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ISTAMBUL -  A Mesquita Azul, o Topkapi e o Chora Museu -  Turquia 

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As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta histórica e  surpreendente cidade turca. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...

Istambul, que no passado era chamada de Bizâncio e depois Constantinopla, era a maior cidade da Turquia, e a quarta maior do mundo, rivalizando com Londres, como a mais populosa da Europa, com mais de 13 milhões de habitantes alojados em sua área metropolitana. Situada às margens do Estreito de Bósforo, que separava a Europa da Ásia, Istambul tinha um pé no Oriente e outro no Ocidente. A sua posição geográfica, dizia muito sobre a cidade. De um lado, o chamado às orações que emanava das Mesquitas, e suas mulheres cobertas com véus, garantiam o exotismo que se esperava da maior cidade da Turquia. Do outro, uma metrópole moderna, uma nação islâmica progressista e cada vez mais alinhada à União Européia. Para tanto, tratara de deixar impecáveis suas principais atrações turísticas. Algumas das Mesquitas mais belas do mundo, palácios suntuosos e monumentos históricos bizantinos, faziam parte do seu cardápio de atrações. O lado moderno e mundano da cidade, onde se comia muito bem e uma noite que pulsava com uma força surpreendente, também merecia a atenção do turista.

Fundada como colônia grega, sob o nome de Bizâncio, no século 7 a.C., a cidade florescera com as rotas mercantis que se cruzavam na região, vindas da Ásia, do Mediterrâneo e do Mar Negro. Por ali circulavam vinho, mel, óleos, especiarias, grãos e também uma importante cultura comercial que começava a aparecer em seu entorno. Conquistada pelos romanos, séculos mais tarde, sob o comando de Constantino, a capital fora transferida para lá e passara a ser conhecida como Constantinopla. Por centenas de anos, a cidade fora a mais rica e poderosa de toda a cristandade e, sob o a bandeira do Império Romano do Oriente, seria seu último bastião de resistência. Os vestígios mais importantes desse período, eram antigas igrejas de estilo bizantino, as fundações do antigo hipódromo e a grandiosa Basílica de Santa Sofia. No caminho das Cruzadas que passavam por aqui, Constatinopla começara um lento declínio até cair perante o ascendente poder Otomano. O ano era 1453, e o fato fora de tal forma tão relevante, que determinara o fim do que hoje conhecemos como Idade Média.

Sob a administração Otomana, de líderes como Mehmet II e Solimão, o Magnífico - a cidade floresceria com a tolerância religiosa e o controle das rotas comerciais. Rebatizada com o nome de Istambul, muitos de seus atuais ícones arquitetônicos foram erguidos nesse período, incluindo a espetacular Mesquita Azul, o Grande Mercado e o grandioso Palácio Topkapi, de Sultões e seus haréns. Com o fim do Império Otomano depois da I Grande Guerra, o líder político Mustafa Kemal Pasa, conhecido como Ataturk, implementaria uma série de reformas que definiriam a atual face turca, que mesclava o chamado dos muezins para as orações diárias e o pragmatismo secular, que era europeu, asiático, e globalizado.

Andando de táxi -

Quando precisar de táxi, utilize preferencialmente o que estiver na porta do hotel, como em qualquer cidade. Ao embarcar, mostre num papel previamente escrito aonde pretende ir, facilitando o entendimento do destino ao motorista. Leve sempre à mão um cartão do hotel, com nome e endereço. Não saia sem ele, e entregue ao taxi, pois será impossível a comunicação, porque eles geralmente não falam Inglês. Ao entrar no   táxi diga: Merabá, que significa dizer Olá. Quando retornar, mostre o cartão do hotel e diga Lutfan, quer dizer por favor, para que ele note seu esforço de relacionamento e o leve direto a seu destino. Caso se perca, será muito difícil voltar para o hotel, sem o cartão, por isso pegue vários cartões ou escreva o nome e o endereço do hotel num papel e coloque no bolso ou registre no smartphone..

 

As referências históricas e turísticas

 

O Palácio Topkapi fora o primeiro Palácio dos Sultões Otomanos, funcionando como residência e centro administrativo para o Império Otomano, e um dos maiores do mundo por longos 300 anos. Construído pelos turcos, após a conquista de Istambul,  entre 1475 e 1478, a pedido do Sultão Fatih Mehmet. Era um prédio gigante, cercado por 5 km de muralhas, numa área de 700 mil m2,   impressionava desde sua entrada, com um parque verde muito bem cuidado. Atualmente, era dos museus mais visitados da Europa. Aqui viviam cerca de 5 mil membros da Família Real, soldados, e seus criados. Sua planta arquitetônica era dividida em 2 partes, onde vivia a Dinastia (enderum) e onde também viviam os empregados civis (birun). Na época, o Harém era a parte mais importante da vida familiar do Sultão, e onde, juntamente com as suas quatro esposas oficiais e crianças, vivia também um considerável número de concubinas. Constava que na época do Sultão Murat III, havia cerca de 1200 mulheres no Harém à sua disposição! A vida para elas era muito competitiva, curtindo o sonho de um dia se tornar a eleita - a favorita - e dar um filho ao Sultão, que seria o próximo candidato ao Trono. Era possível visitar os pátios, piscina, banhos turcos, corredores e as várias e esplêndidas salas.

 

No outro prédio,  ficava o Tesouro Imperial, que impressionava com uma das jóias mais poderosas do planeta: O diamante Kasikci, de 86 quilates e 40 brilhantes à sua volta (  constava que um fazedor de colheres encontrou o diamante e o vendeu, a valores irrisórios ao Sultão) e seus tronos de ouro decorados com jóias, pedras preciosas, centenas de pérolas, milhares de rubis, esmeraldas, diamantes, adagas, espadas com pedras e mais pedras incrustadas e as roupas bordadas dos Sultões. Nas  cozinhas expunham uma enorme coleção de porcelana chinesa. Em outra sala, também havia relíquias, como ossos de São João Batista, relíquias de Maomé, entre outras. Não deixe de visitar o Jardim das Tulipas, especialmente se estiver por aqui na Primavera.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aqueduto de Valens -

Construído no ano de 375, sob ordens do Imperador Valens, e restaurado depois por Justiniano, no século VI, depois por Constantino, no século VIII e no século XI por Basileus. Era utlizado como meio de transporte de água proveniente da floresta de Belgrado, para a Nymphaion ( fonte monumental ) instalada na Praça de Beyazid. A altura era de 64m do nível do mar e 20m do solo, com extensão de 800 m.

Avenida Istiklal

Era uma das avenidas mais famosas da cidade, que se estendia desde a Praça Taksim por quase todo o caminho até a Torre Galata. O monumento mais importante na Praça Taksim era  o Monumento da Independência (Istiklal Aniti), no início da rua peatonal Istiklal.

Basílica de Santa Sofia

A igreja de Santa Sofia, também designada templo da Sabedoria Divina, fora erguida entre 532 e 537 d.C., constituindo uma das obras primas da arquitetura religiosa e paradigma do templo cristão, de planta centralizada. Quando o Imperador romano  Constantino transformara a cidade de Bizâncio, na capital do recém-criado Império Romano Oriental, em 336, dando-lhe o nome de  Constantinopla, erguera um templo cristão no lugar onde atualmente se encontrava a igreja de Santa Sofia. Cerca de duzentos anos mais tarde, culminando o período de ouro do Império Bizantino sob a égide de Justiniano, fora construída uma nova Basílica, a partir dos planos dos arquitetos Antêmio de Tralles e de Isidoro de Mileto. Construida num período de seis anos, foi consagrada em 537, se tornara na mais importante manifestação da cultura arquitetônica bizantina até hoje.


O templo, formado por um  conjunto de volumes simples e rigorosos que, em solução piramidal, culminavam numa vasta cúpula central dominando a paisagem urbana, coroando a silhueta do centro antigo. A entrada, localizada no lado poente, era precedida por um nártex  portificado. A cúpula principal da igreja de Santa Sofia, cuja chave se erguia a cinqüenta e seis metros de altura, servia como exemplo formal e construtivo para a concepção de muitas mesquitas  e catedrais. Santa Sofia fora o principal santuário da cristandade oriental (da igreja ortodoxa) até a conquista de Constantinopla pelos Turcos em 1453. A cidade passava então a chamar-se  Istambul e a Igreja transformada em Mesquita, recebendo quatro minaretes. Os mosaicos, que foram no mesmo período tapados por uma espessa camada de cal, só voltaram a aparecer quando o templo fora transformado em museu, na segunda metade do século XX.

Cisterna de Yerebatan -  Yerebatan Cad, 13 -

A Cisterna da Basílica, por sua  enorme área,  chamada de Palácio Submerso, era de  uma beleza incomparável, era a maior de todas as Cisternas construídas, com capacidade de armazenar 100.000 m3 de água, durante o período Bizantino em Istambul. Fora construída em 532, por Justiniano I, após a Revolta de Nika, como ampliação da Cisterna construída por Constantino. No período Otomano, era utilizada para servir água ao Palácio Topkapi e seus jardins.

 

Como não havia nascentes dentro das muralhas bizantinas, a Cisterna de Yerebatan fora criada em 532,  para armazenar água e protegê-la de guerras, e envenenamentos, e suprir o fornecimento da cidade, com água proveniente de rios e  nascentes da floresta de Belgrado, a 25 Km a norte de Istambul. Construída com material de colunas romanas provenientes de diferentes estruturas, foram utilizadas colunas com 70 x 140 m de comprimento, somando 336 colunas, dispostas  a cada 4 m. Foi utilizada até o sec. XVI, com pouco uso durante o período Otomano, e depois fora restaurada no século XIX, fora aberta à visitação em 1987. Sua localização no subsolo e sua iluminação, a tornaram um lugar único e misterioso, usado para apresentações de orquestras e desfiles de moda. Os fãs de James Bond, devem se lembrar do filme: From Russia With Love, com cenas filmadas aqui! Abria diariamente das 9.00 as18:30h, com ingressos que custavam 10TL.

Çemberlitas Hamami -  Era o mais concorrido banho turco e SPA de Istambul, funcionava desde 1584, à época de Nurbanu Sultan, esposa de Seçlim II e mãe de Murat II, foi construído pelo arquiteto Sinan, dividido em alas masculina e feminina que eram muito bem cuidadas. Disponibilizava massagens, aromaterapia, reflexologia, pilates além da venda de artigos para banho.

Chifre de Ouro - Conhecido também como Corno de Ouro, era um estreito de mar de 7 Km de comprimento, que dividia o lado europeu em duas partes. Dividia Istambul na parte antiga, aonde estavam os palácios Topkapi e Mesquita Azul, da parte moderna.

Chora Museu - A famosa Igreja de San Salvador in Chora, era outra verdadeira jóia! Depois da Hagia Sofia, era o mais importante exemplo de arte Bizantina, do século XI em Istambul. Permanecia fechada após a conquista turca, transformada em Mesquita em 1511, quando recebia um Minarete. Desde 1948, era um importante Museu,  onde as pinturas chegavam a ter um efeito tridimensional. Os mosaicos bizantinos nas paredes e nos tetos, mostravam a vida de Nossa Senhora, a vida de Cristo, sob visão da igreja Ortodoxa. Ingressos custavam: 15 TL. Abria diariamente das 9.00 as 19.00h e no inverno até as 16.30h,  permanecendo fechado as 4ªs feiras.

Coluna de Constantino 

Conhecida também como Coluna Queimada ou Coluna Anelada, era uma coluna triunfal construída por ordem do imperador romano Constantino, no ano 330. Comemorava a Declaração de Bizâncio (renomeada por Constantino como Nova Roma) como a nova capital do Império Romano. Situada em Yeniçeriler Caddesi entre o Sultanahmet e a Praça Beyazıt, esteve ao longo da história associada como local onde inúmeras relíquias da cristandade foram depositadas, assim como grande quantidade de artefatos do passado pagão romano. A coluna de Constantino fora consagrada em 11 de maio de 330. Situava-se no centro do Fórum de Constantino (atual Praça Çemberlitas), um Fórum circular situado na parte exterior das muralhas da cidade. Era originalmente encimada por uma estátua de bronze de Constantino que, segundo lendas bizantinas tardias, estava representado de modo a aludir ao Deus Sol Invicto ou então ao Deus Hélio; estudiosos como Garth Fowden, questionavam estas associações, considerando-as errôneas. Constava que a orbe da estátua continha um fragmento da Vera Cruz. Na base da coluna se localizava o Santuário que continha relíquias das cruzes dos dois ladrões, que foram crucificados ao lado de Jesus no Calvário, a cesta do milagre dos pães e um frasco de azeite do alabastro de Maria Madalena, que presumivelmente teria sido usado por ela para lavar os pés de Jesus, o Paládio da Roma Antiga, o machado com o qual Noé construira a Arca e uma estátua de madeira de Atena, proveniente de Tróia.

Em 1106 uma forte tempestade derrubara tanto a estátua, como três dos anéis superiores da coluna. Mais tarde o Imperador Bizantino substituira a estátua por uma cruz de bronze e agregou uma inscrição comemorativa: O fiel Manuel reforçara esta santa obra de arte, instalando guirlandas de bronze que cobriram as uniões entre os anéis para dar maior robustez à coluna, que foram roubados pelos Cruzados, que saquearam a cidade durante a Quarta Cruzada, em 1204. A cruz foi posteriormente removida pelos otomanos, após a tomada em 1453. Em 1779, devido a um grande incêndio em Istambul, a coluna foi danificada e adquirira marcas negras de fogo, recebendo então a denominação de Coluna Queimada, neste mesmo ano realizaram reformas na estrutura, dando-lhe sua base atual. Contando originalmente com 37 metros de altura, fora construída com sete tambores de pórfiro roxo trazidos de Roma em 328, que repousavam sobre uma base e um pedestal. Devido aos danos ocorridos à estrutura ao longo do tempo e para auxiliar na sustentação, atualmente foram adicionados aros metálicos nos tambores. Algumas peças das cabeças se recuperaram e estavam expostas no Museu Arqueológico. Atualmente, tudo o que sobrara do Trípode de Delfos era sua base, conhecida como Coluna Serpentina.

Dervixes dançantes

Os Derviches eram uma Confraria religiosa muçulmana, de caráter ascético ou místico (sufi). A Ordem dos  Dervixes Rodopiantes, fora criada no século XIII e era a mais conhecida da Turquia. A cerimônia começava com 15 minutos de música turca tradicional, proporcionadas pelas melhores orquestras locais. Depois tinha início uma apresentação de 45 minutos de dança Sema, sob uma atmosfera de misticismo, criada por uma iluminação espetacular e a música ayin. Durante a dança, os Dervixes Rodopiantes, faziam uma viagem espiritual em que a alma do homem se elevava até a perfeição. A religião era proibida na Turquia, sendo aceito somente a dança como manifestação artística.

Estreito de Bósforo - Uma viagem a Istambul, não ficaria completa sem  um Cruzeiro pelo Bósforo, o estreito que ligava o Mar de Mármara ao Mar Negro, e única passagem da Rússia, Ucrânia e Geórgia para o Mediterrâneo. Suas águas eram em tom azul marinho, e ao longo das suas margens podia-se apreciar uma maravilhosa mistura de passado e presente, modéstia e luxo. Hotéis modernos, pequenas aldeias de pescadores, palácios, yalis (casas de veraneio feitas em madeira) e antigas Fortalezas,  se sucediam ao longo do passeio. A melhor maneira de conhecer o estreito, era de barco, saindo do porto de Eminönü, de uma margem à outra, entre a Ásia e a Europa.

Hipódromo - O antigo hipódromo onde aconteciam corridas de cavalos, de bigas e eventos políticos não existia mais. Em seu lugar havia uma grande praça somente para pessoas, situada entre a  Hagia Sophia e a Mesquita Azul. O local que era conhecido como At Meydani ou Praça dos Cavalos, tinha capacidade para 100 mil espectadores distribuídos em 40 fileiras de assentos. Sua construção fora em 203 d.C e ampliado por Constantino, no ano de 325, quando fora inspirado no Circus Máximo, de Roma, tinha estátuas, obeliscos e troféus vindos de diversos países, dos quais restava apenas o Obelisco de Teodósio, a Coluna Serpentina e o Obelisco de Constantino, também conhecido como o Obelisco Murado.

Igreja Santa Sofia - Conhecida como Hagia Sofia pronuncia-se Aya Sófya ), que significava santa sabedoria, era um espetáculo. Era grandiosa, imponente e maravilhosa! A Igreja de Santa Sofia fora reconstruída por Justiniano, no século VI e era o centro do Império Bizantino, durante quase mil anos. Considerada uma obra Universal, pela técnica construtiva, as dimensões da sua arquitetura e pelos mosaicos dourados. Cobria uma superfície de 1,6 hectares. Mais de 10.000 operários trabalharam na construção sob a supervisão de 100 mestres, durante cinco anos. 

O mármore de seu interior,  viera da Anatólia e as quatro colunas verdes da nave, eram originárias de Éfeso, e os azulejos e tijolos, vieram de Rhodes. Os terremotos danificaram as suas abóbodas, os Cruzados saquearam  seus tesouros e no fim do Império Bizantino, fora abandonada por falta de recursos financeiros para mantê-la. Quando os turcos conquistaram Constantinopla, a  Igreja fora transformada numa Mesquita. Desde 1931 tornara-se um Museu, maravilhoso e imperdível! A obstinação do Presidente turco atual, em transformar seu país em mais um reduto muçulmano, não tinha limites. Em 10 de julho de 2020, o Conselho de Estado da Turquia, revogara o status de Museu do Templo, e um decreto posterior do Presidente Recep Tayyip Erdoğan, determinara a reclassificação de Santa Sofia, convertendo-a novamente em Mesquita. Os ingressos custavam 20 TL. echava às 2ªs feiras. No verão, abria das 9.00 as 19.00h e no inverno até as 16.30h.  

Ilhas dos Príncipes - Estava situada no Mar da Mármara, a 20km de Istambul. Eram nove ilhas que serviam de refúgio aos Príncipes Bizantinos. Nos meses de verão, seus ventos refrescantes e as suas elegantes vilas atraiam moradores de Istambul e turistas. Havia barcos que saiam regularmente em direção às ilhas, para o lado europeu e o lado asiático de Istambul. Saindo de Tirkeci, a viagem durava aproximadamente 1 hora e meia.     

Istklal Caddesi -

Em Sultanahmet, precisamente entre o Palácio Topkapi e o Parque Gulhane, o visitante encontraria um grandioso Complexo dedicado à arte e à cultura antiga, composto por três diferentes museus: o Museu de Arqueologia, o Museu do Antigo Oriente e o Museu do Quiosque Esmaltado. No Museu de Arqueologia, cujo prédio também impressionava pela belíssima arquitetura, era possível ver de perto sarcófagos famosos, além da seção do Tesouro e da Biblioteca. O Museu do Antigo Oriente reunia coleções de regiões como Mesopotâmia, Anatólia, Egito, entre outras, enquanto o Museu do Quiosque Esmaltado, localizado em um belo prédio construído a mando do Sultão Mehmed II, era composto por duas mil peças pertencentes à era Otomana e Seljuk. Para chegar pegava-se o Bonde elétrico, linha T1 Bağcılar-Kabataş (desça em Gülhane).

Museu de Arte Moderna - Asmalı Mescit - Meşrutiyet Cd. 99 -

Arte moderna e contemporânea em um cenário muito especial e privilegiado: às margens do Bósforo. Fora inaugurado em 2004 e ocupava uma área de 8 mil metros quadrados, onde o visitante conheceria uma vasta coleção permanente instalada no piso superior, com trabalhos de artistas turcos e estrangeiros. No piso inferior estavam as exposições temporárias do museu. No piso superior também havia um Café com um terraço que oferecia uma belíssima vista do Bósforo e outros pontos turísticos importantes da cidade. Não era permitido fotografar dentro das Galerias. O museu abria de terça-feira a domingo, das 10.00 às 18.00h (às quintas-feiras o local fechava às 20.00h). Os ingressos custavam TL 20 (adultos) e TL 10 (estudantes e pessoas com mais de 65 anos). Como chegar: Bonde elétrico T1 (desça na parada Tophane). O Museu estava localizado atrás da Mesquita Nusretiye.

Museu do Quiosque Esmaltado – Gülhane Parkı İçi Yol - Fatih  -

Era um pavilhão Otomano situado na área limítrofe do Palácio de Topkapı, no bairro de Eminönü, Distrito de Fatih, I. Foi construído em 1473, pelo Sultão Maomé II, o Conquistador - como espaço de lazer nos jardins do Palácio Imperial, que em grande parte correspondeia atualmente ao Parque Gülhane. No passado era também conhecido como Quiosque de Vidro. Atualmente alojava um museu de arte islâmica e turca que integrava o Complexo dos Museus Arqueológicos de Istambul. O prédio tinha uma planta em forma de cruz grega e dois pisos, embora devido ao declive do terreno apenas um dos pisos era visível na fachada principal. O exterior estava coberto de azulejos vidrados que lhe davam o nome e que denotavam influências da Ásia Central, especialmente da Mesquita de Bibi Hanim, em Samarcanda, no Uzbequistão.

Museu de Pera - Asmalı Mescit, Meşrutiyet Cd, 65 -

Localizado no bairro de Beyoğlu, fora fundado em 2005 em um antigo hotel de três andares, construído em 1893. O que fazia o museu ser diferente dos outros era seu acervo, que contava tanto com artistas locais quanto com internacionais, focados na arte otomana. Eram cerca de trezentas pinturas e oitocentas peças datadas do século XVIII ao XX, retratando a vida dos otomanos, como azulejos, peças de louças e instrumentos de pesos e medidas e usados para trabalho.

Museu Ural Ataman Classic Car – Ferahevier Mah – Nuri Pasa Cad, 81 - Tarabya

A coleção reunia cerca de 60 modelos de  carros antigos, em excelente estado de conservação, além de algumas motos, jeep e até um trator. Para quem apreciasse carros antigo, era uma visita obrigatória.

Obelisco de Teodósio 

Fora erigido por Tutemés III, ao sul do sétimo pilone do grande Templo de Karnak, no que era hoje a cidade egípcia de Luxor. O Imperador romano mandara transportar o Obelisco e um outro, ao longo do Rio Nilo para Alexandria, para comemorar a sua vintenália (vintennalia; 20 anos no trono). O outro Obelisco fora erguido na spina do Circo Máximo, em Roma, no outono do mesmo ano e era atualmente conhecido como Obelisco Lateranense. O chamado Obelisco de Teodósio permanecera em Alexandria até 390, quando Teodósio I  mandou levá-lo para Constantinopla, para ser colocado na spina do hipódromo da cidade.

Era feito de granito vermelho de Assuan, e originalmente tinha 30 metros de altura, como o Obelisco Lateranense. A parte inferior fora danificada na antiguidade, provavelmente durante o transporte ou quando fora re-instalado. Entre os quatro cantos e o pedestal, encontravam-se quatro cubos de bronze, usados no transporte e na sua recolocação. Cada uma das quatro faces tinha uma linha vertical de inscrições, que celebravam a vitória de Tutemés III, nas margens do Rio Eufrates. Numa das faces, Teodósio era representado oferecendo a coroa da vitória ao vencedor das corridas de bigas; a cena era emoldurada com colunas e arcos coríntios, com espectadores alegres, músicos e dançarinos que assistiam à cerimônia. Na parte inferior direita desse baixo relevo, encontrava-se um Órgão hidráulico, de Ctesíbio; na parte esquerda encontrava-se representado outro instrumento musical. O obelisco tinha o mesmo significado que uma Pirâmide, representando a pedra ou a montanha Ben Ben, primeiro pedaço de terra no momento da criação na mitologia egípcia antiga. Através de relatos em textos, sabia-se que os egípcios tinham uma rocha meteórica em seu poder e a adoravam como sendo um pedaço do mundo dos deuses, que caira na Terra e tinha tal formato, o que explicava a importância dessas estruturas

Ortakoy - Era um bairro bem animado à noite, cheio de restaurantes com terraços e uma linda vista para o Bósforo e para a Mesquita de Otakoy, que em 2018,  estava fechada para reformas.

Palácio de Beylerbeyi -  Beylerbeyi Kavşağı - Üsküdar -

Era conhecido como Palácio de Verão, e estava localizado no lado asiático. Depois do primeiro palácio de madeira ter sido destruído num incêndio, fora reconstruído em estilo barroco, em 1865, no último período Otomano, por ordem do Sultão Abdulaziz, para receber convidados ilustres, como a mulher de Napoleão, o Rei Eduardo VII, entre outros. Ricamente decorado, chamava a atenção para a sala com lustres e candelabros de cristais da Bohemia, uma enorme piscina com uma fonte ao centro, tapetes ao redor, proporcionava uma bela visão para as águas azuis do Bósforo, e antigamente abrigava um mini Zoológico, com animais exóticos, que incluía um tigre de Bengala. Visitas somente em grupos limitados e ao entrar também era preciso colocar protetores plásticos sobre os sapatos. O ingresso custava 10 TL.

 

 

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