HAMBURGO - Os bairros Vermelho e o Português -
Alemanha - 1/2
ETIAS 2025 - Autorização para entrar na Europa
Anunciado em 2016, o European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido, a partir de 2025 mas ainda sem data para início do procedimento. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.
Hamburgo era a mais importante cidade portuária, e a segunda maior da Alemanha, estava situada às margens do Rio Elba. Com quase 2 milhões de habitantes, era uma cidade viva e surpreendente. Para quem ficar alguns dias, compre o Hamburg Card, no Aeroporto, nas Estações do transporte coletivo ou em diversos locais espalhados pela cidade, o cartão magnético, que dava direito a transporte gratuito, que incluiam os ferries, descontos em teatros, atrações diversas e em alguns restaurantes. Era uma excelente cidade para se viver – tinha muitas caras: era natural, era histórica, era gentil com os seus cidadãos, qualquer que fosse a sua cultura, identidade ou religião. Era uma cidade de paixões: tanto se sentia a paixão pelas pessoas e suas culturas, como pela comida e, principalmente, pelas paisagens naturais em seu entorno. O Rio Elba e o Lago Alster, ofereciam uma beleza extraordinária à cidade, que se tornava uma mistura de cidade antiga, moderna e, simultaneamente natural.
O fator organização chamava a atenção: os transportes, a inexistência de animais abandonados pelas ruas, a eficiência dos serviços públicos, em especial os de saúde, eram exemplos de uma cidade que priorizava a qualidade de vida para seus moradores. Possuia áreas e Distritos para todos os gostos. Cada uma conservava uma atmosfera particular. Altstadt, era o coração cultural da cidade; Neustadt, abrangia a região mais nova e moderna e Sankt Pauli, era o onde ficava o famoso bairro vermelho. O sistema de Metrô de Hamburgo era antigo, tinha 4 linhas e 90 estações e funcionava muito bem.
Algumas das principais referências históricas e turísticas
Bairro Vermelho
A Reeperbahn era a rua mais famosa de Hamburgo e uma das zonas de lazer mais famosa do mundo. Era onde se localizava o Bairro Vermelho, assim como também outros apreciados clubes, discotecas, teatros, cinemas e restaurantes. Os Beatles começaram aqui a sua carreira vertiginosa na Grosse Freiheit. No final do século XIX surgiram aqui, locais de entretenimento variados, já que as mulheres e os homens da cidade davam largas á sua imaginação e aqui surgiram circos, variété, teatros, bares e vendia-se amor . O Herbertstrasse era acessível aos homens, já que as prostitutas estavam expostas nas janelas e nas montras e não toleravam a visita de outras mulheres. Desde 1992, também se poderia visitar o museu de arte erótica, uma exposição de arte erótica desde o século XVI até ao presente.
St. Pauli, o bairro boêmio de Hamburgo, foi durante décadas um antro barra-pesada de prostituição e tráfico, mas atualmente era um centro de lazer onde funcionavam lado a lado cabarés, cinemas, teatros, restaurantes e discotecas. Ainda existiam várias casas de strip-tease e shows eróticos para ambos os sexos, mas pelas calçadas tudo era civilizado e seguro. Ainda era possível passear pela rua Herbertstrasse, onde só era permitida a circulação de homens com mais de 18 anos. Em um quarteirão, mulheres de todos os tipos físicos e nacionalidades exibiam-se em vitrines - como no Distrito da Luz Vermelha, de Amsterdã - e oferecem seus serviços por 100 marcos alemães. Além de sexo, que era uma das principais atrações do local, ainda era possível ir ao teatro onde vários espetáculos da Broadway eram encenados, ir ao cinema numa das mais de 20 salas de exibição ou a restaurantes de especialidades mexicanas, árabes, japonesas, francesas, italianas entre outros. Próximo à Reeperbahn, ficava a Bavaria Brauerei e a Holsten Brauerei mantinham a tradição servindo enormes canecas da mais pura cerveja.
Beatles Tour - Para os fãs dos Beatles e de suas músicas, havia um tour que mostrava os lugares por onde eles passaram antes de se tornarem mundialmente famosos. Os tours aconteciam de quinta a domingo, às 17 horas, durava cerca de 1.15h e custava US$ 30,00, por pessoa. Eles faziam também tours especiais, com grupos. O Beatles Tour visitava o Star-Club, para conhecer a famosa porta que aparecia na capa de um dos albuns do John Lennon, e outros locais significativos para a Banda, quando atuava por aqui.
City Hall - Rathaus - Era um prédio belíssimo e rico em detalhes, que ficava no coração da cidade, numa região tranquila para caminhadas. Em seu entorno, havia diversas e variadas lojinhas e restaurantes e a vida econômica da cidade. Era onde ficava a Prefeitura e o Parlamento. Era possível fazer visitas guiadas O ingresso custava 6 Euros, mas tinha desconto para portadores do Hamburg Card.
Deichtorhallen – Deichtorstrasse, 1 -
Eram dois impressionantes ex-salões de Mercado, construídos entre 1911 e 1914. Hoje, seus corredores eram usados para exibir arte contemporânea internacional e mostras de fotografia. Com uma área de 5.600 metros quadrados de espaço para exposições, os salões estavam entre os maiores espaços dedicados à arte na Europa. O norte Deichtorhalle, exibia obras de arte de pintores, escultores e designers contemporâneos. No sul da Casa da Fotografia, uma coleção permanente de um famoso fotógrafo de moda, F.C Gundlach podia ser encontrada. O salão também continha o arquivo fotográfico da revista Der Spiegel, em exibição. Era o maior arquivo acessível de pesquisa jornalística na Alemanha e onde as coleções eram complementadas por exposições fotográficas temporárias.
Diálogo no Escuro - Alter Wandrahm, 4 -
A ideia por trás do Diálogo no Escuro era simples, mas extraordinária. Guias cegos conduziam os visitantes através de salas de exposição no escuro, cheias de objetos do cotidiano, permitindo-lhes experimentar um mundo de sensações, sem ajuda da visão. Este museu único, não só proporcionava uma experiência inesquecível, mas também invertia os papéis entre o que se via e o que era cego. Um conceito semelhante era usado no Diálogo em Silêncio, que ensinava os visitantes a falar com as mãos e ouvir com os olhos. A reserva antecipada era sugerida. Abria de terça a sexta-feira das 9.00 as 18.00h, e aos sábados das 10.00 as 17.00h, e aos domingos das 10.00 as 19.00h.
Distrito dos Armazéns - A área do porto, com seus armazéns, proporcionava um interessante passeio. Por toda parte, estavam os canais e as mais de 2.500 pontes ( segundo os locais ) mais pontes que em Veneza. Andar pelas ruas e sobre as pontes, ver a Igreja de Santa Catarina, uma das igrejas luteranas mais importantes de Hamburgo, que data do século XIII, era um interessante passeio.
Ernst Barlach Haus – Baron-Voght-Strasse 50 A - Jenischpark -
A Fundação Hermann F. Reemtsma era um museu de arte dedicado ao artista expressionista Ernst Barlach, fundado pelo industrial Hermann F. Reemtsma, e estava localizado no Jenischpark, no oeste da cidade. Reemtsma tinha começado a reunir uma coleção de obras de Barlach, em meados dos anos 1930, após a primeira reunião, o relator e artista gráfico, escultor Shortly, antes de sua morte, em 1961, encomendou a construção do museu. Agora afirmava que seu estoque mais do que dobrou e incluia cerca de 140 obras em bronze, madeira, cerâmica, porcelana, terracota e gesso, e mais de 400 desenhos de todos os seus períodos criativos, quase todos os seus gráficos impressos, assim como autógrafos importantes, primeiras edições e registros pessoais.
Fórum Bucerius Kunst – Rathausmarkt, 2 -
Era uma Galeria de Arte particular, localizada no coração de Hamburgo que exibia obras de arte internacionais, em quatro exposições rotativas a cada ano. Cada exposição era complementada com eventos de acompanhamento, desde concertos a palestras, leituras e discussões. A Galeria era importante em um contexto europeu e frequentemente exibia obras de pintores proeminentes como Monet, Picasso e Poussin.
Igreja de São Miguel - Englische Planke, 1 -
Era um dos símbolos da cidade, era belíssima por dentro e por fora. Era difícil fotografá-la por inteiro, porque a torre era altíssima, mas isto garantia a melhor vista da cidade, porque se podia subir de elevador e a vista do topo era maravilhosa. Era dedicada ao Arcanjo Miguel e apresentava uma grande estátua dessa divindade. A igreja era a maior da cidade, com seus 2.500 lugares. O pináculo de bronze, de 132 metros era um emblema familiar entre os moradores e viajantes. Era uma parte proeminente do horizonte de Hamburgo, e podia ser visto de quase todas as partes da cidade. A igreja foi construída originalmente em 1647 e estava de pé até hoje, após passar por diversas reformas. Para subir ao topo pelas escadas, eram mais de mil degraus e a opção era pegar o elevador. O ingresso custava 8 dólares.
lago Alster - Hamburgo crescera em torno do Rio Alster, e a hidrovia era represada desde o século XII, transformando o rio em lagos. Os lagos artificiais Alster Interior e Alster Exterior, eram os afluentes represados do Rio Elba, enquanto o canal Oysterfleet separava cidades antigas e novas de Hamburgo. Os elegantes prédios de Hamburgo apareciam no seu melhor ângulo, quando vistos dos lagos e do canal. Os passeios mais longos seguiam em direção ao norte, cruzando o Aussenalster.
Mercado de Peixe - Era uma área de St. Pauli, que ganhava vida aos domingos. Funcionava apenas das 04.30 às 9.00h, tornando-se ponto de encontro dos frequentadores da noitada no bairro, e onde os locais chegavam para saborear o sanduíche do peixe, que chegava fresquinho no barco dos pescadores. O horário era uma tradição, já que os pescadores precisavam estar prontos aos domingos para os serviços religiosos na igreja.
Mundo da Miniatura - Kehrwieder 2/Block D -
O Parque começara como uma exibição de trens, mas fora crescendo e hoje tinha miniaturas de cidades, vilas e até um aeroporto. Era muito apreciado pelos visitantes de todas as idades, e ficava próximo do City Hall / Rathaus. Para visitá-lo, a Estação de Trem/ônibus mais próxima era a Hauptbahnhof, e a Estação de Metrô mais próxima (U-Bahn), era a Baumwall. Pegue a U-Bahn linha U3 (amarela) na direção de Rathaus/Barmbek. A entrada custava 15.00 Euros e crianças pagavam somente 7 Euros.
Music Hall – Elph - Platz d. Deutschen Einheit, 4 -
A Elbphilharmonie era uma magnífica sala de concertos, instalada no bairro Hafen City, na península de Gasbrook, junto ao Rio Elba. Era uma das maiores e mais acusticamente avançadas salas de concerto do mundo. O prédio, que tinha o formato de uma onda, era popularmente apelidado de Elph, era uma mistura de estilos: a parte de baixo era o maior armazém da região, enquanto a parte de cima, tinha uma fachada toda de vidro. O prédio misturava o antigo e o moderno chamando a atenção de todos.
Museus
Como em todas as grandes cidades alemãs, cada uma contava com museus e galerias, que despertam a atenção dos moradores e visitantes e aqui, também não era diferente:
Casa Ernst Barlach - Baron-Voght-Strasse, 50ª -
Era um museu dedicado às obras de Ernst Barlach, localizado em Jenischpark, um dos mais belos jardins paisagísticos de Hamburgo. O moderno museu, cheio de luz, abrigava uma coleção exclusiva das obras mais importantes do expressionista escultor e artista gráfico Ernst Barlach, e lar de quase um terço de suas delicadas esculturas de madeira. Além de várias exposições temporárias de arte clássica moderna e contemporânea, a Galeria também oferecia um programa de visitas guiadas, palestras e a série de concertos Klang & FORM.
Museu Altonaer – Museumstrasse, 23 -
Era focado na arte e na história cultural do norte da Alemanha, voltado ao desenvolvimento cultural e histórico da região do Elba, em torno de Altona, Schleswig-Holstein e as áreas próximas aos mares do Norte e Báltico, através de uma variedade de obras de arte em exposição. A exposição permanente apresentava as mostras regionais mais importantes, em seções que abrangiam pinturas e artes gráficas, artes e ofícios, fotografia e história cultural. Também oferecia um variado programa de exposições especiais, com exibição de filmes e palestras.
Museu Bucerius Kunst Forum - Rathausmarkt, 2 -
Era um centro de exposições internacional, e também servia de fórum para todas as artes. Havia programas de exposições e eventos sobre educação, projetos sociais e questionamentos sobre o papel da arte no mundo globalizado. Estava localizado no centro da cidade, ao lado do prédio da Prefeitura.
Museu de Artes Aplicadas – Steintorplatz -
Fundado no ano 1874, era totalmente dedicado às belas artes aplicadas e decorativas. Das antiguidades às artes atuais, preservava essas artes únicas intactas. Inspirado no popular Museu Victoria e Albert, de Londres, apresentava a moda, o mobiliário, a arte islâmica e os instrumentos musicais de 1980.
Museu de Artes e Ofícios – Steintorplatz, 1 -
Inaugurado em 1874, encontrava-se instalado em um prédio neo-renascentista do século XIX. A coleção de obras de arte e fotografias apresentava peças que iam desde a antiguidade até aos dias de hoje e abrangiam 4.000 anos da arte européia, islâmica, asiática e do Extremo Oriente. Era um museu interdisciplina, que apresentava coleções abrangentes de design gráfico, arte do cartaz, moda e têxteis. Os quartos do período, eram uma atração especial; apresentando meios de comunicação e mobiliário, ilustrando os estilos de vida de diferentes épocas.
Museu de Arte Erótica – Bernhard-Nocht-Strasse, 79 -
Descubra o trabalho erótico e provocativo de Friedrich Frahm e outros artistas, visitando este museu. Circule pelas exibições de pinturas sensuais, fotografias e histórias em quadrinhos, que formavam a maior coleção de arte erótica acessível ao público do mundo. Visite a loja de literatura erótica e arte na livraria do museu, e desfrute de uma bebida na Cafeteria. Após a visita, aprecie a atmosfera colorida do bairro ribeirinho de Saint Pauli, lar de um dos mais famosos distritos de luz vermelha, do mundo.
Museu de Cera - Spielbudenplatz, 3 -
O Panoptikum fora criado por Friedrich Faerber, em 1879, que decidira levar para Hamburgo, várias figuras em cera que colecionara ao viajar por outras cidades européias. Assim começava o Museu de Cera de Hamburgo, onde as figuras eram expostas, além de outros objetos de outras partes do mundo. O nome do museu vinha do grego e significa o que todos podem ver, já que era uma grande atração para a população.
Museu Deichtorhallen – Deichtorhallen Strasse -
Era outro paraíso para os amantes da arte, e um lugar que abrigava uma variada gama de arte contemporânea. Reunia a casa da fotografia, em conjunto com uma exposição de arte internacional preservada sob o mesmo teto. Havia dois salões de mercado, no cenário que se transformaram criativamente em um lugar onde shows com Warhol, Chagall ou Baselitz eram exibidos para o público.
Museu de Etnologia - Rothenbaumchaussee, 64 -
Fundado em 1879, era um dos maiores museus de etnologia da Europa. Os mais de 350 mil objetos da coleção, eram apreciados todos os anos por cerca de 180.000 visitantes. Encontrava-se no trimestre Rotherbaum, do bairro Eimsbüttel.
Museu de Hamburgo - Holstenwall, 24 -
Também conhecido como Museu da História de Hamburgo, estava localizado próximo ao parque Planten un Blomen, fora instalado em sua localização atual, em 1922. O prédio principal fora projetado por Fritz Schumacher e construído entre 1914 e 1922. Seu interior e conteúdo: tinha muitos artefatos preservados pela Sociedade de História de Hamburgo, fundada em 1839. Entre as atrações do museu, estavam fatos importantes como a chegada do Protestantismo, as invasões nórdicas, a história do porto, o incêndio de 1872, a Segunda Guerra Mundial, e personagens que fizeram parte da história de Hamburgo, como o Pirata Klaus Störtebeker. Entre as atrações temporárias, estava a miniatura de trem – uma das mais antigas ferrovias em miniatura da Alemanha, com mais de 1.200 metros de ferrovias em escala 1:32. Para encerrar a visita, passe no Fees, o charmoso Café/ restaurante que ficava ao lado museu.
Museu do Imigrante – Veddeler Bogen, 2 –
De 1850 a 1939, mais de cinco milhões de emigrantes saíram da Europa para o Novo Mundo, pelo porto de Hamburgo. Para contar o início, meio e fim de tantas histórias, a cidade criara em julho de 2007 o Museu Ballinstadt. A proposta era recriar a forma com que cinco milhões de alemães deixaram a sua terra natal para se estabelecer em outros países. Estava instalado exatamente onde, de acordo com a história, os viajantes se reuniam para embarcar nos navios para emigrar a outro país. O museu era muito espaçoso e tinha três principais áreas onde se exibiam fotografias, cartazes, vídeos e objetos que permitiam recriar a forma como esses milhões de pessoas passaram por aqui antes de partir para outro continente, a maioria para os Estados Unidos.
A Fundação BallinStadt tinha um grande banco de dados genealógicos, com cerca de 600 milhões de registros de pessoas que viajaram de navio por 90 anos, permitindo que aqueles que eram descendentes de alemães soubessem o dia e a hora em que seus antepassados viajaram, bem como o nome do navio e do Capitão que os transportara. O museu recriava essa época de forma muito real, mostrava o navio com todos os objetos usados pelo Capitão, as cabines etc. No caso de grupos numerosos de emigrantes, recriavam os quartos onde eles ficavam concentrados, antes de embarcar, as malas de viagem e dava informações históricas sobre como a emigração em massa ocorrera.
Tinha uma sala com computadores e pessoas treinadas para ajudar na sua busca pessoal. Também tinha restaurante e uuma loja de souvenir. O museu era voltado aos que emigraram para os Estados Unidos especificamente para Nova York, que era este o destino da maioria dos milhões de emigrantes que deixaram a Europa, na onda migratória que começara após as guerras napoleônicas. A partir de então, 80% dos migrantes foram para os Estados Unidos, 5% para o Canadá, 10% para a América do Sul (sobretudo para o Brasil e a Argentina) e o restante para outros países. Os que embarcavam em Hamburgo vinham principalmente da Alemanha (42%), da Rússia (23%) e da Áustria-Hungria (25%).
Museu Elbinsel - Kirchdorfer Strasse, 163 - Friedhof Amtshof -
Fundado em 1907, por um grupo de estudiosos da história local, suas primeiras coleções foram expostas em uma sala da Prefeitura. As Quintas e casas de campo tiveram que dar lugar para prover moradia para os funcionários das fábricas. Sua criação possibilitara ao grupo da história local manter valiosas peças antigas e preservá-las em uma área de armazenamento de sala na Câmara Municipal, onde os itens foram guardados por um tempo, porque o espaço ficava completamente lotado. Encontrar outros locais para manter a crescente coleção fora bem sucedida e em 1942, mudara-se para o seu destino final, que estava nas instalações do antigo prédio administrativo, em Kirchdorf, onde gozava de grande popularidade há mais de 50 anos.
Museu Marítimo Internacional de Hamburgo - Koreastrasse, 1 -
Era um museu privado, instalado no bairro Hafen City, abrigando a coleção de modelos de navios, planos de construção, uniformes e arte marítima de Peter Tamm, totalizando mais de 40.000 itens e mais de um milhão de fotografias. Foi inaugurado em um antigo armazém portuário, em 2008. A coleção particular foi iniciada em 1934 por Peter Tamm. O Kaispeicher B era o armazém portuário preservado mais antigo de Hamburgo, construído em 1878 e 1879 pelos arquitetos Bernhard Georg Jacob Hanssen e Wilhelm Emil Meerwein. Construído com uma estrutura de suporte de madeira e colunas de aço, as paredes externas de tijolos também ajudavam a manter o prédio. Em 2008, o museu fora reinaugurado após um período de reforma.
Museu Kunsthalle – Glockengiesserwall, 5 -
Era um museu de arte, focado na pintura do século XIV, obras de artistas holandeses e flamengos dos séculos XVI e XVII; pinturas francesas e alemãs do século XIX; moderno, e arte contemporânea. Era formado por três prédios ligados, localizados no centro da cidade, perto da Estação Central e do lago Binnenalster. Abrigava uma importante coleção de pintura com obras de Max Liebermann, Lovis Corinth, Otto Philipp Runge, Caspar David Friedrich, Adolf Menzel. A Gallerie der Gegenwart era dedicada à arte moderna do início do século XX, reunindo Pablo Picasso, Paul Klee, Max Beckmann e arte, depois de 1945. Enquanto esta fora emprestada ao Schirn Kunsthalle, em Frankfurt, a Nebelschwaden, pintura de Caspar David Friedrich fora roubada. Após negociações com os ladrões, um advogado comprara de volta a pintura, quando o Kunsthalle recusara-se a pagar-lhe o acordado, decisãoem que o advogado processara e ganhara.
Museu Völkerkunde - Rothenbaumchaussee, 64 -
Era o Museu de Etnologia, fundado em 1879, era considerado um dos maiores museus do gênero na Europa. Tinha mais de 350.000 objetos em exposição. O museu fechava às segundas-feiras e nos seguintes feriados: 1º de janeiro (Ano Novo), 18 de abril (Segunda-feira de Páscoa), 1º de maio (Dia do Trabalho), 6 de junho (Segunda-feira Branca), 3 de outubro (Dia da Unidade Alemã), 24 de dezembro (Véspera de Natal), 25 de dezembro (Dia de Natal), 26 de dezembro (Boxing Day), 31 de dezembro (Véspera de Ano Novo) 2022. Nos seguintes feriados de 2023, o museu estará aberto: 7 de abril (Sexta-feira Santa), abril 9 (Domingo de Páscoa), 26 de maio (Dia da Ascensão), 4 de junho (Domingo de Páscoa) de 2022.
MS Cap San Diego - Überseebrücke -
Era um navio de carga geral, hoje funcionando como navio museu. Admirado por sua silhueta elegante, era o último de uma série de seis navios conhecidos como os Cisnes Brancos do Atlântico Sul, e marcara o ápice dos graneleiros construídos na Alemanha, antes do advento do navio porta-contêineres e do declínio da indústria pesada alemã. O Cap San Diego fora construído e lançado pela Deutsche Werft, em 1961, para a Hamburg Süd realizando 120 viagens de ida e volta até 1981, para a América do Sul. Depois de ser vendido e funcionando sob diferentes nomes e bandeiras de conveniência como tramp trader, o navio em ruínas fora programado para desmanche, em 1986, quando fora comprado pela cidade de Hamburgo. O Cap San Diego ficava atracado no porto de Hamburgo, onde os visitantes podiam acessar praticamente todas as áreas da embarcação, da ponte ao motor. Um dos porões de carga acolhia exposições temporárias. As cabines de passageiros podiam ser reservadas para pernoites. Várias vezes por ano, o navio saia do porto para viagens por conta própria, principalmente pelo Rio Elba ou em Cuxhaven.
Rickmer Rickmers - Landungsbrücken 1ª – Saint Pauli –
Era um veleiro (casca de três mastros) permanentemente ancorado como um navio museu, perto do Cap San Diego. Fora construído em 1896 pelo estaleiro Rickmers, em Bremerhaven, e usado pela primeira vez na rota de Hong Kong transportando arroz e bambu. Em 1912 fora comprado por Carl Christian Krabbenhöft, renomeada Max, e transferido para a rota Hamburgo - Chile. Na I Guerra Mundial o Max fora capturado pelo Governo de Portugal, no porto da Horta (Açores) e emprestado ao Reino Unido como ajuda de Guerra. Para o restante da Guerra, o navio navegara sob o Union Jack, como o Flores. Após a I Guerra Mundial fora devolvido ao Governo Português, tornando-se um navio de treinamento da Marinha Portuguesa e novamente renomeado, como NRP Sagres (o segundo com esse nome). Em 1958, competira e vencera a Tall Ships' Race.
No início da década de 1960, o Sagres II fora aposentado do serviço de navios-escola, quando a Marinha Portuguesa comprara, do Brasil, o navio-escola Guanabara (inicialmente lançado na Alemanha em 1937, como Albert Leo Schlageter e renomeado NRP Sagres III), e fora transferido para o estaleiro. Comprado em 1983 por uma organização chamada Windjammer für Hamburg e.V., fora renomeado pela última vez, de volta para Rickmer Rickmers, e transformado em um navio-museu flutuante.
A vida noturna
Hamburgo não tinha só a vida noturna de uma metrópole, mas também a rua boêmia mais famosa da Alemanha: a Reeperbahn, com quase 1 km de extensão, com bares, clubes, shows, teatros, e até clubes de strip-tease e sex shops, na mesma rua e nas ruelas transversais e adjacentes. Em termos de agitação, rivalizava com o Bairro Vermelho de Amsterdam. Situado apenas a duas estações de Metrô, mais adiante, o bairro Sternchanza tinha estilo alternativo e onde também se encontravam bares, Cafés, lounges e outras boas opções para a noite.
O bairro português
Circulando pelas imediações do Porto da cidade em direção à Ditmar-Koel Strasse, encontrava-se um recanto típico português com fachadas de lojas e restaurantes que ostentavam placas com palavras como: O Pescador, Restaurante Porto, Café Sul, Restaurante Madeira, entre outros. Os mais atentos ficariam intrigados, mas logo descobririam que estavam numa área chamada Südliche Neustadt, que foi devidamente rebatizada de Portugeisenviertel, ou, bairro português.
Na metade do século XVI os navegadores portugueses em meio às suas jornadas, faziam paradas no porto, que fica próximo ao bairro. Nos anos 70 imigrantes do país luso, fixaram residência nessa área da cidade e, apesar de serem numerosos e mais da metade dos estabelecimentos pertencerem a portugueses, espanhóis e italianos também dividiam o espaço, e ao todo, somavam em torno de 16 nacionalidades, convivendo ali no portugeisenviertel, de Hamburgo. A atmosfera do bairro pouco se parecia com os ares alemães, de fato, os portugueses conseguiram importar mais do que bacalhau para a Alemanha, eles conseguiram estabelecer o clima da terrinha por aqui. Depois de saborear um almoço à portuguesa, caminhe pela Reimarusstrasse até a esquina onde ela se encontrava com a Ditmar-Koel Strasse. Era onde ficava a Pastelaria Cristal, com seus deliciosos doces portugueses que estariam à sua espera.