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GRANADA - Espanha - Os museus e afins

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Casa de Zafra – Calle Portería Concepción, 8 -  

Situada no coração do bairro Albaicín, entre ruas sinuosas que descem até ao Darro e com a silhueta da Alhambra sempre a destacar-se ao fundo, ergue-se a  casa Nasrid de Zafra. Foi construída no  século XIV e embora não existam registros de seus proprietários originais, acredita-se que teria sido uma importante família nobre do reino Nasrida, como atestam as generosas dimensões da casa, bem como a sua localização no coração do Bairro de Axares ou Deleite, subúrbio de Albaicín, onde os aristocratas andaluzes construíram suas casas e mansões. Granada, o último reduto islâmico da Península, acolheu ao longo do século XV a numerosos refugiados, pois a conquista cristã ganhava terreno dos nasridas. O adensamento populacional do Albaicín era praticamente superado, o que geralmente ocasionava o alargamento das casas por soerguimento de andares, como acontecia na Casa de Zafra.
 

Após a conquista de Granada, a Rainha Isabel, a Católica  cedeu ao seu fiel secretário,  Don Hernando de Zafra, algumas terras ocupadas por várias casas palacianas Nasridas, entre as quais a Casa de Zafra. Com a morte de Don Hernando e depois sua esposa Leonor de Torres por decisão testamentária de ambos, o Convento de Santa Catarina de Siena, e um Mosteiro de Clausura para freiras dominicanas, foram construído nessas propriedades . Como não foi necessário demoli-la, como as outras casas, para construir a igreja e o Claustro com os seus anexos, a que hoje se chama Casa de Zafra conservou-se quase intacta como um espaço único dentro dos aposentos do Convento. Séculos depois, a Casa de Zafra foi dada a conhecer no final do século XIX por  Almagro Cárdenas  e por Manuel Gómez-Moreno , embora só tenha sido valorizada publicamente anos mais tarde, quando em 1931 foi inaugurado o conjunto do Convento de Zafra.
 

Centro Cultural Caja Granada – Avenida da Ciência, 2 -

Reúne uma série de equipamentos complementares para dar corpo a uma variada oferta cultural e educativa. Assim, o Museu Memória de Andaluzía se concentra em mostrar o passado e o presente da região andaluza, com recursos multimídia atuais.
 

Centro Federico Garcia Lorca –  Plaza da Romanilla, s/n.

É uma referência da cultura contemporânea através da conservação e difusão dos fundos da Fundação Federico García Lorca. Instalado num moderno prédio do coração histórico de Granada, hospeda várias salas de exposições, um teatro, uma biblioteca, assim como o amplo arquivo do autor e da sua fundação. Promove atividades como obras de teatro e dança, concertos de música, apresentações, sem esquecer de dedicar um espaço à leitura das obras de Lorca e de outros escritores consagrados e novatos.

 

Museu Arqueológico e Etnológico – Carrera do Darro - 

Na Carrera de Darro se encontra a Casa de Castril, um bonito prédio renascentista do século XVI que abriga desde 1923 o Museu Arqueológico e Etnológico de Granada. Esta antiga casa senhorial é constituída por dois andares e um bonito pátio de estilo mourisco ao redor do qual se situam as salas do museu. Sua composição e as exposições:
 

Sala I: é dedicada à Pré-História apresentando ferramentas de pedra talhada que eram utilizadas para a coleta e a caça, sandálias de esparto, um diadema de ouro e inclusive um dente molar de um hominídeo; 
 

  • Sala II: abriga objetos dos colonizadores procedentes do Mediterrâneo oriental: fenícios e cartagineses. Expõe esculturas de animais feitas pelos íberos, cerâmicas poli cromadas e tecidos em ouro; 

  • Sala III:  se centra na presença de romanos e árabes em Granada. Entre os objetos recuperados destes períodos se destacam uma escultura de Vênus, um busto de Gamínedes, uma coleção de capiteis da época de Al-Andaluz e o estrolábio de Ibn Zawal.
     

Aberto a visitas de 1º de julho a 31 de agosto, de terça a domingo e feriados  das 9.00 às 15.00h. De 1º de setembro a 30 de junho de terça a sábado, das 9.00 às 21.00h. Aos domingos e feriados abre das 9.00 às 15.00h.


Museu Casa de Federico Garcia Lorca – Rua da Igreja, 20  - Valderrubio -

Foi nesta casa que o poeta Federico García Lorca escreveu algumas de suas obras mais conhecidas. Era a antiga residência que a família García Lorca possuía na Vega de Granada. Está acondicionada como casa-museu e conserva a estrutura original sem alterações. Em seu interior são exibidos objetos pessoais do poeta, fotos, desenhos, quadros e manuscritos. Durante os verões de 1926 a 1936, Lorca escreveu neste lugar algumas de suas obras mais importantes, como Casamento de Sangue e Pranto, por Ignacio Sánchez Mejías.

 

O artista granadino mais icônico e um dos dramaturgos e poetas mais influentes da literatura espanhola, vivia nesta casa de Valderrubio durante uma década (1926-1936). Nesta época, Federico García Lorca escreveu obras tão relevantes como Romancero Gitano e a Casa de Bernarda Alba, quando conheceu contemporâneos como o compositor Manuel De Falla. Durante a visita guiada é possível ver objetos originais de García Lorca, assim como desenhos e manuscritos que produziu pouco antes de morrer fuzilado pelas tropas franquistas. A visita pode ser feita de 16 de setembro a 1º de maio, de terça a sexta das 9.00 às 17.00h. Nos fins de semana, das 9.00 às 17.00h. De 1º de junho a 15 de setembro, de terça a domingo das 9.00 às 15.00h. As visitas guiadas acontecem a cada 45 minutos.

 

Museu Carmen de Max Moreau - Caminho Novo de San Nicolás, 12 -

Conhecido também como Carmen dos Gerânios, segue a estrutura típica destes: Uma casa central rodeada de jardins que se distribuem em caminhos em linha descendente. Cada um alberga um espaço diferente entre culturas, jardins e outros locais onde sempre predomina a natureza, – “karm” que no seu sentido mais lato significa vinha em árabe hispânico – de onde deriva o próprio nome de Carmen.

 

A propriedade possui três prédios independentes ligados por pátios: a casa do pintor, o atelier e a casa do senhorio, todos eles adornados por uma piscina que centraliza uma rede hidráulica. Este enquadramento transporta a água como símbolo de vida e riqueza, irrigando e dando vida aos jardins e pomares anexos. A casa do pintor é hoje um museu dedicado à sua figura. A casa tornou-se uma exposição permanente da sua obra onde há telas dedicadas a naturezas-mortas, retratos e paisagens. O estudo, dedicado à sua vida, contém um percurso biográfico com fotografias, documentos e resenhas do grande número de países por onde o artista passou e está preservado no mesmo estado em que o deixou após a sua morte. Curiosamente pouco conhecida pelos próprios granadinos, a Carmen de los Geranios ou Carmen de Max Moreau torna-se uma agradável surpresa para mais do que um turista que se deixa cativar, sem imaginar, por um extraordinário local de magia e cultura. Aberto a visitas de terça a sábado das 10.00 as 13.00h e das 16.00 as 18.00h. No período de verão, aberto das 17.00 as 19.00h. Se preferir usar o transporte público, o ônibus urbano linha C1 (Albaicín – Centro) deixará bem perto.

 

Museu Casa de Manoel de Falla –  Calle Antequeruela Alta -

Este museu foi a casa do grande compositor espanhol Manuel de Falla, de 1921 a 1939, período em escreveu a ópera O Espetáculo de Marionetes do Mestre Peter e seu  Concerto para Cravo e cinco Instrumentos. Participou com entusiasmo do rico movimento cultural da cidade junto com seu amigo Federico García Lorca e muitos outros artistas e intelectuais. Mais de 70 anos após a partida do grande músico espanhol para a Argentina, sua casa em Granada foi aberta aos visitantes como um museu. Todos os seus pertences pessoais estão expostos como ele os deixou naquele dia, já que o compositor planejava retornar. O escritor espanhol José Bergamin perguntou-lhe: "Quando pensa que retornará maestro? Ele respondeu: "Quando todos os espanhóis finalmente chegarem a um acordo". Isso foi em setembro de 1939, quando a Guerra Civil Espanhola já havia começado.
 

Falla viajou para a Argentina, onde morreu em setembro de 1946. Manuel de Falla deixou a Espanha depois que seu amigo Federico Garcia Lorca foi assassinado em Granada, deixando para trás seu piano, sua escrivaninha, suas roupas e muitos outros pertences. Há também alguns presentes que recebeu de famosos artistas espanhóis, como pinturas de Pablo Picasso e Ignacio Zuloaga, ou cartas e desenhos de Federico García Lorca e Hermenegildo Lanz. As peças mais valiosas estão guardadas no Auditório, que fica ao lado da casa. Está aberta de segunda a sexta-feira no período da manhã e é gratuita. No segundo andar, o Arquivo Manuel de Falla guarda seus documentos e sua biblioteca. Este é um dos melhores arquivos que você encontrará sobre este período histórico na Espanha. As visitas podem ser feitas de outubro a maio, de terça a sábado das 10.00 as 17.00h. De junho a setembro, das 10.00 as 15.00h e de julho a agosto, de terças a sábados das 9.00 as 14.30h.
 

 

 

 

Museu Casa dos Tiros – Calle Pavaneras, 19 -

É uma antiga casa do século XVI com aparência de fortificação que deve seu nome aos tiros presentes em suas ameias e na fachada pode-se ver o escudo da família, uma espada atravessando um coração com a inscrição o coração manda. Atenção para a ausência de motivos religiosos na fachada, com o fim de evitar confrontos com os cristãos e com os muçulmanos. Nas duas sacadas esculpidas na frente da casa, há cinco estátuas representando Hércules, Teseu, Jasão, Heitor e Mercúrio.
 

Desde o ano 1921, passou a ser propriedade do Estado e se converteu num museu dedicado a temas locais. Em suas doze salas estão expostos desenhos, gravuras, cartazes, jornais, fotografias e outros documentos que percorrem a história de Granada do século XVI até a atualidade. A escadaria principal do museu abriga uma coleção de retratos reais de personagens como Isabel, a Católica (Isabel I de Castela), Carlos V e Felipe II, entre outros. Numa das salas é possível ver um conjunto de objetos de argila do século XIX, peças de cerâmica de influência nasrida e tapeçarias que pertenceram a importantes famílias burguesas de Granada. A parte mais interessante do museu é o salão conhecido como a Quadra Dourada. Seu teto de madeira está decorado com figuras de heróis espanhóis, bustos de reis e inscrições que relatam suas façanhas. As visitas podem ser feitas de 16 de setembro a 31 de maio de terça a sábado das 10.00 às 20.30h e aos domingos e feriados, das 10.00 às 17.00h. De 1º de junho a 15 de setembro, de terça a sábado das 9.00 às 15.30h e aos domingos e feriados das 10.00 às 17.00h.
 

Museu da Alhambra – Palácio de Carlos V - térreo

Instalado no térreo do Palácio Carlos V é um espaço que abriga a melhor coleção de arte nasrida ( arte islâmica ) do mundo. Além de expor peças desta dinastia, o museu acolhe obras islâmicas pertencentes a outros períodos de ocupação que permitem percorrer a história e a arte de Al-Andalus. Os objetos e as peças que expõe foram encontrados nas escavações da Alhambra e do Generalife, por isso a visita a esse museu é imprescindível para compreender a história conjunta do monumento. conta com sete salas dedicadas à arte hispânica-muçulmana de distintas épocas. A ordem que seguem é cronológica,  recomendada segui-la:
 

  • Sala I: expõe uma coleção de moedas da época árabe, dois exemplares do Corão e um quadrante solar, entre outros objetos de valor; 

  • Sala II: abriga elementos do período que transcorreu entre o Emirado e o Califado de Córdoba, com uma pia de ablução com decoração Califal; 

  • Sala III: está dedicada exclusivamente à arte nasrida. Abriga várias peças de bronze e cerâmica, um braseiro e uma pia de abluções que pertenceu a Almanzor; 

  • Sala IV: expõe elementos da arquitetura nasrida. A maioria pertence a prédios construídos na mesma época que a Alhambra;

  • Sala V: abriga objetos de cerâmica, mobília e outros artigos domésticos que compuseram a decoração interna da Alhambra. Destaque para o objeto mais valioso do museu: o Vaso das Gazelas;

  • Sala VI: é onde estão as lápides que estiveram nos palácios e réplicas das luminárias e louças que decoravam seus cômodos; 

  • Sala VII: a última sala do museu é dedicada à vida cotidiana da Alhambra. Expõe brinquedos, enxovais, artesanatos e louças. 


A visita pode ser feita desde a segunda quinzena de outubro até a primeira quinzena de março, de quarta a sábado das 8.30 às 18.00h. De domingos e terças das 8.30 às 14.30h; desde a segunda quinzena de março até a primeira quinzena de outubro, de quarta a sábado das 8.30 às 20.00h e de domingos e terças  das 8.30 às 14.30 horas. A entrada era gratuita.
 

Alhambra,  Nasrids e seus cheiros

A visita às instalações começa com a pedra de alabastro branco da Fonte dos Leões. Presidindo, ao lado, uma maquete da Alhambra, a sala conduz desde Muley Hacén, o penúltimo Rei Nasrida de Granada, até à Torre das Infantas, passando por alguns mosaicos que merecem ser observados para descobrir as histórias que lá se encontram, como  de 'a mão e a chave'. É nessa primeira parada que o olfato deve ser aguçado para se deliciar com os cheiros associados à culinária e aos perfumes árabes.
 

Judeus e seus símbolos

As referências a Granada Alpujarra giram em torno dessa cultura. Terra que era usada pelos judeus como refúgio por ser uma terra fértil e um enclave privilegiado. Veja outra maquete que reconstrói um povoado de uma comunidade judaica, onde se distingue a arquitetura característica destas povoações do interior. Da mesma forma, é possível conhecer um a um os principais símbolos como a 'kipá', gorro usado pelos homens judeus; a 'mezuzá' ou pergaminho que contém os versículos da Torá e que deve ser colocada nos batentes das portas; ou o menorah, que é o candelabro de sete braços que se refere à iluminação universal.
 

Cultura cristã e fraterna

Representado pelos elementos que mostram algumas das tradições mais enraizadas na Andaluzia e em Granada. Encontra-se a figura de um penitente, um costalero, uma mantilha com o traje próprio para a estação de penitência. Acompanha a passagem do mistério ou pálio, junto com a música da Irmandade, a mesma música que anima a sala entre saetas e marchas. Pode ver uma lista com todas as confrarias da cidade e a explicação do significado das bolas de cera ou 'chias'.
 

Ciganos puros e castos

Para completar o passeio, a cultura cigana complementa as outras três, refletindo sua idiossincrasia. Aqui se poderá conhecer os oito estilos de flamenco que se destacam em Granada ou lendas como o Aljibe de la Vieja. Os ofícios ilustrados junto a uma lareira com um caldeirão, mostram tarefas como as dos negociantes ou dos cesteiros. Como parte de seus símbolos, estão expostas as jóias de um pedido ou o lenço das três rosas. Para terminar de sair com o melhor sabor na boca, além da loja física, existe o serviço de loja online para comprar souvenir de todos os tipos: aquarelas, bolsas e até miçangas no estilo dessas culturas.


Museu da Capela Real –

Faz parte do conjunto monumental que inclui a Catedral de Granada, a projeção da antiga Lonja e a igreja de El Sagrario, no coração do centro histórico. De estilo gótico tardio ou elisabethano foi construído por ordem dos Reyes Católicos, em 1504, para se tornar um local de sepultamento de seus corpos. A Rainha Isabel, a Católica, deu alta prioridade ao projeto e dotou-o com os recursos necessários, deixando inclusive em seu testamento como deveria ser concluído. Os monarcas faleceram antes da sua conclusão e, entretanto, os seus corpos repousaram no Convento de São Francisco de Alhambra, hoje Parador Nacional de Turismo.

 

O Imperador Carlos V respeitou plenamente a vontade de seus avós e mais tarde se encarregou, em 1521, de trasladar seus corpos para a capela recém-concluída. Na verdade, Carlos V enterrou quase todos os membros da Família Real que então morreram em Granada: seus pais, Felipe, o Formoso e Juana, a Louca, sua própria esposa Isabel, seus filhos e a Princesa Maria de Portugal, esposa do Príncipe Felipe, convertendo assim a Capela Real junto com a Catedral de Granada no Panteão Real dos Habsburgos espanhóis. No entanto, Felipe II depois levou quase todos para o recém-construído Mosteiro de El Escorial, em Madrid e só deixou os Reis Católicos em Granada, o casal formado por Felipe e Juana, e o Infante Miguel de Paz, neto dos Reis Católicos, que aqui repousa com seus avós e tios.

 

O monumento funerário dos Reis Católicos é obra do italiano Domenico Fancelli, que o construiu em Gênova, com mármore de Carrara, enquanto o de Juana, a Louca e Felipe, o Formoso, é obra de Bartolomé Ordóñez. Destaca-se também a cerca em seu entorno, obra do mestre Bartolomé de Jaén. A Capela Real é um dos monumentos que orgulham a cidade de Granada. Nela estão encerrados mais de cinco séculos da história da cidade. No seu interior encontram-se importantes obras de escultura, pintura e ourivesaria. A verdadeira entrada principal da Real Capela de Granada, dedicada a Santos Juanes, foi deixada no interior da Catedral quando esta foi concluída. O pequeno portal da Rua Oficios é plateresco em estilo, construído em 1527 por Juan García de Pradas. Embora o acesso seja pela Lonja, onde se iniciam as visitas (na mesma rua dos Ofícios, mas num conjunto de quatro arcos que se encontram no canto desta segunda entrada). Ao fundar esta Capelânia, os Reis Católicos legaram os seus bens mais valiosos para uso pessoal, com todos eles foi criado o pequeno Museu instalado na Sacristia da Catedral de Granada, ao qual se acessa a partir da Capela Real. A coleção que contém é de grande valor histórico e artístico, onde se encontram objetos pessoais dos monarcas e importantes obras de arte. A ourivesaria inclui a cruz do altar, o cálice, a coroa e o cetro da Rainha Isabel, a espada de D. Fernando e vários estandartes reais. Destacam-se pela beleza o baú ou Baú da Rainha, o seu espelho de estilo renascentista, que mais tarde foi transformado em custódia, e o precioso Relicário da Rainha.

 

Há também uma coleção de peças de prataria e tecidos da época. Aprecie o impressionante Missal de la Reina, pintado por Francisco Flores, em 1496. Isabella, a Católica, escreveu em seu testamento que numerosas pinturas fossem retiradas de sua coleção pessoal para serem levadas a Granada assim que sua Capela Real fosse concluída. Aqui também encontrará uma importante coleção de mesas e obras-primas flamengas dos séculos XV e XVI, de artistas italianos e espanhóis como Botticelli, Berruguete e Machuca. Entre as que se destacam está o famoso tríptico da Paixão, obra de Dierick Bouts, que pertenceu à Rainha Isabel - a Católica e que pelas dimensões e qualidades é a obra mais importante de Granada.

 

Museu das Grutas de Sacromonte - Centro de Interpretação do Valle do Darro - Barranco dos Negros, s/n – acesso pela Calle Verea de Enmedio -
 

Está localizado nas Cavernas do Sacromonte e proporciona conhecer melhor história, cultura e ambiente natural desta área especial de Granada. Situado entre os bairros de Sacromonte e Albaycn, o Barranco de Los Negros oferece belíssimos panoramas da Alhambra e do vale do rio Darro (Valparaíso). Aqui se  conhecerá sobre a história da cestaria, forja, cerâmica e tecelagem, além do flamenco em Sacromonte, explorando as cavernas, decoradas com ferramentas e elementos básicos usados ​​na época. Há também uma Sala de Aula de Natureza no Museu Sacromonte, onde os visitantes podem aprender sobre a paisagem, o clima, a agricultura local e a flora. 


Museu de Belas Artes –  Palácio de Carlos V – primeiro andar -

Abriu suas portas em 1839, convertendo-se em um dos primeiros museus públicos da Espanha. Em suas seis salas, expõe mais de duas mil obras de artistas da importância de Alonso Cano, Pedro Machuca, José de Mora e Juan Ramírez.  Instalado no primeiro andar do Palácio de Carlos V, expõe pinturas a óleo, madeira poli cromada, retábulos, trípticos, esculturas e alvenarias de couro feitas entre os séculos XVI e XVIII. A essa variedade de técnicas se contrapõe a temática quase exclusivamente religiosa da maioria das obras. Isso se deve ao fato de que muitas obras expostas foram recuperadas dos Conventos e Mosteiros, que ficaram nas mãos do Estado depois da desamortização de Mendizábal, em 1836. 
 

As coleções
 

  • Sala I: reúne obras com grande influência flamenca, devido à falta de modelos a seguir na arte espanhola do século XV. Destaca-se o grande conjunto de esculturas em madeiras policromadas e douradas; 

  • Sala II: abriga pinturas e esculturas do artista granadino Alonso Cano, sendo uma das salas mais interessantes de todo o museu; 

  • Sala III: é dedicada aos pintores que seguiram os passos de Alonso Cano, como Pedro Atasiano, Juan de Sevilla e José de Mora; 

  • Sala IV: as obras desta sala fogem à temática religiosa e representam paisagens, retratos e naturezas mortas; 

  • Sala V: abarca a arte granadina do século XIX, dedicada principalmente à decoração das casas burguesas; 

  • Sala VI: reúne obras de diferentes artistas que retrataram e utilizaram as paisagens da cidade como tema principal de suas obras; 

  • Sala VIII: reúne obras de artistas que triunfaram no panorama internacional ao longo do século XX; 

  • Sala IX: a última sala do museu é dedicada à arte contemporânea.


As visitas podem ser feitas de 1º de abril a 14 de outubro, de terça a sábado das  9.00 às 20.00h e aos domingos e feriados, das 9.00 às 15.00h. De 15 de outubro a 31 de março, de terça a sábado das 9.00 às 18.00h e aos domingos e feriados das 9.00 às 15.00h.
 

Museu de Galera – Cl. São Marcos, 18 -

Situa-se na Capela Velha do Convento das Freiras de Cristo Rei, num prédio que insere-se no urbanismo surgido após a destruição da Galera mourisca em 1570 e o posterior repovoamento ocorrido em finais do século XVI com traçado ortogonal das ruas e planimetria quadriculada. Inaugurado em Julho de 2001, ocupa cerca de 100 metros quadrados distribuídos por três salas: duas salas dedicadas à arqueologia local, onde se conservam e expõem objectos pertencentes a praticamente todos os períodos do desenvolvimento histórico desta região, e para os quais se pode visitar através dos mais de 4.000 anos da cidade.

 

Desde julho de 2005, podem ser visitados os restos originais da Mumia de Galera, descoberto em 2002 dentro do enterro 121 localizado no sítio arqueológico de Castellón Alto, um assentamento da Cultura El Argar, em um período avançado da Idade do Bronze Pleno (1900-1600 a.C.). Trata-se de uma sepultura com dois indivíduos, um deles parcialmente mumificado, cujos restos mortais se mantiveram em excelente estado de conservação (tecidos corporais, pele e cabelo), assumindo-se como um dos mais antigos e bem conservados da Pré-história européia, depois do Homem de Ötzi, a múmia congelada que tem 5.000 anos e foi descoberta nos Alpes em 1991.
 

O  piso térreo é dedicado à pesquisa arqueológica, à Idade do Bronze (Final), à Cultura Ibérica, à época Romana e Medieval, além de possuir uma Secção de Numismática com moedas ibéricas, romanas e medievais. Nesta sala estão expostos, entre muitos outros materiais, artigos funerários e peças em cerâmicas, e uma réplica da Deusa de Galera ou Fertilidade (Astarte); as estatuetas fenícias de alabastro descobertas no outro grande sítio arqueológico de Galera;  a Necrópole Ibérica de Tútugi -  (séculos VII-III aC), cemitério pertencente à cidade situada no  Cerro do Real. Do mundo romano, oferece uma visão do quotidiano e da forma como esta villa romana se estruturou. Pode ver em primeira mão um interessante conjunto de inscrições romanas feitas em pedra, entre as quais aparece gravado o nome da TVTVGI. Na parte dedicada à Idade Média, explica-se a distribuição de algumas populações que se formaram nesse período histórico e que ainda se mantêm. 

 

No primeiro andar é exposta uma análise da evolução da paisagem nos últimos 4.000 anos e é dedicada à Idade do Cobre e Idade do Bronze (Cultura Árgara) e desde como esta população construiu suas casas, como enterravau seus mortos, que era o processo de fabricação da cerâmica até as doenças que sofriam, bem como as redes de troca existentes. Várias ferramentas cotidianas, cerâmica e armas estão em exibição. Mencionam-se também as torres das Quintas e as torres de Vigia, construídas durante o período muçulmano. Em 2004 foi inaugurada  a secção Etnográfica, localizada numa antiga cave subterrânea, com uma sala dedicada a expor diferentes aspectos do passado mais recente da Galera: desde a vinificação, passando pelos trabalhos de esparto e linho, chegando às casas tradicionais. No Recanto da Memória, recria-se a típica sala de jantar de uma casa-caverna dos anos 50.  Aberto a visitas de outubro a maio das 11.00 as 13.00h e das 17.00 as 19.00h.  De junho a setembro, aberto das 11.00 as 13.00h e das 19.00 as 21.00h.

 

Museu do Convento do Monastério da Conceição – Pracinha da Concepção, 2 -

É um dos Conventos de Clausura mais antigos e representativos de Granada, fundado em 1518 integra harmoniosamente importantes palácios, casas e jardins mouros pré-existentes do período muçulmano, juntamente com prédios típicos das construções conventuais cristãs. Guarda um importante patrimônio artístico, histórico e cultural. A visita é articulada pelos espaços mais representativos do Claustro, como a sala capitular, sala profundis, claustro, coro baixo, igreja, oratório e mais doze salas que abrigam documentos de arquivo, ourivesaria, objetos conventuais, pinturas e esculturas de artistas como Sánchez Cotán, os irmãos García, Pablo de Rojas, Ambrosio Martínez de Bustos, Alonso e Pedro de Mena, Alonso Cano, Bocanegra, Juan de Sevilla e Risueño. A permanência ininterrupta desta comunidade de irmãs franciscanas da TOR desde a sua fundação até aos nossos dias, permite-nos, ao visitar os diferentes espaços e dependências conventuais, mergulhar em cinco séculos de história, religião, arte e cultura de Granada. Aberto a visitas de terças a domingos das 10.45 as 13.00h.
 

Museu do Reino de Granada –

Uma réplica da fonte do Pátio dos Leões acolhe e abre caminho para as salas que farão o visitante mergulhar na arte e na história que compõem o Museu. Dentro de suas paredes, as culturas nasrida, judaica, cristã e cigana proporcionam uma visão de suas lendas e modos de vida ao longo de dez séculos, tudo a partir de uma perspectiva interativa que serve como uma prévia do que pode ser visto na realidade em vários pontos de vista. Cada uma das salas tem seu próprio itinerário de visitas guiadas em cujos corredores estão presentes algumas figuras representativas de todos os tempos, como Washington Irving, Yusúf III, Ángel Ganivet, García Lorca, Enrique Moreno e Miguel Ríos; e, como reivindicação, pode ser incluído um show de flamenco para quem não pode acessar o Sacromonte e quiser desfrutar da arte da essência andaluza. Aberto das 10.00 as 22.00h. Cobravam 10 euros para visitantes e 5 para residentes e menores.
 

Museu Etnológico da Mulher Cigana – ROMI – Caminho do Sacromonte, 107 – La Chumbera -

Surgiu da necessidade de ciganos e não ciganos conhecerem e salvaguardarem toda uma cultura desenvolvida ao longo de muitos séculos pelo povo cigano. Está localizado em algumas grutas do bairro Sacromonte que foram restauradas, exibindo diferentes objetos relacionados à cultura cigana em nove salas. A exposição permanente do museu apresenta a contribuição da mulher cigana para a história de seu povo, enfocando temas como o esoterismo entre os Calés, sua arte, sua literatura, sua criação musical, sua medicina tradicional e suas figuras femininas mais conhecidas. Abriga também uma reprodução de uma gruta do bairro Sacromonte, trajes típicos e uma recriação do vardo (caravana cigana) com diversos utensílios e objetos pessoais. Aberto de segunda a sexta das 10.00 às 13.00h. A entrada era livre.

 

Museu Sefardita – Placeta de Berrocal, 5 -

É também conhecido como Museu da Judería ou Casa Sefardí, instalado numa casa tradicional de Granada, num ambiente original em que viviam as famílias sefarditas granadinas. O museu é uma iniciativa privada da família Chevalier, de origem sefardita, a qual pretendem resgatar a memória desta vila, que contribuiu para o conhecimento científico e a cultura do seu tempo, através de figuras importantes como Samuel Ibn Nagrella, poeta, filósofo e Vizir do Rei Habus ben Maksan, e Yehudá Ibn Tibon, médico e escritor do século XII. Ocupa um espaço pequeno, em dois andares, mas as suas salas estão ricamente povoadas de objetos e móveis que remetem a Granada antes de 1492. 

 

Destaca-se sua biblioteca, com livros especializados na cultura hebraica: da ciência à gastronomia, passando pela literatura e mapas da Granada medieval, onde se verá as Sinagogas que a cidade tinha. Reúne grande quantidade de objetos domésticos, de ofícios exercidos e itens utilizados em cerimoniais religiosos, além  de objetos que lembram as perseguições perpetradas pela Inquisição, como os capuzes que os presos usavam como forma de humilhação antes da execução. Além disso, possui um pequeno pátio banhado por luz natural, decorado com plantas, pavimentado com pedras e ladrilhado com azulejos, que visa recriar este espaço privado que outrora possuíam as casas sefarditas da Judiaria de Granada. Aberto de domingo a sexta-feira das 10.00 às 14.00h e das 16.00 às 20.00h.

 

Museu Zambra à Caverna de Curro – Caminho de Sacromonte, 83 –

No Sacromonte há  vários tablaos flamencos, onde os ciganos fazem, com a sua arte milenar, as delícias dos visitantes. Duas das cavernas mais conhecidas onde se canta, dança e toca flamenco são a Cueva del Cantaor Curro Albaicín, que já apresentou sua arte para os reis da Espanha e muitas personalidades internacionais, e a Cueva de la Rocío, uma família zambra Maya, um dos mais importantes da arte flamenca em Sacromonte. Se quiser descobrir outro cenário da cidade que exala aromas e evocações árabes, caminhe até a Alcalceria de Granada, o grande souk de compras, onde se sentirá como se tivesse realmente mudado para uma cidade árabe.
 

Museu Zambra de Maria La Canastera – Caminho de Sacromonte,89 -

As grutas do Sacromonte são uma visita obrigatória dentro do elenco turístico de Granada onde a Zambra de María la Canastera tem um papel de destaque. Fundada em meados dos anos 50, é uma referência do flamenco em Granada, pelo que é considerada pelas entidades culturais como mais um museu de Granada, sendo um dos locais mais emblemáticos da cidade, fazendo parte das atrações turísticas e populares relevantes. A gruta é constituída por um grande hall alongado decorado por um grande número de fotografias retrospectivas da artista e recolhidas ao longo da sua vida, bem como por personalidades do mundo da arte, cultura, entretenimento, cinema e política que a presenciaram zambra. O elemento fundamental do recinto, hoje é a sala onde se executam as zambras, constituindo assim o núcleo principal da sala. Além de ser a zambra nacional mais famosa onde se pode desfrutar do melhor flamenco de Granada.

 

Palácio dos Esquecidos – Cta. de Santa Inês -

Reúne antigos instrumentos de tortura da Inquisição espanhola e européia em exposição dos instrumentos mais utilizados pelos diferentes tribunais inquisitoriais, eclesiásticos e civis, em toda a Europa, para tortura, humilhação pública e pena de morte. Também apresenta uma exposição de Flamenco Interativo. Com esta exposição poderá descobrir todo o mundo do flamenco, num espaço exclusivo especialmente concebido para experimentar as diferentes sensações que esta arte pode oferecer.





 

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