GRUYÈRES - O queijo famoso e os chocolates - Suíça

Dna. Lucia Hofmann junto a Fonte
ETIAS – Autorização para entrar na Europa em 2024 -
Anunciado em 2016, o European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido, a partir de janeirro de 2024. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não é um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.
Gruyère era uma pequena comunidade Suíça, integrante do Cantão de Friburgo, com pouco mais de 1.200 habitantes. De acordo com a lenda, Gruyère foi fundada em 400 A.C. pelo Rei dos Vândalos, Gruérius. Além de produzir um dos queijos mais famosos do mundo, o Gruyére, tinha um centro histórico lindo e um dos castelos mais bem preservados do país. A região de Gruyére, tinha mais de 100 pequenas e médias fábricas de queijos e uma delas, a La Maison du Gruyére, estava instalada no centrinho, bem em frente a Estação de Trens.
Centro histórico
Era pequeno, charmoso e cheio de lojinhas, alguns restaurantes e um brasão de ferro com o símbolo da cidade, a ave Grou. No meio disso tudo ficava a fonte símbolo e ponto de encontro e em frente aparecia o portão fortificado, que ligava a parte alta ao centro, com destaque para o brasão de Claremboz e Bras de Fer, heróis que salvaram a cidade de uma invasão no século XIV.
Chocolateria de Gruyères
Era uma chocolateria especial, que oferecia o melhor dos chocolates suíços.
Fromagerie Alpage (Mountain Cheese Factory) -
Era outra opção para saber um pouco mais sobre o preparo do queijo suíço.
· Horários de funcionamento: Abria de maio a setembro a partir das 10:00h.
· Recebia no máximo 50 pessoas por dia - (Reserve com antecedência!).
La Maison du Gruyère
Era uma fábrica que tinha um pequeno museu, que contava a história e o processo de produção da famoso queijo. Dispunha de áudio-guias, com apresentação em espanhol, português de Portugal, inglês e francês. Horários de funcionamento: e Junho a Setembro: das 9:00 às 17:00h; de outubro a maio: das 9:00 às 18:00h. Preço: Adultos era 8 CHF - Famílias (2 adultos + 2 crianças: 15 CHF).
O ingresso incluia uma pequena amostra, com três tipos diferentes de Gruyére: envelhecidos 6,8 e 10 meses. A fábrica tinha um restaurante, onde o visitante poderia experimentar uma autentica fondue. Para quem quiser experimentar uma fondue num restaurante típico, a recomendação era ir ao Chalet de Gruyeres (Rue du Bourg 33), que tinha mesinhas internas e externas em dias de sol.
Castelo
Era uma imponente construção, instalada no alto de uma colina, desde o século XIII, que em 1938 foi comprado pelo Governo de Friburgo. Hoje funcionava como museu e abrigava uma preciosa coleção de objetos, que datavam da Idade Média. Antes de chegar, saia da rua principal e procure cantinhos para fotografar o Castelo, em ângulos mais interessantes e fotogênicos. Era o segundo castelo mais visitado da Suíça e proporcionava uma viagem pelos séculos XIII ao XIX. A visita começava com um áudio visual de 15 minutos, que contava uma breve história do Castelo e dos nobres moradores.
A seguir, a visita continuava pelas salas e aposentos, decorados em diferentes períodos, com direito a explicações no áudio-guia. A visita durava pouco mais de 1 hora. Horários de funcionamento: De Abril a Outubro: Todos os dias das 9.00 às 18:00h. De Novembro a março: 10.00 as 17.00h. Preço: Adultos pagavam 15 CHF - Estudantes 8 Euros e Crianças 5 CHF.
Fábrica de chocolates Maison Cailler
Situada fora do centro, era um passeio interessante para conhecer um pouco da história do chocolate, uma linha de produção e degustar chocolates variados. Pegue o trem na estação de Gruyères para Broc (Broc Fabrique) e visite a fábrica da legendária marca de chocolates suíços Cailler. A marca – fundada em 1819, foi adquirida pela Nestlé e hoje era uma das mais desejadas da Suíça.
A visita começava com um tour áudio-guiado, contando história do chocolate, passava pela área das matérias primas e pela linha de produção de chocolates em plena atividade. E para encerrar, a área de degustação e compra dos produtos da Cailler. Horários de funcionamento: De Abril a Outubro: Todos os dias das 9.00 às 17:00h. De Novembro a março: 10:00 as 16:00. Preço: Adultos pagavam 15 Euros - Estudantes: 10 CHF - Jovens e crianças até 16 anos era grátis.
HR Giger Bar
Depois de uma circulada pelo museu, dê uma chegada no Giger Bar, que ficava ao lado. A parte interna era decorada como se fosse a parte de dentro de uma criatura gigante, repleta de ossos.
Monte Moléson
De ônibus, a partir de Gruyères e em aproximadamente 15 minutos, chegava-se a Estação do Funicular, a 1.111 metros de altitude, que fazia a primeira parte do trajeto até o Monte Moléson. O teleférico, situado a 1.523 metros, fazia a segunda etapa da subida até o topo da montanha com seus 2.002 metros. Era um passeio maravilhoso e que proporcionava uma ampla visão dos Alpes suíços.
Museu do Tibet – Fundação Alain Bordier
Inaugurado em 2009, ficava ao lado do HR Giger Museum, e abrigava mais de trezentas esculturas budistas, pinturas e muitas obras provenientes de diferentes regiões do Himalaia. Além da impressionante arte budista, o museu tinha no seu interior a Capela de São José, com lindos e coloridos vitrais. Entrada: era de10.00 francos-suíços (adultos). A princípio, parecia que este museu, instalado aqui nesta região alpina, não teinhanada a ver com o vilarejo. Mas um dia alguém teve a idéia de implantá-lo aqui, a coisa aconteceu e ninguém se aborreceu com isso... Abria das 11.00 as 17.00h e no inverno das 14.00 as 17.00h.
Museu HR Giger
O Museu Hans Ruedi Giger, abrigava as obras provocadoras e inconfundíveis do criador e vencedor do Oscar em 1980, pelo filme Alien, o Oitavo Passageiro. No interior, a poucos metros do castelo, estava um casarão com atmosfera sombria onde era possível ver toda a obra do genial artista, que misturava surrealismo com ficção científica. Havia desenhos, esculturas, pinturas e muitos alienígenas, prontos para assustar o visitante. Num salão vermelho, acessível apenas para maiores de 18 anos, estavam obras com forte apelo erótico. O Museu, que ficava situado dentro de um castelo medieval, menor do que o castelo principal, era chamado Château St. Germain.
Horários de funcionamento: De Abril a Outubro: Todos os dias das 10:00 às 18:00h. De Novembro a março: Qua - Sex 13:00 às 17:00h; Sab e Dom, das 10:00 às 18:00h (Fecha segundas e terças). Preço: adultos pagavam 13,00 CHF – Estudantes 9,00 CHF
Trens Panorâmicos
Eram passeios interessantes que levavam por caminhos maravilhosos como a Golden Line que ligava Montreux a Montbovon, ou o Train du Chocolat, que partia de Montreux em direção a Gruyére e oferecia um tour pela cidadezinha e suas atrações. O Train du Fondue entre Bulle e Montbovon, com direito a um fondue e merengues de sobremesa. E ainda, o Sushi Train, um passeio noturno que começava as 19.15 e terminava as 22.15h e incluia jantar completo com saladas, sushis e, sobremesa e café.
Onde dormir
Gruyère Rooms - centro
Estava localizado no centro da vila e dispunha de um restaurante suíço tradicional, com vários terraços disponíveis. Os espaçosos quartos incluiam móveis tradicionais, em madeira, TV e banheiro completo. Alguns dos quartos apresentavam vista do calçadão ou do Castelo, que ficava a 50 metros do local. Os estúdios e os quartos superiores tinham vista das montanhas circundantes.
Entre as especialidades do restaurante, poderia saborear uma autêntica fondue, de queijo caseiro. O café da manhã estava incluído na diária. Oferecia Wi-Fi gratuito e tinha uma lojinha no local, com venda de queijos e demonstrações de técnicas de fabricação de queijos. O atendimento era impecável, e se fizer reserva, peça o quarto número 2 que tinha uma linda vista do lugar.
Hotel de Gruyères - Ruelle Des Chevaliers, 1663 -
Estava localizado nas proximidades da cidade, oferecia bons quartos com varanda decorada em estilo rústico e Wi-Fi gratuito. A maioria dos quartos, possuia vista panorâmica de Dents du Chamois et du Broc. O jardim e terraço, eram ótimos para relaxar durante os meses mais quentes. Oferecia também uma área de Spa, sauna e academia. Um detalhe importante: os empregados falavam os idiomas alemão, inglês, espanhol, francês e o português, de Portugal
La Fleur de Lys - Rue du Bourg, 14 -
Estava instalado num prédio de 350 anos. no centro da cidade, a 400 m do Castelo, do Museu Giger e do Museu do Tibete. Os quartos tinham banheiro privativo e vista para os calçadões de pedestre, do centro da cidade, ou para os Alpes. Oferecia o melhor da cozinha suíça e francesa, em seu restaurante, onde se poderia ser servido no terraço de verão.
Onde comer
Havia uma meia dúzia de outros restaurantes, mas por experiência própria, indicamos estes:
Hôtel - Restaurant de Ville de Broc - Route de Monsalvant 1 - Broc
Cozinha européia, suíça e italiana;
Le Chalet de Gruyére -
Era um excelente restaurante, situado no centro da vila, onde o destaque era a fondue e a raclette, dois tradicionais pratos suíços. Reserve sua mesa ou irá esperar muito! Se possível, peça para ficar no andar superior, que tinha o clima rústico de um chalé. Seria um bom momento para curtir a vida e registrar o lado bom da viagem.
Curiosidades sobre a SUÍÇA
1. A Suíça é composta de 26 cantões, que funcionam como Estados, que possuem seu próprio Governo, Constituição e Legislação;
2. Existiam quatro línguas oficiais no país: alemão (falado por 64% da população), o francês (20,4%), o italiano (6,5%) e ainda o Romanche (1%), falado em dois Cantões do país;
3. Era na Suíça que estão localizadas as fábricas dos relógios mais prestigiados do mundo: Rolex, Audemars Piguet, Baume et Mercier, Breitling, Chopard, Franck Muller, Jaeger-LeCoultre, Longines, IWC, Patek Philippe, Piaget, Rado, TAG Heuer, Tissot e Vacheron Constantin;
4. O país possui uma das leis mais brandas do mundo quando o assunto é armas. Existem cerca de 2/3 a 4/5 milhões de armas, para uma população de oito milhões de pessoas;
5. Sete bilhões de barras de chocolate Toblerone, são fabricadas todo ano na cidade de Berna, a capital do país;
6. Em 1963, o governo teve a iniciativa de criar acomodações em bunkers anti-nucleares, para seus cidadãos, sendo um dos únicos países a ter abrigo para quase todos os seus habitantes. Há mais de 7 mil sirenes na Suíça para alertar a população sobre possíveis emergências, e isso inclui acidentes nucleares;
7. A Suíça é um dos únicos países do mundo que possuem Democracia Direta, onde qualquer cidadão pode propor modificações nas leis e na Constituição do país;
8. Entretanto, o país não é tão liberal assim, as mulheres só conquistaram o direito de votar, nas eleições em 1971, um pouco atrasado comparado ao resto do mundo;
9. Há mais bancos na Suíça do que dentistas. A moeda oficial da Suíça, não é o Euro, até porque o país não faz parte da União Européia. A moeda oficial do país é o Franco Suíço, que também é usada em outro país, Liechtenstein. A moeda suíça é uma das mais fortes e estáveis do mundo, assim como o dólar e o Euro;
10. De acordo com o Código Penal de 1918, o suicídio não é crime na Suíça. Por ser um ato legal, esse pode ser um dos motivos do país possuir uma das maiores taxas de suicídio do mundo. Também é permitido o suicídio assistido, que ocorre quando uma pessoa não consegue cometer o ato sozinha, e pode solicitar a ajuda de uma outra pessoa;
11. Existe um partido político na Suíça,, chamado de Anti-PowerPoint, que luta contra o uso excessivo do software, em apresentações empresariais e do governo;
12. Existem nada menos do que 1.224 fontes d’água, em Zurich. Portanto, não é preciso comprar agua para beber;
13. Negar a existência do Holocausto, é crime na Suíça;
14. Uma estátua com mais de 500 anos, de um homem comendo um bebê, em Berna, chama atenção dos turistas e moradores. Ninguém sabe o real motivo por terem colocado a estátua naquele local;
15 Apesar do alto número de armas de fogo e da taxa de suicídio, a Suíça possui uma das menores taxas de criminalidade entre todos os países desenvolvidos, além de ser considerado um dos países mais seguros do mundo e com uma das maiores expectativas de vida;
16. Os cidadãos são obrigados, por lei, a ter um plano de saúde, desde o nascimento. Além disso, se alguém de qualquer parte do mundo passar a viver no país, precisará providenciar a assinatura de um convênio médico, em até três meses. Isso porque toda a rede assistencial é oferecida de forma privada. Quem visitar a Suíça precisará contratar um seguro saúde por dois motivos:
Primeiro, por não haver nenhum tipo de atendimento gratuito — nem no caso de emergências. Segundo, porque o país é signatário do Acordo de Schengen, que determina uma série de exigências aos turistas;
17. Nunca entre na casa de um suíço, calçando seus sapatos. No país, é comum retirar os sapatos, na hora de entrar em uma casa. A maioria dos suíços costuma ter um armário, ou um local específico na entrada de suas casas, para que os sapatos possam ter colocados;
18. A Suíça é um país de invenções, e isso prova que uma nação pequena, pode ser muito rica em criações. Confira algumas de suas autorias:
Chocolate ao leite pela Nestlé, chocolate branco, creme Bepantol, Fonte helvética, canivete suíço, papel alumínio, papel celofane, LSD, Velcro, Absinto, e Müsli, a famosa granola.
Embora o sistema bancário da Suíça seja altamente desenvolvido, a população local raramente usa cartões de crédito para efetuar pagamentos. A maioria usa dinheiro em espécie. Mesmo nos casos de uma compra grande, os suíços vão sacar o dinheiro. Os nativos acreditam que a presença de notas na carteira gera uma sensação de posse real do dinheiro, o que os cartões não podem proporcionar.
Em vez de discutir qual o melhor orçamento familiar, conjunto ou separado, os suíços escolheram um meio-termo. Eles recomendam que os jovens casais abram três contas bancárias: uma para as despesas conjuntas obrigatórias e outras duas para as necessidades pessoais de cada um.
Ao se candidatar a uma vaga de trabalho, os suíços se arriscam a testar o RH. Segundo um estudo de 2020, quase 60% dos currículos não corresponde à realidade. Os suíços frequentemente exageram ao descrever os seus méritos, diante de um potencial empregador. Por exemplo, eles podem apresentar seu breve estágio em uma empresa grande, como uma experiência de trabalho. O curioso é que os candidatos mais honestos são os mais velhos.
Na Suíça, ninguém criticará um cliente de restaurante por não ter dado gorjeta ao garçom, que lhe prestou um bom atendimento. Mas quando um cliente deseja agradecer de uma forma especial, ele simplesmente arredonda o valor da conta e afirma: pode ficar com o troco.
Os ativistas suíços instalaram nas instituições de ensino do país, máquinas especiais que distribuem gratuitamente absorventes internos e externos. São destinados a socorrer as meninas pegas de surpresa, pelo ciclo que começou prematuramente ou pela falta de dinheiro no momento. Os fundadores do projeto também defendem a ideia de que o tema das especificidades da fisiologia feminina, devem deixar de ser um tabu.

