top of page

GASTRONOMIA  - parte 3/3

GASTRONOMIA 4.jpg

 

PRAGA - República Tcheca

A gastronomia tcheca era considerada muito pesada e monocromática. Com o fim do comunismo e uma horda de turistas chegando, tudo mudou. Os enfumaçados bares com pôsteres de hóquei, servindo cervejas Pilsener e Budweiser continuavam populares, mas agora a oferta se espalhava a restaurantes chineses, japoneses, italianos e até cubanos.

​Na hora que a fome apertasse, havia várias  opções no Centro, principalmente em Mala Strana — onde estavam alguns dos melhores restaurantes. Em geral, eram caros — por conta do grande fluxo de turistas, mas serviam boa comida e tinham bom serviço. Um pouco mais afastado, fora do circuito turístico, em Nové Mesto, ficavam o restaurantes  voltados para o público local, com cardápios variados — em versões em inglês e alemão – preços mais justos e serviço um pouco mais displicente. Aliás, os garçons aqui não eram de muito papo e gentilezas. Era toma la dá cá! Havia honrosas exceções! Ainda assim, havia muita oferta de bares,  bistrôs e restaurantes pela cidade. Veja a seguir alguns que conhecemos e recomendamos:

​Restaurante Lokál Dlouhá –  Dlouhá, 33 - Staré Město

Fora  uma grata surpresa tanto pela qualidade da comida, quanto pelo custo x benefício, era uma Cervejaria que servia um excelente chope e comidas clássicas da República Tcheca com preços muito bons, além de ambiente descontraído, amplo e movimentado. No cardápio estavam opções vegetarianas (como um queijo empanado com molho tártaro) e várias opções de carnes. Ficava localizado próximo do centro histórico, perfeito para almoçar depois do City tour pela região. A rede tinha seis filiais espalhadas pela cidade. A da Rua Dlouhá, tinha um salão enorme e meio vintage, com paredes forradas de madeira rabiscada pelos clientes, garçons de colete e papéis de parede com temas antigos nos banheiros.

Uma das especialidades da casa era o steak tartar com pães fritos e pratos com frango, vitela, frango e vegetarianos. O serviço era rápido – dava tanto pra passar à tarde pra tomar canecões de cerveja, quanto para um almoço rapidinho. E era prático: abria todos os dias das 11.00  à 01.00h. As outras casas eram o Lokál U Bilé kuzelky, o Local U  Zavadilu, o Lokal Nad Stromovkou, o Lokal Hamburk, o Lokal Pod Divadlem, o Lokál U Caipla e o Lokál Korunni.

500 Restaurant  - Na valech 283/16 - Praha 6    

O nome era devido a presença do Fiat Cinqüecento pendurado logo na entrada, acima do bar. O ambiente era bem descolado, moderno e as comidas excelentes, ao estilo italiano, com influência tcheca. Tinha muitos clientes locais e poucos turistas, ou seja, o pessoal da cidade que já conhecia e aprovava. Ficava próximo do caminho para o Castelo e, portanto, fora da muvuca turística. Comidas e atendimento nota dez!

U Pinkasů - Jungmannovo námestie, 15/16 – Praha 1 - centro -

Era no recinto dessa Cervejaria, que protagonistas do renascimento nacional se encontravam para debater e definir ações que entrariam para a história da República Tcheca, tornando-a o país que era hoje. Era o ano de 1843 e o Império Austro-Húngaro dominava. Alguns intelectuais, como František Palacký e Josef Jungmann buscavam elevar a língua tcheca a um nível erudito e provocar uma consciência nacional nos cidadãos. E tudo isso acontecia aqui no U Pinkasů, regado a muita cerveja pilsen, recém-criada em 1842 na cidade de Pilsz.

​Em abril de 1843, o alfaiate Jakub Pinkas resolveu oferecer aos clientes da sua alfaiataria uma cerveja que ele ganhava de um cocheiro viajante e que acabava de ser lançada na cidade de Pilsz. Por conta disso, ele vira crescer sua clientela, mas as pessoas vinham na alfaiataria não exatamente para fazer pedidos de roupas,  mas para beber a tão saborosa cerveja. Então, Pinkas decidiu abandonar o ofício de alfaiate e abrir uma Cervejaria. Sua inexperiência  fazia com que ele servisse a cerveja direto do barril e levasse à mesa para os clientes e isso resultou que a qualidade da cerveja era bem melhor, o que acabava atraindo cada vez mais gente.

O filho de Pinkas, juntamente com o garçon František Brabec, e que se tornaria depois o dono da Cervejaria, administravam com muito capricho o espaço. A chegada do comunismo em meados do século XX afetou as atividades do negócio. Com a nacionalização das propriedades privadas, ela fora tirada das mãos de Brabec, que na época era o proprietário. Diziam que Brabec não resistira a essa arbitrariedade e logo veio a falecer. Mais tarde, após a queda do comunismo, seus filhos recuperaram o prédio, porém não tinham experiência para gerenciar o negocio, que passara a funcionar e receber clientes mais por causa de sua tradição.

​Em 2001, a Cervejaria foi comprada por Karel Doubek, que primeiro pensou em modernizá-la, porém percebera que o melhor a fazer era manter os costumes e a tradição. Assim, a Cervejaria U Pinkasů oferecia atualmente o mais tradicional e típico da época do renascimento nacional tcheco e da primeira República. Era um excelente restaurante/cervejaria, com três ambientes: um deck na frente do prédio, na rua; dois salões internos e uma área nos fundos, na parte baixa, num ambiente muito bom, especialmente se o tempo ajudar. Além da comida  ( o steak tartar era imperdível! ).  O serviço era profissional e  correto.  Atendia das 10.00  às 23.00h.

​Klasterny Strahovský Pivovar - Cervejaria de Strahov - Strahovské nádvoří 301/10 - Hradčany. – Praga 1.

Ficava nas proximidades do Castelo de Praga, a Cervejaria de Strahov fabricava cerveja desde 1400.  Começara a funcionar junto ao Mosteiro de Strahov, que pertencia a Ordem Premonstratenses, era considerado um dos mais antigos do território tcheco. A cerveja, que levava o nome do fundador da Ordem dos Premonstratenses, São Norberto (sv. Norbert), era produzida, segundo a receita original e tinha como ingredientes água, malte, lúpulo e levedura, respeitando a Lei da Pureza da Cerveja, de 1516, não sendo pasteurizada e nem filtrada. ​A história da Cervejaria de Strahov fora agitada. A produção de cerveja passara por várias interrupções por causa de guerras religiosas, invasão estrangeira e incêndios. Apesar disso, guardava a tradição e história de produzir a bebida no local há cerca de 500 anos. Enquanto, uma cervejaria familiar poderia ser extinta e as receitas e tradições perdidas, as cervejarias dos mosteiros eram mais independentes e não corriam esse risco.

​Ainda assim, a produção cervejeira passava por altos e baixos: na segunda metade do século XVIII, a Cervejaria produzia somente a quantidade exata para consumo dos monges, já no começo do século XIX, voltara a recuperar sua grandeza, sendo procurada por importantes personalidades da vida pública no país. Nos anos 50, depois da chegada dos comunistas ao poder, a Cervejaria teve que fechar as portas por cerca de 10 anos, servindo apenas como depósito. Hoje, a Cervejaria de Strahov pertencia à categoria de micro cervejaria artesanal, com uma produção anual de 160 mil litros, sendo que cerca de 95% era destinada para a demanda diária do local e o restante era direcionado para festivais e concursos de cerveja. Funcionava das 10.00 às 22.00h.

​U Dvou koček – (Cervejaria Duas Gatas) -  Uhelný trh 415/10 – Praha 1 -

Estava instalada em um antigo prédio do século XIII, onde funcionava um mercado.  Tinha esse nome somente porque o prédio também se chamava Duas gatas.  Ninguém sabia explicar exatamente o porquê desse nome, mas pelo menos servira de inspiração aos donos para criar duas cervejas artesanais: uma clara (Světlá Kočka – gata clara) e uma escura (Tmavá Kočka – gata escura).

​O espaço estava entre os mais tradicionais de Praga, porém era muito novo comparado com outras Cervejarias. Começaram a vender cerveja tipo pilsen a partir de 1941, antes só vendiam vinhos. Com a morte do dono da Cervejaria, os sobrinhos assumiram a administração do negócio e logo começaram a vender somente cerveja. Mais tarde, a Cervejaria passara para as mãos dos comunistas, que a colocaram sob gestão da Associação Nacional dos Restaurantes e Refeitórios,  e seguiram servindo cerveja pilsen e ganhando muito dinheiro. Numa hora dessas as regras do comunismo eram esquecidas. ​Focada em bem atender os locais, tanto pela qualidade das cervejas quanto pelo valor cobrado, se tornara referência como uma Cervejaria tradicional frequentada pelos tchecos, em plena região do centro histórico. Em 2010, aCcervejaria começava sua produção própria. Agora, além de servir a mais conhecida e respeitada cerveja tcheca –  a Pilsner Urquell – a Cervejaria Duas Gatas servia também dois tipos de cervejas artesanais, clara (Světlá Kočka) e escura (Tmavá Kočka). Funcionava das 11.00 às 23.00h.

U Fleků - Křemencova 11 – Praha 1 .

A Cervejaria nascera em 1499 e carregava o símbolo de fabricação ininterrupta de cerveja, passando por guerras, pelo nazismo e comunismo.  Durante o comunismo, a empresa fora nacionalizada, mas não chegara a fechar suas portas. Nos anos da Guerra Fria, os salões da Cervejaria serviram de lugar para reuniões e encontro para algumas famílias divididas pela Cortina de Ferro. Na fachada ao lado da porta de entrada, com grande destaque estava a frase Dej Bůh štěstí, que significava Deus nos ajude.  Provavelmente, Deus ajudara mesmo a U Fleků  a manter sua produção por mais de 500 anos.

A especialidade era produzir somente um tipo de cerveja: a lager preta (Flekovský ležák 13°), não filtrada e não pasteurizada, caracterizada por ser uma cerveja viva. Tinha um alto grau de vitamina B e poderia ser armazenada no máximo por três semanas. Por isso, era uma cerveja única, que não poderia ser encontrada em nenhum outro lugar na cidade. ​Na produção da bebida trabalhavam somente duas pessoas que fabricavam um total de 6.000 litros por semana, sendo que o consumo médio era de 500 litros por dia. A maneira de fazer a cerveja ainda era artesanal. Eram utilizados quatro tipos de malte e lúpulo da região tcheca de Žatec, forte produtora da planta.

Mantinham um museu, onde estava a antiga torre de malte, que até 1942 servia justamente para secar o malte de maneira manual. E a única maneira de fazer isso era defumando o malte, assim logicamente a cerveja ficava também com um aroma defumado. Porém, isso se perdeu nos dias atuais, pois o malte já era vendido de forma industrial, seco e pronto para usar na produção da cerveja. Funcionava das 10.00 às 23.00h.

Café Imperial -  Na Poříčí 1072/15 - Petrská čtvrť.

Era um belo Café, aberto em 1914 em estilo art noveau e todo reformado em 2007. Era a chance de voltar ao tempo, estar em lugar lindo, chique e mesmo assim pagar pouco por isso. Serviço excelente! Ficava também bem perto do centro histórico de Praga.

 

Grand Café Orient -  Ovocný trh, 19 - Staré Město.

Era  o único Café cubista de Praga, ou seja, um Café onde o estilo cubista (famoso pelo pintor Picasso), ganhara forma na arquitetura. Era muito bonito, foi criado em 1920 e reaberto restaurado em 2005. Estava instalado dentro do Museu do Cubismo.

Pivo a Párek – Korunni, 105.

O nome significa cerveja e salsicha. E era isso mesmo que tinha lá – a salsicha tcheca era servida com pão e mostarda. Muito popular entre locais por conta da excelente cerveja artesanal produzida por eles. Um boteco clássico do bairro de Zizkov, que não ficava longe do centro mas não atraia os turistas do centro. Funcionava diariamente das 14.00 as 22.00h.

Bellavista Prague -

Era um pequeno restaurante que ficava numa lateral do Castelo e proporcionava uma maravilhosa vista da cidade. Era pequeno, praticamente ao ar livre e estava sempre cheio, tanto pela vista quanto pela excelência no atendimento e pelas comidas.

Dlouhá třída

Era uma rua que ficava perto da concentração de restaurantes do Bairro Judeu (Josefov) e também era uma opção na hora de buscar onde comer. A recomendação mais próxima da Praça da Cidade Velha era a Dlouhá 14 – na rua Dlouhá número 14, um conjunto de lojinhas que atuavam como mercado, cafeteria, bar, cervejaria entre outras atividades. Mais para o meio e até o final, estavam três ótimas sugestões: A primeira, era uma filial dos restaurantes Lokál  - Dlouhá třída, 33, que servia comida tcheca e a inigualável cerveja Pilsner Urquell. A segunda era a hamburgueria e açougue  Nase Masto, lugar ideal dos fãs de uma boa carne. A terceira era o Bistrô Sisters, que ficava na mesma Galeria do Naše Maso e servia sanduíches abertos, que eram tradicionais na República Tcheca  e ficva no número 39 da mesma rua.

Trdelník

Era uma massinha em espiral, apresentada em  tubos passados no açúcar com canela e amêndoas, assados no espeto giratório, vendidos em barraquinhas e lojinhas no centro histórico. Para quem não se importasse com o colesterol, era só pedir o recheio com Nutella. Era também uma referência típica da culinária tcheca.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PHUKET - Tailandia

Silk Restaurant & Bar - 3rd floor, The Plaza Surin - Surin Beach

Atraindo a gente badalada que fazia compra na transada Plaza Surin, este restaurante é criação de Alan Zeman, chef do famoso Lan Kwai Fong, de Hong Kong. A comida tailandesa clássica era bem condimentada, generosamente servida e apresentada com talento como o  tamboril frito em molho de erva-cidreira. A madeira marcava presença no estilo tailandês contemporâneo, com um bar aconchegante e almofadas circulares.

Watermark - Boat Lagoon Marina - Thepkasattri Road - Ko Kaew

Longe da agitação dos hotéis, os bares mais elegantes de Phuket, com restaurantes ao lado, serviam o que havia de melhor em coquetéis para os expatriados e tailandeses ricos. Metade coberto, metade ao ar livre, ficava na costa leste, ao lado da nova Royal Phuket, um lugar ideal para um passeio antes do jantar.

Restaurant & Galeria 346 - Phuket Road, 346-348  

O lugar combinava arquitetura, arte e serviço de restaurante em um lugar acolhedor. O número 346 ocupava uma antiga loja sino-portuguesa. Servia pratos tailandeses simples e a bom preço. Na galeria que ficava na parte superior, artistas modernos tailandeses expunham seus quadros e fotografias.

Outdoor Restaurante - Mueang Phuket District - Karon -

Ficava numa excelente localização, na esquina de duas ruas principais. Como tinha um terraço ao ar livre era muito agradável. Oferecia comida internacional, pizzas, massas, e pratos tailandeses. Servia como um ponto de encontro para os turistas que visitam Kata Beach e Karon.

Re Ka Ta Beach ClubKoktanode Road, 184 - Kata Beach – Karon

Localizado fora da área central de Kata Beach e junto ao mar, tinha uma bela vista e pôr do sol, um terraço de entrada que conduzia a vários níveis com diferentes bares, espreguiçadeiras. Servia sanduíches, hambúrgueres, saladas. Para os tailandeses era muito caro, mas  era um local muito agradável e tinha um ótimo serviço.

COMIDAS.jpg
bottom of page