de 10.000 objetos relacionados a natureza; 

Museu Marítimo - Place Bernard Moitessier - 

Através de modelos, gravuras e inúmeros objetos náuticos, o visitante poderá conhecer um pouco mais da história marítima de La Rochelle, a partir do ano 1.000 até os portos contemporâneos. Dispõe, para visitação, um veleiro, arrastões e um rebocador, ancorados  em suas margens.

Museu Novo Mundo –  Rue Fleuriau, 10 - 

Trata sobre as relações da França com as Américas e o Caribe;

Parque Charruyer - Chemin des Remparts - 

Instalado no coração da cidade, é um grande jardim público de 40 hectares e 2 km de comprimento. Cortado por um canal e ladeado de árvores, é um lugar agradável para uma caminhada. O Parque tem um recanto infantil e um mini zoo que encanta os jovens.

Porto Velho

O antigo porto, tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento da cidade, desde a Idade Média, graças ao infame comércio triangular (tráfico de escravos). Hoje, é uma Marina onde se pode passear pela orla do cais. O Quai du Carénage, o Quai Duperré e o Cours des Dames, são muito animados e turísticos no verão, com muitos pintores de rua e apresentações populares.

Praia da Concorrência -

Fica a 5 minutos a pé do centro da cidade e está bem equipada, para um dia com as crianças. Há também uma rampa de acesso para pessoas com deficiência física;

Praia de Chef-de-Baie 

É afastada do centro, mas a mais agradável, porque é protegida do vento por um paredão. Uma grande área de gramado, acima da praia permite que as crianças brinquem com tranquilidade;

Praia de Les Minimes

Contrariando seu nome,  é a maior da cidade, com várias lojas e restaurantes. Também equipado com rampas de acesso para PNEs.

 

Puy du Fou -

Está situado a 1 h 30 de La Rochelle, é um parque temático histórico, com shows, reconhecido por sua originalidade e criatividade, que recebeu desde 2012, vários prêmios, entre os mais prestigiados do mundo. O Puy du Fou, oferece vários shows, baseados em temas históricos, como jogos de Circo e Vikings. Não perca o espetáculo Cinescénie, o maior show noturno do mundo. São 1 h 40 de show, 2 mil atores e um guarda-roupas com mais de 24 mil fantasias.  Dentro do parque encontram-se reconstruções históricas de aldeias de diferentes épocas, além de restaurantes e hotéis. Com a pandemia, as apresentações estava suspensas e sem data para retomadas das apresentações.

Onde dormir

Hotel Cour des Dames -$$$ - Rue des Dames, 27 -

É um ótimo B&B com boa localização, quartos com TV de tela plana, bom banho e o café da manhã é excelente.

Hotel de La Paix $$ Rue Gargoulleau, 14 - 

Fica situado no coração da cidade velha, confortável e bem decorado, com quartos de 70 € por noite, e café da manhã farto a 12 €.

Hotel Les Brises - $$$ - Vieux Port Ouest, 29 -

Situado a 10 minutos a pé da praia e a 2 km do Porto Antigo. Os quartos com vista para o mar, eram a partir de 80 €, com café da manhã incluído.

La Belle Amarre - $$$$ -  Rue de L`Escale, 27 -

Os quartos da pousada são equipados com área de estar, TV de tela plana com canais via satélite e banheiro privativo com roupões de banho e chuveiro. Um ótimo café da manhã continental é servido diariamente.

Novotel Rochelle Centre - Av. Prte Neuve -

Está localizado a 10 minutos, a pé da praia e da cidade velha. Os quartos duplo são amplos e modernos, a partir de 120 €, era a diária com café da manhã incluído.

Residence New Rochelle  -  Av. du Lazaret, 17 -

Está localizado a 5 minutos a pé da praia, e a 2 km do Aquário. Oferecia estúdio equipado com kitchenette, a partir de 50 € a diária.

Onde comer

L’ Atelier des Cousins - Boulevard de La Mer, 69 -

Está situado no centro histórico, oferece deliciosos pratos baseados em produtos frescos e grelhados.

Le Bistro de Memé –  Av. des Minimes -

Está localizado no Distrito do Mercado. Ambiente vintage, oferece um restaurante com ótimos pratos, preparados com produtos locais e também opções de pescados.

Les Pérot-Quais –   Rue Saint Jean du Pérot, 15 -

Fica numa rua paralela à Cour des Dames, muito perto do antigo Porto. É um moderno restaurante, com um conceito original. Não há "entradas", mas oferece a escolha entre vários pratos (“océane, parisiennes, pérot-quai”) feitos de vários tipos de carne ou peixe e igualmente fartos e saborosos.

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