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GENOVA  - A marítima e terra de Colombo -   
Itália -  1/3


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ETIAS 2025 - Autorização para entrar na Europa

​Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido, a partir de 2025 mas ainda sem data para início do procedimento. ​O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.

 

Situada ao Noroeste da Itália, era a capital da Província de Gênova, na região da Ligúria era a quinta maior cidade italiana com 872.215 mil habitantes registrada em 2015.  Seu porto no Golfo de Gênova rivalizava com a cidade portuária de Marselha, na disputa pelo lugar de melhor porto do mar Mediterrâneo. Do século XI ao XIV, a cidade passara por um período de grande expansão, derrotara os piratas do Mediterrâneo que atacavam seus navios abarrotados de mercadorias, estabelecera colônias no Oriente Médio e vencera Pisa, sua concorrente mais próxima. Entretanto,a decadência começara em 1381, com a derrota para os venezianos, e agravara-se com as lutas internas entre as poderosas famílias genovesas até a tomada do poder pelo Almirante Andrea Doria, em 1528, quando Gênova conhecera um novo período de prosperidade. Com o fim das Guerras Napoleônicas, em 1814, a cidade fora integrada ao Piemonte e perdera sua independência, até a unificação da Itália.

No centro encontrava-se a Catedral românico-gótica de São Donato, do século XII e XIII e na frente do porto situava-se o Palácio de São Giorgio, construído no século XIV por iniciativa do primeiro Dodge Simone Boccanegra, que mais tarde fora transformado no poderoso Banco de São Jorge. Em 1797 Gênova fora anexada ao Império Francês, com a chegada de Napoleão Bonaparte, mas 10 anos depois era reintegrada ao Reino de Sardenha. Era a cidade onde nasceram quatro papas da Igreja Católica: Inocêncio IV, Adriano V, Inocêncio VIII e Bento XV.

Curiosidades

Havia um período em que a República Marinara de Gênova fora governada por cinco magistrados, eleitos entre as famílias nobres da cidade. Entretanto, cada eleição provocava uma guerra entre as famílias dos eleitos e aquelas que ficavam de fora. Para superar o problema, fora encontrada uma solução: seriam escolhidas preliminarmente 90 pessoas pertencentes às famílias mais poderosas; cada uma teria ao menos um dos seus incluídos nesse rol. Depois, uma grande procissão levaria uma urna contendo os nomes de todos até a Catedral. A caixa seria depositada sobre o altar principal, onde uma criança com olhos vendados – representando a vontade divina – extrairia os nomes dos cinco novos magistrados. Quem não concordasse com o resultado do sorteio, estaria contrariando o Todo-Poderoso. Observando que as pessoas apostavam nos nomes que seriam sorteados e, que o negócio seria lucrativo, o Estado tomara para si a gestão das apostas. Nascia então a loteria. Outra curiosidade da história genovesa, era a calça utilizada pelos trabalhadores do porto, feita de tela de sacos, extremamente resistente, que agüentava bem a maresia e dificilmente rasgava. Ela fora o primeiro protótipo da calça que, na segunda metade do século XIX, passaria a ser conhecida pelo nome de blue jeans.

As referências históricas e turísticas

 

Academia de Belas Artes - 

As referênciass de artes plásticas em Gênova, eram compostas por instalações tecnológicas equipadas com computadores e sistemas de última geração, salas para workshops e oficinas práticas, necessárias para este tipo de ensino, e um espaço próprio para conferências, eventos e exposições em geral.

Aquário -  Ponte Spínola - área do Porto Antigo -

Inaugurado em 1992, era um dos maiores da Europa com seus 70 tanques, um grande pavilhão de Cetáceos e mais de 15 mil residentes que pertenciam a 400 espécies. A mostra permanente era dividida em várias seções temáticas: Mar Mediterrâneo, mares tropicais, águas salobras, água doce tropical e mares gelados. O Complexo do Aquário era formado por três partes: o prédio principal, um pavilhão flutuante para os cetáceos e um pavilhão flutuante chamado de Nave Itália. Existia também um pavilhão esférico onde ficava a Biosfera (um jardim tropical). Abria de segunda a sexta das 9.00 as 20.00h e aos sábados e domingos, das 8.30 as 21.00h.

Arco da Vitória -

Também chamado de Monumento ai Caduti ou Arco dei Caduti, era um imponente arco triunfal construído durante o regime fascista, localizado na Piazza della Vittoria. Inaugurado em maio de 1931, era dedicado aos genoveses que tombaram durante a Primeira Guerra Mundial.

Arquivo Histórico - Piazza Giacomo Matteotti, 10 –

Preservava os registros de estado civil, coletados em três fundos. Série do registro civil napoleônico (1795-1813), Série de registros paroquiais do Distrito de Rapallo e Série de registros civis, da era pós-unificação pagos pelo Tribunal de Gênova e pelo Tribunal de Chiavari: continha as segundas vias das certidões de nascimento, casamento, óbito e nacionalidade com índices alfabéticos, apresentadas pelos Cartórios ao Tribunal local para arquivo.

As Torres

Gênova no século XIII era pontilhada de torres: eram 66 na antiga domus das famílias mais poderosas como os Embriaci, os Colonna, os Giustiniani e os Sauli. Atualmente eram poucas as torres ainda visíveis: na verdade, a maioria fora demolida, incorporada a prédios adjacentes ou mudara de função ( exemplo: o Campanário de San Giorgio, que nascera como uma torre, a torre Alberici, e só mais tarde mudara sua função de civil para religiosa). Atualmente ainda existiam 36 torres.

Barbearia Giacalone - Vicolo dei Caprettari, 14 –

Localizada em um típico carruggio, no centro histórico de Gênova, a pequena barbearia era um dos locais históricos mais antigos da capital da Ligúria. Com apenas dez metros quadrados, fora inaugurada pelo barbeiro Giacalone, em 1882. Algumas décadas depois, em 1922, seu filho Italo mandara renovar o mobiliário interno de acordo com o gosto art déco. A loja pertencera a Giacalone, de 1922 a 1992, ano em que, com a morte do barbeiro, fora adquirida pela Delegação FAI – Fundo para o Ambiente Italiano – de Gênova. Após restaurá-lo e reabri-lo ao público, a FAI confiara a sua gestão a um conhecido barbeiro genovês de antiga tradição, que ainda realizava, diariamente, o serviço de barbearia.

Barco Pirata –

Era o protótipo da embarcação oficial, utilizada na trama de Roman Polanski, construído ainda na década de XIX. Era interessante para conhecer como eram os cenários do filme e registrar umas selfie com a fachada do barco.

Biosfera - Ponte Ambrogio Spinola –

Conhecida como Bolha de Renzo Piano, era uma estrutura de vidro e aço escovado, construída em 2001 e localizada no Porto Antigo. A estrutura, de forma esférica, com um diâmetro de 20m, um peso total de 60 t e uma área de exposição de cerca de 200  , estava suspensa sobre o mar, na Ponte Spinola, nas imediações do Aquário.  Em seu interior, fora instalada uma pequena porção de floresta tropical úmida, que abrigava mais de 150 espécies de organismos animais e vegetais, como pássaros, tartarugas,  peixes,  insetos, grandes samambaias de viveiros municipais de até sete metros de altura e várias espécies tropicais plantas utilizadas pelo homem, que encontra as condições climáticas adequadas para sua sobrevivência graças a um sistema de condicionamento computadorizado que garantia a manutenção de um nível adequado de temperatura  e a umidade  no interior da esfera.

Bodegas Históricas -

Gênova conseguia preservar o charme de suas típicas lojas comerciais históricas, como poucas outras cidades italianas conseguiram. Desde 2011, a Superintendência genovesa, o Município, a Câmara de Comércio e os sindicatos de comerciantes e artesãos começaram a trabalhar juntos para defender esse recurso exclusivo e transmiti-lo às próximas gerações. Essas instituições criaram o registro profissional, pela primeira vez na Itália. As pequenas lojas que constavam deste registro tinham um papel preponderante nesse site, onde se  poderia encontrar informações úteis, fotografias, peculiaridades, histórias antigas e atuais.

 

Essas empresas vestiam os caruggi com letreiros antigos, como Confeitaria Marescotti, de 1780, com seus balcões de mármore e licores finos; Devoto & Vitale, para pijamas e roupas de cama chiques e atemporais; a antiga Erboristeria di San Giorgio, aberta desde 1870; o amolador de facas Torchi, na Via degli Orefici; a Confeitaria Romanengo, desde 1780 era especializada em frutas cristalizadas e chocolates; a Ótica Moradei,  desde 1934 e tantas outras que serviram os Genoveses com carinho havia gerações. 

Caruggio

Era o pitoresco bairro medieval, vizinho à Piazza Matteotti, com suas curiosas ruelas, algumas muito estreitas, de menos de dois metros de largura, ladeadas por antigas construções. O lugar era cheio de lojinhas que vendiam de tudo. Ao circular por aqui, fique atento à sua bolsa ou carteira e evite perambular por esse labirinto à noite. O nome caruggi era dado por conta da várias ruelas que compunham o bairro.

Casa de Boia – Via Fellipo Turati  - Piazza Cavour - Varco Mandraccio –

A  casa do Carrasco, também chamada de casa de Agrippa, era um prédio do centro histórico de Gênova, datada do século XI ou XII, situada no bairro de Molo, no extremo leste da Piazza Cavour, em frente ao mercado de peixes . O prédio atual era apenas uma pequena parte do original, que se estendia por vários andares e provavelmente por toda a largura da praça, entre a trincheira mura delle Grazie e a décima terceira prisão de Malapaga, onde foram mantidos devedores insolventes, que fora demolido no início do século XX e substituída por um Quartel da Guarda de Finanças. Era mais conhecida porque era tradicionalmente considerada a casa da pessoa que executava a pena de morte, na época da República de Gênova, e por isso era chamada Casa do Carrasco. 

Castelo Mackenzie – Muro de São Bartolomeu, 16 -

Este prédio era produto do gênio eclético de Gino Coppedè, famoso em toda a Itália por evocar tempos passados. Comissionado em 1893, Coppedè completara o castelo em 1905 para a família Mackenzie, originária de Florença. Durante anos,  fora um lugar especial que inspirava contos de fadas e lendas, e era sede da Cambi Auction Houses, fundada em Gênova em 1998. 

 

Catedral de San Lorenzo – Piazza São Lorenzo –

Inaugurada em 1118, era a igreja mais importante da cidade, que ainda mantinha sua estrutura românica intocada. Os afrescos com detalhes religiosos, foram adicionados durante a Idade Média. No século XV fora decidido que duas torres seriam adicionadas à Catedral, mas apenas uma fora concluida. A outra permanecia incompleta e se tornara uma lógia. No interior austero, na Capela de San Giovanni Battista, estava o ataúde que recebera as cinzas do Santo que dava nome à igreja. À direita, ao lado de um relevo que representava a Crucificação de Cristo, havia uma granada que atravessara o teto da Catedral durante um bombardeio aliado em 1941 e, milagrosamente não explodira. Abria a visitas de segunda a sexta das 9.00 às 12.00h e das 15.00 às 18.00h.

Cemitério de Staglieno – 

Considerado o mais belo  Cemitério da Europa, era um verdadeiro museu a céu aberto, projetado pelo arquiteto Carlo Barabino, em 1835, e construído por Giovanni Battista Resaco, que continuara o trabalho de seu mestre. O local era tão importante que escritores e intelectuais como Nietzsche, Guy de Maupassant, Mark Twain e Elizabeth da Áustria, o citaram em suas obras. 

Centro Docsai - Via Quattro Canti de San Francesco, 49 – 51 –

O Centro de Documentação da História, Arte e Imagem de Gênova, era um lugar que poucos conheciam e onde se podia descobrir e investigar a história da cidade e seu território, através de imagens e com o apoio de livros antigos e modernos. Era um lugar de cultura pública que incluia: a Coleção Topográfica e Cartográfica, o Arquivo Histórico Fotográfico e a Biblioteca de História da Arte do Município de Gênova. Estava aberto ao público com marcação prévia e organizava visitas de grupos que o solicitassem.

 

Ficava localizado nas dependências do Palazzo Rosso. O acesso era pela Via Quattro Canti di San Francesco, a partir de uma entrada tardo-medieval. Tinha  um excepcional teto em madeira, do século XV, decorado a têmpera policromada, embeleza a sala de leitura da Biblioteca de História da Arte, a mais importante da Ligúria. No piso superior encontrava-se a Coleção Topográfica e Cartográfica, com cerca de 8.000 peças entre gravuras antigas, aquarelas, pinturas e projetos diversos. 

Coluna Infame - Piazza Vacchero –

Na Via del Campo, um pouco antes da Porta da Vaca, existia uma pequena Fonte, uma nascente erguida entre duas colunas em uma parede. Ao passar entre a Fonte e os prédios, encontrava-se Piazza Vachero e  imediatamente atrás da Fonte, havia uma coluna quadrada com uma inscrição em latim. Em 1628 o Savoy tentara um golpe de estado, eles queriam controlar os territórios da Superba. Giulio Cesare Vachero, desde  sua casa na Via do Campo, deveria ter organizado o assassinato do Dodge e dos membros mais importantes da República de Gênova, permitindo assim a rápida ocupação dos Sabaudis; a conspiração falhara, e os Savoys pediram ajuda aos espanhóis que se recusaram a intervir contra Gênova. O traidor Giulio Cesare Vachero não escapara, fora condenado por alta traição, decapitado, seus bens foram confiscados e seus filhos banidos, além disso, sua casa fora arrasada e ali fora erguida a Coluna Infame, em 1644, e seus descendentes, mandaram construir uma imponente Fonte para escondê-la. Diziam que o fantasma de Giulio Cesare Vacchero costumava vagar por aqui: existiam inúmeros testemunhos de habitantes da região que tropeçaram no perverso nobre genovês. 

El Bigo

Era um originalíssimo elevador panorâmico, parte de um projeto de reestruturação e modernização do porto, construído em 1992 para comemorar o Quarto Centenário da descoberta das Américas. Do alto tinha-se uma bonita vista de 360º dos arredores e sobre a cidade.

Elevador Panorâmico -

Era uma das principais recomendações de visitas para os turistas. Com altura de mais de 40m onde se chegava pelo elevador. que executava um giro de 360 graus e proporcionava uma visão geral da cidade e com a participação de um Guia, que relatava um pouco sobre a história da cidade e sua cultura.

Estação Piazza Príncipe – Piazza Acquaverde

Desde 1854 era a Estação Ferroviária Central, ocupava todo o lado norte da Via Andrea Doria - onde estava localizada a entrada da Estação. Por aqui circulavam mais de 65 mil passageiros/dia. O pequeno pátio de mercadorias, que era o núcleo da Estação original, ocupava a área entre a Piazza del Principe, a Via Andrea Doria e a Piazza Acquaverde.

Estação Marítima –

Desde a Idade Média, a atual Ponte dei Mille e a área atrás de Santa Limbania eram usadas pelos peregrinos que se dirigiam a Terra Santa, e que aqui encontravam abrigo na vizinha Comenda da Ordem dos Cavaleiros de Malta, uma estrutura ainda bem preservada no início da corrente Via Pré. Por volta de meados do século XIX, em virtude da posição favorável da alça portuária, a zona começava a ser utilizada pelos grandes veleiros que cruzavam as rotas mediterrânicas e transoceânicas. Com o aumento do fenômeno migratório e as crescentes necessidades relacionadas com o atendimento a navios mercantes e de passageiros, surgira a necessidade de dotar a zona de um prédio para atendimento de passageiros junto à Estação Ferroviária. Entre 1884 e 1890 fora criado um pavilhão de passageiros constituído por um prédio de alvenaria de um só piso com uma grande marquise de ferro e equipado com salas de espera, refeitório, posto médico e posto policial e toaletes. O nome do cais fora mudado para Frederick William, em homenagem ao Príncipe da Alemanha.

 

Fanta Cinema - Cotton Warehouses - Modulo 1 - Porto Antigo –

Era uma exposição-museu muito especial, inimitável no seu gênero, que permitia mergulhar numa espécie de sonho que encantava a todos. A exposição permanente estava alojada em espaços de aproximadamente 600 metros quadrados, no térreo do primeiro módulo do Magazzini del Cotone, no Porto Antigo. No seu interior encontravam-se três importantes coleções privadas colocadas à disposição do público:  A coleção Pittaluga, que preservava lanternas mágicas, raríssimos slides de projeção e as primeiras ferramentas de filmagem e projeção;  La Graffith,  que consistia em imagens originais raras - de Méliès aos clássicos fantásticos e de terror da era do cinema mudo - em película ou transferidas para suporte informático, ferramentas técnicas de projeção e edição desde o pós-guerra até aos dias de hoje. A coleção Cineciak consistia em objetos, esculturas de fibra de vidro, figurinos originais de filmes, pôsteres, fotos de filmes da década de 1920 como Nosferatu, Dracula, King Kong, Guerra nas Estrelas, Batman e Harry Potter.

Farol de Gênova – 

O principal símbolo de Gênova, o Farol da cidade, fora reconstruído em 1543 e estava localizado em uma rocha de 40 metros de altura. Somada ao tamanho do Farol, a construção atinge 117 metros acima do nível do mar. Os visitantes podiam aproveitar o local para observar a cidade, mas era preciso subir 172 degraus até o primeiro Terraço de Observação.

Funicular Principe – Granarolo -

Não era exatamente um Funicular, embora os genoveses insistissem em chamá-lo assim, mas utilizava o sistema de cremalheira ligando a Estação Principe a Granarolo, na parte alta da cidade, de onde também se tinha uma bela vista panorâmica.

 

Funicular Sant’Anna

Ligava a Piazza Portello, no centro, ao Corso Magenta, na parte alta da cidade.

 

Funicular Zecca – Righi -

Construído em 1901, era um bondinho tipo cable-car,  que partia do final da Via Garibaldi, no Largo della Zecca, e seguia até Righi, quase 300m morro acima. A curiosidade era que parte do trajeto era feita dentro de um túnel de 700m de comprimento.

Fonte do Gênio Marinho  - Piazza Colombo –

Em 1643, fora encomendado pelos membros ricos dos Protetores de Compere Pier Antonio, Ottavio Corradi e construída por Giambattista Garrè. Os quatro golfinhos invertidos eram obra de GB Orsolino, enquanto a estátua alada, uma alegoria da fama, acrescentada em 1673, fora esculpida por Jacopo Garvo. A fonte fora transferida da Ponte Real para a Piazza Colombo, em 1861, para embelezar a nova praça do século XIX encomendada pelo arquiteto Resasco. Não era só beleza, já que o barchile servia de cocho para cavalos e mulas vindos do campo que por ali passavam carregados de verduras em direção ao Mercado Oriental. Seus mármores foram limpos da fuligem que o enegrecia e trouxeram de volta à sua antiga beleza. Na praça havia duas  placas: a primeira comemorava os mortos sob os bombardeios da última Grande Guerra, a segunda homenageava a terra natal do poeta Edoardo Firpo.

Galeria Giuseppe Mazzini –  bairro Piccapietra -

Construído após a abertura do segundo trecho da Via Assarotti, seguindo modelo das famosas passagens de Paris, recebera o nome de Giuseppe Mazzini. Desenvolvia-se paralelamente à elegante Via Roma, que unia o Teatro  Carlo Felice   na central  Piaza de Ferrari  ao Largo San Giuseppe. O projeto previa a construção da zona que compreendia a Via Roma e a Galeria e para a sua execução tiveram de escavar parte da colina de Piccapietra e a demolição de vários prédios, como a igreja e Convento de São Sebastião, a Conservatória de São Giuseppe, um trecho do aqueduto histórico e outros. A Galeria fora concluída em 1876 com a instalação do mobiliário de bronze, a inauguração fora um grande evento, e a partir desse momento a Galleria Mazzini, com suas elegantes salas, tornara-se o ponto de encontro de intelectuais e personalidades ilustres. 

Gênova Boat Show

A cidade realizava um grande show internacional de barcos a cada ano, o Salão Náutico, um dos maiores eventos do gênero no mundo. O Salone apresentava os mais recentes designs e novidades em iates, super iates, veleiros, lanchas e tecnologia náutica com mais de 1000 embarcações marítimas em exibição. Os membros da equipe que participam da Regata de Vela ao redor do mundo, a Ocean Race, estariam presentes no evento. A competição de seis meses, abrangendo 32.000 milhas náuticas começava em janeiro em Alicante, com uma grande final em Gênova. O Salão também abrigava uma variedade de conferências, seminários e atividades durante o show.

Lanterna – Rampa da Lanterna -

A Lanterna fora construída em 1128, no topo do Farol do Cabo, onde as pessoas costumavam acender fogueiras que serviam como ajuda de navegação para marinheiros.  Ao visitar,  prepare-se para encarar longos lances de escadas. Apenas os primeiros 172 degraus eram abertos ao público. Para chegar ao Farol, era preciso andar a pé por um caminho de 800 metros chamado de Passeio da Lanterna. Outro ponto de visitas era o Museu Multimídia, que ficava dentro das fortificações de Savoy, construídas em 1830.

Marina de Genova -  Via Pioneiros e Aviadores da Itália, 203 –

Era uma Marina animada e acolhedora durante todo o ano, a 10 minutos do centro da cidade, era composta por 3 grandes Cais e 500 camas de 8 a 130 metros, lojas náuticas exclusivas,  restaurantes e cafeterias, um Boutique Hotel, uma área residencial l Borgo alla Marina, e muitos eventos ao longo do ano.

Monumento a Cristóvão Colombo - Piazza Acquaverde –

Apresentava uma estátua de Cristóvão Colombo, com cabelos longos e fluidos, vestida com um pequeno tabuleiro espanhol e um grande manto aberto. A sua mão esquerda repousava sobre uma âncora enquanto a mão direita estava sobre o ombro de uma figura da América, tipificada por uma donzela índia ajoelhada, segurando uma cruz na mão direita. Fora criação do escultor Lorenzo Bortolini, em 1846.

Monumento a Giuseppe Garibaldi - Largo Sandro Pertini –

Inaugurado em outubro de 1893, estava localizado próximo a Piazza Ferrari e apresentava em bronze a estátua de Giuseppe Garibaldi montado em seu cavalo, com vista para a Piazza De Ferrari. Giuseppe Maria Garibaldi fora um General, patriota, líder e escritor italiano  considerado uma das figuras históricas italianas mais famosas do mundo.

Monumento a Vittorio Emanuele II -  Piazza Corvetto –

Instalado na  Piazza Corvetto do século XIX, em homenagem a Luigi Emanuele Corvetto, um político genovês da era napoleônica, era caracterizada pela grande estátua eqüestre de Vittorio Emanuele II de Savoy. O monumento, localizado no centro da rotatória, era obra do escultor milanês Francesco Barzaghi, e fora inaugurado em 18 de julho de 1886. Embora tivesse a  dedicatória genovesa ao Rei Vittorio Emanuele II, a estátua tinha sido alvo de polêmicas e disputas em consideração da sentença referente aos habitantes de Gênova, definidos como vil e infectada raça de canalhas, escrita pelo soberano do então Reino do Piemonte, em carta escrita a 8 de abril de 1849, ou nos dias do chamado Saque de Gênova, que levara à morte de muitos cidadãos, perpetrado pelos soldados do General Alfonso La Marmora.

Observatorio Astronômico -  Via Superior Gazzo –

Era uma estrutura astronômica construída no início dos anos 1980, era também uma associação sem fins lucrativos de voluntários apaixonados que se baseavam na pesquisa e divulgação de assuntos astronômicos. Estava aberto ao público 2 sábados por mês (primeiro quarto crescente e lua nova) e com céu sereno.

Piazza De Ferrari

Era a principal praça e ficava no coração da cidade. Sua fonte era bastante conhecida e visitada e a praça relembra o século XIX, quando Gênova fora o principal centro econômico e financeiro da Itália.

Torre Embriaci - Salita alla Torre do Embriaci, 15 -

Próximo da Igreja de Santa Maria di Castello, entre outros prédios, erguia-se uma alta torre, tradicionalmente conhecida como degli Embriaci, que devia seu nome a Guglielmo Testa di Maglio (cabeça de martelo), conquistador de Jerusalém e Cesárea Maritima durante a Primeira Cruzada, no século XI. A torre encostava num palácio que fora a primeira propriedade da família Cattaneo e depois da família Brignole Sale – que lhe dera o nome – e finalmente da família Brignole, que criara a estrutura atual. No final de uma importante pesquisa e de escavações arqueológicas na colina de Castelletto, fora estabelecido que a torre e o Palácio Embriaci, ficariam mais ao leste, onde agora estava o ex-Convento de Santa Maria delle Grazie la Nuova (hoje, casa Paganini).

 

À Torre da Piazza Embriaci deveria ser atribuída à importante família De Castro e ao Primo di Castello, que era um dos protagonistas da Primeira Cruzada, lutando lado a lado com Guglielmo Embriaco. Era uma das poucas torres familiares medievais remanescentes do Centro Histórico; tinha 165 palmos de altura era a única que obtivera a licença para ter mais de 80 palmos de altura, após a introdução das regras que queriam impedir a construção de torres cada vez mais altas,  pelas poderosas famílias genovesas, em 1296.

Truogoli de Santa Brígida

Este era, um dos cantos mais sugestivos de Gênova. No centro de uma praça entre a Via Balbi e a Via Pré,  estavam os Truogoli i Santa Brigida, uma das poucas lavanderias que sobreviveram ao advento das máquinas de lavar. A família Balbi contribuira para a sua construção, que remontava a 1656, por ocasião da peste que assolara a cidade, para abastecer a população com água boa e abundante, captada na Ribeira de Santa Brígida que, na altura, corria nas proximidades e alimentava a Fonte do Açougueiro.  Na praça também funcionava o hospital, para os expostos por crianças abandonadas. Atualmente os lavabos estavam perfeitamente preservados e o elegante telhado de metal os tornava ainda muito agradáveis.

Via dos Ourives  - Bairro de Molo -

No bairro do Molo, era a rua que unia a Piazza Banchi e  Campetto. Era uma das principais ruas do centro histórico e, graças às muitas lojas e bistrôs presentes, também era uma das mais frequentadas por genoveses e turistas. Como a maioria das ruas, a Via degli Orefici também levava o nome da atividade que antes era realizada na própria rua. O Estatuto da Guilda, a arte dos ferreiros e ourives, datava de 24 de fevereiro de 1248 e fora aprovado na igreja de Santa Maria delle Vigne, e a tradição dos ourives na área de Campetto, era ainda mais antiga. Na época se falava de lojas muito antigas, na escritura em que Guglielmo Doria vendera quatro casas, com quatro lojas. Refiriam-se que ainda hoje existiam muitas ourivesarias na zona. De particular interesse eram alguns overdoors, sobretudo o baixo-relevo do século XV representando a Adoração dos Magos (número 47) e a cópia de uma imagem votiva encomendada pela guilda dos ourives e realizada pelo jovem pintor Pellegro Piola, em 1640.

Via Garibaldi -

Era margeada por lindos palácios e mansões do século XVI, como o Doria Tursi, atual sede da Prefeitura, o Palazzo Bianco e o Palazzo Rosso, eram 17 ao todo. Nesses últimos funcionavam Galerias de Arte, com obras dos melhores artistas genoveses, a maioria deles do século XVII, e de alguns grandes nomes da pintura européia, como os holandeses Van Dyck e Rubens e o italiano Veronese. Veja também na Via Garibaldi os palácios Cambiaso  e Carrega Cataldi.

Vila do Príncipe - Piazza do Príncipe, 4 -  

Construída para Andrea Doria, o grande Almirante de Carlos V, no início do século XVI  ficava na área de Fassolo, fora das muralhas da cidade, a oeste, fora sede da única Corte verdadeira da República genovesa. Ainda era propriedade de seus descendentes que decidiram usar as partes maiores como museu. A visita através de uma sucessão de quartos ricamente decorados e mobiliados, permitia reviver as glórias da família Doria e da própria República. O grande prédio do século XVI estava rodeado por um belo jardim panorâmico com vista para o mar.

Andrea Doria estabelecera uma espécie de Corte renascentista que incluía artistas de primeira linha como Girolamo da Treviso, il Beccafumi, Silvio Corsini.  Ao artista Perin del Vaga, aluno de Raffaello e figura proeminente da cena artística em Roma, nos anos anteriores ao Saque de Roma (1527), fora encomendada a decoração de alguns interiores. O herdeiro de Andrea, Giovanni Andrea I Doria, adicionara novas obras de arte ao Palácio, que fora ampliado para o dobro de seu tamanho original. A Villa servira posteriormente de lar por quase cinco séculos, para sucessivas gerações da família Doria Pamphilj, que acumulava pinturas, tapeçarias e móveis finos em seus esplêndidos quartos do século XVI.

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