GENOVA - As Basílicas, Museus, Igrejas e os Palácios - parte 2/3
Galata Museu do Mar - Calata Ansaldo de Mari, 1 -
Estava instalado no prédio mais antigo de Dársena, e seu nome era uma referência ao antigo bairro genovês em Istambul, que fazia parte da República Genovesa, entre os séculos XIII e XV. além do museu com 28 salas havia uma área ao ar livre onde se poderia explorar o interior de um submarino S518 Nazario Sauro. A maioria dos passeios pelo Porto Antigo incluia uma visita ao Galata Museu do Mar, junto com o adjacente Aquário de Gênova. Também estavam disponíveis tours combinados que levavam a várias atrações do porto, incluindo o elevador panorâmico, e a Biosfera. Para visitar, pegue o trem para a Piazza Príncipe ou o Metrô para Dársena, ambos a 5 minutos a pé do museu. Se estiver dirigindo, havia alguns estacionamentos pagos na área. Abria das 10.00 às 19.30h, diariamente, de março a outubro; de novembro a fevereiro, estava aberto das 10.00 às 18.00h, de terça a sexta-feira, e das 10.00 as 19.30h nos fins de semana e feriados.
Museu Casa de Cristóvão Colombo – Via do Porto Soprana -
Era uma reconstrução do século XVIII da casa, hoje transformada em museu, em que Cristóvão Colombo cresceu em Gênova, localizada fora dos muros da cidade do século XIV, onde vivia entre 1455 e 1470. Estava localizada não muito longe do portão da Porta Soprana, fora das muralhas medievais. Era provavelmente uma reconstrução do século XVIII do prédio medieval original, onde o descobridor das Américas passou sua juventude. A casa teria sido destruída durante o bombardeio da frota francesa do Rei Luís XIV, que atingiu Gênova em 1684. O prédio tinha dois andares: o térreo fora usado como oficina por seu pai, Domenico Columbus, que trabalhava com tecelagem e comércio de lã; a casa da família ficava no andar de cima. Além dos danos causados pelo bombardeio francês de 1684, o prédio também foi afetado pelo intenso desenvolvimento imobiliário na área de Ponticello, onde estava localizado. O bairro recebeu o nome de uma pequena rua chamada Vico Dritto Ponticello, que não existia mais, localizada nos arredores da antiga Porta Soprana no Claustro de Santo André, onde ficava a casa.
Segundo o historiador genovês Marcello Staglieno, a quem se atribuia a descoberta da casa de Colombo, na época do navegador o prédio tinha dois ou talvez três andares e foi restaurado com base nos vestígios originais. Os documentos de arquivo encontrados por historiadores genoveses sugeriam que Domenico Columbus, mudou-se com sua família para Vico Dritto Ponticello, em 1455, quando Colombo tinha apenas quatro anos. O andar térreo da casa era usado como oficina; a porta da frente ficava à esquerda da fachada. Um teto de treliça de madeira o separava do andar superior, provavelmente como na estrutura original. Em 1887, a casa foi adquirida pela Câmara Municipal de Gênova, como prova concreta da proveniência do navegador genovês. Uma placa na frente principal da casa dizia: Nenhuma casa é mais digna de consideração do que esta onde Cristóvão Colombo passara entre as paredes paternas sua juventude.
Museu da Academia de Belas Artes da Ligúria – Largo Pertini, 4 -
Fundada em 1751 por iniciativa de um grupo de artistas e aristocratas genoveses, reunidos em torno do Marquês Gio Francesco Doria, a Academia Lingüística, hoje Instituto de Educação Artística Superior, oferecia aos visitantes um museu bem estruturado, um importante testemunho da arte na Ligúria do século XIV ao século XX. Sua rica pinacoteca constituia uma viagem significativa pelos artistas mais famosos em atividade em Gênova, desde os preciosos fundos de ouro - de igrejas demolidas ou suprimidas - a Cambiaso, Strozzi, Ansaldo, Assereto, Castiglione, até Domenico Piola e sua oficina. Não faltavam evidências de produção artística entre os séculos XIX e XX, de Luxoro a Rayper, D'Andrade e Avendaño, até Merello e Nomellini. Desenhos, gravuras, modelos em gesso e esculturas em mármore, bronzes e terracotas, matrizes calcográficas, faianças e porcelanas reunidas, ao longo da história secular da instituição, completavam um patrimônio conspícuo que refletia a própria história da cidade, antiga capital da antiga República de Gênova. Abria de terça a sábado, das 14.30 às 18.30h.
Museu da Cidade de Gênova -
Instalado no coração do centro histórico de Gênova, a poucos passos do Porto Antigo, o novo Museu da Cidade estava instalado na Loggia di Banchi, do século XV, chamada de Loggia della Mercanzia porque era ali que ocorriam as negociações financeiras da cidade. O projeto visava dar a este espaço evocativo um novo papel: ser uma espécie de megafone urbano, conectado com a cidade e o mundo, que atuava como uma caixa de ressonância para a história das características e qualidades intrínsecas de Gênova. O museu orientava o visitante na descoberta da fascinante história de Gênova: suas origens imperiais, sua expansão na Idade Média, seu apogeu no período barroco, bem como sua contribuição à sociedade italiana por meio da indústria e da cultura. Entre os muitos objetos originais, também havia reconstruções tridimensionais, filmes interativos e um passeio por quase dois milênios da história da Cidade.
Museu da Emigração Italiana – Piazza da Comenda -
Criado em homenagem à história dos italianos que emigraram em busca de melhores oportunidades de vida. Este museu de importância nacional estava distribuído por 3 andares e servia como guardião de memórias e histórias. Por meio de 16 áreas temáticas, a jornada de milhões de italianos que, do final do século XIX até meados do século XX, deixaram seu país para se estabelecer em novas terras era narrada com empatia e detalhes. Nas salas do museu, poderá mergulhar nas experiências dos emigrantes, combinando documentos históricos, fotografias, cartas pessoais e depoimentos audiovisuais cronológica e tematicamente. Esta abordagem multimídia ajudava a entender não apenas as dificuldades e desafios, mas também as esperanças e sucessos desses viajantes e seus antepassados.
O museu MEI não se limitava apenas a histórias individuais, mas também explorava o impacto mais amplo da emigração italiana globalmente. Mostrava como os emigrantes influenciaram econômica, social e culturalmente os países de destino, destacando a disseminação da língua, culinária, arte e cultura italianas pelo mundo. Uma parte significativa do museu é dedicada às rotas de migração. Através de mapas detalhados e modelos interativos, os visitantes poderiam traçar as rotas dos emigrantes, desde o interior italiano até os portos de partida e além. Para chegar a pé em três minutos da Estação de Trens Genova Piazza Principe, através de Saida San Giovanni. De ônibus Gramsci 3 / Parada Comenda, sentido oeste Paragem Gramsci 1/ Comenda, direção leste, e pelo Metrô Príncipe na Paragem Doria.
Museus da Estrada Nova - Via Garibaldi - Palácio Rosso, Palácio Bianco e Palácio Tursi -
No belo cenário da Via Garibaldi, estava a magnífica Strada Nuova renascentista e barroca, projetada em meados do século XVI e local das residências de muitos dos ricos e poderosos da aristocracia da cidade. Este itinerário único do museu conectava três palácios para apresentar o mais importante museu de arte antiga da cidade. O Palácio Rosso era uma casa museu onde o encanto da residência do século XVII, era preservado através das ricas coleções de arte e móveis históricos da família Brignole-Sale em quartos suntuosamente decorados com afrescos e estuques.
O Palácio Bianco era a principal Galeria de Arte da região, oferecendo um rico e variado corte transversal da escola de pintura da Ligúria do século XVI, juntamente com obras flamengas, espanholas e italianas. A ligação entre o Palácio Bianco e o Palácio Tursi atravessava o local onde outrora se erguia a igreja do Mosteiro de São Francesco di Castelletto, cujos vestígios podiam ser vistos. O Palácio Doria-Tursi, que hoje também abrigava a Prefeitura, fora pensado para ser a mais grandiosa residência privada construída na cidade, no chamado Século dos genoveses. Aqui terminava a exposição dedicada à pintura do século XVIII e o visitante encontrava um rico acervo de arte decorativa e aplicada: tapeçarias, cerâmicas genovesas, moedas, pesos e medidas oficiais da antiga República de Gênova. Era aqui que estavam guardados os violinos históricos de Nicolò Paganini , incluindo o famoso Cannone. A visita aos Museus Strada Nuova era composta por mais de setenta e cinco salas, desdobrava-se em vários níveis, incluindo pátios, loggias, jardins e terraços, até o Mirante do Palazzo Rosso e era intercalado com vistas deslumbrantes sobre a cidade e seu centro histórico.
Museu das Culturas do Mundo - Castello D'Albertis - Corso Dogali, 18
Esta casa-museu única oferecia uma oportunidade extraordinária para mergulhar no mundo de seu criador, o Capitão Enrico Alberto D'Albertis, que generosamente a doara à cidade de Gênova após sua morte, em 1932. Através de suas aventuras por terra e mar entre XIX e XX, o Capitão recolhera histórias e artefatos e trouxera de volta para serem alojados nesta moldura romântica inspirada nos armários de curiosidades e nos troféus coloniais, habitualmente colecionados na época. Conforme documentado por numerosos desenhos de construção, o próprio Castelo, construído em estilo neogótico, encapsulava o profundo amor do Capitão pelo mar, sua curiosidade pelo desconhecido e inexplorado, seu fascínio pelos mundos desconhecidos que visitara e por sua alma profundamente genovesa.
As coleções do Museu, apresentadas numa seqüência de evocativas alcovas mobiliadas, segundo o estilo revival da época, eram compostas por materiais etnográficos e arqueológicos recolhidos pelo Capitão nos cinco continentes; a estes se juntavam os recolhidos pelo primo do Capitão Luigi Maria, o primeiro a explorar o Rio Fly, na Nova Guiné. Ao entrar no bastião quinhentista onde se erguia o Castelo, o visitante percorria um percurso que o levaria a outras coleções extra-européias, adquiridas pela cidade no século passado, incluindo materiais arqueológicos da América Central e do Sul e materiais etnográficos do Canadá, doados por US Catholic Mission Association, após a exposição para as celebrações colombianas de 1892. Todos esses materiais, exibidos com um design de exposição contemporâneo e cuidadoso, foram revisitados e contextualizados por meio de um diálogo com suas comunidades de origem.
Museu de Arqueologia da Ligúria – Via Palaviccini, 11 -
Inaugurado em 1936 e reaberto em 1953, após sua reconstrução do pós-guerra, fora criado um percurso expositivo sobre a vida, as ocupações e a economia dos povos que outrora habitavam a Ligúria. Os achados vieram das cavernas da Riviera di Ponente (Balzi Rossi, cavernas de Toirano, cavernas da área de Finale) e havia túmulos de guerreiros da Ligúria, da Idade do Ferro e objetos funerários da necrópole pré-romana de Gênova. Havia testemunhos de cidades da Ligúria, na época romana, antiguidades egípcias da coleção Albertis e uma coleção de vasos antigos doados à cidade pelo Príncipe Oddone de Savoy. O percurso expositivo, ampliado nos anos 2000, estava equipado com numerosos suportes didáticos e desenvolvia-se em 13 salas, relatando segundo um critério cronológico os diferentes períodos da pré-história na Ligúria graças aos enterros paleolíticos da gruta Arena Candide, os riquíssimos kits da necrópole pré-romana de Gênova; as escavações das cidades da Ligúria romana; a coleção de antiguidades gregas e romanas do Príncipe Odone de Savoy; duas salas dedicadas à coleção egípcia e aos mármores romanos.
Museu de Arte Oriental E. Chiossone - Piazzale Giuseppe Mazzini, 4 – Villeta di Negro -
Instalado no centro da cidade, num parque do século XIX, de Villetta Di Negro, com vista para uma das praças mais elegantes da cidade, a Piazza Corvetto, havia um espaço dedicado ao Extremo Oriente. De frente para o mar, erguia-se um prédio de perfeito estilo racionalista, projetado especificamente por Mario Labò, para abrigar a coleção doada à cidade de Gênova por Edoardo Chiossone. Hábil gravurista genovês que vivera e trabalhara no Japão, no final do século XIX. Chiossone era mundialmente conhecido por ter desenhado as primeiras cédulas e valores mobiliários japoneses. Fundado em 1905, o Museu, que levava seu nome, era o primeiro museu dedicado à arte japonesa fundado na Itália, e abrigava maior, e mais preciosa e variada coleção de arte japonesa da Itália e uma das mais importantes da Europa.
Museu de História Natural Giácomo Doria – Via Brigata Liguria, 9 -
Fundado em 1867, era o museu mais antigo da cidade e possuia um riquíssimo espólio científico composto por 4,5 milhões de artefatos e espécimes de todo o mundo: animais, fósseis, plantas e minerais. Estavam expostas 6.000 peças, distribuídas por suas 23 salas em dois andares. As dez salas do térreo abrigavam a exposição de mamíferos, enquanto as duas salas centrais, eram dedicadas à paleontologia e às exposições temporárias. O primeiro andar continuava com seis salas dedicadas a outros vertebrados: aves, répteis, anfíbios e peixes. Duas salas eram reservadas para insetos e outros invertebrados. A Sala Cell, abrigava uma reconstrução tridimensional de uma célula ampliada 100.000 vezes. A última seção do museu era dedicada aos minerais. A visita era uma viagem à biodiversidade do planeta e era ideal para crianças, adolescentes, famílias e para os amantes da natureza.
Museu de Santo Agostinho - Piazza di Sarzano, 35/R –
Era uma combinação perfeita do antigo e do contemporâneo, construído dentro do Mosteiro de Santo Agostino, de origem medieval, no centro histórico de Gênova, perto da igreja desconsagrada de Santo Agostinho e do atual Faculdade de Arquitetura. O museu fora inaugurado em 1983, era o mais importante da Ligúria para escultura e arquitetura, e único a oferecer ao visitante uma visão completa da escultura genovesa, desde a Idade Média (século X) até a idade moderna (século XVIII). O Complexo incluia a igreja agostiniana do século XIII, o Mosteiro com o seu singular claustro medieval triangular, a igreja e torre sineira do século XV, únicas. Estes prédios estavam entre os poucos exemplos sobreviventes da arquitetura gótica genovesa do século XIII, os outros foram destruídos ou substancialmente modificados entre o século XIX e XX. As obras alojadas no museu provinham principalmente de prédios religiosos genoveses que já não existiam, com a adição de itens de algumas residências particulares, de doações e aquisições.
Museu Diocesano – Via Tommaso Reggio, 20 -
Instalado entre a Catedral de São Lourenço e o Palácio Ducale, ao entrar no Museu descobria-se um prédio surpreendente, com preciosas obras de arte: um claustro medieval repleto de frescos e construído sobre uma antiga domus romana; uma riqueza de pinturas e esculturas, tecidos, iluminuras, prataria, relicários, instrumentos musicais e um núcleo arqueológico que contava a história artística da cidade. O prédio que albergava o Museu apresentava uma estrutura complexa, fruto das inúmeras evoluções ocorridas ao longo do tempo: erguido para residência dos Cônegos da Sé Catedral, na segunda metade do século XII. A visita ao Museu seguia uma seqüência cronológica ao longo de quatro pisos, entremeados por salas temáticas, entre as quais, e genuinamente única, a dedicada à exposição das Telas da Paixão, do século XVI. Mostrava obras de artistas de diferentes épocas, começando pelos mestres do século XVI que se inspiraram nas gravuras de Dürer. O material que era considerado um precursor do tecido jeans, fora usado pela primeira vez em Gênova e deve seu nome à cidade.
Museu do Genova F. C. – Via do Porto Antigo, 4 -
A Genoa 1893 ETS Fundação fora criada em março de 2006, com o objetivo de promover o crescimento da comunidade de torcedores da equipe e a identificação, com os valores de sua tradição esportiva e socio-cultural. Era uma Fundação Participativa, onde os sócios podiam votar, para designação dos membros do Conselho Diretivo, e tinha entre as suas principais finalidades a promoção de iniciativas e instrumentos educativos sobre a temática do desporto e em particular o futebol como espetáculo, como prática e como momento de agregação social e promoção da condição juvenil, segundo os valores da lealdade, da prática esportiva e da civilidade. Desde 2008, com a criação do Museu da História do Gênova, a Fundação ampliara a sua atividade dedicando toda a energia e empenho a todas as atividades que contribuiam para a salvaguarda e conservação da história do Gênova Cricket and Football Club.
Museu do Palácio Real – Via Balbi, 10 -
Instalado num suntuoso palácio do século XVII, preservava as obras de arte e objetos do cotidiano que pertenceram às famílias nobres Balbi, Durazzo e Savoy, que viveram aqui dos séculos XVII ao XIX. As salas abrigavam uma rica coleção de pinturas, incluindo obras de muitos artistas italianos e estrangeiros como Van Dyck, Tintoretto e Strozzi, bem como as da escola genovesa como Piola, il Grechetto, Schiaffino e esculturas de Filippo Parodi. Destacava-se a coleção de móveis genoveses, dos séculos XVII e XVIII. O Palácio Balbi, chamado Real, era um dos 42 palácios dos Rolli de Gênova incluídos na lista de Patrimônios Mundiais da UNESCO. Veja a estória de seus ocupantes:
Os Balbi eram uma família de origem humilde do interior da Ligúria, fizeram fortuna graças ao comércio de seda e tecidos em geral, antes de passarem para as finanças. Esta última atividade determinara sua entrada na aristocracia genovesa, coroada pela construção do Palácio Real. A morte prematura de Stefano e Giovanni Battista Balbi durante a praga de 1657 encerrara a primeira fase das obras do palácio, que fora vendido à família Durazzo, descendentes de uma família que fugira da cidade do mesmo nome na Albânia, que após viverem como escravos em Messina, foram libertados e se mudaram para Gênova, onde se tornaram importantes comerciantes. Após cerca de dois séculos de sua mudança para a capital da Ligúria, eles chegaram ao Palácio Ducal com Giácomo Grimaldi Durazzo e se estabeleceram como uma das famílias mais importantes de Gênova.
Eles compraram o Palácio Real, por 42.000 escudos e decidiram ampliá-lo transformando a então galeria em uma Galeria de Espelhos, modificando o portal, o átrio e as escadarias e acrescentando o pátio e o jardim suspenso com vista para a Via Prè. Nestes anos, o Palácio hospedara personalidades ilustres como o Rei de Espanha Filipe IV, o Imperador José II da Lorena, dos Habsburgos, Joaquim Murat, a sua mulher Carolina Bonaparte e o seu irmão Napoleão. Com a morte de Girolamo III Luigi Durazzo, o Palácio passara para as mãos da família Durazzo di Gabiano , que decidira vendê-lo à família Savóia, quinze anos depois. O Rei Carlo Felice di Savoia assumira o Palácio Real e o transformara na residência oficial de verão da família. Neste período histórico algumas salas foram modificadas, principalmente as salas do Trono e das Audiências, o salão de festas e os apartamentos do primeiro piso. Também fora construída uma ponte sobre a corrente Via Gramsci, ligando o Palácio ao Porto.
Com a transferência da capital de Itália para Roma, o Palácio era cada vez menos utilizado pela família Savoy, que decidira vendê-lo ao Estado. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Palácio fora bombardeado e danificado; depois da Guerra, sua restauração fora concluída, e a ponte demolida durante a estrada elevada, em 1964. O estilo interior do Palácio seguia os estilos de diferentes épocas: a construção que ocorrera na era barroca fora retrabalhada em arte neoclássica, pela família Durazzo e finalmente concluída pelos Savoy, em 1823. Justamente por isso, os quartos eram diferenciados entre si, característica que tornava o Palácio uma atração única. Descubra as salas mais importantes, localizadas no segundo piso, abertas ao público em 1922, decoradas com enormes pinturas do início do século XVIII, retratando batalhas navais.
No Hall do Salão do Tempo havia um retrato representando la Verità Svelata dal Tempo , pintado por Domenico Parodi, no início do século XVIII e 23 pinturas dispostas em simetria harmoniosa, incluindo as obras de Tintoretto e Bassano. Depois do Salão da Paz, encontrava-se o Salão de Veronese, que abrigava uma magnífica pintura da Ceia de Cristo, na casa de Simão, o Fariseu. A tela era uma reprodução do século XVII, criada a mando de Carlo Alberto, e seu original fora transferido para a Galeria Savoy, do Palácio Real de Turim. Na seqüência, a Sala dos Espelhos era a mais famosa do Palácio, uma interpretação de Domenico Parodi, da Versailles Ice Gallery, encomendada por Gerolamo II Durazzo. O cenário belíssimo fora usado no passado como uma sala de jantar representativa para ocasiões importantes, incluindo a visita do Imperador José II, da Áustria e de Napoleão Bonaparte, em 1805. A Galeria da Capela era dedicada à Paixão de Cristo, e continha um magnífico Cristo na Coluna, de Filippo Parodi. As outras salas eram a Sala do Trono, um espaço com decoração do século XIX, que preservava pinturas de Luca Giordano, e a Audiência Hall, uma elegante sala com obras de Van Dyck. Com destaque para o retrato de Caterina Balbi Durazzo, e os aposentos do Rei e da Rainha.
Museu do Tesouro da Catedral de São Lourenço – Via Garibaldi, 9 –
Estava instalado em salas subterrâneas medievais, especificamente na Cripta da Catedral de São Lourenço, que foram cuidadosamente modificadas pelo arquiteto Franco Albini, em 1956, para criar um exemplo único de museografia moderna. O espaço oferecia um verdadeiro tesouro de ouro e prata medieval, renascentista e barroco. Os objetos podiam ser divididos em três categorias: relíquias religiosas e os recipientes em que eram mantidas, ou seja, relicários; em segundo lugar, objetos e obras de arte relacionadas com a veneração de São João Baptista, proclamado padroeiro de Gênova, em 1327; e, finalmente, mobiliário litúrgico, feito ou doado à Catedral ao longo dos séculos e usado nas cerimônias religiosas mais importantes.
Entre as obras que mereciam menção especial, estava em primeiro lugar, o Sagrado Catino (uma tigela ou prato raso), que se acreditava ser feito de esmeralda, mas era de fato um exemplo excepcional de vidro do Oriente Médio; depois, a Cruz de Zacarias, um crucifixo ornamentado, no qual estava instalada uma relíquia da verdadeira Cruz. Entre as obras relacionadas, com a veneração de São João Baptista, encontrava-se o chamado Prato de São João Baptista e a extraordinária arca utilizada para alojar as suas cinzas. Entre os móveis litúrgicos, a magnífica Arca de Corpus Domini, o grande altar frontal chamado de Corpus Domini e a estátua da Immacolatta, todas trabalhadas inteiramente em prata e de tamanho notável, fato que aumenta seu valor. Entre as peças mais famosas estava o chamado Sacro Catino, envolto em mistério e lenda: a tradição diz que era o Santo Graal, o prato usado por Jesus Cristo durante a Última Ceia.
Museu Judaico
Estava instalado na área sob a cúpula da Sinagoga, um espaço que no passado fora usado como escola judaica. O museu fora criado em 2004 por sugestão de Gianfranco Franchini abrigava a coleção Journey into the Jewish world de Emanuele Luzzati , que fora doada pelo artista à Comunidade Judaica de Gênova. O Museu alternava a apresentação da coleção Luzzati, com outras exibições de natureza artística, e religiosa ou histórica/documental apresentadas para coincidir com eventos como o Dia da Memória e o Dia Europeu da Cultura Judaica. As visitas incluíam o acesso à Sinagoga Maior, usada no verão e nos feriados religiosos judaicos mais importantes, bem como à Sinagoga Menor, onde ainda se encontram os móveis de madeira originais do século XVIII, que até 1935, estavam alojados na antiga Sinagoga da Mura da Malapaga.
Museu Naval de Pegli – Villa Centurione Doria - Piazza Cristóforo Bonavino, 7 –
Com sua sede na renascentista Villa Centurione Doria, estava atualmente fechado ao público, mas novos itinerários e atividades estavam sendo estudados para oferecer aos visitantes, em vista de uma futura reabertura. A Villa foi construída para Adamo Centurione Oltremarino, rico comerciante e financista da Gênova do século XVI, amigo e Conselheiro de Andrea Doria, e depois passada para Giovanni Andrea Doria, herdeiro do famoso Almirante. Aprimorada pela intervenção de Galeazzo Alessi, que criara um lago artificial e uma ilha das fadas no parque, e por um esplêndido ciclo de afrescos do final do século XVI, a Villa tornava-se propriedade pública no século XX e desde 1930 abrigava o coleções marítimas adquiridas pelo município de Gênova, principalmente graças a importantes doações, com artefatos que vão do século XV ao século XIX. O prédio albergava preciosos mapas geográficos, pinturas, desenhos, maquetes navais, ferramentas de construção e navegação, documentação sobre os antigos estaleiros navais e as oficinas de artesanato ligadas ao mundo marítimo.
Museu Wolfsoniano - Via Serra Gropallo, 4 –
Fazia parte do Pólo do Museu de Nervi, juntamente com a Galeria Gam de Arte Moderna, o Museu Giannettino Luxoro e as coleções Frugone. A coleção fora criada pelo filantropo norte-americano Mitchell “Micky” Wolfson Jr. e doada por ele à cidade de Gênova, por meio da Fundação Palazzo Ducale para a Cultura, concentrava-se principalmente nas artes decorativas e de propaganda do período 1880-1945. A Wolfsoniana se apresentava como uniccum, no rico panorama dos museus italianos. Antes, pela figura do colecionador que com paixão e curiosidade, formara ao longo dos anos, este importante acervo artístico, promovendo simultaneamente uma instituição a quem confiar a sua conservação, estudo e promoção. Em segundo lugar, pela originalidade da coleção que, composta por uma vasta gama de materiais, pinturas, esculturas, mobiliário, vidro, cerâmica, ferro forjado, prata, tecidos, desenhos arquitetônicos, gráficos, cartazes e materiais publicitários, croquis e desenhos, livros e revistas - concentrava-se principalmente nas artes decorativas e de propaganda de 1880 a 1945.
Demais Museus e afins
Eram tantos os museus espalhados pela cidade e arredores, que Genova tinha o r~´otulo de Cidade dos Museus...
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Amigos do Museu de Gênova - Piazza Giacomo Matteotti, 9 –
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Museu Biblioteca do Ator – Via Seminario, 10 –
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Museu da Academia de Belas Artes da Liguria – Largo Alessandro Pertini, 4 –
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Museu da Estrada Nova – Palácio Rosso
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Museu da Estrada Nova – Palácio Doria Tursi –
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Museu da Estrada Nova – Palácio Bianco -
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Museu da História de Gênova - Via Al Porto Antigo, 4 –
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Museu da História e Cultura Contadina – Salkita AL Garbo, 43 -
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Museu da História Natural Giácomo Doria– Via Brigata Liguria, 9 -
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Museu de Água e Gás - Via Piacenza, 54 –
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Museu de Nossa Senhora da Consolação – Via da Consolação, 1 -
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Museu de Química da Universidade – Vialle Benedeto XV, 3 -
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Museu de Santo Agostinho - Piazza de Sarzano, 35/R –
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Museu do Farol – Rampa da Lanterna -
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Museu do Palácio Espínola - Piazza da Pelliceria, 1 -
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Museu do Ressurgimento Instituto Mazziniano – Via Lomeline, 11 –
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Museu dos Capuchinhos - Viale IV de Novembro, 5 – entrada pela Via Bartolomeo Bosco –
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Museu e Biblioteca do Teatro - Via do Seminario, 10 -
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Museu Etnomedicina Antonio Scarpa - Via Balbi, 4 - Escadaria San Carlo –
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Museu Giannattino Luxoro - Viale Mafalda de Savoia -
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Museu Nacional da Antártida - Palazzina Millo Area Expo - Porto Antigo -
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Museu Nacional de Imigração Italiana – Piazza da Comenda -
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Museu Villa Imperial Casanova - Corso Ferdinando Maria Perrone -
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Museu Villa Imperial de Terralba – Via San Frutuoso, 100 –
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Museu Villa Imperial Scassi - Largo Pietro Gozzano, 3 -
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Pequeno Museu do Padre Santo – Piazza do Cappuccini, 1 -
As Basílicas, as igrejas e os templos
A cidade era pródiga em igrejas e templos religiosos. Para quem gostasse de visitá-los ou acessar para professar uma prece, não faltava oportunidade e referências...
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Abadia de São Juliano - Lungomare Lombardo, 21 -
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Basílica da Santíssima Anunciação de Vastato - Piazza da Nunziata, 4 -
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Basílica de Santa Maria Assunta de Carignano - Piazza de Carignano, 8 -
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Basílica de Santa Maria Imaculada - Via Assarotti, 24 -
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Basílica de Santa Maria do Castelo - Saida de Santa Maria di Castello, 15 - Molo -
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Basílica da Vigne - Vico do Campanile da Vigne, 5 -
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Catedral de São Lourenço – Piazza São Lourenço
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Claustro das Ruinas de São André - Via da Portasoprana, 12 -
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Igreja de Jesus e de Santo Ambrozio e Andre - Piazza Giacomo -
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Igreja de Nossa Senhora Assunta e Santa Zita - Via de Santa Zita, 2 –
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Igreja de Nossa Senhora da Consolação - Via da Consolação,1 -
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Igreja de Nossa Senhora de Carmine e Santa Agnesse - Piazza de Carmine - Via Brignole de Ferrari -
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Igreja do Sagrado Coração e São Giácomo – Via Jacopo Ruffini, 11 -
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Igreja de Santa Anunciata de Portoria - Viale IV de Novembro, 5 -
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Igreja de São Bartolomeu de Armeni - Piazza de São Bartolomeu, 2 -
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Igreja de São Donato - Via di San Donato, 10 -
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Igreja de São George - Piazza San Giorgio - Via Brignole de Ferrari, 5 -
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Igreja de São Lucas - Piazza San Luca –
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Igreja de São Marcos a Molo - Via do Molo, 18 -
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Igreja de São Mateus - Piazza San Matteo, 18 -
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Igreja de São Pancracio - Piazza San Pancrazio -
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Igreja de São Pedro em Banchi - Piazza Banchi -
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Igreja de São Salvador - Piazza Sarzano -
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Igreja de São Siro - Via San Luca Madalena -
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Igreja de São Torpete - Piazza San Giorgio -
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Igreja de São Vitor e Carlos - Via Balbi, 7 -
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Igreja de Santa Maria da Paixão - Piazza Santa Maria - Passione Quartiere do Molo –
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Igreja de Santa Maria Madalena - Piazza da Maddalena, 11 -
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Igreja de São Cosme e Damião - Vico Dietro Il Coro di San Cosimo -
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Igreja de São Nicolosio - Saida San Nicolosio Da Via Edilio Raggio, Sopra Largo Zecca –
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Igreja do Santíssimo Nome de Maria e do Anjo Guardião - Piazza da Escola Pie –
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Igreja de São Roque de Vernazza – Piazza de São Roque, 4 -
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Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios – Piazza Gaetano Alimonda, 1 -
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Santuário da Madonetta - Saida da Madonetta, 5 -
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Santuário de Nossa Senhora de Loreto – Piazza de Oregina, 44 -
Os Palácios
Eram quase três dezenas de belos e importantes prédios denominados palazzos, que foram edificados e ocupados por importantes famílias genovesas durante os anos dourados da cidade. Hoje a maioria era ocupada como museu, Galeria de Artes e algumas ainda como residências. Veja a lista dos principais palazzos e escolha o que gostaria de visitar:
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Palazzo Angelo Giovanni Spinola - Via Garibaldi, 5 -
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Palazzo Art Noveau - Via Raggio, 11 -
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Palazzo Balbi Giacomo e Pantaleo - Via Balbi, 4 –
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Palazzo Belimbau – Piazza da Annunziata, 2 –
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Palazzo Cambiaso - Via Garibaldi, 1 -
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Palazzo Carrega Cataldi - Via Garibaldi, 4 - Camera do Comercio -
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Palazzo Centurione-Gavotti - Via di San Lorenzo, 5 -
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Palazzo Cicala-Raggio - Vico de Scuole Pie, 1 -
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Palazzo Cipriani Pallavicini - Piazza Fossatello, 2 -
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Palazzo da Bolsa – Piazza de Ferrari –
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Palazzo da Nafta – Piazza da Vitória, 116 -
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Palazzo da Regione - Piazza Raffaele de Ferrari, 1 -
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Palazzis de Rolli - Via Garibaldi –
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Palazzo de São George - Via della Mercanzia, 2 -
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Palazzo Doge Rerretto - - Piazza Ferretto, 1 - Sestriere do Molo -
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Palazzo do Melograno - Piazza Campetto, 2 -
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Palazzo Ducale - Piazza Giacomo Matteotti, 9 -
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Palazzo Durazzo-Pallavicini - Via Balbi, 1 -
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Palazzo Gio Battista Grimaldi - Piazza S. Luca, 2 -
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Palazzo Gio Cattaneo - Piazza Grillo Cattaneo, 1 -
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Palazzo Grimaldi Gio Batista - Vico São Luca, 4 -
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Palazzo Imperial - Secondo Piano Nobile -
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Palazzo Lercari Parodi - -Via G -
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Palazzo Lomellino da Strada Nuova - Via Garibaldi, 7 -
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Palazzo Nicolo Lomellini - Piazza della Nunziata, 5 -
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Palazzo Orsini – Via Roma, 8 -
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Palazzo Paolo Battista e Nicolo Interiano - Piazza Fontane Marose, 2 -
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Palazzo Pastorino - Via Bartolomeo Bosco, 57 -
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Palazzo Spinola Franzone - Via Luccoli, 23 -