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ISTAMBUL  -  Gastronomia e igrejas - 5/5
























 

Igreja de ferro

Beyoglu

Com mais de 2.500 anos de história, fora uma da das áreas residenciais mais importantes do mundo e palco de civilizações e culturas. Preservava traços antigos dos dos períodos genovês, bizantino, árabe e otomano, demonstrando um desfile de civilizações complementares. Durante o século XIX, fora o lar de muitos comerciantes europeus e abrigara muitas Embaixadas, especialmente ao longo da Grande Rue de Pera, hoje Avenida Istiklal. Valorizava a cultura, o turismo e o entretenimento. As estréias de óperas e balés foram encenadas nesta parte de Istambul, e intelectuais conhecidos como Liszt, o pai de Jean Jacques Rousseau, e Garibaldi viveram nesta área. Fora uma das primeiras áreas de Istambul a ter linhas telefônicas, eletricidade, bondes, governo municipal e até mesmo uma ferrovia subterrânea. O Tunel, inaugurado em 1875 como a segunda linha de Metrô do mundo – depois do Metrô de Londres. A linha conectava Pera ao porto de Galata e ao distrito financeiro e bancário próximo de Karaköy, onde ficava a Bankalar Caddesi-Banks Street, o centro financeiroo do Império Otomano.

Igrejas

 

Igreja Aya Yorgi –  Büyükada-nizam Mahallesi -

 

As obras históricas continuam sendo restauradas em Istambul, que tem uma milenar história como berço das civilizações. Uma últimas a ser restaurada fora a Igreja Aya Yorgi, a um custo de 4 milhões de liras turcas e 3 anos de obras. As renovações contemplaram a igreja, o prédio da escola, a casa do sacerdote, a fonte e o muro que rodeava o jardim. Durante as restaurações foram descobertos dois epitáfios que tratavam da história da igreja. Está situada ao lado de uma das obras-primas de Mimar Sinan, o Arquiteto, a Mesquita do Sultão Mihrimah.

 

De acordo com os registros do Patriarcado, a Igreja Aya Yorgi fora construída em 1751. O pequeno prédio de dois andares revestido de azulejos era conhecido como Igreja Velha e possuia uma igrejinha, capela e local de oração. A Igreja Aya Yorgi, por outro lado, era o novo prédio na colina, construído em pedra aparente em 1905 e inaugurado em 1909.A igreja recebera o nome de Aya Yorgos (São Jorge), que passara a ser chamada de Aya Yorgi pelos gregos ao longo do tempo. Ele fora um soldado na Capadócia, que vivera no  século III e era um dos santos e mártires mais conhecidos e amados do Cristianismo. Segundo a lenda, as pessoas da cidade foram perturbadas por um dragão assassino.

Eles deram ovelhas ao dragão, mas o dragão não ficara satisfeito. Eles começaram a escolher aleatoriamente pessoas da cidade para serem sacrificadas ao dragão. Certa vez, a filha do Rei fora a escolhida. Apesar das ofertas do Rei, ninguém aceitara ocupar o lugar da filha. Quando ela estava prestes a ser comida pelo dragão, São Jorge chegara e ferira gravemente o dragão. Ele colocara um cinto em volta da cabeça do dragão e o conduzira de volta para a cidade. O Rei e os habitantes da cidade ficaram maravilhados e agradecidos. Ele se ofereceu para matar o dragão se todos se tornassem cristãos. Então mais de 15.000 pessoas e o Rei tornaram-se cristãos e São Jorge matara o dragão.

 

Igreja Patriarcal de São Jorge - Dr. Sadık Ahmet Caddesi, 19 - Fatih -

 

Era a sede do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla desde 1600, desde a queda dos otomanos, a população grega de Istambul emigrara em grande parte, então hoje era mais um centro simbólico do Patriarcado Ecumênico do que qualquer outra coisa, mas o líder espiritual dos 260 milhões de gregos ortodoxos do mundo, Bartolomeu I, continuava a realizar cultos aqui, e os cristãos ortodoxos da Grécia e de toda a Europa Oriental fluiam pela igreja como peregrinos. Com sua fachada neoclássica do século XIX, que fora construída após severos incêndios, a igreja podia parecer modesta por fora, mas em seu interior a história era outra. Observe o trono de mármore do Patriarca no centro do altar, os enormes lustres pendurados no teto e tudo de ouro. Dentro, encontrará belos ícones de mosaico e, sobre o altar, observe a águia bizantina de duas cabeças. Logo atrás da igreja poderá ver os escritórios do Patriarcado, e a Biblioteca do Patriarcado.

 

Igreja de Santa Irene – Cankurtaran - Topkapı Sarayı,1 –

 

O Imperador Constantino, o Grande, encomendara a Santa Irene, que era uma das maiores e mais antigas igrejas bizantinas junto com Hagia Sofia, em 330. A igreja leva o nome da santa que naquela época trabalhava pela difusão do cristianismo. Um grupo de pagãos tentou matar Santa Irene, jogando-a primeiro em um poço cheio de cobras e depois arrastando-a  pelo chão, enquanto a apedrejavam. Apesar dos esforços dos pagãos, Irene sobrevivera milagrosamente. Ao presenciar esses acontecimentos sobrenaturais, a maioria dos pagãos se convertera ao cristianismo e Irene tornara-se uma santa aos olhos do povo. O Imperador Constantino, que propagara o Cristianismo como a única religião do Império romano, batizara sua igreja em homenagem a santa.

 

A igreja fora construída inicialmente em madeira, mas fora incendiada durante o Revolta da Nike de 532. Apesar de Imperador Justiniano se esforçar para que Santa Irene fosse restaurada junto com Hagia Sofia, mais tarde sofreria danos significativos em incêndios e terremotos. A igreja era renovada cada vez que era danificada e, após a conquista de Constantinopla, permanecera dentro das paredes do pátio do Palácio de Topkapi. Por um longo período, a  igreja fora usada como depósito de armas e finalmente, em 1869, fora convertido em museu. Tornara-se assim o primeiro museu do Império Otomano e só poderia ser visitada com autorização especial, que poderia ser obtida no Museu Hagia Sofia. Devido à sua extraordinária acústica, servia de palco para uma variedade de concertos e eventos culturais e artísticos.

 

Igreja Pammakaristos – Rua Fetyie – Fatih -


Era uma das igrejas ortodoxas bizantinas mais famosas de Istambul, e exemplo único da arquitetura bizantina dos séculos XI e XII. na Turquia, era conhecida principalmente como Mesquita de Fethiye, traduzida literalmente como Mesquita da conquista, e hoje funcionava parcialmente como um museu que estava dividido em partes arqueológicas e etnográficas. Relíquias históricas desde o final da Era Bizantina até 3.000 a.C poderiam ser encontradas na seção de arqueologia. Consistiam em esculturas, moedas e vários itens de cerâmica, metal, vidro e outros. A estátua da Jovem com Pomba era o ítem mais chamativo da seção. Acreditava-se que estivesse ligada à religião Artemísia, o que sugeria que já existira um templo de Ártemis neste local durante a era antiga. A parte etnográfica continha kaftans, três saias (uma vestimenta típica feminina do Turcomenistão), peças bordadas à mão e jóias de prata,  grandes objetos de pedra, incluindo sarcófagos que podiam ser encontrados no jardim.

 

A primeira e mais espetacular obra de arte que se veria ao entrar na Igreja com suas cinco cúpulas, era a cúpula principal, que apresenta Cristo, o Pantocrator, e doze profetas ao seu redor. Uma cena de Deesis cheia de arcanjos podia ser vista na abside. Em torno de Cristo, havia também uma escrita clara muito benevolente. Em ambos os lados da abside, existiam 13 imagens de bispos visíveis, mas faltam seis delas.
 

Maria, esposa de Miguel Tarchaneiotes Glabas, era mencionada em inscrições nas paredes sul e oeste. Se podia ver os arcanjos Miguel, Uriel, Rafael e Gabriel no bema da igreja. A conhecida Cena do Batismo poderia ser vista ao olhar para cima. A imagem de Cristo no Rio Jordão era mostrada neste mosaico. À esquerda, vestindo um manto e colocando a mão direita perto da cabeça de Cristo, estava São João Batista. Os quatro anjos estavam posicionados à direita, e um homem era visto mergulhando Cristo na água acima deles. Junto com a figura de um bebê dentro de uma concha no canto inferior esquerdo, apareciam algumas pequenas figuras de peixes na água. Também estava presente uma imagem um tanto deteriorada, de três homens vestidos com roupas vermelhas, amarelas, azuis, verdes e pretas. Eles estavam caminhando em direção ao altar enquanto seguravam um presente em cada mão. O Draman era o ponto de ônibus mais próximo da igreja. Os ônibus 90 e 90B IETT poderiam levá-lo até este ponto de ônibus. Não havia estações de Metrô próximas a Igreja. A estação de Metrô Emniyet - Fatih era a mais próxima e pode ser alcançada a pé em 20 minutos.

Gastronomia
 

​Não deixe de experimentar a rica gastronomia turca e otomana, que compreendia pratos como os kebabs, karniyarik (berinjelas recheadas), mezes (entradas) como a lakerda (finas fatias de atum defumado) e as infindáveis opções de doces. Vinhos, sucos de frutas, chás e o raki são as opções de bebidas. No entanto, o grande legado turco para o mundo gastronômico fora mesmo o café. Após o abandono do cerco Otomano, de Viena, os austríacos acharam sementes deixadas pelos Otomanos e logo adotaram aquela bebida amarga e escura. Com intercâmbio duradouro com os Bálcãs, Oriente Médio e Ásia Central, a cozinha de Istambul trazia reminiscências de seus vizinhos. Um desses cruzamentos era o churrasquinho grego, o doner kebab, carnes grelhadas e finamente fatiadas que se estabeleceram como um dos pratos mais típicos e consumidos pela cidade.
 

​Existiam diferentes tipos de lugares para comer em Istambul:
 

Auto-serviços: Estavam situados nas zonas mais turísticas. Se  não quiser comer em uma barraca e tivesse pouco tempo, esses lugares eram uma boa opção;
 

​Barracas de comida rápida: Ofereciam os kebabs (em pão normal, durum ou pita, lahmacun, pide (pizza turca) e outros produtos conhecidos. Os preços eram bem mais em conta;


​Lokanta: Eram locais similares aos anteriores, mas considerados de melhor nível;.


​Meyhane: Eram os lugares onde  serviam bebidas alcoólicas. Eram tabernas e também um bom lugar para provar o Raki, servido de forma tradicional; 


​Restoran:  Eram os mais tradicionais restaurantes, e por isso também eram os mais caros.


Melhores zonas para comer 


Embora se encontrasse restaurantes e barracas espalhadas por toda a cidade, havia três zonas que valia conhecer:


Ponte de Gálata: No andar inferior da Ponte Gálata, havia  vários restaurantes especializados em pescados frescos;​


Praça Sultanhamet: Nos arredores de Santa Sofia, encontrava-se um bom número de restaurantes e terraços. Embora ha anos essa zona estivesse reservada mais para os turistas, atualmente os preços eram considerados similares aos de outras zonas e os locais também desfrutavam desses lugares;


​Praça Taskim: Descendo a Rua İstiklal Caddesi, pela Praça Taksim, encontravam-se diversos restaurantes a preços  mais em conta e, embora predominasse os auto-serviços, também havia restaurantes de boa qualidade.


Pratos típicos​​
 

  • Baclava

Era um dos pratos turcos mais consumidos. Similar ao popular pastel, esse doce era recheado com nozes e coberto por um xarope de açúcar, gerando um sabor único;

  • Döner

Era uma variante do Kebab, o Döner oferecia uma maior variedade de recheios (geralmente, era servido com carnes de carneiro ou de peixe). Costumava ser acompanhado com saladas e pão estilo wrap;

  • ​ Kebab

Tradicionalmente recheado com uma porção de carne de gado ou carne de cordeiro, era um dos pratos de rua mais populares. Geralmente, era servido assado e espetado em pedaços de carne, misturadas com vegetais;

  • Köfte

Conhecido como almôndegas turcas, possuia diferentes formatos e tamanhos. O prato era facilmente encontrado em quitandas nas ruas e possui grande popularidade entre os turistas. Geralmente era acompanhado por pimentas grelhadas, arroz e pão sírio;

  • ​Kumpir

Popular entre os estabelecimentos presentes no badalado bairro de Ortaköy,  era um prato composto por crocantes batatas assadas e podia ser recheado por uma infinidade de combinações de molhos e pastas;

  • ​Meze

Era um prato popular que fornecia uma refeição completa, com diversas misturas de carne, vegetais e legumes.

  •   Pide

Conhecido como pizza turca, era um pão típico da culinária da Turquia,  servido aquecido em forno, com mistura de queijo derretido, vegetais e carne.
























 

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