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D O H A -  Qatar

A sede da Copa de Futebol de 2022 

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As informações e recomendações inseridas neste texto, objetiva facilitar seu programa de viagem para visitar esta surpreendente cidade do Golfo Pérsico. Escolha o que pretende conhecer e monte seu roteiro para melhor aproveitar sua passagem por aqui...

Doha é a capital do Qatar, um pequeno e muito rico país árabe, encravado em uma Península do Golfo Pérsico, que durante grande parte do século XX, existia sob o domínio inglês, e era, eventualmente, atravessado por piratas. Os nativos ganhavam a vida buscando pérolas no verão ou criando camelos no inverno. Somente em 1971, o país se declarou independente.

A língua oficial é o árabe, e na prática, o idioma inglês predomina em todas as atividades. São 2,7 milhões de habitantes, dos quais somente 300 mil são nativos, aos quais o governo beneficia com terrenos e bolsas de estudos em universidades estrangeiras. Poucos são os cataris pobres, o que se nota com o grande número de carros de luxo circulando pela cidade. Com o maior PIB per capita do mundo, segundo o FMI, o motor da economia são as reservas de gás natural, sendo o maior exportador do mundo, e também suas jazidas de petróleo. O Qatar se esforça para ser um país árabe mais light, onde mulheres podem dirigir e não precisam usar a abaya, podem frequentar estádios de futebol e se candidatar a cargos públicos.

Desde o início do século XIX, quem manda no país é a família Al - Thani, com a benção britânica. O atual representante da casta, é o Sheik Tamin Bin Khalifa Al-Thani, um Emir de 38 anos, educado no Reino Unido, pai de três crianças e marido de três mulheres. A exemplo dos outros países da região, o Qatar tem um regime Monárquico Absolutista, com um soberano hereditário, não regulado por uma constituição. O país, que é berço da Al Jazeera, o canal de televisão que se caracteriza pela liberdade de expressão no Golfo e oposição aos padrões ocidentais, transformou-se radicalmente de um território de pobreza, para um lugar de extremo luxo, a partir dos anos 40, quando o petróleo começou a jorrar no deserto. Anteriormente, viviam da pesca, da criação de camelos e do comércio de pérolas.

Foram dominados pelos persas, durante muitos anos, depois pelo Bahrain, pelos turcos otomanos e britânicos. Sua independência aconteceu em 1971, e o Qatar se recusou a fazer parte tanto da Arábia Saudita, como dos Emirados Árabes. Agora, o país cresce a cada dia e Doha - a capital e maior cidade do Emirado, vive um crescimento surpreendente. Além do petróleo, cujas jazidas devem se esgotar até o final do século XXI,  ainda  contam com uma das maiores reservas de gás natural do mundo.

Moeda local: Qatari Ryal (QAR) -  U$ 0,26 = QAR 1,00 ( dez/22 )

 

Fuso horário: + 6 horas em relação à Brasília.

 

Documentação: brasileiros não necessitam mais de Visto. É preciso fazer o pagamento de uma taxa de entrada, no aeroporto de Doha e ter o Passaporte, com validade mínima de 6 meses.

 

Clima: desértico, seco, quente e bastante árido. As temperaturas variam de 20 a 45 graus. A época mais quente do ano, vai de junho à setembro.

 

Água potável: parte da água consumida pela população, é obtida pela dessalinização da água do mar.

Sua população vive em contraste para os padrões ocidentais. Os homens vestem  indumentária padrão, composta de túnica branca, chinelo e turbante, enquanto as mulheres andam sempre de preto, cobertas da cabeça aos pés, entrouchadas entre abayas, niqabs, hijabs e burcas, e circulam pelos antigos souqs, luxuosos shoppings,  prédios arrojados, restaurantes cinco estrelas  e pelos modernos aterros marítimos. 

Por trás das pequenas frestas das roupas, deixam transparecer modos de vida instigantes e bem diferentes dos nossos. São polígamos – e é fácil encontrar várias mulheres, acompanhadas por um marido. Por serem muçulmanos, atendem a cinco chamados ao dia para orar. Tanto os homens quanto as mulheres, tem um olhar arisco e desconfiado, são muito fechados e nem um pouco chegados  ao trabalho, nos  moldes ocidentais. São proibidos por lei de consumir bebidas alcoólicas.

Vamos esperar para ver o que vai acontecer,  quando Doha sediará a Copa do Mundo da FIFA- 2022. Os preparativos já estão em pleno andamento, mas o que nos causa expectativa é como eles irão administrar o comportamento dos torcedores que virão de todas as partes do mundo, e também por estes serem, tradicionalmente, grandes consumidores de bebidas alcoólicas, especialmente a cerveja.

Para se ter uma ideia do comportamento inadequado, de torcedores brasileiros de futebol, veja o que os torcedores do Grêmio, de Porto Alegre, fizeram em Dubai quando o time foi disputar a final do Mundial, contra o Barcelona. Um razoável grupo que ficou hospedado no luxuoso Hotel Burj Al Arab, simplesmente resolveu "churrasquear", na calçada em frente ao hotel. Compraram uma churrasqueira e carnes num supermercado, e partiram para o "churrasquinho amigo" do final de semana, em plena rua de Dubai. Como diz um jornalista gaúcho " Não há o que não haja!"

 

Mercado dos Falcões - ​

Num prédio anexo ao Souq Waqif, está o Mercado dos Falcões. A arte da falconaria, é  uma tradição muito forte, do tempo em que viviam basicamente no deserto e precisavam domar as aves de rapina para que elas capturassem animais pequenos, que auxiliariam no sustento da tribo. O mercado vende falcões já adestrados e acessórios,  como protetores de braço para o pouso das aves, sistema eletrônico de guia e tapa-olhos para os falcões. 

​Museu de Arte Islâmica -   7GWQ+4QV -   

De linhas retas – uma das características da arte islâmica – o museu é um projeto do arquiteto Ieoh Ming Pei, que em seu portfólio tem a Pirâmide do Louvre, em Paris. Ming Pei viajou pelo mundo estudando a arte islâmica para criar o museu que ele considerou a sua maior obra, a sua Monalisa. Em um pequeno país como o Qatar, mas gigante em superlativos, a escolha do local de construção do Museu de Arte Islâmica foi feita meticulosamente. Ieoh Ming Pei teve várias opções à sua disposição, mas ele queria algo único e uma ilha artificial foi construída para abrigar o museu.

​A razão, é para que nada – até mesmo em um futuro muito distante – pudesse obstruir a frente do museu. E suas enormes janelas laterais, emolduram o passado e o futuro do Qatar. De um lado vemos o Souq Waqif e o porto dos Dhow – barcos que os antigos cataris se aventuraram por meses no mar na colheita de pérolas. E nas outras janelas vislumbramos o moderno skyline de Doha. O Museu de Arte Islâmica de Doha é uma ponte entre o passado e o futuro do Qatar. A coleção do museu tem peças de diversas partes do mundo islâmico, do Oriente Médio a África, Europa e Ásia. Tapeçarias lindíssimas, pinturas, louças, porcelanas de séculos de história e joias, muitas jóias. Muitas peças faziam parte da coleção particular da família Al Thani, que são os governantes do Qatar. O horário de funcionamento aos sábados, domingos, segundas, quartas, quintas é das 10:30 às 17:30 horas. Nas terças fica fechado e nas sextas abre das 14:00 às 20:00 hs. A entrada era gratuita. 

Museu de Arte Moderna - MATHAF - Education City Student Center - 

​Aberto a visitação em 2010, foi o primeiro Museu do Qatar, e possui um grande acervo permanente, que explora a arte árabe moderna e contemporânea. O Museu abre  oportunidades para  artistas e amantes da arte, em Doha e do mundo. Estão sempre promovendo exibições de grandes nomes internacionais, cumprindo o papel do Qatar, como capital cultural do Oriente Médio. Está localizado em Education City, e para visita-lo aproveite o ônibus free, que a empresa de petróleo do Qatar patrocina, ligando o MIA ao MATHAF, de quartas a domingos, das 11.00 às 17.00 e as sextas das 15.00 às 20.00, num percurso que dura 30 minutos. 

M7  - Museu do Design e Tecnologia - 7GPH+P33 -  Abdullah Bin Thani Street –

A indústria da moda e design do Catar está prestes a florescer com a mais recente inauguração desta instalação de cinco andares dedicada à inovação e ao empreendedorismo. o M7 se propõe capacitar todos os designers a explorar, desenvolver e colaborar com sucesso, empresas para aprimorar as crescentes mentes criativas do país. A instalação de 29.000 metros quadrados servirá como um catalisador para a criatividade de pessoas de todas as idades e origens. Os espaços internos do M7, projetados por John McAslan + Partners, são organizados exclusivamente em torno de um átrio iluminado, no qual a luz é filtrada através de uma tela padronizada, inspirada na arquitetura tradicional do Catar. O prédio abrigará exposições de classe mundial, programas educacionais e discussões públicas para todos os interessados ​​em explorar sua criatividade e visões artísticas.

Museu Nacional do Qatar -  Museum Park Street, Doha -

Relata a história desse pequeno e poderoso país através de diversos telões de vídeos onde os sons, as cores e as imagens refletidas nos levam para cada época retratada. Além de moderno, tecnológico e interativo, o museu é acessível, tendo objetos para toque e descrições em braile para deficientes visuais, e elevadores e rampas de acesso para pessoas com deficiências de locomoção. Projetado pelo arquiteto francês Jean Nouvel, o prédio é inspirado na rosa do deserto, que é uma formação rochosa típica dos desertos do golfo pérsico, resultante da cristalização de sais minerais nas bacias rasas de sal da região. Do lado externo dá para ver os vários discos apoiados um sobre o outro, tanto no exterior quanto no interior do prédio. São 8.000 metros quadrados destinados à exposições temporárias e acervo  permanente. O Museu conta a história do Qatar em três fases: Origens, Vida no Qatar e História Moderna do Qatar. Passando desde a cultura nômade dos pescadores de pérolas até os dias atuais e o cenário do petróleo e do gás natural. O ingresso para visitar o interior custava 50 Rials e 25 Rials para estudantes e moradores da cidade.

Museu Sheikh Faisal Bin Qassim Al Thani -   Al-Shahaniya -

​O prédio do Museu é surpreendente, pois trata-se de um antigo Forte, que foi cedido ao Sheik Faisal, para abrigar as peças da sua coleção, composta de carros antigos e caixinhas de fósforo, além de uma área que mostra como era a antiga casa dos cataris e seus costumes. Situado no lugar denominado Samira, a 22 km. de Doha, proporciona uma pequena viagem pelo deserto. Estava previsto para 2018 a inclusão de mais atrações, inclusive fósseis de Dinossauros. O Museu abre das 9.00 às 18.00, menos nas sextas-feiras. As visitas são guiadas em tour de 2 horas, sendo o primeiro, a partir das 10.00, o segundo às 13.00 e o último às 16.00. É necessário agendar a visita pelo site ou pelo telefone. 

Souq Waqif - ​

A antiga área onde os Beduínos faziam troca de mercadorias, se transformou num enorme mercado, num labirinto de ruas repleto de lojas - o Souq Waqif. Ali encontra-se de tudo, desde especiarias, frutas secas, perfumes, ferramentas, tecidos, roupas, sapatos e até artigos árabes, como incensos, cestos e trajes típicos. É um lugar imperdível. É preciso circular por no mínimo duas horas, para conseguir andar pelos recantos do Souq e curtir sua atmosfera. O local dispõe de vários e bons restaurantes.

 

The Pearl - ​

Seguindo o exemplo de Dubai que, com a Palm Jumeirah, inaugurou a primeira ilha artificial do  Golfo Pérsico, o Qatar criou sua Pérola.  A área do “The Pearl” aumentou em 32 km a linha costeira do país, além de ter se tornado um dos endereços mais glamorosos do Oriente Médio. Recentemente, a Pearl inaugurou uma área nova denominada  Qanat Quarter, inspirada nos canais de Veneza. Nada que o dinheiro não faça acontecer. 

Vilaggio Mall   Al Waab Street -

​É um lugar maravilhoso, que abriu recentemente suas portas para quem quiser se sentir na Europa. É uma réplica perfeita de lugares da Itália, como os canais de Veneza, inclusive com passeios de gôndola. As grifes de luxo ficam numa ala semelhante a Galeria Vittorio Emanuele, de Milão. O Shopping está situado numa enorme área, na região do Parque Esportivo Aspire. Um charme! A cidade ainda conta  com outros  shopping, como   City   Center,  Centerpoint,  Hyatt Plaza,  Landmark Mall, Royal Plaza, The Center, The Mall. E o novíssimo e mega empreendimento denominado "The Pearl", onde estão os melhores restaurantes, algumas lojas internacionais,  uma área residencial e uma bela Marina. 

 

West Bay -

É onde está o centro econômico e financeiro de Doha, que cresceu verticalmente nos últimos 15 anos, e a cada ano que passa tem um novo prédio em formato exótico. A maioria dos prédios é ocupada por escritórios comerciais, hotéis e restaurantes, com alguns dos mais renomados chefs do mundo. Para as melhores fotos do West Bay, vá até o MIA Park, entretanto, não é fácil caminhar por esta região porque não tem muitas calçadas e faixas para pedestres. Para quem gosta de shopping, em West Bay fica o City Center, que é bem interessante. 

 

Onde ir a noite

Se quiser experimentar a noite de Doha, não se esqueça de levar seu Passaporte. As regras para admissão de convidados nas casas noturnas são bem rígidas e controladas por lei. A idade mínima para entrar é de 21 anos. As mulheres Qatari não podem frequentar as boates; roupas muito curtas, não são permitidas, e eles realmente barram quem estiver muito ousado. Sem documento de identidade não tem negociação para entrar. O Crystal Lounge, do Hotel W, é considerado um dos melhores lugares para se curtir a noite. A cadeia W tem se espalhado pelo mundo e sempre leva a fama de lugar descolado.

 

Outro lugar badalado, é o Pearl Lounge Club. Cada dia da semana tinha um tema diferente: domingo é dia de música libanesa, segunda é a Ladies Night, terça em semanas alternadas tem música romântica e anos 80, quarta é a noite árabe, quinta e sexta música eletrônica e aos sábados é dia de Bollywood dance. Para quem não gosta de sair defumado com o cheiro de cigarro, melhor nem ir. O Pearl Lounge Club fica no Marriott Hotel.

REGRAS LOCAIS

Recomendações para quem viajar para países que cultuam as leis islâmicas:

Não olhe para as pessoas na rua, por mais que sua indumentária seja interessante. Eles ficam irritadíssimos, e não são nada tolerantes. Por qualquer desagrado bobo, eles vão logo chamando a polícia! Quem manda ter vindo até aqui ! E aí, ferrou !

Não peça informações para um Qatari, na rua. É uma ofensa grave. Cuidado!

Não cumprimente pessoas do sexo oposto, com aperto de mão. É uma proibição religiosa. 

Não fotografe pessoas sem sua permissão, especialmente pessoas idosas, militares, mulheres sem abaya, niqab ou hijab. É confusão na certa!

Não espere pontualidade nos compromissos. Eles não são acostumados com trabalho, nos moldes ocidentais, nem se prendem aos horários marcados. Afinal, eles precisam rezar cinco vezes ao dia, e isso consome tempo. Seja tolerante!

Não pegue os alimentos com a mão esquerda, ao sentar numa mesa com muçulmanos. Essa mão serve, prioritariamente, para a higiene pessoal.

Não beba bebidas alcoólicas . São proibidas no país! Em alguns locais até servem, mas só para estrangeiros. Os Qatari só bebem em locais privados!

Não use roupas coladas ao corpo, transparentes nem curtas - se for mulher. Eles são bem pré-históricos, no quesito vestimenta. Leve isso à sério, para não ser fulminada pelo olhar árabe. Para os homens está tudo liberado - nenhuma restrição. 

A indumentária

 

O hijab é um véu que cobre os cabelos e o pescoço das mulheres, deixando o rosto de fora. Geralmente é usado junto com uma abaya - vestido longo, preto e folgadão. Outros tipos de véus mais fechados são o khimar e o chador. Já o niqab cobre todo cabelo, pescoço e rosto, deixando só uma fresta nos olhos, por onde a criatura espia o mundo. Muitas vezes, é acompanhado de abaya e luvas. A burqa é totalmente fechada, apenas com uma tela por onde passa o ar. Bota dificuldade nisso!

   

Onde dormir

West Bay é o ponto mais central da cidade. Fica muito próximo da Corniche, ao Souq, ao Museu de Artes Islâmicas, a Ilha The Pearl e a todas as atrações que você imaginar visitar na cidade. É onde se concentram a maior parte dos hotéis de bandeira internacional da cidade: Adágio, Hilton, Sheraton, Intercontinental, W, Meliá e Four Seasons. Embora sejam  todos cinco estrelas, aqui praticam tarifas bem mais em conta, do que no resto do mundo. Estes hotéis estão autorizados a comercializar bebidas alcoólicas, em seu interior. Todos os demais hotéis estão impedidos de vender bebidas com álcool. Um hotel agradável na mesma região é o Wyndham Grand Regency. Os quartos são pequenos, mas o hotel é confortável. Não espere grandes luxos, apesar de ser um quatro estrelas.

        Onde comer

AL Mourjan - Fica num prédio denominado The Balhambar Building - Corniche.

É um dos raros restaurantes da cidade que não fica dentro de um hotel ou shopping. Abre para o almoço, e têm mesas charmosas na varanda, que só podem ser utilizadas nas épocas de clima mais ameno, caso contrário, o calor não deixa. Fica perto do Museu de Arte Islâmica e do Souq Waqif. É uma boa escolha para o almoço, depois de  um desses passeios. 

Beirut Restaurant - Al Bijaah Street -

A cozinha capricha em pratos da culinária libanesa, do Oriente Médio e Mediterrânea. O lugar é geralmente cheio e movimentado. A comida é boa e o preço é razoável. Permanece aberto até as 2 da manhã. O atendimento é nota dez.

Lamazani Grill - Al Faihani Street -

É uma típica casa de grelhados árabe, certamente um dos melhores lugares para um jantar com amigos. A comida, é simplesmente incrível. Alguns restaurantes sabem o que estão fazendo e lamazani é um deles. Evite ir nas sextas-feiras, quando fica literalmente lotado. Tem cinco endereços espalhados pela cidade. Uma das especialidades, são os espetinhos de vários tipos de carnes com frango, carneiro, coração, fígado, rins e costeletas de cordeiro. Antes de pagar a conta peça um café iraniano.

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