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 JOHANNESBURG  - A principal cidade - África do Sul  parte 1/2

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As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta que é uma das três capitais da República Sul Africana. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...

Johannesburg não era tradicionalmente conhecida como um destino turístico, mas tinha também o principal Aeroporto do país, como ponto de escala de vôos para Cidade do Cabo, Durban, Porto Elizabeth e o Parque Nacional Krüger, e também era escala de vôos que se destinavam a países da Ásia  e do Oriente.

As atrações recentes se concentravam em torno dos museus de história do país, como o Museu do Apartheid e o Museu Hector Pieterson. O Gold Reef City, um grande Parque de diversões no sul do Distrito de Central Business, era uma nova referência turística. Se não tiver programação para  visitar um Parque de vida animal, contente-se em visitar o Zoológico da cidade. A Nelson Mandela Square, era um local privado da cidade, com lojas e vários restaurantes. Ficava junto de Sandton City, em um Complexo seguro e enorme, onde havia várias opções de entretenimento e hotéis. Essa área era recomendada para hospedagem.

Dicas e Recomendações

Brasileiros que viajassem a turismo ou negócios por até 90 dias, para a África do Sul, não precisavam de Visto, bastando apresentar o Passaporte (com, ao menos, uma página em branco) e um mês de validade do documento, contando da data programada para retorno ao Brasil. Apesar de não haver necessidade do Visto, era obrigatório apresentar o Certificado Internacional de Vacinação, constatando que a vacina contra febre amarela fora aplicada pelo menos dez dias antes da viagem. A vacina poderia ser obtida em qualquer Posto de Saúde público, que emitiria um comprovante. A moeda oficial na África do Sul era o Rand, e era ela que deveria usar em suas transações. Se viajar para outras áreas da África ou fizer um Safári, outras vacinas poderão ser exigidas. Era importante conferir as exigências de cada país e as recomendações de cada Parque de Vida Animal. 

Muitos brasileiros que viajavam ao exterior costumavam alugar carro para circular livremente e conhecer melhor o país e as regiões por onde iria circular. Na África do Sul, a situação não era tão fácil como na Europa ou Estados Unidos, por exemplo. Começava que a Locadora exigiria o PID – Permissão Individual para Dirigir, e sem a qual, não liberaria a locação do veículo. Outro diferencial importante: a mão de direção era à moda inglesa, ou seja, a direção do carro ficava no lado direito e teria que se acostumar em dirigir na  contra mão. O país tinha onze idiomas oficiais, entre eles: zulu, xhosa, afrikaans, e o inglês. Era comum, os sul-africanos falarem ao menos duas línguas - a língua nativa, que utilizavam ao conversar com a família, e o inglês, que era falado por praticamente toda a população. Se souber inglês, será suficiente para se comunicar. Os sotaques no país eram variados mas, normalmente, se ouvia bastante o sotaque britânico.  Não raramente, um sul-africano falava cinco ou seis idiomas, pois no dia a dia, com a família e os amigos, muitos conviviam com pessoas de diferentes línguas.

​As tomadas elétricas tinham três pinos arredondados, porém uma parte dos hotéis utilizavam os padrões das tomadas internacionais, aquelas tomadas com dois pinos chatos ou dois pinos redondos. Adaptadores podiam ser comprados em Supermercados ou requisitados na Recepção do hotel. A rede elétrica era de 220 v. O UTC+2, era o padrão de horário utilizado na África do Sul; portanto, o país encontrava-se cinco horas à frente do horário oficial de Brasília. Poderia ser um pouco complicado se ajustar ao horário africano, especialmente na primeira noite de sono. Com exceção dos vinhos, não eram vendidas bebidas alcoólicas nos Supermercados. As cervejas e destilados eram vendidos em lojas que funcionavam até as 18.00h, de segunda a sexta, fechando ainda mais cedo aos sábados e aos domingos.  O comércio em geral fechava por volta das 18.00h. Para compras, a melhor pedida era ir a um Shopping, que ficavam abertos até as 21.00h. Os restaurantes fechavam em torno das 23.00h e alguns poucos ficavam abertos até mais tarde. Fazer reserva

era sempre uma boa recomendação. 

​Segurança -

Johanesburgo era considerada uma das cidades mais violentas do mundo e muitas pessoas tinham receio de visitá-la, devido a essa informação. Era preciso ter cuidado, mas não havia motivo para não conhecê-la. A violência aqui era crescente, mas não endêmicas como na cidade do Rio de Janeiro e em algumas capitais nordestinas, como Recife, Natal e Fortaleza. Não se via tantas pessoas caminhando pelas ruas, a não ser em áreas específicas, e não havia tanta gente aguardando pelo   transporte público nas vias, como aqui no Brasil. O CBD ( centro ) era uma região em que os moradores da cidade aconselhavam a não andar à pé e não circular durante a noite.

​VAT - Tax Refund - Os produtos como roupas, perfumes e outros objetos podiam ter o VAT (imposto sobre valor agregado) devolvido. Para fazer a operação, bastava seguir algumas etapas. O Importante era guardar as notas fiscais (tax invoice) de todos os produtos que  comprar e juntá-las até o final da viagem. Quando estiver pronto para retornar, vá a um VAT Refund Office ( em Sandton ) com as notas ficais e o Passaporte. Nesse local, as notas fiscais serão analisadas e receberá um documento com dados do reembolso (VAT Refund Claim). No Aeroporto e, antes de fazer seu check-in, vá a um do Posto VRA e apresente o VAT Refund Claim. Nesse local suas compras podem ser inspecionadas, para confirmar que estava portando os produtos que afirmara ter adquirido. Gente desconfiada tem em toda parte! Depois da confirmação, deveria ir ao escritório do VRA e receber o pagamento do imposto restituído. Era uma mão-de-obra, mas dependendo do valor das compras poderia valer.

Câmbio - Existiam caixas eletrônicos em todas as cidades da África do Sul, mas em geral, com limite de saque em valores baixos. Até 2018, o cartão de crédito quase não era aceito em nenhum estabelecimento, e por isso era necessário levar dinheiro vivo, preferencialmente em dólares, que eram bem aceitos e podiam ser trocados pela moeda local.

Cartões de crédito - Leve mais de um cartão, para não ter surpresa ou passar dificuldades. Cuidado ao sacar dinheiro em caixas eletrônicos que, em geral, ficavam do lado de fora da agencia bancária e eram alvo fácil para a clonagem.

Comidas típicas - Se tiver vocação para piloto de prova, cuidado ao experimentar comidas típicas em qualquer país africano. Na dúvida, peça um peixe grelhado, um frango frito ou cozido, um assado de carne de gado ou uma massa ao alho e óleo ou na manteiga. Na África do Sul o churrasco era chamado de braai, feito na grelha e geralmente de carnes de avestruz, crocodilos, cervos ou antílopes e até de búfalo, que por sinal era muito forte e dura. As carnes de antílopes e cervos eram as mais macias e tinham um sabor mais chegado ao nosso gosto. 

Frutas - A variedade de frutas era enorme, e algumas seramexóticas para nós brasileiros. Em todos os lugares, encontraria frutas frescas e de origem garantida. Na África do Sul, o forte era a tangerina. Tinha até sabonetes, loções e spray odorizantes com cheiro de tangerina. Alguns hotéis utilizavam o spray tangerina para perfumar os quartos.

Identificação - Enfatize sempre, que você era brasileiro. A população local gostava muito dos brasileiros, sendo receptiva e interessada em nossa cultura. Se levar algum tipo de souvenir, servirá como um abrir as portas para qualquer situação. Eles sempre farão questão de apertar sua mão, o que deverá fazê-lo sem nenhum temor.

Pechincha - Quando comprar alguma coisa, lembre-se de que o verbo pechinchar, era uma regra básica em todo o território sul-africano.

Religião - A religião muçulmana era forte em todo o território africano, por isso recomendava-se ter cuidados com os hábitos e costumes, principalmente se for visitar alguma Mesquita, e com os horários das meditações. Como em todos os lugares onde a religião muçulmana predominavam, não havia tolerância para deslizes. Nesse quesito eles eram exageradamente exigentes.

 

Referências históricas e turísticas

Berço da Humanidade - R563 Hekpoort Road - Sterkfontein -

Era considerado Patrimônio Mundial, estava a 25 quilômetros a noroeste da cidade. O sítio arqueológico de Sterkfontein, era famoso por ser o mais rico sítio de hominídeos e por ter produzido o primeiro adulto Australopithecus africanus, e o primeiro esqueleto encontrado quase completo de um ser humano. Entre os locais de destaque no sítio estavam Maropeng Visitors Centre e as cavernas de Sterkfontein. Como o Parque ficava distante de Johanesburgo, a recomendação era visitá-lo com carro alugado ou através de uma Agência de Viagens, que também ofereciam serviço de Guia especializado. Com uma quantidade de bons Shoppings, passear por alguns deles ou fazer algumas compras, acabava sendo um programa que todo mundo apreciava. A dica era ir ao Sandton City, ao Mandela Square, ao Melrose Arch ou ao Montecasino, que não tinha tantas lojas, mas era uma excelente opção para ir à noite e escolher um bom restaurante.

Casa de Mandela -  Vilakazi Street, 8115 - Orlando West - Soweto -

Nelson Mandela fora uma das grades personalidades sul-africanas e quem o admirasse não deveria deixar de conhecer a Mandela House. Era negro, formado em Direito, ex-presidiário e ex-Presidente da África do Sul, vivera por muitos anos em Soweto e conhecer a casa onde morara, era uma forma de conhecer um pedaço de sua história e seu legado. Nada a ver com a estória de um personagem nosso conhecido que se considera o homem mais honesto do mundo. Quem nasceu para Luis Inácio, jamais chegaria a ser um Nelson Mandela. A casa fora construída em 1945, mas Nelson Mandela só se mudara para cá no ano seguinte, em 1946, com sua esposa e seu filho mais velho. Anos mais tarde, em 1957, Mandela se divorciara e sua nova esposa, Winnie, passara a viver aqui. Foi depois desse período, que se intensificara a luta de Mandela pela causa dos negros no país. Em 1962, fora detido e, mais tarde, condenado à prisão perpétua. Grande parte de sua vida na cadeia, fora em Robben Island, perto da Cidade do Cabo.

Centro de Holocausto e Genocídio  – Duncombe Road, 1 – Forest Town - Gauteng

Fundado em 2008, mudara-se para suas modernas instalações atuais em 2016. Era dedicado à memória das vidas perdidas no passado e à educação das gerações futuras. O JHGC tinha como objetivo contar as histórias das vítimas de racismo, xenofobia, preconceito, anti-semitismo e homofobia ao longo dos anos. Eram histórias às vezes tão comoventes, às vezes intrigantes, que sempre conseguiam chegar ao fundo dos corações e mentes dos visitantes do museu. O objetivo do museu era despertar seus visitantes para os perigos da apatia; a profunda ameaça de silêncio em face do tratamento injusto. Os visitantes saberiam que era direito e responsabilidade de todo ser humano, garantir liberdade e justiça para nós mesmos e uns para os outros. Havia uma exposição permanente que levava os visitantes ao longo da história do Holocausto e outras formas de genocídio durante as duas Guerras Mundiais e o resto do século XX. As vozes reais das vítimas, socorristas, perpetradores e espectadores, eram usados para narrar uma versão muito tocante do que acontecera por meio desses eventos tumultuados. Havia também filmes, fotografias, artefatos e testemunhos escritos. Todas essas mídias se combinavam para criar uma experiência muito real. Abria de segunda a sexta das 9.00 as 16.30h e aos domingos das 9.00 as 15.00h.

Constitution Hill Museum - Canto Kotze  Street, 11  - Braamfontein - 

Em 1892, parte do Complexo fora construída para ser uma prisão, sendo inaugurada em 1893 para receber somente prisioneiros brancos. A prisão se tornara um Forte Militar no ano de 1896, quando um grupo de estrangeiros britânicos tentara derrubar o Governo Boer (descendentes dos holandeses) e assumir o comando de Johanesburgo. A invasão falhara,  levando o Governo a construir uma série de Fortalezas para aumentar sua capacidade militar. Uma dessas era o Forte Velho, construído em torno da prisão.  Em 1902, após o final da guerra Anglo-Boer, o local voltara a ser uma prisão, onde grandes nomes da história mundial estiveram presos,  como Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, Nikiwe Deborah Matshoba e Winnie Mandela, além de centenas de outros ativistas que lutaram contra o Apartheid. O prédio abrigava, em alas separadas, negros e brancos. A mais temida era a Ala Quatro, onde ficavam os negros. Não só as celas e os anexos, mas também a dieta alimentar eram diferente para os presos, assim como a divisão dos trabalhos. Os negros trabalhavam nas minas e na construção civil, no trabalho braçal mais maçante e pesado, enquanto os brancos e os mestiços faziam trabalhos administrativos.

O alimento servido para os prisioneiros negros, coloured e brancos, era bem diferente. Os brancos recebiam leite todos os dias, ao passo que os negros e coloured, não recebiam este alimento. Os brancos recebiam pão diariamente, em diferentes porções, já os negros não recebiam nenhum. Além da falta de leite e pão, os prisioneiros negros eram privados de açúcar, farinha e gordura. O que eles recebiam em abundância era uma mistura de milho com fermento, chamada de Puzamandhla, que lhes dava força para agüentar os trabalhos braçais. Não bastasse a escassez de alimentos, a parte negra da prisão também sofria na hora do banho e de usar o banheiro. Existiam apenas 12 chuveiros sem aquecimento e jorrando água por apenas 30 minutos. E nesses 30 minutos, mais de 2.000 presos tinham que lutar para poder tomar seu banho.

Os banheiros tinham latrinas no chão, e os sanitários eram abertos e voltados para o local onde eles se alimentavam! E quem precisava usar o sanitário, se sentia humilhado por ter de fazer suas necessidades em frente aos demais. Ficar exposto e nú na frente de seus companheiros de cela, era uma das humilhações sofridas diariamente pelos prisioneiros. Mas a TAUSA era ainda pior: Os negros que trabalhavam nas minas eram obrigados a ficar nus na frente dos demais, se agachar com as pernas abertas, pular e agachar novamente, para que assim os guardas se certificassem de que eles não estavam escondendo nada no ânus. Os ingressos para o Museu custavam desde 30 rands. Para visitar o local, recomendamos ir de táxi (combinando o horário de retorno com o taxista, pois não havia pontos de táxi próximos) ou com o ônibus do City Sightseeing. Abria a visitação das 9.00 as 17.00h.

Croc City -  Era um ponto turístico indicado para quem gostasse de animais exóticos e até um pouco mais perigosos. O Parque tinha crocodilos, aranhas, cobras e ainda oferecia a oportunidade a seus visitantes de segurarem um filhote de crocodilo para uma selfie. Aqui se poderia ver crocodilos de até 5 metros, e observar os animais sendo alimentados.

Kapama Private Game Reserve -  Além de ser um parque de animais, era uma excelente opção para quem quizesse fazer um safári. O local tinha acomodações luxuosas e era ideal para conhecer as savanas africanas e, ao mesmo tempo, dispor de uma boa estrutura. Estava localizado a cerca de 460 km de Johannesburg, possuia quatro excelentes hotéis. Kapama era uma gigantesca Reserva Privada, próxima ao Krüger Park. A vantagem disso era que os animais estavam concentrados, sendo mais fácil encontrá-los. Os Guias se comunicavam por rádio, então se alguém visse um leão em determinado ponto, avisaria e outros Guias podiam tentar chegar a tempo para observa-lo. O safari era realizado somente com os veículos do hotel, e com Guias/Rangers especializados e trackers. Era diferente do Krüger National Park, onde se podia circular com o próprio carro. 

Krüger National Park - Chegava-se por terra ou via aérea até a pujante localidade de Nelspruit ( Mpumalanga ), onde ficava a entrada principal para o Krüger National Park e para a Reserva de Sabi-Sabi. O Krüger era considerado uma das maiores Reservas da Vida Animal do mundo, com cerca de 150 espécies de mamíferos e mais de 500 variedades de pássaros. Para ajudar no planejamento de sua visita, era importante entender como funcionava o Parque, que tinha 9 portões de acesso, todos na África do Sul. Não era permitido o acesso pelos portões ligados aos países fronteiriços, como Moçambique e o Reino de Suazilândia. Dentro do território do Park,  existiam as concessões privadas para Lodges (pousadas luxuosas), além de reservas privadas ao redor do Krüger, com diversos Lodges mais econômico, mas com todo o conforto e segurança. Todas faziam parte do Greater Kruger National Park, e não existia cerca entre eles, possibilitando aos animais circular livremente. As reservas privadas eram luxuosas e costumam ser do padrão all-inclusive: hospedagem, Safari guiado e pensão completa.

Existia também hospedagem do próprio Park Kruger, com dormitórios, apartamentos com infraestrutura para cozinhar, cabanas, camping e  outras mordomias. Por serem muito mais em conta, do que os Lodges nas Reservas Privadas, tinham uma demanda maior e precisava ser reservadas com antecedência. Era permitido o acesso ao Park com comidas mas menos bebidas alcoólicas. Uma Agencia Operadora recomendada para quem visitar o Park era a Kruger South Safaris, que era administrada pela proprietária Denise Carey, que tinha mais de 30 anos de experiência como Guia do Safari do Parque Nacional Krüger, era apaixonada pela vida selvagem e uma excelente profissional de turismo. Também chegava-se pelo portão Phalaborwa, onde tinha uma pista de pouso para pequenas aeronaves.

Lion Park - R512 Pelindaba Road - Hartbeespoort - Broederstroom - 

Era considerado uma atração de expressão mundial, e um dos principais pontos turísticos de Johanesburgo. Quem gostasse de animais, não deveria perder a oportunidade de visitar esse Parque, que fazia um trabalho de preservação das espécies e educação, a respeito dos animais africanos. Era um pedacinho da selva, nos arredores da cidade, e que permitia ver de perto espécies raras como o leão branco, além de hienas e chitas. Ao lado, ficava o Croc City Crocodile & Reptile Park, obviamente, com muitos  crocodilos e aranhas gigantes.

Melville - Era um dos bairros mais atraentes, repleto de Cafés, livrarias e lojas. Em sua rua principal, a Seventh Street, existiam vários antiquários e sebos, e mais ao norte estava o Melville Koppies Municipal Nature Reserve, um parque com belas trilhas para caminhadas.

Museu Origins Centre da Universidade Witwatrsrand – Yale Road & Enoch Sontonga Avenue  - Braamfontein-

Era uma visita imperdível para qualquer pessoa interessada na herança humana da África do Sul e nas origens da humanidade. Também era uma parada recomendada antes de uma visita a Maropeng e às Cavernas de Sterkfontein, no Berço da Humanidade, ao norte de Johanesburgo. Além de abrigar a maior coleção de arte rupestre de San Bushman, do mundo, o Origins Centre era conhecido por suas excelentes exposições. Sua  extensa coleção de arte rupestre era fornecida pelo Wits Rock Art Institute e incluia exemplos das primeiras pinturas rupestres já encontradas em todo o mundo.

 

Exposições e exibições permanentes sobre a humanidade, eram de classe mundial e conduziam o visitante a uma extraordinária jornada de descobertas, começando com as origens conhecidas da humanidade na África e continuando com o desenvolvimento humano através dos tempos – da arte e simbolismo à tecnologia moderna na África. Havia uma extensa exibição de ferramentas de pedra e outros artefatos desenterrados, no Berço da Humanidade e em outras áreas da África Austral, bem como os ossos e crânios dos primeiros hominídeos – os chamados ancestrais homem-macaco,  dos humanos modernos. As exposições de San Rock Art detalhavam as escavações, a história e a cultura do povo San, seus descendentes atuais na África Austral, e tentavam interpretar a incrível quantidade de arte rupestre e pinturas rupestres que foram descobertos na África do Sul e que ainda podiam ser encontrados, particularmente no Estado Livre Oriental.

Museu do Apartheid - Esquina da Northern Parkway & Gold Reef Roads - Ormonde.  -

Era um dos pontos turísticos que não deviam ficar de fora de nenhum roteiro, por menor que fosse o tempo em Johanesburgo. O nome dava uma prévia do que encontraria no lugar, mas só ao visitá-lo se poderia sentir  como foi o Apartheid e entender o impacto que ele causou na sociedade. Já no momento da compra de ingressos (R65), uma curiosidade chamava a atenção: o papel que permitia a entrada no museu tinha uma inscrição aleatória que dizia entrada para brancos ou entrada para não brancos, e era esse ingresso que definia qual porta você deveria tomar para acessar o Museu - se seu ingresso indicaria uma entrada para brancos, deveria entrar na porta para brancos; se indicasse entrada para não brancos, deveria acessar pela porta equivalente. As duas portas distintas na entrada no Museu, com uma divisão baseada apenas na cor da pele, podiam chocar, e era essa a intenção: mostrar quão discriminatório era o regime de segregação racial. 

No interior do museu, o acervo era grande. Continha fotos, vídeos, painéis, objetos e outros artigos que contavam a história de pessoas comuns e de pessoas famosas, como o ex-Presidente sul-africano Nelson Mandela, durante o Apartheid. Mais do que contar a história de pessoas e mostrar como fora a segregação, o Museu tinha o objetivo de conscientizar os visitantes e promover a luta contra a discriminação racial. Reserve ao menos duas ou três horas para visitá-lo, porque tinha muitos pontos interessantes. Caso não consiga compreender os textos em inglês, recomendamos que visite o local acompanhado de um Guia que falasse português ou espanhol .

Museu dos Trabalhadores –  Jeppe Street, 52 -  Newtown -

A exposição era focada nos anos do início dos anos 1900 aos anos 1970, revelava as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores migrantes. O Museu mostrava as condições de escravidão que os trabalhadores tinham que suportar, retratadas na exposição permanente do Museu, que incluia os dormitórios originais, beliches de concreto e sala de punição. As seções do Complexo agora eram usadas como salas de reuniões e havia uma pequena biblioteca, com livros relacionados à história do trabalho e à teoria socialista. O museu estava instalado na ala oeste restaurada, enquanto a ala leste, havia um espaço temporário para exposições e encontros comunitários. 

Museu James Hall do Transporte – Klipriviersberg 106-Ir - Sul de Johannesburgo -

Em conjunto com a Câmara Municipal, o falecido James "Jimmie" Hall fundara este Museu, em 1964. James Hall era um entusiasta de carros, com interesse especial em modelos antigos. O automóvel mais antigo em exposição era um Clement Panhard, de 1900. Peter Hall, filho de Jimmie,  era o chefe do Museu até se aposentar, no final de dezembro de 2012. Peter honrara o legado de seu pai, colecionando e preservando carros antigos. O Museu abrigava uma coleção de mais de 2.500 itens e era o maior do gênero na África do Sul. Estavam expostos ônibus, trens, carruagens, motocicletas, carros clássicos, esportivos, karts e bicicletas, carros de bombeiro, veículos a vapor, trolley buses e double-decks. O Museu podia ser acessado facilmente através do City Sight Seeing Joburg, pelo sistema Hop On - Hop Off, descendo na parada '3', ao lado do Pioneers' Park.

Safári - Ao fazer um Safári, escolha um programa que contemple quatro ou mais dias, porque nunca se saberia quando iria conseguir avistar os animais. Informe-se sobre qual a melhor época para visitar cada Parque de Vida Animal, porque as  migrações ocorriam em certos períodos e dificultavam a visitação. O custo de um programa para Safári, não era barato, e o deslocamento exigia sempre uma viagem. 

Satyagraha House – 15 Pine Road & Garden Road - Orchard

Entre 1908 a 1909, Mahatma Gandhi morara nesta casa com seu amigo Hermann Kallenbach, um arquiteto judeu-alemão que projetara o espaço. Aqui ele dedicara seu tempo a viver uma vida meditativa simples e desenvolver e promover sua nova filosofia de satyagraha (resistência passiva e desobediência civil não violenta), que ainda era extremamente influente. A casa agora era uma bela Pousada e museu dedicado aos princípios de Gandhi e oferecia aos visitantes uma experiência contemplativa e espiritual. As exposições do museu incluiam várias fotos, correspondências, entradas de diário e citações inspiradoras, maravilhosamente exibidas e espalhadas pelos vários prédios da Pousada e pelo tranquilo jardim.

Soweto (South Western Townships) -  Era praticamente uma cidade nos arredores de Johanesburgo. Muitos trabalhadores que emigraram, foram morar nos subúrbios da cidade para explorar as minas de ouro, e fora assim que surgira Soweto, anos depois, com a instalação do regime de Apartheid. O Complexo do Market Theatre alcançara notoriedade nas décadas de 1970 e 1980, e hoje era um centro da dramaturgia moderna sul-africana. A maioria das indústrias ficava em torno dos distritos de Soweto e Alexandra. Os visitantes iam ao Soweto para visitar o Museu de Mandela, situado na antiga casa de Nelson Mandela.

Onde dormir

Era uma cidade grande e com muitos bairros. Escolher onde ficar era uma das partes mais importantes do planejamento da viagem à cidade, porque as distâncias de uma atração a outra eram grandes, e o transporte público não era dos melhores. Escolher um hotel bem localizado e próximo de uma área comercial, era a melhor recomendação. Considerando questões de segurança e as grandes distâncias, e também porque quase não se andava a pé à noite, principalmente, a não ser em determinadas áreas, onde foram criados Complexos hoteleiros e de entretenimento, que eram fechados e bem seguros. Ficar hospedado próximo de uma dessas áreas, fazia toda a diferença para quem gostasse de caminhar com tranquilidade. Uma recomendação era ficar em Sandton, a área hoteleira mais concorrida da cidade, com hotéis, shoppings, restaurantes e uma estação do Gautrain. A sugestão por aqui era ficar no entorno de Sandton City e da Mandela Square. Alguns hotéis dessa área, principalmente os que não ficavam junto a Sandton City, costumavam oferecer transporte gratuito ao lugar.

Uma região que tinha acesso fácil ao Gautrain e próxima de Sandton era Rosebank, uma área com um lado residencial, que vinha crescendo, ganhando hotéis charmosos e Shoppings, tornando-se também um bom lugar para se hospedar. A área central tinha vários e bons hotéis, mas como a recomendação por aqui era não transitar à noite, e melhor era ir para outro lado. Na última vez que estive, fiquei hospedado num enorme hotel chamado Carlton Centre Tower, um prédio de 50 andares, que tinha no sub-solo e no térreo um movimentado shopping. Se quiser caminhar com tranquilidade e segurança, a sugestão era a Melrose Arch, um Complexo Empresarial com hotéis, Shopping, restaurantes e lojinhas de rua. Para ficar hospedado numa área residencial, com acomodações mais íntimas, como as guest houses, fique em Melville, que tinha uma boa e movimentada vida noturna um comércio e restaurantes razoáveis.

Onde comer

Café Del Sol  Olivedale Corner Shopping Centre - Corner President Fouché Dr & Olive Road - Olivedale -

Era o restaurante mais cotado na cidade. Eram quatro unidades e a unidade de Parkhurt era mais agradável e bonita. Oferecia comida italiana de primeiríssima qualidade. 

Cape Town Fish Market - Sandton City Shopping Centre – Sandton  - 

Quem gostasse de peixes e frutos do mar deveria conhecer esse restaurante, que estava em diferentes locais na África do Sul - um deles estava no Sandton City, um dos melhores Shoppings. Além de peixes e frutos do mar servidos de formas tradicionais, encontraria comida japonesa e pratos preparados à moda africana. 

Escondido Post Office Center - Corner of Rudd Road and Otto Street - Illovo - 

Era um prestigiado restaurante espanhol de tapas, localizado junto a um pequeno Shopping, onde também tinha um excelente restaurante italiano, o Assaggi. O lugar lotava às sextas-feiras, e era ideal para ir com amigos tomar um drink e dividir os petiscos.  

Ghirardellis Cappuccino & Italian Restaurant - Nelson Mandela Square, Maude St & 5th Street, 11 - Sandton

Era um restaurante especializado em pizzas e massas, localizado bem no centro da Nelson Mandela Square.   O ambiente era simples e a comida era boa, mas nada de especial. Um prato de massas custava entre 60 e 90 Rands.

Moyo -  Ficava junto ao Zoo Lake Park e Prince of Wales Drive -

Era especializado em cozinha africana, com unidades nas cidades de Johanesburgo, Pretoria, Durban, Cidade do Cabo e Stellenbosch. Em Johanesburgo, estava situado no Complexo Melrose Arch. O ambiente era bem descontraído, tinha uma bonita decoração e os empregado eram muito atenciosos e se apresentavam usando trajes típicos.

Potato Shed Ficava na Esquina das Ruas Miriam Makeba e Carr -  

Se estiver com muita saudade de comida brasileira, poderia pedir um Rump Picanha, ou uma entrada de Biltongs, um tipo carne seca sortida. 

Restaurante Parreirinha Pegar a Turf Road e chegar ao número 9 da 6ª  Street – La Rochelle  -

Conforme o próprio nome dizia, era um restaurante português especializado em comidas mediterrânea e outras das santas terrinhas. Tinha um bar ao ar livre, que lotava nas noites de verão.

Tashas - Shop No. G28, -The Zone, Oxford Road - Rosebank -

Era um restaurante tradicional, que poderia ser encontrado em vários bairros da cidade e as pessoas adoravam. Aqui se podia encontrar desde um caprichado café da manhã, até um almoço ou jantar mais elaborado. Tinha uma grande mesa de doces e pâtisseries, que era a alegria dos gulosos. Em razão da grande demanda, lembre-se de pedir ao Concierge de seu hotel para reservar uma mesa.

The Grillhouse -  Oxford Road & Biermann Avenue – Primeiro Piso - Hyatt Centre. -

Ficava dentro do Rosebank Mall, um lugar charmosíssimo! Era um dos 15 melhores restaurantes de carne do mundo, segundo reportagem de uma revista, que estava afixada no hall de entrada. E não era caro, e era muito bom, ambiente elegante e agradável e oferecia carnes de primeiríssima. Atendimento top!. Era considerado um dos cinco melhores restaurantes do país. Tinha uma excelente carta de vinhos, com ênfase nos vinhos da região da Cidade do Cabo.

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