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FLORENÇA e seus museus  - Toscana - 3/3 

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Igreja de Santa Maria do Fiore –

 

Com uma fachada de mármore verde, rosa e branco e cúpula desenhada por Filippo Brunelleschi, sua construção demorou 150 anos, muito desse tempo por conta de sua grandiosidade e seus maravilhosos detalhes.  No interior os visitantes podem conhecer os afrescos de Zuccari e Vasari, além dos belos vitrais de Donatello, Paolo Ucello, Lorenzo Ghiberti e Andrea del Castagno. Na parte de trás fica o Museu dell'Opera de Santa Maria do Fiore. Na Catedral tem uma escada que leva até as Criptas, descobertas em uma escavação feita entre 1965 e 1973, que trouxe à luz os restos da antiga Basilica de Santa Reparata.

Um segundo nome importante em sua construção é o de Giotto, que em 1334 foi nomeado mestre dos trabalhos e deu início à criação do campanário da Igreja. Entretanto, três anos após ter iniciado o trabalho, o mestre faleceu. As obras continuaram com Andrea Pisano e quem o sucedeu foi Francesco Talenti, que conseguiu completar a torre do sino. A peste negra que abalou a região e matou mais de 45 mil pessoas, a metade da população prejudicou bastante o desenvolvimento das obras. A Catedral possui 153 metros de comprimento, 43 de largura e 90 de transepto e internamente, a altura da cúpula é 100 metros. Quando acabou de ser construída, no século XV, a Igreja era a maior da Europa e tinha capacidade para abrigar 30.000 fiéis. Em 1419, o projeto de Filippo Brunelleschi foi o vencedor do concurso de arquitetura para a construção da cúpula da Catedral de Florença de, Santa Maria do Fiore. Mais de 500 anos depois da construção, o domo projetado por ele continua sendo a maior cúpula de alvenaria já construída. Sem vestígios de desenhos ou esboços, os segredos de sua construção permanecem um enigma até os dias de hoje. Para chegar até a varanda do mirante é preciso vencer uma subida que contém 463 degraus.

 

Igreja de São Salvador de Todos os Santos - Borgo Ognissanti, 42 -  

Caminhar pela cidade, é como percorrer um museu ao ar livre, deparando com uma obra prima em cada esquina. Igrejas que também merecem uma visita: Todos os Santos, com os afrescos de Botticeli e Ghirlandaio, a de Santa Maria Novella para ver a Trindade, de Masaccio, e a Igreja do Espírito Santo, uma das ultimas obras de Brunelleschi e a Madonna, de Fillipino Lippi. Aproveite que estará próximo ao Mercado Central, e caminhe até lá para conhecê-lo.

​Museu da Porcelana

Está localizado no Cassino del Cavaliere, um dos pontos mais altos do Jardim de Boboli. Embora o museu tenha sido inaugurado em 1973, sua coleção de porcelana é muito antiga, com peças doadas por Grand Dukes e outros governantes europeus. O núcleo da coleção foi em grande parte formado pela família Savoy. Esta coleção deve muito a porcelana do Palácio Ducal,  de Parma. Os itens em exibição incluem exemplos dos principais produtores europeus. Entre os fabricantes de origem em exposição estão: a Real Fábrica de Nápoles (Capodimonte), o toscano Carlo Ginori, em  Sesto Florentino; franceses fabricantes de Sèvres e de Vincennes, em Paris; porcelana vienense, em grande parte coletados por Fernando III, da Toscana; e a fábrica de porcelana alemã, de Meissen.

​Museu do Traje e da Moda

​A Galeria fica na Palazzina della Meridiana, um pavilhão sul do palácio, construído por Pedro Leopoldo de Lorena.  Os visitantes são apresentados com uma coleção de seis mil peças de roupas antigas, figurinos de teatro e cinema, acessórios, e muito mais. Aqui é possível conhecer a história real da moda italiana, graças aos exemplos de mestres contemporâneos, como Valentino, Armani, Versace, Pucci, Missoni, e Yves Saint Laurent​As coleções são periodicamente substituídas para garantir a sua melhor conservação. A maioria das peças provenientes de doações públicas e privadas, às vezes com a doação ou venda de todo guarda-roupa de celebridades, ou de personagens de grande importância histórica. O meridiano que dá o nome ao prédio é o instrumento astronômico feito por Vincenzo Viviani, em 1699, e colocado no vestíbulo dos aposentos de Fernando de Médici. No cofre do vestíbulo, está pintada a Alegoria do Tempo e das Artes, de autoria de Anton Domenico Gabbiani. ​As coleções também apresentam peças de vestuário da aristocrata siciliana Donna Franca Florio, uma das personalidades européias mais famosas, bem como vestidos de Eleonora Duse, uma das mais importantes atrizes italianas de teatro. De grande interesse é também a coleção de trajes de teatro, reunidos por Umberto Tirelli, fundador de uma importante alfaiataria e de uma coleção de jóias no século vinte. Entre as raridades do museu encontra-se o vestuário fúnebre do Grão-Duque Cosimo I de Médici, da sua esposa Eleonora de Toledo e do seu filho Don Garzia, que morreu aos quinze anos vítima de malária.

Museu Sttibert - Via Federico Stibbert, 26 -  

Somente uma cidade como Florença, que ostenta a Galleria degli Uffizi e a Catedral de Santa Maria del Fiore na comissão de frente, poderia manter o Museu Stibbert em segundo plano. Frederick Stibbert (1838 – 1906) foi o responsável por transformar sua própria casa em museu, a partir dos objetos que ele adquiria em viagens pelo mundo afora. O acervo reúne 50 mil peças divididas por tema e período histórico. Há alguns quadros, porcelanas e vestimentas, mas a coleção é em sua maioria, composta por armas e armaduras europeias, islâmicas e japonesas. A distribuição dos objetos pela antiga casa, foi pensada pelo próprio Frederick Stibbert, que decorou os cômodos de acordo com os temas abordados. Isso significa que o salão onde estão expostas as espadas, escudos e vestimentas do mundo islâmico, por exemplo, foi feito seguindo as características da arquitetura árabe. Os espaços dedicados ao Extremo Oriente guardam inúmeras espadas de Samurai. A grande atração, é a coleção de 100 armaduras japonesas completas, considerada a maior que existe fora do Japão.

Em uma das salas, há réplicas perfeitas dos capacetes e das malhas de ferro que faziam parte das armaduras europeias.  Dentre as vestimentas, há um raríssimo traje feminino de casamento chinês e a capa que Napoleão vestiu ao ser coroado Rei da Itália em 1805. O Museu Stibbert merece ser incluído no roteiro, depois de conhecer as atrações clássicas de Florença. As visitas duram cerca de uma hora e são feitas em grupos de no máximo 25 pessoas. Há o acompanhamento de um funcionário que, apesar de explicar um pouco sobre cada sala, está ali mais para garantir que ninguém derrube uma armadura medieval.  A entrada custava € 8 e o museu ficava aberto das 10h às 14h de segunda a quarta-feira, das 10h às 18h de sexta-feira a domingo e não abria as terças-feiras.

Museu do Vinho – Piazza Nino Tirinnanzi – Greve in Chianti -

A ideia de criar este espaço expositivo para divulgar as tradições e a história desta terra, surgiu de uma família de empresários radicados na região e que há anos colecionavam artefatos e materiais desse segmento.Todo o cenário foi encomendado por Lorenzo e Stefano Bencistà Falorni, proprietários das Antica Macelleria Falorni e Enoteca Falorni, locais de culto para boa comida e vinho da Toscana. O espaço conta uma história centenária através das suas paredes. Sempre utilizado como adega, os seus corredores e salas, alguns dos quais utilizados como cubas para a vindima, representam há anos o coração económico da pequena cidade de Greve.

 

Museu dos Inocentes  - Piazza da Santissima Annunziata, 13 -

Há mais de seiscentos anos, esse lugar dedica-se à tutela dos direitos da infância, mas ao mesmo tempo é um edifício de enorme valor artístico e arquitetônico. Projetado por Filippo Brunelleschi – o mesmo autor da famosa cúpula da Catedral de Florença– o local abriga obras de artistas como Ghirlandaio, Botticelli e Andrea della Robbia. Desde 1419, quando começou a ser construído, a instituição prestou assistência a mais de 500 mil crianças, entre órfãos, filhos ilegítimos ou de famílias necessitadas. No período do Renascimento italiano, muitos recém nascidos eram abandonados, diante das portarias de conventos ou mosteiros, em clausura sobre cavidades chamadas de rodas. Inicialmente, essa espécie de porta giratória servia como meio de comunicação com o mundo exterior ao Convento ou para receber ofertas de alimentos, mas com o tempo passou a ser utilizada para salvar recém-nascidos. Um móvel com 140 gavetas guardam os objetos de um valor inestimável das mães que abandonaram os próprios filhos diante do Instituto. Moedas, medalhas, retalhos de tecido que foram deixados junto ao recém-nascido. A cavidade que recebia os recém-nascidos foi fechada em 1875. Aberto de segunda a domingo das 11h às 18h. Fechado às terças. O Ingressos custava 8 Euros.

Museu dos Instrumentos Musicais – Via Ricasoli, 58 – Galeria da Academia -

A  coleção cedida à Galleria pelo Conservatorio Cherubini, de Florence, em 1996, abrange dois séculos de história, de 1.600 a 1.800, e testemunha o papel fundamental da música na Corte dos Medici. Na Corte de Lorenzo, O Magnífico -, por exemplo, os “Canti Carnascialeschi”; enquanto no Renascimento entravam em cena as “Camerate Fiorentine” e os primeiros melodramas, que são considerados os ancestrais da Ópera. E na própria Corte dos Medici, sob Ferdinando I, nascia um instrumento destinado a revolucionar a história da música: o forte-piano, que evoluiu e se tornou o piano-forte, ou simplesmente piano, que conhecemos hoje. Projetado por Bartolomeo Cristofori – artesão convocado pela Corte em 1688, como construtor de instrumentos musicais – o forte-piano produz uma textura sonora com mais nuances e uma dinâmica mais articulada, que se distancia da natureza monocromática do cravo.

Além da Espineta oval e do Cravo de ébano, ambos construídos por Cristofori, passando pelo maravilhoso exemplar do piano vertical – o mais antigo existente –, entre as peças mais valiosas do museu, estão um violoncelo e uma viola tenor, de Antonio Stradivarius, feita de abeto vermelho e bordo, ambos para o Quintetto Mediceo, um violino Stradivarius do século XVIII e um violoncelo Niccolò Amati, de meados do século XVII. Em uma seção especial do museu, é possível ouvir os timbres e as sonoridades originais dos instrumentos, reconstruídos graças às tecnologias multimídia especiais.

 

Museu Horne – Via do Benci, 6 -

Ostenta o nome do colecionador inglês Herbert P. Horne,  que doou seu palácio e coleções de uma vida ao Estado italiano, juntamente com o palácio onde os havia coletado. O prédio pertencia aos Alberti e mais tarde à família Corsi, que lhe deu a aparência atual no final do século XV, quando foi reestruturado por Simone del Pollaiolo, conhecido como "Il Cronaca", que criou o elegante exterior layout e o pátio interno. O layout atual reflete o gosto de seu proprietário (Horne era um homem de letras, um arquiteto e um crítico muito importante). Horne mudou-se para Florença no final do século XIX para estudar o Renascimento italiano, demonstrando interesse especial em arte, móveis, objetos domésticos ornamentais e úteis pertencentes em particular à típica casa florentina, que desejava recriar para ele.

 

Destacam-se os belos objetos domésticos que incluem talheres originais em prata e marfim, agulhas, porta-espelhos, caixas de couro e cachorros de fogo. Até a coleção de pinturas é interessante, compreendendo um interessante conjunto de pinturas florentinas e sienas do século XIV, além de outras obras de artistas dos séculos XIV e XV. O layout reflete claramente o gosto e a sensibilidade do proprietário que foi um grande estudioso de Botticelli. A peça mais preciosa é a pintura que representa "Santo Estêvão", de Giotto. As esculturas incluem obras de Desiderio da Settignano, Giambologna e os "Anjos na Glória", de Bernini. A grande maioria das peças de mobiliário contém belos exemplares de cerâmica italiana dos séculos XIV a XVII, produzidos nas fábricas de Orvieto, Cafaggiolo e Urbino.

 

Museu Hzero – Piazza  de Ottaviani -

O museu tem sua casa no coração de Florença, nos espaços do antigo cinema Ariston que foi convertido, mantendo o seu caráter original como local de entretenimento, um antigo cinema em desuso e um loal perfeito para a instalação que tem como ponto de partida o tema romântico do trem: o protagonista da imaginação não apenas dos muito jovens, o brinquedo por excelência dos crianças do século passado, e ainda hoje o símbolo da modernidade. O projeto é resultado de uma restauração e readaptação funcional confiada ao arquiteto Luigi Fragola, que dividiu o Complexo de quase de 900 m2 em dois grandes ambientes principais, um dos quais abriga o modelo ferroviário e outro é dedicado às oficinas educativas, exibições e percursos de exposições temáticas.

 

Museu Interativo Leonardo – Via do Servi, 66R –

Aqui estão expostas as máquinas construídas com base nos projetos do grande Leonardo. As invenções foram construídas em escala real, funcionam e muitas podem ser experimentadas. A coleção está organizada em quatro seções: terra, água, ar e fogo, e é adequada a todos, com o seu laboratório de experimentos. Além das máquinas, o museu também propõe uma reprodução dos principais quadros do Gênio e alguns dos seus maiores estudos anatômicos. Para completar a exposição, há uma série de projeções educacionais sobre a vida e as obras de Leonardo.

 

Museu Marino Marini –  Piazza de São Pancracio -

Abriga 183 obras de Marino Marini: esculturas, pinturas, desenhos e gravuras. As obras estão organizadas de forma temática e não cronológica, estando os temas relacionados com o estado de espírito da obra, mais do que com o seu tema iconográfico em sentido estrito: gira em torno das imponentes esculturas eqüestres, a série, eqüestre dell'aja situada no epicentro do antigo espaço litúrgico, e imersa na luz natural proveniente da grande clarabóia. Marino considerou a presença de luz natural um elemento essencial para a leitura de sua obra e os pontos de observação são múltiplos, contrariando assim a aversão do artista pela “obra ser vista no pedestal”. As obras foram doadas em diferentes momentos, tanto de Marino Marini quanto de sua esposa. Em 1980, o artista doou à cidade de Florença o primeiro conjunto de obras, composto por 22 esculturas, 31 pinturas, 30 desenhos e mais de 30 gravuras. Posteriormente, em 1988, sua viúva doou 42 obras adicionais para tornar a coleção do museu mais completa e detalhada. Enquanto isso, o patrimônio do museu era enriquecido por outras 25 obras doadas pela esposa de Marino. O museu contém exclusivamente obras de Marino Marini de 1916 a 1977, todas expostas nos quatro níveis do museu. 

 

Museu Nacional do Italiano – Mundi - 

Com a presença do ministro da Cultura da Itália, Dario Franceschini, o evento de lançamento apresentou a primeira seção do Mundi, que conta com duas salas com uma exposição introdutória temporária. A mostra expõe algumas relíquias extraordinárias, como uma inscrição de Pompeia que testemunha as mudanças no latim falado, um prelúdio do vernáculo da Itália, ou o “Placito capuano” (emprestado pela Abadia de Montecassino), ato jurídico de 960 no qual está o primeiro testemunho “oficial” escrito em italiano.   Além disso, há o manuscrito Riccardiano 1035, no qual um dos gigantes da literatura italiana, Giovanni Boccaccio, poucos anos após a morte de Dante Alighieri, copiou o texto da Divina Comédia, de próprio punho. A imagem é completada pelo manual de culinária de Pellegrino Artusi e o roteiro manuscrito do filme “Mamma Roma”, de Pier Paolo Pasolini.

Museu Novecentos – Piazza de Santa Maria Novella, 10 –

Foi criado no antigo Spedale delle Leopoldine, onde havia o Museo Alinari de Fotografia, que acabou fechando. Reaberto após uma longa reforma, o espaço de exposição, foi dividido em quinze salas, reúne mais de 300 obras organizadas desde 1990 até ao início do século XX. A idéia foi lançada pelo crítico Carlo Ludovico Ragghianti, que na seqüência da inundação que sofreu a cidade em 1.966, pediu para artistas contemporâneos  contribuição para o renascimento da cidade, doando cada um, um dos seus trabalhos. As doações foram mais de 200, e foram apresentadas na exposição “Artistas para Florença” (1967), e ao fim da exposição as obras ficaram num depósitos até ganhar uma nova casa.

A maior coleção é de Alberto Della Ragione, da qual foram seguidas de outras doações recebidas pela cidade por grandes artistas, instituições e organizações para incentivar a criação de um museu. Demoram quase 50 anos, incluindo projetos, discussões, propostas que somente agora foram concretizadas. É muito importante este Museu para uma cidade artística como Florença e julgada como “somente” capital do Renascimento, mas Florença também participou ativamente na história artística da cidade, pois aqui começou uma das mais fervorosas escolas artísticas como os “Macchiaiole” no fim do século XIX, e de outras escolas importantes do século XX.

Museu Pietro Annigoni – Costa de São Giorgio, 2/4 -

Instalado dentro da Villa Bardini, é dedicado ao artista eclético que em Florença, no próspero período criativo entre as duas guerras mundiais, experimentou e expressou sua criatividade através do desenho, design, pintura, gravura, afresco e confecção de medalhas. A coleção é composta por uma grande coleção familiar, incluindo inúmeros documentos que traçam a carreira ativa de Pietro Annigoni. Seu estilo é caracterizado por uma estrita adesão ao realismo e ao uso de técnicas de pintura renascentistas antigas. Sua habilidade como retratista lhe rendeu o nome de “ Pintor do Queens”, incluindo uma famosa representação da Rainha Elizabeth II. Outras obras famosas incluíam além de retratos da realeza inglesa, o presidente John Fitzgerald Kennedy e o Papa Giovanni XXIII.

Museu Roberto Capucci – Costa São Giorgio, 4 -  Villa Bardini –

A exposição apresenta uma série de doze vestidos esculturas, feitos por ocasião da Bienal de Veneza de 1995 e outros vestidos em exposição, que são substituidos periodicamente. Capucci foi definido por Christian Dior como “o melhor criador da moda italiana”. Um total de cerca de 30 vestidos divididos em grupos e que abrangem toda a produção da estilista, desde 1950. Para atuar como kit há croquis, áudios, artigos de imprensa e fotografias. A Fundação também organiza eventos educacionais e seminários. Horário de funcionamento: de quarta a sexta das 10:00 às 16:00 – de sábado e domingo das 10:00 às 18:00. O bilhete de entrada na Villa Bardini custa € 8,00 por pessoa.

Museu Stefano Bardini – Via do Renai, 37 -

Em 1880, Stefano Bardini construiu o prédio que atualmente abriga o museu que leva seu nome. Bardini comprou um Complexo de prédios da época, incluindo a Igreja Santuário de San Gregorio della Pace, construída entre 1273 e 1279 e vendida anos mais tarde. Bardini transformou estes prédios em um imponente edifício eclético utilizando restos de materiais como pedras medievais e renascentistas, arquitraves esculpidos, lareiras, escadas e também tetos em caixotões pintados. Por exemplo, as janelas do primeiro andar da fachada são de altares de uma igreja demolida em Pistoia, San Lorenzo. O Complexo de propriedades de Bardini, contava com prédios como o Palazzo Mozzi, do século XIII, com vista para a praça e para o parque histórico de quatro hectares nas encostas da colina Belvedere, atualmente conhecida como o Jardim Bardini e que possui uma vista magnífica. No seu interior havia uma vila, hoje Villa Bardini, com uma varanda panorâmica, laboratórios, áreas de serviço, salas de exposição e um armazém. Com a morte de Bardini, em 1922, este prédio neo-renascentista e suas coleções foram herdadas pela cidade de Florença, criando o museu cívico da cidade, que esteve fechado para reformas por quase uma década.

Museu Torrini – Piazza do Duomo, 12-R -

Este é um museu de ouro e prata com, cerca de 200 objetos preciosos, incluindo uma coleção de antigos relógios de bolso. No interior, a biblioteca preserva documentos extremamente raros (incluindo a edição original de 1568 do Tratado de Ourivesaria, de Benvenuto Cellini, fotos, desenhos e documentos históricos. A história de uma linhagem de ourives, suas expectativas, possíveis arrependimentos, sucessos, fracassos, sua capacidade de sempre olhar além dos muros da vida. De geração em geração, com o sentido de honra e dignidade, sabendo manter a sua identidade, a sua integridade e a sua independência. Só nestas condições se pode ultrapassar os séculos mantendo o amor à família com as tradições que os pais souberam transmitir aos filhos, com o desejo de iniciar cada dia um caminho que começou muito antes.

Palácio Inacabado  -  Via del Proconsolo, 12 -

Em 1593, Alessandro Strozzi encomendou a Bernardo Buontalenti, a construção de um suntuoso palácio. O arquiteto, devido a uma série de conflitos com o filho do cliente e com o artista Santi di Tito, o artista envolvido na construção da escada, abandonou as obras antes de serem concluídas. O projeto, depois de inúmeras etapas, no início do século XIX chegou às mãos de Guasti, que cedeu o prédio Nonfinito ao Governo toscano. Durante o século XIX, tornou-se o palácio do poder e o Governo nele instalou o Departamento do Interior e a Direção da Polícia.

Piazza de São Lourenço

Aproveite para visitar a Piazza San Lorenzo, onde está a Basílica de San Lorenzo, obra de Brunelleschi, de 1425, a preferência dos Médici. A família Médici forneceu os mais influentes governantes da cidade, e seu nome está intimamente ligado à história de Florença. Na San Lorenzo estão sepultados vários de seus membros, entre púlpitos de bronze de autoria de Donatello e esculturas de Michelangelo.

 

Piazza do Domo

Também chamada Piazza São Giovani é onde fica a Catedral de Santa Maria de Fiore a principal e mais impressionante igreja da cidade, além de ser a terceira maior igreja do mundo. Ao seu lado estão o Batistério de São Giovanni e a Campanile de Giotto. Em seu interior estão as criptas da Basilica de Santa Maria Reparata, descobertas após escavações feitas na década de 60. Considerando que a Piazza da Signoria é o centro cívico da cidade, a Piazza do Domo é o centro religioso e espiritual. Na esquina da Via do Calzaioli com a Praça do Domo está a Loggia do Bigallo, um pequeno pórtico onde eram expostas as crianças abandonadas ou desamparadas. Foi construído pela Companhia da Misericórdia, uma das confrarias mais antigas da cidade. Na praça também está o Museu do Domo, lugar onde são expostas as esculturas originais que enfeitavam os prédios da praça.

Piazza do Mercado Novo

É onde está o chamado “mercado novo”, embora seja antigo, foi construído em meados do século XVI. A maior atração do lugar é um javali de bronze, conhecido como Porcellino, diante do qual as pessoas fazem fila para encostar no seu focinho, pois diz a lenda que quem tocá-lo voltará a Florença. É tanta gente que o focinho do bicho perdeu o tom esverdeado de bronze antigo e se tornou dourado. Seguindo na direção do rio Arno chega-se a ponte mais famosa da cidade, a Ponte Vechio, construída em 1345 e única ponte da cidade a escapar da destruição nazista durante a 2ª Guerra. Ao longo de suas duas extremidades encontram-se diversas lojinhas, que vendem jóias de ouro e prata e artesanatos típicos regionais em lã. Continue até ao Museu dell' Opera del Duomo, para apreciar a emocionante escultura Pietà, de Michelangelo.

 

Onde comer

Florença também oferece excelentes opções culinárias. Quando a fome apertar, busque o Antico Fattore, na Via Lambertesca 1-3 no bairro centro, a Tratoria Acqua Cotta, na Via dei Pilastri, 51 ou na Belle Donne, na Via delle Belle Donne, 16; na descida da Piazzale, a Enoteca Fuori Porta. Na Via dei Neri, o panino do All`Antico Vinaio. Na Piazza degli Otaviani, o Buca Mario, especialista em pastas e molhos, e na Piazza Mercato Centrale, a Tratoria Zà-Zà. Portanto, não será por falta de sugestões que você deixara de experimentar as delícias da cozinha toscana. Depois, corra em busca de uma sobremesa autentica Fiorentina, na Boutique Del Ciocollato, na Via Maragliano, 12 ou na Pasticeria Lucca, na Via Lazzerini, 2.

Il Santino - Via Santo Spirito, 60 r.

Esta é a versão do Il Santo Bevitore, que lembra uma antiga bodega, com queijos e presuntos expostos num ambiente intimista formado por apenas 5 mesinhas. Os pratos custavam em torno de 5 euros. O menu é bastante variado e diariamente são servidas dez opções. Experimentei pratos deliciosos, como a sopa de cebola, o tartare e o  bacalhau.

I Maledetti Toscani - Via dei Cerchi, 19 r. - Fica perto da Piazza della Signoria -

Para quem quer comer um delicioso panino e não quer perder tempo e nem pagar muito, este é o local ideal. A focaccia é imperdível e você pode escolher salame, presunto ou verdura para o recheio, tudo de excelente qualidade. Experimente uma das especialidades da casa: a Schiacciata!  custava em média 3 euros e uma taça de vinho custava 1 euro. 

La Spada Via della Spada, 62/r. -

Esta é uma clássica Trattoria, informal e cordial. No menu, especialidades toscanas e alguns pratos revisitados e os tradicionais  Spaghetti alla puttanesca,  grelhados e muito legumes e verdura.  O prato de pasta saia por 8 euros. O local foi reformado recentemente e perdeu um pouco o ar rústico que tinha, mas ainda assim é bem característico. Fica perto da Praça de Santa Maria Novella. Algumas recomendações de viajantes que acessam a este site: na Piazza do Mercado Central, além do próprio mercado, há a Tratoria Zà-Zà; na Via Dei Neri, encontra-se o excelente panino do All`antico Vinaio; descendo a Piazzale vai encontrar  a  ótima Enoteca Fuori Porta, onde os melhores vinhos e espumantes do país estão à sua espera. E para encerrar, quando sentir  vontade de mangiare uma verdadeira pasta italiana, vá ao Buca Mario, que fica na Piazza degli Ottaviani.

Onde dormir 

Veja alguns dos hotéis econômicos, confortáveis e bem localizados,

​Hotel Johanna II - Via Bonifazio Lupi, 14 -

Fica a poucos minutos da estação ferroviária ( Termini ) de Santa Maria Novella. É aconchegante, tem quartos amplos e confortáveis e oferece estacionamento gratuito. 

Hotel Relais II Companile - Via Ricasoli, 10 -

Está próximo ao Duomo. Os quartos são bastante confortáveis, todos com ar condicionado, é uma ótima opção para quem quer estar perto dos passeios turísticos da cidade. As diárias são as melhores da cidade mas não incluem o café da manhã, que é cobrado à parte. Faz parte da rede francesa Campanile de hotéis.

​Hotel Cosimo D`Medici - Largo Fratelli Alinari, 15 -

É outro hotel econômico, tem apenas 30 quartos, fica próximo do centro e dos principais pontos dos meios de transportes da cidade. Oferece um ótimo café da manhã.

Síndrome de Stendhal

A síndrome de Stendhal é considerada uma condição psicossomática causada pela exposição à abundante riqueza artística de Florença. Seu nome vem do escritor francês Marie-Henri Beyle, mais conhecido pelo pseudônimo Stendhal, que, em 1817, descreveu sua visita à capital da Toscana: "fiquei em uma espécie de êxtase com a idéia de estar em Florença... fui acometido de uma forte palpitação do coração... minha força vital se esvaiu de mim e andei com medo constante de cair no chão." A síndrome foi clinicamente descrita como um distúrbio psiquiátrico, em 1989, por Graziella Magherini, psiquiatra no Hospital Santa Maria Nuova, de Florença.

Recomendação

Quando visitar Florença e quiser o assessoramento de um Guia de Turismo qualificado, recomendamos o Gustavo Gaiarsa, paulista que vive há alguns anos na cidade e se especializou como Guia e Sommelier, conduzindo os turistas pelos melhores lugares da Toscana e de Florença. Acesse: www.pomodorotours.com

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