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ESTREMOZ - Rainhas, Reis, Palácio e vinhos  Alentejo - Portugal

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ETIAS 2023 - Autorização para entrar na Europa

Anunciado em 2016, o  European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido, a partir de novembro de 2023. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros), dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não é um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular, para visitar a Europa.

 

As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta bela cidade portuguesa. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...

 

Estremoz é uma cidade muito agradável, limpa e acolhedora, erguida em meio a intermináveis parreirais, foi quase toda construída em mármore branco, por conta de uma antiga e grande reserva de  granito. Para evitar uma guerra entre o seu filho Afonso IV, e o Rei de Castela Afonso XI, em 1336, a Rainha Santa Isabel, então com 65 anos, deslocou-se de Estremoz  para o  Convento Franciscano, em Coimbra, onde tinha se recolhido após a morte de Dom Dinis, seu marido. Afonso IV declarou guerra a Afonso XI, pelos maus tratos que este infligia à sua esposa, Dona Maria, filha do Rei português. A Rainha Santa Isabel, colocou-se entre os dois exércitos  e de novo evitou a guerra, a exemplo do que  acontecera  em 1323, na Batalha de Alvalade, entre as tropas de Dom Dinis e as de Dom Afonso IV.

Aqui faleceu o Rei Dom Pedro I, em 1367, no Convento dos Franciscanos. Na crise de 1383/1385, foi uma das cidades que se revoltaram em favor de João de Aviz, logo após o assassínato do Conde de Andeiro, em Lisboa.  Foi nas proximidades de Estremoz, que se deu a primeira batalha entre portugueses e castelhanos, conhecida como a Batalha dos Atoleiros, ganha pelos portugueses, sob o comando de Dom Nuno Álvares Pereira. Em 1659, o Exército português aqui se reuniu sob as ordens de Dom Antonio Luis de Meneses – Conde de Catanhede –, para socorrer a cidade de Elvas, que  se encontrava cercada pelo Exército espanhol, comandado por Dom Luis de Haro. Partiram para derrotar os espanhóis, na Batalha das Linhas de Elvas, causando enormes baixas aos seus adversários.

Em 1663, o exército espanhol, comandado por Dom João de Áustria e o Exército português, comandado pelos Condes de Vila Flor e de Schomberg, defrontaram-se nos campos de Ameixial, a 5 km de Estremoz. O Exército espanhol tinha acabado de conquistar Évora. Era constituído por 3.000 cavaleiros e 2.000 homens a pé, sendo este um dos mais perigosos ataques espanhóis durante, a Guerra da Restauração. Depois da batalha, o Exército espanhol retirou-se para Badajoz. Os 170 km percorridos no trajeto entre Lisboa e Estremoz, já vão antecipando as descobertas da viagem. A estrada cruza campos com oliveiras ou árvores para extração de cortiça, dividindo espaço com o pasto para as ovelhas, pontilhados por montes, com castelos em seu topo. Em outro ponto, avistam-se vinhas ou então marmorarias, com imensos blocos de mármore branco.

Estremoz é uma cidade simples, onde se encontram lojas, que vendem desde ferramentas agrícolas a produtos artesanais e de cerâmica, bem como saborosos manjares, especialmente no Mercado, que ocorre todos os domingos na praça central da cidade. A cidade, assim como sua região, é pródiga em núcleos de mármore, tanto assim que além de prédios e monumentos em mármore branco, até o meio-fio é de mármore. Só perde para as principais ruas de Abu Dhabi, onde o meio-fio é em granito avermelhado. A cidade está rodeada por uma antiga muralha, que é dominada pela silhueta do seu castelo medieval, do século XIII. Aqui, cada localidade se alegra com as cores da sua cerâmica, famosa desde o século XVI, e as ruas e praças do seu centro medieval estão ornamentadas por intocadas laranjeiras. A praça principal, é a Marquês de Pombal, conhecida como O Rossio”.

Nos arredores do Rossio, estão igrejas imponentes, antigos Conventos e, a norte, prédios monásticos convertidos em instalações militares, como o Quartel de Cavalaria. Próximo do Largo General Graça, encontra-se o Lago do Gadanha, construído também em mármore. Algumas das ruas mais bonitas da cidade, ficam a sul do Rossio. Alguns dos monumentos desta parte da cidade são o inacabado Convento dos Congregados (século XVII), onde se encontra instalada a Câmara Municipal, com uma interessante escadaria interior de mármore e o Museu de Arte Sacra; a Capela do Santo Cristo, a Igreja do Convento de São Francisco, em estilo gótico; a Praça do Pelourinho e o Convento das Maltezas, fundado pelas freiras da Ordem de Malta.

A parte conhecida como Cidade Alta, está rodeada pelas muralhas, e no seu interior alberga um palácio branco. A maneira mais fácil de chegar, é caminhar pela estreita Rua da Frandina, desde a Praça Luís de Camões e atravessar as muralhas interiores do castelo, pelo Arco da Frandina. Da cidade alta, vale destacar o Museu Municipal, com coleções de cerâmica, artesanato, mármore e cruzes de todo o tipo; o Palácio Real e as Torres das Três Coroas, ocupado hoje pela Pousada de Rainha Santa Isabel e a Capela de Santa Isabel com a  Igreja de Santa Maria, datada do século XVI.

As Rosas da Rainha -

Dona Isabel, casada com o Rei Dom Dinis, costumava dar umas escapulidas discretas do Castelo, levando sob seu manto, pães para distribuir aos pobres. Um dia o Rei desconfiou e perguntou o que ela levava sob suas vestes. Ela respondeu: são apenas rosas. Quando o Rei mandou-a abrir o manto, estava de fato cheio de rosas. Das duas, uma: foi milagre mesmo, ou naquele dia a Rainha optara por distribuir rosas aos pobres...É uma lenda que os locais fazem questão de manter viva e divulgá-la a todos que a visitam.

 

Capela da Rainha Santa Isabel  - Ru da Rainha Santa Isabel, 8 - 

Situada também junto da Torre, é dedicada a Santa Isabel, a capela é toda revestida de azulejos com cenas de sua vida. Uma das cenas retrata o famoso Milagre das Rosas.

Igreja de Santa Maria - ​Largo do Castelo -

Construída no século XIV, expõe em sua sacristia, algumas pinturas de primitivistas portugueses.

Museu Municipal Largo Dom Dinis -

Funciona em um imóvel do século XIII, que passou por sucessivas reformas, até o século XIV. Guarda uma coleção de cerâmicas, esculturas em madeira, objetos, bonecos e peças de arte religiosa, que permite ao visitante ter uma idéia de como era o Alentejo no século XIX.

Paço da Audiência -

Está situado junto da Torre e pode ser visitado sob autorização. É todo branco, com belas arcadas góticas, e servia de Salão de Honra do Castelo. Escapou milagrosamente da explosão, que destruiu o restante do prédio.

Palácio da Rainha Isabel Largo Dom Dinis -

É uma construção do século XIII, da qual restaram o Paço da Audiência e a Torre das Três Co­roas. O castelo foi inteiramente destruído no final do século XVII, por uma explosão acidental, no paiol de munições. Ao lado fica o Palácio da Rainha Isabel, hoje transformado em uma das mais sofisticadas Pousadas de Portugal, ricamente mobiliada, com móveis de época e obras de arte. No local do bar da Pousada, foi onde  Dom Manuel I recebeu Vasco da Gama, quando este estava para partir rumo às Índias, e entregou-lhe com todas as honras um pavilhão português. Para conhecer a Pousada e para subir à torre, solicite autorização na Recepção.

Rossio -

Na velha praça, no Bairro Baixo, funcionava no século XV, um mercado onde os camponeses da região vendiam seus produtos. Atualmente, aos sábados pela manhã, artesãos expõem suas cerâmicas coloridas. Na mesma praça, funciona o pequeno Museu Rural do Alentejo, com esculturas de cerâmica e madeira. O maior evento de Estremoz, é a Feira Internacional de Artesanato Agro-Pecuária de Estremoz (FIAPE), que se celebra nos finais do mês de abril. Aqui se encontra uma grande quantidade de cerâmicas, cestas de vime, gado e verduras. Outro ponto importante, é a Cozinha dos Ganhões (Festival de Gastronomia Alentejana), um divertido festival culinário, que se celebra entre finais de novembro e princípios de dezembro.

Nos arredores de Estremoz vale visitar Borba, a menos conhecida das cidades de mármore do Alentejo; Vila Viçosa, a melhor das cidades de mármore, com o Terreiro do Paço e o  Paço Ducal, o  Museu do Mármore e o Castelo de Vijla Viçosa, onde se encontram instalados o Museu de Arqueologia e Evoramonte, com o seu maravilhoso Castelo do século XVI e o Museu de Caça.

Torre das 3 Coroas  - Pousada de  Estremoz -

A espetacular Torre das Três Coroas, com 27 metros de altura e feita de mármore branco, foi construída originalmente para a Rainha Santa Isabel, conhecida pelo milagre de ter transformado moedas em rosas no século XIV. Atualmente, o prédio abriga uma pousada cheia de charme, com decoração e mobiliário que remetem aos tempos medievais. 

Vinícolas da região

Além da Herdade das Servas, recomenda-se visitar duas vinhas da cidade. A Quinta dos Mouros, produtora do delicioso vinho Zagalos, e a J. Portugal Ramos, produtora do apreciado Quinta do Borba.

Onde dormir

Casa Azimute - $$$ - Estrada da Folgada – Estremoz. -

A localização tem vista para a cidade, está decorada com muito bom gosto, cheia de pequenos detalhes, que encantam o cliente. Os seis quartos e as suites são modernos, com amplas varandas, confortáveis e dotados de todos os requisitos necessários a uma boa hospedagem, com ar condicionado, wi-fi grátis, frigobar e quartos para não fumantes e portadores de necessidades especiais. Serve um ótimo café da manhã, tem um bar/lounge e estacionamento cortesia. O café da manhã pode ser servido às margens da piscina de água salgada, e com temperatura média de 25 graus.

Páteo dos Solares Charm Hotel - $$$$ - Rua Brito Capelo - Terreiro do Barguilha – Estremoz. -

É um lindo lugar, com localização  excelente para fazer os passeios à pé. Os quartos amplos, confortáveis, muito bem cuidados, equipados  com frigobar, um bom banheiro  com banheira, camas confortáveis, Wi-Fi grátis e ar condicionado. Os quartos estão distribuídos em dois prédios, o que obriga a movimentação dos hóspedes entre ambos. Tem uma boa piscina com cadeiras e guarda sol, uma Academia, Spa, restaurante, bar/lounge, piscina e estacionamento grátis.

Onde comer

 

A Cadeia Quinhentista - Rua da Rainha Santa Isabel - Castelo -

Está tudo ali juntinho, na parte mais alta da bela cidade de Estremoz.  O Castelo, com sua torre de menagem, de mármore branco,  que só conhece rival na torre de Beja, de onde se avista panorama muito amplo e acolhedor. O antigo Palácio Real, destruído por uma explosão acidental em 1698 , reconstruído a mando de D. João V, é sede de um dos mais ricos museus militares da Europa, do tempo em que os franceses meticulosamente, a rapinaram em 1809, e hoje é uma Pousada, depois de ter sido quartel de militança e escola. Uma edificação, com galilé artesoada e arcos ogivais, é o que resta do antigo Paço Dinisiano, ao lado do imperdível Mirante. Agora, caminhe até a Rua Rainha Santa Isabel, para conhecer o restaurante criado por João Simões e sua esposa Maria do Céu.

 

As referências são inúmeras, e as sugestões extrapolam os quesitos da boa mesa. Algumas recomendações do cardápio: cogumelos Portobello grelhados no carvão, a linguiça de porco preto, no carvão, a orelha e tromba de porco alentejano, a cabeça de xara e banha corada de porco preto, e a sopa de tomate à alentejana, que pode ser servida como entrada.

 

Café Alentejano Marquês de Pombal, 14/15 - Rossio -

È também um bom restaurante, simples mas com uma comida típica e recomendável. O que as vezes complica, é o atendimento demorado que acaba deixando o cliente ansioso. Mas vale a espera!

Casa das Bifanas - Marques de Pombal, 62 - Rossio -

Situado em pleno centro de Estremoz, é uma excelente recomendação principalmente para o jantar. A Bifana é um prato típico português, que consiste em  filés de porco cozidos à base de alho e vinho, que se põe dentro de pão aquecido.  Normalmente são temperados com mostarda ou molho picante. Este prato é servido tipicamente nas Festas Populares, que se desenrolam por todo o país. Também são servidas com queijo e fiambre, juntamente com outros complementos.

Flor da Coutada - Estrada Regional 381 –  

Cozinha portuguesa - Situa-se à saída de Estremoz na direção da Vila do Redondo. Serve uma excelente comida caseira portuguesa, bem elaborada e variada. Dentre os pratos mais cobiçados, está o preparado com carne de coelho  e um empadão de comer ajoelhado.

Mercearia Gadanha  - Largo Dragões de Olivença, 84

Lugar super simples e aconchegante, onde se serve uma comida saborosa. As tapas é uma verdadeira delícia, misturando o tradicional com o contemporâneo. Se quiser provar um vinho, aceite as sugestões do garção, que demonstra conhecer bem os produtos vinícolas da região.

  

O Fresquinho - Av. da Estação lote 14 - Arcos -

Entra-se pelo Café, para acessar ao restaurante onde o turista é recebido com muito carinho. O cardápio é completo com as melhores opções da culinária portuguesa, destacando-se o bacalhau na brasa e o grill misto. Serve um vinho da casa de boa qualidade, além de oferecer uma carta de vinhos com preços muito bons. Tem acesso a Wi-Fi de cortesia.

 

Restaurante Herdade das Servas - 

É um restaurante de cozinha tradicional Alentejana, localizado a 9 km de Estremoz, na Estrada Nacional 4, entre Estremoz e Vimeiro. Está situado numa Herdade de produção de vinhos alentejanos, onde se produz vinho de qualidade. Aconselham fazer reserva pelo fone 268 098 080. 

 

A Vinícola Herdade das Servas, é famosa pelo mundo à fora, produz alguns dos melhores vinhos de Portugal. Como está situada fora do perímetro urbano, decidiram pela criação de um restaurante, que agregasse valor ao negócio vinícola. E isso deu muito certo, porque os visitantes saem deslumbrados com a Herdade e com a comida e os serviços de seu restaurante. Alguns visitantes chegam ao estremo de afirmar que o restaurante é fantástico e destacam os pratos com bacalhau, os cogumelos recheados com camarão e as costeletas de borrego, empanadas, entre outros da tradicional cozinha alentejana.

 

Alguns doces portugueses para não deixar de experimentar!

Clarinhas de Esposende

Ovos moles do Aveiro

Pastel de Belem

Pudim de Abade

Siricaia

Torta de Azeitão

Toucinho do Céu

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