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HONG KONG - Os Museus -
República Popular da China - parte  2/2

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Museu da Defesa Costeira – Tung  Hei Road, 175 – Shau Kei Wan

 

Convertido a partir do centenário Forte Lyemun, era o único museu militar da cidade. A exposição permanente A História da Defesa Costeira de Hong Kong contava o passado  da defesa costeira local e dos assuntos militares, desde a Dinastia Tang até o retorno de Hong Kong à China. Possuia também uma trilha histórica com temática militar para que os visitantes possam mergulhar no ambiente militar e na paisagem natural deste local.

 

Museu de Artes  -  Salisbury Road, 10 – Tsimshatsui - Kowloon

Uma ramificação do museu, o Museu Flagstaff House de Tea Ware, estava situado no Parque Hong Kong. O museu ficava a uma curta distância das Estações Tsui East Tsim Sha e Tsim Sha Tsui, pertencentes ao Metrô. O objetivo do museu era preservar a cultura chinesa e promover as obras de artistas locais. A coleção do museu continha mais de 16 mil objetos de arte, incluindo pinturas, esculturas e caligrafia chinesa e artistas locais, objetos de importância histórica. 

 

Museu Heritage –  Man Lam Road, 1 - Sha Tin -  New Territories

Rodeado por vegetação e fora da vista dos imponentes complexos habitacionais de Sha Tin, o Hong Kong Heritage Museum segue o modelo do tradicional si he yuan, um composto de uma mistura harmoniosa de casas construídas em torno de um pátio central. Mas as pessoas não vêm aqui apenas pela arquitetura pitoresca, o extenso museu está dividido em 12 galerias de exposição, cada uma delas um tesouro de relíquias que expressavam a cultura e as artes de Hong Kong e da região vizinha do Sul da China. As características notáveis ​​incluiam uma coleção de belas pinturas chinesas de um aclamado mestre da Escola Lingnan, Chao Shao-an, uma exposição abrangente e colorida que traçava o desenvolvimento da Ópera cantonesa e a primeira galeria de exposições de design de Hong Kong baseada nas obras de renomado escritor, Dr. Louis Cha (pseudônimo Jin Yong), abrigando mais de 300 exposições, incluindo as primeiras edições dos romances de Jin Yong, manuscritos, documentos e fotos de valor inestimável.

 

Com uma área de exposição de cerca de 7.500 metros quadrados, o museu abrigava cinco Galerias permanentes - a Galeria Jin Yong, o Cantonese Opera Heritage Hall, a Galeria T.T. Tsui de Arte Chinesa, a Galeria Chao Shao-an e a Galeria Children's Discovery - também como seis outras Galerias temáticas.

Museu do Palácio – Museu Drive, i8 - West Kowloon – Distrito Cultural  

Pretendia tornar-se uma das principais instituições culturais do mundo, comprometida com o estudo e a apreciação da arte e da cultura chinesas, ao mesmo tempo em que promovia o diálogo entre as civilizações mundiais através de parcerias internacionais. O Museu era um projeto colaborativo entre a Autoridade do Distrito Cultural de West Kowloon e o Museu do Palácio, que era financiado pelo The Hong Kong Jockey Club Charities Trust, com uma doação de HK$ 3,5 bilhões para a sua criação, bem como algumas das exposições anuais e educação com programas em 2023-2031.

 

Abraçando novas abordagens curatoriais, o Museu oferecia uma perspectiva de Hong Kong e uma visão global, apresentando os melhores objetos do Museu do Palácio e de outras importantes instituições culturais em todo o mundo. Através de pesquisas inovadoras e exposições itinerantes, programas de intercâmbio educacional, cultural e profissional, o Museu construia parcerias internacionais e ajudava a posicionar Hong Kong como um centro de intercâmbio artístico e cultural entre a China Continental e o resto do mundo.

 

Museu e Galeria de Arte Universitária - Bonham Road, 90 - Pokfulam -

Estava localizado ao longo da Bonham Road, perto do cruzamento da Hing Hon Road. Há uma pequena exposição permanente de peças históricas de antiguidades e móveis antigos, incluindo belas cerâmicas, cerâmicas, bronzes, esculturas em madeira e itens que representavam vários períodos das dinastias chinesas. O horário de funcionamento era das 9.30 às 18.00h de segunda a sábado e das 13.00 às 18.00h aos domingos. As exposições eram gratuitas para visitação pública.

 

Museu Marítimo -  Man Kwong Street, 11 -  Central

Era uma instituição cultural interessante dedicada a preservar, colecionar e exibir objetos que contavam a história do comércio e da navegação marítima em Hong Kong e no Delta do Rio das Pérolas. Localizado no pitoresco Victoria Harbour, no Central Pier No. 8, o HKMM fora inaugurado em 2005. Uma instituição de caridade registrada sem fins lucrativos, era apoiado pela indústria naval, pela comunidade empresarial, por particulares e pelo Governo da RAE de Hong Kong. HKMM abrigava 15 Galerias, incluindo um espaço para exposições e eventos especiais, um centro de recursos, um Café na cobertura e uma loja de artesanatos.

 

M+ Museum- West Kowloon Cultural District, 38 - Museum Drive -  Kowloon

Latas de alumínio, cotonetes, pontas de cigarro, espinhas de peixe e cogumelos eram apenas uma pequena fração dos itens que apareciam na montagem fotográfica de Hong Hao Minhas Coisas nº 5 - 5.000 pedaços de lixo em 2002 (2001–2002). Hong, que se formara no Departamento de Gravura da Academia Central de Arte de Pequim, em 1989, narrava o material da sua vida na série My Things, incluindo os seus livros, os seus bilhetes e recibos,  suas compras e muito mais.

 

Com a ideia ambiciosa de dar a Hong Kong um centro artístico de classe mundial, o Distrito Cultural de West Kowloon, previa um enclave de novos espaços para atividades educativas e artísticas,  num grande parque ao lado do Porto Victoria. Entre eles o Museu+,  obra de Herzog & de Meuron, era o carro-chefe do projeto e fora finalmente inaugurado  para o público no dia 12 de novembro de 2021. Este novo centro dedicado às artes visuais contemporâneas, estava instalado num prédio em forma de T invertido. Reunia trinta e três galerias dispostas na enorme base, uma variedade de salas polivalentes, um centro de pesquisa e escritórios no esbelto Bloco de 12 andares cuja fachada incorporava um sistema de LED que transformava o próprio prédio num enorme meio de arte digital.

  

Sun Way Sen Museu – Hoi Bun Road, 165 -  4/F, SML Tower  - Kwun Tong

O Museu do Sol, criado pela Fundação Simon Suen,  realizava uma exposição intitulada A Luz das Cores de Chan Chiu Lung.  Esta exposição apresentava as obras do artista de Hong Kong Chan Chiu Lung dos últimos 17 anos, apresentando retratos, nus, naturezas mortas, bem como paisagens com estilos que refletem a influência mesclada do realismo russo e do impressionismo europeu. Ricas em textura, as pinturas de Chan levaram o público a redescobrir e admirar as cenas cotidianas com as quais se deparara.

Sinfonia de Luzes -

Era o espetáculo mais conhecido de Hong Kong. Tratava-se de uma sinfonia de luzes e sons, que brilhava com luz própria no skyline da cidade. O espetáculo era formado por 45 grandes prédios, divididos pela ilha de Hong Kong e Kowloon, que acontecia diariamente às 20:00 horas, e incluia cinco fases com significados diferentes: Despertar (crescimento de Hong Kong), Energia (a força de Hong Kong), Herança (sua cultura e tradição), Colaboração (a união das duas partes da baía em uma só) e, Celebração (o futuro próspero da cidade).

O melhor lugar para ver o espetáculo, eraem Tsim Sha Tsui, entre a Avenida das Estrelas e o Centro Cultural de Hong Kong.  Outra excelente opção, era desfrutar do espetáculo enquanto fazia um passeio de barco pela baía Victoria. Além de ver o  espetáculo, se estiver interessado em escutar a música e a história, existiam duas opções: vê-lo de certas zonas da cidade ou escutar por um canal de rádio local. Para ver o espetáculo da rua, as sessões em inglês, eram às segundas, quartas e sextas. Se for escutar pelo rádio, as transmissões eram em diferentes frequências e para vários idiomas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gastronomia - Alguns dos pratos típicos:

  • Buddha's delight: Diziam que era o prato preferido dos monges budistas. Era um prato vegetariano, com uma variedade de ingredientes  entre 10 e 35 tipos;

  • Char siu: Era com carne de porco, molho de mel, açúcar, especiarias e molho de soja preparado ao barbeque;

  • Cha siu baau: Era um pastel recheado de carne de porco grelhada;

  • Dim sum: Eram pequenos pastéis feitos no vapor, elaborados a base de carnes, vegetais, frutos do mar e frutas e costumavam ser servidos em uma cestinha de bambu;

  • Hot pot: Era muito comum durante o inverno, o hot pot consistia em uma panela de água fervendo, que se colocava no centro da mesa e cada comensal cozinhava os ingredientes que preferir. A comida podia ser acompanhada por diferentes tipos de molhos;

  • Pato à Pekin: Com sua origem em Pequim, tornou-se um dos pratos mais conhecidos da China. A receita era composta por pato assado preparado durante meses, que vinha acompanhado de crepes e  condimentos;

  • Put chai ko: Era um pequeno pudim, com açúcar e diferentes ingredientes;

  • Shaomai: Era uma massa fina recheada de carne de porco e camarões, preparados no vapor;

  • Wantón: Era uma massa fina geralmente recheada de carne de porco;

  • Wantón Mee: Era uma sopa de noodles longos e finos, acompanhada de vegetais e wanton;

  • ​Youtiao: Era um pão frito muito parecido com o nosso conhecido churros.

 

Dicas importantes

Geralmente não se dava gorjeta,  mas alguns restaurantes cobravam taxa de serviço.  Algo muito diferente e que poderia provocar estranheza, era que em restaurantes mais populares, era comum desconhecidos dividirem a mesa. O atendente do local  perguntaria quantas pessoas faziam parte do seu grupo e então iria orientá-lo a qual mesa ocupar. 

​Higiene não era o forte de restaurantes mais populares. Sugerimos beber apenas água mineral, pois embora alguns locais oferecessem água gratuita, a procedência e sua qualidade poderia não ser das mais confiáveis. Peça para que a garrafa seja aberta em sua frente.

​Nos restaurantes de comida oriental, comia-se com o kuàizi (palitinhos), mas se  não conseguisse segurá-los, ou preferisse não comer com essa ferramenta, pergunte sobre os talheres do lugar, pois geralmente os restaurantes frequentados por turistas, também os ofereciam. 

Hong Kong tinha uma das vistas urbanas mais impressionantes que vimos ao circular pela Ásia, em novembro de 2017. Era uma cidade muito grande, com prédios enormes, alguns modernos e outros bem antigos, com aspecto até de abandonados. Uma cidade vertical, em constante crescimento e no meio de tanta modernidade, desenvolvimento e tecnologia, uma vista curiosa e bem atípica: os andaimes de bambu. A maioria das construções dos prédios, utilizava andaimes feitos de bambu! Eram tantas obras, tantas construções, que dava pra dizer que Hong Kong estava literalmente em obras.

 

Apesar das vantagens do uso dos andaimes de bambu, eles estavam cada vez mais escassos, pela falta do material. O bambu que antes era importado da Província de Guangdong, na China, agora vem de outra região do país, mas por um preço mais alto, o que estava fazendo com que as empresas buscassem o bambu em lugares mais baratos. Era pura verdade, mas ficava difícil de acreditar que a maioria dos prédios foram construídos  com a utilização dessa estrutura feita de forma milenar. Caminhando pela cidade dava para ver – os andaimes de bambu estavam por todas as partes. Entre os prédios enormes e modernos, a cidade continuava crescendo com a ajuda de algo muito antigo, mas que contribuiu muito para que Hong Kong se tornasse a pujante metrópole que era.

Constava que havia mais de 1.800 andaimes de bambu (totalizando mais de 5 milhões de estacas) registrados na cidade. Estes andaimes eram chamados de taap pang e hoje em dia, além de seguir com a tradição, também eram utilizados por serem mais baratos que o metal, mais flexíveis, mais fáceis para montar e desmontar e, diziam, mais seguros para os trabalhadores. Cada estaca de bambu tinha de 5 a 8 metros de comprimento e para montar os andaimes, eram utilizadas apenas fibras de plástico que juntavam as estacas para criar uma estrutura firme e segura para as construções. Para garantir uma mão de obra especializada, a Associação da Construção Civil mantinha um curso voltado para a qualificação dos operários e recrutava-os diretamente no interior do país. Depois de treinados à exaustão, eram disponibilizados para as construtoras e passavam a receber um salário diferenciado.

Onde dormir

    A cidade era muito bem dotada de meios de hospedagens, desde renomados cinco estrelas, a resorts, hotéis  boutiques, hostel e muitos, mas muito mesmo,  mini hotéis instalados em prédios residenciais espalhados pela cidade, e que podiam ser encontrados através dos sites especializados em hospedagem como o Booking, TripAdvisor e AirBnb. Para sugerir, escolhemos dois hotéis: um em que nos hospedamos e outro que  visitamos e aprovamos.

Hospedagens sugeridas

JJ Hotel -  $$$ - 165-171 Wanchai Road - Wan Chai - Hong Kong - 

Ficava a 5 minutos a pé do bairro Wanchai e da Estação de Metrô Causeway Bay. Áreas famosas como Soho e Temple Street estavam a 4 km do hotel. Eram 10 minutos de táxi até Admiralty e o centro financeiro. Os quartos apresentavam iluminação aconchegante, ar condicionado, frigobar, roupa de cama de algodão e banheiros modernos. Todos eram equipados com TV de HD e DVD player. No térreo havia uma TV disponível para quem desejasse assistir a um filme da coleção de DVDs do hotel ou acertar detalhes de viagem,  junto ao balcão de turismo.      

Rosedale Hotel Kowloon - $$$$ - 86 Tai Kok Tsui Road Kowloon -

Situado no bairro de Mongkok, em Hong Kong,  ficava a 10 minutos do Ladies Market e a 20 minutos a pé do Mercado Noturno da Temple Street.  Os quartos eram modernos e bem iluminados, e com Wi-Fi gratuito, TV HD, ar condicionado, acessórios para um café próprio. Tinha um restaurante no 30º andar e uma sala de ginástica aberta 24 horas à disposição dos hóspedes.

 

Passeios próximos

 

Visitar Macau era o passeio bate e volta mais comum, mas havia também a crescente cidade de Shenzhen, na China, Guanghzou e Zhuhai e algumas ilhas menos conhecidas que ficavam ao redor de Hong Kong.

A ponte entre Hongkong e Macau

O Presidente chinês, Xi Jinping, inaugurara em 23 de outubro de 2018,  a maior ponte marítima do mundo, uma gigantesca construção ligando Hong Kong, Macao e a China continental, em um momento em que Pequim aumentava seu domínio sobre a antiga colônia britânica. A enorme estrutura, de 55 quilômetros, incluia a ponte sobre o delta do Rio das Pérolas e um túnel submarino. A construção permitia ligar, graças a ilhas artificiais e a gigantescas estruturas rodoviárias, a ilha de Lantau, em Hong Kong, à antiga colônia portuguesa de Macau, a oeste, e à cidade de Zhuhai, na Província de Guangdong. A ponte fora aberta ao tráfego oficialmente dia 24 de outubro, um dia após sua inauguração. A obra faraônica que começara em 2009, fora marcada por numerosos atrasos, casos de corrupção e mortes de 10 operários ao longo dos 9 anos de construção. Em determinada altura do trajeto, ela submergia no mar e virava um túnel.

 

Fora investimento de 20 bilhões de dólares,  tinha 55 km de extensão e se chamava Via Hong Kong - Zhuhai - Macau e ligava o continente chinês a dois ex-territórios europeus. O primeiro era Hong Kong, governado pela Inglaterra até 1997, e atualmente um  espaço complicador para  o Partido Comunista chinês. Tinha uma Justiça independente, imprensa livre, e jovens ansiosos por eleger seus próprios representantes. O segundo era  Macau, colônia portuguesa até 1999 e onde atualmente se poderia encontrar vários e enormes Cassinos e hotéis cinco estrelas, lotados de chineses endinheirados, grosseiros e geralmente em bandos.

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